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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XVI - Edição 174 - ABRIL / 2018 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). – 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: O Grande Enigma). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos – 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). – 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). – 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). Cursos no C.E.I.C. Editorial Quando Jesus veio à Terra deixou marcas profundas de sua pre- sença entre os homens. Ensinou-lhes as noções básicas da Lei de Amor, mostrando-lhes Deus como um Pai misericordioso, justo e bom. Em Sua caminhada Jesus praticou constantemente a mais pura caridade, mostrando a importância do perdão, da benevolência e da indulgência entre os homens. Os anos foram passando e, em virtude das suas imperfeições e imaturidade moral, os homens não conseguiram pôr em prática tudo o que Jesus ensinou. Como o progresso é uma Lei de Deus, o homem foi crescendo em suas conquistas materiais; no entanto, grandes dúvidas foram surgindo em sua mente: O que sou? De onde vim? Para onde irei? Por que sofro? E eis que surge, então, o Consolador prometido por Jesus — o Espiritismo — cujas bases doutrinárias foram lançadas em 18 de abril de 1857, com o surgimento de O Livro dos Espíritos, graças ao trabalho e dedicação desse Espírito de escol, Allan Kardec, que cumpriu fielmente a missão que lhe foi confiada: a Codificação da Doutrina Espírita. Portanto, neste mês, quando O Livro dos Espíritos completa 161 anos, elevemos o pensamento a Deus em agradecimento pela luz que se iniciou com este livro. Paz em nossos corações! pág. 7 pág. 12 Programação de Palestras do Mês de Abril Instruções de Além-Túmulo: A Melodia do Silêncio pág. 20 Lembrete Carinhoso aos Médiuns: Amor e Disciplina pág. 10 pág. 3 Semeando o Evangelho de Jesus: Benefícios Pagos com a Ingratidão pág. 2 Deus – Causa Primeira: Deus em Ti Estudando Sobre Mediunidade: Do Médium ou do Espírito? Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Bênção de Deus

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XVI - Edição 174 - ABRIL / 2018

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: O Grande Enigma).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).

Cursos no C.E.I.C. Editorial

Quando Jesus veio à Terra deixou marcas profundas de sua pre-sença entre os homens. Ensinou-lhes as noções básicas da Lei de Amor, mostrando-lhes Deus como um Pai misericordioso, justo e bom.

Em Sua caminhada Jesus praticou constantemente a mais pura caridade, mostrando a importância do perdão, da benevolência e da indulgência entre os homens.

Os anos foram passando e, em virtude das suas imperfeições e imaturidade moral, os homens não conseguiram pôr em prática tudo o que Jesus ensinou.

Como o progresso é uma Lei de Deus, o homem foi crescendo em suas conquistas materiais; no entanto, grandes dúvidas foram surgindo em sua mente: O que sou? De onde vim? Para onde irei? Por que sofro?

E eis que surge, então, o Consolador prometido por Jesus — o Espiritismo — cujas bases doutrinárias foram lançadas em 18 de abril de 1857, com o surgimento de O Livro dos Espíritos, graças ao trabalho e dedicação desse Espírito de escol, Allan Kardec, que cumpriu fielmente a missão que lhe foi confiada: a Codificação da Doutrina Espírita.

Portanto, neste mês, quando O Livro dos Espíritos completa 161 anos, elevemos o pensamento a Deus em agradecimento pela luz que se iniciou com este livro.

Paz em nossos corações!

pág. 7

pág. 12

Programação de Palestras do Mês de Abril

Instruções de Além-Túmulo:A Melodia do Silêncio

pág. 20

Lembrete Carinhoso aos Médiuns:Amor e Disciplina

pág. 10

pág. 3 Semeando o Evangelho de Jesus:Benefícios Pagos com a Ingratidão

pág. 2 Deus – Causa Primeira:Deus em Ti

Estudando Sobre Mediunidade:Do Médium ou do Espírito?

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Bênção de Deus

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 2

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (O Livro dos Espíritos, questão 1).

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

Deus – Causa Primeira

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Em Deus,conseguiremos a certeza do término de nossas provações; em Deus, teremos a confiança de continuar a luta por uma situação digna, por uma causa nobre; em Deus, venceremos todos os problemas, sem medo, sem ansiedade; em Deus, conseguiremos seguir, apenas seguir, em busca da paz.”

Deus te necessita.Reside em teu mundo íntimo e

não O conheces.Manifesta-se em tua vida de mil

formas; todavia permaneces igno-rando-O.

Alenta-te com a esperança, irra-diando o amor que te mantém em equilíbrio, na estrutura do teu cor-po, da tua mente, da tua emoção.

Sustenta-te através do ar, e Sua luz, a irradiar-se na força do Sol, é agente vitalizador das tuas energias.

A Sua presença te envolve, exte-riorizando-se de ti.

Faz-se imprescindível que iden-tifiques os meios de alcançá-lO

Deus em Ticonscientemente, alterando, de for-ma significativa para melhor, o teu comportamento intelecto-moral, a fim de mais profundamente hauri-res os benefícios dessa comunhão superior.

DEle recebes a inspiração para o crescimento libertador, para a ação feliz e para uma existência harmo-niosa.

Teus pensamentos, palavras e atos devem traduzir essa presença em ti, porque, de alguma forma, es-tás mergulhado no Oceano da Sua onisciência.

Cresces com Deus, na conquis-ta dos espaços ilimitados da vida

imortal.Assim, Deus te necessita, a fim

de que, em ti refletido, todos O vejam, sintam e amem, esforçan-do-se cada um para que também O tenha desvelado em seu cosmo interno, experimentando a pleni-tude que um dia dominará todas as vidas.

Joanna de Ângelis

Fonte: Filho de Deus, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição 1. Editora LEAL.

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 3

Benifícios Pagos com a Ingratidão

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de benefícios que fizeram, dei-xam de praticar o bem para não topar com os ingratos? Nesses, há mais egoísmo do que carida-de, visto que fazer o bem, ape-nas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na hu-mildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o teste-munho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que prati-ca não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aque-le que não a busca no mundo. Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizerdes o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficia-do vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes se-jais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem. E sabeis, porventura, se o benefício momentanea-mente esquecido não produ-zirá mais tarde bons frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é a única semente que com o tempo germinará. Infelizmente, nunca vedes senão o presente; trabalhais

para vós e não pelos ou-tros. Os benefícios aca-bam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; dese-jará reparar a falta, pagar a dívida noutra existência, não raro bus-cando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o sus-peitardes, tereis contribuído para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um benefício jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressa-damente e sem que as decepções

vos desanimassem. Ah, meus amigos! Se conhecêsseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências ante-riores; se pudésseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um pro-gresso mútuo, admiraríeis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele.

Guia protetor. (Sens, 1862.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítu-lo XII, item 19, Editora FEB.

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 4

Assim Mesmo

Cenas da Vida

Achava-se Bittencourt Sampaio mui-to doente, recolhido em um dos apo-sentos de sua casa, no Rio, quando alguns admiradores, de visita, se reu-niram em sala contígua, conversan-do, sem que o soubessem atento.

Antigo político pernambucano, sentindo que os amigos presentes ti-nham vindo do Norte, sem mais am-plo conhecimento dos grandes méri-tos do enfermo, explicava:

- O Dr. Francisco Leite Bittencourt Sampaio, pela circunstância de se haver tornado espírita, é um homem que esconde os próprios títulos. Ima-ginem que formado muito cedo pela Faculdade de Direito de São Paulo, antes dos trinta anos de idade já era Deputado por sua Província. Desde então, passou a ser um dos maiores representantes de Sergipe, na Corte. O Imperador D.Pedro II consagrava--lhe enorme apreço. O visconde do Rio Branco, o grande Paranhos, era fiel na estima que lhe dedicava. Foi administrador da Província do Espí-rito Santo com brilho invulgar. No Império, sempre recusou as homena-gens que lhe foram oferecidas.

E tanto era respeitado pelos monar-quistas como pelos republicanos, pois, logo depois do “15 de Novembro”, foi nomeado Diretor da Biblioteca Nacio-nal, que reformou de maneira notável. O Dr. Bittencourt é primoroso poeta, jornalista de prol, político hábil, vigo-roso administrador...

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”.

Hilário Silva (Fonte: Almas em Desfile, Introdução).

Nisso, porém, Bittencourt, que tudo ouvia, exclamou dentro do quarto, com voz cansada e alegre:

- Com tudo isso, morro assim mesmo...

A conversação solene transfor-mou-se em risada cristalina.

E, com efeito, daí a poucos dias, os mesmos amigos abraçavam-se, de novo, acompanhando-lhe os fune-rais.

Hilário Silva

Fonte: Almas em Desfile, Psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 14. Editora FEB.

Datas Comemorativas• Nascimento de Francisco Cândido Xavier – 02/04/1910• Desencarnação de Adolfo Bezerra de Menezes – 11/04/1900• Desencarnação de Léon Denis – 12/04/1927• Criação do Centro Espírita Irmão Clarêncio – 13/04/1995• Dia do Livro - dia18

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 08/04/2018 - 16 horasCulto no Lar de

Nazaré Almeida Callazans

Atividades Doutrinárias

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através do site www.irmaoclarencio.org.br

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informativo do CeiC

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 5

Desajustes

A Família na Visão Espírita

É comum observar-se que o casamento promissor repentinamente adoece.

Desvelam-se empeços dos cônjuges no ramerrão do cotidia-no. Conflitos, moléstias, desní-veis, falhas de formação e tempe-ramento.

Em certos lances da experiên-cia, é a mulher que se consorciou acreditando encontrar no esposo o retrato psicológico do pai, a quem se vinculou desde o berço; em outros, é o homem a exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu desde a vida fetal.

Ocorre, porém, que o matri-monio é uma quebra de amarras, através da qual o navio da exis-tência larga o cais dos laços afe-tivos em que, por muito tempo, jazia ancorado. Na viagem, que se inicia a dois, parceiro e par-ceira se revelarão, um à frente do outro, tais quais são e como se encontram na realidade, evi-denciando, em toda a extensão, os defeitos e as virtudes que, por-ventura, carreguem. Desajustes e inadaptações costumam repon-tar, ameaçando a estabilidade da embarcação doméstica, atirada ao navegar nas águas da expe-riência.

É razoável se convoque o auxílio de técnicos capazes de sanar as lesões no barco em perigo, como sejam médicos e psicólogos, amigos e conselheiros, cuja contribuição se revestirá sempre de inapreciável valor; entretanto, ao desenrolar de obstáculos e provas,

“Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.”

Do item 16 do Cap. X, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

o conhecimento da reencarnação exerce encargo de importância por trazer aos interessados novo campo de observações e reflexões, impelindo-os à tolerância, sem a qual a rearmonização acena sempre mais longe. Homem e mulher, usando a chave de semelhante entendimento, passam mecanicamente a reconhecer que é preciso desvincular e renovar sentimentos, mas em bases de compreensão e serenidade, amor e paz.

Urge perceber que o “nós” da comunhão afetiva não opera a fu-são dos dois seres que o consti-tuem.

Cada parceiro, no ajuste, con-tinua sendo um mundo por si. E nem sempre os característicos de um se afinam com o outro. Daí a conveniência do mútuo aceite, com a obrigação da melhoria do casal. Para isso, não bastarão pro-vidências de superfície. Há que internar o raciocínio em conside-rações mais profundas para que as raízes do desequilíbrio sejam erradicadas da mente. Aceitação, o problema. Forçoso admitir o companheiro ou a companheira como são ou como se aboletam na embarcação doméstica. E, fei-to isso, inicie-se a obra da edifi-cação ou da reedificação recípro-cas.

Óbvio que conclusões e atitudes não se impõem no campo mental; entretanto, não se arrependerá quem se disponha a estudar os princípios da reencarnação e da responsabilidade individual no

próprio caminho. Obtém-se da vida o que se lhe

dá, colhe-se o material de plan-tio.

Habitualmente, o homem re-cebe a mulher, como a deixou e no ponto em que a deixou no passado próximo, isto é, nas es-tâncias do tempo que se foi para o continuísmo da obra de resgate ou de elevação no tempo de ago-ra, sucedendo o mesmo referen-temente à mulher.

O parceiro desorientado, en-fermo ou infiel, é aquele homem que a parceira, em existências anteriores, conduziu à perturba-ção, à doença ou à deslealdade, através de atitudes que o segre-garam em deploráveis estados compulsivos; e a parceira, nessas condições, consubstancia neces-sidades e provas da mesma espé-cie.

Tão somente na base da indul-gência e do perdão recíprocos, mais facilmente estruturáveis no conhecimento da reencarnação, com as imbricações que se lhe mostram consequentes na equipe da família, conseguirão o compa-nheiro e a companheira do lar o triunfo esperado, nas lides e com-promissos que abraçam, descer-rando a si mesmos a porta da paz e a luz da libertação.

Emmanuel

Fonte: Vida e Sexo, psicografia de Francisco Cândido Xavier, li-ção 12. Editora FEB.

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 6

(...) Em todos os domínios, a ideia espírita vai fecundar o pensa-mento em atividade.

A Ciência dever-lhe-á a renova-ção completa de suas teorias e mé-todos, assim como a descoberta de forças incalculáveis e a conquista do universo oculto. A Filosofia obterá um conhecimento mais ex-tenso e preciso da personalidade humana. Esta, no transe e na exte-riorização, é como uma cripta que se abre, cheia de coisas estranhas e onde está escondida a chave do mistério do ser.

As religiões do futuro hão de encontrar no Espiritismo as provas da sobrevivência e as regras da vida no Além e, ao mesmo tem-po, o princípio de uma união das duas humanidades, visível e invi-sível, em sua ascensão para o Pai comum.

A Arte, em todas as suas formas, descobrirá nele mananciais ine-xauríveis de inspiração e emoção.

O homem do povo, nas horas de cansaço, beberá nele a cora-gem moral. Compreenderá que a alma pode desenvolver-se tanto pela lide humilde como pela obra majestosa e que não se deve des-prezar dever algum; que a inveja é irmã do ódio e que, muitas ve-zes, o ser é menos feliz no luxo que na mediocridade. O poderoso aprenderá nele a bondade com o

sentimento da solidariedade que a todos liga através de nossas vidas e pode obrigar-nos a retornar peque-nos para adquirirmos as virtudes modestas. O céptico achará nele a fé; o desanimado as esperanças du-radouras e as resoluções viris; todos os que sofrem encontrarão a ideia profunda de que uma lei de justiça preside a todas as coisas, de que não há, em nenhum domínio, efei-to sem causa, parto sem dor, vitória sem combate, triunfo sem rudes es-forços, mas que, acima de tudo, rei-na uma perfeita e majestosa sanção e que ninguém está abandonado por Deus, do qual é uma parcela.

Assim, vagarosamente se opera-rá a renovação da humanidade, tão nova ainda, tão ignorante de si mes-ma, mas cujos desejos se dirigem pouco a pouco para a compreen-são de sua tarefa e de seu fim, ao mesmo tempo em que se alarga seu campo de exploração e a perspec-tiva de um futuro ilimitado. E, em breve, eis que ela avançará mais consciente de si mesma e de sua força, consciente de seu magnífico destino. A cada passo que transpõe, vendo e querendo mais, sentindo brilhar e avivar-se o foco que arde em si, vê também as trevas recua-rem, fundirem-se, resolverem-se os sombrios enigmas do mundo e iluminar-se o caminho com um raio poderoso.

Com as sombras, desvanecem--se pouco a pouco os precon-ceitos, os vãos terrores; as con-tradições aparentes do universo dissipam-se; faz-se a harmonia nas almas e nas coisas. Então, a confiança e a alegria penetram-lhe e o homem sente desenvolver-se--lhe o pensamento e o coração. E de novo avança pelo caminho das idades para o termo de sua obra; mas esta não tem termo, porque de cada vez que a humanidade se eleva para um novo ideal, jul-ga ter alcançado o ideal supremo, quando, na realidade, só atingiu a crença ou o sistema correspon-dente ao seu grau de evolução. Mas de cada vez, também, de seus impulsos e de seus triunfos decorrem-lhe felicidades e forças novas, e ela encontra a recom-pensa de seus labores e angústias no próprio labor, na alegria de vi-ver e progredir, que é a lei dos se-res, comunhão mais íntima com o Universo, numa posse mais com-pleta do Bem e do Belo.(...).

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “O Pensa-mento”.

Fonte: O Problema do Ser, do Destino e da Dor, 3ª parte, capí-tulo XXIII, Editora FEB.

Estudando as Obras de Léon Denis

A Ideia Espírita Fecundando o Pensamento(*)

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“O homem terreno reencarna, justamente, para mudar certos padrões, aprender novos roteiros, transformar os próprios conceitos de vida; mas, por si mesmo, ele não sabe ou não pode ainda conduzir a realidade de sua existência. Ainda somos suscetíveis, ainda pensamos de modo direcionado; falta-nos visão ampla da vida, dos seres, das coisas. Foi por isso que Jesus veio ao nosso encontro, dar-nos lições que nos fizessem perceber aquilo que por nós mesmos somos incapazes de fazer.”

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 7

Do Médium ou do Espírito?(*)

Estudando Sobre Mediunidade

1ª) No momento em que exerce a sua faculdade, está o médium em estado perfeitamente normal?

“Está, às vezes, num estado, mais ou menos acentuado, de cri-se. É o que o fadiga, e é por isso que necessita de repouso. Porém, habitualmente, seu estado não di-fere de modo sensível do estado normal, sobretudo se se trata de médiuns escreventes.”

2ª) As comunicações escritas ou verbais também podem emanar do próprio Espírito encarnado no mé-dium?

“A alma do médium pode co-municar-se, como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de li-berdade, recobra suas qualidades de Espírito. Tendes a prova disso nas visitas que vos fazem as almas de pessoas vivas, as quais muitas vezes se comunicam convosco pela escrita, sem que as chameis. Porque, ficai sabendo, entre os Es-píritos que evocais, alguns há que estão encarnados na Terra. Eles, então, vos falam como Espíritos e não como homens. Por que não se havia de dar o mesmo com o mé-

“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento de relações com seus habitantes”.

Cairbar Schutel (Médiuns e Mediunidades, Editora “O Clarim”).

dium?”a) Não parece que esta expli-

cação confirma a opinião dos que entendem que todas as comunica-ções provêm do Espírito do mé-dium e não de Espírito estranho?

“Os que assim pensam só er-ram em darem caráter absoluto à opinião que sustentam, porquanto é fora de dúvida que o Espírito do médium pode agir por si mesmo. Isso, porém, não é razão para que outros não atuem igualmente, por seu intermédio.”

3ª) Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium, ou outro?

“Pela natureza das comunica-ções. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás. No esta-do de sonambulismo, ou de êxtase, é que, principalmente, o Espírito do médium se manifesta, porque então se encontra mais livre. No estado normal é mais difícil. Aliás, há respostas que se lhe não podem atribuir de modo algum. Por isso é que te digo: estuda e observa.”

Nota. Quando uma pessoa nos

fala, distinguimos facilmente o que vem dela daquilo de que ela é ape-nas o eco. O mesmo se verifica com os médiuns.

4ª) Desde que o Espírito do médium há podido, em existên-cias anteriores, adquirir conheci-mentos que esqueceu debaixo do envoltório corporal, mas de que se lembra como Espírito, não po-derá ele haurir nas profundezas do seu próprio eu as ideias que parecem fora do alcance da sua instrução?

“Isso acontece frequentemente, no estado de crise sonambúlica, ou extática, porém, ainda uma vez repito, há circunstâncias que não permitem dúvida. Estuda longa-mente e medita.”

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Do Papel dos Médiuns nas Comunicações Espíri-tas”.

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, capítulo XIX, item 223, perguntas 1ª a 4ª, Editora FEB.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

A Imensidão dos Sentidos - Hammed, Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto - Editora: Boa Nova

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 8

loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Em Abril

310 enContro espírIta

soBre eurípedes Barsanulfo

data: 17/06/2018 - Hora: 8:30H às 13H

Em Junho

310 enContro espírIta

soBre léon denIs

data: 29/04/2018 - Hora: 08:30H às 13H

preCe pelo 230 anIversárIo do CeICdata: 13/04/2018 - às 19H

festa ComemoratIva do 230 anIversárIo

do Centro espírIta Irmão ClarênCIo

data: 15/04/2018 - Hora: 16H

Casa de festas flamBoyant, rua aIera, 652 – vIla Kosmos

Evento Abril

Esperanto

É com muita alegria que estamos retornan-do a publicação de nossa coluna sobre o Esperanto, a língua da fraternidade, no mês em que comemora-mos os vinte anos de implantação do nosso trabalho no Centro Es-pírita Irmão Clarêncio.

No dia 6 de abril de 1998, foi realizada a aula inaugural do curso pelo grande divulgador do Esperanto, Givanil-do Ramos Costa. Com a presença de

33 alunos, na antiga sede do CEIC (Rua Be-gônia, 70).

Iniciamos, assim, a introdução do estudo da língua criada por La-zaro Luiz Zamenhof, em 1887, na longínqua Polônia.

O objetivo desse idioma é ser a segunda língua de todos os povos

de nosso Planeta. O Esperanto não pertence a uma determinada na-ção, daí, sua neutralidade.

O Esperanto não é uma imposi-ção econômica ou cultural de um país sobre os demais!

Seu aprendizado é fá-cil: é composto de 28 le-tras; sua gramática é sim-ples e lógica.

Milhões de pessoas em todo o mundo se co-municam em Esperanto e participam do Congresso Internacional, anualmen-te. O último foi realizado em Seul, na Coreia do Sul. O próximo Congres-so Brasileiro ocorrerá em Curitiba no mês de junho.

Podemos participar de encontros estaduais, se-minários e palestras via Internet.

Convidamos todos vocês para conhecerem o Esperanto e estudá-lo,

aqui no CEIC, todas as quartas-fei-ras, de 17:00 às 19:00, na sala 6T.

Aguardamos sua presença com muito carinho e fraternidade.

Yan Curvello

Esperanto, a Língua da Fraternidade - 20 anos no CEIC

Evangelho: Mensagem de Jesus, simples e inconfundível. Espiritismo: Doutrina dos Espíritos, profunda e clara. Esperanto: Idioma da fraternidade

Encontros E Seminários

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 9

Espírito Protetor(*)

Clareando as Ideias com Kardec

509. Quando em es-tado de selvageria ou de inferioridade moral, têm os homens, igualmente, seus Espíritos proteto-res? E, assim sendo, esses Espíritos são de ordem tão elevada quanto à dos Espíritos protetores de homens muito adianta-dos?

“Todo homem tem um Espírito que por ele vela, mas as missões são rela-tivas ao fim que visam. Não dais a uma criança, que está aprendendo a ler, um professor de fi-losofia. O progresso do Espírito familiar guarda relação com o do Espíri-to protegido. Tendo um Espírito que vela por vós, podeis tornar-vos, a vosso turno, o protetor de outro que vos seja inferior e os progressos que este reali-ze, com o auxílio que lhe dispen-sardes, contribuirão para o vosso adiantamento. Deus não exige do Espírito mais do que comportem a sua natureza e o grau de elevação a que já chegou.”

511. A cada indivíduo achar-se-

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

-á ligado, além do Espírito prote-tor, um mau Espírito, com o fim de impeli-lo ao erro e de lhe pro-porcionar ocasiões de lutar entre o bem e o mal?

“Ligado, não é o termo. É certo que os maus Espíritos procuram

desviar do bom cami-nho o homem, quando se lhes depara ocasião. Sempre, porém, que um deles se liga a um indiví-duo, fá-lo por si mesmo, porque conta ser atendi-do. Há então luta entre o bom e o mau, vencendo aquele por quem o ho-mem se deixe influen-ciar.”

512. Podemos ter mui-tos Espíritos protetores?

“Todo homem conta sempre com Espíritos, mais ou menos elevados, que com ele simpatizam, que lhe dedicam afeto e por ele se interessam, como também tem junto de si outros que o assis-tem no mal”.

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é “Anjos Guardiães.

Espíritos Protetores, Familiares ou simpáticos”.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 509, 511e 512, Editora FEB.

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das

Reuniões Públicas Noturnas.

Aviso Importante

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 10

Amor e Disciplina

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

O que é mais importante na Casa Espírita: a disciplina ou o amor que a tudo tolera? Há Casas Espíritas que investem na disciplina dos seus co-laboradores, estabelecendo roupas iguais, abstenção de carne, de fumo, etc., para que possam exercer suas funções mediúnicas. Até que ponto estas medidas estão corretas?

Acreditamos que, sem ordem de disciplina, nenhum trabalho será re-conhecido como um trabalho respei-tável.

Afinal, é com base na ordem que Deus sustenta o Universo!

Não há organização séria que prescinda do estabelecimento de di-retrizes, limitando os excessos.

Entretanto, é imperioso atentarmos que pode haver ordem e disciplina convivendo com o amor, a indulgên-cia ou a tolerância.

É fundamental reconhecermos que a tolerância, que também é uma expressão do amor, não está desvinculada dos objetivos da educação.

A nosso ver, podemos ser toleran-tes com os erros dos companheiros sem deixarmos passar a oportunidade de ouvi-los, identificando o porquê de seus deslizes, oferecendo-lhes depois, a visão certa do caminho a seguir.

Para os Médiuns, a disciplina de hábitos lhes será sempre preciosa oportunidade de conservarem limpos os seus canais mediúnicos, a fim de

que o intercâmbio com a Espirituali-dade se processe de modo fácil e o mais perfeito possível.

Não colocaríamos água pura em copo que guardasse detritos. Em um espelho, as imagens só se refletirão em seu aspecto mais belo, se ele não estiver quebrado ou fosco pela poeira nele depositada.

Assim também, ocorre no vaso do coração e no espelho da mente.

Os detritos do álcool, da droga, da nicotina, tanto quanto a poeira dos pensamentos impuros impedirão sempre que o intercâmbio com a Espi-ritualidade se processe com a neces-sária limpidez.

A disciplina dos hábitos é, portan-to, para o Médium a garantia de uma assistência espiritual positiva. E, mes-mo quando desenvolva um trabalho junto a Espíritos infelizes, ele terá, na pureza de seu campo psíquico, a proteção necessária para que as vibra-ções negativas dos socorridos, não o atinjam e nem nele se fixem.

A ordem das Casas Espíritas ga-rante a segurança que provém tanto do plano espiritual quanto do plano material. No entanto, convém lem-brar que o “rigor excessivo” é sempre uma via de ressentimentos da parte daqueles que, por não se afeiçoarem à ordem em seus hábitos diários, exi-girão, dos dirigentes um maior enten-dimento, pois se apresentam como

crianças deseducadas, e o tempo, pa-cientemente despendido em sua edu-cação, dará sempre melhores resulta-dos do que as imposições drásticas.

Procuremos em tudo o equilíbrio, fruto do amor, convergindo sempre para a meta principal que é a reedu-cação de nossos Espíritos.

Deus, nosso Pai, tolera os nos-sos erros e nos oferece o tempo de que necessitamos, unido à dor que nos disciplina, para que se faça a correção precisa à nossa visão e se ampliem as nossas possibilidades de evolução.

O amor será sempre o melhor ca-minho, embora não prescinda da or-dem que retifica todos os desvios.

Amai a todos, exemplificando a ordem e a disciplina em vossos atos diários.

Vereis então, que o vosso amor e a vossa reta conduta farão o milagre da renovação que, começando por vós mesmos, se entenderá àqueles que o Senhor vos encaminhar como instru-mentos imperfeitos, mas perfectíveis, a fim de que, unidos, tornem a Casa Es-pírita em abençoado porto seguro de inalterada paz.

Yvonne

Fonte: Aos Médiuns com Carinho, vários Espíritos, Editora CELD.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“A Doutrina Espírita tem um objetivo a ser alcançado, no momento, pelas nossas almas. Dia haverá em que daremos um outro salto, o salto em busca da verdade. Assim como o Cristo é a Verdade total, para nós, a Doutrina Espírita é a verdade do nosso momento. Estudemos a Doutrina Espírita fixando-a, definitivamente, em nossos espíritos.”

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 11

Para se compreender melhor as linhas mestras que governam a di-nâmica da mediunidade em seus pontos básicos, temos que discernir o aspecto fenomêmico dos postula-dos Kardequianos.

Assim sendo, precisamos definir fenômeno por matéria de análise e Doutrina Espírita como a lógica te-órica que esclarece os fatos. Eman-cipando-nos de mitos e fantasias, destacamos a intransferível neces-sidade do estudo de “O Livro dos Médiuns”, que é um compêndio insuperável para o pleno entendi-mento do exercí-cio mediúnico.

Em todos os pontos da Terra ocorrem mani-festações da me-diunidade, não somente nos nú-cleos espíritas. Por isso, no atual estágio doutri-nário podemos assegurar com serenidade que o aspecto fenomê-nico é acessório, não mais constitui ponto de parti-da para as propostas essenciais da Terceira Revelação. Aliás, equivo-cada ideia tem do Espiritismo quem julgue que a sua vitalidade vem da prática mediúnica e que sem esse mecanismo sua base estará compro-metida, até porque a força dos con-ceitos espíritas “está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso”.

Foi dentro desse contexto que Kardec se sentiu impulsionado, sen-do capaz de retirar do aparente frí-volo divertimento das tradicionais mesas girantes um sério trabalho de investigação, para aportar nas cau-sas dos fenômenos, demolindo o so-

brenatural e o miraculoso, desven-dando o potencial das forças psíqui-cas inerentes à natureza humana.

É lamentável que alguns só ve-jam na mediunidade meio de curio-sidade pueril, identificando nos Espíritos veículos propagadores de “revelações” sobre vidas passadas, “sorte”, casamentos futuros, suces-so profissional, etc. Não são poucos os “médiuns” que, viajando pelo imaginário, descrevem “vidências e fatos futuros” totalmente desco-nectados da lógica espírita! Outros,

“psicografam” mensagens que dete-rioram as normas gramaticais, ferin-do de morte os conceitos doutriná-rios e transformando muitas ideias ilusórias em livros “espíritas”.

Os dirigentes das Casas Espíritas, agindo com vigilância e prudência, devem intensificar reuniões de es-tudos teóricos, meditação e deba-tes racionais sobre a Doutrina e a Mediunidade, para entendimentos seguros, fugindo de um açodado intercâmbio com as forças advindas do além-túmulo. Isso constitui pru-dência cristã!

A primeira necessidade do can-didato ao exercício da mediunida-de é conhecer e aplicar os códigos

evangélicos antes de se entregar às tarefas medianímicas, pois do con-trário encontrará um terrível obses-sor chamado personalismo. Há até aqueles que julgam que, para os outros obsessores (os desencarna-dos), basta somente um tratamento de “choque” e se resolverá o pro-blema da obsessão. Não devemos esquecer que é desaconselhável o afastamento compulsório do obses-sor quando há uma ligação muito forte entre ambos. Desfazer esses vínculos por ato de força poderá

criar embaraços maiores ao ob-sidiado. Desse modo, esses la-ços devem ser desatados, nunca cortados, como acreditam alguns desavisados, e es-perar o concurso do tempo.

Ante a presen-te desassociação de lógica doutri-nária que grassa em certos núcle-os espíritas, im-porta refletir que,

na reta conduta moral, no hábito da oração (colóquio íntimo com Deus) recolheremos a confiança dos Benfeitores que nos aproveita-rão a capacidade mediúnica, prin-cipalmente se nos pautarmos pelos carreiros da abnegação, do estudo metódico sobre o tema e do desinte-resse, posto que isso sutilizará nos-sos pensamentos, acentuando-nos a sensibilidade na complexa prática mediúnica.

Jorge Hessen

Fonte: Reformador – julho 1997. Editora FEB.

Artigo

Apelo ao Bom Senso na Prática Mediúnica

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 12

A Melodia do Silêncio

Instruções de Além-Túmulo

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos:José Roberto Gouvêa

“Todos aqueles que acreditam na continuidade da vida são os que creem em si mesmo; são aqueles que sabem que continuarão perpetuamente vivos. Os seres que sofrem, gritam, choram, que temem pelo desaparecimento total, são os que não creem em si mesmos ou que acreditam que eles próprios desaparecerão."

Na fase terminal de nossas ta-refas, na noite de 10 de junho de 1954, tivemos a afetuosa visita de Meimei, a nossa companheira de sempre, que, utilizando os recursos psicofônicos do médium, falou-nos sobre os méritos do silêncio, em nossa construção espiritual.

Repara a melodia do silêncio nas criações divinas.

No Céu, tudo é harmonia sem ostentação de força.

O Sol brilhando sem ruído... Os mundos em movimento sem

desordem... As constelações refulgindo sem

ofuscar-nos... E, na Terra, tudo assinala a mú-

sica do silêncio, exaltando o amor infinito de Deus.

A semente germinando sem bu-lício...

A árvore ferida preparando sem revolta o fruto que te alimenta...

A água que hoje se oculta no co-ração da fonte, para dessedentar-te amanhã...

O metal que se deixa plasmar no fogo vivo, para ser-te mais útil.

“São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado...”

(“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo I, item 8).

O vaso que te obedece sem re-futar-te as ordens...

Que palavras articuladas lhes definiriam a grandeza?

É por isso que o Senhor também nos socorre, através das circuns-tâncias que não falam, por inter-médio do tempo, o sábio mudo.

Não quebres a melodia do si-lêncio, onde tua frase soaria em desacordo com a Lei de Amor que nos governa o caminho!

Admira cada estrela na luz que lhe é própria...

Aproveita cada ribeiro em seu nível...

Estende os braços a cada cria-tura dentro da verdade que lhe corresponda à compreensão... Dis-cute aprendendo, mas, porque de-sejes aprender, não precisas ferir.

Fala auxiliando, mas não te an-tecipes ao juízo superior, veiculan-do o verbo à maneira do azorrague inconsciente e impiedoso.

“Não saiba tua mão esquerda o que deu a direita” — disse-nos o Se-nhor.

Auxilia sem barulho onde pas-ses.

Recorda a ilimitada paciência do Pai Celestial para com as nos-sas próprias faltas e ajudemos, sem alarde, ao companheiro da roma-gem terrestre que, muitas vezes, apenas aguarda o socorro de nosso silêncio, a fim de elevar-se à comu-nhão com Deus.

Meimei

Fonte: Instruções Psicofônicas, diversos Espíritos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 14. Editora FEB.

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 13

Jesus – Mestre Maior da Humanidade

Ontem e Hoje

Procure aSecretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

Convite

Procure a Secretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

Léon Denis

Convite

(...) Médium de Deus, Jesus libertou da treva o jovem lunático, atenazado por espíritos imundos, ao descer do Tabor.

Concedeu serenidade ao gadare-no, ao rumar a Gerseza, ensejando renovação ao espírito infeliz que o obsediava.

Sempre que buscado pelos ator-mentados espirituais da Erraticidade inferior, em momento algum recu-

“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” – Jesus -(Mateus, 6.21). UM POUCO SOBRE JESUS

sou-se ao intercâmbio, falando-lhes e socorrendo-os, na condição de Médico Divino.

E quando a grande multidão, as-sediada por obsessores cruéis, em desvario, o arrastou ao testemunho para com a vida, sereno e humilde, orou na noite de vésperas, em do-lorosa angústia e vigília de suor de sangue, para galgar os degraus da Vida Perene, doutrinando-os com

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

Yvonne A. Pereira

Convite

as palavras do exemplo incorruptí-vel de amor que até hoje permanece como nosso roteiro de segurança.

Joanna de Ângelis

Fonte: Dimensões da Verdade, psi-cografia de Divaldo Pereira Franco, lição: Sofrimentos na Mediunidade. Editora LEAL.

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 14

Espiritismo e Ciência

O Espiritismo e as Forças Radiantes

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se”.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, item 8).

A Natureza, nos seus diversos aspectos, nos oferece um eterno encanto. Nossa vista, órgão ao mesmo tempo delicado e gros-seiro, não percebe as formas de conjunto. Mas se, munidos de um microscópio, estudarmos a estrutura íntima dos corpos, o que acontecerá? Seremos obri-gados a reconhecer que esses corpos são todos compostos de uma quantidade quase incalcu-lável de partículas de uma su-tileza prodigiosa, animadas de movimento constante e que se entrechocam, continuamente, num vertiginoso turbilhão (¹).

Por exemplo, quando a Ciência descobrir a causa da desintegração molecular das partículas do rádio, os cientistas conhecerão as forças profundas da natureza universal, forças misteriosas que, do centro da Terra até a mais distante estrela, interligam todos os mundos numa formidável unidade.

As desintegrações de átomos geram enormes quantidades de energia, maiores do que todas as reações químicas. Por exemplo, a desintegração de um átomo de urânio libera 400.000 vezes mais energia do que a combustão de um átomo de carbono, segundo os químicos. Os raios catódicos, di-zem eles, são produzidos por uma espécie de “bombardeio” contínuo de partículas infinitesimais a que chamamos elétrons. Ao se fazer um vácuo suficiente em ampolas de vidro, como provou William Crookes, devolvem-se essas partí-culas ao estado de liberdade e de atividade, tanto mais acentuado quanto maior for a rarefação. Com vácuo maior, sob a influência de uma corrente elétrica, essas radia-ções apresentam cores delicadas,

carmins e violetas e produzem-se, então, fluorescências que atingem o prodígio.

Esses fenômenos luminosos vêm confirmar o que nos dizem os espíritos sobre as propriedades da matéria sutil e os efeitos de luz, o uso das cores que desempenham tão grande papel em todas as situa-ções da vida do Espaço.

Aumentando-se mais a rare-fação, obtêm-se radiações mais poderosas. Os raios catódicos, ao chocar as paredes de vidro, au-mentam de intensidade e tomam o nome de raios X (²). O seu poder de penetração ultrapassa tudo o que se conhecia antes deles; eles atra-vessam a madeira, os tecidos, os metais e mesmo as paredes; e veri-ficou-se que sua ação se fazia sentir até 50 metros do ponto de emissão. O seu uso necessita de cuidados minuciosos, pois, se contribuíram para tratar de várias doenças, cau-saram também, às vezes, doenças mortais.

Todas essas descobertas nos re-velam a existência de forças evi-denciadas pela dissociação da ma-téria e que os espíritos utilizavam, desde muito tempo, nos fenômenos

familiares aos estudantes do mundo invisível.

Não é demais insistir no fato de que os corpos ditos sólidos têm apenas uma densidade aparente, que resulta da im-perfeição de nossos sentidos, e que, na realidade, eles se com-põem de moléculas separadas umas das outras, por interva-los mais ou menos grandes, conforme a natureza desses corpos. Isso nos explica a sua penetrabilidade por radiações da matéria sutil e dos fluidos, em particular. O fenômeno de

transporte, de materialização de es-píritos e todos os fatos dessa ordem encontram, aí, a sua explicação e todos aqueles que estudam, com atenção, essa Ciência do invisível, chegam a compreender e a admi-rar a harmonia das leis que unem o mundo sensível às forças e às mani-festações do Além. (...).

(¹) A análise da matéria, seja sólida, líquida ou gasosa, apre-senta resultados inesperados. Foi assim que um físico calculou que um litro de ar (respirável) contém milhares de trilhões de moléculas de oxigênio. Essas partículas, elas próprias, seriam apenas grupos de partículas ainda mais sutis; é assim que se chega à unidade da matéria reconhecida, agora, pela Ciência e que, segundo os alquimistas, justifi-cam as esperanças no que se refere à transmutação dos corpos.

(²) Descobertos por W. Roentgen (1845-1923), físico alemão.

Fonte: O Espiritismo e as Forças Radiantes, Léon Denis, capítulo III. Editora Celd.

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 15

Obsessão - Estude e Liberte-se

Parasitose Espiritual

“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracte-res muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a pertur-bação completa do organismo e das faculdades mentais”.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).

Existe vampirização em larga escala, desde os tempos imemo-riais. Sempre existiram criaturas que vivem a expensas de outrem, absorvendo-lhes as energias das mais diferentes maneiras, tanto no plano físico quanto no espiritual. Assim, os que se encontram muito apegados às sensações materiais prosseguem, após o túmulo, a buscar sofregamente os gozos em que se compraziam. Para usufruí--los, vinculam-se aos encarnados que vibram em faixa idêntica, instalando-se então o comércio das emoções doentias. Por outro lado, os obsessores, por vingança e ódio, ligam-se às suas vítimas com o intuito de absorver-lhes a vitalidade, enfraquecendo-as e exaurindo-as, para conseguirem maior domínio. Idêntico procedi-mento têm os desencarnados que se imantam aos seres que ficaram na Terra e que são os parceiros de paixões desequilibrantes. Res-salte-se que existem aqueles que, já libertos do corpo físico, ligam--se, inconscientemente, aos se-res amados que permanecem na crosta terrestre, mas sem o desejo de fazer o mal. E, mesmo entre os encarnados, pessoas existem que vivem permanentemente su-gando as forças de outros seres humanos, que se deixam passiva-mente dominar. Essa dominação não fica apenas adstrita à esfera física, mas, tal como menciona-mos no capítulo 5, que se refe-re à obsessão entre encarnados, intensifica-se durante as horas de sono. Quanto mais profunda for essa sintonia maior será a vampi-

“(...) vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias”. (Missionários da Luz, André Luiz psicografia de Francisco Cândido Xavier capítulo 4.).

rização. (¹) Em qualquer dos ca-sos configura-se perfeitamente a parasitose espiritual. No livro “Evolução em dois Mundos”, André Luiz compara os parasi-tas existentes nos reinos inferio-res da Natureza aos “parasitas espirituais”, visto que os meios utilizados pelos desencarnados, que se vinculam aos que per-manecem na esfera física, obe-decem aos mesmos princípios de simbiose prejudicial. Repor-tando-se aos ectoparasitas (os que limitam a própria ação às zonas de superfície) e aos endo-parasitas (os que se alojam nas reentrâncias do corpo a que se impõem), traça o autor um pa-ralelo entre estes e a ação dos obsessores. Realmente encon-tramos muitos desencarnados que agem como ectoparasitas, ou seja, “absorvendo as ema-nações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam, aqui e ali”, como são os que se aproximam eventualmente dos fumantes, dos alcoólatras e de todos aqueles que se entregam aos vícios e desregramentos de qualquer espécie. E como en-doparasitas conscientes os que, “após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas vítimas”, assenhoreiam-se de seu campo mental “impondo-lhes ao cen-tro coronário a substância dos próprios pensamentos, que a vítima passa a acolher qual se fossem os seus próprios. Assim, em perfeita simbiose, refletem--se mutuamente, estacionários ambos no tempo, até que as leis

da vida lhes reclamem, pela difi-culdade ou pela dor, a alteração imprescindível” (²). Agem dessa forma os obsessores que preten-dem subjugar a sua vítima, num processo lento, contínuo e pro-gressivo. Observe-se, todavia, com relação aos seres huma-nos, que aquele que age como ectoparasita pode passar a atuar como endoparasita, caso queira e encontre campo para tanto. O parasitismo espiritual (ou vam-pirismo) é um processo grave de obsessão que pode ocasio-nar sérios danos àquele que se faz hospedeiro (o obsidiado), levando-o à loucura ou até mes-mo à morte. O quadro das afli-ções e degradações humanas é bastante deplorável, daí por que a missão do Espiritismo avulta a cada instante, pois que ele traz a única terapêutica possível para esses dramas pungentes.

(¹) Também aqueles que se apro-veitam do trabalho alheio — em regime de quase escravidão — pagando a essas criaturas salá-rios de fome, que as colocam em condições subumanas, exercem, de certa forma, a parasitose.

(²) Evolução em dois Mundos, André Luiz, psicografia de Fran-cisco Candido Xavier e Waldo Vieira, caps. 14º e 15º, 5ª edi-ção. FEB.

Fonte: Obsessão e Desobsessão, Suely Caldas Schubert, capítulo 15. Editora FEB.

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 16

ReligiõesEmmanuel Responde

Em que sentido deveremos to-mar o conceito de religiões?

– Religiões, para todos os ho-mens, deveria compreender-se como sentimento divino que cla-rifica o caminho das almas e que cada espírito apreenderá na pauta do seu nível evolutivo.

Neste sentido, a Religião é sempre a face augusta e sobe-rana da Verdade; porém, na in-quietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se di-vidiram em numerosas re-ligiões, como se a fé tam-bém pudesse ter fronteira, à semelhan-ça das pátrias materiais; tantas vezes mergulha-das no egoísmo e na ambição de seus filhos.

Dessa falsa interpretação tem nascido no mundo as lutas anti-fraternais e as dissensões religio-sas de todos os tempos.

As religiões que surgiram no mundo, antes do Cristo, tinham também por missão principal a preparação da mentalidade hu-mana para a sua vinda?

– Todas as ideias religiosas,

que as criaturas humanas traziam consigo do pretérito milenário, destinavam-se a preparar o ho-mem para receber e aceitar o Cor-deiro de Deus, com a sua men-sagem de amor perene e reforma espiritual definitiva.

O Cristianismo é a síntese, em simplicidade e luz, de todos os sistemas religiosos mais antigos, expressões fragmentárias das ver-dades sublimes trazidas ao mun-

do na palavra imorredoura de Je-sus.

Os homens, contudo, não obs-tante todos os elementos de pre-paração, continuaram divididos e, dentro das suas características de rebeldia, procrastinaram a sua edificação nas lições renovadoras do Evangelho.

O Espírito, antes de reencar-nar, escolhe também as crenças ou cultos a que se deverá subme-ter nas experiências da vida?

– Todos os Espíritos, reencar-nados no planeta, trazem consigo a ideia de Deus, identificando--se de modo geral nesse sagrado princípio.

Os cultos terrestres, porém, são exteriorizações desse princí-pio divino, dentro do mundo con-vencional, depreendendo-se daí que a Verdade é uma só, e que as seitas terrestres são materiais de experiências e de evolução,

dependendo a preferência de cada um do estado evo-lutivo em que se encontre no aprendiza-do da existên-cia humana, e salientando-se que a escolha

está sempre de pleno acordo com o seu estado íntimo, seja na vicio-sa tendência de repousar nas ilu-sões do culto externo, seja, pelo esforço sincero de evoluir, na pesquisa incessante da edificação divina.

Fonte: O Consolador, psicogra-fia de Francisco Cândido Xavier, questões 292, 293 e 296. Editora FEB.

“O Cristianismo é a síntese, em simplicidade e luz, de todos os sistemas religiosos mais

antigos, expressões fragmentárias das verdades sublimes trazidas ao mundo na

palavra imorredoura de Jesus.”

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“A carne com o peso de suas dificuldades, muitas vezes traz ao homem a sensação de impotência diante dos problemas que lhe surgem a mente. Há, também, a dificuldade própria, causada pelo medo, pela inconformação diante de suas provas.”

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 17

Homenagem Especial

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“A emissora da Fraternidade”

Lido – é luz que se acende;Comentado – é sugestão lumi-

nosa à renovação;Entendido – é abertura das li-

ções que transmite;Guardado – é tesouro escondi-

do sem serventia;Desprezado – é lâmpada desli-

gada, favorecendo as trevas;Abandonado – é caminho reto

largado ao sabor das trevas que o ocultam aos que se sentem perdi-dos, sem direção.

Na Terra em convulsão, o Livro Espírita se ergue como bandeira de paz, convocando as almas à sereni-dade em meio às lutas que se agra-vam a cada dia.

Diante do sofrimento, será ele a luz da consolação, renovando es-peranças.

Ante os que se atritam, será sem-pre a mensagem de reflexão con-

Dia 18 de abril – Dia do Livro Espírita

Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará. Jesus, (João – 8:32).

citando à reavaliação e ao perdão.O Livro Espírita é apoio ao Bem,

onde o Bem possa surgir e será sempre bênção de paz, renovando possibilidades de crescimento para Deus.

Agradecidos ao Pai, pelo Fa-rol Divino, que permitiu a Kardec acender para guiar-nos os passos. Valorizemos a dádiva recebida e não nos esqueçamos de que o Livro Espírita é o único caminho que nos levará ao conhecimento da Verda-de.

E segundo Jesus, se conhecer-mos a Verdade, ela – tão somente – nos fará livres!

Aurélio

Fonte: Evangelho e Vida, Diversos Espíritos. Editora Celd.

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 18

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

ConviteO espírita não é re-conhecido somente nos instantes em que encan-ta a multidão com sua fala ou quando arrecada gêneros na campanha do quilo ou, ainda, por sua lavra inspirada na divulgação, ou mesmo pela tarefa de direção. Essas são ações espíritas salutares e preparatórias para o desenvolvimento de valores na alma, mas o serviço transformador do campo íntimo, que qualifica o perfil moral do autêntico espírita, é medido pelo modo de reagir às circunstâncias da existência, pelo qual testemunha a intensidade dos esforços renovadores de progresso e crescimento a que se tem ajus-tado. Pelas reações mensuramos se estamos ou não assimilando no mundo íntimo as lições preciosas da espiritualização. A ação avalia nossas disposições periféricas de melhoria, todavia, somente as rea-ções são o resultado das mudanças profundas que, somente em situa-

ções adversas ou na convivência com os contrários, temos como aquilatar em que níveis se encon-tram.

Ermance Dufaux

(*) Título criado exclusivamente para este texto; não consta da refe-rida obra.

Fonte: Reforma Íntima Sem Martí-rio, psicografia de Wanderley S. de Oliveira, Editora Dufaux. .

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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A Família na Visão Espírita

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Perfil Moral do Autêntico Espírita(*)

Reflexão

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“O amor que Jesus nos dispensa torna-nos capazes de prosseguir adiante quando temos problemas a enfrentar, por sabermos que ele conduz toda a humanidade, qual um enorme rebanho.Compreensivo, ajuda-nos nos momentos de inquietações. Amoroso, ensina-nos, carinhosamente, sempre. Mestre, é capaz de sustentar-nos o ensino, a despeito de todas as dificuldades de assimilação. Condutor dos nossos destinos, prepara-nos sempre novas reencarnações ou novas oportunidades de aprendermos, com vistas ao nosso progresso.”

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Clareando / Ano XVI / Edição 174 / Abril. 2018 - Pág . 19

Eu era pequena ainda quando um novo bebê chegou à nossa casa. Certamente devia alegrar--me com o irmãozinho, porém os cuidados e atenções com que nossos pais o cercavam en-cheu-me de ciúmes e muitas vezes chorava ao pensar que tinha perdido o carinho antigo.

Vovô cultivava uma horta nos fundos de nos-sa casa. Em certo dia em que eu estava mais envenenado de ciúmes do que nunca, ele me chamou. Fui ver o que queria. Estava de cóco-ras junto a um canteiro onde semeara alface. As mudinhas, de um verde muito tenro, brilhavam à luz daquela manhã límpida e tranquila. Vovô mergulhado no trabalho de separar, delicada-mente, as mudinhas, não parecia ter percebido a minha emoção. Ele me disse:

– Preste atenção! Estou separando as mu-dinhas e, depois irei plantá-las no lugar certo. Sabe, filho, o carinho é como a alface: precisa ser dividido para crescer melhor. Quando eu era da sua idade gostava muito de minha mãe. Fi-quei rapaz e, um dia, conheci uma jovem, casei--me com ela e tivemos um filhinho. Depois veio outro e outro. Mas, cada um que chagava não tirava nem um pouquinho do outro. O amor é

uma coisa muito curiosa, quanto mais é dividido mais cresce e mais forte se torna. Seu pai e sua mãe estão ocupadíssimos com o bebê porque ele é pequenininho, frágil e desamparado. Mas pode crer que o amor que tinham por você ainda se tornou maior...

À medida que eu via os pés de alface crescen-do, belos e exuberantes, uma nova alegria nas-ceu em meu coraçãozinho ciumento. O carinho de papai e mamãe, dividido, crescia também, a cada dia, como aquela planta que tivera de ser dividida para que uma muda não sufocasse a ou-tra.

Muitas vezes, depois disso, quando me per-turbava o desejo de posse exclusiva, o canteiro de vovô parecia se retratar em minha mente, dando-me uma nova perspectiva de paz e sere-nidade.

Quanto mais dividido, mais forte e mais pro-fundo se torna o amor. Nunca pude me esquecer disso...

Fonte: E, para o Resto da Vida..., Wallace Leal V. Rodrigues. Editora O Clarim.

Suplemento Infantojuvenil

As Mudinhas“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”.

(Amélia Rodrigues)

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário

infantil e juvenil escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês:livro Juvenil:minha vida em Gestação, Caio (espírito) - supervisão de CairBar sChutel

editora o Clarim

livro infantil:o que voCê vai ser quando renasCer?, reGina timBó, editora Boa nova.