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    Da Teoria da Organização Científica do Trabalho à Teoria Clássica

    A primeira abordagem sistemática da Teoria da Gestão assumiu um carácter nitidamente mecanicista,

     procurando preconizar procedimentos que conduzissem a uma correta administração das organizações,

    otimizando quer a forma de execução das tarefas quer a estrutura da própria organização. É de referir que,

    antes destes primeiros contributos, á autores como Andre! "re ou #$ar%es &abbage tin$am pub%icado, na

     primeira metade do s'cu%o ()(, a sua *isão pessoa% quanto + gestão de empresas. a%ta*a, contudo,

    sistematização a estes pioneiros, tendo as suas obras um carácter essencia%mente emp-rico.

    oi rederic Ta/%or 01234516137 quem estabe%eceu as bases do que ficou con$ecido como a 8Teoria da

    9rganização #ient-fica do Traba%$o8. As suas ideias, centradas na forma como as tarefas são executadas, t:m

    como principa% base a 'tica protestante do traba%$o árduo, raciona%idade económica e indi*idua%ismo. ;ão

    assim uma orientação pragmática para aumentar a efici:ncia do traba%$o, baseada na experi:ncia pessoa% de

    Ta/%or na arte assim do pressuposto de que bastam recompensas financeiras para moti*ar os traba%$adores e que

    os administradores se conformariam a *er o seu pape% reduzido + organização ?cient-fica? do processo

     produti*o, recorrendo + uniformização de tarefas e + di*isão do traba%$o. @a rea%idade, nen$um destes

     pressupostos se *erificou, pe%o que quer os detentores do capita% quer os traba%$adores demonstraram

    resist:ncias + sua abordagem da gestão. 9s primeiros por *erem o seu bom senso e capacidade questionadose os segundos por %$es ser exigido que desempen$assem tarefas puramente mecnicas e repetiti*as, ta% como

    se se tratassem de máquinas.

    A abordagem ta/%orista ' parcia% na forma como encara a gestão, pois considera a empresa como uma

    organização fec$ada e se debruça apenas sobre o processo produti*o em si, esquecendo, por exemp%o, a

    estrutura da própria empresa.

    Bmbora continuem a não considerar as inter5re%ações da empresa com o seu ambiente, as teorias centradas

    na estrutura consideram a tota%idade da organização, indo a%'m da mera raciona%ização do traba%$o. A 8Teoria#%ássica8 de Cenri a/o% 012D1516E37 foi o primeiro contributo nesta perspecti*a, assumindo uma *isão

    anatómica da estrutura forma% da organização. A sua principa% preocupação residia nas re%ações e funções

    dos di*ersos órgãos dentro da empresa. a/o% identificou tamb'm as principais funções da empresa

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    0t'cnicas, comerciais, financeiras, de segurança, de contabi%idade e administrati*as ou de gestão7,

    estabe%ecendo uma termino%ogia que ainda $oe ' aceite.

    A 8Teoria #%ássica8 preconiza*a uma estrutura $ierárquica, que traduzia uma cadeia de comando c%ara,

    re*e%ando uma orientação de natureza mi%itar. #ontudo, considera*a que a função de gestão esta*a presente

    em todos os n-*eis $ierárquicos, crescendo a sua importncia nos n-*eis mais e%e*ados. A função de gestão

    teria um pape% de coordenação das cinco restantes, en*o%*endo pre*er, organizar, comandar, coordenar e

    contro%ar.

    9s princ-pios para uma boa gestão tamb'm foram enunciadosF di*isão do traba%$o, autoridade e

    responsabi%idade, discip%ina, unidade de comando, subordinação dos interesses indi*iduais aos co%eti*os,

    centra%ização, ordem, iniciati*a e esp-rito de corpo. É aqui que se pode encontrar a contradição da 8Teoria

    #%ássica8 e do contexto em que esta surgiu. #om uma enorme massa de traba%$adores, necessitados

    desesperadamente de emprego, sem poder rei*indicati*as nem instrução, e uma economia em expansão, ofundamenta% naque%es dias era produzir tanto quanto poss-*e%, tendo uma preocupação *ita% com o comando

    e a $ierarquia, para fazer face +s crises de crescimento das próprias empresas. Apesar disto, a/o%

    recon$ecia nos seus princ-pios a importncia da iniciati*a e do esp-rito de corpo. icou por saber de que

    forma ' que estes propósitos poderiam ser conci%iados com o esti%o autoritário de gestão que preconiza*a.

    A abordagem que Cenri a/o% propõe na sua 8Teoria #%ássica8 ' eminentemente prescriti*a e normati*a.

    >ropõe5se prescre*er receitas, para conduzir os empresários ao sucesso e aos %ucros. 9s seus pontos de *ista

    foram mais tarde retomados, pe%os c$amadosautores neoclássicos

     0como oontz e 98=onne%, =a%e, @e!mann e A%bers, por exemp%o7, que procuraram reduzir a rigidez e mecanicismo originais da 8Teoria

    #%ássica8, uti%izando conceitos de teorias mais recentes.

    9utra teoria centrada na estrutura ' da autoria do soció%ogo a%emão

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    conformismo se insta%em, está a destruir as capacidades fundamentais que uma organização de*e possuir 

     para, pe%o menos, se adaptar + e*o%ução do mundo que a rodeia.

    >or outro %ado, a 8Teoria da &urocracia8, ta% como a 8Teoria #%ássica8 ou a 8Teoria da 9rganização #ient-fica

    do Traba%$o8, ignorou ostensi*amente a dimensão $umana das organizações. #ada pessoa, mesmo enquanto

    e%emento de uma organização, nunca deixa de ser comportar como um indi*-duo, cuo desempen$o depende

    da sua moti*ação. A parcia%idade destas abordagens não podia deixar de suscitar o seu contraponto com o

    surgimento de uma no*a corrente dia%'tica da teoria da gestão.