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S A N T A CECILIA,Quepregou o ^e'\>erendifßmo T a ire t5M^eHre

Frey Fernando de Santo zAugußinho^ da Or­dern de Sao feronym o , Tadre da TroVin-

eia na fua % ^ig iao , cy* Examinador das t r e s O r d e s < i 5 \ £ i l i t a r e s .

Em o Real Convento de Odivellas no anno de 1684.

fá-

L I S B O A .

Na Officina de J O A M G A L R A M .

ComtodMMlicen tunecejjarki, Annode 168p.

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Simile ejl ~Rcgnum Criorum ^ccem Virgini- nibtis, qua accipientes lawpaJesJuds, exie- runtobyiMi Sponfo,&• Spoiifæ.

S.Mattheus no Cap. 25.

R o aíTompto do S«rmSo h o je he d e h u m a Vi;cem , íjue tendo bom m etal de voz,fo i a mais deftra C a n to ­r a , m if te r io fa h e o

E vange l l io p a r a o aíTumpto, por* Ihe acharertios r a tá o de rnrtru-

m e n to , aonde fe devem csn ta r os p o n to s da fuá vida, & os a l to í aon- d e c h e g o n o fe i i m erec im en to ; & te n d o o E vange lho r a f o ís de inf- t ru m e n ío , deve aco m p an h ar efta C a n to r a , m ettendo as v o z í s to d a s , para que Toe a l ia rm onia com afin» g u la i i J a d e da V0 2, que acon ipa- Tifii. E fte inftrurticnto c o m p o n o C an to r M o r C h r i f t o : Jefu/.-JÍ- «>//' t/? Rcgnum C'fthtum áectm V ir- gimthur. Quera n i o repara no num e­ro de dez , para daqui inferir o co ­m o íoi ag radavel a Déos efta p s r - feita efpecie d can to de Cicilia, af- fítn na le tra ,co m o na folta nova,qoe c a n t ( ì u ,& n o s paflos rfe 'garganta,

fez a té d a r a vida ás violencias d o go lpe d.'gollada?

D iz ia o Profeta R e y .q u e c o m l e ­t r a , & fo l f í n a v a f e b av iad e louvar

A D e0 9 '.Cantate Damino eantieu rto o in f trom ento , qhav ia de a -

com p an h a re r ta mufica,h3via de fer d e dez cordas ; /*• pfalteno decun e h o r i á r u m parece qi'C rem os afem ell iança deinftrum en- t o no n um éro em o Kvang' lh o ,q u e nelle foa o t o m das fuasvozes: ug*- ccm Virgtnibuf y & pelos números, que he o fundam ento da mufica, a- cham os n o T i x t o a r a lá o d e inftiu- m en to . E ñ e p ‘altcri() di? á'7, co r - das e S p l ic á iá o álgOs pelas corda» in ter iores d o co ra çâu e m d e z g r a ­os de pe r fe i^ áo , naconerlponden» c iadosd '*z p iece ttos , na lúa o b íe r- vácia ,& guarda ; po¡ que de te d j o €oraç&a fe devem gua dar, p a ra fe faz e r boa confonancla ro m o agra« d o de D éos ; & ?incia nelte can t» cha indc f ta m o ra l id a d e , em<]ue íe funda o contrapongo d?s p e i fe y - çoês Évangelícaí!, efta ce lefte C an ­to r a foi tà o fcbida de pon'^o , que nSo fó os p rece itos da ley.Uiasalcjr ro a isa p e i tad a da pe r feyçâo Evan­gelica obfervava no co ra çâo ,co n io p . .o p u b i ic a a Igrej3:r<r»?ff|/«-jn/rfyí/». .pet t v J K fc h u n t <*hnjh grrcbat in pe »Qorct ^ JiekM/yHeqtie n tS ib u f $

A A '

SemnocoHo^uiií Divìnùy y oraihue n p h a t .

H e h o je a v o z de C e d i la a (jue e n to a n a v id a , & na m o r te a mais afinada era f eg u iro s paf ib sda rnu" iìca d o Cco com l e t r a , & folfa no­v a : Caniieum novum Uotnino dec4H~ tahit. H e o in f t r u m e n to o E v a n g e - Iho; p o r q u e tem o n u m e ro d e d e z , ¿ecemP^irgimbury à f e m e lh a n ça d o in f tr i im en tode David : In f>pfJteria àteert4 choràafutrt,^ox^vc\ acharem os ef tc inftrumenco redufido ao mais p e feico, que he o de finco, po rq u e nem toda.' as cordas fo râ o finas: ^ i . i q i i - jutetn exeif crani fa i Uit ■, fe qu tndo Deos fyriijou o hom ê, efti- v e i à o as cord3S d o co ra ^ â o em «nir.mns na obfervancia dos feus p .ece ico ‘-& a m o ^ tu d o s f a r i â o h û a ¿a rm on i? de Anjos-.porque a todos qu iz L)eos falvar,mas coa i o pecca* d o de A dào af loxâ â o algûas def- ta s co rd a s , & pevdèrào o f o r a , & o u tra s e f ta îà fâ o : po rque de vendo af im rfe pelo entendim ento , fe fal- i i f icà râonos enganos da von tade , & por ifib nefte num ero de dez em oE vange lho» figura de todas as a i ­m as , l e a c h â o ü n co com o cordas faifas po r tìoxas ; Quiuque era»tfa- tuA, & finco com o cordas finas,que c f t iveráo firmes no ftu d e 'fíc fy as primeiras fam os re ­p robos ,a s fegundas os predeftirí»- dos; & d iv e n d o to d o s aíinarfe pela r a f a n i , fa lfeá iáü na verdade , & no to m da finefa, pela diíTonancia dos a p p e t i t e s , ÒC d o d e fc u id ü da fai va- ç â ü , fugindüdv) prim eiro tom , qu e )he tinha dado o m efm o D eos ; f# f /- 0mH> bominem a j $maginsta ,5?tudtr.enoîojlrê'».

Ainda aflì't) o Divir>o C an to r M ó r J E S U C h r i í l o , nao c b l l a n t e a d if looancia , que f ize iáo os re pro­bos DAS finco cordas» quiiqusf» iua^ furmoQ hum in f trum en tü d e l inco , *}ue pelo invenror , & por nelle fe ín d u i ie m os ju ñ o s» & almas vigi­

la n te s ,q n e fó fafi o s q u e e n t r S o e ia num ero ,H e o mais p e r fe i to ip o rq u e ouv irSo as v o fe s d a fé , & ouv indo , a g u a r d á f á o : ^ í f parata eratii intra^ n^erunicumeoad Hupiiof. Q u e fe na conceyçSo , & nafcim ento fo rá o to d o s f ó r a d o t o m d a mufica per- feica : ttfpceeatU eoncepit me m»let mea » com o to m d a vo z d o M e f t re d a C appe l la da Ig re ja e n t r á rá o » o p o n to ce r to do m e re c im e n to , cofft o cu idado > 6c peiTeverança a t é « u ltim a minima d a h o r a d a moi te , n á o fu g in d o d o co m p af ib , que fez C h r iñ o com a vigilancia : Vigiiaí^x quìa nefeiiit dienfy ne/fuchoram.

Circunftancia he digna de reparo, ' q u e n e f ta refo rm a d o in ftrum ento das dez c o rd a s , f6 finco defafinaf« fem p o r faifas, ou p o r f loxasf ican - d o o u tras finco finas, para fca rem , & acom panharem em tom v e rd a - de iro » & firme ; nSo fey fe difiera, que iflo fu c c e d e o , in illa lemforcy que no n um ero d e d e z fó finco fbf- fem defafinadas por livianas, & o u ­tras tan tas p ru d en te s : fe quifefTe D e o sq u e aíTun fedívidiflem h o je l Oí com o na m u f ic aen t rá o U5 nume* r o s , & nostium eros a c o n t a , p a ra fahir e í la ce r ta , n ao f e y f e h o j e fe faiia a p r o v a n o num ero de d e z ,p o r noves to ra , húa : KottomnctfuHi re- cefitityXiáiO Ihesba íÍou virem lufidas« i f t o h e o f e r e m 'ixxgti^decem virgi- ntbut i mas com o defafináráo no cu idado , vigilancia, & cau te las ,fa- h iráo fó ra do to m v e rd a d e iro , & ofTufcàrâo o lufimento p r o p r io , & f e q u e r iâ o valer d o a lh e y o : D ate ttohis deoìeo v:jlroy qni» iampadetnof- tra exti»guunìur.

A eA as l ineo cordas f inas ,& afi­nadas no to m da prudencia, 6c vigi­lancia fe reduz o inftrumento def* pois da co lpa de A d á o , que fenác» p reva ricara , fo ra o inftrum ento de d e z ; p o r q n áo h o uvera r e p r o b o sn e m í í ú u v i r a , í ' e / f « *

ò Sânta Cedlí¿ 5ftCliSo todos os pontos d a m iik a , Joyts Por ire íh o r v o z , &o u feja to c a d o p o r pontos d e n e- r e c in ie n to . o u l b e rafgado n o in f - t ru n ie n to da C iu z ras finco vofcs d asC hagas ,em c u )a d o 9 u ra ,& fua- \ i d a d e : Dulce Jignum, dulces (lavo/. f iedcu valor às t ìguras d e s m é r i to s das almas pruden tes , que fam os p rede t t inados ; a efte inñ rum ento c a n ta b o je a v o z de Cecilia em a p rudenc ia dos re levantes méritos cía fuá purefa ,v ida ,& n io r te ;& nel­le fendo de finco corda?,fe inc laem asv o fe s todas das almas pu ras , & v ig i lan te s , & em efpecia l a s e f p o - fa sd e Chrifto , o u f e j á o V Irgés , ou Virg€s, & Mai cyres ; & can ta com ta l gala, & tan ta deftrefa, que quà- d o parece que nSo chegáva a o p a ­t o mais a l to d o fobre agudo,qfigni- f icaa virgi.idade, com o lo g o e x p i i - c a re y ,& fe m e tt ia no m odo de can- ta rg r a v e , pois foi c a f a d a c o m V a ­le r i a n o , fui to ü o p o n to com tan ta d e f t r e fa , q u e n S o fahio nunca do a lco m a is re f in a d o , acom panhando o in ftrum entodas lineo Virgés p r u ­dentes, qninque prudentet.

C e rto he, que a v o z hum ana p o r r a t u r a l l i í mais a g ra d ìv e ) , que a d o s in ñ r u r a e n to s , que he artificio- f a , 6í por efl'e m otivo fe d iz com- m um m ente , que osinftrum entos de boas vozes p.^recem h u a v o z hu- ina:)a; & fendo allim as mais V irgés pruden tes inclufas no num ero de i in c o , fam com o in f t ru m e n to , que acom panha ' a voz de Cecilia , & a • inda que os toqvieí d o in f t ru m en to fam aos movimento^ d a gra^a Divi. na, o m í f u io Evangelho nos infinita a d iü e r e n ^ a , q u e v a y dcC ec il ia ás mais p ru d e n te s , & da vo z de C e c i ­lia, que can ta Dorniào Jecamab^ty ás v o z e sd a s mais, q u e f o S o : po rque q uando fah iráo a ver o E fpofo t o ­das , ja o encontrái á o com a E fpo- fam a ise rco lh ida , & am ad i , & p o r UTo E-xitrunt sbija.n S /S »

mais do in te j io r do E fpofo n a m u - l i c a d a p u i c r a , & nospafios d a v i - gilancia.

W uitos fam os p o n to s , que f e a - c h á o n e f le p e t f e i to i i .ñ rum en tode finco ( i f t o h e ) multas fam as viig^s e f p o ía s ,q u e foam en trando nelle n u ro e ro d e finco quinquéf>rude/¡tert aífim p a re c e , que o d i f i a o E f p i r i to Santo p o r Salam áo ; ¿exsgmioSunt Regina , Çÿ adolifceniuÎûium non ejlMumeruf. Entende-fe peías vif- gés c a f t a s , & c c n t i n e n t e s ;m a s e n - t r e todas affirma q u e h ú a e r a a m a i s q u e r id a , a mais f>e;feifa, & co m o unica p o r aven te jada a todas : eji eleSa mea, amica mea , /mmaculata mea, unica mea. E quem fenáo C eci­lia ? que quando as mais fendo inf- t ro m e n to de finco ccrdas t in a ífo n i vozes afinadas, f o a o inftrumento com vozes humanas, m asa fingular c a n to r a , que diz a fo lfa , & le tra a e ñ e inftrumento, can ta com o v o z Divina; p o rq u e os A n jo s , que c«n- tá o d ian te de D é o s , u /ing tíicanunf D?o, affiftem a Cecilia para a ouv i- v i r e m ,& lh e m ln i f t r a re m o in f tru - menco a que can ta ; as mais foam co m o vozes hum anas: U orm iU ve- ru n t onineti ^ c . P o iq u e nenhum a chegou ao p o n to de p t i f e i ç â o d e f t ta unica cantora:Crff»V« Domino de» c a » ía h a t , f t t c«f meut», corpus me» um im m aeuìaium , im m aculata mea. Ë cantando , & o b ran d o chegoa com a v o z , f o l f a & l e t r a , ae fp e c ie tacn perfe tta de admi. açâo .q u e Ihe c h a - m à râ o o rg áo d o E ip i . i to Santo; as roai^ ià tiverào ta n to , oo quan to de defcuido D o p ap e l , o u nos pontos ao coropaço ; po rque em tu d o o S o c r í o tSo perfeitas, nem d e r á o os po n to s nefte inftrum ento t á o l im - pos , que nao pareceflem ah-gados na clarefa: U ortm taverunt omnes Cecilia feiT.pre em {íerfeito tom era todo o tcJTUO: LJ«iiiir,9 duanithá i^

A 3 ^.•ia

fe ja lo g o prePe.j'ia às m i i s , q u e q u an d o achein o E rpofo , j î Cecilia tein a primazi.i, Spjnfo, Çÿ spoi/U .

E u b s m fey,qac e lU unica El'po- f a c m a primazia de codos os m e r e - c im entos por privilegias da graça fo i aquella , que nem ceve ou tra fe* m e lh a n te , nem defpo is ig 'ia l , que h e a Virgem Senhora n o f la , & por re fpeico d ae n ch e n te de g r a ç a , & fer M a y de O e o s , faz claiTe p o r fi f o b . e to d i s aÿ crea to r as, nao fó h u ­m ana«,mas angelicas, po rc n ac la f - fe das Virgês Êfpofas de Ciirifto, p ò d e baver mais, & menos nos me- recimencos da p u re fa , & vigilan­c ia , & fe ha mais ventagem no m e­r i t o , ha de baver p re fe rêc ia no p re ­m io ao m a y o r m e re c im e n to . -Se- m e îh an tem e n te com Chrifto em q u a n to homem niogueni pode em - p a r e l h a r , f6 p o d e m , & devem fe- g n i r h à s de mais perco, o u tro s de lo n g e , mas naclafle dos Santos ha h u n s , q^ie com maiàventagem fea - d ia n tà rà o a ou tro s ; po rque bouve h u m m a y o r qu e to d o s , « 0/Í furrexit

, h o u v e o u t r e maxiiiio en tre o sg randes , Ooñoretn maxiinuiit^vn^s p tfr iflTo mais parecidos C )m Chrif- t o , & mais chegados pe la g raça a fuag rande fa , que nem codas as v o - z e s b â o de fer iguaes para fer fono- r a a harmOma; lo g o ta m b e m n a e f - fe ra d«s efpofas virgens inclufas fiefte infti u inento de finco ha hûas nu i« beneméritas p o r mais vigilan­ce». & ou tras menos, hilas que con- (lifem com o p o n to d^ co rda mais a l t a , & Outras com as co ' das mais b a y x a s ,c o n f o rm e as erficacias da g raça , q ie te m p era o in f t .u m e n to , & todas te m p erad a sc m c o n io m n - c ia da prud^ni:ia : Qj^inqu-. i i / , r a a s c o m o em Cecilia fe o o v i i h u m c h e y o do mefmo Divin ) Efpi ■ r i to \ Organu'n Spiritu/ Sa^^di nSo h a d j v i d a , q u e a refpe ito das mais vozes d o initramenco p a s 's d i l ^

SerniioC e c i l ia , que a fuá v o z cantava c o i m o d iv ina , q u a n d o as mais fo an d o bem, p a re c ià o vozes hum anas , & que era a f u a r o l f a , S c le t r a n o v a Camagradavel a o E f p o f o , Oomint decAnìabii, que j a a e n c o n trá o com o E fpofo co m o v o z , que can ta fo - ! o , ou que faz duo com o m efm o C an to r M ò r Chrifto : Exierunt eb* vidi» Sponjhy CJ Sponfa,

E fé he lic ito ,corno he , fem elharOS Santos a Chrifto unico exem pla r de to d a a v ir tu d e , & m erecim en- to , & o m efm o Senhor v e y o à ter** ra a r e c u p e ra r a im agem , & feme* Ihanga de Deos em os hom és; Oedit eispoiejldtetn Filiof Dei fieri. T a m - bem fera ra íá o o co m p ara r as ef- pofas à femelhan^a da qne p o r pri* vilegio da graga,& de M ay deDeo* fù iun ica im m acu lada , & iìngular nos o lhos de Deos,& fuperior a t o ­das ascreaturas;>S¿ aqi>ella que fe av en te jo u às mais na conlonancia da graqa pelos to q u e sd a puiefa,Sc pelas fine f as d o am or, ferà mais fe« m elhante a e l t a unicaEfpofa;8c co# m o Cecilia foi nas circmiftancias, a qu e mais feguio ,& imitou nos pon ­to s a V irgera Senhora N oila , a ref- pc i to das mai;:,ferà mais req'jinta<l3 fe A vifta d» Virgem en tra r no n u ­m ero das finco prudenies. Vejaraos as femelhan^as, & conhecerenios-a todas as mais a preferencia«

Foi aque lla unica E ipo la por fin- g u la rm o d o chea de g ia ^ a , Gì‘4ì/j p ien i, ^ defpo is com m a y o r fi»per- abundancia: Sp in tus HtnÜut fuper- veniet m te. Q u e com o diz Sao Ber- n a rd o ,d a fuperabundancia fecom - municafle p o r todos nós, & cora eftas infpira^ocs foi a V irgem San - tiíTima m elhor cantora, que osmef*í m o sA n jo s n a ! e t r a , c o m q u e en- g randeceo a M ageftade Uiv’ina; M igñificat ttitiina meé Dotninum etu ltA m ty^c . & eni todos os modo»f o i t á o d c ñ r a nos Divino« Caticoa*

que

pefte trowa fuá voz a o feyo d o K^terno P a d re ,d o n d e veyo o Fi- Ih o á sT a a se n tra n h a sd o a U o d a d i - v indade, ao b a ix o do f e u re c o n h e - c im ento : Ecee %AnciUit Dominiyfiat

concet ta voz, que ca n to u a 8enho ra ,posc iü unifonus vozes tá o e n c o n t ra d a s ,c o m o e rá o a nacurefa Divina com a h u m a n a , Verbum Ca~ rofaSum efi. T e v e a Vjrgem hum a ta l g ra?a no c a n ta ra D e o s ,q u a l nao t e r e nenhúa c re a tu ra nos feus pon ­to s . Em tres m odos fe divide o can­t o , can to grave , can to agudo , can­t o fob ie a g a d o , o g rave he to m j n a i s b a ix o , o agudo a l t o , o fobre ag u d o o fu p e r io r ;ex p licá o -fe eñ e s t re s modos p e l a c o n ta d a s v o f e s e m a máo» ou dos fignos, que tres ve- íe s fe r e p e te m de G fol re ut, a t é o A la m ire ,& fallando Santo A ugu í- t in h o deÁes eres m o d o s ,d iz e f t a s palavras ; T n b u f moJit diffinguiittr caníu.'-ygravi^acutOy^ JUperacuto^ra- vitftgnijicat vita conju¡»torum^acutHf eontinemiumt fuper sc u tu í Virginum, O g rave dos cafados, o agudo das continen tes , o fobre ag u d o das vir- gés; ag o ra adv ir tam os no can to da S e n h o ra ;a Senhora fo i cafada com 8am Jo fe p h ,c a n to u o tom,6c m odo grave ;fo i V iu v a d e feu £ fp o fo ,q u e p i im e lro m orreo San» lo f e p h , que a Senhora fobiífe ao C eo , ca n to u o fegundo m odo a g u d o , mas com ta l íü b e r a n i a , que em os dous m odos requ in tava o m o d o fobre agudo ; p o r q u e Tempre V irgem : V jrgem fendo Efpofa» V irgem fendo V iu - v a , & íem pre V irgem ; Ce ve mais a fecund iJade d e M á y natura) do Fi> Ibo de DeoSi & M á y m iñer io fa dos h o m é s : Mari» M ater vioentium ap- ptUax» efii Se p o r ifto unica Efpofa; XJ/ti(a m ea im m aeuU ta mea. E fem igua l ¡p o rq u e a g r a g a d o Efpirico Santo o b ro u com e x t r e m o , & a ©mnipotencia com e x ceffo.

Cesto he, jpodia a mefaft

¿e Santa CécHia, 7om nipotencia-, & graga do Efp ir i - to S an to ,co n c o rre r com feus dOes, & efticacias a h ü a E ip o fa das q u e c o m p ó e m , & fe incluem no infti u- inen to das finco, qtnnqueprudenter, p a ra que fotte mais aven te jada nos m éritos ás ou tras , & maisfem elhS- te à Senhora ñas circunlUncias de E f p o f a ,& fofle feguindo o spa í lb s de unica , & fmgular en tre as mais, & p o r iflo preferida: Sex» g w ta ju n t R eg i» a ^c .\Jn a eft Columba mea,u»i^ carnea. E j a achada com o E f p o f o quanilo as ou tras o encon tra rS o b u fc a n d o -o : tx ierunto lviam Spo»-. f p , ^ S p « n ja . E t á o vigilante de!de fua meninifle,& unida com C hriílo , que quando c h e g áo as m ais^vem co m o vozes de t o r a , & c o m o í n f - t ru m e n to < que vem acocnpanhar Cecilia, que ja cantava a Déos co ­m o fo lo , UominodcCJHtabat fVejA-“ m osascircunftanc ias da fe m e lh a n - §a, & en tá o veremos os m otivos d a p referencia ás ou tras .

Foi Cecilia defde fua meniníífe ch a m a d a S ^ ír itu f óanS t.E fe os m éritos da fua purefa, & vi­gilancia a faz iáo bum O rgáo do Ef» pirico Santo ,era para foar no che y o d e todas as virtudcs;8c fe ao im pul- fo d o ar fo a o o rg á o , ao ar, & f la to d o E fp ir i toSan to foava com o ch e - yo da f u a g r a ^ a , ^ feraelhan^a d e u n ic a E fp o fa ; co m p o n h áo as mais o inftrum ento de fincoyquittquepru- deñte*t<]ue acom panha a v o z de Ce* cilia, que Cecilia Iba com o v o z d i­v ina , quando as mais com o v o z e s h u m anas , pois fe o u v e h u m c h e y o d e O rg á o do Efp ir i to Santo ; to d a s as mais be verdade,que ío á rá o c o m a g ra g a , mas q uando m ulto feria em os regiftos do f rau tado nos m é­ritos, & vigilancia ; c iasem Cecilia no ch eyo de todas as vozes;as mais f e j á o c o m o f o z e s d i f f e r e n te s , q u e c om póem o o r g á o > ou m ultiplica­dos que <}uaDdo íe c u r re n i

U0<

gtave.

8 Semaohas , caMíí-i o u í ro i : D s r m ’t a v e i ' u n t confonanclí perFeítlíIima da grs^ff^;e « í ? / . C e c i l i a h a m c h í y o d e c o d )

o t e m p o p í r f e i t o e m t o d a s as v o -

5Ees d ) t n í r e c i i n e n i r o ; O a m i n j i e c S -

f i j t eor meum . csrouí m¡umi m n j c i t i a t H f » . V e r i ñ c o u O i Q m C eci­lia o iny ' le r ia da circanftancia .qne te v e o £ fp i i i to Santo na Hia viuda à te rra O o rg á o para foar ha d í te r o a r im pellido do m o v im e n to , & a r te ; a voz de Cecilia can tava, & o q u e foava e ra o rg á o d o Erpirito S anto , í^ceíTe era o f l a to , que nella re fp irava Com ar im pe ll ido , & empjm v e y o o m ^ f m ^ do Erpirico:/"'-*-ü u f cRreffeníé JeCttlo fonuí taaqu i S p iritu t vehe^n'ntit Efte ar teve a raufica d? Cecilia ; e ra a d o Efpiri- t o S an to , & com o era vehem ente , i í l o h e C0JH m í i ‘<efficacias,fazia To­a r com o Uum ch e y o de o rg á o de inc itas v o z e s , o que ñas mais era fra 'U ado por regÍito«,& t o d .s jun» tas fe ouv iáo em hum ch eyo d» me- rec im ?ntos em Cecilia pelo« í,q- p u l lo s da enchente d o Efpirito Santo.

KÍTa feria a r a f a o , p o 'q n e a Igre- j a nos d i z , que Cecilia can tava a tnu itos o rg ios ; Catitantibut 9> gañir, C dciiié Domino deeam ^bat, h ú a fó v o z can ta r a muitos orgÍAs parece

im p ro p r io ,com o tam bem difer que os orgSos can táo ; os o rgáos foam, nSo c a n t í o , porem com o falla de C ecilia ,fa lia Com prop riedade ;po r que q uando Cecilia to c a y a o o r - gSo d o inftrumento, nel la fe ouvia hum o rg á o n a tu ia í com Impulfo fobrenati ira l da g ra9a ; po rque era o rgSo d o Efpirico Santo : FaBaeJi grgínum S p itttu r Sanñi. Ajiiftan* dofe no can to com a mufica do Di • v ino M e f t re , que «»ra o l o l o , que mais Ihea g ra d o u en tre as m a isv o - *es de iinco pruden tes ,fendo folFa, & le tra m uy bem dec la rada ñas pa- lavra«,& ñas o b r a s i f / í í cor mcum,-íf

meunj im aafHlsiutfij tu d g em

q u e Ihe dava o ar, & da p u re fa , vi' g i!anc ia .& p e r f e y ^ á o , q foava c o ­m o V07. divina p roced ida d o ch e y o do E fp ir i to Sanco, Sí cantada a fea Efpoí^o. c o m o em fer f ingu la r , 8c unica à fem elhan^a da mais peifei« ca, que foi t á o chea de gra^a.

£ que fingular ca n to ra em decía» rar a le tra em to d o o te m p o à diF» ferenca das mais, que fazem o in f - t ru m e n to lq u e quando fe ouvcm ,he ’ nos p o n to s fixos do m eri to , m a sa l - g ü sd e fc u id o s fazem fumir a voz n» perfeii^áo : D orm itaverunt omtier , ( S d o rm ie ru » t, o que nunca teve C e c i­lia, ab /fifa puerili a edo9 a , f k í 1<i tJlOfm gauu'n S p fr itu r S s u f f i . F ingiào 09 Antigns, que vinhSo em r e r to te m ­p o to d o s OS deftros , & exe rc i tados nas a r te s , & fciencias humanas di« an te da divindade m entida de A - po l lo para receberem o premio de fua o c c u p a r l o , ou nas coroa> lavi- r e a s , ou nas dignidades, que diftii- ba h ia ; & chegsndo tam bem os m u- ficos, co m o def tros na f c ie rc ia d o co n t ra p o n to , para ferem piemia* d o s , foi áo p o u eo s os que nao fo - rá o p u n id o s ; po rq u e ou v in d o -o s cancar A p o l lo , o sn ia n d o u c o n d e ­n s i a gayo las pe rpe tuas , que tendo b o m m etal d e v o z , & fendo fcien» tes .náo efp e c if ic av áo a le t r a ; por* que algús que faz iáo variedades, e r á o c o m o ro u x in o es , ou c ro sq u e can tavSo com fuavidade,ei á o pin* ta f i lgos .ou tros que ef trug iáo , et á o co m o m elros ; & j a q u e r á o d a v á o a en tender o conce i to ao ju iz o ,q u e e ra p a f t o d a l m a ,& rec re y o d o e n - t e n d im e n to , & f6 fatisfafiáo aos fe n ' id o s d o o u v i r , que efiiveflem co m o paflaros eng a y o la d o s , & r á o co m o h o m é s fcientes c o i o a - d o s ;p o rq u e m ufico ,que r i o d e d ^ ra a le t ra , can ta c o m o paíTaro, « n áo c o m o h o m e m , & as vozes h u - Bunas e n tS o fe p a iec en i

deSantaCecHià, ^A njos ,quando decU rS o o que can- inimigos d e JE S U C Iu if lo ,& en t ià -

ra o em com pafíb ria fé, fegaindo o* p a f lb s d a v o 2 de Cecilia, & am ai» de qu inhen tasalmas, qiie e m c h u f - ma e n t rá rá o a cantar a eftante d a Ig te ja C atholica ; vozes todas t á o diflbnantes, 8c defafinadas.q fugjSa da maxima daverdadeira fé , &f(S pelas colcheas,& lenijcoicheasdas breves delicias do m undo quer iáo caminhar para o poco da perdigSo. A to d o s a t t r a h io c o m a foa mufiea raelhorqutf osAnfio€s,& O rpheos , po rq u e defles fabulofam ence fo co n ta qwe a t t iah iSo b ru to s ,&aves; mas Cecilia a feras indómitas na oblUnaqáo dos ánimos, fafendo-ofi e n c o a r ,& affinarno com paífo do Divino M eftre , acc darem as vida» p o r feu am or , á imica^áo daquella unica,& fingular E fpofa .que co m - p o z aqnelle duo . t-azendo vozea un idasde D eos, & h o n w m , que ta m tó r a d e t o m eftava o h o m e m de Oeos com o can to da fuarau iica Fiat tnihtJecunJHinl^etbuf»iuun7,csi^ to v e rd a d e ira m en te n o v o , & p o r p ro la^ á o m ayor nas nove comas, que fez baixar o pon to da Di vinda- de, nos no ve co ros dos A n j0!*,á mi­nima d o fer hunano*' MmuiJÍi cum pauló tn in ti/a i .Angelí/-, donde veyQ a difer H u g o Cardeal fob ie a pa ta- vraCaH ticufnnfvum ^qvie efta le tra & fo lfa fe cornava pela ccnfonan- c í a d a nova vida , no com paflb da ley da gi a^ a : Canticum movum vita uovayvetUf, ejj vna v c tu í , Canti- cum »otum ef^juh vtius efl cu.’p s . E fe a unica t-fpofa fez conciliar a to d o s no can to chao da fé , com a mufica do feu^¿r, para defpt'tv« fu - birem ao co n t ra p o n to das finefas do am or, Cecilia a imicou com can­ta defticfif, que com a íua muíica; Fiat cor meumiwmacyfatHfn, fez eo- t ra racom pa íT o na vida no va da g ra qa a cantas a lm a s , que caminhavSo fo ra do Com verdadeirOi Óc p o n to

B ccf-

tao.Cecilia com o hum A n jo can ta­

v a . & tá o b em ,que em fuá prefença os A n jo s c a la v á o , & Í6 le ouvia dec la rada a le tra deC ecilia : Domi» tiodeca'itabatyfiatcor mtum y íSc. fie t á o boas gargantas fazia d o baixo p a ra o al to : Domino Jecantabat, que ainda ho je e í lam os ouvindo á lg rc - j a repe t ir a fuá muíica, & lecra: / / - at cor m eum , ^ Lorpur meum intma* fulatum . Cham e-(e cora rafaó o r - g á o do Efpirico Santo,que foa cora o cheyo de fuá g ra ç a , feja mais fe- tnc lhan te no cheyo da graça da-* quel la , que fem fegunda icve a e n - Chente ; & preferida à» mais na an- t i c ip a ç io de eftar com o Efpofo : %/íb ipfapueriiia eJoÜa, obviam SpS- fe , Spoft/U. P o rque com as infpi- r a ç o ê s j 6c im pulios d o Divino Ef- p ir i tu , íem pre eftava para Deos voz a f f in a d a ,& voz do inftrummento d j c o ra ç â o de Deos ; & por iíTo a er.contrSo as ou tras ,que t iv e ráo al- g u m a ra fá o de vozes d e f ó r a : t x i -

com o E fp o fo , com o mais prefer ida ,& unica v o z n a melodia, com que agradava a C h r i f to , Spon- /<?, ^ ÜponPe.

E fe em fer Cecilia hum orgSo d o E fp i i i to Santo, em que fe vio o ch e y o da fuá g r a ç a , fe vio a feme- Ihança daquella foberana Virgem, q u e d e f d e o inftante de fuaconcei- ç à o teve com iìngular m odo a e n - chence dep^raça, %A*tgratiapUna, & poriíTo ja anticipada com o E f - p o fo ; ta m b em fo i tS o g ra n d em ef^ t r a de C appel la p a ra fazer ac e r ta r vo zes erradas no compafTo verda- de i ro do Ceo ,& difíbnantes na cu l­pa , qne as rae tteo em to m para fe- g'*irem, & acom panharem o o rgáo d o Eípirico Sanco com a rauul'a, q ' ie canravaCecilia.Eftas vozes fo- rSo de hura Valeriano, A lmachio, 6c T ibu rc io , bornes id o la t ra s , &

íoc e r to da falva^am.

T e v e mais a<5ueU4foberanaEr* p o fa , & unica ñas primazias a to d a a crea tu ra , a f ingularidade nasc if - cunftancias dos tres Biodos.qae dizSanto A uguft inho ,g rave ,agudo ,&fo b re agudo , cantando íem pre em to d o s tres o fobre a g u d o , porqu« fem pre Virgem : aftin? a im itou Ce­cilia, na deftrefa defta mufica; p o r ­g u e fo i cafada com V a le r ian o , & lie o m o d o grave. M a rt i r izá rá o a f e a e fpofo prim eifo que a e l l a > & £ c o u viuva o terupo que pafl'ou d a r a v id a , que h e o m o d o agudo , porero em os dous raodos fen^pr© efte ve no füftenido do fobre a g u d o con fc rvando a viigiodade : gleriojafem per E vingelium C hriftig t- rel>4tin ^e S o re . Q uando a de fpofá- rS o ,& Valeriano fe v iu f e u e fp o ío , ]á Ihe can tou bom a v o z brandy no inciíiu) d o re t i ro : E jife c re tu m l^a ie ^ fiártCs iju fd tibj volo Jicsrct E neíla m ufica teve tal g r a g a , que a ttrahk) f e u e f p o f o p a r a D e o s ,& fez Vale» r i a o o h u m d u o cora Cecilia moya* finado na graga pela a g o a do bap- « ifm o, & defpois v i o o A n j o , q u e ca lava q uando Cecilia cantava ; e l­le can tou o m odo grave,páfTando a o agudo de continente,& ella Tem­p r e no fuftenido de Virgem; com «jueTe v i i á o o s A n jo s .q u e a t te n ta - m e n te o u v iráo a mutìca d e f te d u o d e c o n t ra l to , & tip le e m V a lc i i a - i i o ,& Cecilia.

Foi tam bem {oberana c i rcu n f­tancia na V irgeno M a ria o fer M Sy lierulo V irg e m , efla em rafáo natu* ra ln inguem aceve, nem te rá a reT- peico d o Filho, mas na r a f i o m ora l diíTe C brif to , que T6 e ra fua M á y , & ir ro á o , & paren te quem f tz ia a v o n ta d e de feo F te rno P adre .E ef- t a póde pertencer a m a k as a lm a s & em Cecilia cora mais v e n t a j « ; p o is co iae^ou t á o fedo as en to a - ( o f s d a o b e d i e & c i f t a D e o s com •

maofe rv o r da graça : ìpfaputrhìÀ edod»\ mas Te aquella Divina Ffpo* fa te v e o Ter M á y dos predeftina- dos, que fam fó os que fe póem era n um ero : i>iaterviventiMm,8c e n t rá o a c a n t a r n a e f t a n t e d a g lo r i a , C e c i­lia a im itou n a c o n v e r fá o d e t a n t a t almas barbaras na muTica do Ceo d a Ig re ja M ilitan te , fazendolhe o r o já o no o rg á o d o Efpirito Santo; donde diz hum ExpoTitor, duas ve» fes grave 00 nome, & n o q u e e T c re - „ ^ ve, que teve a r a f á o d e M á y , & de fecunda Tendo V irgem : Firgotnini- n .ifie r ili f quaJrittgenUj ho^minet harhárofy ^ efferaloi bujut C<í- Íejlis ctintalritií i t m ottijuaviíer ta* n en iif,q u i vocem 4uJieruiH yChriJi» fe fg r it . Centos de almas barbaras« nam ufíca d o Ceo da Ig re ja as fez c a n ta rd e f t r a s ,& c o m b é novidade: CéHticum Kovunt to m d o o r­g á o , que Ihe d ava C e c i l ia , qu e o era d o E fp ir i to San to ,para que p u - blicamence cantaíTem com confu- fá o dos mais gen t io s , de quem Te p ó d e cham ar M á y generan te : Ber ¿vangchum vof ¡ e iu i , Eiténgeitum Ckrijlt gerehit inptBere. Logo com ra fáo cendo tan tas circunftancias de femelhança com a unica E fpo fa p o r (oberana, a refpeito das mais, ^ueTazem o inftrumento de Tinco, l^ im que f/ruáentefy Terá preferida,&L com o unica, & anticipada, ja c5 o ETpoTo, quando as o u tras o e o - COX^ïZS&O'. Í-X itrun t thviamÿ Sfum ftt , e f te já o com o v o z e sh u - m a n a s ,a sm a is no inftrumento fo - n o r o d e finco quando Cecilia can­ta a Deo« ca llando os An jos, qu e a afiift.em,& miniftrandolhe o o rgáo ; po rq u e h e voz mais que Angelica ,¿( m a isc h eg ad a á v o z divina:0r^«- t$Hm SfiritH t áattSíf ¿ifon/Cy ^ S/o»m /> .

T o d a « as mais, q o e T o á o n o in í - t ru m e n to de finco fe jáochawadafl a rcccbcc a fua c o ro a d e »urcTa, *

de Sàììtavigilancia: Venì Sponfn Chrifliyseci-

Corotttm , corno premio dos feus roerecimentos : SexMginu fu n t R egm ^e^tSc . porem Cecilia corno fiiais amada, & preferida por fingu- }ar, terà multiplicadas coroas ; nSo feconcencoa com acoroar h u afó « ez, ou com bua fó coroa ; porque •m codos OS tres eftados teve o m erito; no ponto de admira^Sodo tom fobre agudo , no de cafada, no d e v iu v a , & de Virgem , fendo-0 fempreem todos os modos ; aquel­la £ fpofa mais mimofa fo i cham a­da tres vefes pelo E fp o fo : Veni Upettfamea, i>à»idt L tk ttno tven ito n » tm te r /f . Eftas repeti^ofs de chama­d a querem algQs E xpofitores,que foil'em para fnuitiplicadas coroas. h ie r w t »cciptrs d ignità-

S . tutti etroHáte. As mais tenháo Tua Co- ^ u g . roa: coTonam , que a Efpofa

mais amadat corno eiVava no mais a lto ponto de perfei^So, que ííío f ignificao moRteLibano,tO(1o die* y o de TtC ve,fy fnbolo da p u r e f a , t e ­c h a mais c o r o a s p ó i s te v e mai« adi» •n tadosm erec i i r .en to s : xAmphJJU •ntM àignitatu tu c o r e n , fe j s eft a Ce­c i l ia ,& chamada ties vefe{»;i>orque p o s t r e s m odos de can ta r ferepre fo o u no a l to do Libano,& no fupe- r ior do fobre a g u d o ,q u e l i e a pure* fa: V'ni,i>eni de Libttne^veni eoroìiabe- »•/f, & fe foi corno unica no raereci- t n e n to , & preferida ás mai«, feja ta inbem aventejada nas co roas ; t í a c o r o a de cafada,mas V irgem .tem a de V iuvacon tinen te ,m asVirgem, & tem fem pre a de Virgem, ero to* jdos OS modos de can ta r a o inftru- m enro do Evangelho das finco p ru ­den tes , C? qa n q u tprnácn tu . V e ja m o s m elhor os realces da pü- te fa d e f ta Efpofa na voz clara, qire c a n t O Q para Dees no m o d o fobre «godo , à differenza das o u tras e f ­p o fa , que feinclueni no inftr am en ­t o deñ n c o » & fb ic o n io b a m fo lo o

Ceclltá. t iíe u m e re c im e n to p’ará c o m o D iv i - n o E fp o fo ainda na cenfonácia das mais v o z e ï y & co m o e ñ e o rg áo d o E fp ir i to S a n to f e a v e n te jo u e m re « giítos fape r io resde quinzenas, q u e requintavSo o fìno da fua purefa,8o o refinado d o feu a m o r , em d a r *Tida p or feu Efpofo; & fundarey a r a f â o e m h û a r e g r a d e contrapon^Co. N a te o r ica da mufica fe d iz ,q u e as vozes différentes f á o f e i s , u t re , m i f a f o l là , porem if todeve-feen* te n d e r das vozes fóm ente nomea» das, Se d ittas v e r b a lm e n te , que em po n to s can tados fá o fe t te difFeren* fes; p o rq u e a q u e l le p o n to , que fo* b e o lá ,fBzendofe a mu tança em re» can tado , he differente vo z das fei»,& o o u tro que fobe, ja he o ttava d o p i im eiro , & condiz com o pò»* to , com que faz o i t a v a , & p o r ifTo05 con trapontif tas váo óímpi e com a r e g ra , /e^iem fmnt di/crimina 90m eut».

De R o p e r to A hbade h e o p i n i í » referida, que as Citharas an tigam é- Ce íe c o m p u n h á o de o i to cordas, 8$ p . fe t te vozes d ifférentes, & a ultima A* o i ta v a com a pr im eira , 6c q uando * Chrif to Senhor noffb p régou aso i- l o Bem aventuranças, que fâo o i to caminhos para o Ceo : Bcátipsupt* re/,Çÿf. C om o Divino Can to r cant?kra ás vozes da Cithara: Hoc r e . ruf«- einit Lanticum B eá titud ifir , Cithgré glorio fa , Citbara /imer0, 8Í dulcif^ cui tota erat mufica Bàtrti^ infinita Sap i- entiiC Uf i : ¡>Bo Coráis antíquitús Ci* fhant f i tk a n t i^ q u t t perprtm am , dem vox rtfonahatyper ottavamJecudü fítufiCétnaiuraitm vitn,quia/cP tem fSi di/crim ittt vockt». Defte meimo m o­d o nefta mofica d o Divino M eftre das o i to l ie m a v en tu ra rça s , ou ca* m in h o s p a ia o Ceo, f í o as fette dif* fe rentes,& a primeira d iz com a oi­tava, & a o itava condiz com a p r i - meira : Beati fiinpirtr^qucnitm n m eji ü tg tn itn L ^ierum j B*áii qui

Ü * /«tí

ter fecu lhne tfi pniutHUtiqUfHiam i/ fe - ru n t ejl R f^num C a Îo rum .

T o c a n d o e« jà e f te p o n to fobre ef te Evangelho no feu dia , fiz taro- bem h û a red u ç âo dcftas o i to v ozes ¿ a C i th a r a ao in trum ento d e l in c o co rd a s ,p a ra <^uc fe teniperaire ,& a- finalîe pela te rceira , tornei p o r m o­tivo ver que o Evangeîiita S M â t-t h e u s j t o c o u todas as o i to Berna» venturanças, ou o i to cordas da C i- tha ra , & i . Lucas as redufio a q u a ­t r e , & fe fe podem re d u f i ra q u a t ro , tam bem para o moral da doutr ina , as podem os afinar com o inftrumS- t o d e f i n c o , que fe te m p éra pela t e r c e i r a , & c o r a a tc rc e i r a afinada fea f in â o as o u tr a s , que eftiverem defafioadas, que com o t e m p o , ou r e l a x i ç â o da nofla f ra g i l iâ ad e , fe d e fv ià iào d o to m ve idade ifo d o cam inho do Ceo. & afinandofe efte in ftrnraen to pela te r c e i r a , diz efta «orda em tofíw tíiati qui lugcnt'^htTO- ■ Jenturado? os que c h o râ o , que p e r tence a o s q u e fe defv iâo d o ca- Biinho de D eos , & to rn e o a en tra r pelas lagrym as da penitencia : no p o n to d a co rd a da fé faltou Fedro , q u an d o negou a feu Divino M eftre , p e l a te rc e i i a fe afinou : Vlevit »Ma- té , no p o n to da rait idade, & fidell- dade fa l tou David com o a m o r ,que te v e a Berfabè. & a m orte , que d e a a U f U s ; & para en to a r c e r t o , t o - m o u o p on to da te rce ira : Laerymii m eit jlfilH 'n meui» rigabo y \)OV todas as cordas defafinou a M agdalena , q u e e r S o os fe t te Peccadi-'S M o r - taef , fii?urados cm fette demonios, & fe aâ n o u pela te rc s ira : Lacrymit cstpit r i g * r e e j u t ^ Sc icz h û a fu- a v e co n fo m n c ia defpois : ü ilex tt

m o d in d o os fe t te dem o- n io sem fette dôes do Klpirito San­to .Gre-iorio.

£ c o n » o n e f ta s v o z e ? d a C jth a ra .quecantoa oUivioo MeÎlie : iiW

S e m a ocecinii fe încîoem t o d aas v ir tudes , q n e fa z e m os mericol p a ra a B em aven tu rança , t e m p e ra ­da com o inilruroento de fmcojvetn a condifer com o in f t ru m c n to d o to f ib ^S^T\gç\\\0,quw queprfàcn le ft e m q u e fe encerrSo os predcftina- d o s , & appl icando e f ta m o ra l id a - d e às virgés efpofas de Chrifto,quo^ fe in c lu€no Numero .dasfinco p ru ­d e n te s , ainda parece que f e a c h s qu e afinar em to d a s pela terceira) B eiti qui lugcHt, po rque houve ta n ­to , o u quan to d e defcuido, ou dei^ vio; Dormit*verunt omr.et dermi* eruHt. 8Ó ap r im eira E fpofa e n tre t o d a s , & fobre to d a s as creatc ras fendo filha de A d i o , nâo teve q u e a f in a rn o v e rd a d e iro tom d a graça; p o rq u e defde o inftante d a fu a c o n * ce y ç â o efteve em unifonoscom o E fp ir i to Santo fem original, nem a* û u a l c u l p a , & p o r ifib:TL7«/f« immaeuiâtamea : ira s fe pela p a r te da culpa original Cecilia en tra no num ero da? finco prudenres a r e f - p e i to d a S e n h o r a , e m o r d é àsm ai i no sd e fe i to s té tu ae s foi com o uni­c a , & nâo teve d e fc u id o ,n e m Ihe e ra neceflario afinar as vozes d o t feus m erecim entos pela terceira , p o rq u e dcfde merina foi hii cheyo da graça d o Efpirito Santo \ OtgartH Sp iritu t SauBiy & efteve fempre no p o n to da fex ta voz no là de a là mi* ré com Îeu e f p o f o , t e v e e m to n i fem pre as vozes to d a s , que f e e iâ o fe t ied if fé ren te s , ccm os d o e f d o E fp ir i to Santo fe achou lenipve:

ipfâpuerilia tJclié ,faB a e(l orga» Hutn S fir i iu / S ík 9 í . E sfinava a fua purefâ pe lo là, que h e a fex ta voz, ¿k fex ta co rda da CíThara, & a fex­ta Bemavencurança , que tocava o Divino Meftre Chrifto; Beati mundê to rd e y quoniatH ip fi üeu m v id t it in t f & fe te r o co raçüo puro ,fc im m aco- lado da ciTipa s û u a l , faz eftar p re- fcnteaviftade D c o s ; i / y î

d tim itj

J e h u n t , p o r ìPb as mais a ve jáo jà co m o E ip o lo : íz-ew^^; 6ffe nas mais h o u v e <jue afinar peta terceira:Bt'«í/ q u itu ie n i; poi que ti- v e i á o f u a flux idáo aétüal : Ü orm i- taverunt o m m f ■, era Cecilia nao fe expe r im en to« ero neuhúa co rd a do co r a ^ á o : í i m corm eum ^ ^ ec tp u t picum tm m aculatum : po rque femprc e f teve unida a feu h-fpofo,*^ a vem todas as mais na fua pref'ení^a: tnundocordoy quoniam iy fi D eum v i- d e tu n t. E xierun t ohvn^m ¿ponfo y ^ Sponfet.

D aq u iv en h o a e n te n d e r a r a f a o , po rq u e Cecilia era f-fiiftida de A n - j 08,& Ihe m iniftraváo o o rg á o ,q u e tocava , S c a q u c c a n t a v a a k t r a , éc folfaCeleft<í,deixádo-o ver aV aie- r iano ;porq com o eftava jà nefta vi­da m orta l na prefen9a , & cópanhia d e feti Divino É fpofo : ¡¿uoniim ipft D eum tiJchuHty por te r o cora^So, S í as vozes das fuas cordas t á o c!a>

Beali multilo corde y n á o e r a tn a - r a v i l h a , que an^ÜiíTím Anjos aqué d e fe já o íem pre v e r , & vejSo que e f tava com C e c i l ia , & o miniftraré e ra com o rev e re n c ia , que faz iáo à p u re fa ,& fingular virgiudade de tal ¿ r p o f a , que fe nSo v i j í e m le u E f- pofo . l à fonhou Jo f fp h dous fo* nhos , que ambos forSo profecías iwyfteriofas, o primeiro foi o das paveas, queo r .ze vio adora r a fua; im nifeftoufc o m yfte rio .fendo go- ve rn a d o r do E g y p to , quando os irm üos Ihe fo rá o com reverencia p e j l r o t i i g o para rem edearem a fom e.O redundo fui de onze elti e l ­las Sol,í?c Lúa o adorarem;efte e x • plica h'jnj Padre d i íi iM ioteca Pa* t f u m , qi»efoi húa r e v e re n c i j , q i« fizerSo os Aftros à purefa de j - f c p h , deixaodi* a c«pp« nasm áos d i .íd j i te ra : Wr/» ¡mmeritó ( d iz . \ - d í lm ) ) i limfni¡ijji->if !n TtÍKjribMff *c ! efi ÍmU fiel¡4ru>a filc r ib u t Jofephfom*4 [ofttMf adoran*.-^nt

de SmtA CccHU, 3grande p re ro g a t iv a .^ v i r tu d í n ¿U con t inenc ia , c a f t id id e , & p u re fa , q c e o s mcfnjos A ftm s lumiaofos r e t id lo a d o r a ^ o é s a o s q u e a o b f e r *vao!

P o r e m b e d e ^ d v e r t i r , que eiteS plancta.%& Aílroi» tem fuasin tell i- gencias, que os m o v e m , efpir itos A ngelicos , & a es que can táo na m ufjcado C e o , & m odo g ra v e , a - gudo> & fobre agudo , em tìnefa d oa m o r Divino» t r ib u tá o o s A í l r o s a - d o ra? o 5 s , m ovidos das intelligen- cias,que osafliftem com o a Jofeph» q u e fe n á o ca n to u fempre o m o d o fub ie a g u J o , fo im uico afinado n o g rave , & agudo ; mas a h ú m a Ce­c ilia , que foi de a lm a , & vida tS o p ü t r . f ia f c o i m iU m ,^ c o i f u s meum in n ra c u ia tu iiJ, que as rnefm>jS inte!« Ijgencias Angelicas a reverenceSo, & llie ü b ed e ce m , quando CeciliaÍiuer que a p p a ie ^ á o , com o tez a e u e fp o fo V alc i i ' no, & Ihe minif-

t r á o o orgáo,quar-do canra aDeos, acom panhando com a v o z o inf- t r u m e n to , & hum A njo a aíníle na deftrefa de fu rta r o pon to nocon> grave do m a tr im on io , & fubir d e p o r t o no m o d o fobre agudo d e virgem,incHnem-fe em bo ia os A f- t ros a render ad o ra ^o ísá» m í i s a l -iras piua.^ efpofai^'de ChrÌfto ,quc 3 Cecilia c o m o m.'^isa m a d a , & pre­ferida a to d as , fe inclinSo os maí^ IDOS Anjos ; porque avem afiift id» )á do Kl’pofo pela purefa do c o r a - ^9iO,/iüt eormekm ,tSlc & náo í í vé o E l 'p o fo fem Cecilia: b ta tim u n d fitc rd e q u o n in m ff i u e u r » xnJahuHt^nen) Cecilia fem o ? S iK )fo :tx te ru H t íhviáni Spinfo^lS & le nasmais conto vozes do inftruiTicnto f j a v e , a in d i que p ruden te s , fe a - chou ü ferenj vi>'/ebhumaras:L>w-m iía te iu n io r rH e / ,^ c em Cecilia f6 íe vio huípa vj¿iK>ncia, 8c dcftretanascordaí^do C0i^<^ñ0 y f at cor me*

p a .a c ü n á í fe r com o E fpofo:

Ser>nt o’S.gD dormU yfieor meum vì^^iìii : E fe o m ir i t o h e av e n te jad o .fe jà o tam * b e m ascoroas, que quando a? mais, q u e e n t rá o no tiamero das finco, te m a fua corna : l^eni Sponfa, accipt

Cecilia he cham ada para muitas: Veniy veni de Libitta., veni co- tD naberit, m :ruit »m^ii¡Ttma4»ciipe* reJigniratum cortm ujtve de virgini- tateandtd:*f,& : nam^ufica, & canto d a purefa ie ja p ie fe n d a ,& u n ic a ,& v o z fingular, nSo fó n af irm efa dos p o n to s , n o to m fobre a g o d o ; mas ta m b e m em decla ra r a le tra ao a- g ra d o dos ouvidos d e D e o s , Domi» m d ec tn ta h a t, & a e x e m p lo de t o ­das as almas pu ras ,ouw indo -fe na f u a f o l r a h ú orgSo do Efp ir j to San­t o defde fua menimífe:

ejiarganum ó'firi-t u / SanB;.

B fe na purefa teve a preferencia á s mais, p o r te r cifcuuftancias de f em ílh an ^a com a u n i c a ,& f in g u - U t Efpofa p o r antonomafia ; no iBartyrro tambetn m ereceo m u l t i ­p licadas as c o r o a s , fiv e depaJTtons furpurffo f, pela fctnelhan9a,& cor- r e fp o n d e n c ia , que teve mais che- g í J a a feu Efpofo . A’s mais que có - p ó e m o iiifti am en to de finco, f«/«»

fendo Virgos,Be M ar- tyi-ej p o r detenderera d o Bfpofo » fé, fie Ihe confagrarem a p u r e f a , fe )he concede n a m o r t e a c o m p a n h i» d o s Anjos para asco rce ja rem para a-gloría: f^em Sfonf» Chi’ijli pro cu ‘ j u i aniart f»ngMÍ>tem tu u m fu d ifi i y ^

x^H ^ehr in p irad tfn im in tro ifli: p o re m CecU>a na v i d a , j á fe v é n a c o m p in h ia , & t r a to de A n jos ;por- q u e j á n S o v iv e em hú mundo aon- d e a p ropenfáo da nature fa náo d e ixa de inclinar p a ra os de fcu i- d o s , anváa que fe ab race a gra«;a; q u e i f f o h e , o dúrnu^verunt oinn^r; m a s a C e c i l ia n S o e f p e rá o o s Anjo« q-ttc fe ap a r te a alma para IhealRf- tírsíDD) vida; po rq u e aniav* cas to

a feu E f p o f o , qne m o rr ia de a m a ­r e s ; a v id a em Cecilia e ra m o rre r p o r Chrif to , & o padecer a m o r te era g loria para Cecilia; porque nSo t iv e ífe fó na purefa as m ult ip lica­das co roas ,^»ff de Í^irgiititate tan^ didár ; roas tam bem nas íinefas de dar a V id i,fív e depaJJio»í/Br^ureafi afliftSo-lhe os A njos na vida ; por* que vi va m orre fempre d e amores» fe as mai;i Ihe vem aíliít ir , Se acoai^ p a n h a rn a m orte .

£ m nome de hQa alma fanCa, Qt E fpo fa de Chrifto parece que fa l­lava S e p h o ra , quando a feu E fpo ­fo ,que na reprefen ta^So e ra o m eí- m o Chrifto , defta forte Ihe diziat SpoHjHf fsHguiMUf'n 1H mibi ct TenS fido muitas vefes r ep a ra d o o eílylA de d i f e r , em plural a p a i a v r a , fan*- gue , / i»^« í»«w ,cer to he qd cC h iif* t o Senhor N c f lb no fen tido referi* d o fe póde en tender, & hüa d.-:s ra - f®Ss,com que fe exp l ica o m yfte rio da palavra h e , po rq u e le v itáo etn Chrifto oscorit ientos p o r dup lica­dos m odos ; padeceo ás viüleiKiac dos golpes, padeceo no/ofrimerít® da6K iju rias ,& op p ro b r io s , & pa* deceo a finezas de íeu am or, p a d e ­c e o na hum anidade , & padeceo na alma: po rq u e com o o am of he p ro - p r iedade dalma, pe lo quan to do a* m or fe regula o tan to d a d o r , dolot efi íwary & hum d o sd o lo ro fo s fen tim entos d o am or de Chrifto a ancia d e p adece r mais pelas al» inasta t ro c o de que to d o s le falvaí- fein; m a sc o m o o am o r tocava no infinito,5t o fentir oo hinnano,nun­ca pod ia igualar o padece r a o a» mar. V io Chrifto na C r u z , que te c o m p n á o os dec re to s da íua fabe- doria a r e fp e r to d a R edenip^So em a f«a n w r t e , fie antes de di-zer con» fum m ttum e ji , diflcJÍtio , que fegun- d o a in te l l igenc ia dos Padres cofli Santo A ug n ft in h o , e ra a fede de

Exod,

mais p adece r

de S m tâ CeàÎÜ* 15F r com o fc acabava o fen t i r , m of- t r o u d o b ra Jo s os fentimentos af- ÎÎm no que p a d e c ía , com o no que defe java padecer;& efla he hua das ra foês d e reduplicar na p a la v ra o iâQgue : SponfuíJ*nguÍHum tu mibi «/.cm q u an to ef tava vivo padeceo . via que defpoîi de morco Te acaba* v â o 08 fentimentos, & nâo o am or; p o rq u e com a m o r te fìnalizava o a d o d e f e n t i r , & defpois de Refuf- cicado tambem em ce r to m odo ha- via de moftrar que f e n t ia , porq ha- v i a d e m oftrar que am ava ; & nâo im plica com o 1er g lo r i o f o ,o fer iènfitivo p o r am ante ; porque ta m ­bem nâo im plicou no ier foberano,& Divino,que quando quiz moftrar o que amava aos hon>6s, aquem fua Divin.'x Juftiça caftigava: no diluvio expU cou o a r o o r p e lo fentimento:

Bugo 7 s8 iir dclort cordtt intrinfecus, & Gutd, exp l icando H u g o C a rd e a l a sp a la -

vras y d iz que Deos am a a todas as c rea tu ras ; mas que o am or dos h o - ip ê se f tâ m a isn o co ra çâo d e Deos, 6c aonde aüifte o am or acom panha dd o r : Seâ amor bommitp lu t eji in cor­de Crcator/r ibi iji dehr y ubieJis-> «tfr.-no tr iduo da m o r te de Chrifto eñ e v e fu ip e u fo o padecer; po rq u e ef teve aufente o e fp ir i to d o C or­p o : ?ater, in m anu itua f commendo Jpiritum meum. E e f ta e ra hua ro m o ancia da p a r te do amor, qu« femio C h í i f t o ,^ í« msior»tormtHia; & por que chegava a h o ra d a m o r t e , en- t o - o u o f e u a m o r o p o n to m a is fu-

í®íP««/periorda fua finefa : Cum clamore vaìidoy lacrim i/ exJuJiíttf eji.

O tom de fte pon to o a vio Cecilia n o c o r a ç â o comoiLÍpofa mais am a­d a , & p r e te r id a ,p v a e m c e r to mo* d o defem penhar a anc ia d a fineza de C h r i f t o ,fitio maiorMtermfnit ,• & p o rq u e no padecer p o t feo E fpofo chegafTeao pon to niais a l to das fi- Dezasde feu a m o r , moftrandt) c o - l&ovivia d o que pen a v a ) & que o

g o l p e ,q u e p a ra as mais vídas fot m o r te , p a ra o feu am or e ra vida. A m ukos S a n to s , & M arty re sl iv r o u a vir tude Divina de grandes to r m e n to s , f o a v iz a n d o a h û s o f o - c o para que com o c a lo r o s n á o a« b ra z a í f e , dando f irm eza ás agoa» p a ra ou tro s n áo fereru a fogados no fluido daquelle e l e m e n to , a car ce« res tenebro fos os fez refplandecen- tes com lu z fobrenatural , a muitos» & a lg ú s d e u vigor para n áo p e re - c e r e m à fp m e na falta d o lu ften ío e m m u i to s d ia s , fahindo d a forae exp r im en tada mais robuftos ; ló le náo lé que livrafl'e a algús dos M a r­ty res do gol pe da gargan ta ♦ com efte m uiros , qv^ t i t íb á o livra« d o d o s m a i s , a c a b á r á o aá v id a s ,o c rc c e b é r á o as coroas.

Aflim fuccedeo a Santa Cecilia, que prim eiro Ihc afliftio a v ir tude divina, dandolhe lu z no carcere t e - neb ro íb > impedindo ao ca lo r d o f o g o , que anáoo ffendef ie c o m a* c h a m a s , & fubftituindo o p ro p rio ca lo r natura l p o r fuftento para n áo f e n t l r a f o m e , a té que u ltim am en­te Ibe d e rá o o go lpe na garganta* go lpe de m o r t e , & p o r m o r ta 4 de ix à râ o p o r te rra ; m asefteve tres dias viva , & m o r t a , que h e o mef­m o qu e fem im orta , padecendo o go lpe da m o r te ,& v iv e n d o n e fen- t im ea ío «k>golp#trc3 dias; grande m a rav i lha , ó c ra ro fucceflb! S e o g o lp e he de m or te ; porque o fo i em todos, & o fo i para Cecilia, que del le acabou, po rque vive tres diaa d o que fe m orre em hum inftante?E to d o s no inflante do go lpe m o rré - r á o I Seria a ra fáo ; po rq u e quiz a p ro v id e n c ia ,& o a m o r ,q u e C e c i­lia, com o R f p o ú mais intima, c o r - rel^pondeíTe no C o r p o , & A lm a a feu E fp o f o , paá ec en d o n o v o ge* nero de to rm en to : Sponft p n ^u i» num íu ,6c delempenhaffe a -quella aacia dcCbí iÜo nn C n i z / r ^ ^

Serjmo& p i r a q u s d i n e d«: c u q a e era Cecilia t a o ad i in ta c f iC e : i l ia n a m orte em o excefi'o de p a d e c e rn o p o n to mais a l :o :clafff'ffe vaUJo,

O E fpofo Cluifto com a m orte a c a b a v a d e padecer, & o a i n o r n à o a c a b a v a , & fencia a fu fpenfàodos to rm e n to s napr iva ijáo da vida no t r id a o d j fua m or te ; a Cecilia d áo - I h e o go lpe d.: m orte ,m as n áo ac a ­b a nos tres di as, vive para padecer, m o rre po rque foi def»ollaia, & en* t r e m orta ,6c viva fó tem v id i para p ad e ce r m or te , & h e m o r t a , p o r ­q u e l l ied e rá o o gol p e , coni qae a* ca b a a v id a jq ' je fe por fing'i lar ca - t o r a na m-ifica do Ceo ; Simile cjl R e^nw n Citlorwn deecm f^irgimbui. D . u o pon*o m u s req n n ta d o no m o d o fobre a g i d o , m erecendo Bjultip licadascoroas, i^cn:,vcni,ve- fii coronabtfii ; corno unica E ipofa a refpeito das mais: M eruit tm pìiffi - masnceipcredigniiétum coroHASyftvc deV irg im ta tec jnd iàa f. N o m arty - r lo deu brado a fua fine2a em m or- re r fem a c a b a r , para eftar morren* d o de Amores por feu E fpofo , ou t e r a m o r te m ultiplicada m s horas,& nos dias para fe Ihe m ultip lica- rem asco ro as de M a r ty r , ftve de fiffione pur^ureof t & p o r ¡ÍTo dizia

no m e n e o , que com a anticipa^So a todas as m a is , que e n t r á o a ver o E fp o fo n o num ero das fmco pcu- d ;n te s ,q u e vem com o vozes de fó • ra: Hxieruniobviam , a c h áo jà Ceci­lia a l f id iJa , & acom panhada d o Efpofo , Sponfoy Cí Spoufít.

Gloviofa Santa ,que no c o ro mais p e r fe i to & fuave,que he o d a s Vir- g€s-, fuftes can to ra m o r , fendo co» m o voz D iv ina, p o r chegada mais a o t o n i d o Divino M e f t re , j à que com a fuav id íde da voíTa mufica a- trahiftes tantas almas, quL* por b a r ­baras, f e d e f v ia v lo d o p o n to c e r to d a r a ! v 3 9 á o ,& aspufe ltes em tom n > compaflo d% f¿ , para e n t ia re m n i moflea da Ig re ja C atholica, fen­do defde minina de r t ra , & afinada no A m or Divino : tpf* pueriít»edoHay faB a ejiorganiim ¿>pintur d i. N á o vo sde fv iandonem hum a minima do pon to de perfei^áo , a l - cainos defle m efm o Efpiri to Santo, que vos deu o a m a mufica do Ceo, hum a u x i l io , que nos faqa en tra r em to m a ó d e d e fa f in a m o s no sn o f- fos defeitos ao com paflo da fu* g ra^ a ,p a ra taze rm o s vozes de den­t ro , em unifonos com os Anjos na g l o r i a : ^ « / » m ihiy^e.

L A U S D E O.

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. Ui :>\j* 3obv:>:>--q (Eàiv -.f) iio7ofn f> r, ô/iom, . .:.'â i: .b ■ I l i . ’"! ^ OÏ ^ j î *3Ïi -h 0 » r í -*¿' i h & i O i ' i ' L ' . î l l .

O ‘ :r r iT î f î f i ' î c c î î : . i j ; t ■ i-’. r : ? - ' ,t f t r - ' f il p ii! m; ,-<r‘*ífíC':2fn ?■'M ■ •» ».

1 0 ^ ß 51 í 6 ‘'¿ ' í^ c ' ; ö i ■ i'% :•. . U ol>,. :iii> cfl'iç f'f (fi tZciof) ah'jv/Kj oÎ'DT or - 'üî . -î s u ')! o b v/'r:*'! "íñ :o iT :f .p c l i q v’hiifi?*! •:: •. ^ïv

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,?abuìti7 ,?f;bi5Ît>'iXj 't iîia,-îr»q ,.-:7citiO i,b o-* ,od!'d o’M ÍJ - ^.cnoiov ob i.-b'i'ig VR-n.T -'• -Ti'i 2. '' í,i :.b -EJíy-ïOs jI "íiüm-:''!; (ri;0 ' ’Ocbi'. Ji (V»<¡£n of> >'i£.i’ífiíi ir)nn'.. ofb nci.i <0! ••< tobnii ~o\ ■)) j'ip fifífii tioa Èri ,ti jlt;o - ' '.líf- .'■ 'JÓc-'-i /br.b

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