De Amor E De Perdas

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Roberto Numeriano

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Page 1: De Amor E De Perdas

Roberto Numeriano

Page 2: De Amor E De Perdas

Ninguém nos ensina a amar,

Mas já nascemos com medo.

Medo de amar.

Ninguém nos ensina a amar,

Mas já nascemos com medo.

Medo de amar.

Page 3: De Amor E De Perdas

Porque o amor é solto,Queda no desconhecido,

Um grande soco na mesa,O rasgo de grito no escuro.

Porque o amor é solto,Queda no desconhecido,

Um grande soco na mesa,O rasgo de grito no escuro.

Page 4: De Amor E De Perdas

Quantos anjos se perdem porque

Recusamos suas asas?

Quantas estrelas se apagam porque não

acreditamos no brilho essencial?

Quantos anjos se perdem porque

Recusamos suas asas?

Quantas estrelas se apagam porque não

acreditamos no brilho essencial?

Page 5: De Amor E De Perdas

Quantos deuses, avatares, santos e

místicosDeixam de nos habitar porque caminhamos na sombra do medo?

Quantos deuses, avatares, santos e

místicosDeixam de nos habitar porque caminhamos na sombra do medo?

Page 6: De Amor E De Perdas

Porém, é preciso viver o medo...

Descarná-lo.Descobrir-lhe o veneno.

Tirar-lhe a máscara.

Porém, é preciso viver o medo...

Descarná-lo.Descobrir-lhe o veneno.

Tirar-lhe a máscara.

Page 7: De Amor E De Perdas

Porque, maior que a perda,É o medo de amar.

Porque, maior que a perda,É o medo de amar.

Page 8: De Amor E De Perdas

Mas não há perda absoluta se já não estivermos

Perdidos em nós mesmos.Pois não se cria sombra nas

trevas.Nem é possível semear luz mais brilhante que o Sol.

Mas não há perda absoluta se já não estivermos

Perdidos em nós mesmos.Pois não se cria sombra nas

trevas.Nem é possível semear luz mais brilhante que o Sol.

Page 9: De Amor E De Perdas

O que nos resta, então, é tudo:

Ver a vida como transição biológica,

cármica, transcendente...O que quiseres!

O que nos resta, então, é tudo:

Ver a vida como transição biológica,

cármica, transcendente...O que quiseres!

Page 10: De Amor E De Perdas

Ver a morte como um ponto, mísero ponto, diante

Da grandiosidade do que nos cabe

Sentir e viver.

Ver a morte como um ponto, mísero ponto, diante

Da grandiosidade do que nos cabe

Sentir e viver.

Page 11: De Amor E De Perdas

Não há doença.Não haverá mentira.

Não há desilusão ou revolta que Possa apagar na espécie

O brilho de amar.

Não há doença.Não haverá mentira.

Não há desilusão ou revolta que Possa apagar na espécie

O brilho de amar.

Page 12: De Amor E De Perdas

Amam, os miseráveis.Amam, os assassinos.Amam, os derrotados.Amam, os rejeitados.

Amam, até, aqueles que recusam ser amados...

Amam, os miseráveis.Amam, os assassinos.Amam, os derrotados.Amam, os rejeitados.

Amam, até, aqueles que recusam ser amados...

Page 13: De Amor E De Perdas

Oh, trágica condição humana!Amar, sob a ameaça da

perda.Descrer, quando somos a

própria luz.

Page 14: De Amor E De Perdas

Fugir, quando há sinais, no céu e na terra, chamando-nos

Para o grande encontro de amar.É urgente amar sobre todos os

medos.É preciso abrir o peito para o encontro

da luz.

Fugir, quando há sinais, no céu e na terra, chamando-nos

Para o grande encontro de amar.É urgente amar sobre todos os

medos.É preciso abrir o peito para o encontro

da luz.

Page 15: De Amor E De Perdas

Formatação: Miriam Catão

Texto: Roberto Numeriano

Imagens: Internet

Música:The Platters Smoke Gets In Your Eyes

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