DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · do estudo da linguagem é possível explorar as demais...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ- FAFIPAR
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
jonatanygor.blogspot.com/2009_08_01_archive.html
PROFESSORA ROSE XAVIER DA COSTA MASCARENHAS
PROFESSOR ORIENTADOR ADILSON DO ROSÁRIO TOLEDO
Curitiba - PR2010
ROSE XAVIER DA COSTA MASCARENHAS
O USO DO RAP NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Produção didático-pedagógica, apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, sob a orientação do Professor Adilson do Rosário Toledo da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá.
Curitiba - PR2010
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PARA O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIDADE DIDÁTICA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Rose Xavier da Costa Mascarenhas
Área PDE: Língua Portuguesa
NRE: Curitiba
Orientador : Prof. Ms. Adilson do Rosário Toledo
IES vinculada: FAFIPAR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Protásio de Carvalho,E.F.M.
Público Objeto da Intervenção: Alunos de 7ª séries do Ensino Fundamental
TEMA: O USO DO RAP COMO GÊNERO TEXTUAL PARA EXPLICAR A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
TÍTULO: O USO DO RAP NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
SUMÁRIO
Apresentação............................................................................... .................05
Introdução......................................................................................................07
Objetivos específicos.....................................................................................07
Fundamentação Teórica................................................................................08
Intervenção Didática.....................................................................................08
Os Gêneros Textuais....................................................................................10
O gênero musical RAP............................................................................11
A origem do RAP.....................................................................................11
A influência da cultura Hip-Hop/Rap.............................................................12
Atividades práticas de sala de aula...............................................................13
RAP "1967" de Marcelo D 2 ..........................................................................16
6.1 Análise Linguística.............................................................................16
6.2 Produção Textual...............................................................................18
. RAP " A Vida é um Desafio " dos Racionais....................................................20
Sugestões de atividades..................................................................................24
APRESENTAÇÃO
O trabalho será realizado no Colégio Estadual Protásio de Carvalho, E.F.M,
no município de Curitiba, com alunos da 7ª séries do Ensino Fundamental e, visa
contribuir para o desenvolvimento das aulas de Língua Portuguesa, pois através
do estudo da linguagem é possível explorar as demais áreas do conhecimento.
Nesse sentido, propõem-se atividades sobre a importância do uso do RAP
em sala de aula. O objetivo é trabalhar as músicas dos raps como gênero
privilegiado para conscientizar o aluno sobre as variantes linguísticas e evitar as
discriminações, com o intuito de construir uma escola cidadã que preza pelo
respeito à diversidade. Outro fator relevante, é propiciar a inclusão escolar das
minorias através da valorização cultural.
A contestação da ordem social e a denúncia da violência presentes nas
letras desse gênero musical fazem parte de um movimento de valorização da
negritude que tomou corpo a partir da década de 1960. Observa-se nitidamente a
influência africana nos ritmos marcados e repetitivos, como a força da palavra, e
especialmente da palavra cantada.
No Brasil, convive-se com uma grande desigualdade social e cultural, e,
uma das funções da escola é diminuir essa desigualdade existente que trás junto
a discriminação, quer linguística, quer racial, quer social.
E o RAP é, realmente, um gênero textual que alerta para a discriminação
em nosso meio. Através do Rap tentar-se-á tratar a variação linguística dentro
da sala de aula, que também é uma forma de discriminação e que está presente
no dia a dia de nossos alunos, especialmente aqueles das classes minoritárias.
No Brasil existem muitas variantes, sejam dialetais ou sociais e isso gera
muitos preconceitos.
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Assim sendo, deve-se trabalhar essas diferenças, como também,
aproximar as práticas culturais dos alunos das atividades escolares, com o intuito
de proporcionar-lhes a oportunidade de atuar de forma positiva, contribuindo para
a transformação social.
Rose X. C Mascarenhas
Professora PDE
PROF. Ms. Adilson do Rosário Toledo
Orientador
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende tratar do uso inclusivo do RAP como gênero
musical privilegiado nas aulas de língua portuguesa. Por outro lado, como gênero
textual, o Rap pode ser utilizado para explicar a variação linguística em sala de
aula.
Vamos tomar como exemplo, a letra da música " Eu tiro é onda" (Marcelo
D2), transcrita abaixo:
Eu vim do Rio de Janeiro à Nova York levado pelo somNo Andaraí, no Brooklin, só tem sangue-bom
Vou te explicar como é que eu faço pra sair dessa merdaEu tô sempre ligado, e mantenho minha mente aberta
Com dinheiro é muito fácil, todo mundo é feliz, eu quero vê tira onda sem dinheiro como eu fiz...
Percebe-se, a partir do texto, que o Rap é um gênero musical entre a
linguagem e o meio sóciohistórico.
Uma vez que o RAP é uma das formas de expressão cultural de uma
parcela de nossa população, é preciso que o professor entenda essas tendências
e saiba como tratar as diferenças e indagações desse gênero textual nas aulas de
Língua Portuguesa. Tratar o RAP em sala de aula nada mais é do que abordar a
variação linguística, posto que o RAP apresenta muitas características da
linguagem afro-brasileira.
1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.Salientar a importância da leitura crítica no contexto escolar, utilizando como
recurso didático o gênero música para o desenvolvimento intelectual, acadêmico
e social do educando, levando-o a refletir sobre as práticas.
2. Desenvolver o senso crítico dos alunos e sua habilidade criativa.
3. Investigar a relação entre o RAP e o discurso oral.
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4. Mostrar que a linguagem não é um sistema rígido, e sim determinada pela
situação discursiva em que o usuário se insere.
5. Conscientizar a comunidade escolar da importância do uso das habilidades do
Rap na sala de aula.
6. Propor práticas de análises linguísticas que desenvolvam a oralidade e a
leitura e a escrita.
7. Construir uma escola cidadã pelo respeito à diversidade .
8. Analisar as relações discursivas de tratamento do interlocutor.
9. Oferecer oportunidade para que os alunos apresentem suas produções,
principalmente na composição poética veiculada pelo RAP.
10. Propiciar momentos de contato com diferentes possibilidades linguísticas para
expressar-se sobre determinado tema.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICAEsse trabalho seguirá os pressupostos da variação linguística presente em
Labov (1972), na interface com as pesquisas sociolinguísticas de Bagno (2009)
Tarallo(1990) e Antunes(2009), para a aplicação pedagógica da variação
linguística em sala de aula.
Parte-se da premissa que a variação linguística é um processo de evolução
do sistema gramatical de uma língua e não deve nunca , ser tratado como
deficiência ou empobrecimento da língua.
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3. INTERVENÇÃO DIDÁTICA
O gênero RAP está sendo levado à sala de aula, com o objetivo de
possibilitar a inclusão escolar e social através do uso deste gênero, como gênero
apropriado para as discussões em torno do que é variação linguística, e do que
são formas variantes.
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Os estudos de Língua Portuguesa privilegia mais a linguagem formal do
que a língua informal. Porém é necessário estabelecer que existem diferenças
que se concretizam nos diversos falares. Estas diferenças estão presentes nas
letras dos RAP. O mais importante de tudo é preservar, no ambiente escolar, o
respeito pelas diferenças linguísticas, insistir que elas não são erros e até mesmo
tentar, mostrar a lógica linguística delas.
É papel do professor despertar em seu aluno o interesse pela informação,
o senso crítico, o gosto pela cultura, etc, e deve estar sempre buscando recursos
e metodologias inovadoras. O RAP pode ser um desses recursos.
Ao utilizar o RAP em sala de aula o professor deverá rejeitar com firmeza
toda e qualquer atitude discriminatória, seja de que for, em relação as variantes
linguísticas( os falares diferentes desprestigiados).
Muitos profissionais da educação encaram o hip hop, (e o RAP) como uma
manifestação que só transmite "violência, faz apologia ao crime e ao tráfico de
drogas" em si. Mas ignoram que o hip hop tem finalidades específicas a várias
disciplinas, por exemplo: na matemática poderá ser utilizada na estrutura da base
musical na qual se desenvolve o RAP; na Educação física o RAP pode ser visto
na corporeidade do break; na História pela voz sujeitos que a vivenciam.;a
Literatura e a Língua Portuguesa pela poesia; na filosofia pela ética prescrita nas
letras; na Geografia pela descrição dos bairros; na Sociologia por meio das
formas de relacionamento social entre os grupos; na Educação Artística em meio
à expressão visual do grafite.
Esta intervenção didática prevê o uso do Rap na sala de aula como gênero
textual que serve para a análise linguística, a produção oral, a leitura e a escrita.
Na produção oral e na leitura os alunos irão refletir sobre aspectos próprios
dessa modalidade de língua, sobre as características de certos gêneros orais,
sobre os níveis de formalidade de cada situação
Na produção escrita e objetivo é tornar os alunos competentes produtores
de textos. Para isso, eles são estimulados a refletir sobre três pontos básicos em
um processo de produção textual: o autor, o destinatário, e o objetivo a que se
destina.
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Na produção textual o aluno deverá ter clara a intencionalidade, a
valorização da interlocução (troca de idéias, experiências, vivências, etc)
promovendo a socialização dos textos e Raps produzidos.
O trabalho com os gêneros orais (entrevistas; debates; gírias) deve ser
consistente. O conteúdo de sua participação oral do aluno deverá ser bem
avaliado, pois não é simplesmente ensinar o aluno a falar, emitindo opinião ou em
conversas com os colegas de sala de aula. Tentar-se-á observar a argumentação
do aluno, como ele defende seu ponto de vista, o papel do locutor e do
interlocutor na prática da oralidade. O(A) professor(a) deverá deixar sempre bem
claro para o aluno o gênero estudado.
O produto final desta intervenção será representado pela composição de
RAP pelos alunos.
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4. OS GÊNEROS TEXTUAIS
Os gêneros textuais são formas de manifestação linguística orais e
escritas, produzidas pelas pessoas nas diferentes situações sociocomunicativas,
que são nomeados em razão de suas características de função (objetivo),
conteúdo (tema), estrutura (organização) e estilo. Exemplos de gêneros orais:
conversa, piadas, poema, notícia, carta, entrevista, declamação, seminário, etc...
Exemplos de gênero escrito: receita culinária, fábula, piada, poema, notícia, carta,
entrevista, peça teatral, conto, ensaio escolar, o bilhete, entre outros.
Os gêneros se dividem em dois grupos: Primários e Secundários. Os
primários considerados gêneros orais, pertencentes à comunicação espontânea,
têm comunicação direta com o contexto imediato, podem ser exemplificados por
bate papo, conversa telefônica, bilhete, e-mails, etc. Quanto aos secundários,
são considerados gêneros escritos, de comunicação cultural mais elaborado,
exemplificados por editorial, sermão, romance, artigo científico, memorial, poesia
lírica.
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4.1 O GÊNERO MUSICAL - RAP
4.1.1A ORIGEM DO RAP
O termo RAP significa rhythm and poetry ( ritmo e poesia)
e é a expressão musical verbal da cultura hip hop. Teve sua
origem na Jamaica por volta de 1960, onde a população dos
guetos como não tinham nada para fazer, ouviam músicas em sistemas de sons.
Enquanto as músicas tocavam, uma espécie de Mestre de Cerimônia (MC)
discursava e mantinha a população informada sobre sobre a violência nas
favelas.
Em 1970, o RAP chega aos Estados Unidos trazido pelos jovens
Jamaicanos que foram obrigados a emigrar devido a uma crise econômica e
social que se abateu sobre a ilha. Musicalmente, a principal característica do
RAP é uma batida rápida e acelerada. A letra vem em forma de discurso, muita
informação e pouca melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da vida
dos habitantes de bairros pobres das grandes cidades, sendo o texto mais
importante do que a música.
Pode-se citar como componente do RAP: o primeiro é o MC (Mestre de
Cerimônia) é o cronista de periferia, o segundo é o DJ (Disk Jockey) é o
instrumentista do hip hop que toca e acompanha os MCs, o terceiro é o graffiti
que representa a arte plástica e visual, e o quarto é o Break, que significa dançar
com movimentos quebrados e o quinto elemento é a mensagem positiva.
Existem algumas noções importantes no RAP que serão esclarecidas a
seguir.
SAMPLES Samples são recursos presentes no RAP, que são pequenos "pedaços" de
outras músicas, covers (pré-gravadas), e inseridas digitalmente numa "nova"
música. Os samples tanto podem ser da parte instrumental de uma música como
pode ser de vocais.
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Ilustração 1: foto da autora
FREESTYLEFreestyle é o modo de cantar o RAP de forma improvisada. Numa disputa
vence, aquele que versa melhor, baseado nos versos de seus adversários.
GANGSTA RAPGangsta RAP com letras duras e brutais, logo ganhou espaço na mídia.
Eles falam sobre a brutalidade da polícia, sobre os problemas que afetam as
comunidades, as rixas que acontecem no gueto, e sobre o tráfico, que é o
comércio mais ativo na maioria das periferias. Seus representantes são: Snoop
Dogg. LL Cool J, Sean Puffy Combs,Cypress Hill, Coolio, entre outros.
4.2 A Influência da cultura Hip-Hop/RAP
u11873474 fotosearch.com.br
Quando anda-se pelas ruas, depara-se com elementos da cultura hip-hop.
Seja ao olhar os cartazes que anunciam shows de diversos grupos, seja ao ouvir
o som forte das batidas da música RAP, seja ao observar as artes coloridas nos
muros, fachadas, como também nas escolas.
Observa-se as vestimentas largas e coloridas nos corpos jovens que
parecem dançar ao caminhar, e convive-se com gestos ritualísticos e modos
particulares de falar, cumprimentar e articular atividades afins.
O hip-hop está por toda parte e, portanto, estamos permanentemente em
contato com aspectos de uma cultura que, para além de um gênero musical, tem
sido inovadora ao combinar arte e política em favor da igualdade das relações
sociais e raciais.
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De várias formas, o objetivo do RAP é a denuncia dos altos níveis de
desemprego, a violência policial, a falsa democracia racial, a falência do poder
público, da imparcialidade das mídias. Em suas mensagens o RAP propõe a
busca de saídas e soluções para esses problemas. Uma das questões centrais do
hip-hop, ainda que não a única, tem sido, por meio de um discurso crítico,
descortinar histórias, construir identidades e suscitar o diálogo, tenso, é verdade,
com uma sociedade excludente e racista como no Brasil. Ocupar mais e melhor
os espaços e dar visibilidade às questões que afetam a vida das pessoas nas
periferias é um dos lemas do hip-hop. Ele surge, mais precisamente nas ruas dos
grandes centros, há mais de duas décadas, herdando características da cultura
musical jamaicana e novaiorquina, e de lá pra cá se espalhou pelo Brasil,
transformando-se e renovando-se ao estabelecer contato com os territórios
culturais onde pisa.
As letras de RAP trazem fatos concretos e dizem sobre questões
importantes para entendermos a sociedade em que vivemos. Por meio delas
parte da juventude tem aprendido linguagem, geografia, artes, cultura e história.
O hip-hop (RAP) se articula para acompanhar e propor debates e reflexões
que possam impulsionar atitudes e mudanças.
Em nosso país, vivemos um momento histórico no qual estão em curso as
discussões que envolvem as políticas em favor da promoção da igualdade racial.
Isso representa um marco na luta por reconhecimento e valorização da história e
cultura afro-brasileira e africana e na afirmação de direitos da comunidade negra.
Esse reconhecimento implica a necessidade de mudanças de discurso,
postura e relações sociais, que terão reflexos nas áreas trabalhistas, educacionais
e políticas, o que exige fomentar reflexões acerca da temática.
Nessa fato é que reside a importância da presente intervenção.
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5. ATIVIDADES PRÁTICAS DE SALA DE AULA
5.1 Pesquisa sobre o RAP e gêneros afins
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O gênero musical (e neste caso específico,o rap) tem muito a ver
com outros gêneros textuais, principalmente em seu conteúdo ideológico.
A aproximação com o universo da cultura Hip-Hop
suscita um conjunto de questões que podem ser tratadas por diversas áreas do conhecimento e disciplinas. Tomando-o como uma das formas de expressão contemporânea de cultura, arte e ação política, cabe realizar um processo investigativo de maneira a contextualizar sócio e historicamente seu surgimento e desenvolvimento visando ampliar os conhecimentos a respeito das linguagens que caracterizam a cultura.
5.2 SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Professor(a) Antes de iniciar-se as atividades didáticas propõem-se algumas práticas preliminares:
a) Levantar o que os alunos já sabem sobre o RAP para provocar a
ampliação dos conhecimentos;
a) Apresentar o histórico do RAP, e as principais classificações deste gênero;
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b) Abordar os quatro elementos do Hip Hop, na junção das quatro formas de
arte de rua: o grafite (pintura), o Break (dança); o RAP (ritmo e a poesia) e
o Disk Jóquey. e também mencionar que já existe o 5º elemento
(mensagens positivas). Todos os tópicos podem ser abordados
privilegiando o trabalho interdisciplinar com todas as disciplinas do Ensino
Fundamental mas e especial com Arte e Educação Física;
c) Organizar a sala em grupos de pesquisa, promova o levantamento dos
conhecimentos prévios, que os alunos já têm sobre o tema e, em seguida
elenque questões para uma pesquisa. Em pequenos grupos, os/as
estudantes busque ampliar seus conhecimentos e estabelecer relações
com outras produções culturais afro-brasileiras ou não;
d) Conhecer como o RAP estabelece relações com outros grupos culturais e
musicais: - roqueiros, sambistas, artistas plásticos, skatistas, jogadores de
basquete e outros. Professor solicite a um outro grupo de alunos que
defina esta abordagem;
e) Reafirmar que tratá-se do movimento hip hop no Brasil e isso implica
atentar para questões que envolvam as relações sociais, raciais, e também
de gênero. Sugerimos também, pesquisas e debates sobre a igualdade de
relações étnico raciais que possam ampliar a compreensão sobre o tema.
f) Do que falam as letras de RAP? Vale aprofundar as reflexões buscando
entender como se articulam, no hip hop, aspectos tais como desigualdades
econômicas e sociais, práticas educativas, questões da população jovem.
Este conteúdo poderá ser realizado pelo próprio professor. Um bom
exercício é analisar letras de RAP, sob diversas perspectivas, e comparar
os conteúdos das músicas com outros textos e também com a realidade
em sua volta.
Após a realização das pesquisas solicitadas aos alunos, propõe-se a discussão e socialização das informações e reflexão sobre o gênero debate.
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5.3 Como exercício de análise linguística, pode-se propor a seguinte atividade: analisar como aparecem as regras gramaticais, os estrangeirismos e as gírias nas letras do RAP.
viciodownloadnet.blogspot.com/2009/11/cd-down...
6. Apresentar o gênero musical RAP com o RAP “1967” do álbum “Eu Tiro
de Onda ”de Marcelo D-2 que pode ser encontrado no site WWW.vagalume.com.br
http://bocadaforte.uol.com.br/site?uri=letras detalhes.php&id=131
SAIBA MAIS... BIOGRAFIA DE MARCELO D2 retirado do site: http://www.muitamusica.com.br/567-marcelo-d2/biografia/
COMENTANDO A MÚSICA
Professor(a):
a) Fale para os alunos um pouco sobre a vida de Marcelo Maldonado Peixoto
(O Marcelo D-2 ) explique o porquê do uso do nome artístico Marcelo D-2;
b) Depois, escreva no quadro o título do RAP “1967” e faça um levantamento
de hipóteses com os alunos sobre o que este texto tratará. Anote no
quadro as hipóteses dos alunos;
c) Em seguida, coloque o CD da música para os alunos ouvirem;
d) Peça aos alunos que registrem em seu caderno o maior número de
palavras que ouviram, objetivando a escrita e oralidade.
Analisar o conteúdo ideológico das músicas.
Os compositores de RAP em geral abordam temas como: pobreza, miséria, abuso de poder, preconceitos, crime,desigualdade social,etc. Transgredir é parte desse contexto, por isso as regras gramaticais são tão pouco respeitadas e as gírias e estrangeirismos estão muito presentes, além da crítica que é sempre o ponto forte.
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Importante resgatar a idéia de que o RAP é uma combinação entre a linguagem verbal e a linguagem musical (ritmo e melodia). A escrita aparece como forma de registro da criação ou mesmo do processo de produção.
6.1 ANÁLISE LINGUÍSTICA
6.1.1 LÉXICO - SEMÂNTICA: Professor(a):
a) Entregue a letra do RAP 1967 ou escreva-a no quadro e solicite parque
seus alunos façam a leitura em voz alta.
b) Solicite aos alunos que pesquisem no dicionário o significado das
palavras desconhecidas.
c) Peça para que retirem do gênero RAP as gírias presentes, na letra do
RAP 1967 e discutam o significado das mesmas.
d) Retire do RAP os estrangeirismos e procure descobrir as origens e
significados dos mesmos.
e) Após a releitura do texto, explore a música a partir de algumas
perguntas dirigidas.
6.1.2 sugestões:
1) Você já conhecia este RAP?
2) Qual foi sua primeira impressão ao ouvir a letra do RAP?
3) O que você compreendeu?
4) O que esse RAP o faz lembrar?
5) Você gostou da música?
6.2. DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE: www.babooforum.com.br/forum/Caricaturas-t8696...
Professor(a)
a)Coloque a música novamente para os alunos ouvirem e, em seguida
solicite que cantem sem acompanhamento do CD para que percebam a
interação entre a linguagem oral e os outros recursos do RAP.
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b)O professor pode também analisar com seus alunos os seguintes aspectos no que se refere à construção da música.
1- Para que público foi construído esse RAP
2- É relato de quem?
3- Como é esse jovem?
4- Quem ou como são as pessoas a quem se refere?
Dicas para o professor
a) Divida a sala em 6 grupos e solicite aos alunos que descrevam o narrador
a partir das informações presentes na letra no texto ( família, escolaridade,
idade, como ele resolve os problemas quando falta dinheiro, etc);
b) A atividade acima pode ser apresentada oralmente por um representante
de cada grupo;
c) Relacione a música com suas vivências;
d) Analise o título do RAP 1967. Qual é o seu significado? Este significado
encontra seu verdadeiro sentido na história narrada? Justifique.
e) Discuta com a turma o conteúdo do texto, abordando a questão social e
levando-os a refletir sobre o tema;
f) Os problemas vividos pelo narrador são todos improváveis, absurdos? Comente.
6.3 PRODUÇÃO TEXTUAL
Vamos produzir:
http://cvssemprejovens.blogspot.com/
a) Os grupos fazem suas apresentações e entregam as produções escritas
b) Pedir aos alunos que retirem da letra do RAP 1967 as frases e que
percebam os falares ditos diferentes;
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c) Conversar com seus alunos para que se organizem para produzir. A
sugestão é de produção de um RAP em grupo;
d) Assim como a produção do D-2, devem elaborar um RAP em que façam
um relato de sua trajetória de vida (individual ou em grupo), conforme
sugestão do professor;
e) Caso não haver interesse na temática sugerida, os alunos podem optar em
produzir um RAP com outra temática sugerida pelo professor ( política,
educação, desemprego, inclusão, moradia, etc).
6.4 SEQUÊNCIAS DAS ATIVIDADES
6.4.1 ERRADO OU DIFERENTE?
masfg.wordpress.com/.../
Hoje quando desprezamos a linguagem de alguém, automaticamente
também estaremos desprezando este alguém, pois segundo as teorias de
linguagens tem-se a concepção de que não existe o certo e o errado, em termos
de linguagem. É claro que existe o falar diferente. Não existe uma única Língua
Portuguesa, mas sim várias línguas portuguesas, que tendo algo em comum nos
aproxima e, às vezes, até nos desentendemos, no entanto, existem várias
variantes.
Uma única pessoa tem variantes, mas o que importa, é ter um discurso
coeso, conciso, claro, de acordo com a faixa etária, a época e a localização
geográfica.
Há momentos de descontração e há momentos formais. E a linguagem,
então, vai sendo adequada a isso. 19
Na questão da linguagem, também devemos levar em conta o fator do meio
sociolinguístico. Por exemplo, a criança da periferia tem muito mais dificuldade
com a linguagem formal na escola, e não é porque ela seja menos inteligente. A
dificuldade existe porque ela, além de se alfabetizar, tem que aprender outra
língua, diferente da que estava habituada (texto extraído da revista mundo Jovem,
nov/2009-p.19).
6.5 Professor(a) agora vamos trabalhar uma parte do gênero musical
RAP sob o título: "A vida é Desafio" do grupo Racionais Mc's, que está
disponível no site:
http://www.vagalume.com.br/racionais-mcs/a-vida-e-desafio.html SAIBA MAIS... Pesquise a biografia do grupo Racionais Mc's
A Vida é Desafio Racionais Mc's
Eu sempre fui sonhador,E é isso que me mantém vivo.Quando pivete,Meu sonho era ser jogador de futebol, vai vendo.Mas o sistema limita a nossa vida de tal formaQue tive que fazer minha escolha: sonhar ou sobreviver.Os anos se passaram,E eu fui me esquivando do círculo vicioso.Porém o capitalismo me obrigou a ser bem sucedido.Acredito que o sonho de todo pobre é ser rico.Em busca do meu sonho de consumoProcurei dar uma solução rápida e fácilPros meus problemas: o crime. Mas é um dinheiro amaldiçoado,Quanto mais eu ganhava mais eu gastava.logo fui cobrado pela lei da natureza,Vish... quatorze anos de reclusão.O barato é loko"É necessário sempre acreditar que o sonho é possívelQue o céu é o limite e você, truta, é imbatívelO tempo ruim vai passar, é só uma faseE o sofrimento aumenta mais a sua coragemQue a sua família precisa de você 20
Lado a lado se ganhar pra apoiar se perderFalo do amor entre homem, filho e mulherA única verdade universal que mantém a féOlhe as crianças que é o futuro e a esperança Que ainda não conhece, não sente o que é ódio e ganânciaEu vejo o rico que teme perder a fortunaEnquanto o mano viciado, desempregado, se afundaFalo do enfermo, falo do sãoFalo da rua que pra esse louco mundãoQue o caminho da cura pode ser a doençaQue o caminho do perdão às vezes é a sentençaDesavença, treta e falsa uniãoA ambição como um véu que cega os irmãosQue nem um carro guiado na estrada da vidaSem farol no deserto das trevas perdidasEu fui orgia, ébrio, louco, mas hoje ando sóbrioGuardo o revolver enquanto você me fala em ódioEu vejo o corpo, a mente, a alma, espíritoOuço o refém e o que diz lá no canto líricoFalo do cérebro e do coraçãoVejo egoísmo, preconceito, de irmão para irmãoA vida não é o problema, é batalha, desafioCada obstáculo é uma lição, eu anuncio
É isso aí você não pode pararEsperar o tempo ruim vir te abraçarAcreditar e sonhar sempre é precisoÉ o que mantém os irmãos vivos.
[...]
6.5.1 COMENTANDO A MÚSICA• Questione os alunos se conhecem o grupo Racionais, e o que sabem
sobre o grupo;
• Depois, escreva no quadro o título do RAP “A Vida é Desafio” e faça um
levantamento de hipóteses com os alunos sobre o que este RAP tratará. E
anote no quadro as hipóteses dos alunos (questionamentos);
• Em seguida, coloque o CD da música para os alunos ouvirem;
• Peça aos alunos que registrem em seu caderno o maior número de
palavras que ouviram, objetivando a escrita e oralidade.
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7. Análise linguística I7.1. LÉXICO - SEMÂNTICA:
a) Professor(a):
• Entregue a letra do RAP " A Vida é Desafio" ou escreva-a no quadro e
solicite para que seus alunos façam a leitura em voz alta.
• Solicite aos alunos que pesquisem no dicionário o significado das palavras
desconhecidas.
• Peça para que retirem do gênero RAP as gírias presentes, na letra do RAP
" A Vida é Desafio" e discutam o significado das mesmas.
7.2. Análise do texto:Vamos entender o texto:
1) Dê o significado das palavras grifadas e das expressões abaixo:
a) "Quando pivete meu sonho era ser jogador de futebol".
b) "Você truta é imbatível"
c) "enquanto mano desempregado, viciado se afunda".
d) Na frase, "O barato é loko" qual é o significado desta expressão?
d) Dê o significado que mais se apropria à gíria "treta".
2) Responda:
a) Qual é a gíria que o autor utiliza para se referir à sua infância?
b) O que significa a frase:"...o sistema limita nossa vida"? Você concorda com tal
afirmação?
c) na frase: "tive que fazer minha escolha sonhar ou sobreviver", o autor
demonstra a dura realidade: ter que lutar por sua sobrevivência, mas qual é o
caminho escolhido por ele?
d) Qual foi a consequência de seus atos?
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e) Nestes versos, as palavras em negrito que foram destacadas, não utilizaram
a linguagem formal e sim a informal. Por que o autor fez uso desta
informalidade
f) Há no texto, alguma frase ou expressão que você e as outras pessoas de sua
faixa de idade utilizem para se comunicar? Se houver, transcreva-a.
7.3 ANÁLISE LINGUÍSTICA II:Professor(a), vamos aproveitar para trabalhar no texto, com a figura de
linguagem antítese:
Antítese: consiste no uso de palavras (ou expressões) de significados opostos, com a intenção de realçar a força expressiva de cada uma delas
1) Encontre e retire do texto frases que contenham a figura de linguagem
Antítese.
2) Classifique as conjunções das orações abaixo:
a) O sistema limita a nossa vida de tal forma que tive que fazer minha escolha.
b) Sonhar ou sobreviver.
c) Os anos se passaram e eu fui me esquivando do círculo vicioso, porém o
capitalismo me obrigou a ser bem sucedido.
7.4 Produção Textual:Professor(a) como sugestão, instigue seus alunos com as seguintes
perguntas:( respostas pessoais)
a) O que pode melhorar na vida dos jovens de hoje?
b) Que atitudes os jovens devem mudar e relação à busca de
seus ideais e de seus sonhos?
c) Que atividades culturais deveriam fazer parte da vida dos
jovens de hoje?
Agora, aproveite todo esse debate e sugira para que
seus alunos produzam um texto narrativo sobre uma história ou
um fato vivido ou presenciado por eles.
BOM TRABALHO!!! 23
Ilustração 2: foto da autora
Outras Sugestões de atividadesProfessor(a), que tal pedir aos alunos para pesquisarem vídeos que
abordem a variação linguística? Você poderá também instigá-los, a pesquisarem
os falares regionais, e a origem de cada aluno e de seus parentes.
Posteriormente poderá ser feito um varal com os regionalismos
encontrados e expor para a sala e como sugestão para a escola toda.
1. GÊNERO:ENTREVISTA
Existem diferentes tipos de entrevistas: de emprego, a médica, a
jornalística, etc. Sendo considerada um gênero oral. A entrevista é uma interação
entre duas pessoas (ou mais), cada uma com um papel específico: o
entrevistador responsável pela perguntas, e o entrevistado (ou entrevistados),
responsável pelas respostas.
A entrevista jornalística é a que costuma despertar maior interesse público,
ela é vinculada pelos meios de comunicação orais e escrito, como jornal falado da
tevê, o rádio, o jornal escrito, a revista e a internet. Antes de ser publicada em
revista ou jornal escrito, a entrevista geralmente é feita de forma oral, quando é
gravada e depois transcrita para a linguagem escrita. Nesta transcrição muitas
vezes são modificadas as falas originais.
Por outro lado a entrevista escrita requer um vocabulário formal e com
respostas informais.
Exibição de uma entrevista com M V BILL, e pedir que façam uma
comparação entre as entrevistas, sendo um dela escrita e a outra falada. Utiliza
os sites abaixo para baixar as entrevistas.
: http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/educacao-entrevista-01.asp,
http://www.rapnacional.com.br/2010/index.php/entrevistas/mv-bill/
http://www.rapnacional.com.br/2010/index.php/noticias/celso-
athayde-entrevista-mv-bill/ 24
neilimarte.blogspot.com/2008/03/mv-bill.html
Professor(a) você poderá escolher uma das entrevistas escritas,
como também, poderá procurar, no google, outro vídeo.
1º Proposta Apresente primeiramente a entrevista escrita para uma leitura individual de
preferência, caso não for possível, procure formar dupla, para a leitura. Procure
neste momento registrar no quadro o vocabulário desconhecido pelo aluno, e
neste momento procurar solucionar as dificuldades, através do dicionário.
2° PropostaAgora aproveitando as perguntas feita a M.V. Bill, procure comentar com os
alunos a respostas dadas.
a) O que na entrevista chamou mais atenção dos mesmos? Por quê ?
b) Quais os pontos positivos e negativos na fala do rapper?
c) Como o entrevistado defende seu ponto de vista?
Professor(a), você poderá formular outras intervenções.
3° Proposta Agora está na hora de apresentar o vídeo com a entrevista do MV. Bill .
Deixe-os assistir até o fim da entrevista, sem cortes,. Depois pergunte-lhes:
a) O que acharam?
b) Como o apresentador se dirige ao entrevistado;
c) Qual é o papel que ele( entrevistado) representa na sociedade?
4° PropostaAgora, discuta as entrevistas, estabelecendo relação com a entrevista
espontânea e a escrita. Qual foi a melhor das entrevistas? Por quê?
1.1 Reconhecendo as variedades linguísticasProfessor(a), você vai retomar as variedades presente na nossa língua, e
poderá analisar contextos de fala púbica e a variedade linguística que cada um
exige.
25
1.2 Sugestão para questionamento:
a) Será que todos os brasileiros têm a mesma forma de falar?
b) Será que se fala do mesmo jeito em todas as situações de uso da linguagem?
Há um jeito certo de falar?
Professor(a) não esqueça de mencionar ao seu aluno que é característica dos textos escritos, como também, em alguns contextos de produção oral como: conferências, entrevistas, aulas, discursos etc o uso da norma culta/padrão.
'
1.3 Análise Linguística1- Produção escrita
Agora é com você, vamos exercitar a produção escrita?
a) Redija um bate papo com um colega, convidando-o para
irem a uma balada.
b) Agora reproduza uma conversa entre dois velhinhos ou
velhinha que acabaram de se conhecer.
c) Redija um ofício ao diretor do colégio, pedindo autorização para a utilização do
espaço escolar para formação de um grupo de RAP.
Importante!
Professor(a), lembre-se: a faixa etária, a situação e o assunto determina a
linguagem que será utilizada pelos interlocutores.
1) Responda.
26
a) O texto produzido por um veículo de circulação como jornais, revistas etc,
exigem o uso da variedade padrão? Por que?
b) Na sua opinião, numa entrevista o entrevistador deverá trazer as perguntas já
impressas ou deverá perguntar de improviso?
2 - Produção oral
1.4 Estudando os diferentes usos da falaProfessor(a), peça aos alunos que observem as programações de rádio e
tevê e observem os seguintes aspectos nas diferentes situações de
comunicação:
● O planejamento da fala é planejada antecipadamente:pré planejada (PP)
ou não planejada (NP).
● A variedade linguística: formal ou padrão (F) - informal ou não padrão (I).
● O tipo de registro: oral ou menos formal (O)- escrito ou mais formal (E)
● O que diz e como se diz : língua culta (LC) - língua coloquial ou
espontânea (LE)
●
Agora peça que registrem suas informações no quadro abaixo:
planejamento da fala(
variedadelinguística
Tipo de registro
O que diz ecomo diz
1. Apresentador de um programa musical voltado para o público jovem, no rádio.2. Entrevista e entrevistador e um programa de tevê.3. Bate-papo no rádio.
4. Debate na tevê.
27 (tabela retirada do livro Novo Diálogo de Beltrão (2007, p.244)
2) Agora vamos apresentar o RAP " Lado bom " de autoria do
compositor paulista Ferréz. Trazendo uma mensagem de esperança para os
jovens que moram nas periferias.
Fonte: http://www.ferrez.com.br/lado%20bom.htm
alxrapgospel.blogspot.com/2010_01_01_archive.html
Lado Bom
Periferia tem seu lado bom
Manos, vielas, e futebol no campão
Meninas com bonecas e não com filhos
Planejando assim um futuro positivo.
Sua paz é você que define
Longe do álcool, longe do crime.
A escola é o caminho do sucesso
Pro pobre honrar desde o começo
[...]
Jogando bolinha,jogando peão
Vi nos olhos da criança a revolução
Que solta a pipa pensando em voar
Para não ver o barraco que era o seu lar
28
Periferia lado bom o que você me diz
Alguns motivos pra te deixar feliz
Longe do álcool, longe do crime
Sua paz é você que define
[...]
2.1 Trabalhando o texto
Caro professor(a):a) Passe as estrofes do RAP no quadro e depois peça aos alunos para
analisarem a letra do mesmo. Depois você professor(a) deverá ler o RAP, sempre
no primeiro momento como poesia e só depois toque a música.
b) Na primeira estrofe fala do "lado bom" da periferia. Questione a seus alunos
como seria então, o "lado mau" da periferia?
c) No verso " longe do álcool, longe do crime" da segunda estrofe, que figura de
linguagem foi empregada? Que efeito de sentido ela produz?
d) Na penúltima estrofe, afirma-se " vi nos olhos da criança a revolução" . Que
figura de linguagem foi empregada nesse verso? Para que ela foi usada?
2.1 Produção textual:
Peça para que os alunos produzam um texto de 10 linhas, aproveitando
somente a primeira estrofe do rap " o Lado Bom"..
29
CONCLUSÃO
Esta produção didático-pedagógica trata-se de uma proposta para o (a)
professor(a) empregar com os alunos, mas que podem ser acrescentados outros
itens e conteúdos de análise linguística, de acordo com o conteúdo do
professor(a). Sugiro como exemplo: MPB ou comparar o RAP americano com o
brasileiro. Aproveite também para comparar um rap com a poesia de Castro Alves
( Navio Negreiro).
O produto final a ser apresentado pelos meus alunos, será na forma de
um rap, que nada mais é do que um gênero textual. Pretendo apresentar à
comunidade escolar no dia das apresentações das atividades da Consciência
Negra.
30
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Menezes, Thais Toshimitsu, Beatriz Marcondes. 4. ed. - São Paulo
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31
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