Curso EAD - Projetos Urbanos - Anotações

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As cidades precisam se transformar em “sociedades de aprendizagem”, familiarizadas com novos tipos de interação e comunicação com novos e diferentes grupos de pessoas Se de um lado o fator econômico gera cidades-problema, de outro a falta de políticas urbanas *sérias* que pensem cuidadosamente o crescimento e desenvolvimento sustentável é a grande responsável. Sem desmerecer alguns bons projetos públicos implantados, podemos dizer que até hoje o Brasil não encontrou a fórmula certa para organizar suas cidades. Existe um consenso crescente de que a qualidade da governança urbana é o fator mais importante para a erradicação da pobreza e a prosperidade das cidades. Entretanto, no nosso dia a dia nos deparamos com os custos invisíveis que muitas vezes dominam e enfraquecem as nossas administrações. As cidades necessitam de uma base de conhecimento sólida para avaliarem adequadamente a sua situação atual e o seu futuro potencial de desenvolvimento. As cidades devem adotar um modelo de governança integrado, combinando estruturas formais da administração com estruturas informais e flexíveis de governança, que correspondam à escala que o desafio se coloca Ao mesmo tempo, devem desenvolver sistemas de governança capazes de promover visões comuns, que conciliem objetivos contrários e modelos de desenvolvimento conflituosos. Ao mesmo tempo, os maiores desafios que as cidades enfrentam não têm soluções diretas ou simples. Os desafios não respeitam as fronteiras administrativas e as estratégias que permitem responder a esses desafios podem ter consequências territoriais profundas que transcendem a área de intervenção.

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As cidades precisam se transformar em “sociedades de aprendizagem”, familiarizadas com novos tipos de interação e comunicação com novos e diferentes grupos de pessoas

Se de um lado o fator econômico gera cidades-problema, de outro a falta de políticas urbanas *sérias* que pensem cuidadosamente o crescimento e desenvolvimento sustentável é a grande responsável. Sem desmerecer alguns bons projetos públicos implantados, podemos dizer que até hoje o Brasil não encontrou a fórmula certa para organizar suas cidades.

Existe um consenso crescente de que a qualidade da governança urbana é o fator mais importante para a erradicação da pobreza e a prosperidade das cidades. Entretanto, no nosso dia a dia nos deparamos com os custos invisíveis que muitas vezes dominam e enfraquecem as nossas administrações. As cidades necessitam de uma base de conhecimento sólida para avaliarem adequadamente a sua situação atual e o seu futuro potencial de desenvolvimento.

As cidades devem adotar um modelo de governança integrado, combinando estruturas formais da administração com estruturas informais e flexíveis de governança, que correspondam à escala que o desafio se coloca

Ao mesmo tempo, devem desenvolver sistemas de governança capazes de promover visões comuns, que conciliem objetivos contrários e modelos de desenvolvimento conflituosos.

Ao mesmo tempo, os maiores desafios que as cidades enfrentam não têm soluções diretas ou simples. Os desafios não respeitam as fronteiras administrativas e as estratégias que permitem responder a esses desafios podem ter consequências territoriais profundas que transcendem a área de intervenção. A parceria é necessária porque há problemas urbanos complexos que não podem ser resolvidos por organismos ou entidades governamentais agindo isoladamente

São necessários novos modelos institucionais que incluam os agentes que produzem a cidade e promovam processos de planejamento transparentes.

As cidades necessitam de uma base de conhecimento sólida para avaliarem adequadamente a sua situação atual e o seu futuro potencial de desenvolvimento.

O conhecimento de dados e informações não só permite a participação mais qualificada, como também habilita o cidadão para fiscalizar ações administrativas, assumindo sua parcela de responsabilidade no desenvolvimento odo município.

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Ao longo da história, as cidades concorreram e cooperaram entre si. A mais recente expansão das cidades para além dos seus centros e a sua crescente conectividade com um território muito mais vasto não só aumentaram as possibilidades de intercâmbio econômico e sociocultural, como também estimularam a concorrência. Atualmente, as cidades concorrem por investimentos internos e estrangeiros, capital humano, comércio, turistas, etc. Esta concorrência conduz frequentemente a processos que podem ser prejudiciais para o desenvolvimento econômico e para a coesão territorial, bem como conduzir a uma utilização não otimizada dos recursos. Numa situação de escassez de recursos públicos, a cooperação em torno de questões estratégicas como os serviços públicos, grandes projetos de desenvolvimento, infraestruturas na área do conhecimento e de transportes, torna-se necessária para um desenvolvimento urbano e territorial sustentável. É essencial que as cidades vizinhas se envolvam numa concorrência cooperativa e não numa concorrência pura e simples. O principal desafio à concorrência cooperativa entre cidades é o desenvolvimento de um processo estratégico de pensamento, conversação, planejamento e ação diferenciada, mas conjunta.

Metas ou Resultados Muitas vezes confundidas com os objetivos específicos, as metas são os resultados parciais a serem atingidos e devem ser concretas, expressando quantidades e qualidades dos objetivos. A definição de metas baseadas em elementos quantitativos e qualitativos é fundamental para o processo de avaliação dos resultados obtidos. Cada objetivo específico deve ter uma ou mais metas. Quanto melhor dimensionada estiver uma meta, mais fácil será definir os indicadores que permitirão evidenciar seu alcance.

Estabelecer um fluxo de comunicação com todos os envolvidos, mantendo-os atualizados sobre os progressos e problemas surgidos em quaisquer fases do projeto, além de propiciar a união e apoio do grupo, permite agilidade nos processos decisórios para solução de situações imprevistas ou críticas, sendo um elemento vital para alcançar os objetivos do projeto. Nesses comunicados, é importante estarem contidas informações sobre o estado atual do projeto, a situação das tarefas críticas e qual é a condição atual das tarefas remanescentes que contêm alto nível de risco técnico ou que estão sendo executadas por terceirizados, a identificação dos fatores de risco que possam apresentar um potencial de fracasso do projeto ou outros prejuízos e alertas sobre aqueles que não vêm atuando conforme o esperado. Na fase de planejamento, também devem ser considerados os seguintes aspectos: qualidade – determina os padrões de qualidade relevantes ao projeto, como mensurá-los e satisfazê-los;

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organização – montagem das equipes, divisão das funções e tarefas;

comunicação – estabelece o fluxo de informação entre todos os envolvidos;

risco – avalia os riscos que podem afetar o projeto e as possíveis respostas a eles.