DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
2
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
SANDRA MARA MANTOVANI
INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA: AS EMBALAGENS E O
ESTUDO DE GEOMETRIA
Londrina 2010
3
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
PROFESSOR PDE: Sandra Mara Mantovani.
ÁREA PDE: Matemática.
NRE: Londrina.
Professora Orientadora IES: Profa. Ms. Magna Natalia Marin Pires.
IES: UEL – Universidade Estadual de Londrina.
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Barão do Rio Branco –
EFM
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos da 5ª série do EF.
PROBLEMATIZAÇÃO: Como é possível desenvolver estratégias de
ensino que além de instrumentalizarem o aluno a relacionar eficientemente a
geometria com situações práticas do nosso cotidiano, também explore o
saber científico da matemática, utilizando embalagens e arte?
DEFINIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO: Turmas do Ensino
Fundamental da 5º série do Colégio Estadual Barão do Rio Branco- EFM.
4
Sumário
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 6
2. AS TAREFAS ......................................................................................................................................... 8
3. OS ALUNOS .......................................................................................................................................... 9
4. O PROFESSOR ...................................................................................................................................... 9
5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO .................................................................................. 10
6. QUESTÕES 6 1. INVESTIGANDO AS EMBALAGENS ..................................................... 12
1a Etapa .............................................................................................................................................. 12
2a Etapa .............................................................................................................................................. 14
3a Etapa .............................................................................................................................................. 17
4a Etapa .............................................................................................................................................. 19
6. 2. CONSTRUINDO OS POLIEDROS DE PLATÃO ................................................................. 20
6. 3. CONFECCIONANDO A BOLA DE FUTEBOL ...................................................................... 27
6. 4. GEOMETRIA E A ARTE DE TARSILA DO AMARAL ......................................................... 31
1a Etapa ............................................................................................................................................... 31
2a Etapa .............................................................................................................................................. 33
3a Etapa ............................................................................................................................................. 34
4a Etapa ............................................................................................................................................. 34
5a Etapa ............................................................................................................................................. 36
6a Etapa ............................................................................................................................................. 36
7a Etapa ............................................................................................................................................. 37
7. A GEOMETRIA NO TEMPO ......................................................................................................... 38
8. REFERÊNCIAS: ......................................................................... Erro! Indicador não definido.1
5
PRESENTAÇÃO
O presente material didático está articulado ao Projeto de
Intervenção Pedagógica - Investigação Matemática: As Embalagens e o Estudo
de Geometria.
Esse material apresenta atividades de investigação
matemática e uma proposta de trabalho com o conteúdo de geometria para o
Ensino Fundamental, que será desenvolvido com alunos de 5ª série do Ensino
Fundamental.
Uma atividade de investigação Matemática caracteriza-se por ser
uma situação aberta ficando a cargo dos alunos a responsabilidade de definir
os objetivos, conduzir seus experimentos, formular e testar suas hipóteses e
registrar as suas conclusões. São desenvolvidas em três etapas: apresentação
da atividade, realização exclusiva pelos alunos, discussão e reflexão sobre o
trabalho realizado. É uma oportunidade de fazer matemática como os
matemáticos a fazem, pois cabe ao aluno a escolha de qual caminho seguir.
Em seguida, será descrito e analisados os resultados obtidos.
Para realizar essa experiência, serão utilizados materiais manipuláveis como
uma estratégia de ensino. As atividades têm o objetivo principal de desenvolver
o raciocínio lógico matemático, preparando assim o aluno para desenvolver de
maneira significativa o conteúdo de geometria espacial.
A
6
1. INTRODUÇÃO
O grande desafio do processo ensino aprendizagem não é
simplesmente transmitir informações, consiste, sobretudo em formar alunos
críticos, capazes de solucionar situações problemas e aprender na prática
constante, a fim de construir este conhecimento. Por isso, a Matemática não
deve ser vista como algo inatingível, como se fosse um idioma desconhecido
ou a apresentação de uma partitura para um leigo em música.
Dessa forma acredita-se ser o conhecimento, o processo de
apropriação, voltado ao cotidiano da sala de aula. Já dizia FRAGA (1988, p.43):
"O discurso matemático desligado da vida cotidiana do aluno, não o estimula para explorar e conhecer a Matemática como um bem cultural criativo, real e prático."
O professor tem um papel importantíssimo no processo da
aprendizagem, ele deve propor atividades diversificadas de modo que desperte
no aluno a: criatividade, curiosidade, critica e questionamentos permanentes,
contribuindo assim para a sua formação como cidadão crítico e não apenas
para ser um instrumento do interesse e da vontade das classes dominantes.
Trabalharemos as atividades aqui propostas com base nessa
realidade, utilizando a estratégia de Investigação Matemática presente nas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná e acreditamos que
dessa maneira poderemos agregar, enriquecer e contribuir para o
desenvolvimento do educando. De acordo com as DCE (2008, p. 67):
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com certeza obterá resultados também diferentes.
7
A Investigação Matemática diferencia-se das demais tendências
por ser desafiadora e aberta, permitindo assim que os alunos apresentem
várias alternativas de exploração e investigação. Essa tendência, como
atividade de ensino-aprendizagem, portanto:
Ajuda a trazer para a sala de aula o espírito da atividade matemática genuína, constituindo, por isso, uma poderosa metáfora educativa. O aluno é chamado a agir como um matemático, não só na formulação de questões e conjecturas e na realização de provas e refutações, mas também na apresentação de resultados e na discussão e argumentação com os seus colegas e o professor (PONTE; BROCADO; OLIVEIRA, 2003, p. 23).
A geometria dentro da Matemática é uma área particularmente
propícia à realização de atividades de natureza exploratória e investigativa.
Para Freudenthal (1973), a geometria é essencialmente “compreender o
espaço” que a criança “deve aprender a conhecer, explorar, conquistar, de
modo a poder aí viver, respirar e mover-se melhor”. Pensando assim, a
geometria torna-se um campo privilegiado de fazer a matemática e de
realização de descobertas. É interessante que Freudenthal chame a atenção
para dois aspectos da riqueza da geometria que poderiam parecer
contraditórios, mas que na verdade se completam: por um lado, as descobertas
geométricas sendo feitas também “com os próprios olhos e mãos, são mais
convincentes e surpreendentes”; por outro lado, salientando a necessidade de
explicação lógica das suas conclusões, a geometria pode fazer sentir aos
alunos “a força do espírito humano, ou seja, do seu próprio espírito”.
Procuraremos trabalhar, com naturalidade, à manipulação de
materiais, e dessa forma esperamos que a geometria seja propícia a um ensino
fortemente baseado na realização de descobertas e na resolução de
problemas.
A riqueza e variedade da geometria constituem, de fato,
argumentos fortes para a sua valorização, é notável a variedade de formas
geométricas que os organismos vivos apresentam. Esta constatação teria
levado Platão a formular o aforismo,
8
Retirado do site users.prof2000.pt/zemaria/CINDERELLA/.../Tarefa_2.pdf , acesso
08/05/2010
2. AS TAREFAS
Serão desenvolvidas no segundo semestre do período
letivo, utilizando um terço da carga horária semanal (2h/s).
Deverão ser desafiadoras e provocativas.
Deverão ser trabalhadas de forma que estimule a
formalização do conceito das figuras.
"Por toda a parte existe a Geometria".
“Sim – terá confirmado o geômetra suíço Leonhard Euler (1707-
1783) – mas são precisos olhos para vê-la".
E diz-se que o italiano Joseph-Louis Lagrange (1755-1819) teria
acrescentado ao complemento de Euler:
"E inteligência para compreendê-la".
Parece-nos, porém (Malba Tahan, 1974), que a frase só ficaria
completa com este fecho: “... e alma de artista para admirá-
la".
9
3. OS ALUNOS
Os alunos deverão trabalhar em duplas ou em grupo (pelo
menos na maior parte do tempo), pois assim será mais propícia a interação,
para que possam discutir os processos e os resultados, favorecendo assim a
construção do conhecimento. Eles deverão participar das aulas promovendo o
respeito às opiniões dos colegas, diante das diferentes formas de
pensamentos. Durante as aulas eles terão que registrar tudo o que for possível
e no final da aula trocar suas informações com demais colegas da equipe.
4. O PROFESSOR
O professor tem papel decisivo na realização desse
trabalho. Ele terá que adotar uma postura para que haja participação na sala
de aula, segurança, troca de idéias, devera manter diálogo com os alunos
enquanto eles estão trabalhando com a atividade proposta, e no final cabe-lhe
conduzir a discussão coletiva. Ao longo de todo este processo, precisa criar um
ambiente propício à aprendizagem, estimular a comunicação entre os alunos e
assumir uma variedade de papéis que favoreçam a sua aprendizagem,
encorajando seus alunos na exposição de suas idéias e conseqüentemente o
desenvolvimento da construção do conhecimento matemático.
Para desenvolver esse trabalho o professor deve:
Ter os objetivos bem definidos e conduzir o trabalho para
tal, mesmo não podendo antecipar totalmente as reações dos alunos;
Conduzir o trabalho por meio de questionamentos,
discussão e reflexão;
Estar sempre muito atento para que o diálogo e as
discussões não se desviem do objetivo principal da atividade.
Durante o desenvolvimento das atividades é importante que o
professor ande pela sala, converse com os alunos quando estes solicitam
algum esclarecimento e acompanhem o desenvolvimento das atividades. É
importante orientar os alunos que podem existir outros caminhos interessantes
e que possibilitam chegar a um mesmo resultado.
10
5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O objetivo desse material didático é proporcionar aos alunos da 5ª
série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em
Londrina, Paraná, a produção de conhecimento por meio da aplicação dos
conceitos geométricos, realizando tarefas de cunho exploratório por maio da
Investigação Matemática.
A realização das tarefas nas duas turmas será dividida em dois
momentos: o momento de discussão, de produção e de registro escrito pelos
alunos e o momento de socialização, onde serão discutidos os resultados
obtidos pelos alunos.
As tarefas serão diversas, dentre elas teremos: confecção de
embalagens, poliedros e uma bola de futebol, a confecção desses materiais
será realizada com bases em experiências dos alunos com conteúdos de
Matemática da 5ª série, as dimensões dos objetos serão pré-estabelecidas
pelo grupo; representarão o quadro da Tarsila do Amaral utilizando sólidos e
resolverão exercícios que envolvam conceitos geométricos.
As tarefas anteriormente descritas possuem papel importante no
processo de ensino aprendizagem do aluno, pois visam promover a exploração
e investigação durante as aulas de Matemática além de requerer processos
complexas de pensamento, envolvimento e criatividade do grupo a que se
destinam. Cada tarefa possui enunciado e objetivo precisos e estruturados e,
além disso, espera-se que sejam os próprios alunos que definam e orientem
as discussões.
O foco desse trabalho será a investigação matemática, em que,
por meio da exploração de idéias simples, os vários exemplos/modelos
propostos, deverão ser trabalhados de forma que se estimule a formalização de
conceitos geométricos a partir da proposta inicial, enveredando-se pelos
caminhos que surgem como interessantes. Este último é divergente: “Sabe-se
qual é o ponto de partida, mas não se sabe qual será o ponto de chegada”
(FONSECA, 1999, p. 4).
Segundo (PONTE, BROCARDO, OLIVEIRA, 2006, p.25) a
investigação matemática envolve três fases:
11
1ª fase: introdução da tarefa, momento em que o professor faz a proposta
à turma.
2ª fase: realização da investigação.
3ª fase: discussão dos resultados, em que os alunos relatam aos colegas
o trabalho realizado.
O papel do professor em uma aula de investigação é fundamental,
pois ele deverá desenvolver ações como: desafiar os alunos; avaliar o
desempenho; incentivar o raciocínio matemático e apoiar o trabalho. Em cada
uma dessas ações, o professor deve acompanhar a turma, ou seja, dar
autonomia ao estudante, mas intervir como indutor da continuidade da tarefa,
ora entusiasmando e incentivando, ora redirecionando o foco ou avaliando os
passos no desenvolvimento do conhecimento, apontando questões,
reelaborando perguntas com os estudantes, provocando situações alternativas
de resoluções e caminhos diversos. Por isso, a postura do professor, na
condução de uma aula investigativa, assume várias faces. Ele deve se
assegurar de que todos os alunos compreendam bem as formas de
desenvolvimento e execução das tarefas.
Para que os alunos observem, explorem, discutam, descubram,
compreendam e internalizem de maneira bem consistente, as tarefas
propostas, estarão organizados em duplas ou em grupos e deverão ser
discutidas entre os colegas, e logo em seguida, a partir de debate promovido
pelo professor, confrontar as idéias e defenderem suas conclusões.
Na discussão dos resultados obtidos, é fundamental que o
professor oportunize momentos para que os alunos façam a reflexão sobre o
trabalho desenvolvido, analisem as conclusões obtidas e escrevam os
resultados encontrados.
12
6. QUESTÕES
6.1. INVESTIGANDO AS EMBALAGENS1
1a Etapa
Objetivos
Contextualizar o estudo dos sólidos geométricos
abordando seus usos sociais.
Desenvolver a percepção de regularidades por meio de
uma tentativa de classificação.
Introduzir, pela observação empírica, algumas
nomenclaturas para a classificação dos sólidos.
Promover a construção de conhecimentos de forma
participativa, possibilitando e estimulando a comunicação entre os alunos.
Materiais
Para a realização desta atividade é necessário dispor de uma
boa quantidade de caixas e embalagens vazias. Pode-se pedir para que os
próprios alunos as tragam, mas é importante que o professor também tenha
selecionado embalagens “típicas” e “exóticas” intencionalmente selecionadas
para provocar discussões ou sugerir abordagens. Também será útil a
utilização de modelos de sólidos geométricos.
1 Atividade inspirada no livro: Matemática já não e mais problema. Autoras: Daniela Jarandilha
e Leila Splendore, 3ª edição. Editora Cortez, 2006.
13
Desenvolvimento
Inicia-se a atividade pedindo para que os alunos, organizados
em grupos, proponham uma organização das embalagens, como se fossem
um comerciante que buscasse arrumar seus produtos em sua loja, de modo
que quando um freguês fizesse um pedido, seja fácil encontrar e pegar o que
ele deseja.
Os alunos, separados em grupos, devem discutir os critérios de
classificação que orientaram as organizações propostas. Para tal pode se
pedir que eles preencham um quadro em que cruzam informações sobre a
natureza do produto, forma e o material de que é feita a embalagem como o
que segue.
14
Material de que é feita a embalagem
Forma de
Embalagem Papelão Alumínio Vidro Plástico
Cilindro
Paralelepípedo
Prisma triangular
Cone
2a Etapa
(seqüência da primeira, utilizando os mesmos materiais e visando os
mesmos objetivos)
15
Desenvolvimento
A partir dos resultados registrados nos quadros e de sua
comparação, são propostos alguns questionamentos:
Por que é maior a freqüência de certas formas de
embalagens, especialmente paralelepípedo e cilindro em relação a outras,
como cone, esfera e pirâmides?
Quais as possíveis relações entre a forma e o material do
qual a embalagem e feita?
E sobre as relações entre a forma e o material da
embalagem e a natureza do produto que ela contém?
Sobre a primeira questão, pode-se observar que as embalagens
devem ter certa estabilidade, de forma que fiquem paradas nas prateleiras,
A discussão deve ser promovida entre os grupos e coordenada pelo
professor que pode produzir questionamentos auxiliares para ajudar a
encaminhar a discussão na direção esperada.
A comparação das embalagens com modelos de sólidos geométricos
pode auxiliar na definição das categorias a partir das quais se vão
classificar as formas das embalagens e subsidiar a discussão sobre a
relação entre a forma e a finalidade dos objetos.
16
sendo mais freqüente optar por formas que não rolam. Esta é uma boa
oportunidade para introduzir o vocabulário próprio da geometria, como a idéia
de face plana, de maneira que ele se apresente como um recurso que facilita a
expressão e não como um preciosismo de linguagem. Além disso, começa a
despontar aí um possível critério de classificação dos sólidos geométricos
(possuir faces planas, possuir todas as faces planas, não possuir faces planas,
possuir apenas uma face plana etc.), que não será tomado como meramente
arbitrário porque legitimado pela percepção e pela funcionalidade.
Outro aspecto que é considerado pelo fabricante na definição da
forma da embalagem de um produto é a economia de espaço. Isso será tanto
mais importante, conforme as exigências das condições de acondicionamento
e transporte. Mais uma vez, a manipulação dos modelos de sólidos e das
embalagens ajuda a identificar quais são os formatos de embalagens que
propiciam que, no empilhamento, aproveite-se o espaço da melhor maneira
possível, deixando poucos “buracos” entre elas.
Confrontando os aspectos da estabilidade em diversas posições e
a economia de espaço no empilhamento, as embalagens mais práticas
parecem ser mesmo as caixas tradicionais, ou seja, aquelas em forma de
paralelepípedo. Essa conclusão pode sugerir a exploração dos motivos pelos
quais no empilhamento de algumas formas sempre aparecerão buracos e no
de outras, não. A preocupação com o formato das pontas (vértices) e das
dobras (arestas) vem, então, aliar-se à consideração das faces, suscitando,
mais uma vez, questionamentos para cuja abordagem o estudo da Geometria
pretende contribuir.
Além disso, a pesquisa e a distribuição dos produtos pelo quadro
elaborado a partir dela há de evidenciar que aparecem, também com muita
freqüência, embalagens em forma cilíndrica. Pode-se notar que estas podem
rolar e sempre deixam espaço entre elas no empilhamento. Essa questão nos
levará a proposta da terceira atividade, já que para a sua análise será preciso
investigar a confecção de embalagens, em que se devem considerar as
facilidades e dificuldades de execução, levando em conta o material utilizado e
também a economia desse material, o que nos coloca diante das relações
entre volume e superfície externa.
17
Pode-se pedir para que os grupos redijam algumas
conclusões, desprendidas da análise dos quadros e da discussão sobre
aspectos funcionais das embalagens, a fim de que sistematizem aspectos
geométricos importantes desse processo que poderão ser retomados
posteriormente.
3a Etapa
Objetivos
Além dos objetivos anteriores, essa atividade pretende
estabelecer relações entre as figuras sólidas e planas e apontar para a
contribuição da passagem de um sistema ao outro (no caso, a planificação de
sólidos), e trazer à compreensão do espaço tridimensional em que vivemos.
Materiais
As mesmas embalagens das atividades anteriores, além de
papel grosso ou cartolina, lápis, tesoura e cola.
Desenvolvimento
Propor que os alunos desmontem algumas embalagens em
forma de cilindro ou de paralelepípedo (ou outras que tenham interesse) para
ver como elas foram construídas. Em seguida, eles devem “remontar” os
sólidos com cartolina (os alunos podem se dividir e utilizar a embalagem
desmontada para produzir um molde com cartolina e marcar na mesma os
“lados” do sólido inteiro para reconstruí-lo).
18
A relação entre superfície exterior e volume pode ser
colocada como um dos fatores mais determinantes, especialmente no caso de
o material de fabricação das embalagens serem mais caro.
Também pode chamar à atenção a utilização de outros
formatos mais incomuns, por exemplo, a caixa de Toblerone (em forma de
prisma triangular), as de certos tipos de chá que são prismas hexagonais,
embalagens de presentes piramidais, entre outras. Essas embalagens podem
ser submetidas às mesmas análises das condições de empilhamento,
confecção, aproveitamento do material, além das considerações dos aspectos
estéticos e de comercialização. Quando a atenção se dirige para as formas
geométricas cuja utilização de embalagens não é tão usual, podem surgir
novas especulações sobre o uso que se costuma fazer de cada uma delas e
em que situações (e por que) elas aparecem, quer sejam construídas pelo
homem, quer sejam moldadas pela natureza.
Não se esqueça professor que:
Eles devem comentar a experiência, comparando seus modelos e
materiais. Podem perceber que em cartolina, o paralelepípedo parece mais
fácil de construir, já que a construção da caixa cilíndrica exige mais
habilidade na hora de ajustar as duas “tampas” circulares. No entanto, deve-
se considerar que a confecção de embalagens cilíndricas é feita com
equipamentos e em escala industriais. A consulta ao quadro permite observar
ainda que as embalagens que tem a forma de paralelepípedo sejam, em geral,
de papelão, enquanto as cilíndricas são de metal, vidro ou matéria plástica. O
formato da embalagem também pode estar relacionado a razões culturais
como a tradição, a aceitação no mercado e outras estratégias de marketing.
19
4a Etapa
Objetivos
Construir um tipo de embalagem com uma logomarca
inédita.
Materiais
Papel grosso ou cartolina, régua, lápis, tesoura e cola.
Desenvolvimento
Divididos em grupos, os alunos criarão um departamento de
marketing de uma agência de propaganda fictícia, após estudo e análise
desenvolverá um produto fictício, abordando desde a idealização do produto
em si, a construção da sua embalagem com logomarca inédita, até sua entrada
no mercado. Ao final teremos diversos produtos desenvolvidos de acordo com
a realidade apontada pelos grupos, assim como suas respectivas embalagens
20
e uma campanha publicitária desenvolvida para cada um desses produtos. A
seguir, será feita uma exposição para a sala da embalagem confeccionada.
Avaliação
Ao final da atividade proposta o aluno deverá conter em seu
caderno um roteiro sobre os Sólidos Geométricos com alguns desenhos,
diferenciando corpos redondos de poliedros e citando as classificações dos
poliedros, sendo: prismas, pirâmides e poliedros. As anotações dos alunos
também devem conter o desenho e destaque dos elementos dos Sólidos
Geométricos. A expectativa referente ao aluno com essa atividade gira em
torno dele observar e gravar as classificações e elementos dos Sólidos
Geométricos, bem como vir a fazer distinções entre figuras planas e não
planas.
6.2. CONSTRUINDO OS POLIEDROS DE PLATÃO2
2 Atividade inspirada no Portal Dia a Dia Educação; Projeto AOC Autor (es): Leila Sueli
Thome Ferreira Ceebja Uepg - E Fund Med - Ponta Grossa. Núcleo: Ponta Grossa e do
site:www.malhatlantica.pt/... Solidos/solidos_geometr.htm
Atenção Professor!
Está atividade é muito importante para que os alunos interajam
com as embalagens e dessa forma com a geometria. O mais interessante será
observar a criatividade de cada um.
21
O que é um poliedro?
Trata-se de um objeto com muitas faces.
Um poliedro tem “bicos”, que são os ângulos poliédricos, e
faces planas, que tem formato de polígonos.
Um poliedro que tenha como formato das faces apenas
polígonos regulares, todos idênticos, e que também apresente todos os bicos
(ângulos poliédricos) idênticos entre si é um poliedro regular.
De um poliedro de Platão, exige-se que:
Todas as faces tenham formato de polígonos, regulares ou
não, mas com o mesmo número de lados;
Todos os bicos sejam formados com o mesmo número de
arestas.
Que Platão, por volta do século VI antes de Cristo, estudou certa
classe de poliedros; que vieram posteriormente, ser conhecidos como os
poliedros de Platão, entre os quais se incluem os poliedros regulares.
22
Quantos são os poliedros de Platão?
Sabemos que no espaço existem apenas cinco poliedros
regulares, que são denominados Poliedros Platônicos ou Poliedros de Platão.
Após essa pequena explanação sobre os poliedros é
interessante que os alunos construam e manipulem as representações dos
Sólidos Geométricos, para observá-los de forma mais clara. Será passado para
os alunos um vídeo sobre “Poliedros com Varetas” retirado do youtube
revistanovaescola, acesso10/03/2010.
Objetivos Específicos
Construir os Poliedros de Platão com varetas;
Manusear os Poliedros;
Os poliedros regulares são conhecidos assim porque, Platão faz
uma associação dos cinco poliedros regulares com os cinco elementos da
natureza. Ele associa o Tetraedro como "elemento de origem do Fogo", o
Cubo a Terra, o Octaedro ao Ar, o Icosaedro à Água e o Dodecaedro
representaria a imagem do Universo no seu todo.
Existem apenas cinco: Tetraedro, Cubo, Octaedro, Dodecaedro,
Icosaedro
23
Identificar elementos dos Poliedros, como: arestas,
vértices, faces;
Construir uma tabela com elementos dos Sólidos
Regulares;
Determinar regularidades na tabela dos Sólidos Regulares.
Materiais
Vareta cola vídeo, aparelhos de DVD e TV.
Procedimento
Após assistirem ao vídeo para instruções de construção dos
poliedros, a turma será dividida em sete grupos e iniciarão a construção dos
poliedros de Platão com varetas, em que cada grupo fará um tipo. O grupo que
irá construir o dodecaedro e o icosaedro terá uma quantidade maior de alunos,
devido à dificuldade para construí-los. Cada grupo deverá manipular seu
poliedro contando e registrando as quantidades de: faces, arestas, vértices e
arestas por vértices de suas construções. Em seguida será organizado um
quadro no quadro de giz para que possa ser feito um registro comum a todos, e
cada grupo apresentará seu Poliedro fazendo os devidos registros no quadro,
que poderá ser como o sugerido.
Nomes Nº de Vértices Nº de arestas Nº de faces
Tetraedro 4 6 4
Hexaedro 8 12 6
Octaedro
Dodecaedro
1 - Observe as seguintes representações de sólidos geométricos, converse
com o seu grupo, investigue e descubra:
24
Quais das figuras acima representam:
Poliedros? Pirâmides?
Cones? Prismas?
Cilindros? Não poliedros?
2 - Segue-se um quadro com a representação de um conjunto de poliedros.
2.1 - Qual das figuras do quadro acima representa um prisma pentagonal?
2.2 - Qual das figuras representa um poliedro com 6 vértices e 9 arestas?
25
2.3 - Completa a legenda relativa às figuras do quadro acima, escrevendo as
letras respectivas nos espaços em branco:
- prisma hexagonal; - prisma pentagonal;
- prisma octogonal; - prisma triangular;
- prisma quadrangular (não cubo); - cubo;
- pirâmide hexagonal; - pirâmide quadrangular.
3 - No quadro seguinte algumas das figuras representam planificações da
superfície fronteira de poliedros. Descubra essas figuras e escreva as letras
respectivas nos espaços em branco a seguir ao quadro:
- Planificação da superfície de uma pirâmide triangular;
- Planificação da superfície do cubo;
- Planificação da superfície do paralelepípedo retângulo;
- Planificação da superfície de uma pirâmide quadrangular.
4- Uma professora de Matemática decidiu que na festa de aniversário dos 6
anos de seu filho seriam distribuídos, como "lembrancinhas", pequenos
26
poliedros coloridos, feitos de madeira. Contratou um marceneiro para fazer 30
poliedros e lhe passou a seguinte orientação:
* Todos os poliedros devem ser regulares e a aresta de cada um deve medir 4
cm;
* 10 deles devem ser pintados de azul, ter 6 arestas e 4 vértices;
* Outros 10 devem ser pintados de rosa e ter 12 faces pentagonais;
* Os 10 poliedros restantes devem ser pintados de amarelo e ter 8 faces
triangulares.
De acordo com a orientação da professora:
a) Que tipos de poliedros o marceneiro deve confeccionar?
b) Quantas arestas terão o poliedro rosa?
c) Quantos vértices terão o poliedro amarelo?
Avaliação
Durante o processo de construção dos Poliedros, o professor
deverá percorrer os grupos verificando os seus encaminhamentos e avaliando
se os alunos completaram corretamente os dados no primeiro quadro que
envolve número de faces, vértices e arestas. O objetivo final da atividade vem
a ser a montagem do quadro pelo manuseio dos Poliedros construídos e assim
percebidas as suas regularidades.
27
6.3. CONFECCIONANDO A BOLA DE FUTEBOL3
Não tem futebol sem bola...
...nem basquete, vôlei, tênis e muitos outros esportes.
Muitos esportes são jogados com bola.
As bolas podem ser de vários tamanhos. Umas são pesadas,
outras leves, algumas de couro, outras de borracha, umas pulam e outras não
pulam. Em matemática, o nome que se dá ao formato das bolas que você
conhece é esfera e sua confecção é realizada através de várias figuras
geométricas. Segundo Morelli citado por Corrêa (2001, p. 35):
Antes, a vaquinha é que ia para o sacrifício. O couro de cada animal rendia seis bolas. Hoje as fábricas usam tiras de poliuretano, um tipo de plástico derivado do petróleo. O poliuretano é mais elástico do que o couro, tem espessura constante e não encharca tanto. Uma prensa especial corta o plástico em gomos de seis e cinco lados. Pegue uma bola e conte. São sempre trinta e dois pedaços (vinte hexágonos e doze pentágonos ). "A esta figura formada de 12 faces pentagonais e 20 faces hexagonais chama-se icosaedro truncado. O icosaedro truncado é um dos treze poliedros conhecidos como sólidos de Arquimedes" (FURUYA, 2002 ).
3 Atividade retirada do Portal Dia a Dia Educação; Projeto AOC Autor(es): Vera Lucia Botter
Jose Miranda Gomes, E M - Ed Inf Ens Fun - Santa Cruz Do Monte Castelo Núcleo: Loanda
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Objetivos Específicos
Reconhecer as figuras geométricas utilizadas para a
confecção da bola;
Identificar o sólido confeccionado;
Criar conceitos sobre corpos redondos.
Materiais utilizados
Balão de ar, tesoura, vídeo do youtube e cola.
1. Observando a bola que a equipe construiu, responda:
a) Qual o sólido geométrico que a bola de futebol representa?
b) Quais são as faces poligonais da bola de futebol?
c) Faca uma lista de coisas que tem o formato de uma esfera?
d) Sem contar, você é capaz de fazer uma estimativa de quantas faces
hexagonais e quantas faces pentagonais, são necessárias para confeccioná-a?
ATENÇÃO PROFESSOR
Após assistir o filme do
http://www.youtube.com/watch?v=Tu2YUjeUHls,
e ver a reportagem do site
www.webquestboladefutebol.com.br/atividade2.html,
que mostra como é confeccionada a bola de futebol, os alunos formarão
equipes de 5 alunos e darão início a construção, das figuras planas :
pentágono e hexágono.
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e) Por que a bola de futebol não pode ser confeccionada somente com
hexágonos, ou somente com pentágonos?
f) Faça uma pesquisa na internet e relate em um pequeno texto a história da
bola.
Obs.: Para a confecção da
bola de futebol, pode ser
utilizado balão de ar e
tecido de lona.
Planificação de um
a bola.
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6.4. GEOMETRIA E A ARTE DE TARSILA DO AMARAL4
Objetivos Específicos
Conhecer, comparar e identificar sólidos geométricos.
Estabelecer relações entre figuras espaciais e suas
representações no plano.
Desenvolver habilidades de percepção visual e espacial e a
utilização de instrumentos para desenhar sólidos geométricos.
Materiais utilizados
TV Pendrive, figuras geométricas, cola, tesoura.
1a Etapa
O professor terá que reproduzir a obra Calmaria II (1929), de
Tarsila do Amaral, em tamanho adequado para que todos os alunos possam
observá-la. Os alunos em grupos terão que discutir suas percepções diante do
quadro. Começar perguntando se alguém conhece a obra. Conte que a pintora
é brasileira, nasceu em 1886, em Capivari, interior de São Paulo. Mergulhe um
pouquinho na história da arte dizendo que a artista renovou a pintura brasileira
ao usar cores e formas e deixou marcado o mais autêntico sentimento
nacionalista. Você pode dar algumas informações e referências bibliográficas
para aqueles que desejam saber mais sobre a artista, mas tome cuidado para
4 Atividade retirada no site: www.mathema.com.br/e_fund_a/.../tarsila.html -
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não perder de vista seus objetivos. É importante que neste momento você
chame atenção de todos para:
As cores: como a pintora as usa; os efeitos que ela
consegue criar; a impressão que elas nos dão...
As formas: os sólidos geométricos que aparecem na
pintura; eles são iguais; os que estão atrás causam quais impressões...
Outros recursos usados pela pintora para termos a
sensação de “calmaria”.
Prepare um painel com os tópicos importantes que surgirem
durante a discussão. Esse painel deve ficar afixado na classe para consultas
durante o desenvolvimento das atividades.
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2a Etapa
Construindo Sólidos Geométricos
Divida a classe em grupos de quatro alunos, distribua um conjunto
de formas geométricas diferentes para cada um.
Cada conjunto é composto de figuras que representam as faces
de um dos sólidos geométricos que aparecem na obra: pirâmide de base
quadrada, pirâmide de base triangular e paralelepípedo. Mas não diga isso a
eles. Peça que abram seus envelopes e descubram qual sólido geométrico que
aparece na obra de Tarsila pode ser formado com as figuras que receberam.
Assim que descobrirem, proponha que, usando uma fita adesiva transparente,
montem o sólido geométrico. Promova uma conversa na sala, de forma que os
alunos explicitem como descobriram de qual sólido se trata, o que fizeram para
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obtê-lo, se basta juntar as figuras de qualquer forma. Guarde esses sólidos,
pois serão utilizados na quarta etapa desta seqüência didática.
3a Etapa
Conhecendo planificações
Organize a sala novamente em grupos e solicite que todos os
grupos montem um paralelepípedo com as figuras dadas na segunda etapa,
usando a fita adesiva transparente.
Após a montagem do sólido, cada grupo abrirá o sólido retirando
algumas fitas adesivas, e pode desmontar a embalagem que trouxe, de modo a
formar uma planificação. Nesse momento é possível discutir com os alunos se
nas planificações obtidas:
Foram usadas todas as figuras necessárias para a
composição do sólido;
A embalagem planificada apresenta as mesmas relações
com a que você construiu;
Todas as figuras estão presas umas às outras por pelo
menos um lado, nunca pelas pontas.
Peça que um aluno cole as duas planificações em um cartaz e
desafie os demais grupos a conseguir planificações diferentes.
Nesse mesmo cartaz, escreva ao lado das planificações os
nomes das figuras planas que nele apareceram. É um bom momento para
explicar que nos sólidos essas figuras são chamadas de faces. Nesse caso, o
paralelepípedo possui seis faces.
4a Etapa
O que são faces, vértices e arestas?
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Retome os sólidos produzidos pelos grupos na etapa 2 e peça
que os alunos identifiquem em cada um deles o número de faces e realizem
um registro contendo o nome do sólido e o desenho de cada uma das faces
que o compõe.
Informe aos alunos que também podemos identificar outros
elementos em um sólido geométrico, como os vértices e as arestas. Explique
que a aresta é um segmento de reta formado no encontro de duas faces.
Incentive-os a encontrar as arestas em seus sólidos geométricos e dizer
quantas possuem.
Pergunte se alguém sabe o nome que é dado em matemática
para as pontas dos sólidos. Caso não saibam, diga que chamamos de vértice.
Vértice é o ponto onde duas ou mais arestas se encontram. Peça que anotem
quantos vértices possui o seu sólido geométrico.
Os alunos poderão desenhar seu sólido, destacar os elementos
faces, vértices e arestas e anotar suas respectivas quantidades. Monte um
cartaz com os desenhos produzidos e uma tabela com todas as informações
obtidas com esta atividade.
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5a Etapa
Organizando o trabalho
Converse com os alunos sobre as atividades de geometria feitas
até aqui e peça que, em duplas e consultando os cartazes feitos nas aulas
anteriores, escrevam um texto contando o que aprenderam até agora. Você
pode escolher o estilo do texto que desejar: uma carta, uma história em
quadrinhos, uma poesia; enfim, tenha o cuidado de deixar claro o tipo de texto
e certifique-se de que eles saibam as suas características. Por exemplo, as
poesias têm uma estrutura diferente de uma carta. O que vocês sabem sobre
um texto que é uma poesia? Tem um título?...
6a Etapa
Ampliando o olhar
Proponha algumas atividades que permitam aos alunos
comparar sólidos geométricos e relacioná-los a formas presentes no
cotidiano, como a proposta a seguir:
1. Complete o quadro escrevendo todas as diferenças e
semelhanças que você observa em uma pirâmide de base quadrada e um
cubo (é importante que eles tenham estes sólidos à disposição para
consultá-los quando acharem necessário):
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Cubo Pirâmide
Semelhanças
Diferenças
7a Etapa
Um novo olhar para a obra da Tarsila do Amaral
Explique que os artistas, antes de realizarem suas pinturas,
fazem um esboço, que são espécies de rascunhos, de ensaio para fazer o
quadro final. No esboço, eles podem ver erros e consertá-los, fazer testes de
cores. Antes de fazer o esboço, retome com seus alunos aquelas observações
iniciais em que cada um falou sobre as cores usadas no quadro, que
impressões elas causam... Discuta com eles: como fazer para que os sólidos
sejam desenhados no papel e causem a impressão de profundidade? Faça
testes com esses desenhos e, se preciso, use uma malha pontilhada para os
primeiros esboços. É importante que a obra da pintora esteja sempre presente
neste momento, para que os alunos possam fazer comparações entre a
produção de cada um e a dela. Finalmente, cada grupo produz seu quadro,
eles podem utilizar embalagens. Exponha-os na escola e valorize o trabalho
realizado por todo o grupo.
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6.5. A GEOMETRIA NO TEMPO5
Apresentação do Problema
Imagine cada um de vocês cultivando terras divididas em lotes, às
margens de um rio. Na época das chuvas, o rio transborda alagando a terra e,
quando volta ao normal, deixa o solo fertilizado, bom para a agricultura. Como
as marcas dos lotes foram carregadas pelas águas torna-se necessário refazer
as demarcações.
Como vocês fariam para demarcar novamente o terreno?
De que maneira o homem demarcava suas terras, antes de
conhecer a forma utilizada atualmente?
5 Atividade inspirada www.parquedaciencia.com.br/sitemm/roteiros/orgaodossentidos.pdf
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Objetivo
Conhecer a história da geometria.
Materiais
Um caixote retangular, com areia;
Papel cartão;
Papel de celofane;
Malha quadriculada;
Régua;
Barbante;
Palitos de fósforo e de Picolé.
Experimentação
O professor contará a história das demarcações de terras no
antigo Egito que deu origem à Geometria. Os agricultores egípcios cultivavam
as terras que ficavam nas margens do rio Nilo, divididas em lotes. Na época
das chuvas, o Nilo transbordava alagando a terra e, quando voltava ao nível
normal, deixava o solo fertilizado, ideal para a agricultura.
Como as marcas dos lotes eram carregadas a cada cheia,
tornava-se necessário refazer as demarcações para que os lotes fossem
redistribuídos aos agricultores. Desta forma, medindo e desenhando terrenos,
os egípcios descobriram métodos e adquiriram conhecimentos que, depois,
foram aprendidos pelos gregos.
Após a história, cada grupo fará a demarcação do terreno como
os egípcios faziam.
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Discussão Coletiva
Os alunos deverão discutir sobre o trabalho realizado, falando de
suas dificuldades e descobertas, fazendo uma relação entre passado e
presente, descobrindo o nascimento da geometria.
Registro
Desenhar as formas geométricas encontradas nos terrenos
marcados, usando a malha quadriculada.
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Referências:
CORRÊA, Roseli de Alvarenga. "Por dentro da bola", Reflexões sobre a prática pedagógica do professor de matemática. Revista da Sociedade Brasileira de Matemática. São Paulo, ano 8, n. 11, p. 34-40, dez. 2001
FONSECA, Maria da Conceição F. R, et al. O ensino da geometria na escola fundamental – três questões para a formação do professor dos ciclos iniciais. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
FONSECA, H.; BRUNHEIRA, L.; PONTE, J. da. As actividades de investigação, o professor e a sala de aula de Matemática. Actas do ProfMat 99. Lisboa: APM, 1999.
FRAGA, Maria Lucia. A Matemática na Escola primária: uma observação do cotidiano. São Paulo: EPU, 1988.
FREUDENTHAL, H. Mathematics as an educational task. Dordrecht: D. Reidel Publishing Company, 1973.
JARANDILHA, Daniela; SPLENDORE Leila. Atividade Matemática já não e
mais problema. 3ª edição. Editora Cortez, 2006.
LORENZATO, Sérgio. “Por que não ensinar geometria?”. In: A Educação Matemática em revista, SBEM, no 4, 1o semestre de 1998.
MACHADO, Nilson José. Os poliedros de Platão e os dedos da mão. São Paulo: Scipione, 2000.
_________________. Polígonos, centopéias e outros bichos. São Paulo: Scipione, 2000.
_________________. Semelhança não é mera coincidência. São Paulo: Scipione, 2000.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/945-2.pdf, acesso em 12 de jan. 2010. http://www.novaescola.com.br, acesso em 20 de maio 2010.
http://www.mathema.com.br/e_fund_a/.../tarsila.html, acesso em 05 de março
de 2010.
http://www.parquedaciencia.com.br/sitemm/roteiros/orgaodossentidos.pdf,
acesso em 15 de dez. de 2009.
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http://www.users.prof2000.pt/zemaria/CINDERELLA/.../Tarefa_2.pdf, acesso
08/05/2010.
htpp //www.youtube.com/watch?v=Tu2YUjeUHls, acesso em 12 de fev. de 2010.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação – Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba. 2007.
PONTE, J. P. A investigação sobre o professor de Matemática: problemas e perspectivas do professor. Educação Matemática em Revista, ano 8, nº 11, p. 10 – 13, 2001.
PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na
sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.