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DARIO GUILHERME PESSOA DE AZEVEDO RENATA BENASSI DE OLIVEIRA ANTONIO JOSÉ DE FREITAS MENDES HIGIENE OCUPACIONAL: PLANEJAR PARA EVITAR ARARAQUARA 2010

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DARIO GUILHERME PESSOA DE AZEVEDORENATA BENASSI DE OLIVEIRA

ANTONIO JOSÉ DE FREITAS MENDES

HIGIENE OCUPACIONAL: PLANEJAR PARA EVITAR

ARARAQUARA2010

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DARIO GUILHERME PESSOA DE AZEVEDORENATA BENASSI DE OLIVEIRA

ANTONIO JOSÉ DE FREITAS MENDES

HIGIENE OCUPACIONAL: PLANEJAR PARA EVITAR

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DARIO GUILHERME PESSOA DE AZEVEDORENATA BENASSI DE OLIVEIRA

ANTONIO JOSÉ DE FREITAS MENDES

HIGIENE OCUPACIONAL: PLANEJAR PARA EVITAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” como parte do requisito para a conclusão do Curso de Extensão em Higiene Ocupacional.

Orientador: Prof. Dr. Álvaro Martins Guedes

Araraquara2010

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DARIO GUILHERME PESSOA DE AZEVEDORENATA BENASSI DE OLIVEIRA

ANTONIO JOSÉ DE FREITAS MENDES

HIGIENE OCUPACIONAL: PLANEJAR PARA EVITAR

Trabalho de Conclusão de Curso julgado e aprovado:

Data da aprovação: ___/___/___.

Profº. Orientador: Prof. Dr. Álvaro Martins Guedes

Membros da Banca:

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RESUMO

O Restaurante Universitário da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara, possui um ambiente de trabalho que oferece riscos ocupacionais.Este relato teve por objetivo mapear os riscos ambientais no Restaurante Universitário, através de observações e questionário individual, após isso treinar seus funcionários, visando a diminuição desses riscos. Observou-se que os riscos ambientais presentes são em sua maioria físicos e estruturais, com atitudes corretivas de fácil assimilação e aplicação.

Palavras-chaves: restaurante universitário; riscos ocupacionais;

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SUMÁRO

Introdução 08Metodologia 11Análise do Questionário 19Conclusão 20Referências Bibliográficas 21Anexo 1 23

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Tema:

A importância do planejamento, aplicação e conscientização da Higiene

Ocupacional no ambiente de trabalho.

Título :

Higiene Ocupacional: Planejar para evitar.

Objetivo Geral:

- Diagnosticar e realizar ações para minimizar os fatores causadores de

acidentes no ambiente de trabalho, através de treinamentos e

conscientização sobre a importância da Higiene Ocupacional.

Objetivos Específicos:

- Diagnosticar os possíveis riscos e problemas existentes no Restaurante

Universitário da Faculdade de Ciências e Letras.

- Criar e aplicar um programa de conscientização sobre Higiene

Ocupacional, visando minimizar os riscos e problemas presentes no

Restaurante Universitário.

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Introdução

Por maior que seja a capacidade e por mais que seja especializado o

Gestor de uma empresa, no nosso caso o Reitor da UNESP, jamais poderá

ele esquecer-se que são elas, as pessoas, que efetivamente concretizam os

eventos que cercam todo o processo de gestão da Universidade.

Nesse sentido, deve-se pensar anteriormente aos equipamentos e

estruturas de uma Instituição, tem-se que entender que são pessoas, com

suas limitações, anseios e potenciais que tornaram realidade todo o

planejamento realizado pelo Gestor.

A formação de capital humano dever ter foco na capacitação profissional e educação continuada. As insti tuições devem buscar inovar nas formas de capacitar e/ou fomentar a capacitação de profissionais. Esse foco em capital humano qualif icado resulta num diferencial competi t ivo às empresas gerando novos produtos e conquistando novos mercados. Temos que pensar grande, agir (pelo menos) a pequenos passos, mas rápido, temos de agir rápido, pois a velocidade é que faz a diferença. ( ANTONIO MENDES DA SILVA FILHO, 2007).

De alguns anos para os dias de hoje muitos gestores passam a ver os

seus recursos humanos como capital humano, ou seja, começam a encarar as

pessoas como um investimento importantíssimo para suas empresas.

Atualmente o único bem na empresa que não pode ser copiado são as pessoas, o talento faz a diferença. O capital humano é um dos principais ativos geradores de riqueza nas empresas. O valor de cada indivíduo contribui para o crescimento da organização e pode ser aumentado ou depreciado de acordo com as polít icas e prát icas de gestão aplicadas. Com a mudança constante do contexto econômico, em que a formação de valor no mercado cada vez mais depende da qualidade de serviços e conhecimentos prestados, onde bens tangíveis são faci lmente copiáveis, as pessoas se tornaram defini t ivamente um diferencial competi tivo , deste modo torna-se cada vez mais evidente a demanda das organizações em novas ferramentas e estratégias de gestão onde a idéia de "despesas com

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pessoal" passa a dar lugar ao "invest imento em capital (Roberto Recinella, 2010).

Diante disso, muitos gestores começam a se preocupar com o bem

estar de seu capital humano, exemplo disso são os programas de saúde do

trabalhador implantados dentro das empresas.

Investir em exames cl ínicos de qualidade e não apenas em exames admissionais e demissionais feitos, em boa parte das vezes, sem muito cuidado, também são boas pedidas e podem ser faci lmente negociadas por empresas e funcionários. O grande benefício é que check-ups periódicos podem identificar danos à saúde que, muitas vezes, o próprio funcionário desconhece. Isto é muito comum, já que existem diversos problemas de saúde assintomáticos como a hipertensão e o colesterol alto. Além disso, nesta parceria `funcionário-empresa´ ambos saem ganhando", reforça (Lil ian Burgardt , 2005).

A segurança e a higiene são critérios fundamentais para a prevenção

de acidentes de trabalho. Porém só haverá resultado se empregado e

empregador estiverem cientes de que na falta do comprometimento de uma

das partes tal programa não obterá resultado algum ( NUNES, 1998).

Segundo VANDERLEI ABREU 2010, o profissional que tem em seu

cotidiano o oferecimento de benefícios que lhe proporcionam um bem estar

dentro da empresa se sente mais valorizado e motivado, pois sente-se

respeitado e que a empresa esta preocupada com o ser humano e não

somente no trabalho. Diante disso o profissional dedica-se muito mais do

que outro que não tenha esse reconhecimento. O profissional envolvido em

programas que se preocupa e valoriza o seu bem estar transmitirá uma boa

imagem de sua empresa proporcionando um produto final muito mais

satisfatório a empresa e cliente.

Considerando que a saúde e a segurança estendem-se não somente aos

funcionários, mais também a todas as pessoas envolvidas em uma

Instituição, fica evidente a importância de criação de um programa que

elimine ou minimize os riscos dentro e fora do Restaurante Universitário da

Faculdade de Ciências e Letras, criando assim um ambiente saudável tanto

para as pessoas que freqüentam o RU, mais principalmente para que os

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funcionários tenham uma motivação para realizarem suas atividades laborais

diárias.

O Restaurante Universitário e seus Riscos

Para um bom programa de Higiene Ocupacional deve-se primeiramente

entender o que é a Higiene Ocupacional e qual sua importância dentro das

Instituições, e o que gestores e capital humano podem fazer para criar um

ambiente de trabalho seguro e saudável.

Segundo a definição da NR 9 e da American Industrial Hygiene

Association (AIHA), citada na Enciclopédia de Segurança e Saúde

Ocupacional, da Organização Internacional do Trabalho (OIT): Higiene

Ocupacional é a ciência que busca reconhecer e avaliar os riscos ambientais

que estão presentes no ambiente de trabalho buscando neutralizá-los ou

minimizá-los.

A Higiene do Trabalho é uma das ciências que atuam no campo da Saúde Ocupacional, aplicando os princípios e recursos da Engenharia e da Medicina, no controle e na prevenção das doenças ocupacionais. Estas, chamadas também de doenças do trabalho ou moléculas do trabalho, são estados patológicos característicos, diretamente atribuíveis as condições ambientais ou de execução de determinadas at ividades remuneradas. (JOE W. COX p. 415)

A Higiene do Trabalho é encarada por muitos como a área onde se unem e completam mutuamente a Medicina do Trabalho e a Segurança do Trabalho, que passam a atuar com o único objetivo comum: Prevenir os danos à saúde do trabalhador, decorrentes das condições de trabalho. (JOE W. COX p. 415)

O Restaurante Universitário da FCL é uma unidade que desempenha

atividades de manipulação de alimentos em um ritmo cada vez mais

acelerado, sempre tendo como objetivo o fornecimento de alimentação

adequada através de um planejamento alimentar a seus clientes: Servidores

Docente, Técnicos Administrativos e Discentes.

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Acontece que hoje essas atividades estão sendo realizadas em um

ambiente que não oferece totais condições de trabalho adequadas devido a

problemas ambientas, ergonômicos e de acidentes durante a realização das

atividades diárias, expondo esses operadores aos riscos ocupacionais como:

cansaço, diminuição da produtividade, provocado pela insatisfação,

problemas de saúde e acidentes de trabalho.

Sendo assim, levando-se em conta a Segurança no Trabalho dentro do

Restaurante Universitário da Faculdade de Ciências e Letras, primeiramente

levantou-se os riscos ambientais presentes conforme Quadro1 apresentado:

Quadro 1: Classificação dos riscos ocupacionais agrupados conforme suas

característ icas.

Grupo 1Riscos Físicos

Grupo 2 Riscos

Químicos

Grupo 3Riscos

Biológicos

Grupo 4Riscos

Ergonômicos

Grupo 5Riscos de

Acidentes Ruídos Poeiras Vírus Esforço Fís ico

intensoArranjo Fís ico

inadequado

Vibrações Fumos BactériasLevantamento e

t ransporte manual de peso

Máquinas e equipamentos sem proteção

Radiações não ionizantes Névoas Protozoários

Exigências de postura

inadequado

Ferramentas inadequados sem

proteção

Frio Gases Parasi tasImposição de

r i tmos excessivos

Eletr icidade

Calor Vapor Baci los Trabalho em turno Noturno

Probabi l idade de incêndio ou

explosão

Pressões anormais

Substâncias compostas ou

produtos químicos em

geral

Jornada de Trabalho

prolongados

Armazenamentos inadequado

Umidade Monotonia e repet i t ividade

Animais peçonhentos

Outras s i tuações de est resse f ís ico e/ou

psíquico

Outras s i tuações de r isco que

poderão contr ibuir para a

ocorrência de acidentes

Fonte: Ministér io do Trabalho e Emprego, NR 5, 1994.

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Quadro 2: Círculos que representam o grau de risco.

Quadro 3: Tabela de Gravidade.

Símbolo Proporção Tipos de Riscos

4 Grande

2 Médio

1 Pequeno

As doenças do trabalho, ou doenças ocupacionais/ profissionais, são aquelas decorrentes da exposição dos trabalhadores aos r iscos ambientais, ergonômicos ou de acidentes. Elas se caracterizam quando se estabelece o nexo causal entre os danos observados na saúde do trabalhador e a exposição a determinado riscos ocupacionais. ( CONCEIÇÃO & CAVALCANTI, 2001)

O ritmo acelerado dos trabalhos e condições que desfavorecem o

ambiente de trabalho aumentam o índice de acidentes. Por isso a

importância de criar-se políticas de higiene ocupacionais. Buscando

construir um ambiente com qualidade adequada aos trabalhadores, cresce a

cada dia a busca de aperfeiçoamento dos ambientes de trabalho que

ofereçam mais qualidade de vida e segurança.

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METODOLOGIA

O Restaurante Universitário foi avaliado através de visitas durante o

período de julho a setembro/2010, pelos componentes do grupo para

levantamento de possíveis riscos ocupacionais, conversando com os

servidores, visitando o local de trabalho e acompanhando as atividades

realizadas diariamente.

Após o levantamento dos mesmos, foi elaborado um quadro, com os riscos

encontrados. Através deste quadro, foi proposto um rol de EPIs, para tentar

amenizar esses riscos e aplicou-se também um questionário individual para

os dois turnos, para obtenção das dificuldades encontradas pelos mesmos no

prevenção dos riscos ocupacionais.

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Quadro 4: Planta baixa do Restaurante Universitário da FCL

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Quadro 5: Riscos Ambientais presentes nas áreas do Restaurante

Universitário da FCLÁreas Riscos Ambientais Classi f icação

Caldeira de água GLP Risco de acidente médio

Cil indro de gás GLP Risco de acidente e químico médio

Recepção de mercadorias Levantamento e t ransportes de pesos Risco ergonômico médio

Estoque Levantamento manual e t ransporte de peso Risco ergonômico leve

Estoque Produtos químicos Risco químico leveCâmaras fr ias Frio Risco f ís ico leve

Pré preparo e higienização de frutas e verduras Umidade Risco f ísico médio

Pré preparo e higienização de frutas e verduras Equipamentos Risco de acidentes médio

Pré preparo e preparo de saladas Micro organismos Risco biológico elevado

Pré preparo e preparo de saladas Umidade Risco f ís ico elevado

Pré preparo e preparo de saladas Eletr icidade/Equipamentos Risco de acidente elevado

Área de pré preparo de Carnes Equipamentos Risco de acidente médio

Área de pré preparo de Carnes Peso Risco f ís ico leve

Preparos de sobremesas Equipamentos Risco de acidentes levesCocção e Caldeiras Calor Risco f ís ico elevadoCocção e Caldeiras Ruídos Risco f ísico médioLavagem de panelas Umidade Risco f ís ico elevado

Balcões de dis t r ibuição Repet i t ividade Risco ergonômico leveHigienização de bandejas Ruído Risco f ís ico elevadoHigienização de bandejas Produtos químicos Risco químico elevadoHigienização de bandejas Umidade Risco f ís ico elevado

Adminis t ração Estresse f ís ico e/ ou psíquico Risco ergonômico médio

As instalações de GLP no RU da FCL, situa-se na parte externa da

cozinha, sendo adequada sua proteção e armazenamento, oferecendo risco

apenas por sua natureza.

Com relação ao pré preparo e preparo de saladas os manipuladores

estão expostos aos micro organismos presentes nos alimentos crus por

manterem contato direto com os mesmos. É uma atividade que os mesmos

mantém atividade direta com a água, para a higienização e preparo dos

alimentos.

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Com relação ao ruído o mesmo foi medido e não atingiu o nível de

risco, porém esse ruído é constante e para quem trabalha nesse local é

extremamente desconfortante.

Já na higienização das bandejas é utilizado como detergente SOLID

POWER, produto a base Hidróxido de Sódio, Poliacrilato de Sódio,

Carbonato de Sódio, Ácido Trinitri loacético e Cloreto de Sódio.

Após levantamento dos riscos existentes no Restaurante da FCL,

notou-se que os riscos que mais expõem os servidores são os riscos físicos e

de acidentes.

EPIs para Restaurantes Universitários

Toda atividade laboral tem risco, mesmo que mínimo, porém esses

riscos não devem ser desconsiderado pois um pequeno risco pode causar

uma doença ocupacional.

Pensando nisso criou-se o EPI, Equipamentos de Proteção Individual,

que visam assegurar que o trabalhador não sofra nenhum tipo acidente no

exercício de suas atribuições, ou se esse vier a ocorrer que os equipamentos

minimizem os danos.

Porém vale lembrar que as empresas devem oferecer um ambiente de

trabalho seguro e saudável para seus funcionários e que os EPI devem ser

oferecidos apenas em ultimo caso à eles.

Os EPI são obrigatórios e devem ser fornecidos gratuitamente pelo

empregador a seus empregados, e esses por sua vez devem usá-los no

exercício de suas funções e o mais importante de forma correta.

Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI

todo disposi tivo ou produto, de uso individual, ut il izado

pelo trabalhador, dest inado à proteção de riscos suscet íveis

de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho – NR6 – 6.1.

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Após levantamento dos riscos existentes no Restaurante Universitário

da FCL, ficou evidente a necessidade do uso de vários EPI pelos servidores,

para eliminar ou minimizar tais riscos, são eles:

Quadro – 06 – Riscos Ambientais no RU

Áreas Riscos Ambientais Classi f icação EPI

Caldeira de água Gás Risco de acidente médio

-

Ci l indro de gás Gás Risco de acidente e químico médio

-

Recepção de mercadorias

Levantamento e t ransportes de pesos

Risco ergonômico médio

-

Estoque Levantamento manual e t ransporte de peso

Risco ergonômico leve

-

Estoque Produtos químicos Risco químico leve Luva Latex

Câmaras fr ias Frio Risco f ísico leve Casaco térmico

Pré preparo e higienização de

frutas e verdurasUmidade Risco f ísico médio

Luva de si l icone e

decartável e Botas

Pré preparo e higienização de

frutas e verdurasEquipamentos Risco de acidentes

médio

Luva de si l icone e decartável

Pré preparo e preparo de saladas Micro organismos Risco biológico

elevado

Luva de si l icone e decartável

Pré preparo e preparo de saladas Umidade Risco f ís ico elevado

Luva de si l icone e

decartável e Botas

Pré preparo e preparo de saladas Eletr icidade/Equipamentos Risco de acidente

elevado

Luva de si l icone e decartável

Área de pré preparo de Carnes Equipamentos Risco de acidente

médioLuva de Aço

Área de pré preparo de Carnes Peso Risco f ísico leve Luva de Aço

Preparos de sobremesas Equipamentos Risco de acidentes

leves

Luva de si l icone e decartável

Cocção e Caldeiras Calor Risco f ís ico elevado Luva TérmicaCocção e Caldeiras Ruídos Risco f ísico médioLavagem de panelas Umidade Risco f ís ico elevado Luva Térmica

Balcões de dis t r ibuição Repet i t ividade Risco ergonômico

leveLuva de s i l icone

Higienização de bandejas Ruído Risco f ís ico elevado Luva de

s i l icone Higienização de

bandejas Produtos químicos Risco químico elevado

Luva de s i l icone

Higienização de bandejas

Umidade Risco f ís ico elevado Luva de si l icone e

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avental PVC e Botas

Adminis t ração Estresse f ísico e/ ou psíquico

Risco ergonômico médio

Obs:- Quadro 6, ainda é complementado pelo uso do uniforme pessoal, que é

composto de calça de terbrim branca, jaleco ou camiseta branca, aventa de

pano branco, avental de PVC branco, touca descartável ou touca de pano,

calçado fechado antiderrapante ou bota de borracha.

É utilizado pelos manipuladores luva térmica apenas para transportar

panelas e assadeiras em altas temperaturas, e não achamos viável o uso das

mesmas no processo de cocção.

Com relação aos riscos biológicos (fungos, parasitas, vírus, bactérias,

etc) podem ocasionar a patogenicidade aos homens, virulência devido ao

contado direto com alimentos que podem estar contaminados e também por

manter contato direto com pessoas que freqüentam o RU.

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ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO (Anexo 1)

Com relação ao levantamento do número de acidentes de trabalho

ocorridos no RU, semanalmente, mostrou que dos 17 servidores

entrevistados, 14 sofrem algum tipo de acidente leve ( queimaduras, cortes,

etc.. .) , sendo que 9 servidores já precisaram, se afastar do trabalho, por

motivo de acidente ou de doenças provocadas pelas suas atividades.

O questionário composto por 7 perguntas, buscou levantar a realidade

do dia a dia enfrentada pelos servidores do RU.

O presente mostrou que com relação aos acidentes ocorridos foi

relatada, a falta de atenção durante o exercício das atividades laborais.

Ressaltamos que com relação a parte estrutural do RU, a Unidade da

FCL já tem projeto em andamento para a construção de um novo RU,

adequando-o a realidade enfrentada pelo Unidade nos dias de hoje.

Voltando as afirmativas relatadas pelos servidores do RU, falta de

atenção, isso nada mais mostra que não devemos apenas preocupar com a

segurança física, mas principalmente a segurança psicológica desses

servidores.

Acidentes dessa natureza, que envolvem falta de atenção, estão a cada

dia crescendo no ambiente de trabalho, ou seja, são sofrimentos enfrentados

pelos servidores que não estão visíveis para as empresas como afirma

Dejours (1992, p.88):

A organização do trabalho exerce sobre o homem uma ação específica cujo impacto é o aparelho psíquico. Em certas condições emerge um sofrimento que pode ser atr ibuído ao choque entre uma história individual , portadora de projetos, de esperanças e de desejos, e uma organização do trabalho que os ignora. Esse sofrimento de natureza mental surge quando o homem no trabalho já não pode fazer nenhuma modificação na sua tarefa, no sentido de torná-lo mais conforme as suas necessidades fisiológicas, e a seus desejos psicológicos, isto é, quando a relação: homem-trabalho é bloqueada. ( Dejours 1992, p.88):

O enfoque deve mudar de curativo e reativo para preventivo e proativo. E a busca da conscientização e da transformação das intenções em ações depende de

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cada um e de todos, pois a saúde é responsabilidade de todos, mas só se responsabiliza e compromete aquele que é livre para pensar e agir, sendo consciente de si mesmo e da realidade. Pois somente nessas condições, é possível haver responsabilidade e comprometimento com idéias e valores. Qualquer sistema de gestão passa pela consciência de todas as hierarquias da empresa, de que a saúde e a segurança no trabalho integram a prática do processo produtivo. ( Gláucia T. Bardi de Moraes, Prof.Dr. Luiz Alberto Pilatti, Prof.Dr. João Luiz Kovaleski, 2005, P.24 ).

Por esses acontecimentos, gestores devem criar programas para fazer

o empregado sentir prazer em trabalhar, dando a ele condições de realizar

seus anseios dentro da empresa, seja na esfera profissional como na pessoal.

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Conclusão:

Conhecendo-se o local de trabalho e após fazermos o levantamento dos

riscos ocupacionais, propõe-se que a unidade FCL ofereça treinamento com

palestra e cartazes de conscientização e a util ização correta e necessária dos

EPIs em cada atividade exercida nas áreas do restaurante.

Propomos também que o treinamento contenha a seguinte programação:-

- Prevenção de acidente: Palestras voltadas para a conscientização da

importância da concentração no momento da realização das atividades

( util ização de facas, corte de alimentos, uso de equipamento a gás,

etc.. .)

- Prestar atenção no trabalho

- Uso correto de EPIs

- Apresentação do mapa de risco

- Normas de manuseio de equipamentos

- Colocação de cartazes na cozinha, para auxiliarem na atenção do

servidor durante realização de suas atividades.

O treinamento acima mencionado,visa transformar o restaurante

universitário da FCL, em um local de adequado para realização das atividades

laborais de maneira mais segura, buscando também o bem estar do servidor.

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Referências Bibliográficas:

XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29

out a 01 de nov de 2005

ABREU , E.S.; SPINELLI, M.G.N.; ARAÚJO, R.M.V. Fatores de Risco Ambiental para Trabalhadores de Unidade de Alimentação e Nutrição. Revista de Nutrição em Pauta , São Paulo, ano X, N. 57, p. 46-49, Novembro/Dezembro, 2002.

ABREU , E.S.; SPNINELLI, M.G.N.; ZANARDI, A.M.P. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição : um modo de fazer. Ed.: Metha LTDA, São Paulo, 2003, p. 59-75.

ABREU , VANDERLEI, 2010 American Industrial Hygiene Association

(AIHA), citada na Enciclopédia de Segurança e Saúde Ocupacional,

da Organização Internacional do Trabalho (OIT )

ANTONIO MENDES DA SILVA FILHO , Revista Espaço Acadêmico, nº 75 – Agosto /2007.http://www.universia.com.br/carreira/materia.jsp?materia=9553

ANTUNES , A.A; SPINELLI, M.G.N.; KOGA, R.A. Análise Ergonômica do Trabalho (AET) de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) de São José dos Campos.

Revista Nutrição em Pauta . São Paulo, p. 46-49, Julho/Agosto, 2005.

CONCEIÇÃO, M.L.; CAVALCANTI, C.L. Avaliação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) na Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) do Restaurante Universitário da UFPB. Revista Conceitos. João Pessoa, v.4, n.5, p.105-108, Jan./Jun., 2001.

Ministério do Trabalho e Emprego , Portaria N. º 25, de 29 de dezembro de 1994. Anexo IV, NR 5. Normas regulamentadoras da Secretaria da Segurança e Saúde no Trabalho (Disponível em 28/03/2007http://www.mte.gov.br/legislacao/portarias/1994/p_19941229_25.pdf

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Ministério do Trabalho e Emprego , NR 6 – Equipamento de Proteção Individual .

Ministério do Trabalho e Emprego, NR 9 –Programa de Prevenção de Riscos Ambientais . Normas regulamentadoras da Secretaria da Segurança e Saúde no Trabalho Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978. (Disponível em 06/07/1978).http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09.pdf).

Normas regulamentadoras da Secretaria da Segurança e Saúde no Trabalho (Disponível em 28/03/2007).http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf ).

NUNES , M.A. Legislação aplicada à saúde do trabalhador . 3 ed. Salvador: Cesa, 1998. 198p.

TEIXEIRA , S., et al. Administração aplicada as Unidades de Alimentação e Nutrição .Ed. Atheneu, São Paulo, 2006. 219p.

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO FCL

1 – Quantas vezes na semana você sofre pequenos acidentes ( cortes,

queimaduras) na realização de suas atividades?

( ) uma ( ) duas ( ) três ( ) todo dia ( ) nunca

2 – Já precisou se afastar por motivo de acidente ou doença provocada pelas

suas atividades laborais.

( ) sim ( ) não

3 – Caso a resposta seja sim na pergunta anterior, quanto tempo ficou

afastada?

4 – Esses acidentes, pequenos acidentes e quase acidentes poderiam ser

evitados De que maneira?

5 – O que pode ser feito no seu local de trabalho para melhorar suas

atividades, com relação a facili tá- lo e transformá-lo em um ambiente

saudável?

6 – O que você entende por Equipamento de Proteção Individual?

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7 – Quais equipamentos de proteção individual poderiam ajudá-lo a se

proteger de riscos presentes no seu ambiente de trabalho?

Obs.: a pergunta de número 7 não buscou o EPI especifico, mais sim que o

servidor indica-se qual proteção ele necessita para se proteger de possíveis

riscos ambientais, ficando e setor responsável pela segurança de encontrar

um EPI que atende-se a esse risco.