Curso de Joalharia-2 de 3

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    PARTE 2

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    24 - Obtendo texturas

    As lminas de metal obtidas por meio do processo de laminagem. A suasuperfcie plana, pelo que se torna muito vistoso imprimir-lhe relevos outexturas. Para isso, podem-se utilizar cinzis, buris, cido para gravao e umsem fim de ferramentas e materiais, fazendo com que a gama de possibilidadeseja interminvel. Veremos agora vrias formas de dar textura.

    Texturas por percusso

    O martelo constitui uma das ferramentas que oferece mais possibilidadesna obteno de texturas. Nos resultados no s influem o seu tipo e formacomo tambm decisiva a superfcie sobre a qual ele golpeado.

    Em funo de se golpear o metal com o martelo sobre uma bigorna debancada em ao, uma em chumbo ou um saco de areia, os resultados seromuito diferentes. Tal como acontece com a forjadura, ao golpear o metal entredois aos este dilata, enquanto que se a superfcie for molde o metal sedeforma, conseguindo-se maior volume.

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    Podem-se usar martelos novos ou se for o caso, modificar martelosvelhos, fazendo concavidades na sua superfcie, de modo que, ao golpearestas fiquem impressas sobre a lmina de metal. A cadncia no golpe, o ritmoe as mudanas de orientao permitem conseguir resultados completamentediferentes com um mesmo martelo.

    Tambm possvel fazer texturas usando punes feitas de varinhas deao, cabos de limas velhos, etc. No captulo sobre cinzeladura descrito omodo de fazer um puno, ainda que para obter diferentes texturas no sejaimprescindvel a sua tmpera.

    Para que o impacto do martelo seja mais profundo, prefervel que o metalesteja recozido

    Brincos efetuados por Beatriz Wursch partir do golpeamento sucessivo de umdisco de prata com o lado estreito do martelo.

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    Impresso no laminador

    Ao laminar vrias pranchas de metal juntas, os rolos do laminadorexercem uma forte presso sobre as lminas. Se forem introduzidas diversaslminas de metal e objetos com diferentes graus de dureza no seu interior, a

    presso do laminador deixa diferentes texturas sobre a prancha de metal.

    Para calar um desenho numa prancha dura, como a alpaca ou umalmina fina de ao inoxidvel, coloca-se uma lmina de prata ou de ouro sobrea mesma e um lato por baixo para evitar o contato com o cilindro dolaminador. Com este mtodo, tambm se imprime texturas de materiais todiversos como papel, carto, plsticos ou aos.

    Passa-se a textura entre duas lminas de lato, sobretudo caso se trate deaos ou materiais que possam estragar os cilindros.

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    Neste caso, laminaram-se diferentes fios de serra entre duas lminas de pratae em seguida, oxidou-se o interior de uma das impresses tambm com prata.O ao penetra profundamente dentro de uma lmina grossa de prata recozida.

    Os papeis abrasivos (lixas) deixam uma textura marcada sobre o metal. A

    gama de texturas to extensa quanto a gama de abrasivos que possvelencontrarem.

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    Papeles e at simples papis amassados to produzem belas texturas.

    Um pedao de tela de ao perfurada deixa uma impresso precisa na lminade prata. Observe a deformao dos crculos em forma de pequenos vulos

    como conseqncia do estiramento produzido ao laminar. O resultadoimpresso nunca ser igual ao original (foto da esquerda). As telas de alumnio

    (foto da direita) tambm deixam uma impresso, embora produzam uma

    deformao relativamente maior em ralao ao modelo original em virtude dadureza do alumnio.

    Reticulao

    A reticulao data da poca vitoriana, na Rssia dos Czares e naEscandinvia. Faberg foi um doa artistas que melhor trabalhou esta tcnica,com a qual realizaria uma grande quantidade de objetos, como caixas paracartas, culos, frascos de licor e outros.

    Este procedimento facilita uma textura superficial repleta de vales ecumes gerados a partir de diferentes arrefecimentos do metal.

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    A tcnica consiste em formar uma capa superficial rica em prata e porbaixo desta, uma fina capa rica em cobre, sob a qual est a liga de metal quepossui um ponto de fuso inferior. Esta diferena entre os pontos de fusointerior e exterior contribui para que ao aplicar o calor, a prancha se convertanuma espcie de bolsa dgua, j que s se funde o seu interior, pois ao haver

    mais cobre na liga o seu ponto de fuso mais baixo.

    Entre as duas capas, gera-se uma capa de xido de cobre que mantmslida enquanto seu interior se funde. Ao arrefecer o interior, o metal fundido secontrai e empurra esta capa de xido de cobre, formando cumes superficiais eprovocando um efeito semelhante ao de pele envelhecida.

    Resultado da prancha de reticulao depois de ser oxidado os fundos comxido de prata.

    Preparao da prancha

    Para gerar esta capa exterior mais rica em prata, deve-se oxidar aprancha e posteriormente, com cido sulfrico, eliminar o cobre formado nasuperfcie. Eliminando o cobre superficial, ser obtida uma superfcie exteriorpraticamente de prata fina, prxima de 1000 milsimas e, por conseqncia,com um ponto de fuso mais elevado.

    Este processo pode ser realizado colocando a prancha em um fornoprogramado a 650 C, durante 10 minutos. Passado esse tempo, decapa-seem cido sulfrico e escova-se a superfcie de forma bem suave. Repete-se oprocesso por mais quatro vezes, depois do qual a prancha ficar branca porque foi eliminado o cobre superficial.

    No caso de se utilizar o maarico, dever aquecer a prancha at aparecera oxidao e to logo surja, imediatamente esta dever ser decapada comcido novo, repetindo o processo pelo menos cinco vezes.

    Embora possa reticular leis mais altas, consegue-se melhor resultado

    preparando prata com alto teor de cobre. Exemplificando, com prata 800 ou820 milsimas de prata fina obteremos excelentes resultados.

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    Prepara-se uma prancha plana de prata de 820 milsimas, com uma grossuraque, em caso algum deve ser inferior a 0,5 mm (foto da esquerda). A

    superfcie deve estar bem lisa, limpa e no apresentar riscos. Para eliminar oxido superficial, prepara-se um cido novo mais forte do que o que se utiliza

    para decapar (foto do meio). Para se conseguir maior altura no reticulado,

    coloca-se diversos pregos de ao sobre o bloco de carvo, podendo mesmofazer buracos colocando tachas na vertical (foto da direita).

    Aplicao do calor

    A reticulao um processo que requer experincia e em que o resultadonem sempre previsvel. Por isso, deveremos comear com uma pranchamaior para depois selecionar a parte em que a textura se revelar maisinteressante.

    Quando se aplica calor, funde-se o interior, pois o ponto de fuso mais baixoentre a superfcie exterior e a interior. Ir formar-se ento uma capa rica emcobre, permitindo que durante a reticulao a capa exterior, mais abundante

    em prata, permanea intacta (foto da esquerda). melhor comear o processocom uma chama mdia e acrescentar-lhe mais ar medida que o metal

    comear a produzir colapsos. Em seguida, observe a superfcie da prancha.

    mediante a variao da temperatura da chama que se obtm os diferentesefeitos sobre o metal (figura da direita).

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    Durante a aplicao de calor, libertam-se tenses no metal, devido a vriosfatores, sendo o mais importante a temperatura. Esta funde o interior e faz comque o metal se expanda. Ao o retirar-se a chama, o metal arrefece e contri-sedando superfcie um aspecto rugoso, ao mesmo tempo em que se adapta superfcie sobre a qual est sendo reticulada. Esta, uma vez terminada, fica

    porosa e difcil de soldar, sendo por isso melhor mont-la posteriormente napea com rebites ou qualquer outro sistema de suporte.

    25 - Os acabamentos dos metais

    Quando o metal estiver esmerilado, preciso conferir-lhe um acabamentofinal. So muitos os acabamentos que pode ser aplicado numa superfciemetlica. Um dos mais utilizados consiste em obter o mximo de brilhopossvel.

    Tal como qualquer outro bom acabamento, um correto polimento brilhanterequer uma superfcie em perfeito estado. Para isso ocorrer, deve ter ocorridoanteriormente uma boa fundio e uma adequada esmerilao, progressiva erigorosamente, at conseguir o desaparecimento total de qualquer risco. Se asuperfcie no tiver em timo estado, dificilmente teremos o resultadopretendido.

    H diversas tcnicas para dar brilho ao metal, mas agora abordaremos opolimento manual realizado com a polidora, por continuar a ser a tcnica queproporciona uma maior quantidade de acabamento.

    Brincos de ouro com guas-marinhas. No esto polidos, mas repare que seusacabamentos so impecveis. Obra de Sandel Kerpen

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    Utenslios para polir

    Para polir com a polidora preciso um motor de polir e determinadosutenslios que se fixam nos cones existentes nas extremidades desta mquina.Os acessrios necessrios so os discos para polidora com diversos perfis,

    cepilhos com diferentes larguras, escovas circulares de algodo, borregos ededais de feltro para polir os interiores dos anis. Regra geral que se precisade dois jogos de cada, pois o processo de desbaste deve ser repetidoposteriormente, na fase do abrilhantamento.

    A polidora formada por um motor que d o seu melhor resultado entre 2800 a3000 rotaes por minuto. Nas suas extremidades tem os suportes cnicos

    onde so acoplados os acessrios de polir.

    O motor flexvel e o micro-motor tambm possuem uma extensa gama deacessrios de polir, especialmente indicados para chegarem a cantos mais

    difceis, interiores, montagens para pedras ou locais mais delicados.

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    Existe toda uma srie de discos aos quais necessrio aplicar pasta de polir eque permitem realizar polimentos com maior preciso, j que com estes sepode chegar a lugares onde a polidora trabalharia com dificuldade (foto da

    esquerda. Para polir buracos, interiores de alianas, galerias e cantosinacessveis aos utenslios de polir, usa-se fio de algodo previamenteimpregnado de pasta abrasiva (foto da direita).

    Polimento brilhante

    muito difcil aconselhar um mtodo de polir e um tipo de abrasivo oupastas genricos. No entanto, podem-se definir duas etapas no processo depolimento.

    A primeira fase consiste em eliminar os riscos deixados pela esmerilagemprvia e na qual se usa um abrasivo mais tosco e abrasivo. J na segundaetapa, onde deveremos obter o brilho definitivo da pea, devem ser usadosabrasivos mais suaves. Para referncias posteriores, define-se a primeira etapacomo desbaste e a segunda como abrilhantamento.

    Processo

    Normalmente, o desbaste efetuado com pastas abrasivas compostaspor Trpoli, pedra-pomes e cera com aglutinante. Neste processo elimina-se um

    pouco do metal, mas tambm conferido certo brilho pea.

    Deve-se sempre estudar a pea antes e escolher os utenslios emconformidade com as respectivas caractersticas. Para no arredondar arestas,usam-se discos duros para os volumes planos e cepilhos de plo para osarredondados. Concludo o desbaste, deve-se limpar a pea antes de seproceder ao seu abrilhantamento.

    No abrilhantamento dever ser repetido o mesmo processo realizado nodesbaste, mas usando abrasivos mais suaves, tipo o vermelho ingls ou overmelho de polir. Por fim, a pea deve ser polida com uma escova circularsuave e de algodo para depois de limpa ser totalmente seca,preferencialmente em serrim de milho, para eliminar os restos de umidade.

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    Em seguida, pode-se dar um novo polimento ou brilho italiano, mas, setiver finalizado corretamente o abrilhantamento com pasta vermelha opolimento ficar impecvel.

    Antes de se comear o polimento, deve-se verificar se no h algum riscodeixado pelo ltimo esmeril utilizado. No caso de haver, prefervel elimin-lofazendo uso de uma lixa em vez da polidora. Deve-se completar cada fase e s

    passar para a seguinte depois da anterior ter sido bem feita.

    Polimentos de partes planas

    Para o polimento de uma pea com estas caractersticas, em que se deverespeitar as arestas e no arredond-las, deve-se esmerilar cada ladocuidadosamente antes de se comear o desbaste e utilizar discos de feltro

    planos para polir cada um doas lados, evitando dentro do possvel, os cepilhosou outros utenslios que possam arredondar as arestas.

    O primeiro passo consiste em aplicar uma pasta abrasiva, especfica paradesbastes com disco de feltro. Deve-se utilizar a primeira das pastas de polir(foto da esquerda). Para o polimento deste anel octogonal preciso usar um

    disco plano de a no arredondar as arestas. O polimento deve ser sempre

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    realizado no quadrante inferior da polidora, movendo ligeiramente a pea emudando o sentido de incidncia do disco sobre a superfcie (foto da direita).

    Para polir o interior do anel, usa-se um disco para anis. Esfrega-se o seuinterior sobre o disco, fazendo movimentos da esquerda para a direita, parafrente e para trs (foto da esquerda). Em seguida (foto da direita), pule-se da

    mesma maneira as duas laterais e desengordura-se a pea com gua quente esabo ou em um aparelho de ultra-som, antes de mudar de pasta de polir.

    Deve-se repetir o mesmo processo com a segunda pasta, de cor vermelha,com a qual dado o brilho definitivo pea. Obtm-se o brilho final com uma

    escova circular de algodo, aplicando-lhe um pouco de pasta vermelha.

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    Este brilho pode ser aperfeioado com diversos utenslios e produtosespecficos, embora convenha evitar o excesso de pasta.

    Polimentos de volumes

    Este tipo de pea requer uso de cepilhos ou catrabuchas especficas. Os

    discos duros deixariam pequenos planos na superfcie, que dificultariam umcorreto acabamento.

    Em algumas ocasies, pode ser til um cepilho feito de tiras de estopa sintticade uso domstico, pois este deixa a superfcie muito fina e apta para polir (fotoda esquerda). Para desbastar uma pea com volume, como a mostrada na foto

    da direita, aconselhvel usar catrabucha negra, ideais para polir cantos dedifcil acesso. Deve-se mover a pea em todos os sentidos para no deixar

    marcas com o cepilho.

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    Em seguida, depois de limpar a pea, abrilhanta-se com uma escova circularde algodo com pasta vermelha, evitando sempre o excesso de pasta. A peadeve ser polida mudando constantemente o sentido da incidncia da escovacircular na superfcie (foto da esquerda). As correntes podem constituir umperigo quando polidas com polidora. aconselhvel estend-las sobre uma

    madeira e no enrolar a corrente na mo.

    A limpeza

    Para efetuar um bom polimento, preciso ser cuidadoso no trabalho emanter sempre limpos utenslios de polir. Estes devem ser guardadosseparadamente, pois no se devem misturar as diferentes pastas entre si.Deve-se tomar um cuidado especial com as pastas de abrilhantar por que umaescova circular ou um borrego sujo ou queimado, dificilmente proporcionaro

    um bom acabamento final.

    Quando se passa do desbaste para o abrilhantamento, a pea deve estarcompletamente isenta de pasta de desbaste. Para limpar, poder serempregado um pouco de gua e sabo e, inclusive, acrescentar algum tipo dedesengordurante. Quando quente, esfrega-se com um cepilho at a sua totallimpeza.

    A limpeza com uma mquina de ultra-sons muito prtica, pois no s se

    emprega para eliminar a pasta de polir, como tambm para a limpeza geral depeas preciosas e outros materiais.

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    Outras possibilidades de acabamentos

    Muitas peas tm acabamentos mate ou acetinados, que podem serefetuados de diversas maneiras, consistindo talvez a mais comum em oxidar apea com calor e decap-la com cidos. Porm, tambm h outras

    possibilidades.

    Para matizar, existe a mquina de jato de areia. Trata-se de uma pequenamquina que por meio de ar sob presso, lana areia muito fina contra asuperfcie do metal, proporcionando um acabamento fosco, (picado fino).

    Uma forma fcil de acetinar consiste em esfregar a superfcie com diferentesestropalhos de uso domstico (l de ao), podendo esfregar a seco ou comgua e bicarbonato, o que alm do mais, proporciona um pouco de brilho ao

    acabamento final.

    Para matizar uma superfcie tambm se pode empregar utenslios como omostrado na foto acima. Este fixo no cone da polidora e, ao rodar, os fios de

    ao golpeiam a superfcie, dando lmina de metal um picado superficialsemelhantes ao da mquina de jato de areia.

    Os cidos tambm proporcionam brilho ao acabamento e aumentam o efeito ea cor do ouro. Pulseira realizada por Carles Codina.

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    26 - Coloraes

    Quando um metal exposto ao ar e a umidade produz-se uma oxidaonatural na sua superfcie. Este efeito, que pode ser observado no ferro quando

    colocado ao ar livre durante certo perodo de tempo, tambm pode serapreciado em esculturas e bronze expostos aos agentes atmosfricos,acabando por adquirir tons de verdes com o passar do tempo.

    A oxidao uma reao natural que, neste captulo, veremos comoacelerar e modificar para se obter as ptinas de cores desejadas. Ela muitoatraente na escultura e joalharia, seja como resultado superficial em si mesmaou como realce de fundos. Da mesma maneira, pode-se conferir a aparnciade envelhecimento a peas completamente novas em um curto espao detempo.

    As cores mais vistosas e variadas costumam estarem associadas aosmetais mais com um alto teor em cobre na sua liga. Por esse motivo, a maioriados trabalhos e os melhores resultados so conseguidos com metais como ocobre, bronze ou lato. O ouro fcil de oxidar, mas a prata pode serfacilmente oxidada em tons negros e cinzentos.

    Pela de bronze patinada a partir de sucessivas aplicaes e fixaes com fogode sulfureto de potassa, nitrato de ferro e bixido de titnio. Obra de Francesc

    Guitart

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    A oxidao acontece como um fenmeno natural. A maioria dos bronzesadquire interessantes ptinas de forma espontnea em contato com os agentes

    atmosfricos, tal como acontece em muita joalharia tnica. Colar de bronzeprocedente do Zaire

    Existem vrios fatores que influem no processo de oxidao. O calor e oarrefecimento aceleram esse processo, mas o elemento determinante na cor

    resultante da ptina consiste na proporo dos diferentes produtos qumicos ena maneira como estes so aplicados sobre a superfcie do metal.

    Preparao das superfcies

    A superfcie que se pretende fazer a ptina deve estar limpa de xido e degordura. Quando se tratar de cobre, bronze ou lato ser necessrio uma

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    decapagem prvia. Para isso, deve-se submergir a pea em uma soluodecapante, composta por cido ntrico e gua. Este banho dever durar poucotempo, no devendo ser utilizado demasiadamente cido ntrico nadecapagem, j que ataca o metal. Uma vez concluda a decapagem, escova-sea pea com um cepilho duro e tosco. Quando estiver limpa, dever ser secada

    e ento se aplica a ptina.

    Muitas ptinas consolidam-se melhor na superfcie quando esta umpouco spera. Por conseguinte, aconselhvel, para estes casos, procederum banho forte de cido ou ento, aplicar a ptina sobre superfcies que jpossuam uma forte textura, principalmente de a inteno sobressair fundos.

    Formas de aplicao

    Existem diversas maneiras de aplicar os produtos qumicos sobre asuperfcie do metal, embora, explicaremos 5 tcnicas mais teis einteressantes: a pulverizao ou duche, a imerso em banho, a atmosferacontaminante, a impregnao de serrim e a aplicao de calor.

    Pulverizao ou duche

    um mtodo prtico para peas de grande envergadura e fcil de aplicarem esculturas de certos tamanhos. Preparam-se vrios pulverizadores com osprodutos qumicos que sero aplicados e outro pulverizador com guadestilada. O produto pulverizado em forma de fina pelcula, provocando aoxidao da pea depois de seca. A alternncia com a gua suaviza o efeito doproduto qumico e permite uma melhor verificao da cor.

    Imerso em Banho

    A pea suspensa dentro de um recipiente de vidro ou de ferroenlousado apto para fogo e aquecido por certo tempo. Os perodos deebulio e imerso so muito importantes na obteno da cor desejada.

    Atmosfera contaminante

    No interior de um frasco, de preferncia de cristal e com uma tampacompletamente hermtica, suspende-se a pea juntamente com algodoembebido em um produto qumico, que ir gerar uma atmosfera capaz deatacar o metal, alterando sua cor.

    O uso desta tcnica revela-se interessante em pequenas peas quecombinam cobre ou bronze com metais como a prata ou o ouro, j que a ptinano afetar este ltimo, evitando assim possveis manchas.

    O frasco deve estar bem fechado e o algodo impregnado ser colocadode forma a no pingar sobre a pea. No deve haver contato entre o lquido e o

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    metal. Pode-se prender o algodo com a tampa do frasco ou ento fazer umsuporte interior com o mesmo objetivo.

    Impregnao de serrim

    Este mtodo consiste em impregnar serrim com o produto qumico ecolocar a pea no seu interior para oxidar por contato. Esta oxidao produzumas manchas caractersticas provocadas pelo ponto de contato do serrimcom a superfcie. O tamanho e o tipo de serrim podem variar e seremcombinados para obter diferentes qualidades.

    De acordo com a qualidade e o gro do serrim, o efeito sobre a superfcie sercompletamente diferente (foto maior). Na foto menor, uma placa patinada comserrim fino, podendo-se observar como o gro do serrim provocou um picado

    sobre a superfcie.

    Cores

    impossvel entrar em pormenores quanto infinidade de cores que sepode obter sobre o cobre ou o bronze, devido a grande quantidade de produtosqumicos e a variedade de ligas de bronze que influem no resultado final. Ocritrio seguido neste ponto da obra foi o de eliminar as frmulasdemasiadamente complexas, os produtos difceis de preparar ou adquirir e osprodutos perigosos. Com esta premissa, escolheram-se algumas cores em queintervm as vrias formas de aplicao antes descritas.

    Verde azulado

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    uma das coloraes mais freqentes e existem muitas formas derealizar este tom. Uma delas, muito til para peas de certa dimenso, consisteem aplicar sal amonaco, facilmente encontrados em farmcias e drogarias.Dilui-se em gua destilada e aplica-se uma fina camada sobre a superfcie da

    pea, Uma vez seca ao sol, aplica-se outra pulverizao, mas desta vez degua destilada. Repete-se este processo alternadamente, at se obter o tomdesejado. Esta ptina pode ser acelerada aquecendo a pea, embora seconsigam melhores tons com a secagem ao sol e aplicando o sal de amonacoem concentraes suaves, j que um excesso acabar por desprender a capade ptina.

    Melhoram-se muito os resultados se a superfcie estiver um pouco rugosa,conseqncia de se ter efetuado uma textura prvia de forma mecnica ou comcido.

    possvel obter fundos ocres sobre a ptina verde ou ento, deixar todaa pea com esta tonalidade, aplicando uma dissoluo bastante densa desulfato de ferro e gua, que pode ser aplicada por imerso ou com umpulverizador. A variao no tom depende da concentrao do sulfato de ferro egua. Tambm possvel obter tons verdes muito parecidos misturando 100gramas de nitrato de cobre em 40 cm de cido ntrico (a 70%) e um litro degua. prefervel aplicar esta ptina aquecendo-a com o soldador.

    Tons verdosos

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    Broche com diversas formas e cores de ptina. Obra de Carles codina.

    Esta pea de bronze, obra de Francesc Guitart, foi patinada utilizando-se pelaseguinte ordem: Sulfereto de potassa, nitrato de cobre e nitrato de ferro. Aplica-se cada um dos produtos pela ordem mencionada e aquece-se com o maarico

    depois de cada aplicao.

    Violceo

    Uma forma de obter o tom violceo preparar uma dissoluo de 200gramas de nitrato de cobre em um litro de gua. Uma vez dissolvido, mete-se apea na dissoluo quando esta estiver fervendo. A ebulio deve ser mantidadurante 20 minutos. Em seguida, lava-se a pea.

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    Esta ptina, tal como muitas outras, pode ser aplicada com pulverizadorou por meio da caixa de serrim e fixada com o calor do soldador. O resultadoser muito diferente, pois obteremos tons verdosos.

    Colorao violcea.

    Alaranjados escuros

    Uma frmula para obter tons alaranjados-escuros consiste em diluir 120gramas de sulfato de cobre em um litro de gua e depois acrescentar 30 cmde amonaco. A ptina deve ser preparada no dia em que for utilizada, pois oamonaco voltil e a dissoluo perde a sua qualidade.

    A aplicao feita por imerso em banho quente. Deixa-se que a soluo

    atinja a ebulio e coloca-se a pea no seu interior durante uns 20 minutos,sem deixar de ferver. Em seguida, lava-se com gua em abundncia e deixa-sesecar ao sol. No se deve mexer na pea at ela estar completamente seca.

    Aplicao castanho-alaranjada. Note a gravura a cido, previamente efetuada

    Vermelho alaranjado

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    Para obter um tom dessa cor, prepara-se 50 gramas de sulfato de cobre,5 gramas de sulfato de ferro, 5 gramas de sulfato de zinco, 25 gramaspermanganato de potssio e um litro de gua.

    Os produtos devem ser diludos na gua a um por um, para depois serem

    aplicados mediante imerso em soluo quente. Quando a soluo estiverfervendo, submerge as peas e espera dois minutos. Em seguida, retira aspeas e procede a limpeza da capa negra que se formou em sua superfcie.

    Deve-se repetir a operao caso a capa negra volte a aparecer e emseguida, manter a pea em ebulio dentro da soluo durante uns 20 minutos.Esta ptina varia consoante a composio de bronze empregado.

    Tom alaranjado

    Negro mate

    So diludos 5 gramas de permanganato de potssio, 50 gramas desulfato de cobre e 5 gramas de sulfato de ferro em um litro de gua. Quando a

    soluo estiver fervendo, mergulha-se a pea por 20 minutos. Em seguida,lava-se a pea com gua e a coloca para secar, sem ter contato com a mesmadurante a secagem.

    Esta ptina negra muda consideravelmente quando lhe aplicada cera comoacabamento final, j que deixa de ter um tom mate e passa para um brilho mais

    intenso

    Vermelho escuro

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    Este tom obtido aplicando com pincel uma dissoluo de 10 gramas denitrato de ferro em um litro de gua. Depois, fixa-se a aplicao com o calor dosoldador e d-se outra capa at a superfcie ficar por igual. Uma vez terminada,ser preciso encerar toda a superfcie.

    Um tom castanho mais alaranjado pode ser obtido com a dissoluo de25 gramas de sulfato de cobre, entre 3 e 5 cm de amonaco e um litro de gua.A aplicao desta ptina tambm feita atravs de banho fervente e porimerso.

    Envelhecimento do metal

    A sucessiva oxidao das superfcies e dos fundos permite dar aparnciascomo desta pea. Dream Whalers, de Judith Mc Caig.

    Com este processo, poder ser conferido pea um acabamentoenvelhecido em muito pouco tempo, de uma pea nova, seja de bronze ouqualquer outro tipo de metal que possua um alto teor de cobre.

    Para que um objeto de bronze tenha uma aparncia de desgastado, deve-se comear primeiramente a aplicar uma breve decapagem com cido ntrico egua, para ser eliminada toda oxidao superficial. Em seguida escova-se comum pouco de calia at deixar a superfcie bem limpa. Terminada a etapaanterior, prepara-se o cido ntrico em gua impregnada em serrim. O conjunto colocado em um recipiente amplo, de vidro ou madeira, juntamente com apea, que dever ficar bem coberta. O resultado depender da concentraode cido. Quanto maior for a proporo de cido, maior a mordedura.Concludo este passo, prepara-se novo serrim impregnado com a soluo comque se pretende patinar a pea.

    Uma variante deste mtodo consiste em saturar o cido ntrico com cobre,deixando que este seja atacado pelo cido. Em vez de esperar que o cido

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    fique completamente saturado, se extrai o cobre da dissoluo enquanto ocido ainda est ativo. Depois dever impregnar o serrim com este nitrato decobre. Como o cido ainda est ativo no serrim, ir dar pea um acabamentocom aparncia de antigo.

    A experincia determinante para se conseguir um bom acabamento. Otamanho do serrim utilizado e a concentrao ativa do cido ir determinar opicado da superfcie. prefervel misturar o serrim e o cido de forma irregularpara que o ataque do cido no seja uniforme. Assim, uns lados ficam maisarredondados que outros e o realismo muito maior.

    Uma forma de aplicao consiste em impregnar serrim fino de modoirregular e ao fim de umas duas horas, girar a caixa de madeira ou moverligeiramente a pea para conseguir que seja atacada em outras partes demaneira desigual. A pea ficar patinada num tom esverdeado que sedesenvolver quando secar ao sol e for encerada.

    Oxidao da prata

    A prata adquire a sua oxidao natural em tom cinzento, prximo donegro, quando entra em contato com o ar e a umidade. Tambm se enegrecedevido a formao de xido superficial quando lhe aplicado fogo e se deixaarrefecer.

    Para oxidar prata, existe no mercado produtos j preparados, mas fcil

    e mais econmico elaborar o xido na oficina. O produto oxidantehabitualmente utilizado o sulfureto potssico, que se obtm dissolvendo 30gramas de sulfureto em um litro de gua quente e acrescentando 8 gramas deamonaco, conferindo ao preparo um negro mais profundo. O sulfureto maisdelicado de guardar, sendo o mais aconselhvel guard-lo num lugar escuro edentro de um boio hermeticamente fechado.

    Para aplicar o xido de prata, a superfcie tem de estar completamentelimpa, decapada e o sulfureto deve ser temperado, de forma que possa obteruma melhor qualidade e fixao do negro. Se utilizar um pincel, este deve sersinttico, pois um de fibra natural ir se estragar facilmente. Consegue-se

    melhores resultados quando a pea est temperada.

    Uma forma de aplicar o xido consiste em preparar gua fervente esubmergir primeiro a pea nessa gua para dar-lhe um ponto de calor. Depois,no sulfureto (que tem de estar um pouco quente) e novamente na gua. Retira-se imediatamente e deixa-se suspensa sobre a gua fervente, para que se fixecom o vapor. Uma vez oxidada, a pea deve ser enxaguada, seca e logo aseguir levar uma aplicao de verniz especial para metais.

    Se a inteno for obter um fundo de prata velha, deve-se oxidar primeirotoda a pea, ou apenas os fundos. Quando xido estiver fixado, dever ser

    polido ou esfregado, em toda a superfcie exterior at se conseguir queaparea a base de prata.

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    Para a aplicao do xido, o melhor sistema pendurar a pea em um fio decobre ou prata e mergulhar ma soluo.

    Depois de seco com calor prefervel proteger o xido com um verniz especialpara metais. Espcies protegidas n 2. Obra de Carles Codina

    Broche patinado em verde

    A tcnica que ser agora apresentada proporciona a realizao deinteressantes objetos de forma simples.

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    A cera, como se ver logo mais no captulo dedicado a micro-fuso,permite uma cpia em negativo de texturas como a apresentada abaixo:

    importante selecionar muito bem os materiais que sero utilizados, devendoser suficientemente duros e definidos para que, ao ser pressionados, deixemuma marca clara e concisa no barro. Os objetos foram sendo encontrados

    tendo alguns deles sido preparados especialmente em madeira.

    Para confeccionar o modelo de cera necessria cera cor-de-rosa, de usoodontolgico, bem como um pequeno pedao de barro.

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    Primeiramente estira-se uma prancha de barro mo ou com a ajuda de umrolo de amassar. Uma vez alisada, deve-se comear a imprimir os diferentes

    motivos dos objetos e materiais sobre a superfcie do barro (figura daesquerda). Em seguida, deve-se fazer uma parede no barro para que ao verter

    a cera, esta no derrame (figura da direita).

    Lentamente, funde-se a cera em um recipiente tendo o cuidado de no deixar

    ferv-la. Depois a cera despejada sobre o barro e deixa esfriar por algunsminutos. A cera que esta em contato com o barro arrefece antes. Em seguida

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    eliminam-se, por decantao os restos de cera quente (figura da esquerda).Com muito cuidado, levanta-se a cera e com um bisturi, corta-se os restos. Emseguida, com uma escova suave eliminam-se os restos de barro que ficaram

    na cera.

    Terminada e limpa, prepara-se a cera para ser fundida, da mesma forma comono texto sobre micro-fuso. Se no dispuser de equipamento, pode-se levar e

    fundir em uma empresa especializada em fundies (foto da esquerda).Quando j tiver a pea em bronze, ser feito o processo de patinado. O

    primeiro passo ser decapar o metal para eliminar a oxidao. Para isso,prepara-se uma dissoluo de cido ntrico e gua a 50%, na qual se introduz

    a pea em breves instantes.

    Acabada a decapagem e enxaguada a pea, ela dever ter ficado com estaaparncia. Quando estiver limpa e seca, no se deve tocar com os dedos para

    evitar que qualquer tipo de contato suje (principalmente gordura de nossasmos). Aplica-se uma primeira camada de sal amonaco dissolvido em gua

    com um pulverizador, de forma que a superfcie fique umedecida e ento,coloca-se a pea ao sol, esperando ento o resultado abaixo.

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    O resultado da primeira aplicao o que se pode ver na imagem acima. Oprocesso tem de ser continuado alternando cada capa de sal amonaco com

    uma de gua destilada, deixando secar nos intervalos.

    A ptina ganhar um tom cada vez mais intenso, at atingir a cor desejada.Um excesso de produto pode fazer com que a ptina se desprenda.

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    Para obter um tom mais amarelo, prepara-se uma soluo clara de sulfato deferro e gua, submergindo depois a pea durante alguns instantes e deixando

    secar em seguida.

    A ptina no pode ser soldada depois de aplicada, pois ir estragar com oexcesso de calor provocado pelo soldador. Portanto, preparou-se um suporte

    de prata onde ficar atarraxada.

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    As duas agulhas do fecho foram realizadas em ao e dobradas com tenazes.Este tipo de fecho (figura da esquerda) bastante adequado para broches decerta dimenso, pois mantm o broche bem preso na roupa, evitando assim

    inclinar-se para frente.

    Terminada a pea, o resultado final este, embora falte o acabamento final. Parase obter um maior realce utiliza-se um cepilho duro na ptina at atingir o fundo

    do metal. Em seguida aplica-se cera com uma boneca e deixa secar.

    Broche realizado por Ramon Puig Cuys

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    27- Cinzeladura

    A cinzeladura uma tcnica muito importante na joalharia e tem sidoutilizada desde muitos sculos. Pela sua importncia, pode-se considerar uma

    tcnica prpria. O conceito de cinzeladura inclui termos como repuxado,embora este seja mais a arte de conseguir volume no metal e o cinzeladoconsista em decorar o metal sem elevaes.

    Com a cinzeladura possvel dar volume a uma prancha de metal paraque esta adquira uma determinada forma. Para isso, necessita-se de ummaterial sobre o qual trabalhar. Este deve ser duro e pegajoso, mas com oponto exato de elasticidade para que ceda com os golpes do cinzel e domartelo. Essa substncia que iremos preparar chama-se pez

    O pez

    a pasta onde se fixa a placa para poder ser trabalhada. Deve ter umtato ao cinzel que permita a modelao do metal mediante sucessivos golpes,facilitando que o metal ceda de forma paulatina.

    Existem numerosas formulas que permitem uma grande variedade deusos, mas compe-se essencialmente de um elemento pegajoso e ao mesmotempo elstico( a colofnia* ou pez grega), de um elemento que compacta (aterra) e de um elemento gorduroso que d elasticidade, como o sebo ou oleo.

    Bola e pez para cinzelar, dispostas no suporte.

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    Preparao do pez

    A maneira de prepara a pez essencial para se obter um bom resultadofinal. Este processo consiste em partir a colofnia ou pez grega em pequenospedaos, fundi-los lentamente em uma caarola e depois deitar o almagre

    (terra) pouco a pouco at se misturar com a colofnia. O conjunto deve sercuidadosamente misturado, evitando a formao de grupos e paralelamente,no deixando a pez queimar. Concluida a mistura, deita-se o leo ou o sebo emexe-se novamente at obter uma pasta homognea, que dever ser vertidapara a esfera, conforme for mais conveniente.

    importante saber modificar as caractersticas do pez, j que este sealtera com a temperatura ambiente. O pez pode ser mais ou menos duro emfuno do clima de cada pas, bem como, do trabalho que se previu realizar. Sea inteno for amolec-lo, deve-se acrescentar mais leo e a inteno for ocontrrio, deve-se juntar mais almagre (terra). Aconselha-se utilizao de um

    pez mole para dar volume e um pez mais duro quando a inteno for modelar.

    Frmula de dureza mdia:

    2 kg de pez grega2 kg de almagre100 gramas de sebo50 gramas de terebentina de veneza

    Tambm pode-se amolecer o pez acrescentando uma maior quantidadede sebo e de terebentina.

    *Colofnia No espanhol, colofnia

    As ferramentas

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    Basicamente, as ferramentas so trs: o martelo de cinzel, reconhecidopela sua caracterstica cabea e pelo seu cabo de forma oval, a bola ou gavetade cinzelar e os cinzis.

    O suporte de trabalho formado por meia esfera de ferro qual solda-se umabarra transversal, para que, ao verter chumbo fundido em seu interior, este

    no possa soldar-se com os golpes que ir suportar

    Coloca-se a bola com o pez sobre um perfil de madeira triangular ou um

    cinturo de couro grosso, pois, durante o trabalho, preciso mover, inclinar elevantar a bola para aquecer o pez.

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    Os cinzis podem ter muitas e variadas formas. Existem os contornadores, quepodem ser curvos ou retos e so usados para marcar o desenho e fundir a

    linha (B); os embutidores, de formas abobadas e usados para embutir o volume(C); e os modeladores, que so planos e utilizados para modelar a superfcie

    (A). Existem mais tipos de cinzel, como os texturados com diferentes formas ou

    texturas e que so utilizados para realizar diferentes acabamentos ou dundos(d).

    Tmpera e preparao de um cinzel

    Tal como muitas ferramentas utilizadas em joalharia, os cinzis podem serfabricados a partir de varinhas de ao com um teor de carvo apropriado. Esseao, depois de cortado e preparado, deve ser temperado, isto , endurecido,modificando sua dureza. Deste modo, obteremos um ao mais resistente. A

    este processo, chamamos tmpera e essencial no s para fabricar oscinzis como, tambm, para construir dobradores ou ferramentas especiaispara a oficina.

    Deve-se aquecer a ferramenta at se obter uma cor vermelho-cereja semchegar ao alaranjado. Logo depois, mergulha-se em gua, gua com sal ouleo. O leo tem uma tmpera mais suave que a gua, questo importante setiver-mos um ao muito duro, do tipo f9 (quanto maior a numerao, maiordureza), que precisar de uma tmpera mais suave ou vice-versa.

    Depois de temperado, o cinzel costuma ficar muito vidrado, pelo que, para

    se obter o toque preciso, deve-se proceder ao retrocesso e eliminar, assim,as tenses produzidas pela tmpera.

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    O cinzel deve ser previamente polido para se poder observar claramentea cor que ir adquirir com o fogo. Em seguida aplica-se o calor a uns 3 cm daponta at que a parte polida adquira um tom azulado. Depois, submerge-se emgua. O processo de trabalho amplamente descrito no exerccio passo apasso (pingente cinzelado pag. 290) desde o desenho inicial at

    consecuo da pea.

    Deve-se cortar um pedao de ao com cerca de 11 cm de comprimento, do tipof-5 (ou f-114 pois pode variar de acordo com o fabricante). Antes de ser

    temperado, o ao est mole e por isso, pode ser trabalhado.

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    Deve-se aquecer o cinzel at atingir uma cor vermelho-cereja e em seguida,ainda quente, forja-se com o martelo. Neste caso, aplana-se um pouco a ponta

    para se obter um cinzel traador.

    O ao agora est acessvel. Com a lima e em seguida com diferentes esmeris

    consegue-se o perfil desejado.

    Lima-se e esmerila-se tambm a outra extremidade do cinzel, tal como indica a

    imagem a imagem, para que o golpe se reparta bem por toda a ferramenta. Afoto da esquerda mostra um cinzel preparado para ser temperado.

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    J a foto da direita, mostra diversos tipos de cinzis com caractersticas dedureza para o trabalho de cinzeladura.

    28 - Laca Japonesa - (Urushi)

    Durante sculos, foi impossvel conhecer os segredos da tcnica doUrushi, transmitida de pais para filhos em pequenas oficinas artesanais. Atcnica originria da China e aparece como arte durante a dinastia Tang,poca que seria introduzida no Japo, onde a tcnica foi depurada eaperfeioada.

    Os primeiros objetos japoneses laados, datam do perodo Nara(710-790), tendo-se desenvolvido notavelmente durante o perodo Heian e atingido oseu esplendor no final do sculo XVI e princpio do XVII, durante o perodo de

    Momoyama.

    Pea laada com a aplicao de casca de ovo. Obra de Joaquim Capdevila.

    As lacas

    A tcnica do Urushiconsiste na aplicao de vrias capas de laca sobrediferentes superfcies, em geral madeira ou metal. Obtm-se as lacas a partir

    da resina natural de uma rvore denominada Urushi, tambm ailantoousumagre, possuindo determinadas caractersticas:

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    Impermeabiliza contra a umidade Resistncia s intempries do tempo Resistncia a ao de insetos

    Alm dessas trs qualidades, tem uma notvel dureza e uma relativa

    elasticidade. Da mesma maneira, pode ser misturada com pigmentos para aobteno de cores variadas.

    Tipos de laca

    As lacas podem ser aplicadas em estado puro ou dissolvidas. Cada umadestas tem uma aplicao especfica, a ser abordada medida que nosaprofundaremos neste assunto.

    Como laca de base, utiliza-se a chamada kiurushi, mas tambm podeutilizar sesime,nama-urushi,sukinaka nurie isebaya. Esta ltima pode aindaser empregada como brilho.

    Para dourados e folha de ouro, usa-se a laca togidashi nashijie parapigmentos a aka roiroou a suai, que tem um tom mais escuro.

    Como laca negra usa-se a hon kuro, mais brilhante e transparente, e akuro roiro, que a opaca e deve ser misturada com pigmento negro.

    Para esta tcnica da casca de ovo, utiliza-se a sukinaka nurie para obrilho, a laca isebaya.

    A laca em estado puro apresenta este aspecto (foto da direita). Aplica-se a lacacom pincel, em capas finas que depois de secas sero esmeriladas. O pincelpode ser sinttico, ainda que os verdadeiros pincis para esta tcnica sejam

    muito caractersticos, pois so confeccionados com cabelo humano. A limpezapode ser feira com gasolina ou lcool.

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    200

    Preparao das cores

    Aplica-se a laca pura quando se prepara uma superfcie como base,quando se aplica como brilho ou quando se deseja obter enrugados. Naobteno de cor, a laca deve ser previamente dissolvida, aplicando-se logo o

    pigmento do modo que se descreve nas trs imagens seguintes.

    Dissolve-se cnfora em lcool at evaporar e ficar um p fino de cnfora,branco, que depois ser misturado com a laca at obter-se uma consistncia

    mais clara que o mel, podendo chegar at cerca de 50% de concentrao

    Para obter a cor, ir agregando-se a mistura pigmentos vegetais em forma dep at se atingir a cor desejada. Neste caso, usou-se pigmento vermelho. Alaca s ganhar cor no final do processo, isto , quando estiver seca, motivo

    por que a experincia na preparao da cor se torna primordial.

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    201

    Duas posies de um mesmo colar, realizado por Estela Guitart

    Processo de aplicao

    Pulseira elaborada com aplicaes de ouro. Obra de Estela Guitart

    A laca pode ser aplicada sobre vrias superfcies: madeira (exceto aoliveira), couro, cermica, metal, para que a nica condio a limpezaperfeita. Para isso, deve-se esmerilar com esmeril nmero 500 edesengordurar com tricloroetileno.

    A lacagem consta de quatro fases: Primeiro, aplica-se a laca sobresuperfcie escolhida. Quando seca, esmerila-se e certifica-se que a laca cobriu

    toda a superfcie; se assim no for, procede-se aplicao de uma segundacapa at a superfcie ficar bem coberta.

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    202

    Quando a base estiver preparada, aplica-se a laca com a cor desejadautilizando alguma das tcnicas apresentadas neste captulo. Realiza-se alacagem a partir de sucessivas capas aplicadas com pincel, que devem secarem um ambiente com umidade mnima de cerca de 60%, o que se consegue secolocar a pea dentro de um pequeno armrio de umidade, durante pelo menos

    um dia.

    Outra forma de secagem mais rpida consiste em introduzir a pea numforno eltrico durante trs horas, entre 100 a 150 C.

    Cada vez que se aplicar uma capa e depois de sec-la, deve-se esmerilarcom esmeril de gua para deixar toda a superfcie por igual, eliminar ospequenos resduos e evitar que rejeite a prxima capa que ser aplicada. Osnmeros mais freqentes para de papel de esmeril so: 800, 1000, 1200 e2000, utilizado na ltima capa para se conseguir que a superfcie fique o maislisa possvel. O nmero 800 s empregado para escurecer gravuras ou rugas

    muito marcadas.

    Depois de concludo este processo, d-se uma capa de brilho com a lacaisebaya, que aplicada boneca e deixada para secar ao ar livre por 20minutos para que seja absorvida. Depois, elimina-se o excesso de laca com umretalho de seda e pe para secar em um forno eltrico durante trs horas comuma temperatura variando entre 100 e 150 C. Algumas lacas, como a suai, anashijiou a hon kuro, no necessitam de brilho quando aplicadas como ltimacapa.

    Depois do brilho dado o acabamento final. Primeiro aplica-se opolimento kagayakicom algodo, at faz-lo desaparecer impregnado da pea.Efetua-se o mesmo processo com o abrilhantador migaki5000.

    Placa de alumnio onde se aplicou duas capas de Ki-urushi, tendo esta sidopreparada como base para iniciar a posterior lacagem. Esta preparao de

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    203

    base a utilizada como suporte prvio aplicao das lacas mencionadasneste captulo. Deve-se

    Aplicao nmero 1

    Para se conseguir resultados como os mostrados e, seguida, primeiro seaplica uma capa de aka roirocom pigmento vermelho sobre a base. Depois secoloca alguns gros de arroz e deixa secar por uns 20 minutos no forno. Retira-se do forno e vai retirando os gros de arroz com muito cuidado, pois a lacaainda no est totalmente seca.

    Depois de retirados os gros de arroz, coloca-se a pea novamente noforno para acabar de secar. No se deve esmerilar, pois isso iria rebaixar osrelevos dos gros de arroz. Em seguida, aplicam-se vrias capas de Kuro roirocom pigmento negro. A primeira capa de Kuro roirodever ser esmerilada

    suavemente, procurando no rebaixar em excesso o relevo.

    D-se sucessivas capas desta mesma laca, cada uma das quais deverser esmerilada at se nivelar o relevo deixado na laca vermelha pelo arroz ese obter uma superfcie bem lisa. Aplica-se depois, uma capa de hon kurodissolvida em cnfora. Esta uma laca brilhante que, utilizada como ltimacapa serve de brilho, mas deve ser esmerilada com esmeril de nmero 2000para se eliminar impurezas. Finalmente, d-se o polimento e o abrilhantadorpara adquirir o brilho definitivo.

    Aplicao nmero 2

    Aplica-se hon kurodissolvido. Em seguida, coloca-se gros de arroz dotamanho desejado, deixa-se secar durante 20 minutos ao forno e retira-se oarroz. Volta-se a levar a pea ao forno para acabar a secagem e no seesmerila. Depois, aplica-se aka roirocom pigmento verde, deixa secar e

    esmerila. Continuando, aplica-se outra capa da mesma laca, mas com mais

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    quantidade de pigmento que a capa anterior e esmerila-se a superfcie natotalidade. Aplica-se brilho isebayae finaliza com polimento e abrilhantador.

    Aplicao nmero 3

    Primeiro, prepara-se Aka roirocom pigmento azul. Assim como nos casosanteriores, pem-se gros de arroz sobre a superfcie de laca ainda fresca,leva-se ao forno e retira-se depois o arroz, leva-se ao forno e retira-se depois oarroz. Coloca-se a placa no forno para concluir a secagem. No se esmerila.Em seguida, aplicam-se sucessivas capas de Aka roirocom diferentespigmentos: azul e verde, por esta ordem, at nivelar o relevo deixado pelo arroz

    e at a ltima capa ficar bem lisa. Como nos casos anteriores, devem-seesmerilar cada uma das capas antes de se proceder a uma segunda aplicao.Aplica-se o brilho isebayae assim que secar procede-se o acabamento finalcom o polimento e abrilhantador.

    Aplicao nmero 4

    A primeira capa a de Aka roirocom pigmento vermelho. Coloca-se amassa de sopa sobre a superfcie e pe para secar por vinte minutos no forno.

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    Retira-se a massa e a pea devolvida ao forno para terminar a secagem Nose esmerila.

    Em seguida, aplicam-se vrias capas de suai, esmerilando entre as capascom esmeril de nmero 2000, dando-se depois o polimento e o abrilhantador.

    Aplicao nmero 5

    Neste processo, d-se aka roirocom pigmento verde escuro, depois secoloca massa de sopa e pe no forno para secar. Em seguida, retira-se amassa da pea e esta devolvida ao forno para acabar de secar. No

    necessita ser esmerilada. Depois, aplicam-se vrias capas de aka roirocomdiferentes pigmentos verdes at se obter uma superfcie lisa. Esmerilam-secada uma das capas. D-se brilho isebayae acaba-se com polimento eabrilhantador.

    Aplicao nmero 6

    Para esta aplicao, prepara-se laca Aka roirocom terracota e aplica-seuma capa com esta. Depois, coloca-se a massa de sopa variada e leva ao

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    forno e deixa secar por 20 minutos. Em seguida, retira-se a pasta e coloca-se apea no forno para acabar a secagem. No se esmerila, aplicam-se vriascapas sucessivamente de aka roiro com pigmento branco, variando asquantidades de pigmento em cada uma das capas at se conseguir, apssucessivos esmeris, uma ltima capa lisa. Procede-se aplicao de um brilho

    de isebaya, depois polimento e abrilhantador.

    Aplicao nmero 7

    Como laca de trabalho, usa-se a hon kuropuro e sobre esta coloca-sealguns fios de espaguete, deixando-se logo em seguida secar por 20 minutosno forno. Retira-se o espaguete e acaba-se de secar no forno. O resultadoobtido no deve ser esmerilado. Neste caso, em meia prancha aplicou-sesucessivas capas de Aka roiro com pigmentos verdes. Na outra meia prancha,o mesmo produto com pigmento azul, ate se obter uma capa lisa. Como brilho,deve-se empregar isebaya. Para concluir, aplicar polimento e abrilhantador.

    Aplicao nmero 8

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    Aplica-se Kuro roirocom pigmento negro repartindo de forma irregularpara se obter relevos. Deixa-se secar e no se esmerila. Depois, usa-se Akaroirocom pigmento branco e, uma vez seca a capa, esmerila-se. So feitasvrias capas de suaidissolvido at se obter uma capa lisa. O acabamento

    efetuado com esmeril de nmero 2000, polimento e abrilhantador.

    Aplicao nmero 9

    Aqui, usa-se uma capa de ki-urushipuro em quantidade abundante para

    que se contraia e enrugue, formando uma grande quantidade de vales ecumes. Deixa-se secar no forno e no se esmerila

    Aplicao nmero 10

    Primeiro, aplicada uma capa de Hon Kuropuro em grande quantidadepara que se enrugue, secando depois no forno e no sendo esmerilando.

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    Deve-se aplicar sucessivas capas de aka roirocom pigmento vermelho at seobter uma superfcie lisa. Esmerila-se entre as capas. Seguidamente, pe suaidissolvido e acaba-se com esmeril de nmero 2000, polimento e abrilhantador

    Aplicao nmero 11

    Nesta aplicao, dada uma capa de togi-dashi nashijidissolvido. Emseguida polvilha-se p de alumnio muito fino, de modo que fique dentro daprancha de laca ainda fresca. Seca-se no forno e no esmerila. Aplica-sedepois uma capa de togidashi nashijidissolvido e esmerila-se. Repete oprocesso intercalando vrias capas deste material com p de alumnio, comoutras capas sem alumnio, procurando que a ltima j no o contenha. A

    seguir, esmerila-se e aplica-se polimento e abrilhantador.

    Aplicao nmero 12

    Numa capa de togidashi nashijicoloca-se uma folha de ouro e deixa-sesecar no forno por mais de trs horas e depois de retirada do forno no deveser esmerilada. Aplica-se uma capa de togidashi nashijie depois que secar,

    esmerila-se com esmeril 2000, passando depois a aplicar o polimento e oabrilhantador.

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    Aplicao nmero 13

    A base utilizada a sukinaka nuriesmerilada. Sobre esta se aplica umacapa de sukinaka nuri pura. Esta, ainda fresca, vai sendo colocada com muitocuidado, procurando encaixar entre si pequenos pedaos de casca de ovo, qual previamente se tirou a membrana interior. A casca de ovo vai sendocolocada de forma que a parte cncava fique para fora (para cima).

    Pode-se aplicar um pouco de cola epoxdica de dois componentes, mas,nesse caso, no se deve conseguir v-la entre as cascas. Em seguida, aplica-se vrias capas de sukinaka nuri pura at preencher todos os espaosexistentes entre as cascas e conseguir assim, uma ltima capa lisa.

    Como neste caso a laca usada para preencher, no ser necessrioesmerilar entre as capas, somente na ltima. A cor da casca tingida com aprimeira demo de sukinaka nuri. Se desejar obter uma casca completamentebranca, deve-se continuar esmerilando a placa para eliminar os restos de laca.

    Realizao de uma pulseira

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    Aplica-se uma capa de kuro roiro misturada com pigmento negro e assim queestiver seca, procede-se uma perfeita esmerilagem da superfcie. Em seguida,aplica-se outra capa de Kuro roiro com pigmento negro, que ser a capa sobre

    a qual se aplicar a massa de sopa (macarro).

    Com uma pina coloca-se o macarro sobre a pea tendo o cuidado em suaarrumao.

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    Colocam-se as peas em um forno por 20 minutos. Decorrido esse tempo,retira-se o macarro das peas e retorna novamente as peas para o forno edessa forma, terminem de secar.Sem esmerilar o trabalho gravado, aplicadauma capa de aka roiro com pigmento vermelho. Em seguida vai ao forno para

    secar e obter o efeito conforme a foto da direita.

    O resultado dever ser esmerilado at se conseguir que apaream asgravaes da laca inferior.

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    Uma vez esmeriladas e limpas as placas, aplica-se primeiro o polimento e emseguida o abrilhantador isebaya, com o qual obteremos uma considervel

    melhoria do brilho.

    Na parte inferior das placas, colocam-se folhas de ouro sobre a laca.

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    O interior adquire este aspecto mostrado na imagem acima. Note o pormenordo fecho.

    A pulseira armada unindo cada placa com duas argolas de prata.

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    Pulseira feita por Estela Guitart

    29 - Esmaltes

    Com sua ampla gama cromtica, o esmalte oferece a possibilidade de dar

    cor e brilho s peas. Partindo de dois elementos, como vidro e o fogo, e dasua estreita inter-relao, pode-se obter uma grande variedade de cores. surpreendente o poder que o fogo exerce sobre a cor do esmalte e como aexperincia continua a ser um fator determinante no resultado final.

    Para esmaltar da forma proposta no presente captulo, no preciso umequipamento muito complexo, bastando um forno capaz de atingir os 900 C,diversos pincis de qualidade e um pequeno almofariz para refinar o esmalte.

    Os esmaltes

    Os esmaltes so uma composio vtrea formada principalmente porsilicatos, boratos, aluminatos e diferentes xidos de cobre, mangans ou ferroque lhe conferem a cor.

    Eles podem ser aplicados em diferentes consistncias: em forma de pumedecido, a seco ou como pasta oleosa, sendo esta ltima muito adequadapara trabalhos mais prximos da pintura a leo.

    Existem diversos tipos de esmaltes: opaco, transparente e opalescente,

    assim como o fundente para esmalte, que em nenhum caso deve serconfundido com o fundente utilizado em joalharia.

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    Esta imagem mostra o esmalte opaco na sua forma original e depois de modo.Uma vez aplicado, este esmalte no permite a passagem da luz, tem brilho e

    cores prprias.

    O esmalte transparente permite a passagem de luz, pelo que o brilho da

    superfcie influi no brilho final

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    Esmalte realizado por Miguel Soldevila.

    Pea com aplicao de esmalte opalescente da coleo de Lluis Masriera. Este

    tipo de esmalte tem uma consistncia leitosa, que permite apassagem de luz.,variando a sua cor em funo do tom sobre o qual aplicado.

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    Refinao prvia do esmalte

    Normalmente, o esmalte adquirido j modo, em um fornecedorespecializado, mas conveniente refinar o gro um pouco mais no almofariz,antes de aplic-lo. O esmalte modo com um pouco de gua no almofariz e

    utilizando de preferncia um pouco de gata, conforme mostrado abaixo.

    Coloca-se o p de esmalte no almofariz, junta-se um pouco de gua e mi-serealizando movimentos circulares para deixar o esmalte mais fino. O resultadodessa moagem ser um concentrado espesso e turvo, que dever ser clareado

    adicionando-se um pouco mais de gua. No se devem moer grandesquantidades de esmalte. Em seguida, coloca-se o contedo do almofariz emum copo alto, adiciona-se mais gua e deixa a mistura decantar. Repete-se

    essa operao por seis vezes. Concludas as seis guas, junta-se cinco gotasde cido ntrico, deixando que este atue por um minuto. Em seguida coloca-semais gua e agita-se o contedo com um Becker de vidro (basto) bem limpo.

    Repete-se o processo seis vezes.

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    O esmalte deposita-se no fundo do copo, pois mais pesado. Este efeitopermitir eliminar a gua decantando o copo. O ato de juntar gua, agitar e

    deixar repousar para depois decantar realizado doze vezes. As ltimas guasso feitas com gua destilada. Terminadas as ltimas seis guas, o esmalte

    tem de ficar conforme mostra a foto da direita. Uma vez concludo todo o

    processo, elimina-se a gua e conserva-se o esmalte mido dentro derecipiente transparente e fechado.

    Aplicao

    A superfcie do metal sobre a qual se aplica o esmalte influi na aparnciadefinitiva de uma determinada cor, quer seja transparente ou opalescente. Nose obter o mesmo resultado se for aplicado esmalte sobre ouro, prata ou seutilizar cobre. Da mesma maneira, se o esmalte for aplicado sobre uma cor de

    base prvia no se obter o mesmo tom, pois este ser influenciado pelaprimeira.

    Em geral, o esmalte aplicado sobre ouro, prata e cobre, mas nuncasobre o lato. O metal dever estar recozido, livre de xido e de gorduras antesde comear a aplicao. O esmalte transparente pode ser aplicado sobre folhade ouro ou um palho de prata, permitindo assim a cor e produzindodeterminados efeitos.

    melhor dar capas finas e muito uniformes de esmalte que capasgrossas, pois se controla melhor a cor e evita-se o agregado

    O esmalte um material delicado e deve ser trabalhado com cuidado,longe do p e da sujeira da oficina, sobretudo da polidora, j que qualquercoto de p pode refletir no resultado final.

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    Antes de comear a aplicao aconselhvel fazer uma paleta de cores, comomostrada na foto acima, pois os esmaltes s obtm a sua cor definitiva depoisde ir ao forno, variando o tom em funo da quantidade de capas de cores que

    so aplicadas bem como, do tom da cor de fundo sobre o qual aplicado.

    O contra-esmalte e o fundente

    Para evitar tenses e curvaturas, todas as pranchas, exceto as muitogrossas, devem ser compensadas aplicando antes um contra-esmalte no seureverso. Principalmente quando se pretende usar esmaltes transparentes,dever ser dada uma capa prvia de fundente em seu anverso, sobre a qual, euma vez recozida, ser aplicada sucessivas capas de esmalte de cor que iroao forno alternadamente.

    O esmalte pode ser aplicado sobre pranchas planas ou pouco curvadas. Parase obter esta forma, pressiona-se a prancha com um embutidor de madeirasobre uma superfcie macia, tal como uma lista telefnica (foto superior a

    esquerda). Em seguida, perfilam-se os lados com um brunidor (foto superior dadireita). Antes de aplicar o contra-esmalte, impregna-se esta superfcie com

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    goma-arbica diluda para se conseguir uma melhor adeso do contra-esmalte(foto inferior da esquerda). O contra-esmalte polvilhado com um tamis de

    forma uniforme sobre a superfcie.

    O fundente para esmalte um esmalte transparente e incolor que se aplicadiretamente sobre o metal limpo. Uma vez aplicado e com alguma grossura,

    (foto superior da esquerda) a pea ser colocada no forno para ser cozida. Naimagem superior da direita, podemos ver duas pranchas metlicas preparadas

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    com o fundente e o contra-esmalte na partes posteriores e j prontas para sereminiciados os trabalhos com esmaltes. O contra-esmalte sempre aplicado em

    primeiro lugar e s depois o fundente. Molha-se o pincel (foto do meio, na parteinferior) no esmalte de forma que em seguida este possa ser depositado

    verticalmente sobre a prancha. excesso do esmalte vtreo, nunca devemos

    pincelar como se trata-se de uma pintura leo, por exemplo.

    Ir ao forno

    Depois de aplicar o esmalte, este dever ser recozido no forno para obtera sua cor definitiva. O forno essencial para o esmalte. H esmaltes duros quese cozem a uma temperatura muito elevada, a 950 C, e outros mais moles,que necessitam de temperatura entre 750 a 825 C, conforme o fabricante do

    esmalte.Para a maioria dos cozimentos, programa-se a temperatura do forno

    para 900 C, diminuindo ou aumentando o tempo de permanncia do esmalteno seu interior em funo do seu tipo e de sua cor. Outros fatores que influemno tempo de cozimento so a dureza do esmalte, a espessura da pea, seutamanho e a temperatura do forno. Depois de cozido o esmalte, retira-se doforno e deixa arrefecer antes de ser manipulado.

    Antes de introduzir o esmalte no forno, este deve estar seco. Para secar,coloca-se sob uma lmpada de infravermelho (foto da esquerda) ou abrindo a

    porta do forno e aproximando e retirando a placa para evitar que o esmalte sedesloque por efeito da ebulio da gua que ainda contm. Em seguida, o

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    esmalte introduzido no forno, usando como suporte uma grelha de ao ou umpequeno pedao de placa refratria.

    Esmalte vtreo

    Prepara-se o esmalte em forma de pasta colocando-se um pouco destesobre um vidro e acrescentando-lhe leo de lavanda ou vaselina lquida. Com aesptula, mistura-se at se obter uma consistncia parecida com a da pintura aleo. O tempo de ir ao forno costuma ser um pouco menor que o do esmalteem p e aplica-se sobre uma base de esmalte branco opaco.

    Paleta com vrias cores de esmaltes vtreos onde possvel observar aconsistncia dos mesmos. Os esmaltes mais brandos (foto da direita), com

    uma temperatura de cozimento inferior, devem ser aplicados no final, evitando-se, com isso, a perca da sua fora no conjunto da aplicao.

    Broche criado por Ramon Puig Cuys, com esmalte vtreo elaborado porFrancesca Ribes.

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    Cloisonn

    Esta tcnica j era praticada no antigo Egito e na Mesopotmia comosubstituto das gemas. Contudo, seriam os bizantinos que dominariam comgrande maestria

    O processo consiste em dividir a pea em pequenos espaos, ou clulas,realizados a partir de fio de ouro, prata fina ou cobre, e preench-losposteriormente com esmalte.

    Embora seja possvel deixar os fios das clulas soldados, o maisfreqente e prtico aplicar previamente uma capa de fundente na superfciee, uma vez cozida, efetuar o desenho com o fio retangular. Com uns alicatesd-se forma ao fio e coloca-se sobre uma prancha ou dentro de um rebaixadofeito com cido ou qualquer outra tcnica. Para suster sobre o fundo, pode-seaplicar um pouco de cola de alcatira.

    Depois de colocados todos os fios cozem-se. A seguir, pode-se comeara preencher todas as clulas com a cor desejada e fazendo vrios cozimentos.Terminado isto, deve-se lapidar e em seguida, dar o ltimo cozimento quedeixar o esmalte brilhante e toda a aplicao por igual.

    Em muitas ocasies, aplica-se Cloisonn e Champlev numa pea. Nestaimagem e em especial, no pormenor do trabalho mais preciso, pode-seapreciar o trabalho efetuado com Cloisonn. Obra de Mestre Eilbertus,

    representando a ascenso de Cristo, 1150-1160. Kunstgewerbe Museum,Berlim

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    Grisalle

    A grisaille costuma ser trabalhada sobre um fundo escuro, previamentecozido, sobre o qual se aplica diferentes capas de branco-de-limoges ou ento,um opalescente muito refinado. Ao ir ao forno, o branco funde-se no negro

    provocando uma fuso e criando sombras, realces e tons acinzentados. Vai-sedando sucessivas capas e levando-as ao forno at obter o desenho desejado.O desenho vai aparecendo com as sucessivas capas de esmalte branco.Quanto maior for a espessura do branco-de-limoges, mais fora este ter.

    O grisaille um esmalte pintado, geralmente usado para representar figurashumanas ou motivos ornamentais.

    Vitral

    Neste caso, o esmalte fica agarrado s paredes de metal. Depois decozido sucessivas vezes, o esmalte acaba por preencher os espaos caladosou soldados, de modo a conseguir-se um efeito semelhante ao de um vitral decatedral, j que permite a passagem da luz atravs do esmalte.

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    Pea realizada com a tcnica do vitral (figura superior). Coleo Lluis Masriera.Para a tcnica do vitral, aplica-se o esmalte com um pincel ou uma esptuladentro de um perfil previamente calado. Anteriormente havia-se impregnado

    com goma arbica o interior do calado. Aps a primeira ida ao forno, o caladoainda no estar completo, sendo necessrias vrias aplicaes (foto inferior a

    esquerda). Quando o calado estiver totalmente preenchido, lapida-se oconjunto com uma pedra de lapidar. Em seguida, elimina-se todos os restos

    para se levar uma ltima vez ao forno, de modo que fique nivelado e obter umbrilho definitivo ao conjunto.

    Champlev

    Trata-se de uma tcnica outrora utilizada pelos Persas, Gregos eRomanos, bem como, por povos nmades das estepes asiticas, quetransmitiriam o ofcio aos Celtas e a outros povos europeus. No perodoromntico, verificar-se-ia a produo em grande quantidade de obras religiosas

    com este tipo de tcnica.

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    O processo consiste em preencher os espaos pouco profundosrealizados sobre o suporte de metal com tcnicas como a gravura a cido,gravura a buril ou com cinzel. O esmalte aplicado enchendo a parterebaixada e depois de cozido, lapidado com a pedra de carborundo at ficarpor igual. Quanto estiver nivelado a pea, feito o ltimo cozimento para

    conferir brilho final a superfcie do esmalte.

    Depois de ser cozido no forno, o esmalte cede e fica um pouco cncavo,pelo que se deve ser preenchido com outra camada e assim sucessivamenteat que por fim, a ltima camada de esmalte supere a altura do metal. Logo aseguir, lapida-se com uma pedra de lapidar e limpa-se para dar um ltimocozimento e obter-se ento, o brilho final.

    Acima (foto maior), esmalte aplicado sobre relvo. Pea da coleo LuisMasriera. Na foto menor, uma variante do Champlev, conhecida como basse-

    taille e que consiste na aplicao de esmalte translcido sobre superfcie deouro ou prata previamente martelada ou gravada, com objetivo de se obter

    volume

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    Pulseira de Champlev, realizada por Aureli Bisbe

    Broche esmaltado

    Nem sempre fcil dar cor a uma pea. Depois de tomada a deciso, aescolha do tom e a composio da forma acabam por proporcionar um objetorealmente sugestivo.

    Veja em seguida, simplicidade de um broche elaborado por Aureli Bisbecom a tcnica Champlev.

    Prepara-se a superfcie riscando com um buril o interior do espao onde oesmalte ir ser aplicado (foto superior a esquerda). Com um pincel, aplica-se oesmalte, tomando o cuidado de limpar o pincel cada vez que mudar de cor (foto

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    superior da direita). Depois de cozido o esmalte no forno a 900C, lima-se asuperfcie com uma lima de diamante (foto inferior da esquerda). Brocheselaborados por Aureli Bisbe, com a tcnica do Champlev (foto inferior da

    direita)

    NigelaA nigela ou nielo, no propriamente um esmalte, mas a sua forma de

    aplicao e seu respectivo efeito sobre a superfcie. J era utilizada pelasculturas minica e mecnica, assim como por numerosas peas renascentistasna Europa. Aplicava-se essencialmente em patenas de comunho, entre 300 e700.

    A nigela foi e continua sendo utilizada na ndia e nos pases islmicos.Atualmente, muitos joalheiros voltaram a aplic-la nas suas peas. Comomaterial, possui a vantagem de ser fcil de preparar e de aplicar. Alm disso,no so necessrios forno ou produtos especficos para se realizar uma peacom esta interessante tcnica.

    Pormenor do clice de Tassilo, com aplicao de Nigela. Tesouro do Mosteirode Krems-munster.

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    Composio da nigela

    A nigela uma liga composta por prata, cobre, chumbo e enxofre, que,uma vez aplicada sobre prata ou ouro, proporciona um grande contraste.Possui ainda, a vantagem de se fundir em baixas temperaturas e a suaaplicao no se apresenta muito complicada.

    Preparao

    A nigela baseia-se na reao que o enxofre fundido provoca sobre osoutros trs metais da liga. Primeiro, funde-se a prata, o cobre e o chumbojuntamente com brax em um crisol que ser utilizado para preparar a nigela.

    Uma vez fundidos estes metais, pes enxofre em abundancia, podendotambm ser adicionado um pouco de cloreto de amnio. Mistura-se opreparado com a ajuda um pequeno basto de madeira, utilizado uma mscarae estando em lugar ventilado. Ao cessar o fumo, verte-se a pasta para umalingoteira at arrefecer. Para se obter um bom preparado, prefervel moer olingote, voltar a mistur-lo com um pouco mais de enxofre e fundi-lonovamente.

    Em seguida, deve-se moer a nigela num almofariz velho,preferencialmente de ferro, at o converter num p muito fino, que seraplicado ligeiramente umedecido e misturado com um pouco de goma-arbica

    dissolvida em gua.

    A nigela funciona melhor quando aplicada em superfcies previamentefuradas ou gravadas com cido, buril ou qualquer tcnica com a qual se possarealizar profundidades no superiores a 1 milmetro.

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    Aspecto que a Nigela apresenta depois de moda.

    Aplicao

    A superfcie de aplicao tem de estar limpa e desengordurada. Molha-seum pouco a superfcie com lquido de soldar e aplica-se a nigela com umpincel. Deve-se deixar secar at a gua desaparecer. Quando seca, coloca-sesobre uma malha de ao ou uma prancha de ferro e funde-se no forno ou como soldador, procurando no deixar que a chama toque diretamente na nigela eevitando os excessos de temperatura, pois poderiam provocar-lhe porosidade.

    Depois de arrefecida, eliminam-se todos os restos com uma lima ediversos tipos de papis de esmeril (lixas) at nivelar a superfcie e revelar o

    fundo da pea de suporte.

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    Para este exemplo, preparou-se um trabalho com gravado profundo paraaplicar a nigela. Embora se possa aplicar com pincel, aqui se utilizou uma

    esptula metlica. A nigela deve ser aplicada tal como o esmalte, de maneira atransbordar sobre a superfcie (foto superior da esquerda). O fogo aplicado

    pela base de forma indireta e com a esptula estende-se a nigela sobre a

    superfcie para que possa penetrar em todos os locais (superior da direita).Quando esfriar, lima-se com uma lima velha e em seguida deve-se esmerilarat deixar a superfcie totalmente lisa.

    Precaues

    A nigela contm chumbo, pelo que se dever ter muito cuidado com osrestos que se possam misturar com metal limpo para fundir. aconselhvellimar a nigela fora da mesa de trabalho e no usar os crisis e os papis deesmeris que estiveram em contato com esta. Da mesma maneira, o processo

    de fundio deve ser realizado em lugar ventilado, para evitar a inalao defumos.

    Nigela aplicada de forma desigual sobre uma superfcie lisa. Obra de CarlesCodina

    30 - Engastes

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    A montagem das pedras com a finalidade de fazer brilhar foi em muitasocasies o nico objetivo da construo de uma jia. Desde sempre, as pedrasconstituram a essncia da joalharia, e como propsito de mostr-las, surgiu atcnica do engaste, com a especializao que consiste na sua colocao sobrerespectivas montagens.

    Tradicionalmente, o engaste tem sido uma parte integrante da prpriatcnica do ofcio. Contudo, hoje em dia um trabalho to especializado quequase constitui um ofcio independente, com o inconveniente que implica o fatode estar desligado da construo da jia, j que, em muitos casos, asmontagens so preparadas para serem engastadas de forma ortodoxa,determinando a concepo inicial do projeto.

    Engastes de diversas formas, pouco ortodoxas. Barca com apaixonadosenjaulados, Alemanha, 1570. Museu degli Argenti, Florena.

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    Broche de pedras e engastes variados. Ramon Puig Cuys.

    Saber realizar as montagens e pod-las engastar, confere maior liberdadede criao nas peas assim como, proporciona uma maior integraoconceitual a todo o conjunto.

    Ferramentas

    O equipamento necessrio para engastar relativamente econmico efcil de preparar. So necessrios: diferentes buris (confeccionados dedeterminadas formas), um bico de candeeiro ou lmpada de lcool, fustes ousuportes de madeira, que servem para fixar as peas; pez ou lacre especfico,para fixar pea no fuste ou suporte, motor de mesa e uma boa iluminao.

    Estes so os equipamentos bsicos para fazer os engastes.Diferentes buris,um empurrador ou apertador com seu caracterstico cabo em forma de bola e o

    pau, imprescindvel para juntar e transladar as pedras.

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    Os buris

    Os buris so ferramentas mais utilizadas para engastar, consistindo numperfil de ao que, convenientemente preparado, usado para cortar o metal,efetuar os ajustes nas montagens, levantar gros e decorar ou recortar o metal.

    Os buris devem ser preparados da forma que se apresenta a seguir: paracomear, ser necessrio um buril plano, outro terminado em meia cana e umonglete.

    A foto acima mostra o buril tal como na sua forma original, com a parte demetal a ser eliminada com uma m. Primeiro, parte-se a ponta para encurtar o

    buril e em seguida, corta-se a forma e o ngulo definitivo.

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    Para no aquecer em excesso a ponta do buril quando for cortada, aferramenta dever ser molhada com gua repetidas vezes antes de entrar em

    contato com a m. Se assim no fosse, a ponta iria recozer com o calor e oburil perderia a tmpera necessria para um bom corte. Quando se corta ongulo tambm se procura no aquecer em demasia a ponta do buril e da

    mesma maneira, tambm tem de ir molhando com gua de vez em quando.

    Depois de cortado, o buril deve ser afilado na pedra-de-arcansas, qual deveser aplicado previamente um pouco de leo. Efetua-se o afilamento esfregandona pedra toda a face do buril. Este processo deve ser efetuado cada vez que o

    buril exigir.

    O empuxador

    Esta ferramenta, tambm chamada apertador, de fcil realizao.Constitui um utenslio imprescindvel e usa-se para abocar o metal sobre apedra e fechar a montagem, evitando, desse modo, que ela caia. Fabrica-secortando o cabo de uma velha lima e recozendo a sua ponta. Em seguida, comoutra lima dado a forma como a que se v na fotografia logo abaixo. Feitoisso, pela outra extremidade insere-se um cabo de madeira em forma de bola.

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    Diversas terminaes na forma dos empurradores, adequadas para fazer faceas diferentes necessidades e aos hbitos de cada profissional.

    Para evitar que ao abocanhar-se o metal das montagens, o empuxadorpossa deslizar, deixa-se a sua ponta rugosa. Para isso, golpeia-se a suaextremidade na perpendicular contra uma lima velha, de modo que a texturadesta fique impressa naquele.

    O pez e os fustes

    Para se poder engastar, fixam-se firmemente as montagens numa pasta

    rgida, denominada pez ou lacre. De igual modo, para suportar e manipular apea de maneira correta aplica-se pez em uns suportes chamados fustes.Estes podem ser partidos no sentido longitudinal para fixar anis ou realizarqualquer tipo de fuste , de forma a imobilizar convenientemente outras peasmais planas, como alguns broches ou certos pingentes.

    O pez uma composio de goma-laca, almagre e colofnia. Podem-sevariar os diferentes componentes em funo do clima e do hbito do seu uso. Aproporo mais utilizada a que consiste em misturar os trs ingredientes empartes iguais. Embora tenha a mesma aparncia do pez de cinzeladura e seprepare do mesmo modo, possui uma maior dureza e uma funo diferente.

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    Os ingredientes so preparados derretendo-os lentamente numa caarola eevitando sempre que fervam. Quando se conseguir uma massa homognea,verte-se sobre uma prancha de ao previamente molhada com gua e deixaarrefecer para em seguida, parti-la em pedaos pequenos com um martelo

    (foto da esquerda). Para amolecer o pez e colar nesta a montagem, usa-seuma pequena lamparina com lcool. Com o calor, o pez amolece e quandoeste estiver totalmente brando fixa-se neste a pea ligeiramente impregnada

    em leo , podendo assim, a pea ser descolada com facilidade depois determinar o trabalho. Para eliminar os restos de pez, ferve-se a pea em

    amonaco diludo.

    O motor e o martelo percutor

    Para se engastar, precisa-se de diversas fresas, sendo as mais comunsas terminadas de forma esfrica ou de bola e as que acabam de formacncava, com as quais se pode arredondar os gros ou as garras das