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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

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ME I

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O PROJETO PDE “UMA PROPOSTA PARA USO DE SOFTWARES

NA GESTÃO E COTIDIANO ESCOLAR”

Janice Parizotto¹,

Claudia Brandelero Rizzi²,

1SEED – Secretaria de Estado da Educação

Coordenação Regional de Informática na Educação - CRTE Rua Fortaleza, 1740. - Centro.

CEP 85810-051 - Cascavel, PR

[email protected]

²UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná Colegiado de Ciência da Computação

Rua Universitária, 2069 CEP 85819-110 Cascavel, PR

[email protected]

Resumo

Este artigo relata o trabalho desenvolvido durante o Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná – PDE, através do qual se implantou o Projeto de Intervenção Pedagógica nos Colégios Estaduais Wilson Joffre - WJ e Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boareto Netto - CEEP. Criou-se uma versão de um software protótipo denominado BD0-Pedagógico que viabiliza que pedagogos possam armazenar dados de alunos da escola como uma maneira de acompanhar a vida escolar e o desenvolvimento pedagógico do mesmo. Além disso, propuseram-se alguns encaminhamentos para o Gestor Escolar, no sentido de otimizar o uso das tecnologias existentes no espaço escolar indicando alguns softwares livres que podem auxiliar e dinamizar o trabalho do gestor e sua equipe enfocando três aspectos: Primeiro, a organização: a construção do horário de aulas utilizando o software livre TimeS’Cool1; segundo a implementação do banco de dados didático pedagógico BD-Pedagógico e terceiro, a utilização organizada de ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs2) ou do sitio da escola no Portal Dia-a-Dia Educação, pretendendo com isso dar publicidade a projetos e trabalhos desenvolvidos pela e na escola através dos roteiros pedagógicos criados, para equipe pedagógica, professores e alunos, otimizando, assim, o uso das tecnologias na escola.

Palavras Chave: Software, Gestão Escolar, Organização Escolar, Software Pedagógico.

0 - BD – Abreviação de Banco de Dados 1 - Disponível na página http://timescool.lotimiza.com/ - Software para elaboração de Horário Escolar 2 - Ambientes Virtuais de Aprendizagem ou Ambientes Digitais de Aprendizagem.

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Abstract

This article describes the work developed while participating in the 2009 edition of Educational Development Program of Paraná - PDE, through which it was enforced the Pedagogical Intervention Project in the State Schools Wilson Joffre - WJ and State Center for Professional Education Pedro Boareto Netto - CEEP. A prototype version of a software called BD-Pedagogico was created that enables educators to store data from students at the school as a way to monitor their school life and educational development. In addition, some directions for the School Manager in order to optimize the use of existing technologies in the school were proposed, indicating some free software that can assist and streamline the work of the manager and his team, focused on three aspects: First, the organization: the construction of classes schedules using TimeS'Cool free softwe are; second, the implementation of the didactic pedagogical database BD-Pedagogico and third, the organized use either of virtual learning environments (AVAs) or the school site on Portal-Dia-adia, looking to publicize projects and work undertaken by the school and through educational guides developed for pedagogical boards, teachers and students, thus optimizing the use of technology in school.

Key words: Software, School Management, School Organisation, Educational Software.

1.Introdução

Ao adentrar em qualquer escola pública da Rede Estadual do Paraná observa-se

um complexo tecnológico disponibilizado para as mesmas, como computadores

conectados a Internet, Pendrives, Webcam e Televisores multimídias, disponíveis

tanto ao corpo docente como discente e até a comunidade escolar, equipados com

acesso a redes e Softwares Livres nas diversas áreas do conhecimento. Tudo isto, com

o objetivo de promover a aprendizagem dos alunos, auxiliar na construção de

conceitos e no desenvolvimento de habilidades importantes para que os educandos

possam ter autonomia e aprendam a solucionar problemas do cotidiano.

A utilização da informática no processo educacional pressupõe promover meios

para que as tecnologias atuais produzam atividades ou metodologias diferenciadas de

trabalho, tendo sempre um objetivo, algo que possa ser criado, algum conhecimento

almejado, compreendendo descobertas, processos de investigação e pesquisa, que

possam promover reflexão e mudanças no processo pedagógico.

O Gestor Educacional se torna uma peça fundamental para a otimização do

processo de uso das tecnologias por todos os participantes do meio educacional em um

ambiente escolar, juntamente com sua equipe, ele mobiliza ações pedagógicas e

motiva professores no processo educacional. Momentos de formação, de estudo e

compreensão da aplicação dos recursos tecnológicos para organizar o trabalho

pedagógico tornam-se, dessa forma, essenciais para viabilizar o trabalho destes

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profissionais, auxiliando no dia a dia e principalmente visando agilizar tarefas

importantes do cotidiano da escola como o horário escolar, controle dos gastos com

compras de materiais de expediente da escola, acompanhamento das atividades

desenvolvidas pela equipe, entre outras. Cabe destacar que, para que essas tarefas

sejam realizadas, é necessário um tempo considerável desses profissionais. Estas

atribuições diárias do ambiente escolar contribuem para o atraso de outras tarefas ou

até mesmo impedem sua conclusão, quando, para sua execução, é deixado de lado o

uso de recursos tecnológicos. Isto resulta em morosidade, em atrasos e prejuízos nos

atendimentos aos alunos, pais e, em última análise, à comunidade.

Fazer com que o uso prático e organizado da tecnologia se torne realidade nos

estabelecimentos de ensino leva o gestor a um compromisso educacional importante,

pois é ele, uma das engrenagens que move a estrutura escolar fazendo com que se

motive e, conseqüentemente, efetive o uso das Tecnologias de Informação e

Comunicação – TICs, pelo professor. A forma como o gestor dirige o trabalho

administrativo e pedagógico da escola pode levar o professor, equipe pedagógica e a

equipe administrativa a perceberem a importância de usar as tecnologias como

ferramenta em sua metodologia de trabalho e conseqüentemente, em última instância,

através delas beneficiar o(a) aluno(a).

Partindo das constatações acima e no intuito de contribuir para aprimorar a

gestão escolar, este artigo apresenta relato de proposta implementada por meio do

projeto PDE intitulado “Uma Proposta Para Uso de Softwares na Gestão e Cotidiano

Escolar”, nos Colégios Estaduais WJ e CEEP, que caracterizou-se pelo tratamento

específico de questões relacionadas com as demandas de preparação de gestores para o

uso das TIC nas atividades de gestão escolar e no cotidiano da escola, para que estes

pudessem dinamizar o trabalho diário do ambiente escolar. Isto porque, entende-se que

faz parte da função do gestor mostrar ou buscar caminhos que estimulem os

professores e equipe pedagógica a usar os recursos disponíveis na escola.

O projeto teve como objetivos principais a definição, implantação e avaliação

de uma proposta para utilização de softwares que auxiliassem na organização do

trabalho do gestor e do pedagogo no ambiente escolar. Para isso, além da apresentação

do software TimeS’Cool e seu funcionamento para que pudessem estudar, analisar e

utilizar na elaboração do horário das aulas, estabeleceu-se roteiros de

acompanhamento do uso dos softwares pedagógicos, apresentando-os à gestão escolar

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e equipe pedagógica. Também, apresentou-se AVAs (Blogs3, Portais Educacionais)

que podem ser utilizados tanto pelos professores e alunos quanto pelos gestores

escolares e suas equipes na publicação e divulgação do trabalho pedagógico. Por fim,

elaborou-se um protótipo de software, o BD-Pedagógico, concebido, teoricamente, de

maneira integrada ao SERE4, visando permitir que pedagogos façam o

acompanhamento pedagógico de alunos de maneira digital.

Antes, porém, de apresentar o trabalho realizado com esses softwares, a título

de contextualização é feita uma discussão teórica a respeito de temas correlatos,

buscando-se na literatura existente o embasamento conceitual necessário para o

desenvolvimento do artigo. Esta discussão é realizada, então, a partir de conceitos e

considerações de diversos autores acerca da tecnologia e de sua relação com elementos

de gestão, notadamente a gestão escolar, de interesse específico neste artigo.

2 O Uso da Tecnologia pela Escola

Há inúmeros recursos e aplicativos de softwares que desempenham diferentes

tarefas que podem auxiliar tanto gestores e pedagogos quanto, professores e alunos. Estes

ferramentais podem ser citados como banco de dados, planilhas de acompanhamentos,

ambientes virtuais de aprendizagem, entre os quais, portais educacionais, jornais on-line,

blogs e diversos outros. Estes e outros softwares podem ser utilizados para fins

pedagógicos ou administrativos.

Com relação ao trabalho pedagógico, necessita-se pensar em aplicabilidades

pedagógicas desses softwares, sendo esta uma importante tarefa do professor, pois exige

que o mesmo planeje seu trabalho, crie um roteiro de atividade e pense de forma prática

sobre as propostas que vai desenvolver com seus alunos usando o laboratório de

informática e softwares educacionais.

Com relação a aplicabilidade de software em atividades administrativas o gestor

escolar e sua equipe, por sua vez, devem utilizar-se dos softwares em suas tarefas, pois

estes podem atender especificidades de seu trabalho, como a elaboração do horário das

3 - São páginas na Internet onde as pessoas escrevem sobre diversos assuntos de seu interesse que podem vir acompanhadas de figuras e sons de maneira dinâmica e fácil além de outras pessoas poderem colocar comentários sobre o que está sendo escrito. É um recurso de comunicação entre família, amigos, grupo de trabalho, ou até mesmo empresas. Muitos o utilizam como diários virtuais, escrevendo mensagens envolvendo o lado pessoal, emocional e profissional. 4 SERE – Sistema Educacional de Registro Escolar do Estado do Paraná

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aulas. Ou ainda, o armazenamento e tratamento dos dados de acompanhamento pedagógico

que são colhidos anualmente de todos os alunos e registrados em fichas manualmente. Usar

recursos tecnológicos (softwares) para facilitar, dinamizar o trabalho e ainda acompanhar

esse uso na escola pelos professores é função do gestor escolar e sua equipe.

Para que o gestor e a equipe pedagógica possam intervir no trabalho do professor,

motivando-o para o uso das TICs (softwares) ele primeiramente deve envolver-se com o

processo tecnológico, dominar os ferramentais e utilizar-se desses recursos. Portanto, o

trabalho de gestão escolar está intimamente vinculado ao trabalho pedagógico, e o que se

discute neste trabalho é a contribuição positiva que alguns softwares podem trazer no

cenário educacional, que é descrito a seguir.

2.1 Gestão Escolar, o Trabalho Pedagógico e a Tecnologia

O gestor escolar tem um importante papel na organização e andamento do trabalho

escolar tanto no âmbito administrativo quanto pedagógico. Segundo Almeida (2008, p. 1):

As TIC podem ser incorporadas na escola como suporte para: a comunicação entre os educadores da escola, pais, especialistas, membros da comunidade e de outras organizações; a criação de um fluxo de informações e troca de experiências, que dê subsídios para a tomada de decisões; a realização de atividades colaborativas, cujas produções permitam enfrentar os problemas da realidade; o desenvolvimento de projetos inovadores relacionados com a gestão administrativa e pedagógica; a representação do conhecimento em construção pelos alunos e respectiva aprendizagem. O uso das TIC na gestão escolar permite: registrar e atualizar instantaneamente a sua documentação; criar um sistema de acompanhamento e participação da comunidade interna e externa à escola por meio de ambientes virtuais; definir metodologias de avaliação adequadas e compatíveis com critérios democráticos e participativos; trocar informações e experiências com a comunidade, identificando talentos e potencialidades que possam contribuir com a evolução conjunta de problemáticas tanto da escola como da comunidade; discutir e tomar decisões compartilhadas. A superação da dicotomia entre o pedagógico e o técnico-administrativo, instalada na cultura escolar, encontra eco em concepções educacionais que enfatizam o trabalho em equipe, a gestão de lideranças e a concepção e o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola tendo em vista a escola como organização viva que aprende empregando todos os recursos disponíveis, entre os quais as TIC.

Partindo do exposto, o que analisamos é que a escola, principalmente a do Estado

do Paraná, tem disponível uma já ampla gama tecnológica, desde computadores com

conectividade à Internet, televisores com dispositivo USB, projetores multimídia,

webcams, máquinas fotográficas digitais e até pendrives para cada professor. Mesmo

assim, os resultados de utilização destas tecnologias são tímidos, como se pode observar

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nas estatísticas (http://www.prdestatistica.seed.pr.gov.br/) publicadas no Portal Dia a Dia5,

com os dados levantados diariamente pelo sistema Paraná Digital. Exemplificamos este

acompanhamento, comparando os dados de acesso estipulados pela SEED/DITEC que é de

30% da carga horária trabalhada pelas escolas na semana. Cada estabelecimento atende

esta estimativa se usar computador e Internet com os alunos e professores em um terço das

horas semanais trabalhadas. Ao acessar os dados no site mencionado acima, verifica-se que

em torno de 70% das escolas ficam abaixo dessa média.

Os locais onde o presente projeto foi implantando, trata-se de dois colégios de

grande porte, com tecnologias além da distribuída pelo Estado do Paraná, e mesmo assim,

aparecem na estatística geralmente abaixo da média de uso, conforme se visualiza no mês

de novembro de 2009, no referido portal.

Para auxiliar tecnicamente nas atividades tecnológicas, o gestor escolar conta com

uma ou duas pessoas, disponíveis para atender e resolver problemas referentes à parte

física, ou seja, são pessoas que cuidam dos equipamentos e problemas gerados no

funcionamento dos softwares. Esta pessoa é denominada de ADMLocal pela SEED e pode

ser o responsável no cuidado com os dados do sítio da escola disponível no Portal dia a

dia.65 Embora existam todos os recursos já citados, atendimento profissional de auxílio ao

professor pela CRTE66 – Coordenação Regional de Tecnologia na Educação, ainda assim,

o uso das tecnologias, já existentes nas escolas, deixa muito a desejar e ainda demonstra

uma deficiência nas metodologias de utilização das mesmas por parte dos professores.

Compreende-se que, neste contexto, é necessário desenvolver propostas que

auxiliem na mudança desses resultados, que facilitem realmente o dia a dia das escolas e de

seus profissionais. Trata-se de propostas e encaminhamentos que organizem e promovam

agilidade nas atividades corriqueiras do trabalho pedagógico tanto dos gestores

educacionais e suas equipes quanto dos professores e alunos, pois estes trabalhos estão

interligados e um influencia o outro. Como exigir resultados em sala de aula se a Equipe

Pedagógica e os Gestores Escolares não estão imersos no processo tecnológico, não o

compreendem, utilizam mal e/ou usam de forma ineficaz? Esta é uma engrenagem que

5 Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br 6 CRTEs é uma coordenação que tem a responsabilidade pela formação continuada dos profissionais da educação pública estadual - funcionários, educadores, gestores, no que diz respeito às tecnologias educacionais

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precisa funcionar harmonicamente, com atuação e participação destes atores,

compromissados com a solução dos problemas da qualidade educacional, sendo os agentes

desta mudança.

Menezes e Santos (2002) definem a “Gestão Escolar como a expressão relacionada

à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as

condições, materiais e humanas, necessárias para garantir o avanço dos processos

socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientados para a promoção efetiva da

aprendizagem pelos alunos”.

A gestão escolar envolve portanto pessoas com funções especificas no processo

educacional, o que nos remete à proposta da otimização do uso adequado da tecnologia por

todos na escola. Para que este ferramental venha auxiliar na organização do trabalho

pedagógico, elencamos como fundamental a articulação do gestor e sua equipe no

planejamento de meios que melhorem o dia a dia da escola nas tarefas corriqueiras, como

relatórios, anotações de dados dos alunos, elaboração de horário das aulas e dos

professores, agendas de atividades e projetos das turmas, viabilização e divulgação do

trabalho pedagógico pelos meios virtuais na melhoria do trabalho oferecido pelos

profissionais da educação.

Para que este trabalho tenha resultados e sucesso no processo pedagógico o gestor

depende fundamentalmente de sua Equipe Pedagógica que o auxilia e promove ações em

conjunto para dinamizar as atividades diárias do ambiente escolar.

2.2 Equipe Pedagógica e sua Função

A Equipe Pedagógica é composta exclusivamente pelos Pedagogos e ocupa um

lugar de destaque na escola, pois é responsável pela coordenação, implantação e

implementação da Proposta Pedagógica do Estabelecimento. São pessoas com funções

específicas, porém importantes no processo pedagógico e na articulação do trabalho

escolar (Portal Diaadiaeducacao, 2010).

Dentre as funções de uma equipe pedagógica destacamos a coordenação das ações

didático–pedagógicas. Funciona como um elo que une as partes envolvidas no processo de

ensino e de aprendizagem dos alunos, estabelecendo uma ponte entre direção, professores,

alunos e pais, formando uma rede interligada por interesses comuns. É um trabalho de

liderança, que ajuda a escola a desempenhar melhor o seu papel em função e na busca por

uma educação mais eficiente para ser oferecida aos alunos. Também está entre seus

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afazeres promover o crescimento daqueles com quem lida diretamente, como professor e

aluno. Deve atender aos pais e alunos, orientando para um melhor aproveitamento das

atividades escolares.

O fazer pedagógico necessita de dinamismo e os atores deste processo precisam

inteirar-se dos recursos tecnológicos, além de utilizá-los a favor do aprendizado. Estes

profissionais devem comprometer-se com o fazer pedagógico independentemente do fato

de atuarem como gestor ou como acompanhamento pedagógico ou ainda em sala de aula.

Segundo Moran (2000, 93): “Não há prática pedagógica isolada em uma disciplina e sim

uma ação docente com uma visão do todo, com responsabilidade e a preocupação de

provocar interações e relações dos alunos consigo mesmos, com seus semelhantes, com sua

comunidade, com a sociedade e com o planeta”.

Complementamos esta idéia citando ainda Moran (2000, p.96):

[ ] a tecnologia da informação, entendida como os recursos de hardware, software e rede de computadores, pode ajudar a tornar mais acessíveis e conhecidos para os professores as políticas educacionais dos países, os projetos pedagógicos das escolas em todos os níveis, os projetos de aprendizagem construídos por professores e alunos, as opções paradigmáticas e as proposições metodológicas das instituições de ensino, bem como os mais diversos aplicativos que podem ser colocados a disposição dos alunos e de todos os usuários da sociedade.

Nesta perspectiva a prática pedagógica precisa ser articulada, para usufruir, dos

recursos tecnológicos em prol do aprendizado e da produção de conhecimento por

gestores, professores, alunos e comunidade, sempre pensando na melhoria da qualidade do

ensino. Dentre esses recursos, estão os softwares que podem ser utilizados na gestão

escolar e para fins didático-pedagógicos. Essas duas perspectivas e suas especificidades

são melhores apresentadas a seguir.

3 Softwares na Gestão Escolar

Trabalhar com softwares administrativamente no espaço escolar exige do gestor, de

sua equipe, o conhecimento de seus conceitos e aplicabilidades. Eles podem viabilizar a

otimização do trabalho do diretor e da equipe pedagógica nas tarefas de acompanhamento

dos alunos e na organização dos dados da escola. Pode ainda auxiliar o trabalho

administrativo da escola, armazenando dados, fazendo os controles diários como o da

merenda escolar, empréstimos dos livros, horário das aulas, tabulação das notas das turmas

e faltas dos alunos e professores entre outros. Isso proporciona uma dinamicidade ao dia a

dia da escola na administração destas tarefas, que, é preciso que se diga, exigem tempo.

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Através do trabalho no PDE, esta proposta apresentou à Gestão Escolar dois

softwares com objetivo de dinamizar o trabalho do gestor e sua equipe, o TimeS’Cool, um

software para criação do Horário Escolar e o BD-Pedagógico, um software protótipo com

um banco de dados que viabiliza a manutenção de dados educacionais e pessoais do aluno,

para auxiliar os pedagogos em suas tarefas de acompanhamento dos alunos.

Com relação a uma taxonomia, podemos classificá-los como sendo de Apoio

Administrativo Educacional, pois os softwares BD-Pedagógico e o TimeS’Cool são

considerados Aplicativos7, pois atendem o trabalho administrativo da escola e segundo

Baron (1989): “Software educativo é um objeto tecnológico flexível, mas que não conduz

de maneira unívoca a um modo de utilização particular”.

4 Softwares no Processo de Ensino Aprendizagem

Softwares podem ser utilizados para fins didático-pedagógicos. Eles podem

proporcionar aos docentes uma inovação no método de ensino e na forma de apresentar os

conteúdos. A dinâmica oferecida ao usar softwares pode viabilizar melhorias no processo

de ensino aprendizagem ampliando a capacidade de criação do professor, a liberdade de

imaginação que facilitam o trabalho dos conteúdos de uma forma mais atraente. Assim,

entender e dar significado pedagógico a utilização dos softwares é importante para o

conhecimento do professor na tarefa pedagógica.

Segundo LUCENA (1998):

Softwares são os programas que fazem os computadores executarem tarefas, a parte não física do conjunto e que faz com que a máquina possa interagir com o meio e o educando. Mais do que a própria máquina, os softwares são os grandes responsáveis pelo desempenho do computador.

São considerados Softwares educacionais todos os programas que possam ser usados com algum objetivo educacional, pedagogicamente defensável, por professores e alunos, qualquer que seja a natureza ou finalidade para a qual tenha sido criado. Entretanto, para que um software seja utilizado com finalidade educacional ou em atividades curriculares, é necessário que sua qualidade, interface e pertinência pedagógica sejam previamente analisadas de modo a atender às áreas de aplicação a que se destina e, principalmente, satisfazer às necessidades dos usuários, desenvolvendo a investigação e o pensamento crítico (Lucena, 1998).

Os softwares apresentados neste relato de experiências são considerados de Apoio

Pedagógico, por auxiliar o professor nos conteúdos de sala de aula nas variadas áreas de

7 - Os softwares aplicativos (editor de texto, planilhas, base de dados, software gráfico e para cálculo, etc...) oferecem a possibilidade de construção de macro-comandos similares aos procedimentos de linguagem de programação. Sendo softwares especializados, destinam-se a uma atividade com conteúdo preciso como esquematizar, classificar objetos ou resolução de problemas numéricos

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conhecimento, como o Dipity, Tikatok, entre outros. Feitas estas considerações sobre as

duas aplicabilidades dos softwares, a seguir relataremos como foi a implementação do

projeto PDE na escola..

5 Implementação do Projeto PDE - A Experiência na Escola

A implementação do projeto caracterizou-se pelo tratamento específico de questões

relacionadas com as demandas de preparação de gestores e Equipe Pedagógica para o uso

dos softwares propostos (TimeS’Cool e BD-Pedagógico), nas atividades de gestão escolar

e no cotidiano da escola para que estes possam dinamizar o trabalho diário do ambiente

escolar.

Pensar em como otimizar o uso da Tecnologia Educacional na Organização, na

Gestão Escolar e no Processo Pedagógico, foi um dos desafios desta proposta. Nela,

abordamos três questões consideradas por nós, relevantes e problemáticas, enfrentadas no

dia a dia das escolas pelos gestores e suas equipes.

A primeira delas é a organização do horário das aulas, que é feito manualmente ou

sua confecção é terceirizado, o que gera gastos e perda de tempo. A dificuldade das escolas

na elaboração do horário deve-se a quantidade de informações que precisam lidar, como

prioridades do professor (mais antigo, aulas em outra escola, etc) que interferem

diretamente na elaboração do horário, além do número de turmas e diferentes disciplinas

para um mesmo professor. O Software TimeS’Cool já prevê todas estas questões,

superando estas dificuldades na organização do horário escolar.

A segunda questão envolve as dificuldades com relação ao controle pedagógico no

dia a dia dos alunos pelos Pedagogos que, ou o fazem manualmente, ou acabam

registrando duplamente, primeiramente no papel e depois no computador os dados

anotados, ou seja, realizam dupla tarefa. Esta sistemática, além de desperdiçar tempo

demasiado ainda causa atrasos e pode interferir em tarefas importantes referentes ao

contato pessoal com alunos ou acompanhamento pedagógico destes, além de prejudicar o

atendimento aos professores e suas atividades. Outra questão relevante refere-se à

transferência do aluno. Neste caso, o protótipo de software, se efetivado, auxiliará os

pedagogos a encontrar todos os dados referentes ao aluno que veio de outra cidade ou outra

escola, pois acessando o BD-Pedagógico ele encontrará os dados que precisa. Cabe dizer

que, hoje, para obter informações a respeito do educando, o pedagogo precisa ligar para a

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escola de onde o aluno é proveniente e conversar com o pedagogo daquela escola, ou

ainda, confiar nas informações fornecidas pelo aluno.

A terceira questão refere-se ao trabalho dos conteúdos desenvolvidos pelos

professores junto aos alunos, utilizando softwares e o laboratório de informática da escola.

Esta atividade não tem acompanhamento, ou fica apenas no âmbito de uso ou não destes de

recursos (quantidade). O que se percebe no contato com as escolas é que o professor

conduz o aluno ao laboratório de informática e propões que este pesquise sobre algum

tema. No entanto, na maioria das vezes, não há uma condução apropriada, visto que, não

há planejamento do que será feito naquele momento da aula, ou seja, não há um objetivo a

alcançar com as atividades realizadas utilizando a informática e também não há uma

metodologia para realizá-la. Falta então, um acompanhamento mais criterioso do que o

professor vem fazendo, e como vem fazendo, com relação ao uso pedagógico destes

recursos em sala de aula ou no laboratório de informática ou ainda uma orientação de que

modo isso poderia ser realizado.

Feita estas considerações, pode-se dizer em síntese, que esta proposta de trabalho

não se ateve apenas a um aspecto do uso de das tecnologias (software), pois o tema

motivador era “A Tecnologia Educacional na Organização, na Gestão Escolar e no

Processo Pedagógico”. Através deste trabalho, então, se propôs três soluções, e para isso se

gerou um material didático-pedagógico constituído dos seguintes elementos: o BD-

Pedagógico, a ser agregado ao SERE, um tutorial do software para criar horário escolar

TimeS’Cool e os roteiros de uso da tecnologia na escola para auxiliar o Gestor, a equipe e

por conseqüência o professor.

6 Relato das Ações Promovidas e Efetivadas no Projeto

O objetivo desta seção é relatar desde a concepção das atividades planejada durante

o processo de formação PDE, até sua implantação e análise de resultados. Cabe ressaltar

que o elemento motivador sempre foi à otimização do trabalho do gestor utilizando

tecnologias. As atividades realizadas são detalhadas a seguir.

6.1 A concepção do BD Pedagógico

Iniciamos o processo de concepção do BD Pedagógico a partir do momento em que

entramos em contato com pedagogos dos colégios onde se implementou a proposta PDE

(C. E. Wilson Joffre e CEEP). Essas informações também foram colhidas em outros

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estabelecimentos de ensino da rede estadual de Cascavel, além do conhecimento prático de

13 anos como assessora de tecnologia na CRTE. Através de questionamentos diretos às

Equipes Pedagógicas, investigamos que tipos de ações seriam úteis e necessárias em

relação ao uso das tecnologias para auxiliar o trabalho do pedagogo no dia a dia da escola.

Através desta investigação preliminar levantamos as questões informadas pelos pedagogos

do que eles precisavam e baseadas nelas, elaboramos e apresentamos o projeto de

implementação na Escola pelo professor PDE (neste caso a autora da proposta).

Obtivemos o pedido dos pedagogos das escolas para pensarmos em um software

que pudesse registrar todos os dados referentes à vida estudantil do aluno, cujos registros

ainda são feitos em fichas, de forma manual.

Iniciamos a busca por informações, sobre os dados constantes no SERE, junto a

SEED, ainda no início do processo de formação PDE em maio de 2009. Este primeiro

contato foi com uma pessoa que atuava junto ao SERE. Na época, esta pessoa nos

informou que quem poderia nos auxiliar melhor seria o Departamento de Tecnologia, visto

que, desde o início já se tinha a percepção de que o software a ser desenvolvido, o BD-

Pedagógico, deveria estar relacionado ao SERE uma vez que os dados referentes ao aluno

já ali disponíveis, poderiam e deveriam ser aproveitados, facilitando o trabalho do

pedagogo.

Contatamos então, o coordenador do DITEC/CAUTEC8 que nos informou que

dentro do serviço público, para que a implementação de um software ocorra, seria

necessário passar por vários processos burocráticos, o que exige tempo (podendo ser anos).

Sendo assim, seria mais simples amadurecermos previamente a proposta através de do

desenvolvimento de um protótipo do Software e após isso, encaminhar então a proposta ao

departamento que controla o SERE, que é a Celepar9 (essa conversa foi feita via

webconferencia).

Entramos então em contato com a responsável pelo SERE no NRE de Cascavel,

ocasião em que pudemos conhecer todos os dados, referente ao aluno, existentes no

sistema. Com este levantamento verificamos que algumas informações sobre dados

pedagógicos do aluno não existiam no SERE. No entanto, há no SERE, um apanhado de

informações, a respeito do aluno que são usados pelas secretarias e que, constatou-se,

também poderiam ser usados pelos pedagogos. São dados gerais, como nome e endereços,

8 – Ditec – Departamento de Tecnologias e Cautec – Coordenação de Tecnologia 9 – CELEPAR – Companhia de Informática do Paraná

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entre outros, mas que não atendem às especificidades decorrentes do trabalho do pedagogo.

Obtivemos informações que já foi pensado em uma forma de auxiliar o pedagogo com os

dados que ele necessita ampliando o banco do sistema, porém até aquele momento, nada

havia sido efetivado. Atualmente, o que há de disponível são alguns acessos como teste

(com uma senha geral), para que os pedagogos visualizem alguns dados dos alunos como o

histórico escolar apresentado como um rol de notas. No entanto, segundo as pedagogas

consultadas, este tipo de informação é confusa e de difícil utilização.

Apresentamos também para a coordenação de tecnologia do Estado SEED/DITEC,

a idéia do desenvolvimento do software protótipo e o intuito de que o mesmo fosse

implementado com conexão ao SERE. Nessa ocasião, a idéia foi considerada viável e

também recebeu parecer favorável da coordenação de tecnologia a esse desenvolvimento.

Porém sugeriram que fosse primeiramente desenvolvido o protótipo e após análise com

pedagogos seria possível levar os resultados a SEED com argumentos mais sólidos para

solicitar sua efetivação

Depois desse levantamento de dados, no contato com a orientadora do PDE na

UNIOESTE, retornamos novamente aos pedagogos para analisar a possibilidade de criação

desse protótipo. Mais uma vez confirmaram sua importância e, a partir de então,

organizou-se todos os dados colhidos e criou-se uma proposta do BD-Pedagógico

(Anexo1).

O BD Pedagógico, como já mencionado é um software protótipo que, em síntese,

se constitui em um banco de dados que, quando efetivada sua versão final, deve estar

agregado ao SERE, no sentido de utilizar os dados ali já existentes, em especial os dados

pessoais dos alunos, além de seu histórico escolar.

Esta sistemática de adicionar dados pedagógicos ao SERE facilitaria e tornaria

prático o trabalho dos pedagogos, pois estes dados não precisariam ser digitados. Bastaria

adicionar os dados faltantes (dados do controle Pedagógico), como as informações

referente a saúde, dados sociais do aluno, problemas surgidos durante a vida estudantil, a

foto, assinatura do responsável pelo aluno, o controle eletrônico da frequência que

resolveria muitas questões referentes a reprovações por falta, atrasos, cabular9 aula, que

são complicadores da vida estudantil, com todas as possibilidades acompanhadas e

9 - Trapacear nas aulas. Usar cábulas em exames. Diz-se do ou o estudante que não estuda nem frequenta assiduamente as aulas. Que ou o que se esquiva a cumprir as suas obrigações ou deveres. Ardiloso. Mentiroso Falta de aplicação nos estudos ou no trabalho. Anotação usada fraudulentamente como auxílio num exame. Artimanha para se escapar de uma obrigação. (Dicionário Priberam, 2010)

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encaminhadas para possíveis soluções pelos pedagogos, ficando registradas nas fichas dos

alunos, hoje feito tudo manualmente, ano a ano.

O fato de realizar este trabalho de forma manual foi considerado pelas autoras

como principal justificativa para a proposição do BD-Pedagógico. Cabe ainda, ressaltar o

fato da existência e disponibilidade de rede de acesso à Internet nas escolas, o que

facilitaria não só a manutenção, como o acesso aos dados e seu compartilhamento por

todas as escolas do Paraná.

Portanto, defendemos através deste trabalho, que a concepção do BD-Pedagógico é

interessante não apenas para as escolas onde se fez o estudo de caso, mas, concretizada sua

agregação ao SERE, ele pode ser disponibilizado a todas as escolas do Estado do Paraná. É

preciso que se diga que o BD-Pedagógico foi idealizado como um software que obtém

dados que já estão disponíveis no SERE. No entanto, a título de análise da proposta deste

software, e considerando que não se tem acesso técnico às bases de dados que compõem o

SERE, o BD-Pedagógico foi elaborado já apontando os dados que seriam obtidos através

do SERE, mas sem que esta funcionalidade fosse efetivada. O que se concebeu foi que,

através do BD-Pedagórico, seria possível que as informações acessadas destes dados (via

senha) poderiam ser obtidas e alimentadas a partir de qualquer escola, de forma eletrônica

através da Internet. Esta funcionalidade atenderia aos pedagogos agilmente, e contribuiria

na superação de uma difícil atividade manual que é a de controle pedagógico dos alunos.

Forma-se, assim, um banco de dados do aluno acessível, onde ficam guardadas as

informações de um ano para o outro, o que ajuda muito o trabalho do pedagogo, que não

precisará mais fazer manualmente um mesmo trabalho todo ano. Além disso, se teria um

histórico pedagógico dos alunos, independentemente da escola onde ele estuda.

6.2 A Concepção e Definição do Uso de Outros Recursos Pedagógicos

Os demais recursos trabalhados nesta proposta nasceram de necessidades

encontradas durante as acessórias da autora na CRTE, onde, nos diálogos com os

pedagogos, gestores escolares, estes sempre questionaram, se não existia um software que

poderia ajudá-los na dificuldade de criar o horário escolar e também, algum roteiro, de

como usar o laboratório de informática (um passo a passo), ou seja, um encaminhamento

pedagógico que auxiliasse os professores, onde os pedagogos poderiam se utilizar para

acompanhar o trabalho dos mesmos. Assim sugerimos o TimeS´Cool, que já conhecíamos

de pesquisas feitas no trabalho e criamos roteiros baseados em atividades que

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desenvolvíamos durante nossas oficinas da CRTE. Os AVAs, sugerimos porque

percebemos que os pedagogos e o ADMLocal, sempre nos questionam sobre referências de

sítios que pudessem ser passados a eles e que, eles então, sugeririam aos professores

quando solicitado.

Todo o trabalho pensado e desenvolvido durante o PDE foi apresentado na escola

através de uma oficina com os Gestores e membros da Equipe Pedagógica, onde

trabalhamos cada um dos itens propostos. Eles são descritos a seguir.

6.3 O Software Protótipo BD-Pedagógico

Feito todo o levantamento exposto anteriormente. Determinados todos os dados que

deveriam constar no protótipo. Foram identificados quais dados deveriam ser obtidos

através das bases de dados já existentes no SERE e quais dados deveriam efetivamente ser

preenchidos pelos pedagogos. Buscamos a efetivação técnica do protótipo, através da

orientadora do projeto, com dois acadêmicos, voluntários do curso de Ciência da

Computação, para que pudéssemos avaliar o proposto. Estes acadêmicos elaboraram várias

versões do software protótipo, e as telas apresentadas a seguir ilustram sua última versão

(utilizada na oficina realizada nas escolas).

As três primeiras telas apresentam os dados que já constam no SERE. Isto se fez

necessário uma vez que precisávamos posteriormente obter uma avaliação dos Pedagogos

quanto a todos os dados necessários a respeito dos alunos a serem viabilizados através do

BD-Pedagógico. Em outras palavras: era preciso mostrar aos participantes da oficina, a

proposta como um todo do BD-Pedagógico, para que não houvesse dúvidas com relação a

sua concepção: a de que não seria necessário digitar todos os dados a respeito de todos os

alunos da escola. Esta questão é importante visto que alimentar um software demanda

tempo e a sua utilização apenas complementando dados o torna viável e efetivamente útil

aos usuários finais, os pedagogos.

Para que não haja interferência dos pedagogos nos dados que a secretaria utiliza é

necessário que o sistema, a exemplo do que já é feito no SERE, separe os usuários por

senha, com possibilidade apenas para visualização, sem modificações e adição de novos

dados. Assim, os dados necessários, mas pertencentes à secretaria podem ser visualizados,

impressos, utilizados pelos pedagogos, mas, não modificados por eles. Essas questões são

ilustradas através das telas 1, 2, 3 e 5.

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Em segunda instância é preciso que se dê destaque à questão do fato de que se

concebe que, através do BD-Pedagógico, estes dados poderiam ser acessados de qualquer

escola do Paraná. Assim, caso o aluno se transfira não há necessidade de contatos por

telefone, como é feito atualmente, para obter informações do aluno.

Em terceiro lugar, cabe mencionar, a segurança dos dados: já que o controle se faz

via SERE, haverá uma senha específica para cada tipo de usuário (secretário, pedagogo)

cada um com a visualização apenas do que é pertinente a ele. Exemplificando, o aluno

poderia visualizar apenas as notas nos finais de bimestre, os pais as notas e os registros

referentes ao aluno como atrasos, advertências e comunicados, e ainda separar o acesso da

Secretaria e do Pedagogo sem um interferir no trabalho do outro.

A primeira tela do BD-Pedagógico traz os dados referentes a localização do aluno

no estado do Paraná.

Tela 1 – Dados do SERE referentes ao Núcleo Regional de Educação – NRE

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Fonte: Software Protótipo BD-Pedagógico

Tela 2 – Dados do SERE referentes ao aluno

Fonte: Software Protótipo BD-Pedagógico

As telas 2 e 3 apresentam os dados referentes a filiação, endereço, contato, deficiência

física, situação civil e trabalho, também estão cadastrados no SERE.

Tela 3 – Dados Pessoas dos Alunos que também se encontram disponíveis no SERE

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Fonte: Software Protótipo BD-Pedagógico

Tela 4 – Dados de cunho estritamente Pedagógico relacionados a questão Social

Fonte: Software Protótipo BD-Pedagógico

Estes dados se tornam importantes a partir do momento que a vida social do aluno

interfere no seu desempenho escolar.

Tela 5 – Histórico Escolar de Desempenho disponíveis no SERE

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Fonte: Software Protótipo BD-Pedagógico

Estes dados relativos às avaliações e desempenho escolar, apresentados por notas e

freqüência do aluno também estão disponíveis no SERE, que o pedagogo necessita saber ,

especialmente num conselho de classe ou em finais de Bimestres e Ano Letivo.

Tela 6 – Dados sobre a Saúde do Aluno que interfere no desempenho escolar

Fonte: Software Protótipo BD-Pedagógico

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As telas 6 e 7 são dados estritamente pedagógicos, que fazem parte do diagnóstico

do desempenho escolar do aluno. Trata-se de dados que não constam no SERE e que

podem ser agregados (proposta do BD-Pedagógico), juntamente com outras funções

(sugeridas na implementação), como o controle digital da freqüência, encaminhamento do

acompanhamento pedagógico aos pais e assinatura digital no caso de comparecimento dos

pais a escola e relatórios das ações pedagógicas encaminhadas pelo pedagogo para solução

dos problemas dos alunos com relação a comportamento e outros.

Tela 7- Dados de Acompanhamento Pedagógico do Aluno

Fonte: Software Protótipo BD-Pedagógico

6.4 O Software para Elaboração do Horário Escolar TimeS´Cool

Todo início de ano letivo, a escola necessita apresentar um horário de aula aos

professores e alunos. Esta questão sempre interfere na organização do trabalho da escola.

Ter um programa que elabore o horário é um dos pedidos dos Gestores e Equipe

Pedagógica. Como conhecíamos o software TimeS´Cool, que está disponível somente on

line (http://timescool.lotimiza.com/) e pode ser usado gratuitamente para elaboração do

horário escolar por qualquer pessoa, criamos um tutorial de como elaborar horário através

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deste software e levamos para a escola para conhecimento e manuseio dos pedagogos e

gestores.

O Horário Escolar elaborado no TimeS’Cool, auxilia na produção dos horários de

todos os turnos de funcionamento da escola, obedecendo prioridades dos professores,

como tempo de serviço e também dias em que estão em outras escolas, ou não podem dar

aula em um determinado horário, não permitindo que o professor seja posicionado com

aulas em duas turmas simultaneamente, assim facilita sua criação e utilização pelos

pedagogos, pois estes são responsáveis por esta tarefa.

Tela 8 – Tela de Abertura do TimeS’Cool

Fonte: http://timescool.lotimiza.com/

Neste primeiro quadro mostrado pela flecha, acrescentada na tela 8, estão todas as

informações referentes à elaboração do Horário Escolar, desde o cadastro até o passo a

passo da elaboração do horário.

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Tela 9 – Horário Escolar no TimeS’Cool

Fonte: http://timescool.lotimiza.com/

O TimeS’Cool, trabalha de uma forma simples e prática (basta seguir o passo a

passo), visto que as ações na construção do horário são sequênciais. Este software pode

efetivamente ajudar os pedagogos nessa elaboração, que demanda tempo demasiado

quando feita manualmente, como é feito nos estabelecimentos onde o projeto foi

implementado, e onde se tornou possível auxiliar a Gestão Escolar, levando a proposta de

utilização deste software.

6.5 Roteiros Pedagógicos

Nas escolas, geralmente nos deparamos com questionamentos de como fazer para

usar adequadamente o laboratório de informática e a Tv Multimídia e ainda, se há um

roteiro que auxilie no processo de apresentar ou fazer uma aula mais dinâmica com o

auxilio destas tecnologias disponíveis. Sendo assim, criamos alguns roteiros pedagógicos,

ilustrados através das imagens das figuras 10 e 11, (apresentadas na seqüência) tanto para a

Equipe quanto para o professor , no intuito de auxiliar no preparo de aulas com uso das

tecnologias (softwares+Internet), um vídeo ou mesmo a Tv Multimídia.

Todos os Roteiros Pedagógicos foram analisados e avaliados pela gestão da escola

e sua equipe e disponibilizados para os mesmos.

Os roteiros apresentam quatro encaminhamentos de como utilizar o laboratório de

informática tanto nas questões técnicas quanto pedagógicas.

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O roteiro 1, trata especificamente, do uso do laboratório, passo a passo como

preparar uma aula para ser trabalhada no laboratório de informática.

O segundo roteiro mostra como criar uma página para ser publicada na Internet.

O terceiro roteiro traz encaminhamentos para criar um vídeo de um conteúdo de

qualquer disciplina.

Por último, mostrou-se o roteiro que o professor deve apresentar ao aluno sobre a

atividade a ser trabalhada, por ele no laboratório, passo a passo.

Tela 10 – Roteiro Pedagógico – Parte 1

Fonte: Criação dos Roteiros e Imagens - Janice Parizotto

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Tela 11 – Roteiro Pedagógico – Parte 2

Fonte: Criação dos Roteiros e Imagens - Janice Parizotto

6.6 AVAs

Para usar tecnologias (computador e Internet) precisamos conhecer alternativas e

ferramentais que possam nos ajudar a apresentar uma metodologia de trabalho diferenciada

ou ainda como tornar a aula no laboratório interessante sem ser somente pesquisa na

Internet. Quando questionamos os gestores escolares e Pedagogos sobre o que eles

conheciam a respeito de AVAs, para sugerir seu uso aos professores, constatamos que os

mesmos praticamente não sabiam sobre suas funcionalidades. Sendo assim, ficou

evidenciado que os mesmos não podem sugerir ao professor alternativas de recursos que

podem ser utilizados usando o laboratório, para que este apresente uma forma diferente de

trabalho no laboratório, porque eles próprios não sabem como proceder. Assim,

apresentamos e disponibilizamos no site do colégio alguns ambientes que podem ajudar a

tornar a aula mais agradável e interessante através da utilização de AVAs.

Os AVAs sugeridos e apresentados durante a oficina feita na implementação do

projeto na escola foram os descritos no Anexo 2. Dois deles são mostrados a seguir na

figura 12.

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Tela 12 - AVAS de Criação de História em Quadrinhos e Linha do Tempo

Fonte: www.tikatok.com Fonte: www.dipity.com

Os AVAs Tikatok e Dipity são ambientes virtuais que podem ser utilizados em

qualquer área do conhecimento. O Tikatok é um criador de história em quadrinhos onde

você elabora histórias usando recursos ilustrativos do ambiente ou pode ainda inserir

recursos pessoais como imagem, texto, links, sons e vídeos. O Dipity trabalha a linha do

tempo, onde o professor pode construir com seus alunos um histórico dentro de um

determinado conteúdo de sua disciplina apresentando o levantamento desde o surgimento

de tal fato até o momento presente.

O professor pode adaptar o Tikatok ou o Dipity a qualquer nível educacional, desde

a educação infantil até nível de pós-graduação, estabelecendo objetivos e níveis de

dificuldades, de acordo com o grupo com quem ele está trabalhando.

Estes ambientes virtuais de aprendizagem foram apresentados aos pedagogos como

uma opção de ferramenta (software) on-line, para que eles pudessem indicar aos

professores como uma opção de recurso para trabalhar com os alunos e desenvolver dentro

dos roteiros uma metodologia diferenciada de trabalho, com mais criatividade e

dinamismo. São ambientes que podem ser usados em qualquer disciplina do conhecimento,

pois o professor organiza o trabalho no nível dos alunos e enfatizando a sua área de

trabalho.

Há que se destacar também que estes ambientes auxiliam na divulgação do trabalho

feito na escola, pois existem ambientes virtuais como blogs e portais que podem ser

utilizados como meio de divulgação dos projetos e trabalhos realizados na escola, o que faz

com que se tenha um histórico do trabalho desenvolvido pelos professores e alunos.

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Pode ainda, dar publicidade aos trabalhos feitos pelos alunos e professores, pois

isso divulga e valoriza o trabalho pedagógico.

6.7 Resultados sobre a Oficina de Implementação

Realizamos uma oficina em cada escola participante do Projeto, levando a proposta

trabalhada no projeto para que fosse implementada na escola. Utilizamos os roteiros

pedagógicos que auxiliam a Equipe Pedagógica a encaminhar e acompanhar o trabalho dos

professores, no uso das tecnologias; apresentamos o Software Protótipo BD-Pedagógico

para que fosse analisado pelos Gestores e Pedagogos quanto sua validade e aplicabilidade:

trabalhamos a criação do horário escolar usando o software livre TimeS´Cool, para que

este seja um instrumento de trabalho da Gestão e Equipe Pedagógica e ainda mostramos

alguns AVAs, para que os participantes pudessem conhecer diferentes possibilidades de

aplicabilidade da tecnologia e pudessem, com isso, auxiliar os professores.

No processo de implementação na escola, onde se realizou uma oficina para

apresentar todos os materiais desenvolvidos e encaminhar as possíveis formas de utilização

na escola, obtivemos pareceres favoráveis, de todos os participantes, quanto ao BD-

Pedagógico, sendo este, considerado um instrumento de trabalho que trará agilidade no

trabalho da Equipe Pedagógica, organizando as informações consideradas por eles morosas

e difíceis de serem obtidas. Propuseram que seja implementado, realmente via SERE e que

seja adicionada a funcionalidade de inserção da foto do aluno, a assinatura digital, além do

controle de freqüência dos alunos na escola. Sugeriram ainda que se tivesse acesso via

senha para Pedagogos, Pais e alunos, cada um com informações pertinentes a sua função.

Afirmaram que acreditam realmente que se esse software estiver disponível no SERE,

dinamizará o trabalho do Gestor, da Equipe e conseqüentemente o trabalho do professor.

Quanto aos roteiros, consideraram útil ao trabalho, uma vez que organizam e

otimizam o uso das tecnologias na escola, tanto pela equipe quanto pelo professor. Já sobre

o TimeS’Cool consideraram uma ferramenta que vai modificar a maneira de criarem o

horário escolar, já que com o tutorial eles poderão criar e modificar os horários da escola a

qualquer momento sem empenhar tanto tempo Administrativo.

7 Considerações Finais

Pensar no uso otimizado de determinados softwares pelos participantes do ambiente

escolar envolve questões sobre o uso destas nas tarefas da gestão educacional (parte

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burocrática) e também do fazer pedagógico (acompanhamento dos alunos e professores),

além das aplicabilidades e resultados em sala de aula.

O uso organizado dos recursos tecnológicos, principalmente de softwares (livres)

amplia as possibilidades de melhorias sobre a metodologia utilizada pelo professor,

otimizando investimentos financeiros de maneira que possam organizar o trabalho

pedagógico de forma competente, evitando atrasos nas atividades planejadas, perdas

históricas e de projetos e, ainda, agilizam tarefas cotidianas da gestão escolar e do

ambiente escolar.

Através da implementação da proposta vinculada ao programa PDE, foi possível

promover momentos que propiciaram aos gestores participantes o conhecimento não

apenas de algumas ferramentas de softwares, interessantes e úteis, mas também e

principalmente, buscou-se o envolvimento dos conceitos e benefícios da gestão

democrática no uso das Tecnologias Educacionais, pensando em direcionamentos e formas

adequadas de usos das mesmas. Apresentamos e analisamos roteiros de acompanhamento

do uso das tecnologias com o objetivo de ajudar os gestores e sua equipe na tarefa diária de

organização do trabalho escolar.

Exploramos recursos tecnológicos existentes e disponíveis gratuitamente que

podem ser usados em benefício da ação pedagógica e ainda, o que poderia ser feito no

âmbito da Gestão Escolar para melhorar o atual acompanhamento pedagógico do trabalho

do professor através do uso da tecnologia. Diante de todas estas questões pontuais

relacionadas ao processo tecnológico no ambiente escolar implantamos o projeto na escola

para que pudéssemos auxiliar ou fomentar um maior aproveitamento do uso das

tecnologias ali presentes.

Com relação ao BD-Pedagógico, a expectativa é a de que os resultados deste

trabalho cheguem a SEED5 para análise e que ela possa, além de implementar o BD-

Pedagógico, estendê-lo a todas as escolas da Rede Estadual.

Os AVAs apresentados, segundo os participantes, forneceram uma visão das

diversas possibilidades metodológicas do uso das tecnologias pelo professor. E, ainda, a

produção do horário foi considerada fundamental na organização da escola e no auxílio à

Gestão escolar. O uso do TimeS’Cool a partir do projeto foi considerado de muita utilidade

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para a escola e equipe, pois esta tarefa (fazer o horário escolar) é sempre um transtorno

para a escola.

Os roteiros e os softwares aqui citados, trabalhados na implementação do projeto,

teve grande aceitação na avaliação no GTR – Grupo de Trabalho em Rede. Consideraram

que a proposta ajudará a equipe pedagógica e os gestores das escolas agilizando o trabalho

e resolvendo as questões de controle dos dados dos alunos, bem como a produção do

horário escolar, além do acompanhamento pedagógico do professor.

Acreditamos assim, pelas avaliações e pareceres recebidos, que esta proposta, pode

não só auxiliar a escola, mas poderá transformar, se aplicadas, alguns aspectos do trabalho

escolar pela Gestão, Equipe e professores, inserindo assim a escola no processo digital de

acesso e transmissão das informações.

O programa promoveu muito crescimento pessoal durante a participação no PDE, e

na formação profissional, onde buscamos conhecer e desenvolver o tema relacionado ao

trabalho desenvolvido na CRTE, ampliando com isso, as possibilidades de apresentar

possíveis soluções à problemas encontrados durante muito tempo nas escolas, no que ser

refere ao uso otimizado das tecnologias, discutidas e trabalhadas no projeto. O que se

pretende é buscar junto com a Ditec um encaminhamento para a proposta do BD-

Pedagógico, para que este realmente seja viabilizado para as escolas, pois acreditamos ser

um meio de realmente organizar e auxiliar os gestores e suas equipes.

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9 Referenciais Bibliográficos

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianchini de; MORAN, José Manuel (orgs). Integração das

Tecnologias na Educação. Brasília: Posigraf, 2005.

DIPITY. Timeline. Disponível em: http://www.dipity.com/. Acesso em: 10 de fevereiro,

2010.

LUCENA, Marisa. Diretrizes para uma Capacitação do Professor na Área de

Tecnologia: Critérios para Avaliação de Software Educacional. URL:

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T., BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas

Tecnologias e Mediação Pedagógica. São Paulo: Papirus, 2000.

MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Gestão escolar" (verbete).

Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora,

2002, http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=37, Acessoe em 10 de

março, 2010.

PORTAL DIA A DIA. Diretrizes Curriculares Estaduais. Disponível em:

<www.diaadia.pr.gov.br >. Acesso em: 23 de maio, 2009.

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TIKATOK. Every Clild has a History. Disponível em: < http://www.tikatok.com/>. Acesso

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TIMES’COOL. Horário Escolar. Disponível em: < http://timescool.lotimiza.com/>.

Acesso em: 18 de junho, 2009.

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ANEXO 1

Organização dos Dados para a Construção do Software BD-Pedagógico

1 Ficha de Acompanhamento Escolar Dados Núcleo/Estabelecimento de ensino Código do NRE: ______________________________________________________ NRE: _______________________________________________________________ Código do Município: __________________________________________________ Município: ___________________________________________________________ Código do Estabelecimento: ______________________________________________ Nome da Escola: _______________________________________________________ Turma: Sere Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite 2 Dados Pessoais do(a) aluno(a) * Sugestão feita na análise e avaliação dos Pedagogos – FOTO DO ALUNO Código do(a) aluno(a): Sere _________________________________________________ Nome do(a) aluno(a): Sere __________________________________________________ Data de nascimento: ____/_____/_______ Sere Sexo: Sere ( ) M ( ) F Deficiência: - Qual?: Sere ___________________________________________________ Nome da Mãe: Sere ________________________________________________________ Nome do Pai: Sere _________________________________________________________ Telefone oficial: Sere_______________________________________________________ Endereço completo: Sere ____________________________________________________ Estado Civil: Sere_________________________________________________________ Nacionalidade: Sere _______________________________________________________ 3 Dados Sobre o Desempenho Escolar - Histórico * Visualização do Histórico por ano Ano Nº Série Turma Turno Resultado

* Visualização por Disciplina/Bimestres Série: Turma: Ano:...................... Turn: Disciplinas A Bio Fis Geo His LP Mat Q Resultados 1º Bimestre Faltas Média Anual

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* Sugestão feita na análise e avaliação dos Pedagogos – Visualização das notas dos alunos pelos pais 4 Dados específicos da equipe pedagógica 4.1 Pessoais Telefone do(a) aluno(a): (00) 0000- 0000 Email do(a) aluno(a): algué[email protected] Endereço de residência do(a) aluno(a): Sere _______________________________________ Idade: ( ) SERE Grau de parentesco do responsável com quem o(a) aluno(a) mora: ( ) Pais ( ) Tios ( ) Avos ( )Amigos ( ) Parentes Telefone do responsável; ( 00) 0000-0000 Sere E-mail do responsável: algué[email protected] Local de trabalho dos Responsáveis: Sere _______________________________________ Situação conjugal dos Pais: ( ) Casados ( ) Separados ( ) viúvos ( ) Solteiros O(a) aluno(a) Trabalha? ( ) Sim ( ) Não Período : ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite Local de Trabalho: ______________________________________ Fone do Trabalho: (00) 0000-0000 Oriundo de que estabelecimento:_________________________________ Situação Civil do(a) aluno(a): ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Separado 4.2 Social Melhores Amigos – Nomes:______________________________________________ Motivo da escolha: _____________________________________________________ São das Escolas: ( ) Sim ( ) Não Tem acesso a computador mais Internet: : ( ) Sim ( ) Não Onde: ( ) Escola ( ) Em casa ( ) Trabalho ( ) Lan House Participa de atividades Sociais;: ( ) Sim ( ) Não Onde?: ( ) Clube ( ) Escola ( ) Igreja ( ) Org (projetos, Rotary, etc) Tipo de Atividade Social ( ) Teatro ( )Esporte ( ) Banda de Música ( ) Grupo de Jovens(religioso) ( ) Outos: _____________________________________ 4.3 Saúde e Físico: Tipo Sangüíneo: ( ) A ( ) B ( ) AB ( ) O RH: ( ) + ( ) - Problemas de Saúde: ( ) Coração ( ) Epilepsia ( ) Diabetes ( ) Hemofilia ( ) Tiroidismo ( ) Outros Quais: ______________________________ Alergias? ( ) Sim ( )Não A que?: ____________________________ Uso de Medicamentos Contínuo: _________________________ Problema Crônico: ( ) Sim ( ) Não Tratamento: ____________________________________________________ Pratica Esporte?: : ( ) Sim ( ) Não Qual?: ___________________________________________________________ Na Emergência avisar:_______________________________________________ 4.4 Encaminhamento Pedagógico Dados Referentes ao comportamento disciplinar do aluno ( ) Não trouxe Materia l ( ) Conversas em demasia ( ) Cabulou Aulas ( ) Atrasos freqüentes ( ) Saídas Antecipadas ( ) Agressão Verbal a colegas ou professores ( ) Agressão Física ( ) Não faz Tarefas ( ) Danos ao Patrimônio Público

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Relação a Assiduidade ( ) Evadiu ( ) Faltoso ( ) Abandono Previdências ( ) Comunicado aos Pais – via sistema ( ) Encaminhou ao FICA * Sugestão feita na análise e avaliação dos Pedagogos – FREQÜÊNCIA DIGITAL (BIOMÉTRICA) COM AVISO IMEDIATO AOS PAIS PELO SISTEMA. Decisões Disciplinares ( ) Comunicou aos Pais ( ) Advertência Verbal ( ) Advertência Escrita ( ) Suspensão das Aulas ( ) Dias ( ) Encaminhamento ao Conselho Tutelar ( ) Encaminhamento ao NRE * Sugestão feita na análise e avaliação dos Pedagogos – BOM DESEMPENHO Aspectos Positivos do desempenho do aluno ( ) Freqüenta sempre as Aulas ( ) Traz todo o material ( ) Respeita o Regulamento Interno ( ) Assiduidade ( ) Participa em atividades Extra-classe ( ) Contribui com a escola com iniciativas e auxílio em ações necessárias a melhoria da escola. ( ) Representa a escola junto a comunidade em jogos, olimpíadas, gincanas, mostras, feiras, etc ( ) Participa de projetos na escola e representando a mesma Quem Encaminhou: ___________________________________________________________ Quem Registrou: _____________________________________________________________ Observações Gerais: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data: _____/______/________ * Sugestão feita na análise e avaliação dos Pedagogos – ASSINATURA DIGITAL (Idêntica ao Detran) DOS PAIS E ALUNO

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ANEXO 2

AVAs – Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Blogs Softwares Educacionais

Apresentado a Escola – Gestão e Equipe Pedagógica sugestão de AVAs, os quais estamos

disponibilizando abaixo.

SlideShare (slides) - http://www.slideshare.net/ - Ferramenta de apresentação de

silides online: com texto e imagens.

Voki (áudio) - http://www.voki.com/;

Dipity - http://www.dipity.com/, Trabalha historicamente com os fatos,

acrescentando imagens, sons e texto através da linha do tempo

Toondoo - http://www.toondoo.com/; – Cria histórias em quadrinhos.

Issuu - http://issuu.com/, - Livro virtual, onde você cria suas páginas com textos e

imagens.

Tikatok - http://www.tikatok.com/ - Histórias em Quadrinhos

Portal dia a dia – Site da Escola e ambientes de material pedagógico

Portal do Professor - http://portaldoprofessor.mec.gov.br-

Blogs – www.wordpress.com ou www.blogspot.com

Avatar – Criar um

http://secondlife.com/whatis/avatar/

http://secondlife.com/?v=1.1

http://www.mundotecno.info/noticias/como-criar-um-avatar-no-second-life