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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Mais de 12.000 pessoas à descoberta do mundo dos cavalos Edition nº 320 | Série II, du 04 octobre 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais 07 Centenas na Corrida solidária da Misericórdia Apesar da chuva 12 Jornada de Portugal no Hipódromo de Vincennes LusoJornal / Mário Cantarinha Da Silva está indignado por Florent Pagny ter decidido mudar-se para Portugal para fugir aos impostos 10 Da Silva Senado. O ex Deputado Carlos da Silva perdeu as eleições para o Senado francês e zangou-se com o ex-Primeiro Ministro Manuel Valls 03 Consulado. Com 6 novos quadros técnicos, diminuiu consideravelmente o tempo de espera no Consulado Geral de Portugal em Paris 04 Empresas. Ricardo Simões cessou as funções de Diretor executivo da Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP) 04 12 Benfica. Jean Pina é o novo patrocinador das equipas de futsal da Casa do Benfica de Paris e assinou acordo com o Presidente Manuel dos Santos PUB PUB

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GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Mais de 12.000 pessoas à descoberta do mundo dos cavalos

Edition nº 320 | Série II, du 04 octobre 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais

07

Centenas na Corrida solidária da MisericórdiaApesar da chuva 12

Jornada de Portugalno Hipódromo deVincennesLu

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Da Silva está indignado por FlorentPagny ter decidido mudar-se paraPortugal para fugir aos impostos 10

Da Silva

Senado. O ex Deputado Carlos da Silvaperdeu as eleições para o Senado francês e zangou-secom o ex-Primeiro MinistroManuel Valls

03

Consulado. Com 6 novos quadros técnicos, diminuiu consideravelmente o tempode espera no ConsuladoGeral de Portugal em Paris

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Empresas. Ricardo Simões cessou asfunções de Diretor executivoda Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa(CCIFP)

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12 Benfica. Jean Pina é o novo patrocinador das equipasde futsal da Casa do Benfica de Paris e assinouacordo com o PresidenteManuel dos Santos

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02 OPINIÃO

Pergunta dos leitores

Pergunta:Caro Diretor,[...] Durante alguns meses vocês ti-nham uma nota na capa do jornalsobre a mudança da Lei eleitoral.Gostava de saber como estão as coi-sas.Já foi alterada a lei? Podem dizer-mecomo está agora? Para a próxima elei-ção já vai ser diferente? Semprevamos poder votar pela internet outemos de continuar a fazer muitosquilómetros para ir votar ao Consu-lado. E para as eleições dos Deputa-dos vamos continuar a votar pelocorreio? Porque deixaram de falardisso no jornal? [...]Parabéns pelo LusoJornal. Leio hámuitos anos. Sem vocês, eu estariamuito menos informado das coisasque nos dizem respeito.António FranciscoCérizay

Resposta:Caro leitor,Obrigado pelas palavras simpáticasque diz a nosso respeito.Não, não deixamos de falar. Apenasnão se passa nada! Só temos tido pro-messas e fartos de promessas esta-mos nós. Parece incrível como toda agente diz que é necessário alterar asLeis eleitorais para a emigração, masnada avança.Aqui para nós, que ninguém noshouve, é mais fácil alterar as Leis deproteção dos animais, é mais fácilvotar uma Lei para que os restauran-tes passem a ser obrigados a aceitaranimais, do que uma Lei sobre a par-ticipação cívica dos emigrantes.Parece incrível, mas é verdade!E quando não falamos nada, já esta-mos a dizer tudo.Nesta questão, apenas uma palavraresume tanto o trabalho do Governocomo o dos Deputados: apatia!Boa leitura.

Carlos Pereira, Diretor do LusoJornalEnvie as suas perguntas para: [email protected]

O Governo português está a estudara possibilidade dos reformados es-trangeiros que queiram ir para Portu-gal enquanto «Residentes NãoHabituais» venham a pagar uma taxamínima de IRS já a partir do próximoano.A ideia é evitar que Portugal sejaequiparado a um paraíso fiscal parareformados estrangeiros.E o objetivo também é responder aodescontentamento dos outros Esta-dos da União Europeia que têm vindoa acusar Portugal de estar a promoveruma concorrência fiscal desleal,como já foi o caso da Finlândia e daSuécia.Esta medida está a ser estudada noâmbito do Orçamento de Estado para2018. A imposição de uma taxa deIRS deverá rondar entre 5 e 10%para os futuros «Residentes Não Ha-bituais».Quem já obteve este estatuto nãoserá afetado por esta mudança.Considerou-se que 5 a 10% seria osuficiente para satisfazer as reivin-dicações dos outros Estados Euro-peus e ao mesmo tempo continuar

a cativar cidadãos estrangeiros parao país.Muitas associações e instituiçõesanunciaram que esta era uma men-sagem muito negativa para quemquer captar investimento estran-geiro.Não quero perder a oportunidade paralembrar que esses tais reformados es-trangeiros também podem ser oriun-dos das Comunidades portuguesas.Lembro mais uma vez que o estatutode «Residentes Não Habituais» tam-bém pode beneficiar os Portuguesesque não tenham sido residentes fis-cais em Portugal durante os últimos 5anos. Estamos pois a falar de milharesde reformados portugueses a viveremna Europa.Do meu ponto de vista, penso queesta medida é um «mal necessário»para que Portugal possa conservarum forte incentivo para a instalaçãodos reformados dos outros países daEuropa e dos Franceses em particu-lar, que vão ver o seu poder de com-pra reduzido, dado o aumento dosseus impostos, resultantes das re-centes Leis Macron.

Uma taxa de IRS para os reformados estrangeirosem Portugal

Opinião de Carlos Vinhas Pereira, Presidente da Câmara de comércio e indústria franco-portuguesa

Têm cerca de 25 anos. Ela é cidadãfrancesa de ascendência italiana eele francês de origem portuguesa.Cultos um e o outro. Ambos domi-nam várias línguas. Ele fala, entreoutras, um Português corretíssimo,ainda que com um ligeiro sotaqueafrancesado que o torna simpático aquem ouve. Vivem na Île-de-France.Decidiram, no passado mês deagosto, ir de férias a Portugal. Anda-ram pelo Minho e Trás-os-Montes.Regressaram a França no fim deagosto, tendo saído pela fronteira deVilar Formoso.De Portugal trouxeram duas péssi-mas recordações.Passamos aos factos:Na quarta-feira dia 16 de agosto es-tiveram no Gerês, concretamente emVilar da Veiga, na praia fluvial. Ao

fim da tarde (mas ainda em plenodia), quando se preparavam parapartir, encontraram um dos vidros docarro quebrado e o porta-bagagensesvaziado de tudo o que lá tinhamdeixado e que se revestia de certaimportância.Claro que Portugal passa por ser (eé) um país calmo, seguro e de gentesimpática…. Mas, como sabemos,não há regra sem exceção.Desgostosos, os dois jovens puse-ram-se a caminho mas com intençãode apresentar queixa às autoridades.Já na estrada, um agente da GuardaNacional Republicana (GNR) suge-riu-lhes um dos postos mais próxi-mos, o de Póvoa de Lanhoso.Para lá se dirigiram. Chegaram, expli-caram o que se lhes tinha passado eo que pretendiam. Aqui veio a maior

surpresa: os senhores agentes recusa-ram-se a receber a queixa porque -disseram - «está na hora de jantar»…Assim mesmo. E os dois jovens (talcomo eu próprio e muita gente) esta-vam convictos que num posto das for-ças policiais o serviço era permanente.Será assim ou é subjetivo?Afinal, aqueles senhores a quem aNação confiou um uniforme, com aautoridade que lhe é inerente e umaarma, aqueles senhores pagos com odinheiro cobrado aos cidadãos porvia de impostos, suspendem à horada refeição…O leitor desculpe o desabafo: istomais parece um episódio da históriada «Guerra de Raul Solnado». Ou es-taremos perante o «modo funcionáriode viver» de que nos fala AlexandreO’Neil?

O jovem moço terá falhado na estra-tégia de comunicação, como agorase diz. Se em vez de falar Portuguêsse exprimisse em Inglês que dominaperfeitamente, ou ela em Italiano…Talvez os senhores agentes se tives-sem decidido a atrasar o jantar.Quem sabe?Tudo isto se passou no Portugal de2017, em terras da «Maria daFonte»…Para concluir: os dois jovens aca-baram por apresentar queixa no diaseguinte, já no distrito da Guarda,perante algum desconforto dosagentes que os ouviram, desta vezcom toda a atenção e disponibili-dade.Ignoro se pensam voltar, ou se irãosugerir férias em Portugal aos ami-gos.

Um modo funcionário de viver?

Le 04 octobre 2017

Opinião de José Carlos Janela Antunes, Diretor da Secção portuguesa do Liceu int.de Saint Germain-en-Laye

LusoJornal. Le seul jornal franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014| Représentée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Céline Pires, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg),Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon),José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mickaël Fernandes, Nathalie de Oliveira, Nuno GomesGarcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa| Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves,75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: octobre 2017 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

O LusoJornal passou este verão a ser um jornal diário.Leia-nos todos os dias em lusojornal.com

Esta edição em papel passa a ser quinzenal.Voltamos daqui por 15 dias

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POLÍTICA 03

CCP designoumembros parao ConselhoEconómico eSocialO empresário Manuel Coelho,Conselheiro das Comunidadeseleito na Namíbia e Sílvia Rendada Austrália são os dois represen-tantes das Comunidades portu-guesas no Conselho Económico eSocial.Entretanto, segundo a RDP Inter-nacional, o suplente de ManuelCoelho é Pedro Rupio, Conselheiroeleito na Bélgica, e o suplente deSílvia Renda é Paulo Marques,eleito em França.A nova lei do Conselho Económicoe Social entrou em vigor no do-mingo passado, e com uma com-posição mais alargada.Agora, o Presidente do CES tem30 dias para dar inicío ao processode designação dos membros dasvárias entidades.O CES é um órgão de consulta econcertação social tendo por prin-cipais objetivos a promoção daparticipação dos agentes económi-cos e sociais nos processos de to-mada de decisão dos órgãos desoberania, no âmbito de matériassocioeconómicas, sendo o espaçode diálogo entre o Governo, os par-ceiros sociais e restantes repre-sentantes da sociedade civil.

UGT quer nova campanhapara evitar exploração laboral de emigrantesA UGT quer organizar uma novacampanha de informação paraPortugueses que pretendam emi-grar, para evitar que acabem ex-plorados por «empresários semescrúpulos», disse à Lusa o Secre-tário-geral daquela central sindi-cal, Carlos Silva.O Secretário-geral da UGT diz quecontinua a haver casos de pessoasque «vêm ao engano», «com o ob-jetivo de ter um bom salário», masacabam por ter dificuldades parafazer face ao custo de vida oumesmo a ser explorados.A iniciativa poderá recorrer a«flyers» com informação paraquem pretende emigrar, à imagemdo que sucedeu com a campanha«Emigrar de olhos abertos», da Se-cretaria de Estado das Comunida-des Portuguesas. «Infelizmente,há determinadas campanhas quenão podem parar no tempo», de-fendeu Carlos Silva, recordandoque «se mantém um certo fluxo detrabalhadores portugueses quevêm ao encontro de melhores con-dições de vida».

Carlos da Silva falhou eleição para o Senado

Carlos da Silva falhou na semana pas-sada a eleição para o Senado francês.A lista «L’Essonne avant tout» do Par-tido Socialista, que liderou, sofreuuma estrondosa derrota, não indoalém de 185 votos (7,75%) em2.540 Grandes Eleitores.A lista Les Républicains conseguiueleger dois Senadores - Laure Darcose Jean-Raymond Hugonet -, a lista daUDI elegeu também dois Senadores -Vincent Delahaye e Jocelyne Guidez -e a lista «Divers Gauche» elegeu Oli-vier Leonhardt.Das 10 listas concorrentes, as duaslistas da Direita - LR e UDI - obtive-ram mais de 50% dos votos. A listasocialista não foi além do 6° lugar.Depois de agradecer àqueles que vo-taram pela lista «L’Essonne avanttout» e de felicitar os 5 Senadoreseleitos na Essonne, Carlos da Silva diz«lamentar profundamente» esta der-rota, argumentando que «o Parla-mento necessita de vozes daEsquerda, hoje mais do que nunca».«Carreguei, com grande lucidez, oserros cometidos, o balanço do man-tado presidencial anterior. Sabemos

que é impopular, mas decidimos levaresta batalha pelo Partido Socialista epelos seus militantes» disse Carlos daSilva. «Neste momento, temos deconstatar a perda de confiança nanossa organização, tal como ela existeatualmente».Carlos da Silva vem de longe. Desdea sua juventude que milita no PartidoSocialista e tentou, sem conseguir,por várias vezes, ser Maire de Corbeil-Essonnes.

Aliado de Manuel Valls, participaramjuntos em várias lutas, até que Carlosda Silva entrou na Assembleia Nacio-nal francesa quando Manuel Vallssubiu a Ministro e depois a Primeiro-Ministro.Carlos da Silva era o suplente de Ma-nuel Valls e acabou por ser Deputadopraticamente durante toda a legisla-tura anterior. Mas durante as eleiçõesPresidenciais, Manuel Valls apelou aovoto em Emmanuel Macron, en-

quanto Carlos da Silva se manteve fielao Partido Socialista.Carlos da Silva e Manuel Valls teriamcombinado há muitos meses que ojovem português seria candidato a Se-nador, mas Manuel Valls acabou pormudar de ideias e, segundo a im-prensa local, os dois homens pratica-mente já não se falam.Por isso, para comentar a sua derrota,Carlos da Silva fala de «compromissostraídos de alguns eleitos, que nos fra-gilizaram coletivamente». E acusaManuel Valls por não haver atual-mente «nenhum parlamentar da Es-querda no Essonne. É um errohistórico».«Nós queriamos a união e o diálogo àEsquerda. O resultado desta noitemostra que a divisão e as aventuraspessoais foram mais fortes do que oespírito de união que nos motivou atéao fim».A mensagem foi clara e não deixa pre-ver que os dois amigos de longa datase possam reconciliar nos próximostempos.Para já, Carlos da Silva afirma que vaicontinuar a sua militância no PartidoSocialista e que pretende participar ao«renascimento» do PS.

Está zangado com Manuel Valls

Por Carlos Pereira

Novas regras de apoio às associaçõesO Governo quer “democratizar oacesso” das associações de emigrantesa apoios estatais e incentivar projetosna área social, cidadania e promoçãoda língua e cultura, disse à Lusa o Se-cretário de Estado das ComunidadesPortuguesas.José Luís Carneiro publicou o novo re-gime legal de apoios ao movimento as-sociativo, que veio rever o anteriorregime, que constava de um despachode 2005.«O objetivo é que possa haver uma di-versificação das áreas de atividades edos projetos, em conformidade com aspolíticas para a diáspora, introduzirmais transparência e democratizar oacesso e o procedimento de candida-tura» das associações na diáspora, querondam as 2.000, afirmou.

O executivo pretende, com o novo de-creto-lei, «estimular o diálogo» entreesta nova dimensão e o movimento as-sociativo mais tradicional, «de carátersocial, cultural e recreativo», das pri-meiras ou segundas gerações de emi-grantes, cujo trabalho pretende«continuar a garantir», explicou JoséLuís Carneiro.O Governo passa a apostar no financia-mento de projetos e destaca as áreasque quer incentivar: igualdade e cida-dania, com destaque para o recensea-mento, participação eleitoral e combateà violência doméstica; a área social, emparticular o apoio aos idosos, através delares, apoio domiciliário ou cuidadoscontinuados, fundamentalmente empaíses fora da Europa, onde os emi-grantes estão mais desprotegidos nes-

tas questões; a promoção da língua eda cultura portuguesas, e ainda o apoioa reclusos.Assim, o Ministério dos Negócios Es-trangeiros pretende também chegar a«um movimento associativo com umtrabalho de muito significado, em par-ticular fora da Europa, mas que tem es-tado fora» destes apoios.O diploma prevê novas regras: as can-didaturas deixam de poder ser feitas aolongo do ano, restringindo-se o prazo de1 de outubro a 31 de dezembro, e têmde ser apresentados planos de ativida-des e orçamentos, bem como relatóriosde atividades e contas de gerência.Além disso, as organizações no estran-geiro recebem até 80% de financia-mento, enquanto para as sedeadas emPortugal o teto do apoio é metade do

orçamento.Outra novidade é a publicitação do pro-cesso, com a divulgação das entidadesapoiadas, o valor financeiro e os relató-rios de atividades.As candidaturas passam a ser concen-tradas na rede consular, que emitirá pa-recer, cabendo à Direção Geral dosAssuntos Consulares e das Comunida-des Portuguesas as fases seguintes doprocesso.Em média, nos últimos anos, o Estadoportuguês concedeu apoios na ordemdos 500 mil euros a perto de 80 a 100associações.Neste início de outubro, a Secretaria deEstado das Comunidades vai promoversessões de formação com responsáveisde postos consulares e com dirigentesassociativos sobre o novo diploma.

Le 04 octobre 2017

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II Encontro deInvestidoresda Diásporavai ter lugarem Viana doCastelo

O Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas vai organizar, atra-vés do Gabinete de Apoio aoInvestidor da Diáspora, o II Encontrode Investidores da Diáspora, que esteano se realizará em Viana do Castelo,nos dias 15 e 16 de dezembro.Em dezembro de 2016, o «I Encontrode Investidores da Diáspora» juntou,em Sintra, durante dois dias, cercade 255 agentes empresariais dadiáspora, provenientes de 38 paísese representantes/responsáveis deCâmaras de Comércio, AssociaçõesEmpresariais, Fundações, Institui-ções de ensino e áreas de educaçãoe formação, entre outras entidades,públicas e privadas, mas juntou tam-bém 21 Munícípios e Comissões In-termunicipais e cerca de 50empresários e representantes do te-cido económico e do empreendedo-rismo do Município de Sintra.«Tivemos o gosto de contar com re-presentantes dos setores dos serviços,da logística, da indústria, do comércio,da distribuição, do turismo e hotelaria,do imobiliário, da tecnologia e infor-mática, da banca, da gastronomia evinhos e da consultoria e apoio jurídicoà atividade empresarial» explica o Se-cretário de Estado José Luís Carneiro.«Os contactos aí estabelecidos e o re-torno altamente positivo que nos foisendo comunicado, confirmam asnossas expetativas iniciais e incenti-vam-nos a continuar».José Luís Carneiro explica que «temosvindo a apostar na dinamização e noreforço dos conteúdos e atribuiçõesdo Gabinete de Apoio ao Investidor daDiáspora, com o objetivo de identificarmicro e pequenas empresas da Diás-pora, de referenciar empresários epromotores económicos, de procuraroportunidades de investimento e ino-vação, e de, em colaboração com aRede Consular, as Câmaras de Co-mércio e outros agentes de associati-vismo empresarial, potenciar umarede que de forma eficaz ligue os in-teresses de cada um ao nosso paísnum desígnio de desenvolvimento ecrescimento que a todos beneficie».

Inscrições para o Encontro de Vianado Castelo:gabinete.secp@mne. gov.pt

04 COMUNIDADE

Diminuiu o tempo de espera no Consuladode Paris

O Consulado Geral de Portugal emParis tem vindo a reduzir os tem-pos de espera para obtenção demarcação, nomeadamente nos ser-viços do Cartão do Cidadão e doPassaporte.Atualmente, o tempo de esperapara obter um encontro para reno-var o Cartão do Cidadão é de poucomais de uma semana, contra quase3 meses antes do verão.Para obter o Passaporte, o prazo ul-trapassa as duas semanas, mas oCônsul Geral de Portugal em Paris,António Moniz, diz que a tendênciatambém é para diminuir aindamais.O Conselho consultivo da área con-sular do Consulado Geral de Portu-gal em Paris, reunido antes doverão, tinha considerado que osprazos de espera para obter uma

marcação eram demasiado longos,e António Moniz explica que oposto consular de Paris foi agorareforçado com seis novos agentestécnicos, quatro já chegaram e doiscomeçam a trabalhar em meados

de outubro.Com a chegada de dois novosagentes técnicos e dois estagiáriosde longa duração, o Cônsul Geralexplica que «conseguimos abrirmais mesas de atendimento e a re-

dução do prazo de espera fez-senotar de imediato».Também o serviço jurídico não temespera e os utentes praticamentesão atendidos de imediato.No Registo civil, a espera ainda éde 5 semanas, mas António Monizespera reduzir estes prazos quandochegarem os dois novos agentestécnicos cujo concurso públicoestá em fase final de recrutamento.«O nosso objetivo é não ter esperassuperiores a duas ou três semanas,enquanto que há um ano, tínha-mos tempos de espera de 7 a 8 se-manas» afirma António Moniz aoLusoJornal. «Queremos que o ser-viço prestado à Comunidade seja omelhor».Calha bem porque nos primeirosmeses deste ano, a receita do Con-sulado está com aumentos daordem dos 4%.

Posto consular acolhe mais seis quadros técnicos

Por Carlos Pereira

Ricardo Simões cessa funções de Diretorexecutivo da Câmara de comércio

Ricardo Simões, que exercia o cargo deDiretor executivo da Câmara de comér-cio e indústria franco-portuguesa(CCIFP), cessou as suas funções nasexta-feira da semana passada e «partepara outras aventuras».Na quinta-feira à noite, a CCIFP orga-nizou mais uma edição do evento men-sal «Convívio & Copos», desta vezespecialmente dedicado à despedidade Ricardo Simões. O evento teve lugarno restaurante Pedra Alta de Ivry-sur-Seine, «para lhe agradecer e partilharum último momento com Ricardo,ainda nas funções de Diretor».Ricardo Simões veio para França noquadro de um estágio coordenado pelaAICEP (na altura ICEP) e entrou comoAdjunto de Direção no dia 29 de agostode 2005, para a então Associação parao Desenvolvimento das Trocas Econó-micas entre Portugal e França, que es-tava a ser criada e que tinha comoobjetivo transformar-se depois em Câ-mara de Comércio, o que viria a acon-tecer um ano mais tarde.«A partir daí foi um trabalho enorme,de progressão constante, havia uma ne-cessidade importante de criar umabase de serviços, necessidade de au-

mentar o número de membros» diz Ri-cardo Simões ao LusoJornal.No final de 2006, Carlos Vinhas Pereirafoi eleito Presidente da CCIFP. «Houveuma identificação imediata e acho quepossibilitou uma fase 2.0, uma fase co-nhecida com a organização do Fórumdos Empresários e Gestores portugue-ses e lusodescendentes de França queteve lugar em setembro de 2008 quepermitiu constatar uma imobilizaçãoimportantíssima de empresários e dopotencial do que representam os45.000 empresários portugueses emFrança» considera o Diretor cessante.

Salões do imobiliáriomarcaram a vida da CCIFPRicardo Simões afirma que em 2011«conseguimos passar para a fase 3.0»ao começar a trabalhar no setor imo-biliário. «Estávamos num contexto decrise, percebemos que algo tinha deser feito, percebemos onde podiahaver esse potencial de promoção emFrança e daí a ideia de passar por um

salão. E com os recursos modestosque tínhamos era de facto umagrande ambição, ainda bem que o fi-zemos com o sucesso que é conhe-cido por todos» diz ao LusoJornal.«Liderámos a campanha de sénioresfranceses para Portugal, o regressoduma certa forma à procura de forne-cedores em Portugal, e obviamenteque tivemos uma contribuição claracom o aumento do turismo, fruto dacampanha nos medias que fizemos.Em 2012 foi bastante difícil termosrealizado o salão com a crise quehavia, mas depois apareceram todosos dias desafios novos».O Diretor cessante da CCIFP consi-dera que «somos um pólo de concen-tração de informação, temos projetos,ainda este mês surgiu um projeto deum privado empreendedor que poderáser um projeto determinante, no cora-ção de Paris e que poderá ter um im-pacto formidável e que está a serpreparado para 2018. Apareceram háuns anos atrás projetos de merceariafina em Paris, para dar a conhecer oque de melhor temos em Portugal nodomínio alimentar, são projetos queapoiámos e que devemos continuar aacarinhar».

«Um projeto fabuloso»Após ter passado estes últimos dezanos na CCIFP, Ricardo Simões con-fessa que vai continuar a acompanhara atividade da Câmara. «Acho que éum projeto fabuloso que criámos, foio melhor projeto associativo dos últi-mos anos criado em França».Porém, Ricardo Simões diz que váriosprojetos ficam em cima da mesa egostava de ter concretizado. «Acaba-mos por ser uma pequena e média or-ganização que tem de ser gerida, quetem as suas necessidades, porque nóssomos inteiramente privados, que tem

de encontrar financiamento, que temque estar em dia com as suas obriga-ções sociais e temos essa obrigaçãode ajudar as empresas».Depois lembrou a «equipa excelente»que teve: «a Sandrina Pereira e aMaria Gonçalves e também todos osoutros que passaram ao longo destesanos pela Câmara, todos trouxeramalgo à Câmara».Na hora da despedida, Ricardo Si-mões lembrou ainda «o envolvimentoextraordinário do Concelho de Admi-nistração da Câmara, com todos osAdministradores que têm de factouma presença constante nesse desen-volvimento e com o dinamismo donosso Presidente que é um poço deenergia inesgotável e a quem eu devomuito assim como ao Delegado daAicep em Paris, na altura, Mário Fer-reira e ao Embaixador António Mon-teiro, que foram as pessoas que viramem mim as capacidades para integrareste projeto».

Uma substituição«temporária»O Presidente da Câmara de comércioe indústria franco-portuguesa, CarlosVinhas Pereira, disse ao LusoJornalque Ricardo Simões vai ser «tempo-rariamente substituído» por MariaJoão Reis de Bragelongne.Maria João Reis de Bragelongne émembro do Conselho de Administra-ção da CCIFP. Foi aliás a última cop-tação, tendo contrariado a prática daCâmara que apenas tinha Administra-dores masculinos. «Mas como temalgum tempo livre, vai ocupar interi-namente esta função de Diretora exe-cutiva».A nova Diretora vai ocupar o cargo uni-camente «durante o tempo de dotar aCCIFP de um novo Diretor executivoou uma nova Diretora executiva» ex-plicou Carlos Vinhas Pereira.

Cônsul Geral António MonizLusoJornal / Mário Cantarinha

CCIFP / Vladimir Rodas

Por Carlos Pereira

Le 04 octobre 2017

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EMPRESAS 05

Bruno Bento é o novo Diretor do Santander Totta em Paris

Bruno Bento é o novo Diretor do Es-critório de representação do bancoSantander Totta em Paris e no norteda França. Vem substituir Luís Rochaque esteve 16 anos à frente destainstituição bancária e que agora re-gressou a Portugal.Bruno Bento nasceu em Torres Ve-dras, mais propriamente numa aldeiado concelho da Lourinhã, mas mo-rava em Chaves antes de vir paraParis. Entrou no banco em 2006, noSantander Totta de Torres Vedras,onde ficou durante dois anos. Depoistrabalhou em vários balcões trans-montanos, foi sub-Diretor em Cha-ves, Diretor em Vila Pouca de Aguiar,e recentemente em Valpaços.

Como surgiu a oportunidade para virpara Paris?Vir para Paris tem um pouco a vercom a minha esposa, que nasceuaqui, nos arredores de Paris, e queriavoltar para França. Quanto a mim, o

facto de trabalhar em balcões e delidar com vários clientes residentesno estrangeiro, inclusivamente aquiem Paris, levou-me a querer experi-mentar esta oportunidade.

Como encara este novo desafio?Já conhecia Paris, não me é total-mente desconhecido, vim cá váriasvezes de férias. Mas vai ser de factouma mudança enorme, passar parauma capital como esta, vai ser dife-rente. Mas a força da Comunidadeportuguesa aqui é o que me motiva.Todas estas mudanças pessoais eprofissionais são positivas, fazem-noscrescer, fazem-nos evoluir. E en-quanto profissional procuro issomesmo. E espero servir pelo melhoros Portugueses e ter um papel deproximidade com toda a Comuni-dade, na continuidade do trabalhoque fez o Luís Rocha até aqui.

Qual a missão deste Escritório de re-presentação?A nossa missão passa por reforçar a

relação de proximidade com a nossaclientela, isso é uma evidência, mastambém explorar outros mercados,nomeadamente os clientes francesesque queiram investir em Portugal.Esperamos que esta procura dosFranceses por Portugal vá continuare nós cá estaremos para os acompa-nhar. Nos últimos anos, houve um re-forço de novos emigrantes quequeremos apoiar. Procuramos apoiaresta nova geração de emigrantes.Queremos apoiar não apenas estavertente da poupança e dos clientes,mas também o fator do investimentoem Portugal ou aqui é primordialpara o Banco. E estar sempre atentoa novas oportunidades de negócio,claro.

A área geográfica de intervenção con-tinua a mesma?O Santander Totta vai manter amesma repartição geográfica, com osescritórios de Paris e de Lyon. O norteacompanhado por Paris e a parte sulacompanhada por Lyon.

Por Carlos Pereira

Substitui Luís Rocha

Bordeaux, Lille et Lyon ont accueilli le Salon de l’Immobilier Portugais

La deuxième édition des Journéesdu Salon de L’Immobilier et du Tou-risme Portugais s’est déroulée la se-maine dernière, du 19 au 21septembre, en s’exportant dans 3villes différentes: Bordeaux, Lille etLyon.Après la 6ème édition du Salon del’Immobilier à Paris, en mai dernier,la Chambre de commerce et d’in-dustrie franco-portugaise (CCIFP) apermis aux exposants de rencontrerle grand public en dehors de la ré-gion parisienne et les renseigner surles questions immobilières, touris-tiques, fiscales et notariales.Différentes conférences mises enplace pendant les 3 jours ont pu ai-guiller les visiteurs en les conseil-

lant sur divers points: comments’installer au Portugal, le volet fiscalet notarial, ou encore des informa-tions spécifiques aux investisse-ments, avec des points d’intérêtstouristiques et immobiliers.La responsable événementiel de laCCIFP, Sandrina Pereira, a expliquéau LusoJornal que «95% des visi-teurs étaient des Français».Devenus les premiers acheteursétrangers depuis la mesure prise parle Gouvernement portugais en 2013en exonérant l’impôt sur les revenusde source étrangère, «aussi bien àParis comme en Province, les Fran-çais se montrent de plus en plus sé-duits par cet avantage et on a pu leconstater lors de ces 3 jours».Essentiellement des entrepreneurset des retraités se sont déplacés «et

étaient très déterminés sur leur pro-jets». D’après Sandrina Pereira laplupart était des clients potentielset non pas des simples visiteurs.«Ils visaient une région bien parti-culière et sont venus chercher desinformations bien précises. Lisboaet l’Algarve sont les deux régions lesplus prisées».Près de 50.000 Français ont misle cap vers le Portugal séduits parsa douceur de vivre, son climat en-soleillé, sa proximité géographique,son cadre sécuritaire, la hausse dupouvoir d’achat (+30% en moyenne),sa souplesse administrative et undispositif unique en Europe quipermet de créer son entreprisedans l’heure et, enfin, son offre im-mobilière 3 fois moins onéreusequ’en France.

Par Clara Teixeira

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CCIFP

LusoJornal / Carlos Pereira

Le 04 octobre 2017

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06 DESTAQUE

Jornada de Portugal bateu recorde no Hipódromo de Vincennes

O Hipódromo de Paris Vincennes bateuum recorde no domingo passado, deafluência às jornadas temáticas que or-ganiza todos os anos. Mais de 12.000pessoas participaram na Jornada dePortugal que já vai na 6a edição.O grande prémio do dia, com cerca deum milhão de euros a repartir pelosvencedores, foi patrocinado pela com-panhia de seguros Fidelidade, mas du-rante a tarde tiveram ainda lugar ascorridas da Aigle Azur, Rádio Alfa, Re-flex Latino e LusoJornal. Também tevelugar o Grande Prémio de Portugal.A iniciativa deve-se ao antigo CônsulGeral de Portugal em Paris, Luís Ferraze ao professor especialista de equita-ção portuguesa Carlos Henriques Pe-reira, e todos os anos o Hipódromoreserva uma das suas jornadas temáti-cas a Portugal.«Estamos aqui desde o início porquepensamos que é importante para Por-tugal, estar presente neste tipo deeventos que se dirige a um públicobastante abrangente» explica Carlos Vi-nhas Pereira, Diretor Geral da Compa-nhia de Seguros Fidelidade.«É da imagem de Portugal que setrata» confirma o Cônsul Geral de Por-tugal António de Albuquerque Moniz.«Portugal é um país de cavalos, comuma raça própria e só não temos é cor-ridas de cavalos, mas os Portuguesessão conhecedores de cavalos e gostamde equitação». António de Albuquer-que Moniz, que estava acompanhadopelo Adido Social do Consulado, Joa-quim do Rosário, entregou o GrandePrémio de Portugal ao vencedor.

O Prémio LusoJornal foi entregue peloDiretor do jornal, Carlos Pereira e pelajornalista Clara Teixeira.Mas a tarde não foi só de corridas,mesmo se milhares de Portuguesesainda tentaram a sorte apostando numdos cavalos.No vasto hall do hipódromo foi mon-tado um «Village Reflex», coordenadopor Bruno António da aplicação ReflexLatino. Várias empresas apresentaramos seus produtos, sobretudo alimenta-res.A meio da tarde alguns deles já tinhamesgotado completamente o stock.«Este ano havia mais gente e já vende-mos tudo» confessava ao LusoJornalAntónia Gonçalves da Pastelaria Cane-las muito tempo antes do fim das cor-ridas. «Em poucas horas esgotámoslogo algumas marcas de vinhos» acres-

centava por seu lado David Matos, daempresa Agribéria/Quinta da Pacheca.Houve quem optasse por almoçar con-fortavelmente no restaurante panorâ-mico do Hipódromo, ao mesmo tempoque assistia às corridas, mas houvetambém quem preferisse comer umasbifanas e churrasco à venda no «VillageReflex».«Convidamos alguns dos nossos clien-tes porque pensamos que este é umespaço ideal para trazer os nossos pro-dutos ao encontro do público em geral»confirmou Bruno António ao LusoJor-nal.«Eu considero que os Portuguesesestão integrados quando bebem Pastiscomo os Franceses, lêm o jornal le Pa-risien, e apostam nos cavalos» consi-dera Daniel Ribeiro, Diretor deprogramas da Rádio Alfa.

E há muitos Portugueses a apostar,muitos têm lojas PMU e também háPortugueses proprietários de cavalos etreinadores, como confirmou ao Luso-Jornal Tibault Ceffrey, o organizadorexecutivo da Jornada de Portugal.As visitas aos estábulos não pararamdurante toda a tarde e muita gentequeria inscrever-se para seguir as cor-ridas dentro de um miniautocarro queacompanhava os cavalos nas pistas.«Temos muita afluência, muita genteinteressada em descobrir o mundo doscavalos e em acompanhar a corridapraticamente a poucos metros dapista, mas em poucas horas atingimoso limite das inscrições» confirmou aoLusoJornal uma das acompanhantesda empresa Le Trôt, gestora do Hipó-dromo e organizadora do evento.No exterior, Mike da Gaita foi o artista

convidado, apesar de no palco tambémter passado Christophe Malheiro.«É bom ouvir música portuguesa aqui.Acaba por ser uma tarde agradável» dizJacinta. «Música alegre é importantepara evacuar as chatices da semana»acrescenta Manuel, vestido com a ca-misola de Portugal.Mais longe Elsa esperava pela sua vez.«Trago as minhas filhas para darem umpasseio de pónei» disse ao LusoJornal.«Já que não podemos dar uma voltanaqueles cavalos de corrida…» riuEduardo, o marido.O espaço de jogos estava cheio decrianças que brincavam entre duascorridas, ou enquanto os pais ouviamumas asneiradas de Mike da Gaita…porque também houve disso no Hipó-dromo de Paris Vincennes.E era necessário?

9 Corridas de cavalos durante a tarde

Por Carlos Pereira

“Pássaros” exóticos de Fátima Lopes desfilaram no domingo em Paris

Fátima Lopes apresentou no domingopassado, em Paris, a sua coleção pri-mavera-verão 2018, com uma linhainspirada no universo dos pássarosexóticos e que é descrita pela ‘desig-ner’ como a coleção que sonhou fazer.Ao som de um pianista que tocou aovivo, junto com um DJ, os «pássaros»de Fátima Lopes desfilaram, sempenas nem plumas, mas com vestidosdecotados e ‘jumpsuits’ transparen-tes, num salão neorrenascentista compinturas simbolistas a representaremmusas vestidas de drapeados tambémtransparentes, na Câmara Municipaldo 4º bairro de Paris.«Estou aqui olhando para a coleçãoque eu sonhei fazer, porque eu nãomudava nada, acho que não mudavauma vírgula a nada disto. Esta é a co-leção que eu fiz para usar: eu querousar aquele fato-de-banho na praia,eu quero usar estes vestidos quandotiver uma festa muito especial, euquero usar estes práticos para o dia-a-dia, eu quero usar os ‘jumpsuits’.Tudo isto foi feito para usar mesmo»,descreveu à Lusa Fátima Lopes.As peças são pensadas para «a praia,a gala, passando pelo ‘cocktail’», ou

seja, «peças para todas as ocasiões»,em que as transparências abundantescobrem «‘culottes’ dos anos 50» efatos de banho interiores que «sãopuzzles».A coleção chama-se «Birds» («Pássa-ros») e o imaginário dos pássaros lê-se nas cores, no exotismo e nodesenho das roupas, na maquilhageme nos penteados das modelos, porque,para Fátima Lopes, «há pássaros queparece que foram desenhados poruma mão humana, mas não é hu-mana, é sobre-humana».«Todo o desfile gira à volta do universodos pássaros. Apesar de não ser nadaevidente - não há uma única plumana roupa - mas todo o ‘design’ lembra,de alguma forma, os bicos dos pássa-ros, os detalhes dos pássaros, as asasdos pássaros, toda a coleção tem esteponto de ligação que são os pássa-ros», afirmou.Depois, há «o lado da Fátima Lopes:sofisticação, elegância muito femi-nina» e um ‘design’ baseado em de-talhes, em que «algumas peças têmdezenas de pecinhas como se de umpuzzle se tratasse».Na palete cromática, o preto e obranco são discretos e clássicos, emdetrimento de jogos de cores com

«misturas inesperadas» - como roxocom ‘nude’ e esmeralda - e um ‘de-gradé’ de azuis turquesas, rosas fram-boesa e toranja, verdes esmeralda ejade, vermelhos e lilás.Em termos de materiais, dominam assedas em várias ‘nuances’ - desde ocetim, ao cadi, passando pela musse-lina e licras de seda - mas também hámuitas rendas, criando transparênciase efeitos vaporosos, através de «jogosde mate e brilho, opacos e transparên-cias».

Os sapatos são «um complemento dacoleção», com sandálias, ‘snickers’ e‘stilettos’, em cores irisadas, lilás, sal-mão, prata, ouro, rosa fúcsia e jade.Este é o 38º desfile em Paris de Fá-tima Lopes, que se estreou na capitalfrancesa há 19 anos, quando «toda agente dizia que era uma loucura, por-que nunca ninguém o tinha feito».«Eu sou teimosa e passados 19 anosestou aqui, de pedra e cal, porqueacho que esta é a capital da moda,sempre pensei assim, sou de ideias

fixas. Acho que o meu lugar é aqui,porque esta é a minha montra para omundo, eu sempre disse isto e nãome canso de o repetir. Mais, criei raí-zes aqui», afirmou a ‘designer’.Ainda que sublinhando que as suas«raízes são portuguesas», FátimaLopes disse que «19 anos é muitotempo» e que tem «aquele gostinhode missão cumprida», porque «sem-pre soube» que Paris é o seu lugar,onde se sente «em casa».Durante a Semana da Moda de Paris,a moda portuguesa também está aser promovida em feiras e ‘show-rooms’, como na 3rd Eye Showroome na Tranoï Paris, onde estão patentestrabalhos dos ‘designers’ Susana Bet-tencourt, Carla Pontes, AlexandraMoura, Luís Buchinho, Katty Xiomarae ainda da marca Babash Design.A «Paris Fashion Week» arrancou nodia 25 e terminou esta terça-feira,tendo contado com desfiles das mar-cas Christian Dior, Saint Laurent,Lanvin, Guy Laroche, Kenzo, Chloé,Paco Rabanne, Isabel Marant,Loewe, Nina Ricci, Ungaro, VivienneWestwood, Comme des Garçons, Gi-venchy, Balenciaga, Valentino, JohnGalliano, Stella Mccartney e Alexan-der McQueen.

Por Carina Branco, Lusa

Lusa / Carina Branco

LusoJornal / Mário Cantarinha LusoJornal / Mário Cantarinha

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CULTURA 07

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Inaugurado mural do lusodescendente Hoparenuma escola de Saint Michel-sur-Orge

Foi inaugurada esta sexta-feira, depoisdas aulas, o novo mural da escola La-martine, em Saint Michel-sur-Orge(91), pintado pelos artistas Hopare eCaroline Karénine.Hopare é um jovem artista lusodes-cendente e os custos financeiros como mural foram suportados pela Cívica,a associação dos autarcas de origemportuguesa em França.A inauguração foi presidida pela Maireda cidade, na presença de Paulo Mar-ques, Presidente da Cívica, do Depu-tado Carlos Gonçalves, do CônsulGeral Adjunto de Portugal em Paris,João de Melo Alvim e da Coordena-dora do ensino de português emFrança, Adelaide Cristóvão.«Esta foi uma solicitação de uma dasmembros da Cívica que nos fez chegareste projeto em conjunto com a Mai-rie. Ora, a Cívica tem feito interven-ções na área da educação para acidadania junto das crianças» explicaPaulo Marques ao LusoJornal.«Sempre tivemos boas relações coma Cívica, e sabemos que a associaçãoestá bastante implicada nas causasrelacionadas com a cidadania, porisso a nossa relação foi natural e pas-sou-se muito bem» confirmou ao Lu-soJornal Sophie Rigault, Maire deSaint Michel-sur-Orge. «Temos ummembro do Conselho municipal queé de origem portuguesa e temos umageminação com Caldas das Taipas»diz Sophie Rigault. «Aqui morammuitos Portugueses, é uma Comuni-dade que apreciamos muito, comoapreciamos aliás todas as Comunida-des residentes aqui. Por isso, este pro-jeto permite também um aproximardas pessoas».«Quem esteve aqui, reparou como ojovem artista, oriundo da nossa Comu-nidade, interagiu com as crianças ecomo pintaram as paredes desta es-cola de um bairro social» salientou oDeputado Carlos Gonçalves. «O queaqui vemos mostra que nós somos ci-dadãos do mundo e mostra que aFrança também acolheu gente detodo o mundo. Foi um grande mo-mento» comentou para o LusoJornal.«Entendemos que é importante estar

nesta inauguração, sobretudo nos diasde hoje em que parece que existemgrandes receios em tudo o que tem aver com partilhas, com comunidadese com tolerância. Haver uma iniciativadeste género, ainda por cima apoiadapor uma associação de autarcas por-tugueses é obvio que o Consuladotinha que se associar e estar aqui pre-sente» disse João de Melo Alvim, Côn-sul Geral Adjunto de Portugal emParis.Hopare - aliás Alexandre Monteiro -com 25 anos, nasceu em Limours.Sempre adorou desenhar, e acaboupor desenvolver a sua arte.Tem exposto nos quatro cantos domundo, desde Hong Kong a Nova Ior-que, mas desta vez passou uma se-mana com as crianças da escolaLamartine em Saint Michel-sur-Orge.«Sabiamos que era um desafio dife-rente daquele que estamos habitua-dos. Normalmente pintamos em meiourbano e praticamente não encontra-mos as pessoas, porque estamos pen-durados a 10 metros de altura e aquisabiamos que tínhamos esta partilha

com as crianças» explica Hopare emdeclarações ao LusoJornal. «Queria-mos pintar duas meninas, mas onosso desenho foi evoluindo durantea semana em contacto com as crian-ças. Foi muito positivo».Adelaide Cristóvão considera que «apartilha de um espaço como estes,implicando diretamente as criançascom artistas é a melhor forma de viverem conjunto na escola». A Coordena-dora do ensino de português emFrança junto da Embaixada de Portu-gal explicou que «o próprio desenhoaponta para uma diferenciação entreas crianças que frequentam a escolae implicá-los num projeto com artis-tas, é um projeto interessantissimo.Para além que a escola fica aindamais aquele espaço que, não só fre-quentam, mas também onde vivem eonde se implicam. É uma ideia louvá-vel».João de Melo Alvim também consi-dera oportuna esta iniciativa. «É pos-sível alertá-los para conceitosessenciais da cidadania, nomeada-mente em termos de valores de comu-

nidade e valores de partilha, paraterem a noção que o mundo é maiordo que às vezes os pais e a sociedadeonde eles estão inseridos demonstra.Podem não sair de um momento parao outro cidadãos exemplares, mas co-meça a trilhar-se um caminho quemuitas vezes é esquecido. Inculcar-lhes valores de cidadania, alertá-lospara comportamentos cívicos é essen-cial e este tipo de iniciativa em que setrazem artistas de renome, em que seenvolve também atores extra-escola-res - os alunos, os professores e os au-tarcas -, parece-nos que é um bomexemplo que é dado, aos pais e aos fi-lhos».O Cônsul Geral Adjunto de Portugalconsidera que «como estamos a falarde algo que envolve jovens, nunca éuma despesa, é um investimento. Etudo o que são eventos de cidadania,é com todo o gosto que nos associa-mos».A próxima iniciativa da associação Cí-vica nesta área vai ser o lançamentode uma banda desenhada sobre asAssembleias municipais das crianças.

Por Carlos Pereira

Um projeto financiado pela associação Cívica

Hopare e Caroline Karénine com os convidadosLusoJornal / Carlos Pereira

«L’île desfemmes. Paroles de batukaderas del’île de Santiago(Cap-Vert)», deCécile Canut

Réalisa-trice etc h e r -cheuse,profes-seure desociolin-guistiqueà l’Uni-vers i téP a r i s -D e s -cartes,C é c i l e

Canut a réalisé plusieurs documen-taires, dont « L’île des femmes » (Ilia dimudjer), en 2014, produit par Tuttiquanti films & Ceped et présenté àParis en juin de la même année. Leprésent volume, publié en mai 2017par les Éditions Petra, est le résultat dela rencontre entre la réalisatrice et Isa-lina Jassira Pinto, alias Já, devenuel’actrice principale du film. En effet, aucours de la préparation du tournage de« L’île des femmes », Já décrit sonaventure par écrit, ce qui constituera,plus tard, la matière essentielle de celivre.« Il s’est agi, nous dit Cécile Canut dansson préambule, de vivre une expé-rience commune et de découvrir en-semble ces femmes des villages qui,loin d’être totalement effacées et silen-cieuses, s’adonnent à la pratique dubatuku. Loin du discours académique,au fond des vallées de l’île de Santiago,se construit et se reconstruit une résis-tance aux conditions faites à ces mo-destes et non moins admirablesvillageoises abandonnées au bout dumonde ». Inventé par les esclaves, lebatuku se caractérise par un rythmeeuphorique, des mouvements sacca-dés du corps et une orchestrationbasée sur les voix et les percussions. Ilest devenu surtout féminin : les batu-kaderas, ces femmes qui n’ont pas pupartir à l’étranger, chantent des textesoù il est question de leur vie quoti-dienne, des difficultés de la vie de cou-ple, ou de la séparation.Le livre « L’île des femmes » est consti-tué de fragments de textes, de chantsde batuku, de discussions enregistrées,de récits, de voix off, de poèmes et deparoles rapportées. Enfin, signalonsque les chants de batuku sont trans-crits en créole capverdien par Aires Se-medo et traduits en français parFilomena Vieira. Par ailleurs, les textesde Já et Natalina, ainsi que les enregis-trements de Lucilina, Já et Mimita sonttraduits du créole capverdien vers lefrançais par Cécile Canut.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

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António Zambujo faitson solo auxBouffes duNord

C’est au Théâtre des Bouffes duNord, à Paris, qu’António Zambujo seproduira pour la première fois en soloen France, le mardi 17 octobre, à20h30, dans le cadre de WorldStock.Le Festival WorldStock de musiquedu monde revient cette année avecune nouvelle formule sur une se-maine dans trois lieux différents: LesBouffes du Nord, son écrin d’origine,Le New Morning et le Musée du quaiBranly.Devenu en quelques années seule-ment une véritable icône au Portugal,António Zambujo se produit pour lapremière fois en solo en France. AuPortugal, la saudade est affaire natio-nale, et António Zambujo sait commepersonne chanter les vertiges et lesnuances de ce scintillant vague àl’âme.Porté par une voix de velours à labeauté singulière et hospitalière, il ré-volutionne le fado avec un style quin’appartient qu’à lui et un goût desespaces en vol libre. António Zam-bujo est aujourd’hui un véritable phé-nomène scénique au Portugal, et sesconcerts se jouent à guichets fermés.«Quand on l’écoute, on pense auxplus grands chanteurs brésiliens -João Gilberto, Caetano Veloso - maisaussi à ChetBaker et son jazz cool: cen’est plus tout à fait du fado, mais celaen possède toute l’intensité et ladouce sensualité. Son dernier album‘Até Pensei Que Fosse Minha’, paruen novembre 2016, a été enregistréen collaboration avec son ami ChicoBuarque» peut-on lire dans le dossierde presse du Festival.Cinq éditions déjà, et WorldStock Fes-tival continue à se démultiplier.Au programme du Festival: Dakha-brakha, Trio Da Kali, Elena Roger yEscalandrum, Yom & Quatuor IXI,Rabih Abou-Khall, BCUC, OrlandoJulius & the Heliocentrics, Spoek Ma-thambo, Kokoko, Mélissa Laveauxet… António Zambujo.

Théâtre des Bouffes du Nord37 bis boulevard de la Chapelle75010 ParisInfos: 01.46.07.34.50

10 CULTURA

Mickaël dos Santos anuncia primeiro discopara breve

Mickaël dos Santos está a terminar asgravações do primeiro disco e a viver“um sonho”, um ano depois de ter ca-lado e emocionado o júri de um pro-grama televisivo francês. “É um sonhoque se realizou. O que quero transmi-tir aos outros é que acreditem nosseus sonhos, não desistam porque eunão desisti, sempre acreditei no meusonho e hoje tornou-se realidade emesmo mais que realidade”, contouo jovem de 21 anos à Lusa.Foi a 25 de outubro de 2016 que olusodescendente apareceu no palcode “La France a un incroyable talent”e deixou os elementos do júri boquia-bertos perante a simplicidade do dis-curso e o vozeirão que surgiu quandocomeçou a cantar “A Change IsGonna Come”.No programa, o jovem de Gap, no su-deste de França, dizia, sorridente, queo seu sonho era “tornar-se cantor” erecolheu alguns risos do públicoquando disse que era trolha, mas otom mudou assim que afirmou que amúsica o ajudou a superar a morte damãe, deixando um dos júris sem pa-lavras e de olhar embaciado.Quando pegou na guitarra acústica ecomeçou a cantar, Mickaël dos Santosdeixou todos os elementos do júrientre estupefação e emoção, aca-bando por fazer chorar um deles, queo selecionou para passar diretamentepara a final do concurso. As imagensforam parar à internet e o vídeo tor-nou-se viral, tendo sido visto mais de10 milhões de vezes em alguns dias.“Era uma vez um jovem que apareceu

com a sua guitarra e contou a históriada mãe que morreu. Com a minhaaparência, acho que mostrei algo queas pessoas não esperavam, uma vozque - dizem - aparece não se sabebem de onde. Acho que a minha sim-plicidade também foi apreciada. Tam-bém disse que era trolha, mas achoque o principal foi por causa de minhamãe”, recordou.Mickaël dos Santos perdeu a mãe aos16 anos, deixou de estudar e come-çou a trabalhar nas obras, tendo-se re-fugiado na música para escapar à dor.“Comecei a tocar quando perdi aminha mãe. Foi esse o clique. Ela erao meu ponto de referência e perdiuma parte de mim e da minha vida.Procurei algo para me refugiar, parafugir dos problemas da vida e encon-trei isso na guitarra, na música. Senticoisas na música que nunca tinhasentido na vida e senti que tinha uma

ligação com a música. Um dia, a fa-mília e os amigos disseram para eume lançar e mandei a inscrição”, con-tou.Mickaël é autodidata, nunca teveaulas de canto nem de guitarra,aprendeu “tudo com a televisão eatravés de tutoriais na internet” e co-meçou a tocar guitarra ao ouvir osGipsy Kings.A primeira inscrição num programatelevisivo não falhou e conquistou júri,telespetadores e internautas, levandoa editora Sony Music a propor-lhe agravação de um disco em França.As luzes da ribalta e o tempo exigidopara a preparação de um álbum nãoo fizeram deixar a construção civil eMickaël continua a trabalhar nasobras e a gastar duas semanas pormês para as gravações porque “traba-lhar duro é uma força e uma forma demotivação”.

“Continuo na mesma a trabalhar. Du-rante duas semanas pelo menos vougravar, dar entrevistas, mas é umaforça para mim pensar que no fim desemana estou num concerto de TonyCarreira a fazer a primeira parte e diasdepois estou nas obras. Para umjovem como eu, é uma forma de medizer que se quero ser cantor a tempointeiro tenho de trabalhar duro e umdia serei cantor profissional”, acres-centou.O segundo single vai sair em novem-bro, chama-se “Viver a vida” e temduas versões, uma inteiramente emportuguês e outra em francês e portu-guês, tendo sido escrita e compostapelo músico “num estilo eletropop” efalando sobre “a necessidade de pôros problemas para trás e viver um diade cada vez”.O disco, que vai ser lançado em ja-neiro, vai ter “um pouco de tudo”, in-cluindo canções em português,nomeadamente uma das versões“Viver a Vida” e uma cover da canção“Hallelujah”, cantada em inglês eportuguês.Mickaël dos Santos, cuja mãe era fãde Tony Carreira, cantou o tema“Pobre Diabo” com o artista portu-guês no disco “Le Coeur des Fem-mes”, lançado em fevereiro deste anoe fez a primeira parte do seu concertono Le Grand Rex este mês de setem-bro.Agora, o jovem gostava de ir cantar aPortugal, a terra dos pais que diz ado-rar, que também vê como sua e quevisita “todos os verões para ver a fa-mília” porque Portugal está-lhe “nosangue”.

A voz que emocionou a França

Por Carina Branco, Lusa

Da Silva revoltado com exílio fiscal de Florent Pagny em Portugal

A decisão do cantor francês FlorentPagny de se instalar em Portugal pormotivos fiscais está a provocar váriasreações em França e revoltou o músicolusodescendente Da Silva.Na sua conta Facebook, o cantor luso-descendente escreveu, na terça-feira,um longo texto em que começava pordenunciar que «ir viver para Portugalpara não pagar mais impostos emFrança é lamentável», tendo a mensa-gem tido mais de 3.300 partilhas, ob-tido mais de 2.200 comentários eregistado mais de nove mil reações.Em declarações à Lusa, Da Silva disseque decidiu exprimir-se porque é algoque o «toca profundamente», uma vezque compreende que se deixe um país«por razões políticas, quando há umtirano no poder, por razões climáticas,pela fome, pela falta de trabalho», masnão compreende «como é que se deixao seu país apenas para fugir aos im-postos sobre os direitos de autor e‘royalties’».«Eu também faço parte dos 5% defranceses que pagam mais impostosque todos os outros, mas se toda agente se for embora, o que deixamosà França? Foi em França que fomos àescola, que crescemos. Foi a França

que acolheu o meu pai e tantos outrosquando Portugal era uma miséria. E égraças aos impostos de todos que po-demos ajudar os que precisam», con-siderou o cantor.Atualmente em digressão com o novodisco «L’Aventure», Da Silva disse«gostar tanto de Portugal como deFrança», tem 13 tios e o pai a viveremem Portugal, mas nunca lhe passoupela cabeça mudar de país para fugiraos impostos porque considera que oseu «papel enquanto artista» é «darum pouco» do que lhe dão e porque«abandonar os mais carenciados sópara comprar mais um carro é uma

imbecilidade».«É verdade que um artista paga mui-tos impostos, mas se somos tão tribu-tados é porque nos sobra muito paraviver. Se ganhamos, sei lá, 300.000euros por ano, temos de dar 100.000aos impostos, mas ainda sobram200.000 para viver! Quando se ganhamuito dinheiro, paga-se mais impos-tos», resumiu.O músico ressalvou que não julga di-retamente Florent Pagny, mas «todo osistema através dele», lamentandoque «as pessoas aproveitem as falhasda Europa para ir ganhar mais di-nheiro» e defendendo que «devia

haver uma política fiscal europeia».O cantor, de 41 anos, que lançou seisálbuns em França, insistiu que nãotem medo de dizer o que pensa, apon-tando como «uma vergonha» que emFrança se «deixe que os ricos partame não se queira que os emigrantes en-trem».«É lamentável. Há quem me diga quenão tenho nada que me meter, masclaro que me meto, é a vida do meupaís. As pessoas pensam que o queele fez é um ato de rebelião, mas é umato egoísta. Não acho correto. Todas aspessoas que ganham dinheiro nonosso país devem pagar no nossopaís», explicou o cantor, apontandoque Pagny «não vende os seus discosem Portugal».Esta semana, o cantor francês FlorentPagny revelou ao jornal Le Parisienque decidiu instalar-se em Portugal«por verdadeiras razões fiscais», elen-cando que «não há impostos sobre as‘royalties’ durante dez anos», nem im-posto sobre a sucessão, nem impostosobre a fortuna.Ontem, a Ministra das Forças Armadasfrancesa e antiga Secretária de Estadodo Orçamento Florence Parly afirmou,na estação de rádio Franceinfo, queconsidera «um pouco indigno» o exíliofiscal do cantor.

Carina Branco, Lusa

Par Clara Teixeira

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CULTURA 11

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Exposição de João Moniz no Consulado de PortugalA exposição «Singularités du Blanc»de João Moniz, vai ser inaugurada noespaço Nuno Júdice, do ConsuladoGeral de Portugal em Paris, estaquarta-feira, dia 4 de outubro, pelas18h30.João Moniz nasceu em Lisboa, nodia 3 de janeiro de 1949, e fez aEscola de Artes Decorativas Antó-nio Arroio, a École Nationale Supé-rieure des Beaux Arts de Paris e oAtelier Gustave Singier.«É um pintor intimista, minucioso,que procura num espaço e numtempo primordial e espiritual umaluz criativa apontadora de cami-nhos pictóricos» diz uma nota do

Consulado Geral de Portugal emParis.No seu percurso artístico já expôs,desde os anos 70, em salas tão im-portantes como o Centro CulturalPortuguês - Fundação Gulbenkian,Paris, a Fundação Calouste Gul-benkian, Lisboa, a Maison de Cul-ture da la Rochelle, França, oInstituto Camões, Paris, a GaleriaIn Zwinger, Alemanha, as GaleriasQuadrum, Galeria 111 e GaleriaAntónio Prates, Lisboa, UNESCO,Paris, o Centro Cultural de Cascais- Fundação D. Luís I e a Assem-bleia da República Portuguesa.Este grande nome da pintura por-

tuguesa contemporânea participouigualmente nos prestigiados «Salonde Mai» e no «Salon des réalitésNouvelles» em Paris, por dois anosconsecutivos, e em várias feiras in-ternacionais de arte.De referir ainda, o filme-documen-tário realizado sobre a sua obrapara a Televisão Alemã em 1985.Esta exposição estará patente noConsulado Geral de Portugal emParis até ao dia 3 de novembro.

Consulado Geral de Portugal6 rue Georges Berger75017 Paris

Em Paris

«J’ai découvert que j’étais mort», de J.P. Cuenca

João Paulo Cuenca, étoile montantede la littérature brésilienne, était pré-sent le 26 septembre dernier, à la Li-brairie Portugaise et Brésilienne, àParis, en compagnie de LaurenceBourgeon, représentante des éditionsCambourakis, pour la présentation deson roman intitulé «J’ai découvert quej’étais mort», qui vient de paraître enfrançais, traduit par Dominique Né-dellec.Le mobile de ce roman peut se résu-mer ainsi: convoqué au commissariatsuite à une altercation avec ses voi-sins, l’écrivain J.P. Cuenca apprendqu’il est officiellement mort. En effet,un dossier en son nom fait état de sondécès, en juillet 2008, dans un squatde Lapa, quartier bohème de Rio deJaneiro. «J’ai découvert que j’étaismort» (son deuxième roman publié enFrance) lui a inspiré son premier long-métrage, «A morte de J.P. Cuenca».

Dans ce roman, vous partez d’un élé-ment autobiographique?Oui, en effet, mon personnage a lemême nom, la même date de nais-sance et il exerce le même métier quel’auteur du livre. Donc, dans le casprésent, je me sers bien d’un élément

de ma biographie pour écrire une fic-tion. Cependant, mes principales ré-férences pour écrire ce livre sont liéessurtout à l’œuvre de Lima Barreto, unauteur brésilien du début du XXèmesiècle, qui utilisait son nom ou sonstatut d’écrivain pour créer ses fic-tions.

En épigraphe de ce roman, vous citez

une réflexion quelque peu surréalistede Machado de Assis, tirée de sonlivre «Memórias póstumas de BrásCubas»: «La franchise est la premièrevertu d’un défunt». Cet auteur comptebeaucoup dans votre formation etvotre création littéraire?Énormément! D’une certaine ma-nière, Machado de Assis a inventé leBrésil moderne, la culture brésilienne

telle que nous la connaissons au-jourd’hui. Le modernisme brésilien, lepoète et écrivain Osvaldo de Andradeou bien le courant musical Tropicália,ne seraient rien si Machado de Assisn’avait pas existé. Il est très présentdans mon travail d’écrivain. Ainsi,dans ce roman, dès que j’apprendsque j’étais mort, je pense à Machadode Assis et, comme lui, je me sers de

ma mort pour écrire le livre.

Chez Machado de Assis, comme dansvotre livre, la ville Rio de Janeiro estomniprésente. Pensez-vous que Rioest en train de «perdre son âme»,comme on l’affirme en 4ème de cou-verture?Je ne le pense pas vraiment. Rio estpeut-être à la recherche de quelquechose qui viendrait de l’extérieur.C’est une ville qui a toujours vouluimiter une autre ville. Les grandestransformations urbaines de la finXIXème siècle et début du XXème imi-taient celles de Paris, avec Hauss-mann. Et aujourd’hui, avec les JeuxOlympiques, ils ont voulu imiter New-York! C’est cela, peut-être, qui carac-térise l’âme de Rio: construire sonidentité en parodiant ce qui existe ail-leurs.

Précisément, quelqu’un a qualifiévotre livre comme étant «le grandroman du Brésil post-olympique»…Pour quelle raison?Les JO de Rio de 2016, par ses pro-portions gigantesques, représentaientun espoir de prospérité pour beau-coup de gens. Ils étaient le symboled’un projet économique, politique etsocial, mais qui a échoué dans toutesa splendeur. Et mon livre est un re-gard, une radioscopie de tout cela.Les conséquences de cet échec sontvisibles tous les jours. Je ne pouvaispas m’empêcher de parler de ces évé-nements, de ce moment historique,de la ville où je vis. Nous sommes làdevant dans une impasse, mais monlivre ne prétend pas apporter la solu-tion. D’ailleurs, le protagoniste duroman, soit l’alter-ego de l’auteur, estpris lui-aussi dans cette spirale. Ainsi,dans ce roman il y a un parallèle entrela biographie du personnage, celle dela ville de Rio et celle du pays tout en-tier. C’est une histoire de chute, dedécadence. Les JO sont un exemplede la manière dont l’État brésilien sertles intérêts des grands groupes éco-nomiques, contre les intérêts de la po-pulation. Nous sommes là devant unproblème structurel du Brésil. Monlivre ne donne pas de clé pour arrêtercette mise en abyme, mais il dessineminutieusement tous les aspects duproblème.

Par Dominique Stoenesco

Un polar politique surréaliste

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Laurence Bourgeon et João Paulo CuencaLusoJornal / Dominique Stoenesco

Le 04 octobre 2017

Paula Ferro

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lusojornal.com

Lens ofereceua estrutura do Euro’16 a Lisboa

A cidade de Lens, que coorganizou oEuropeu de futebol em 2016, ofere-ceu a estrutura que tinha mandadoerguer para o Euro, à cidade de Lis-boa.A iniciativa teve a assinatura do Côn-sul Honorário de Portugal em Lille,Bruno Cavaco, que estabeleceu a li-gação entre o Maire de Lens - quetambém é Presidente de «LensAgglo» - Sylvain Robert, «que nãosabia o que fazer da megaestrutura»e a Câmara municipal de Lisboa.«Tendo em conta que Portugal ga-nhou o Euro’2016, faz todo o sentidoque este ‘totem’ que simboliza a vitó-ria portuguesa, vá para Lisboa» disseBruno Cavaco ao LusoJornal.

Andebol: Wilson Davyes na senda dasvitórias

O internacional português Wilson Da-vyes ainda não foi derrotado nestatemporada da primeira divisão fran-cesa de andebol. O Dunkerque ven-ceu por 26-23 o Chambéry num jogoa contar para a sexta jornada da Ligafrancesa.Um encontro durante o qual WilsonDavyes apenas apontou um golo, noentanto após três jogos, é evidente aimportância que o internacional portu-guês tem na equipa. Com apenas umgolo frente ao Chambéry, Wilson Da-vyes é no entanto o quinto melhormarcador da sua equipa com seisgolos apontados em «apenas» noveremates.Com esta vitória, a segunda esta tem-porada, além do empate na jornadainaugural, o Dunkerque ocupa um ex-celente terceiro lugar com cinco pon-tos, a um ponto dos dois líderes, oParis Saint Germain e o Montpellier.Recorde-se que nesta terceira jornada,o PSG venceu por 34-27 na sua des-locação ao terreno do Toulouse, en-quanto o Montpellier derrotou, emcasa, o Tremblay por 28-25.Uma derradeira nota para o Saint Rap-haël, equipa do treinador lusodescen-dente Joël da Silva, que joga nestesábado à noite frente ao Nantes, numjogo em atraso da terceira jornada.No que diz respeito à quarta jornada,o Dunkerque de Wilson Davyes des-loca-se ao terreno do Nîmes a 4 de ou-tubro, pelas 20h00, enquanto o SaintRaphaël vai defrontar o PSG, em Paris,a 5 de outubro, pelas 20h45.

12 DESPORTO

Centenas correram para ajudar os mais necessitados

A chuva bem podia ter estragado aCorrida solidária que a Santa Casa deMisericórdia de Paris, organizou peloquarto ano consecutivo, no Domainede la Cour Roland, em Jouy-en-Josas(78), este domingo, dia 1 de outubro.Mas as centenas de pessoas inscritasna prova marcaram presença e o Pro-vedor Joaquim Sousa, tinha razõespara estar contente. «Apesar de teremanunciado chuva, as pessoas vieramem grande número e isso deixa-mefeliz» disse ao LusoJornal.Quem também marcou presença foi a«madrinha», a Campeã olímpica Fer-nanda Ribeiro e o «padrinho», o ex-jo-gador e treinador Rui Barros.«No fundo, eu apenas estou a daraquilo que me deram durante a minhacarreira. Os Portugueses deram-memuito, estiveram sempre comigo,apoiaram-me, por isso, eu devo-lhesesta minha presença» disse FernandaRibeiro ao LusoJornal. «Há muitas ca-minhadas solidárias, e nem sempreme é possível participar, mas sempreque posso, vou».Também Rui Barros disse ao Luso-Jornal que «é importante estar pre-sente neste tipo de eventos desolidariedade. Desde que a nossavida profissional nos deixe, estare-mos sempre aqui a correr para os

mais necessitados».Apesar da chuva, também Rui Barrosficou admirado com tanta participa-ção. «As pessoas têm um bom cora-ção e é um convívio muito alegre».Enquanto uns corriam, outros cami-nhavam. Houve quem se inscreveupara fazer 4 quilómetros e quemoptou pelos 8 quilómetros. A distânciae o tempo gasto no percurso acaba-ram por não ter importância. O impor-tante era mesmo… participar.«Fiquei bastante contente quando vitanta gente a correr e a caminhar.

Estou muito contente com isso» disseFernanda Ribeiro. «Sentir que as pes-soas estão disponíveis para ajudar osoutros é muito bom» confirmou RuiBarros.Os dois atletas já confirmaram quetudo farão para voltar no próximo ano.O Domaine de la Cour Roland acolheua iniciativa e enquanto uns faziamexercícios de aquecimento, a Filarmó-nica Portuguesa de Paris assegurou aanimação musical.«Estamos muito contentes com aadesão a esta iniciativa, mas gosta-

riamos de ter ainda mais gente.Temos fé que isto venha a acontecer»confessa o Provedor da Santa Casada Misericórdia de Paris. «Todos nóstemos de trazer amigos e familiarespara duplicarmos o número de parti-cipantes no próximo ano. É para umacausa nobre, para ajudar os que maisnecessitam e nós podemos ajudarporque estamos com saúde» disse aoLusoJornal.Pascal Thévenot, o Maire de Vélizy-Villacoublay, também marcou pre-sença no evento. «Só falhei no anopassado, porque tinha um outro com-promisso» lembrou ao LusoJornal.«Temos uma forte Comunidade portu-guesa na nossa cidade e uma associa-ção importante. Vieram ver-nos parapedir apoio logístico e claro que deci-dimos ajudar».Pascal Thévenot diz-se impressionadopela «forte demonstração de solidarie-dade» e considera que é uma «boainiciativa».Joaquim Sousa já só pensa no pró-ximo evento de recolha de fundos daSanta Casa da Misericórdia de Paris:um jantar de gala, marcado para opróximo dia 18 de novembro, nasala Vasco da Gama, em Valenton elogo depois é lançada a campanhade recolha de géneros alimentíciose de roupas, para os mais necessi-tados.

Corrida da solidariedade da Misericórdia de Paris

Por Mário Cantarinha

Jean Pina patrocina equipa de Futsal da Casa do Benfica

Jean Pina, o fundador do Grupo PinaJean assinou um Protocolo de patro-cínio com a equipa de futsal da Casado Benfica de Paris. Para esta época,junta-se à Renova e à Fidelidade paraapoiar esta equipa que joga na D1 noDepartamento dos Yvelinnes, mas quepertence à Casa do Benfica de Paris.«Apoio esta equipa no seguimento deum contacto que tive com o Presi-dente Manuel Santos» explica JeanPina ao LusoJornal. O Grupo apoiadesde 1 de julho a Casa do Benficada Guarda e muito recentemente tam-bém foi notícia no LusoJornal porapoiar a equipa da ténis para deficien-tes de Croissy-sur-Seine. «Eu doumuita importância ao trabalho com osjovens. É necessário tirar os jovens darua e levá-los para os terrenos despor-tivos. Enquanto estão a treinar, nãofazem outras coisas».E calha bem porque a equipa crioueste ano um grupo juvenil para crian-ças de 11 a 13 anos. «É um projetoque temos há vários anos. Este anoconseguimos ter um ginásio que é omais complicado. Agora penso quetemos crianças em número suficientepara fazer duas equipas» explicou aoLusoJornal Jorge Alexandre, o VicePresidente da equipa de futsal.Para desenvolver esta nova atividade,a Casa do Benfica contratou Paulo Pe-reira. «Estudou na Universidade doPorto, que tem tradição na área dodesporto, já vem do futebol de 11 e

tem todos os diplomas requeridospara o enquadramento das crianças».«Por isso é que este apoio do senhorPina é importantissimo» confirma oPresidente da Casa do Benfica deParis, Manuel Santos. «Temos muitasdespesas com a equipa, nomeada-mente com o Treinador das classes jo-vens que tem de ser um animadordesportivo devidamente diplomadopara o efeito e sem a ajuda do senhorPina, não poderíamos pagar esse ani-mador».Esta equipa de crianças vai ser o vi-veiro para a equipa principal. «É onosso futuro. Os nossos jogadoresatuais já vêm do futebol de 11, já

sabem tudo, já são Cristianos e Messise com esta equipa de jovens, quere-mos formar novos jogadores» con-firma Jorge Alexandre.A equipa principal entrou este ano nasua quarta época e quer subir para aterceira divisão regional (R3). «Temosos olhos postos no Sporting Club deParis que é o nosso exemplo, no futsalfrancês» diz descomplexadamente oPresidente Manuel Santos.A equipa tem este ano um novo Trei-nador, Eduardo Cardoso, que era Trei-nador de uma equipa de futsal emCarrières-sur-Seine. «Nós já jogámoscontra ele. Sabemos que é um bomtreinador, sempre teve muito respeito

por nós e este ano é o nosso Treinadorprincipal» confirma Jorge Alexandre.O clube joga num ginásio em SaintGermain-en-Laye às segundas-feiras ànoite, quando se trata de jogos emcasa e pode jogar noutros dias da se-mana, segundo as disponibilidadesdos ginásios das outras equipas.«Esta é precisamente a região onde onosso Grupo está implementado» ex-plica Jean Pina que espera destaforma ter um maior retorno sobre opatrocínio.O Grupo tem publicidade nas camiso-las, nas costas para o equipamentoprincipal, vermelho, e na frente parao equipamente secundário, branco.«Hoje toda a gente quer um equipa-mento oficial, ninguém quer umamarca secundária. Toda a gente querNike ou Adidas, o resto não existe.Ora, com o apoio do senhor Pina po-demos ter equipamentos oficiais doBenfica e automaticamente da Adi-das» refere Manuel Santos.Mas o Protocolo assinado entre a Casado Benfica e o Grupo Pina Jean vaimais longe: «há um complemento doProtocolo que implica a mobilizaçãodos adeptos da Casa do Benfica, pararecolha de alimentos para a SantaCasa da Misericórdia de Paris» explicaao LusoJornal Jean Pina. «O apoio acrianças em dificuldade é algo queme move e ajudar as famílias caren-ciadas é aquilo que temos feito nos úl-timos 5 anos».A equipa tem o primeiro jogo do Cam-peonato esta segunda-feira.

Por Carlos Pereira

LusoJornal / Mário Cantarinha

LusoJornal / Carlos Pereira

Por Marco Martins

Le 04 octobre 2017

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Andebol feminino:França empatou como Brasil

A Seleção francesa de andebol defron-tou pela segunda vez em três dias aSeleção brasileira. No primeiro jogoque decorreu a 30 de setembro, emBrest, a França venceu por 23-21. Nosegundo jogo, em Tremblay, neste do-mingo, o resultado foi um empate a 22golos.Num Palais des Sports de Tremblaycompletamente lotado, contando comcerca de 1.200 lugares, as Brasileirascomeçaram melhor o encontro, apon-tando um primeiro tento de forma ca-ricata. Numa fase em que aguarda-redes da França ia sair da suaárea, a defesa perdeu a bola, sendoque a atleta brasileira só teve de atirarpara o fundo da baliza.A partir daí o Brasil dominou, controlou,passou a liderar o marcador por 2-6.No entanto as Francesas tentaram rea-gir e não se precipitaram. Apenas aos22 minutos de jogo, a França passoupara a frente do marcador por 8-7. AsBrasileiras, muito por culpa das subs-tituições, acabaram por perder oportu-nidades e terminaram a primeira parteperdendo por 11-9.A segunda parte começou no mesmoritmo, que terminou a primeira, com aSeleção francesa a dominar mas a nãoconseguir ganhar alguma vantagemsignificativa em relação às Brasileiras.O Brasil conseguiu chegar ao empatea 13 golos após 11 minutos decorridosno segundo tempo.Pouco a pouco, a Seleção do Brasilconseguiu, novamente, passar para afrente do marcador, mas não conse-guiu guardar essa vantagem até ao fimdo encontro. As Francesas tendo em-patado a 22 golos nos últimos cinco se-gundos.Este jogo entre a França e o Brasil foibastante equilibrado, cada uma dasduas equipas passou para a frente domarcador, mas nenhuma conseguiulevar de vencido este segundo encon-tro.

14 DESPORTO

Les Lusitanos de Saint Maur étouffent Reims

Pour son déplacement dans la Marne,les Lusitanos se sont offerts une bellevictoire 3-0 face à la réserve du Stadede Reims, leader de Ligue 2. Promet-teur.Au moment de chanter dans le ves-tiaire, les joueurs ne se sont pas rete-nus. Profitant pleinement d’uneaprès-midi de rêve qui les a vu s’im-poser largement 3 buts à 0 face à laréserve du Stade de Reims.Après la frustration du match de Croix(1-1), les Saint-Mauriens espéraientbien enfin une deuxième victoireconsécutive cette saison après le suc-cès en Coupe de France au Mée (3-1). Une première.Et dès les premières minutes, la mo-tivation est totale du côté de SaintMaur qui ne manque pas de voir sesattaquants, Kisley, Jony Ramos, Leo-nel ou encore Kévin Diaz, être très en-treprenants sur le front de l’attaque.Et comme souvent, la lumière estvenue des pieds de son ailier gaucheet capitaine. A la récupération d’un

bon ballon à l’entrée de la surface,Diaz exécute une frappe imparablequi laisse le portier rémois sans réac-tion (0-1, 14 min).Quelques minutes plus tard, c’estLeonel Alves qui réalise un numéro defunambule sur le côté droit avant deservir à la perfection, sur la ligne, Ga-briel Marena, qui n’a plus qu’à pous-ser le ballon au fond des filets (0-2,25 min). Le premier but de l’anciende l’Entente SSG sous ses nouvellescouleurs.L’avantage de 2 buts aurait pu être puconséquent à la pause si les Lusitanoss’étaient montrés plus précis dans ledernier geste. Mais dès le retour desvestiaires, ce sont encore les visiteursqui dictent le tempo de la rencontreface à quelques supporters surpris parla qualité du spectacle.Et c’est finalement Mohamed Chalaliqui trouvera de nouveau la faille à lal’heure de jeu. Lancé idéalement parMarena, le buteur saint-maurien ins-crit le 3ème et dernier but de l’après-

midi (0-3, 62 min).Derrière, le score aurait pu être pluslourd sur des frappes de Bituruna,Kisley ou Leonel. Mais l’essentiel étaitfait. Saint Maur s’impose avec la ma-nière et retrouve enfin un brin de réus-site qui lui permet de retrouver lapremière moitié du classement,7ème, avec 10 points mais toujours à9 points du leader Fleury.A l’issue de la rencontre, Luís Loureirorestait pourtant mesuré en pensantdéjà à la suite du Championnat etmême à la Coupe de France. Le 5èmeTour de la compétition face à ValYerres Crosne (R3). «C’est une victoirejuste et méritée. On a été une équipeorganisée, très compact et cela a fa-cilité le travail de nos joueurs. Main-tenant, il y a toujours des choses àaméliorer même dans une victoire 3-0. Ce match a été l’un des meilleursau niveau de jeu pour les Lusitanos.Maintenant, il faudra confirmer dès leweek-end prochain avec la Coupe deFrance».

Football National 2

Eric Mendes

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Por Marco Martins

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Stade de Reims 0-3 US Lusitanos (0-2)

Stade de Reims: Boizart - Cakin,Roche, Marques, Vallier - Rousseau(Nejjari, 46 min), Devaux, Perrin(Cap.) (Mulalic, 69 min) - Bana(Bouoli, 46 min), Jung, Cafaro. Entr.:Jérôme Monier.US Lusitanos de Saint Maur: Anas-tase - Rangoly, Viegas, Gaxotte, Bitu-runa - Leonel, Taisson, Marena(Ribadeira, 82 min) - Kisley, Ramos(Chalali, 57 min), Diaz (Cap.)(Simão, 73 min). Entr.: Luís Loureiro.Buts: Diaz (14 min), Marena (25min) et Chalali (62 min) pour SaintMaur.Avertissements: Nejjari (84 min) etCafaro (94 min) pour Reims; Diaz(53 min) pour Saint Maur.

US Lusitanos de Saint Maur / EM

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TEMPO LIVRE 15

lusojornal.com

Boa notícia

A “trilogia dasvinhas” chegaao fimDepois dos operários da última horae dos dois filhos chamados ao traba-lho, a liturgia do próximo domingopropõe-nos uma terceira parábolaonde a vindima e a vinha são coloca-das no centro da atenção.No evangelho do dia 8 de outubro es-cutaremos Jesus que conta a históriade uma vinha, cujos rendeiros se re-belam e negam ao proprietário aparte dos frutos que lhe pertence.Não satisfeitos, os vinhateiros vãomais longe: agridem os servos do pro-prietário e matam o seu próprio filho.Para terminar, Jesus lança aos fari-seus que O escutam esta pergunta:«Quando vier o dono da vinha, quefará àqueles vinhateiros?».Bem diz a nossa gente que pela bocamorre o peixe! Os fariseus não se re-conheceram na descrição dos vinha-teiros homicidas e por isso, semsuspeitarem, condenaram as pró-prias ações ao responderem severa-mente: «é preciso matar essesmalvados!».Jesus já sabia quem conspirava parao assassinar… Contou esta parábolana esperança de que os seus inimi-gos reconhecessem os próprios errose abandonassem a decisão de O eli-minar.Era uma esperança vã? Talvez. Noentanto, Deus Pai não abandona ahumanidade, não desiste de acreditare confia na nossa generosidade empartilhar os “frutos da vinha”. Nofundo, é a grande questão por detrásdesta e de outras páginas do Evange-lho: como receberemos o herdeiro doSenhor quando Ele nos visitar? Comfrutos abundantes? Ou com paus epedras…?Bom domingo e bom exame deconsciência!

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Eglise Notre Dame du Réveil Matin1 bis rue de Buzenval78420 Carrieres-sur-SeineDomingo às 9h30

Jusqu’au dimanche 8 octobre Exposition «PinaParis» dans le cadre dela Semaine des cultures étrangères etdu Parcours Bijoux, dédié aux bijouxcontemporains. Maison du PortugalAndré de Gouveia, Cité universitaire, 7P boulevard Jourdan, à Paris 14. Infos: 01.40.79.02.40.

Jusqu’au 15 octobre Exposition Adolphe-Félix Cals «Annoncerl’Impressionnisme», à la Galerie Mendes,45 rue de Penthièvre, à Paris 8.

Du 9 au 13 novembre Dans le cadre du Salon de la photogra-phie de Paris, deux expositions de Se-bastião Salgado. L’ine idédite enFrance «Parfums de Rêve», l’autre avecdes photos de la collection de la Maisoneuropéenne de la photographie. Hall 5du Parc d’Expositions de Paris Porte deVersailles, à Paris.

Jusqu’au 17 novembre Exposition «Portugal, un voyage dans letemps» avec des photographies de Ber-nard Cornu et des textes de Nuno Jú-dice. Maison du Portugal André deGouveia, Cité universitaire, 7 P boule-vard Jourdan, à Paris 14. Infos: 01.40.79.02.40.

Jusqu’au 17 décembre L’art dans les Chapelles invite l’artisteportugaise Armada Duarte (Praia do Ri-batejo, Portugal, 1961), avec le soutiende l’Ambassade du Portugal enFrance/Camões - Centro Cultural Por-tuguês em Paris. Chapelle la Trinité,Castennec, à Bieuzy-les-Eaux (56).

Le 9 octobre, 18h00 Rencontre avec Isabel Pires de Lima,Isabel Almeida et Carlos Mendes deSousa, dans le cadre du centenaire dela naissance d’Andrée Crabée Rocha,d’António José Saraiva et d’ÓscarLopes, critiques et historiens de la lit-térature et culture portugaise. Fondation Calouste Gulbenkian, 39boulevard de la Tour Maubourg, à Paris07.

Le dimanche 8 octobre, 14h00 Festival «Signes de Nuit», films aux vi-sions nouvelles, à l’imagerie originaleet contenant une approche critique del’existence humaine moderne. Cité in-ternationale universitaire de Paris, enpartenariat avec plusieurs Maisons etFondations, dont la Maison du Portu-gal. 7 P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Mardi 24 octobre Projection en avant première du film«Le Consul de Bordeaux» de João Cor-rea et Francisco Manso. Sortie natio-nale à partir du 25 octobre. LeLucernaire, 53 rue Notre Dame desChamps, à Paris 6.

Le vendredi 6 octobre Soirée de fado avec Tereza Carvalho or-ganisée par l’Académie de Fado. Théâ-tre La Mare au Diable, 4 rue Pasteur, àPalaiseau (91). Infos: 01.69.31.59.95.

Le mardi 17 octobre, 20h30 Soirée de fado, organisé par l’associa-tion Portugal du Nord au Sud, avecNina Tavares, Jenyfer Rainho et Joa-quim Campos, accompagnés par NunoEstevens et Filipe de Sousa. ThéâtreSilva Monfort, 12 rue Pasteur, à SaintBrice-sous-Forêt (95). Infos: 06.71.26.57.65.

Le mardi 17 octobre, 20h30 Concert de l’artiste portugais AntónioZambujo, dans le cadre du FestivalWorldStock de musiques du monde, auThéâtre des Bouffes du Nord, 37 bisboulevard de la Chapelle, à Paris 10.Infos: 01.46.07.34.50.

Le samedi 7 octobre, 20h30 Concert de Lisbonne Café + TéofiloChantre, au Forum Léo Ferré, 11 rueBarbès, à Ivry-sur-Seine (94).

Le samedi 7 octobre, 19h00 Concert du quatuor de guitares «Par-naso», à la Maison du Brésil. Avec Au-gusto Pacheco, Carlos David, Gonçalo

Pires de Morais et Paulo Andrade pré-sentation des oeuvres de compositeursportugais. Maison du Brésil, Cité Inter-nationale Universitaire 7L boulevardJourdan, à Paris 14. Infos: 01.58.10.23.00.

Le dimanche 08 octobre Concert de la capverdienne Elida Al-meida (album Kebrada), dans le cadredu festival La Seine Musicale, Ile Se-guin, à Boulogne-Billancourt (92).

Le dimanche 8 octobre, 17h00 Concert exceptionnel du “Quarteto Par-naso” en provenance du nord du Portu-gal, avec les guitaristes AugustoPacheco, Carlos David, Gonçalo Piresde Morais et Paulo Andrade. Au pro-gramme: Fernando C. Lapa, Ricardo Ri-beiro, Óscar Rodrigues, Roland Dyenset chansons de Zeca Afonso arrangéespar Paulo Andrade. Organisé par l’asso-ciation Guitar’Essonne, à l’église SaintDenis, à Athis-Mons (94). Infos: 06.98.26.01.53.

Le samedi 14 octobre, 20h00 Concert de la chanteuse Mariana Fa-bião et «Jardim Jazz», dans le cadre du7ème Festival de Jazz de Cité. Maisondu Brésil, Cité universitaire. 7L boule-vard Jourdan, à Paris 14. Infos:01.58.10.23.00.

Le vendredi 20 octobre Concert de la capverdienne Elida Al-meida (album Kebrada), dans le cadredu festival Festi’Val De Marne, àChampigny-sur-Marne (94).

Le samedi 7 octobre, 21h00 Spectacle de Johnny et bal animépar le groupe Kapa Negra, organisépar l’Association sportive et cultu-relle des Portugais de Persan. SalleMarcel Cachin, place Salvador Al-lende, à Persan (95). Infos: 07.64.08.87.15.

Le samedi 7 octobre, 19h30 Dîner-dansant avec Rui Fernando, DJAníbal et d’autres artistes. Organisé parl’association Agora. Salle Jean Vilar, 9boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).Infos: 06.24.25.79.27.

Le samedi 7 octobre, 20h00 Dîner dansant avec le groupe folklo-rique portugais Souvenir du Dienat etanimé par Fred Mota et Musique pourTous. Salle polyvalente Germinal, àDésertines (03). Infos: 06.63.84.71.26.

Le samedi 14 octobre, 21h00 Fête portugaise pour le 20ème anniver-saire de l’association Agora, avec JorgeFerreira et ses musiciens. Bal animépar Katheleen et Christian. Organisépar l’association Agora. Salle Jean Vilar,9 boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).Infos: 07.64.08.87.15.

Le samedi 21 octobre, 19h00 Fête portugaise avec la participation dugroupe Nova Imagem et Maria Celesteet sa bande venus directement du Por-tugal. Spécialités portugaises. Organi-sée par «Províncias de Portugal deRoubaix». Salle Henri Watremez, 91rue de l’Hospice, à Roubaix (59). Infos: 06.51.14.13.99.

Le samedi 28 octobre, 20h00 Dîner-dansant animé par José Cunha,organisé par l’Association Centre Pas-toral Portugais. Salle Jean Vilar n°2, 9boulevard Heloïse, à Argenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 25 novembre, 21h00 Bal animé par Diapasão, Virginie et Lu-sibanda, organisé par l’association Lu-sibanda. Salle des Fêtes deCaucriauville, 201 rue Edouard Vail-lant, Le Havre (76). Infos: 06.23.40.15.91.

Le samedi 14 octobre, 09h00 14ème Rencontre Nationale des Asso-ciations Portugaises de France, organi-sée par la Coordination des collectivitésportugaises de France (CCPF), à la Mai-rie de Paris, à Paris 4.

Le samedi 14 octobre, 18h00 Soirée de Gala organisée par Cap Ma-gellan. Animations musicales et plu-sieurs Prix seront attribués afin dedistinguer 6 thématiques différentes, àla Mairie de Paris, à Paris 4. Infos: 01.79.35.11.00.

SPECTACLES

EXPOSITIONS CINEMA

CONFÉRENCES

CONCERTS

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FADO

DIVERS

Le 04 octobre 2017

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