Cursos no C.E.I.C. Editorial Em busca de...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Ano IX - Edição 151 - ABRIL / 2016 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio pág.6 pág.2 pág.3 pág.4 pág.7 pág. 12 Espiritismo e Ciência: As forças N, V, X Instruções de Além Túmulo: No intercâmbio pág. 14 Espiritismo na Arte: A Arte - meio de elevação pág. 13 Em Busca da Reforma Íntima: Autêntica liderança pág. 10 Personalidade Espírita: Chico Xavier - Apóstolo do Amor Deus Causa Primeira: Cooperação com Deus Estudando A Gênese: Sinais dos Tempos Na Seara Mediúnica: Reforma íntima Clareando as Ideias com Kardec: As leis e o progresso Nesta Edição : pág. 16 Reflexão: Aflições Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) pág. 5 pág. 7 pág. 6 pág. 3 pág. 8 SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00 Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Aten- dimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Trata- mento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da Mediunidade QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte). 4 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 4 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 4 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. Editorial Em busca de orientação Para começarmos a nossa reflexão vejamos o que Kardec nos traz em A Gênese : “Quanto mais se avança, tanto mais se sente o que falta, sem que, entretanto, se possa ainda definir claramente o que seja: é isso efeito do trabalho íntimo que se opera em prol da rege- neração. Surgem desejos, aspirações, que são como que o pressentimento de um estado me- lhor.”.(¹). De que sentimos falta, diante de tantas conquistas materiais?Será da Paz? Será do Amor? Amor e paz são estados d’alma que precisamos conquistar. Estamos num mundo de provas e expiações e precisamos trabalhar a nossa reforma íntima. Emmanuel nos diz: “Obreiro do bem ou condutor da fé, se obtivesses da Terra apenas demonstrações de apreço, palmas de triunfo, quem colaboraria com Deus, nos dias de perturbação, de maneira a limitar a incursão das trevas ou a apagar o fogo do ódio (...).” (²). Muitas vezes buscamos consolo e orientação em fontes que não nos atendem ao anseio. Onde buscar, então, consolo e orientação? Lins de Vasconcelos, em mensagem mediúnica, nos orienta assim: Sobre o livro espírita é que temos de edificar o Templo da Sabedoria, no qual a humanidade futura haurirá a Felicidade que sempre foi a meta de todas as criaturas. Difundamos, pois, o livro espírita por toda parte, a fim de que mais se apresse o reino da felici- dade na Terra.”. (³). Que sigamos com muita perseverança na conquista da verdadeira felicidade. E o roteiro para esta conquista encontramos no Evangelho de Jesus e nos ensinamentos dos seus seareiros. Paz em todos os corações. (¹) Seção “Estudando A Gênese” desta edição. - (²) Seção “Deus – Causa Primeira” desta edição. - (³) Seção “Comemoração Especial” desta edição.

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Ano IX - Edição 151 - ABRIL / 2016www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

pág.6

pág.2

pág.3

pág.4

pág.7

pág. 12

Espiritismo e Ciência:As forças N, V, X

Instruções de Além Túmulo:No intercâmbio

pág. 14Espiritismo na Arte:A Arte - meio de elevação

pág. 13

Em Busca da Reforma Íntima:Autêntica liderançapág. 10

Personalidade Espírita:Chico Xavier - Apóstolo do Amor

Deus Causa Primeira:Cooperação com Deus

Estudando A Gênese:Sinais dos Tempos

Na Seara Mediúnica:Reforma íntima

Clareando as Ideias com Kardec:As leis e o progresso

Nesta Edição :

pág. 16Reflexão:Aflições

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

pág. 5

pág. 7

pág. 6

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pág. 8

SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Aten-dimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Trata-mento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da MediunidadeQUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).4 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos4 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).4 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C. Editorial

Em busca de orientaçãoPara começarmos a nossa reflexão vejamos o que Kardec nos traz em A Gênese : “Quanto mais se avança, tanto mais se sente o que falta, sem que, entretanto, se possa ainda definir claramente o que seja: é isso efeito do trabalho íntimo que se opera em prol da rege-neração. Surgem desejos, aspirações, que são como que o pressentimento de um estado me-lhor.”.(¹).De que sentimos falta, diante de tantas conquistas materiais?Será da Paz? Será do Amor?Amor e paz são estados d’alma que precisamos conquistar. Estamos num mundo de provas e expiações e precisamos trabalhar a nossa reforma íntima. Emmanuel nos diz: “Obreiro do bem ou condutor da fé, se obtivesses da Terra apenas demonstrações de apreço, palmas de triunfo, quem colaboraria com Deus, nos dias de perturbação, de maneira a limitar a incursão das trevas ou a apagar o fogo do ódio (...).” (²).Muitas vezes buscamos consolo e orientação em fontes que não nos atendem ao anseio.Onde buscar, então, consolo e orientação?Lins de Vasconcelos, em mensagem mediúnica, nos orienta assim: “Sobre o livro espírita é que temos de edificar o Templo da Sabedoria, no qual a humanidade futura haurirá a Felicidade que sempre foi a meta de todas as criaturas.Difundamos, pois, o livro espírita por toda parte, a fim de que mais se apresse o reino da felici-dade na Terra.”. (³).Que sigamos com muita perseverança na conquista da verdadeira felicidade. E o roteiro para esta conquista encontramos no Evangelho de Jesus e nos ensinamentos dos seus seareiros.

Paz em todos os corações.

(¹) Seção “Estudando A Gênese” desta edição. - (²) Seção “Deus – Causa Primeira” desta edição. - (³) Seção “Comemoração Especial” desta edição.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Perturbações Espirituais, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora LEAL.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do mês:

A candeia sobreo candeeiro(*)

Dia : 10 / 04 / 2016 - 16 horasCulto no Lar de

Nazaré Calazans

Atividades Doutrinárias

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InformatIvo do CeIC

Sugestão de Leitura

É de causar admiração diga Jesus que a luz não deve ser colocada debaixo do alqueire, quando ele próprio constantemente oculta o sentido de suas palavras sob o véu da alegoria, que nem todos podem compreen-der. Ele se explica, dizendo a seus apósto-los: “Falo-lhes por parábolas, porque não estão em condições de compreender certas coisas. Eles veem, olham, ouvem, mas não entendem. Fora, pois, inútil tudo dizer-lhes, por enquanto. Digo-o, porém, a vós, porque dado vos foi compreender estes mistérios.” Procedia, portanto, com o povo, como se faz com crianças cujas ideias ainda se não de-senvolveram. Desse modo, indica o verda-deiro sentido da sentença: “Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, a fim de que todos os que entrem a possam ver.” Tal sentença não significa que se deva revelar inconsideradamente todas as coisas. Todo ensinamento deve ser propor-cionado à inteligência daquele a quem se queira instruir, porquanto há pessoas a quem uma luz por demais viva deslumbraria, sem as esclarecer.

Dá-se com os homens, em geral, o que se dá em particular com os indivíduos. As ge-rações têm sua infância, sua juventude e sua maturidade. Cada coisa tem de vir na época própria; a semente lançada a terra, fora da estação, não germina. Mas, o que a prudên-cia manda calar, momentaneamente, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; pesa--lhes a obscuridade. Tendo-lhes Deus outor-gado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do céu, eles tratam de raciocinar sobre sua fé. E então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, desfalece a fé. (¹). (...) A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita da-quilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreen-der. A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incré-dulos, porque ela pretende impor-se, exigin-do a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. (²).

(*) Título criado para este trecho do tex-to. Título do texto completo: Não ponhais a candeia debaixo do alqueire.

(¹) Capítulo XXIV, item 4.(²) Cap. XIX, item 7.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritis-mo, Allan Kardec, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 3

Deus - Causa Primeira

Cooperação com DeusQuantas vezes terás dito que amas Deus e te dispões a servi-lo? E quantas outras tantas terás afirmado a tua fé na Providên-cia Divina?

Provavelmente, porém, não te puseste ainda a raciocinar que os teus votos fo-ram acolhidos e que o Todo Misericor-dioso, por intermédio de vasta corrente hierárquica de assessores, te enviou as tarefas de cooperação com a sua infinita bondade, junto de causas, organizações, situações e pessoas, que lhe requisitam assistência e intervenção.

Exposto, assim, o problema do teu setor de ação individual, será justo considerar que esforço e dedicação constituem ingre-dientes inevitáveis no encargo que te foi confiado, a fim de que obtenhas o êxito que denominamos por “dever cumprido perante Deus”.

Mãe ou pai, se recolhesses da vida tão somente os filhos robustos e virtuosos, que indícios de amor oferecerias a Deus, quando Deus te pede o coração mais pro-fundamente voltado para os filhos menos felizes, com bastante abnegação para ja-mais abandoná-los, ainda mesmo quando o mundo os considere indesculpáveis ou desprezíveis?

Professor ou mentor, se reunisses contigo

Que é Deus?“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4, Editora FEB

apenas os discípulos inteligentes e nobre, quem estaria com Deus no auxílio aos re-beldes ou retardados?

Dirigente ou supervisor, nos diver-sos ramos da atividade humana, se fosses chamado para guiar os interesses da co-munidade exclusivamente nos dias de céu azul, para entoar louvores à harmonia ou presidir a distribuição de luzes e bênçãos, quem cooperaria com o Supremo Senhor, nas horas de tempestade, quando as nuvens da incompreensão e os raios da calúnia va-ram a atmosfera das instituições, exigindo a presença dos que cultivem brandura e compreensão, a fim de que a Divina Mise-ricórdia encontre instrumentos capazes de ajuda-la a restaurar os elementos convulsos?

Obreiro do bem ou condutor da fé, se obtivesses da Terra apenas demonstrações de apreço, palmas de triunfo, quem cola-boraria com Deus, nos dias de perturba-

ção, de maneira a limitar a incursão das trevas ou a apagar o fogo do ódio, entre as vítimas da ilusão ou da vaidade, nos lu-

gares em que o Pai Supremo necessite de corações suficientemente corajosos e humildes para sustentarem a bem com o esquecimento de todo mal?

Onde estiveres e sejas quem sejas, no grau de responsabilidade e serviço em que te situas, agradece aos Céus as ale-grias do equilíbrio, as afeições, os dias róseos do trabalho tranquilo e as visões

dos caminhos pavimentados de beleza e marginados de flores que te premiam a fé em Deus; quando, porém, os caminhos da provação te firam a alma ou quando as cir-cunstâncias adversas se conjuguem contra as boas obras a que te vinculas, como se a tormenta do mal intentasse efetuar o nau-frágio do bem, recorda que terás chegado ao instante do devotamento supremo e da lealdade maior, porque, se confias em Deus, Deus igualmente confia em ti.

Emmanuel

Fonte: Encontro Marcado, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

loCal: Centro espírIta Irmão ClarênCIo

Encontros Espíritas

preCe pelo 210 anIversárIo do CeICdata: 15/04/2016 - 19h

290 enContro léon denIs

tema: - "o mundo InvIsível"data: 24/04/2016Em Maio

Em Abril 260 enContro eurípedes Barsanulfo

data: 22/05/2016

Em Maio

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 4

Revista Espírita

A lei humanaA lei humana, como todas as coisas, está sub-metida ao progresso; progresso lento, insensí-vel, mas constante.

Por mais admiráveis que sejam, para certas pessoas, as legislações antigas dos gregos e dos romanos, são muito inferiores às que governam as populações adiantadas de vossa época! – Com efeito, que vemos na origem de todos os povos? – Um código de usos e costumes tirando a sua sanção da força e tendo por motor o mais absoluto egoísmo. Qual o objetivo de todos os legisladores

primitivos? – Destruir o mal e seus instru-mentos, para maior paz da sociedade. Preocu-pam-se com o criminoso? – Não. – Ferem-no para corrigi-lo e lhe mostrar a necessidade de uma conduta mais moderada em relação aos seus concidadãos? Têm em vista o seu melho-ramento? – De modo algum; é exclusivamen-te para preservar a sociedade de seus ataques, sociedade egoísta, que rejeita impiedosamente de seu seio tudo quanto possa perturbar a sua tranquilidade. Assim, todas as repressões são excessivas e a morte é, geralmente, a pena mais aplicada.

Isto é concebível quando se considera a liga-ção íntima que existe entre a lei e o princípio religioso. Ambos avançam concordes para um objetivo único, amparando-se mutuamente.

Consagra a religião os prazeres materiais e todas as satisfações dos sentidos? A lei dura e excessiva fere o criminoso para livrar a socie-dade de um hóspede importuno. A religião se transforma, consagra a vida da alma e sua inde-pendência da matéria? Ela reage imediatamente sobre a legislação, demonstra-lhe a responsabi-lidade que lhe incumbe, no futuro, do violador da lei. Daí a assistência do ministro, seja qual for, nos últimos momentos o condenado. Ainda o ferem, mas já se preocupam com este ser que não morre inteiramente com o seu corpo, e cuja parte espiritual vai receber o castigo que os ho-mens infligiram ao elemento material.

Na Idade Média e desde a era cristã, a legisla-ção recebe do princípio religioso uma influência

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras prece-dentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplica-ção”.

cada vez mais notável. Ela perde pouco de sua crueldade, mas seus móveis, ainda absolutos e cruéis, mudaram completamente de direção.

Assim como a ciência, a filosofia e a política, a jurisprudência tem suas revoluções, que não se devem operar senão lentamente, para serem aceitas pela generalidade dos seres a quem in-teressam. Uma nova instituição, para dar frutos, não deve ser imposta. A arte do legislador é pre-parar os espíritos de maneira a fazê-la desejar e considerar como um benefício... Todo inovador, por melhores que sejam as boas intenções que o animem, por mais louváveis os seus desíg-nios, será considerado como um déspota, cujo jugo é preciso sacudir, se quiser impor-se, ainda mesmo que por benefícios. – Por seu princípio, o homem é essencialmente livre e quer aceitar sem constrangimento. Daí as dificuldades que encontram os homens muito avançados para o seu tempo; daí as perseguições com que são es-magados. Vivendo no futuro, com um século ou dois de avanço sobre a massa de seus contempo-râneos, não podem senão fracassar e quebrar-se contra a rotina refratária.

Na Idade Média, portanto, já se preocupavam com o futuro do criminoso. Pensavam em sua alma e, para levá-la ao arrependimento, ame-drontavam-na com os castigos do inferno, com as chamas eternas que, por um arrastamento cul-poso, lhe infligiria um Deus infinitamente justo e infinitamente bom!

Não podendo elevar-se à altura de Deus, os homens, para se engrandecer, o rebaixavam às suas mesquinhas proporções! Inquietavam-se com o futuro do criminoso! pensavam em sua alma, não por ela própria, mas em virtude de uma nova transformação do egoísmo, que con-sistia em pôr a consciência em repouso, reconci-liando o pecador com o seu Deus.

Pouco a pouco, no coração e no pensamen-to de um pequeno número, a iniquidade de se-melhante sistema pareceu evidente. Eminentes espíritos tentaram modificações prematuras, mas que, no entanto, deram fruto, estabelecendo precedentes sobre os quais se baseia a transfor-

mação que hoje se realiza em todas as coisas.Sem dúvida por muito tempo ainda, a lei será

repressiva e castigará os culpados. Ainda não chegamos ao momento em que só a consciên-cia da falta será o mais cruel castigo de quem a cometeu. Mas, como vedes todos os dias, as penas se abrandam; tem-se em vista a moraliza-ção do ser; criam-se instituições para preparar a sua renovação moral; tornam a sua desonra útil a si próprio e à sociedade. O criminoso não será mais a fera a ser expurgada do mundo a qualquer preço; será a criança extraviada cujo raciocínio, falseado pelas más paixões e pela influência de um meio perverso, deve ser corrigido!

Ah! o magistrado e o juiz não são os únicos responsáveis e os únicos a agir neste caso. Todo homem de coração, príncipe, senador, jornalis-ta, romancista, legislador, professor e artesão, todos devem pôr a mão na obra e trazer o seu óbolo para a regeneração da Humanidade.

A pena de morte, vestígio infamante da crueldade antiga, desaparecerá pela força das coisas. A repressão, necessária no estado atual, abrandar-se-á paulatinamente e, em algumas gerações, a única condenação, a colocação fora da lei de um ser inteligente, será o último grau da infâmia, até que, de transformação em trans-formação, a consciência de cada um fique como único juiz e carrasco do criminoso.

E a quem se deverá todo esse trabalho? Ao Espiritismo que, desde o começo do mundo, age por suas revelações sucessivas, como mo-saísmo, cristianismo e espiritismo propriamente dito! – Por toda parte, em cada período, sua be-néfica influência brilha a todos os olhos, e ainda há seres bastante cegos para não o reconhecer, bastante interessados para derrubá-lo e negar a sua existência! Ah! esses devem ser lamenta-dos, porque lutam contra uma força invencível: o dedo de Deus!

Bonnamy, pai (Médium: Sr. Desliens).

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, mar-ço-1866. Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 5

Sinais dos tempos

Estudando A Gênese

A Humanidade tem realizado, até ao presente, incontestáveis progressos. Os homens, com a sua inteligência, chegaram a resultados que jamais ha-viam alcançado, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem-estar material. Resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a caridade, a frater-nidade, a solidariedade, que lhes as-segurem o bem-estar moral. Não po-deriam consegui-lo nem com as suas crenças, nem com as suas instituições antiquadas, restos de outra idade, boas para certa época, suficientes para um estado transitório, mas que, havendo dado tudo o que comportavam, seriam hoje um entrave. Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e, para isso, faz-se preci-so destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho.

Tal o período em que doravante vão entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade. Essa fase, que neste momento se elabora, é o complemento indispensável do estado

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíri-tas”.

(A Gênese, Introdução).

precedente, como a idade viril o é da juventude. Ela podia, pois, ser previs-ta e predita de antemão e é por isso que se diz que são chegados os tem-pos determinados por Deus.

Nestes tempos, porém, não se tra-ta de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabe-lecer-se, e os homens, que mais opos-tos lhe são, para ela trabalham a seu mau grado. A geração futura, desem-baraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depura-dos, se achará possuída de ideias e de sentimentos muito diversos dos da geração presente, que se vai a passo

de gigan-te. O velho mundo es-tará morto e apenas viverá na H i s t ó r i a , como o es-tão hoje os tempos da Idade Mé-

dia, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas.

Aliás, todos sabem quanto ain-

da deixa a desejar a atual ordem de coisas. Depois de se haver, de certo modo, considerado todo o bem-estar material, produto da inteligência, logra-se compreender que o comple-mento desse bem-estar somente pode achar-se no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, tanto mais se sente o que falta, sem que, entretan-to, se possa ainda definir claramente o que seja: é isso efeito do trabalho ínti-mo que se opera em prol da regenera-ção. Surgem desejos, aspirações, que são como que o pressentimento de um estado melhor.

Mas, uma mudança tão radical como a que se está elaborando não pode realizar-se sem comoções. Há, inevitavelmente, luta de ideias. Des-se conflito forçosamente se originarão passageiras perturbações, até que o terreno se ache aplanado e restabele-cido o equilíbrio. É, pois, da luta das ideias que surgirão os graves aconte-cimentos preditos e não de cataclis-mos ou catástrofes puramente ma-teriais. Os cataclismos gerais foram consequência do estado de formação da Terra. Hoje, não são mais as entra-nhas do planeta que se agitam: são as da Humanidade.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capí-tulo XVIII, itens 5 a 7, Editora FEB.

Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens

necessitam, mas de elevar o sentimento e, para isso, faz-

se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o

orgulho.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"O livre-arbítrio funciona como elemento de decisão a nosso favor, e a postura do Cristo respeitando-nos esse mesmo livre-arbítrio, embora pudesse perfeitamente ultrapassá-lo, mostra bem o grau de sua elevação.Não pensem aqueles que tudo fazem, que agem sem reprimendas do plano espiritual, que estão livres para faz-erem o que querem, não. Jesus está sempre atento e se nos deixa fazer alguma coisa parecendo-nos que temos liberdade plena, creia é porque ele assim o deseja."

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 6

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?

O CEIC agradece desde já a sua colaboração.

Conta para depósito:

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O sexto sentido(dia 03, 15:30)

EmAbril

Na Seara Mediúnica

Reforma íntimaQuando a espiritualidade sublime te clareou por dentro, passaste a men-talizar perfeição nas atitudes alheias. Entretanto, buscando, aqui e ali, pa-drões ideais de comportamento, nada mais recolheste que necessidades e negações.

Irmãos que te pareciam sustentá-culos da coragem tombaram no de-sânimo, em dificuldades nascentes; criaturas que supu-nhas destinadas à missão da bênção, pela música de carinho que lhes vibrava na boca, amaldiçoaram le-ves espinhos que lhes roçaram a vestimenta; com-panheiros que se afiguravam troncos na fé resvalaram facilmente nos atoleiros da dúvida e almas que julgavas modelos de fi-delidade e ternura abandonaram-te o clima de esperança, nas primeiras horas da luta incerta.

Sofres, exiges, indagas, desarvo-ras-te...

Trilhando o caminho da renovação que te eleva, solicitas circunstâncias e companhias em que te escores para seguir adiante; contudo, se estivesses no plano dos amigos perfeitos, não respirarias na escola do burilamento moral.

O Universo é governado por leis infalíveis.

“Dai e dar-se-vos-á” – ensinou Je-sus.

Possuímos, desse modo, tão so-mente aquilo que damos.

Se aspiras a receber a simpa-

tia e a abnegação do próximo, começa distribuindo simpatia e abnegação.

O entendimento na Doutrina Es-pírita esclarece-nos a cada um que é loucura reclamar a santificação com-pulsória e, sim, que é dever simples de nossa parte operar a própria trans-formação para o bem, a fim de que sejamos para os outros, ainda hoje,

o que desejamos sejam eles para nós amanhã.

É possível estejas atravessando a estrada longa da incompreensão, pedregosa e obscura.

Façamos, porém, suficiente luz no próprio íntimo e a noite, por mais es-pessa, será sempre sombra a fugir de nós.

Emmanuel

Complementação doutrinária: estudo feito pelo autor espiritual, baseado no item 350 de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec.

Fonte: Seara dos Médiuns, psico-grafia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

"O entendimento na Doutrina Espírita esclarece-nos a cada um que

é loucura reclamar a santificação compulsória e, sim, que é

dever simples de nossa parte operar a própria transformação

para o bem..."

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 7

Num sábado de 1980Chico Xavier - Apóstolo do Amor

Recordamo-nos bem.Foi num sábado do ano passado.Como sempre, uma multidão aguar-

dava-o à sombra do abacateiro.Alguns amigos estavam ocupados

preparando os víveres que seriam repar-tidos a instantes.

Ao chegar, Chico é recebido com aplausos.

Desconcerta-se...A reunião tem início.Os companheiros são convidados aos

comentários.Alguém, no entanto, toma a palavra e

começa a falar.Identifica-se como sendo represen-

tante da Câmara Municipal de Casa Branca, Estado de São Paulo.

Ali estava para entregar ao Sr. Fran-cisco Cândido Xavier, título de cidadão daquela cidade.

De fato, Casa Branca há muito con-ferira ao Chico o referido laurel, porém, devido a problemas de saúde, ele não fixara a data em que pudesse ir à sim-pática cidade para receber, em nome dos espíritas, a homenagem.

E o vereador falava, empolgado: “... como o nosso Chico não pode ir à Casa Branca, vimos até ele”.

Tecia elogios e mais elogios. Exal-tava, diga-se de passagem, com muita justiça, a figura de Chico Xavier, afir-mando ter sido ele, em outras vidas, a jovem Flávia, filha do senador Públio Lentulus...

Chico permanecia calado, olhos fixos no chão movimentando a cabeça como se estivesse a dizer para si mesmo: “não, não”.

Francisco Cândido Xavier(02/04/1910 – 30/06/2002)

Inflamado, o vereador continuava... Colocou o Chico no mesmo nível de Emmanuel.

Neste momento, Chico cochicha algo com o Sr. Weaker e este dá um discreto sinal para que o companheiro que falava encerrasse o seu pronuncia-mento.

Tomando, agora, a palavra, Chico co-meça a falar e... a chorar.

Pena que, naquela oportunidade, não tivéssemos um grava-dor acionado.

Chico fala, muito emocionado, de suas imperfeições, de seus deslizes, de suas lutas. Diz que queria deixar bem claro para a poste-ridade, que ele não era a reencarnação de Flávia, a filha de Emmanuel em outras eras, que ele nem mesmo pertencia à faixa evolutiva de Em-manuel...

Todos choram; até mesmo o bailado das folhas do abacateiro, às flautas do vento, cessa...

Chico, enxugando as lágrimas, fa-lou que Emmanuel nunca lhe permitira qualquer intimidade, que ele agradecia aos Espíritos Amigos por terem-no permitido servir na mediunidade, atra-vés da qual ressarcia as suas dívidas e que se felicitava apenas dos muitos amigos que o Espiritismo lhe propor-cionava.

Agradecendo aos amigos de Casa Branca, pedia permissão para recusar,

ali, a entrega do título, pois seria uma falta de respeito para com a comuni-dade daquela cidade, e que, quando pudesse, iria pessoalmente recebê-la, a fim de agradecer a generosidade dos corações amigos e abnegados que ho-menagearam a Doutrina Espírita em sua pessoa...

Num clima de grande emotividade, em que cada um de nós avaliávamos melhor a grandeza de Chico Xavier,

encerrou-se a reunião com uma pre-ce.

...E o Chico foi distribuir aos necessi-tados o pão e o sorriso, a roupa e a espe-rança, em nome do Senhor.

Ele cumprimentava, um por um, “os filhos do Calvário”, chamando-os pelo nome, perguntando-lhes pela família, beijando-lhes as mãos...

Fonte: Chico Xavier, à Sombra do Aba-cateiro – Carlos A. Baccelli, Editora Ideal, 6ª edição. Cap. I

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"Não dê trégua à desdita, à ociosidade, aos queixumes." "Muita falta faz Jesus e sua doutrina no mundo."

Fonte: Amorterapia.Espírito : Joanna de Ângelis.Psicografia : Divaldo Franco.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 8

Clareando as Ideias com Kardec

Que se deve entender por lei na-tural?“A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta.”.

Onde está escrita a lei de Deus?“Na consciência.”.

Por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa?“Reconhecê-la-eis pelo desenvol-vimento moral. Credes que estais muito adiantados, porque tendes feito grandes descobertas e obti-do maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer--vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então, sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civili-zação.”.

Nota de Kardec - A civilização, como todas as coisas, apresenta gradações diversas. Uma civiliza-ção incompleta é um estado tran-sitório, que gera males especiais, desconhecidos do homem no estado primitivo. Nem por isso, entretanto, constitui menos um progresso na-tural, necessário, que traz consigo o remédio para o mal que causa. À medida que a civilização se aperfei-çoa, faz cessar alguns dos males que gerou, males que desaparecerão to-dos com o progresso moral. De duas nações que tenham chegado ao ápi-ce da escala social, somente pode considerar-se a mais civilizada, na legítima acepção do termo, aquela onde exista menos egoísmo, menos

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

cobiça e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a in-teligência se puder desenvolver com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; onde me-nos enraizados se mostrem os pre-conceitos de casta e de nascimento, por isso que tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor do próximo; onde as leis ne-nhum privilégio consagrem e sejam as mesmas, assim para o último, como para o primeiro; onde com menos parcialidade se exerça a jus-tiça; onde o fraco encontre sempre amparo contra o forte; onde a vida do homem, suas crenças e opiniões sejam melhormente respeitadas; onde exista menor número de des-graçados; enfim, onde todo homem de boa-vontade esteja certo de lhe não faltar o necessário.

Poderia a sociedade reger-se uni-camente pelas leis naturais, sem o concurso das leis humanas?“Poderia, se todos as compreen-dessem bem. Se os homens as qui-sessem praticar, elas bastariam. A sociedade, porém, tem suas exigên-cias. São-lhe necessárias leis espe-ciais.”.

Qual a causa da instabilidade das leis humanas?“Nas épocas de barbaria, são os mais fortes, que fazem as leis e eles as fizeram para si. À proporção que os homens foram compreendendo melhor a justiça, indispensável se tornou a modificação delas. Quanto mais se aproximam da vera justiça, tanto menos instáveis são as leis hu-manas, isto é, tanto mais estáveis se vão tornando, conforme vão sendo feitas para todos e se identificam com a lei natural.”.

Nota de Kardec - A civilização criou necessidades novas para o homem, necessidades relativas à posição so-cial que ele ocupe. Tem-se então que regular, por meio de leis humanas, os direitos e deveres dessa posição. Mas, influenciado pelas suas pai-xões, ele não raro há criado direitos e deveres imaginários, que a lei na-tural condena e que os povos riscam de seus códigos à medida que pro-gridem. A lei natural é imutável e a mesma para todos; a lei humana é variável e progressiva. Na infância das sociedades, só esta pode consa-grar o direito do mais forte.

No estado atual da sociedade, a se-veridade das leis penais não consti-tui uma necessidade?“Uma sociedade depravada certa-mente precisa de leis severas. Infe-lizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que a lhe secar a fonte. Só a educação poderá reformar os homens, que, en-tão, não precisarão mais de leis tão rigorosas.”.

Como poderá o homem ser levado a reformar suas leis?“Isso ocorre naturalmente, pela for-ça mesma das coisas e da influência das pessoas que o guiam na senda do progresso. Muitas já ele reformou e muitas outras reformará. Espera!”.

(*) Título criado para este trecho do texto. Títulos dos textos completos: Caracteres da lei natural (q.614 e q.621) e Progresso da legislação humana (demais questões).

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões: 614, 621, 793 a 797, Editora FEB.

As leis e o progresso(*)

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 9

Venha estudar conosco O Livro

dos Espíritos Allan Kardec

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ConviteVenha estudar conosco O Evangelho

Segundo o Espiritismo Allan Kardec

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ConviteVenha estudar conosco

A Gênese Allan Kardec

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Convite

O mal está determinado no conteú-do do nosso destino?

– Ninguém nasce destinado ao mal, porque semelhante disposição derro-garia os fundamentos do Bem Eterno sobre os quais se levanta a Obra de Deus.

O Espírito renascente no berço ter-restre traz consigo a provação expia-tória a que deve ser conduzido ou a tarefa redentora que ele próprio esco-lheu, de conformidade com os débitos contraídos.

Prevalece aí o mesmo princípio que vige para as sociedades terrestres, pelo qual, se o homem é malfeitor confesso, deve ser segregado em estabelecimen-to correcional adequado para a reedu-cação precisa, e, se é apenas aprendiz no campo da experiência, com dívidas e créditos, sem falta grave a resgatar, é justo possa pedir às autoridades supe-riores, que lhe presidem os movimen-tos, o gênero de trabalho ou de luta em que se sinta mais apto ao serviço de autoaperfeiçoamento. Entendamos, porém, que, se perpetrou delito passí-

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. (...). Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação (...). É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo ...”.

André Luiz - (Nosso Lar, Mensagem de André Luiz, Editora FEB).

vel de dolorosa punição, não é ele in-ternado na penitenciária ou no traba-lho reparador para que se desmande, deliberadamente, em delitos maiores, o que apenas lhe agravaria as culpas já formadas perante a Lei.

É natural que o devedor, nessa ou naquela forma de resgate, venha a sofrer fortes impulsos e recidivas no erro em que faliu, tanto maiores quão mais extenso lhe tenha sido o transviamento moral; entretanto, a provação deve ser assimilada como recurso de emenda, nunca por válvula de expansão das dívidas assumidas.

Desse modo, ninguém recebe do Plano Superior a determinação de ser relapso ou vicioso, madraço ou delin-quente, com passagem justificada no latrocínio ou na dipsomania, no mere-trício ou na ociosidade, no homicídio ou no suicídio, Padecemos, sim, nesse ou naquele setor da vida, durante a re-capitulação de nossas próprias expe-riências, o impulso de enveredar por esse ou aquele caminho menos dig-no, mas isso constitui a influência de

nosso passado em nós, instilando-nos a tentação, originariamente toda nos-sa, de tornar a ser o que já fomos, em contra posição ao que devemos ser.

Qual a relação percentual de tempo existente entre os estágios que o Espí-rito de elevação mediana vive como encarnado e como desencarnado?

— A percentagem de tempo no pla-no espiritual para as criaturas de evo-lução mediana varia com o grau de aproveitamento de tempo no estágio recente que desfrutaram no corpo fí-sico.

Quão mais vasta a provisão de co-nhecimento e maior a aquisição de virtudes, por parte do Espírito, mais largo período desfruta na Esfera Su-perior para obtenção de mais nobres recursos para mais alta ascensão.

André Luiz

Fonte: Evolução em dois mundos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Evolução e destino

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 10

Em Busca da Reforma Íntima

Autêntica liderançaO homem livre não precisa dominar outras criaturas, porquanto a liberdade é um sentimento oposto ao desejo de mando. Os dominadores são aqueles que não conseguem sentir-se valorizados como pessoa, a não ser quando estão dominando os outros.

Quem é livre realmente não pretende ser mestre de ninguém. Descobriu que não é tão pe-queno quanto pensou, nem tão admirável quanto gostaria de ser. Simplesmente resgatou a ideia de que é a principal autoridade em seu mundo ínti-mo, e não no mundo dos outros.

O ser liberto faz sua caminhada evolucional sabendo que a própria existência depende exclu-sivamente de sua autocompreensão. Entendeu que, na cidade da vida, quando pensamos estar subindo a rua da felicidade, às vezes podemos estar descendo a ladeira da decepção.

Há diversas formas de se atingir uma lideran-ça. Descreveremos apenas duas, para que você possa discernir a situação que vivencia: a do líder nato e a do líder calculista ou produzido.

O líder natural é criativo e engenhoso, traz das vidas passadas um manancial expressivo de experiências e conhecimentos. Essa liderança vem revestida de carisma, organização e equi-líbrio na capacidade de comando. Identifica-se com os ideais de um grupo e os representa bem; é firme e objetiva, inspira confiança, pois sem-pre está segura do que realiza. Talvez possamos fazer uma analogia entre os líderes natos e Íris, a mensageira dos deuses gregos. Ela, segundo a mitologia, aparecia para os mortais em forma de arco-íris. Esses líderes também são arcos co-loridos e iluminados; fazem uma ponte entre a Terra e o Céu.

De modo geral, estão ligados a famílias espi-rituais, que lhes dão ampla assistência do plano invisível. Realizam, incansavelmente, uma tare-fa de amor em consonância com as altas esferas a que se acham vinculados pelas leis de afinida-de ou simpatia.

Aprenderam a ouvir para auxiliar, sem a pre-sunção de resolver. Entendem em profundidade a função da dor e mantém a fé sempre renovada. Possuem um bom humor extraordinário pelo fato de - tentando cumprir proveitosamente sua missão terrena - se acharem bem consigo mes-mos.

Jesus Cristo é o exemplo magno da autêntica

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 919)“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que enten-do a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”. Carl Gustav Jung (Entrevista e Encon-tros; Editora Cultrix).

liderança. Considerado o Líder dos líderes, re-formou as regras religiosas e sociais da época, iluminando a Terra com sua sublime mensagem. Os que saem dos padrões rigorosos do conven-cional é que impulsionam o progresso da huma-nidade.

O líder nato é original, ou seja, é ele mes-mo; não copia ninguém. Não se limita a seguir caminhos já percorridos; tem a capacidade de elaborar concepções novas e encontrar soluções inéditas para antigos problemas. A par disso, par-ticipa ativamente de todas as realizações da Casa Espírita, recebendo sempre com simpatia e sen-satez quaisquer críticas ou sugestões destinadas ao aprimoramento das tarefas.

Os líderes calculistas ou produzidos muitas vezes são homens dominados pela paixão do co-mando e da autoridade. Valem-se da força e do discernimento que os líderes natos lhes empres-tam. Depositam sua segurança neles, e não em si mesmos. Vivem à sombra das opiniões.

O líder produzido assemelha-se à flor-de-lis. Vaidosa, porque era usada como emblema dos reis de França. Cresce lançando seu olhar supe-rior para as outras flores que a circundam, como um rei olharia para seus vassalos.

Comumente, encontra pessoas imaturas que o acompanham. É manipulador, mexe “os cor-dões de suas marionetes”, usando-as em benefí-cio pessoal e fazendo-as viver como robôs - sem vontade própria. Seus adeptos acreditam ser idealistas e autodeterminados, não se dando con-ta de que, por detrás das cortinas, existe alguém guiando o espetáculo, onde a estrela não é o ideal espírita-cristão, é ele mesmo. Esses seguidores desavisados são flores frágeis, medrosas e sem resistência; entrelaçam-se como trepadeiras nos outros, buscando segurança e equilíbrio.

Os líderes produzidos, que se utilizam do po-der de persuasão por meio de uma voz meiga e amistosa, são paternalistas. Querem arrumar e resolver problemas que não são de sua com-petência, demonstrando empenho oportunista em relação ao bem-estar das pessoas. Instigam seus simpatizantes contra o inimigo imaginário, pensando, assim, obter união da equipe que di-rigem.

Quando manipulamos o outro, atraímos para nós sua vida. Ele passará a fazer parte de nosso destino, com todos os seus problemas e neces-

sidades. Dessa forma, são criados muitos elos entre pessoas que não têm afinidade, resultando disso situações complicadas e convivências de-sastrosas.

Esse tipo de liderança imita quase sempre ou-tra, que atingiu o êxito que ela pretende alcançar. É severa condenadora, somente aceita as velhas interpretações com as quais está acostumada, não consegue vislumbrar conceitos inovadores nem criar situações novas.

As rivalidades começam, em muitas circuns-tâncias, quando admiramos alguém e não conse-guimos ser como ele. A discórdia inicia-se não por causa da antipatia, mas porque essa pessoa e um espelho onde vemos o que gostaríamos de ser e não somos.

Você me pergunta como deve entender tudo isso? Eu lhe peço que compreenda que você par-ticipa de um grupo de seres humanos em busca de crescimento; não de uma assembleia de anjos.

Tenha como ponto pacífico a condição hu-mana e encontre o lado positivo em todas as ocorrências e situações que a vida lhe apresen-tar. As maiores oportunidades de aprendizagem surgem em nossa vida disfarçadas em desafios e dificuldades. Não se atenha de forma exclusiva à crítica; lembre-se de que dias sombrios surgem ocasionalmente, mas no final podemos retirar as vantagens do entendimento.

Sabemos que o ser humano está em constante processo de aprendizagem; em vista disso, todos podem aprender a liderar convenientemente. A poda, o corte de uma haste floral, embora pareça não seguir nenhuma regra, deve ser feita pró-ximo ao tronco de onde a haste surgiu. Corte a haste das intrigas e da maledicência de sua vida, observe as pessoas e analise os fatos. Veja por si mesmo a fragilidade dessa situação. Examine os pontos fortes e os fracos e, dessa maneira, encon-trará um denominador comum em sua equação existencial. Com essa conduta, você terá subsí-dios bastantes para tomar uma decisão prudente e sensata.

Lourdes Catherine

Fonte: Conviver e melhorar, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Editora Boa Nova.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 11

Relembrando as Passagens de Jesus

Então, Jesus disse para as autorida-des dos judeus que tinham acreditado nele. “Se vocês guardarem a minha palavra, vocês, de fato, serão meus discípulos; conhecerão a verdade e a verdade libertará vocês. Eles dis-seram:” Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘ vocês ficarão livres?’ ”. Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: quem comete pecado é escravo do pecado. O escra-vo não fica para sempre na casa, mas o filho do homem fica aí para sempre. Por isso, se o Filho os libertar vocês realmente ficarão livres. Eu sei que vocês são descendentes de Abraão; no entanto, estão procurando me matar, porque minha palavra não entra na ca-beça de vocês. Eu falo das coisas que vi junto ao Pai; vocês também devem fazer aquilo que ouvem do pai de vo-cês”.(João, item 8, vv 31 a 38).

E assim nos relatam os evangelistas.

Esclarecendo: A verdade que liber-ta é aceitar a vida nova trazida por Jesus, que relativiza tudo aquilo que antes parecia absoluto: riqueza, po-der, ideias, estruturas. A liberdade só é possível quando se rompe com uma ordem injusta, que impede a expe-

Como se deverá comportar o espiritista perante a política do mundo?

– O sincero discípulo de Jesus está investido de missão mais su-blime, em face da tarefa política saturada de lutas materiais. Essa é a razão por que não deve pro-vocar uma situação de evidência para si mesmo nas administrações transitórias do mundo. E, quan-do convocado a tais situações pela força das circunstâncias, deve aceitá-las, não como galar-dão para a doutrina que professa, mas como provação imperiosa e árdua, onde todo êxito é sempre difícil. O espiritista sincero deve compreender que a iluminação de uma consciência é como se fora a

iluminação do mundo, salientan-do-se que a tarefa do Evangelho junto das almas encarnadas na Terra é a mais importante de to-das, visto uma realização definiti-va e real. A missão da doutrina é consolar e instruir, em Jesus, para que todos mobilizem as suas pos-sibilidades divinas no caminho da vida. Trocá-la por um lugar no banquete dos Estados é inverter o valor dos ensinos, porque todas as organizações humanas são passa-geiras em face da necessidade de renovação de todas as fórmulas do homem na lei do progresso uni-versal, depreendendo-se daí que a verdadeira construção da felicida-de geral só será efetiva com bases legítimas no espírito das criaturas.

riência do amor de Deus, através do homem.

Fonte: Bíblia Sagrada, Novo Testa-mento, edição pastoral, Edições Pau-linas.

Emmanuel Responde

O homem que guarda responsa-bilidade nos cargos públicos da Terra responde, no plano espiri-tual, pelas ordens que cumpre e faz cumprir?

– A responsabilidade de um car-go público, pelas suas caracterís-ticas morais, é sempre mais im-portante que a concedida por Deus sobre um patrimônio material. Daí a verdade que, na vida espiritual, o depositário do bem público res-ponderá sempre pelas ordens ex-pedidas pela sua autoridade, nas tarefas da Terra.

Fonte: O Consolador, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, 1ª parte, capítulo I, ques-tões 60 e 65, Editora FEB.

A verdade liberta

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 12

Instruções de Além Túmulo

No intercâmbio

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a vIda e as oBras de

Yvonne A. Pereira

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Procure aSecretaria de Cursos

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Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

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Léon Denis

Convite

No trato com os nossos irmãos de-sequilibrados, é preciso afinar a nossa boa-vontade à condição em que se en-contram, para falar-lhes com o proveito devido.

Quantos no mundo se julgam triun-fantes na viciação ou no crime, quando não passam de viajores em declive para a queda espetacular! E quantos compa-nheiros, aparentemente vencidos, são candidatos à verdadeira vitória!...

Mesmo entre vocês, não é difícil ob-servar mendigos esfarrapados que, por dentro, se acreditam fidalgos, e pessoas bem-nascidas, conservando a humilda-de real no coração, entre o amor ao pró-ximo e a submissão a Deus!...

Aqui, na esfera em que a experiência terrestre continua a si mesma, os proble-mas dessa ordem apenas se alongam.

Temos milhares de irmãos escravi-zados à recordação do que foram no passado, mas, ignorando a transição da morte, vivem por muito tempo estagna-dos em tremenda ilusão!...

Sentem-se donos de recursos que perderam de há muito e tiranos de afei-ções que já se distanciaram irremedia-velmente do trecho de caminho em que paralisaram a própria visão.

Na noite de 19 de abril de 1954, ao término de nossa reunião, José Xavier, que foi companheiro militante do Espiritismo, em Pedro Leopoldo, já desencarnado, desde 1939, e que ainda hoje é um cooperador leal e amigo em nosso Grupo, tomou o instrumento mediúnico e conversou conosco, sobre o intercâmbio com as entidades sofredoras, deixando-nos as expressões aqui transcritas.

Nos campos e cidades terrestres, a cada passo topamos antigos dominado-res do solo, os quais a morte não conse-guiu afastar de suas fazendas; magnatas de indústria que o túmulo não separou dos negócios materiais, e homens e mu-lheres em massa que, sem a veste do corpo, continuam agrilhoados aos pra-zeres e aos hábitos em que fisgaram a própria alma...

Convidados à revisão do estado cons-ciencial em que se alojam, irritam-se e defendem-se, como ouriços contentes no espinheiro em que moram, quando não se ocultam, matreiros, no egoísmo em que se deleitam, ao modo de velhas tartarugas a se esconderem na carapaça, ao primeiro toque estranho às sensações com que se acomodam.

Se insistimos no socorro espiritual de que necessitam, vomitam impropérios e cospem blasfêmias...

Mas, com isso, não deixam de ser doentes e loucos, agindo contra si mes-mos e solicitando-nos amparo.

Sentem-se vivos, tão vivos, como na época em que se embebedaram de men-tira, fascinação e poder.

O tempo e a vida correm para diante, por fora deles, por dentro, imobiliza-

ram a própria alma na fixação mental de imagens e interesses, que não mais existem senão no mundo estreito desses infelizes irmãos.

Querem apreço, consideração, apoio, carinho... Não pedimos a vocês esti-mular-lhes a fantasia, contudo, lembra-mos a necessidade de nossa tolerância, para que lhes possamos contornar, com êxito, as complicações e labirintos, doando-lhes, ao mesmo tempo, ideias novas com que empreendam a própria recuperação.

Figuremo-los como prisioneiros, cuja miséria não nos deve sugerir escárnio ou indiferença, mas sim auxílio delibe-rado e constante para que se ajudem.

Cultivemos, assim, a conversação com os desencarnados sofredores, sem curiosidade maligna, ouvindo-os com serenidade e paciência.

Não nos esqueçamos de que somente a simpatia fraternal pode garantir a obra divina do amor.

José Xavier

Fonte: Instruções Psicofônicas, psico-grafia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 13

Espiritismo e Ciência

As forças N, V, XEm face dos fenômenos espíritas, todos os que não quiseram dar-se ao trabalho de estudar os grossos volu-mes que enchem as bibliotecas e que tratam de tão maravilhosos fatos, as-sim como da consequência lógica que dão lugar ou motivam esses fenôme-nos, pretendem explicar essas mani-festações atribuindo-as a forças, a que deram nomes pomposos, como mag-néticas, hipnóticas, nervosas, forças N, V, X, finalmente, de tantas feições quantas são as letras do alfabeto!

Mas, que coisas são forças magnéti-cas e hipnóticas?

Não o sabemos, respondem-nos, como não sabemos o que seja a eletricidade.

E com esta evasiva julgam ter ex-plicado o que ainda não estudaram e, portanto, não podem ensinar porque não compreendem e não sabem.

Os raios desta ou daquela letra do alfabeto serão entidades distintas que pensam, que tem vontade própria e que podem agir a seu talante?

“Também não o sabemos, dizem, aguardamos a resolução desta incóg-nita; para nós é este o X da questão!”

E continuam dissertando, para justi-ficar as suas afirmações:

“Hoje temos o telégrafo e o telefo-ne sem fios; qual a força operante para transmitir os sons e produzir caracte-res?”

Esvoaçando como a borboleta em torno da luz, os nossos materialistas queimam as asas da sua sabedoria e terminam confessar a sua ignorância no assunto que se propuseram discutir.

Ignoramus et ignorabimus são as últimas palavras dos sacerdotes da «deusa matéria» que engendra o pensamento.

Baldados são os ingentes esforços para lhes demonstrar a fragilidade de tais “teorias”, contrárias ao caráter inteligente dos fatos, que por si mes-

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a ou-tra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se”.

(ESE, capítulo I, item 8).

mos proclamam a sua ação, tendo por agentes os Espíritos encarnados e de-sencarnados, que não há dúvida, são os seus verdadeiros autores.

E quais são os autores da telegrafia e da telefonia sem fios? Dispensam, por ventura, esses meios de comuni-cação e essas forças atuantes, os se-res inteligentes, de um como de outro lado, munidas de aparelhos para o es-tabelecimento da corrente comunica-tiva? Tudo o que existe é uma criação

que forçosamente tem por autor uma inteligência. Todos os fenômenos in-teligentes não podem deixar de ter por causa seres inteligentes, encarregados de sua execução, de seu plano de ação.

Assim como a matéria por si só é inerte, as forças da natureza são ce-gas, mas se acham sob a direção de in-teligências encarregadas de dirigi-las.

A matéria apresenta modalidades distintas quando estudada pelos ho-mens, também as forças denunciam essa mesma variedade, sem bruscas transições nem lacunas perceptíveis, como tudo o que existe na natureza.

Uma pedra auxilia a manter de pé um grande edifício, um fluido atuando

sobre uma mesa fá-la levitar no espaço, mas nem a pedra se colocou e susten-tou o edifício por sua vontade, nem o fluido ergueu o móvel por sua própria determinação; e assim como a pedra é matéria e representa a força, fluido que é força para os Espíritos, nada mais é que matéria rarefeita atuando com grande velocidade para a manutenção de tal ou qual objeto no ar.

Pelas últimas experiências de Collie, Petterson e outros, não sabe-mos o ponto terminal da matéria, nem o ponto inicial da força; elas chegam a se confundir numa vibração harmôni-ca e bela. Por isso é que dissemos ser de bom aviso os homens de ciência não comprometerem a sua responsa-bilidade cientifica lembrando nomes para explicar teorias esdrúxulas, para, finalmente, explicarem fenômenos, cuja explicação verdadeira está só na alçada do Espiritismo.

É melhor estudar esta ciência porque ela não é um amontoado de fórmulas e de dogmas que forçam a razão, mas sim a resolução clara e lógica do problema da vida e da so-brevivência humana.

Fonte: Os Fatos Espíritas e as For-ças X, Cairbar Schutel,

Aviso

Importante Temos evangelização

para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens,

nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 14

A Família na Visão Espírita

Relação afetiva(*)

A senhora poderia dar uma indicação sobre como cuidar de uma relação afetiva?

Amar também se aprende. Podemos nas-cer com o potencial do amor, mas ainda não termos desenvoltura para amar.

Sinteticamente, podemos dizer que pre-cisamos enxergar nossos relacionamentos com olhos de adulto e de criança ao mesmo tempo.

Como adulto, temos de isolar as partes que compõem a relação afetiva em elemen-tos distintos. A partir daí, examiná-lo e ava-liá-lo, estudando cada item separadamente e analisando a nossa inter-relação – qual parte é que nos cabe, qual a que compete ao outro e qual a que pertence a ambos.

Como criança, devemos tentar questio-nar a relação afetiva como se estivéssemos

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

novamente na “idade dos porquês”, pe-ríodo infantil caracterizado por um desejo premente de explicação dos fenômenos e acontecimentos; a criança pergunta o tempo todo, pois tem grande necessidade de com-preender os limites e as particularidades do mundo que a rodeia. Ela vê e sente mais do que consegue compreender.

Com essa atitude, podemos separar o joio do trigo e, com isso, distinguir o que é fan-tasia e o que é realidade na própria vida e na vida da pessoa ao nosso lado.

No amor, mais valem dois com pés na realidade do que asas ilusórias de muitos sonhos. Ninguém deixa de se maravilhar diante dos tapetes magníficos das papoulas nos campos europeus. A papoula amortece os sentidos; tem efeito narcótico. Daí o sig-

nificado metafórico “sono da fantasia” para designar a sensação provocada pelo seu uso. E nada pior do que ficar entorpecido, ou seja, cair em torpor nas relações amorosas.

Lourdes Catherine

Esclarecimento: Este texto se refere a um questionamen-

to do médium Francisco do Espírito Santo Neto à sua mentora Lourdes Catherine.

(*) Título criado para este trecho do texto. Título do texto completo: O que é amar?

Fonte: Amar também se aprende, psicogra-fia de Francisco do Espírito Santo Neto, ca-pítulo II, Editora Boa Nova.

Espiritismo na Arte

A arte bem compreendida é um poderoso meio de elevação e de renovação. Sob suas formas diversas, é a expressão de beleza eterna, uma manifestação da poderosa harmonia que rege o Universo. A Arte por si mesma é plena de ensinamentos, de revelações, de luz e de essência divina; é uma manifestação do pensamento de Deus, uma radiação do cérebro e do coração de Deus transmitida sob a forma artística. É o relâmpago, ou antes, é a centelha que estabelece a relação entre Deus e suas criaturas.

E quais os reflexos que guardamos da Arte após haver passado séries de existências em diferentes mundos?

Primeiro, quando o espírito humano encarna na Terra e que traz, seja da sua vida no espaço, seja em consequência de um trabalho anterior nas vidas terrestres, certa noção do ideal estético, quando chega à maturidade na sua vida terrestre, sua bagagem artística se exterioriza sob a forma de inspirações ligadas a uma qualidade mestra que nós chamaremos de

“A beleza é um dos atributos divinos. Deus pôs nos seres e nas coisas esse encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, às vezes de entusiasmo. (...) O Espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites”. (Léon Denis - O Espiritismo na Arte, parte I, Editora Léon Denis).“Em todos os domínios, a ideia espírita vai fecundar o pensamento em atividade”. (Léon Denis – O Problema do Ser e do Destino, Editora FEB).

A Arte - meio de elevaçãoo gosto junto ao sentido do belo. Aí está, então, o artista pronto para trabalhar sobre a matéria, principalmente se ele viveu em um meio elevado em vidas precedentes; os quadros que passarão em seu pensamento serão inspirados pelo culto do Belo.

Se esse espírito era um pintor, seus quadros refletirão os quadros do mestre que ele conheceu e amou. Depois, com o tempo, outros espíritos, não atraídos pela Arte, mas desejosos de se elevarem em direção ao plano superior, se agruparão em torno dos seres que, por seu trabalho e seu adiantamento, planam em regiões fluídicas mais puras. Esses seres, que se aproximam do artista, receberão mais facilmente o pensamento deste último; por um trabalho prolongado, se estabelecerá uma fusão entre o espírito do profano e o espírito do artista. Pouco a pouco, o profano receberá em seu pensamento os quadros e as cenas artísticas do seu mestre espiritual e poderá, então, experimentar alegrias estéticas muito grandes e se tornar, ele mesmo, artista de uma

futura existência, porquanto terá recebido os primeiros elementos da arte no contato com um ser mais avançado do que ele.

É assim que, geralmente, os meios artísticos se perpetuam da Terra ao Espaço, do Espaço à Terra e nos outros mundos, visto que existem aqueles em que os meios de criação artística são mais ricos do que em vosso globo.

O Criador supremo dá a cada um de seus filhos uma parcela animadora que se exterioriza quando o culto do belo e do ideal desperta neles.

Gloria Machay

Baseado no livro Espiritismo na Arte, Léon Denis, Editora Léon Denis.

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 15

Os fenômenos espíritas, inclusive a mediunidade, são tão antigos quanto a Humanidade.

Todavia, a Doutrina Espírita só pas-sou a existir após sua codificação por Allan Kardec.

Antes, apenas existia o conhecimen-to dos fenômenos, mas, com a Codifi-cação foi posto em destaque o objetivo dos fenômenos, que é o despertamento para a importância do Mundo Espiritu-al, da imortalidade da alma e de todas as consequências filosófico- morais daí decorrentes.

Assim, em nenhuma produção literá-ria, anterior à Codificação, poderemos afirmar que haja, realmente, uma con-tribuição espírita.

Os simples relatos de fenômenos, dos mais variados matizes, sem apro-veitamento filosófico- moral, ou meras intuições, que a ficção dos bons escri-tores tão bem sabe aproveitar em seus livros, não podem ser averbados ainda como Doutrina Espírita.

Um conhecido escritor espírita - Co-nan Doyle - em sua “História do Es-piritismo”, afirma que é impossível fi-xar uma data para o início da Doutrina Espírita. Sugere, entretanto, que “uma data deve ser fixada e nenhuma melhor que a da história do grande vidente sueco Emmanuel Swedenborg”.

Todavia, Allan Kardec, na Revista Es-pírita de novembro de 1859, declara que as obras de Swedenborg são “em geral muito volumosas e muito abstratas, qua-se que só são lidas pelos eruditos. Assim, a maior parte das pessoas que delas fa-lam sentir-se-iam muito embaraçadas para dizer que era ele. Sem dúvida, sua doutrina deixa muito a desejar”.

E. Swedenborg nasceu na Suécia, em 1688 e desencarnou em 1772.

De um modo geral, se aceita como início da História do Espiritismo a data de 31 de março de 1848, com os fenô-menos ostensivos de Hydesville, nos Estados Unidos.

Deolindo Amorim, em “Cadernos Doutrinários”, de 1953, página 39, nos diz: “A História do Espiritismo comporta dois critérios: o que parte do

fenômeno e o que parte da doutrina. Parece-nos mais lógico tomar como ponto de partida a organização da Doutrina, em 1857. É natural que a História do Espiritismo tenha como marco inicial justamente o ano de 1857, quando se publicou ‘O Livro dos Espíritos’, de Allan Kardec. An-tes da codificação de Allan Kardec não havia a palavra Espiritismo”.

Todos os grandes escritores espí-ritas: Denis, Delanne, Flammarion, Bozzano, Lombroso, Aksakof, Ge-ley, Zollner, Eugène Nus, Pezzani, De Rochas, W. Crookes e muitos ou-tros ou são contemporâneos de Allan Kardec ou lhe são posteriores.

Tentar descobrir Doutrina Espírita anterior a Kardec seria o mesmo que tentar encontrar agulha em palheiro, tão diluídas e fantasiosas estariam as ideias dos escritores e pensadores do passado. Seria dar muito trabalho à Hermenêutica que, aliás, é tão elás-tica quanto às conveniências ou con-vicções de quem a utiliza.

Como não há Espiritismo sem Allan Kardec, portanto, antes dele, vejamos, pelo menos, o hercúleo e valioso trabalho do Mestre de Lyon, na elaboração da Doutrina Espírita.

Desde o momento em que logrou entrever nos divertidos fenômenos das mesas girantes algo de mais sé-rio, pois efeitos inteligentes só po-dem provir de uma causa inteligente, Allan Kardec se entregou a fundo em suas investigações, durante qua-se 15 anos, num labor ininterrupto, chegando à monumental conclusão de que o Espiritismo era uma grande Mensagem dos Céus à Humanidade.

De maio de 1854 até 1869, não descansou um instante. Produziu obra após obra, cada qual tão impor-tante quanto a precedente.

Refazia, refundia, ampliava, aper-feiçoava, a fim de que a grande Mensagem pudesse despertar maior número de pessoas, orientando, con-solando, esclarecendo, para libertar espiritualmente.

Para que se tenha uma pálida ideia

da integral dedicação de Kardec à Causa Espírita, vejamos sua grandio-sa produção:

1854 - Primeiros contatos com as mesas girantes;

1857 - “O Livro dos Espíritos” (1ª edição, em 18 de abril, com 501 ques-tões);

1858 - “Revista Espírita” (1o de janeiro);

1858 - Sociedade Parisiense de Es-tudos Espíritas (1º de abril);

1858- “Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas”;

1859 - “O Que é o Espiritismo”;1860 - “O Livro dos Espíritos” (2ª

edição, em 18 de março, com a feição atual de 1019 questões);

1861 - “O Livro dos Médiuns”;1862 - “O Espiritismo na sua Ex-

pressão mais Simples”;1864 - “Imitação do Evangelho Se-

gundo o Espiritismo”;1865 - “O Evangelho Segundo o

Espiritismo”;1865 - “O Céu e o Inferno”1868 - “A Gênese”Allan Kardec e a edição de “O Li-

vro dos Espíritos”A 1ª edição de “O Livro dos Espí-

ritos” é de 18 de abril de 1857, mas sua edição definitiva é de 18 de março de 1860, graças à capacidade de Allan Kardec, que refundiu, juntamente com os Espíritos, todo o livro:

- de 501 questões passou a 1193, isto é, 999 principais e 184 comple-mentares;

- a Introdução, que era um todo, Allan Kardec dividiu, numa feição mais didática, em XVII capítulos;

- as Notas, que ficavam no final do livro, passaram a acompanhar cada resposta;

- Allan Kardec acrescentou uma notável Conclusão, com nove capítu-los.

José Jorge

Fonte: Revista de Estudos Espíritas, ano I, n°2, fevereiro/1994.

Artigo

Codificação doutrinária

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 16

Aflições

Reflexão

Os aflitos classificam-se em variadas expressões.

Temos aqueles que choram por se sen-tirem inibidos para a extensão do mal...

Há quem se torture por não conseguir vingar-se.

Existem os que se declaram infelizes com a prosperidade do próximo e se en-furecem com a impossibilidade de lhes ultrapassar o progresso econômico ou espiritual.

Aparecem aqueles que se afirmam desditosos por não poderem competir com o luxo de quem se confia à extra-vagância e à loucura.

Surgem muitos em lágrimas de in-veja e despeito, à frente dos vizinhos, interessados na educação e na melhoria

da vida.Há quem se revolte contra as bênçãos

do trabalho e vocifera em desfavor da ordem que lhe assegura as vantagens da disciplina.

Muitos exibem chagas de inconfor-mação, ante o sofrimento que eles pró-prios improvisaram.

Há infinitos gêneros de aflição no vasto caminho da vida.

E, por isso, nem todos os aflitos po-dem ser aquinhoados com a glória da bem-aventurança.

A palavra do Cristo se dirige àqueles que fizeram da dor um instrumento para a elevação de si mesmos, assim como o artista se vale da pedra, a fim de burilar a obra prima de estatuária.

Acautela-te, se conservas alguma aflição particular.

A angústia, muitas vezes, pode ser antecâmara do desequilíbrio.

Converte o teu problema ou a tua má-goa em motivo de superação das pró-prias fraquezas, à maneira do lidador que aproveita o obstáculo para atingir os seus mais altos objetivos, e então te-rás convertido as inquietações do mun-do em bem-aventuranças para a felici-dade sem fim .

Emmanuel

Fonte: Instrumentos do Tempo psico-grafia de Francisco Cândido Xavier, Editora GEEM.

SabiaVocê ?

Emmanuel escreveu uma obra com-posta por quatro volumes, cuja finali-dade é consultar a essência religiosa da Codificação Kardequiana, ou seja, tecer comentários e reflexões em torno das quatro primeiras obras básicas da Doutri-na Espírita, cujo relacionamento é apre-

sentado a seguir:• Religião dos EspíritosO Livro dos Espíritos• Seara dos MédiunsO Livro dos Médiuns• O Espírito da VerdadeO Evangelho segundo o Espiritismo• Justiça DivinaO Céu e o InfernoOs comentários expostos nestas

obras nos convidam à reflexão sobre a nossa responsabilidade diante do Espi-ritismo, em sua feição de Cristianismo

redivivo.O objetivo final desse conjunto de

obras é reafirmar a necessidade crescente do estudo sistematizado da obra de Allan Kardec – alicerce da Doutrina Espírita –, a fim de que mantenhamos o ensina-mento espírita indene da superstição e do fanatismo que aparecem, fatalmente, em todas as agremiações com tendência ao exotismo e à fantasia.

Fonte: www.autoresespiritasclassi-cos.com

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 17

Comemoração Especial

O bom livro é o farol, que o pensador acende nas trevas do mundo para guiar os homens em sua eterna viagem ao Infinito.

Sem a materialização do pensamento – por meio dos símbolos da linguagem escrita e sem o veículo que o livro e a imprensa representam na humanidade –, jamais poderia criar, edificar, iluminar e engrandecer as civilizações.

Todos os povos civilizados tiveram sua grandeza nos escritos transmitidos através das gerações sucessivas.

As filosofias, as religiões, as artes e as ciências não teriam a história de sua evo-lução sem o concurso do livro.

É incontestável, pois, o poder do livro e, principalmente, do bom livro.

E o livro espírita, justamente porque en-

O poder do livro

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sina e conforta.Sobre o livro espírita é que temos de

edificar o Templo da Sabedoria, no qual a humanidade futura haurirá a Felicidade que sempre foi a meta de todas as criatu-ras.

Difundamos, pois, o livro espírita por toda parte, a fim de que mais se apresse o reino da felicidade na Terra.

Lins de Vasconcelos

(Psicografia de Gilberto Pontes de Andrade)

Fonte: http//bvespirita.com/Livros-Menu.html

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Para que uma comunicação seja boa, preciso é que proceda de um espírito bom; para que esse bom Espírito a POSSA transmitir indispensável lhe é um bom instrumento; para que QUEIRA transmiti-la, necessário se faz que o fim visado lhe convenha.

Fonte: "O Livro dos Médiuns" Cap. XVI - Item 186 - Alan Kardec

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 18

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Cenas da Vida

Assim mesmoAchava-se Bittencourt Sampaio muito doente, recolhido em um dos aposentos de sua casa, no Rio, quando alguns admiradores, de visita, se reu-niram em sala contígua, conversando, sem que o soubessem atento.

Antigo político pernambucano, sen-tindo que os amigos presentes tinham vindo do Norte, sem mais amplo co-nhecimento dos grandes méritos do enfermo, explicava:

- O Dr. Francis-co Leite Bittencourt Sampaio, pela cir-cunstância de se ha-ver tornado espírita, é um homem que es-conde os próprios tí-tulos. Imaginem que formado muito cedo pela Faculdade de Direito de São Paulo, antes dos trinta anos de idade já era De-putado por sua Pro-víncia. Desde então, passou a ser um dos maiores represen-tantes de Sergipe, na Corte. O Imperador D.Pedro II consagra-va-lhe enorme apre-ço. O visconde do Rio Branco, o grande Paranhos, era fiel na estima que lhe dedicava. Foi adminis-trador da Província do Espírito San-to com brilho invulgar. No Império, sempre recusou as homenagens que lhe foram oferecidas.

E tanto era respeitado pelos monar-quistas como pelos republicanos, pois, logo depois do “15 de Novembro”, foi nomeado Diretor da Biblioteca Nacio-nal, que reformou de maneira notável.

O Dr. Bittencourt é primoroso poeta, jornalista de prol, político hábil, vigo-roso administrador...

Nisso, porém, Bittencourt, que tudo ouvia, exclamou dentro do quarto, com voz cansada e alegre:

- Com tudo isso, morro assim mes-mo...

A conversação solene transformou--se em risada cristalina.

E, com efeito, daí a poucos dias, os mesmos amigos abraçavam-se, de novo, acompanhando-lhe os funerais.

Hilário Silva

Fonte: Almas em Desfile, psicografia de Waldo Vieira (1ª parte) e Francis-co Cândido Xavier (2ª parte), 2ª par-te, lição 14, Editora FEB.

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”.

(Hilário Silva)Fonte: Almas em Desfile, Introdução.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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Clareando / Ano IX / Edição 151 / Abril . 2016 - Pág . 19

Suplemento Infantojuvenil

A Balança

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :

o jovem quer respostas,fátIma moura,edItora eme.

Quando menino eu vivia brigando com meus compa-nheiros de brinquedos. E voltava para casa lamuriando e queixando-me deles. Isto ocorria, as mais das vezes, com Beto, o meu melhor amigo.

Um dia, quando corri para casa e procurei mamãe para queixar-me do Beto ela me ouviu e disse o seguinte:

- Vai buscar a sua balança e os blocos.- Mas, o que tem isso a ver com o Beto?- Você verá... Vamos fazer uma brincadeira.Obedeci e trouxe a balança e os blocos. Então, ela disse:- Primeiro vamos colocar neste prato da balança um blo-

co para representar cada defeito do Beto. Conte-me quais são.

Fui relacionando-os e certo número de blocos foi empi-lhado daquele lado.

- Você não tem nada mais a dizer? Eu não tinha e ela propôs: Então você vai, agora, enumerar as qualidades dele. Cada uma delas será um bloco no outro prato da ba-lança.

Eu hesitei, porém ela me animou dizendo:-Ele não deixa você andar em sua bicicleta? Não reparte

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)

o seu doce com você?Concordei e passei a mencionar o que havia de bom no

caráter de meu amiguinho. Ela foi colocando os blocos do outro lado. De repente eu percebi que a balança oscilava. Mas vieram outros e outros blocos em favor do Beto.

Dei uma risada e mamãe observou:- Você gosta do Beto e ficou alegre por verificar que as

suas boas qualidades ultrapassam os seus defeitos. Isto sempre acontece, conforme você mesmo vai verificar ao longo da vida.

E de fato. Através dos anos aquele pequeno incidente de pesagem tem exercido importante influência sobre meus julgamentos. Antes de criticar uma pessoa, lembro-me da-quela balança e comparo seus pontos bons com os maus. E, felizmente, quase sempre há uma vantagem compensado-ra, o que fortalece em muito a minha confiança no gênero humano.

Fonte: “E PARA O RESTO DA VIDA...”, WALLACE LEAL V. RODRIGUES, EDITORA O CLARIM.