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E que a fora do medo que tenho no me impea de viver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito no m tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim o que eu grito
mas a outra metade silncio
Que a msica que eu ouo ao longe seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que u amo seja para sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim partida
e a outra metade saudade
Que as palavras que eu digo
no sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas
como a nica coisa que resta a um homem inundado de sentimento
Porque metade de mim o que ouo
mas a outra metade o que calo
Que essa minha vontade de
embora
se transforme n calma e n paz que eu mereo
Que essa tenso que me corroe por dentro
seja um dia recompensada
Porque metade de
mim
o que penso
e a outra metade um vulco
Que o medo da solido afaste
Que o convvio comigo mesmo
torne ao menos suportvel
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que me lembra a eterna da
infncia
Porque metade de
mim
a lembrana do que fui
a outra metade eu no sei
Que no seja preciso mais do que urna simples alegria
para me fazer aquietar o espirito
e que o teu silncio me fale cada vez mais
Porque metade de
mim
abrigo
mas a outra metade cansao
Que a arte nos aponte urna resposta
mesmo que ela no saiba
e que ningum a tente complicar
porque preciso simplicidade para faz-la florescer
Porque metade de
mim
platia
e a outra metade cano
e que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim amor
e a outra metade tambm
Osvaldo Montenegro
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GR DE IMENTOS
Agradeo Ora. Suely Lopes Gomes, pela orientao e apoio recebido
durante o perodo em que estive em seu laboratrio.
Ao Dr. Jos da Costa Maia in memorian , Ora. Aline Maria da Silva, ao
Df. Antonio Gildo Bianchi, Ora. Ohara Augusto, Ora. Mari Annelin, Ora.
Virginia Berlanga, ao Df. Rogrio Meneghini e ao Df. Fernando Reinach pelo
emprstimos de materiais, agentes, enzimas de restrio e aparelhos essenciais
para a realizao deste trabalho.
Ao Dr. Francisco Gorgonio da Nbrega, por ter-nos cedido gentilmente os
agentes alquilantes usados em vrios experimentos deste trabalho.
Ao pessoal tcnico, Alexandre, Marli e Jos Lino, pela amizade e auxlio
tcnico eficiente.
Aos amigos, Adriana, Aguinaldo, Ana Cladia, Bilu, Catarina, Ctia,
Cludia, Cintia, Denis, Fabola, Flvio, Glucia, Julio, Kumi, Lucia, Lucy,
Mrcia, Margareth, Mara, tvlariazinha Leo), Marcela, Marilis, Patricia, Pio,
Regina, Rosane, Rosngela, Samara, Z, entre outros, pelas conversas,
brincadeiras, por compartilharmos as alegrias e decepes e pelos momentos
maravilhosos que passamos juntos no Instituto e nos bares da vida.
Ao meu querido
guru ,
Marcelo Avedissian, por ter-me auxiliado em
vrias dvidas, experimentos e discusses, mas princilpalrnente por ser o grande
amigo que
apesar de palmeirense.
Ao Paulo Eduardo Martins Ribolla, pelo carinho, amizade, pacincia,
conforto nos momentos dificeis e por ter me proporcionado tantos momentos
inesquecveis.
minha famlia, Julio, Izabel, Mnica, Eduardo, Fernando, Mareio, Luiz
Felipe e Guilhenne, que apesar de pouco entenderem meu trabalho, sempre me
apoiaram, incentivaram e princilpalmente respeitaram minha profisso.
Ao CNPq e FAPESP pelo auxlio fmanceiro.
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NDICE
Resumo
Summary
ii
breviaturas III
I
Introduo
1
Objetivos 10
Materiais e Mtodos
1 - Clulas e condies de cultivo
2 - Enzimas e reagentes
3 - Vetores de clonagem
2
4 - Material radioativo
2
13
13
3
12
5 - Preparao de
DN
genmico de ulob cter crescentus
em
pequena escala
6 - Isolamento de DN de plasmdeo
6 - Preparao de plasmdeo em pequena escala
6.2 - Preparao de plasmdeo
em
grande escala
7 - Purificao de fragmento de
DN em
gel de agarose ou de
poliacrilamida 14
8 - Eletroeluio 14
9 - Ligao 15
10 - Obteno de clulas competentes 15
- Experimento de transformao 16
2
- Obteno e anlise das colnias recombinantes
6
13 - Transferncia de
DN
para filtro de nitrocelulose Southern Blot )
7
3 - Eletroforese
em
gel de agarose
7
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13 .2
- Transferncia do DNA para filtro de nylon ou nitrocelulose 17
13.3 - Marcao da sonda do fragmento de DNA de interesse
com [a-
32
P]-dATP e [a-
32
P]-dCTP 18
13.4 - Hibridao com sonda marcada 18
13.5 - Lavagem dos filtros 18
14 - Seqenciamento do DNA 19
14.1 - DNA simples fita 19
14.1.1 - Preparo de DNA simples fita para seqenciamento 19
14.1.2 - Seqenciamento do DNA simples fita 20
a Sequenase 20
b
Klenow 20
14.2 - DNA dupla fita
21
14.2.1 - Preparao do DNA dupla fita para seqenciamento
21
14.2.2 - Seqenciamento do DNA dupla fita 22
15 - Eletroforese
em
gel de poliacrilamida-uria para seqenciamento 23
16 - Gel de poliacrilamida-uria com gradiente para seqencimento 23
17 - Extrao de RNA 23
18 - Eletroforese de RNA
em
gel de agarose 24
19 - Extenso de oligonucleotdeo com transcriptase reversa para
determinao do incio de transcrio 24
20 - Ensaio de proteo a nuclease S1 para determinao do incio de
transcrio 26
21
- Transformao de
au obacter
por conjugao 27
22 - Transformao de au obacter
por eletroporao 28
22.1 - Preparao das clulas 28
22.2 - Preparao da amostra 28
22.3 - Eletroporao 28
23 - Ensaio de dot-blot 28
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24 Ensaio de atividade de p galactosidase 29
25 Sincronizao das clulas de
Cau obacter crescentus 3
26 Marcao de protenas in vivo com pulsos de [35S] metionina
3
27 Ensaio de imunoprecipitao
3
28 Eletroforese
em
gel de poliacrilamida contendo
SOS
32
29 Experimento de dupla sincronia 32
30 Preparao de extrato celular de
Cau obacter crescentus 33
3
Western blot 33
IV Resultados
35
1 Isolamento do clone genmico contendo toda a regio codificadora
do gene
a kB
de
Cau obacter crescentus 35
2 Construo de
um
banco genmico parcial de
crescentus 35
3 Caracterizao do clone 1 38
4 Identificao do incio de trancrio do gene
a kB
de
crescentus 42
5 Anlise da regio promotora do gene
a kB
de
C crescentus 46
6 Uso do gene reprter de transcrio para estudar a expresso do gene
a kB de Cau obacter crescentus
7 Efeito de agentes alquilantes sobre a expresso de
a kB
8 Expresso do gene
a kB
durante o ciclo celular de
C crescentus 56
9 Padro de segregao da fuso de transcrio alkB placZl290 de
Cau obacter crescentus
56
10 Interrupo do gene
a kB
de
crescentus 58
Estudo da resposta adaptativa ao MMS em Cau obacter crescentus
6
Discusso
Referncias ibliogrficas
VII Curriculum Vitae
67
76
86
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R SU O
Cau/obacter crescentus
uma bactria gram-negativa que d origem a
duas clulas filhas a cada diviso celular, a clula mvel e a clula talo, que se
distinguem r sua morfologia, programa de desenvolvimento e capacidade de
replicao do DNA. O gene a/kB de crescentus foi identificado num clone que
contm os genes de choque trmico dnaK e dnaJ Gomes et ai, 1990). Em
co/i
o gene
a/kB
mostrou estar envolvido, juntamente com os genes
a/kA
e
ada
no reparo de leses do DNA causadas por agentes alquilantes Teo et ai, 1986).
O gene
a/kB
de
E co/i
forma
um
operon com o gene
ada
sendo que o gene
ada
precede o gene a/kB A expresso de ambos os genes induzida por doses no
letais de agentes alquilantes, a nvel de transcrio. A seqncia de
aminocidos deduzida da seqncia de nucleotdeos do gene a/kB de
Cau/obacter crescentus
mostrou uma identidade de 42,5
com a protena AlkB
de co iKondo et ai, 1986). Ao contrrio do que ocorre em Eco/i este gene
no faz parte de
um
operon com o gene ada e sua expresso no induzida
por agentes alquilantes. Atravs do ensaio de proteo nuclease S1 foi
demonstrada a existncia de um nico incio de transcrio para este gene.
Para medir o nvel de expresso do gene a/kB foi construda a fuso de
transcrio alkB-placZl290, onde o vetor reprter de transcrico placZl290)
Gober Shapiro, 1992) contendo o gene da 3-galactosidase sem o seu
promotor foi ligado ao fragmento Sall/Stul 0,3 kb) que contm apenas a regio
promotora do gene
a/kB Observou-se que a transcrio do gene a/kB
regulada durante o ciclo celular de Cau/obacter crescentus apresentando nveis
mximos na clula talo. Verificou-se ainda, atravs do experimento de dupla
sincronia, que a protena AlkB de
crescentus
sintetizada na clula pr
divisional segregada tanto para a clula mvel como para a clula talo, no
apresentando
um
padro polar de expresso. A resposta adaptativa a agentes
alquilantes foi demonstrada
em crescentus
pela deteco de um aumento na
sobrevivncia aos efeitos letais dos agentes alquilantes em clulas pr-tratadas
com baixas doses destes agentes e pela identificao de uma protena induzida
por agentes alquilantes utilizando anticorpos monoclonais anti-Ada de E
co/i
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ABREVIATURAS
AMP - adenosina monofosfato
ATP - adenosina trifosfato
BS
- soroalbumina bovina
cAMP - adenosina monofosfato cclico
cprn - contagem por minuto
dATP dCTP dGTP e dTTP - 2 -desoxirribonucleotdeo-5 -trifosfato de
adenosina citidina guanidina e timidina respectivamente.
ddNTP
- 2 -didesoxirribonucleotdeo-5 -trifosfato
O S - dimetil metanosulfonato
ONA - cido desoxirribonuclico
densidade ptica
dNTP s
- 2 -desoxirribonucleotdeo-5 -trifosfato
OEPC - dietilpirocarbonato
OTT - ditiotreitol
EOTA - cido etilenodiaminotetraactico
EMS - etil metanosulfonato
IPTG - isopropil
~ g a l a c t o p i r a n o s d e o
kb
- quilobases
KS - p81uescript
S
MMS - metil metanosulfonato
MNNG - N-metil-N -nitro-N-nitrosoguanidina
MNU - N-metil-N-nitrosourea
MOPS - cido 3-[N-morfolino]propanossulfnico
pb
- pares de bases
PEG - polietilenoglicol
Pipes
- piperazina-N N -bis 2-cido etanossulfnico
ORF - quadro aberto de leitura
RF - forma replicativa do fago lambda
rprn - rotaes por minuto
RNA - cido ribonuclico
RNAse - nuclease de RNA
RNAsin - inibidor de nucleases de RNA
ii i
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S
- dodecilsulfato de sdio
SOS P GE - eletroforese em gel de poliacrilamida-SDS
ssON - DNA fita simples
SK
-
pBluescript
T cido tricloroactico
Tris
- Tris hidroxidometil -amino-metano
UV - luz ultra violeta
X gal - 5 b r o m o 4 c l o r o i n d o l i l ~ D g a l a c t o s d e o
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NTRO UO
Diferenciao celular a mudana ou especializao progressiva em
estrutura e funo de certos componentes celulares. As clulas que se
diferenciam tem como aspecto essencial o surgimento de diferenas entre as
clulas filhas e a clula me isto
a principal caracterstica da diferenciao
celular consiste no aparecimento de certas substncias ou estruturas que no
eram formadas anteriormente e o desaparecimento de outras na clula.
Diferenciao celular no uma propriedade nica dos organismos
multicelulares muito pelo contrrio um processo trivial a praticamente todas
as formas de vida que vai desde a formao de estruturas subcelulares como o
flagelo em bactrias at o desenvolvimento em organismos multicelulares de
um ovo fecundado. Isto quer dizer que tais organismos possuem um programa
gentico onde esto contidas as informaes necessrias para a expresso
dos genes de uma maneira ordenada no tempo e no espao acarretando em
mudanas morfolgicas e funcionais.
Entre os sistemas biolgicos utilizados para estudo de diferenciao
celular os microorganismos so bastante empregados devido a algumas
peculariedades omo a simplicidade estrutural facilidade de cultivo e a
possibilidade do uso de tcnicas bioqumicas e de biologia molecular. Logo a
diferenciao celular tem sido estudada
em vrios microorganismos como
Bacillus subtilis Caulobacter crescentus Oictyosteluim discoideum spergillus
nidulans entre outros.
Caulobacter crescentus nosso sistema de estudo uma bactria
aqutica gram negativa que por apresentar um dos mais simples programa de
desenvolvimento regulado tanto espacialmente como temporalmente tem
permitido o estudo de eventos como o aparecimento de assimetria transcrio
diferencial de genes e posicionamento direcionado dos produtos gnicos.
O ciclo celular de Caulobacter apresenta uma srie de eventos
morfogenticos estgio especficos como mostra a Fig. tendo como principal
caracterstica a formao de duas clulas filhas diferentes a cada diviso
celular a clula talo e a clula mvel que se distinguem por sua morfologia
programa de desenvolvimento e capacidade de replicao do DNA.
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V L
Q
o
Q
Q_O
ClULA
T lO
R DIVISIONAL
clU
T LO
REPLICAAO DNA
FIGUR iagrama do ciclo celular de
aulobacter crescentus
-
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A clula mvel possue flagelo, pili e quimiotaticamente competente. A
presena do flagelo lhe confere mobilidade enquanto que a presena do pili
confere sensibilidade infeco por fagos de DNA Shapiro Agabian
Keshishian, 1970). Entretanto, a clula mvel incapaz de replicar seu DNA
enquanto no se diferenciar numa clula talo.
A estrutura do flagelo bastante conservada nas bactrias j estudadas
Macnab
DeRosier, 1988) e diferente das estruturas dos flagelos de
eucariotos. O flagelo de Caulobacter crescentus composto de 3 partes, o
corpo basal rotor), o gancho e o filamento. O corpo basal serve para ancorar o
flagelo ao envelope celular e proporciona rotao ao flagelo, enquanto que o
gancho conecta o filamento ao corpo basal.
A formao do flagelo e da maquinria quimiottica requer a expresso
de mais de 50 genes.
Um
grande nmero destes genes est ordenado numa
hierarquia regultoria e seus produtos gnicos so posicionados em stios
especficos na clula. A identificao de protenas flagelares e quimiotticas
especficas, assim como o mapeamento e isolamento dos genes que codificam
estas protenas, tem permitido uma anlise de como a informao gentica
traduzida em organizao espacial durante o processo de diferenciao Brun e
colaboradores, 1994; Shapiro, 1985).
Os genes envolvidos na montagem e formao do flagelo esto divididos
em quatro classes
I
e
IV
Os genes de classe I so ainda hipotticos e
consistem nos genes necessrios para a expresso dos genes de classe
Van
y e colaboradores, 1993). Os genes de classe li, como por exemplo
fliQR,
flhA, fliLM, fliP e fliF, so expressos relativamente cedo no ciclo celular, logo
aps a transio da clula mvel para a clula talo, e consequentemente estes
genes so necessrios para a expresso dos genes de classe e IV Os genes
de classe codificam para as protenas do corpo basal genes: flgl, flgH e
flgFG) e do gancho genes:
flaNO, flbG
e
flgE ,
enquanto que os genes de
classe IV
f/jK
e
f/jL
codificam para as protenas do filamento Gober
Marques, 1995).
A ordem de montagem dos componentes do flagelo segue a ordem de
transcrio dos genes que codificam as suas protenas componentes, ou seja,
primeiro so sintetizadas as protenas do corpo basal, seguindo-se as protenas
do gancho e por fim as protenas do filamento do flagelo.
O tempo que clula mvel permanece no ciclo celular no
influenciado por flutuaes do meio ambiente, contato celular ou tempo de
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gerao (Poindexter, 1964; Newton, 1972; Shapiro, 1976), mas fixado em
aproximadamente 0,3 unidades do ciclo de diviso celular.
A clula mvel aps u perodo equivalente a 4do ciclo celular libera
seu flagelo (Poindexter e colaboradores, 1967; Shapiro
Maizel, 1973) e os
pilis so perdidos (Shapiro
Agabian-Keshishian, 1970; Smit
Agabian, 1982),
em resposta a u fator interno no conhecido. Forma-se ento um talo no plo
da clula previamente ocupado pelo flagelo, ocorrendo sntese da parede e da
membrana celular que resulta numa pequena estrutura cilndrica (Schmidt
Stanier, 1966). Logo, o talo uma extenso cilndrica da superfcie celular que
sintetizada num plo especfico da clula, que foi anteriormente ocupado pelo
flagelo. Sua estrutura composta de material citoplasmtico com a ausncia de
DNA e ribossomos (Poindexter, 1964) e possue anis densos ( crossbands )
compostos em parte por peptideoglicanos arranjados
camadas concntricas
formando anis contnuos espaados a intervalos variavis por toda a extenso
do talo, proporcionando rigidez ao mesmo e permitindo que este se suporte na
membrana (Pate
Ordal, 1965).
Concomitantemente biognese do talo, a estrutura do cromossomo se
modifica e iniciada a replicao do DNA. Durante o processo de replicao, a
clula talo em crescimento inicia uma cascata de eventos que culmina na
biognese de u novo flagelo (Shapiro, 1985) e da maquinaria quimiottica
(Gomes
Shapiro, 1984). Os produtos gnicos componentes da maquinariaa
quimiottica so sintetizados sob controle temporal e uti lizados na montagem
destas estruturas no plo oposto ao talo na clula pr-divisional, na poro da
clula que vai dar origem
clula mvel aps diviso (Gomes Shapiro,
1984). Logo, a clula prdivisional formada pela distribuio localizada de
protenas estruturais originando uma clula com plos marcados
diferentemente. Essa assimetria gerada na clula prdivisional vai resultar na
formao de duas clulas filhas distintas, aps a diviso celular: a clula filha
talo que capaz de iniciar a replicao de DNA e imediatamente reentra no
ciclo celular, e a clula filha mvel que contm o flagelo e a maquinaria
quimiottica, sendo incapaz de replicar seu DNA, enquanto no perder seu
flagelo e diferenciar-se numa clula talo.
Caulobacter crescentus
contm um nico cromossomo circular, uma
nica origem de replicao e ocorre somente u ciclo de replicao por ciclo
celular (Dingwall
Shapiro, 1989). Segregao randmica das fitas de DNA
ocorre durante a replicao, no entanto, os cromossomos recm replicados nos
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dois plos da clula prdivisional esto de alguma forma marcados,
apresentando diferentes coeficientes de sedimentao (Evinger Agabian,
1977). Um cromossomo condensado (FS - fast sedimenting ) que apresenta um
coeficiente de sedimentao de aproximadamente 6,000 S recebido pela
clula mvel e um cromossomo que sedimenta mais lentamente (SS - slow
sedimenting ), isto
apresenta um coeficiente de sedimentao em torno de
3,000 S recebido pela clula talo; sendo que, como j foi mencionado,
somente o cromossomo presente na clula talo capaz de iniciar a replicao
do N (Dingwall Shapiro, 1989). Foi observado em culturas sincronizadas,
que tanto o cromossomo SS como o FS esto presentes na clula pr-divisional
e que a transio do cromossomo FS para o SS abrupta e coincide com a
transio da clula mvel para a clula talo (Evinger Agabian, 1977 e 1979).
Vrios genes envolvidos
em
replicao de DNA e recombinao, tm
sido investigados em
C
crescentus Genes como, dnaA 9yr8 dnaC dnaK
ccrM dnaJ e dnaN foram clonados, sequenciados e tiveram sua expresso
investigada (Gober Marques, 1995).
O gene dnaC necessrio para a elongao da cadeia de DNA e tem
uma expresso baixa nos perodos do ciclo celular onde no ocorre a replicao
do DNA, ou seja, nas clulas mveis e nas clulas pr-divisionais logo antes da
diviso celular (Ohta e colaboradores, 1990). A protena DnaA, no entanto, deve
ter um papel essencial para o incio da replicao do DNA, pois foi demonstrado
em C crescentus que a presena de uma dnaA box na origem de replicao
essencial para o incio da mesma. Em
col j foi demonstrado que o gene
dnaA um fator indispensvel para a ocorrncia do incio de replicao do DNA
(Kornberg, 1988). Os genes 9yr8 e dnaN codificam a subunidade 8 da DNA
girase e a subunidade
P
da haloenzima da DNA polimerase respectivamente
e tem sua expresso regulada durante o ciclo celular de Caulobacter crescentus
(Rizzo e colaboradores, 1993). No entanto, dnaK e dnaJ so genes cujos
produtos so protenas de choque trmico mas tambm possuem um papel na
replicao do DNA (Sakakibara, 1988).
O gene ccrM por sua vez, codif ica uma DNA metiltransferase que metila
a adenina do stio reconhecido pela enzima de restrio Hnfl GANTC. A
enzima CcrM DNA metiltransferase deve ter um importante papel no ciclo
celular de C crescentus pois possui expresso restrita clula pr-divisional.
Alm disso, foi observado que quando o gene ccrM est sobre o controle de um
promotor constitutivo, o DNA cromossomal se torna amplamente meti lado
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durante o ciclo celular da bactria, diferindo do que ocorre na clula selvagem,
onde os stios GANTC se tornam hemi-metilados durante a replicao do DNA
na clula talo, persistindo assim at serem novamente meti lados no ltimo
estgio da clula pr-divisional. Os mutantes tambm apresentam modificaes
morfolgicas, entre elas, diviso irregular, reduo no tamanho do talo e plos
achatados Zweiger e colaboradores, 1994).
Um clone contendo os genes dnaK e dnaJ foi isolado e caracterizado em
nosso laboratrio Gomes e colaboradores, 1990). Este clone de 3,5 kb contm
todo o gene dnaK e parte do gene dnaJ de Caulobacter compreendendo cerca
de 2860 pares de base, incluindo dois promotores do operon dnaKJ
Seqenciamento parcial do restante do clone foi realizado e o mesmo indicou a
presena de
um
outro quadro aberto de leitura na direo oposta aos genes
dn
e dnaJ codificando
um
polipeptdeo que possue homologia com a
protena AlkB de coli Kondo e colaboradores, 1986).
Estudos realizados em
coli Kondo e colaboradores, 1986)
demonstraram que a transcrio do gene alkB controlado pelo gene ada
constituindo um operon com este gene, sendo que o gene ada precede o gene
alkB Foi observado tambm que a adenina do cdon de terminao TAA) do
gene ada sobrepe-se
adenina do cdon de iniciao ATG) do gene alkB e
que apesar dos dois genes serem co-regulados, o nvel de expresso dos
mesmos diferente, pois a quantidade da protena Ada produzida bem maior
do que a quantidade da protena AlkB produzida. Logo, deve haver uma
regulao a nvel de traduo
ou
transcrio. Tendo m vista que a transcrio
do gene ada termina dentro do regio codificadora do gene alkB acredita-se
que deve ocorrer a formao de uma estrutura secundria que possibilite a
transcrio do gene alkB embora a nveis menores do que a transcrio do
gene ada
Os genes ada alkB alkA aidB esto envolvidos
m
reparo de leses no
DNA causadas por agentes alquilantes Teo e colaboradores, 1986) e estes
genes so induzidos quando
s
clulas so expostas a doses no letais de
agentes alquilantes como o N-metil-N -nitron-N-nitrosoguanidina MNNG), N
metil-N-nitrosourea MNV) e metil metanosulfonato MMS).
Agentes alquilantes so potentes mutagnicos e carcinognicos, cujo
mecanismo bsico de ao a transferncia de grupos alquila, com pequeno
nmero de tomos de carbono, formando adutos cova lentes com cidos
nuclicos e protenas. Ou seja, agem transferindo
um
grupo alquila a um tomo
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de oxignio ou nitrognio suscetvel de uma base, alterando desta forma as
caractersticas formadoras de pontes de hidrognio destas respectivas bases.
Exposio do DNA a agentes alquilantes resulta na produo de uma
variedade de leses, resultando
em
bases alteradas, alquilao dos tomos de
oxignio das pontes de fosfato internucleotdeos, assim como a produo de
stios apurnicos/pirimidnicos e quebras de cadeia Singer, 1979; Pegg, 1983).
Por exemplo, a alquilao na posio 0
6
da guanina, altera a especificidade
das pontes de hidrognio da guanina, fazendo com que esta base modificada
pareie com a timina ao invs da citosina, produzindo uma frequncia de
mutao no DNA aps a replicao Snow e colaboradores, 1984), isto
este
tipo de alquilao promove a transio G ~ T
Richardson e colaboradores,
1987).
Convm ressaltar que apesar das leses causadas pelos agentes
alquilantes MNNG, MNU, MMS, DMS e EMS serem
as
mesmas, o mecanismo
diferente, pois estes produzem leses
em
diferentes propores Lawley
Thatcher, 1970). Existem dois tipos de vias pelos quais atuam os agentes
alquilantes, a via
SN
e a via SN2. A via SN2, mecanismo pelo qual atuam os
agentes alquilantes MMS, DMS e EMS, alquila predominantemente o nitrognio
das bases do DNA, produzindo pouca alquilao nos oxignios das bases e do
fosfato. Enquanto que os agentes que atuam pela via SN1, como o MNNG e
MNU, alquilam de modo eficaz tanto os nitrognios quanto
os
oxignios do DNA
Daye colaboradores, 1987 e Singer Grunberger, 1983).
Exposio das clulas de
coli
a baixas concentraes de agentes
alquilantes induz a resistncia a efeitos mutagnicos e letais das exposies
subsequentes a agentes metilantes e etilantes Samson Cairns, 1977). Esta
resposta, denominada resposta adaptativa a agentes alquilantes, regulada
positivamente pelo produto do gene
ada
e induz a sntese de pelo menos quatro
protenas: a
06
metil-guanina-DNA metiltranferase e 3-metil-adenina-DNA
glicosilase
codificada respectivamente pelos genes
ada
e
alk
e os produtos
do gene
aid
e
alk
Schendel
Robins, 1978; Karran e colaboradores, 1982).
A enzima 3-metil-adenina-DNA glicosilase
AlkA) ativa para reparar 3
metil-adenina, 3-metil-guanina, 7-metil-guanina, 02-metil-citosina e 02
me
til
t imidina Lindahl e colaboradores, 1982 e 1984), enquanto a enzima 06
me
til
guanina-DNA-metiltransferase Ada) repara
06
me
til-guanina,
04
me
til-timidina
e metilfosfotrister Ahmed
Lavai, 1984). As protenas AlkS e AidS ainda no
tem sua funo caracterizada.
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o mecanismo de ativao da resposta adaptativa causada por agentes
alquilantes diferente do resposta SOS e da resposta ao choque trmico. Na
resposta SOS a protena RecA indiretamente induz a expresso de certos
genes, promovendo a divagem proteoltica de
um
repressor, enquanto que na
resposta ao choque trmico codificado
um
fator sigma que reconhece os
promotores dos genes de choque trmico, induzindo a expresso dos mesmos
(Teo e colaboradores, 1986).
A resposta adaptativa apresenta um efeito estimulatrio direto na
transcrio e no possue sequncia homloga aos fatores sigma (Landick e
colaboradores, 1984). O mecanismo de ao da protena Ada parecido com o
mecanismo de ao da protena receptora de AMP cclico, onde a protena
regulatria (CAP) interage com um efetor (cAMP), ocorrendo uma mudana
conformacional que leva
ligao a uma sequncia especfica do DNA numa
dada regio do promotor. O stio de ligao da protena controle est localizado
imediatamente a 5' do stio de ligao da RNA polimerase, sugerindo um
contato direto entre o ativador e a polimerase, facilitando deste modo, o incio
da transcrio.
No entanto, estas duas protenas possuem diferenas, pois a protena
Ada monomrica e no parece possuir
um
domnio helix-turn-helix que
reconhece o DNA, sendo que a diferena mais importante que a protena
receptora de cAMP (CAP) ativada atravs de uma ligao no covalente com
a molcula efetora, enquanto que a protena Ada ativada de forma irreversvel
devido a uma modificao covalente.
Teo e colaboradores (1986) demonstraram que o gene d de E oli
codifica uma protena de 39 kDa, que possue dois domnios ativos. O domnio
amino-terminal possue atividade de DNA metiltransferase que repara
metilfosfotrister transferindo o grupo metila do esteioismero para um resduo
de cistena na prpria enzima (Cys 69), enquanto que o domnio carboxi
terminal tambm possue atividade de metiltransferase s que repara outras
leses, 6
me
tilguanina e 4 me tiltimina, transferindo o grupo metil para outro
resduo de cistena na prpria enzima (Cys 321) (Shevell Walker, 1991).
A autometilao da protena Ada, que ocorre por transferncia de um
grupo metila de um fosfotrister para um resduo de cistena na protena (Cys
69), converte Ada num potente ativador da transcrio de vrios genes
envolvidos na resposta adaptativa (Teo e colaboradores, 1986), e de seu
prprio gene (Nakabeppu Sekiguchi, 1986). Convm ressaltar, que a
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autometilao
um
fenmeno irreversvel e faz com que a enzima perca sua
atividade de metiltransferase.
Estudos recentes (Saget & Walker, 1994), demonstraram que alta
concentrao da protena Ada no metilada capaz de inibir a transcrio do
gene
ada
tanto
vitro
como
vivo
Este resultado sugere que este fenmeno
deve possuir
um
papel importante na down-regulation da resposta adaptativa.
Estudos realizados em Salmonella typhimurium (Yamada e
colaboradores, 1993) demonstraram que a protena Ada de
Salmonella
(ADAST)
apresenta uma similaridade de 75 com a protena Ada de
coli
e que
conserva os resduos de cistena (Cys-68 e Cys-320). Neste trabalho, os
autores sugerem que a protena ADAST tambm funciona como um ativador
transcricional, s que de maneira diferente da enzima Ada de
coli
pois a
protena ADAST metilada induz a expresso do gene
alkA
de
typhimurium
mas no do prprio gene ada Foi observado neste trabalho que a protena
ADAST protege as clulas dos efeitos letais dos agentes alquilantes, mas no
dos efeitos mutagnicos.
Apesar do gene
alkB
de
coli
j ter sido
on o
e sua protena
identificada (KataoKa
Sekiguchi, 1985), o seu papel preciso no reparo de
DNA ainda obscuro. Devido
identidade de 40 encontrada entre os
aminocidos 189 a 217 da protena AlkB e os aminocidos 164 a 192 da enzima
fumarato redutase de
coli
h a possibilidade de que a protena AlkB possa
converter as bases alquiladas do DNA
em
outras formas atravs de uma reao
de oxido-reduo (Kondo e colaboradores, 1986).
Foi demonstrado em 1983 (Kataoka e colaboradores) que mutantes de
alkB de
coli so sensveis ao MMS e que as clulas mutantes perdem a
capacidade de reativar os fagos tratados com MMS. Estes resultados sugerem
que o produto do gene
alkB
de
coli
est envolvido em algum passo do
processo de reparo do DNA alquilado.
-
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O J TIVOS
Este projeto teve por objetivo seqenciar e caracterizar o gene alk de
aulobacter crescentus
e estudar sua expresso durante o ciclo celular da
bactria assim como investigar sua possvel induo por agentes alquilantes
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MATERIAIS E MTODOS
1.
Clulas
e
condies de cultivo
A linhagem sincronizvel da bactria gram negativa Caulobacter
crescentus
NA100 mantida em nosso laboratrio em placas de meio slido
PYE-gar que constitudo de uma soluo de
MgS 4 7H2
0 2 g/l extrato de
levedo 1 g/l bacto-peptona 0 2 g/l e gar-bacteriolgico 15 g/l. As placas antes
do preparo so suplementadas com cloreto de clcio 0 5 mM As colnias
recombinantes de
Caulobacter crescentus
foram mantidas em PYE-gar
contendo ampicilina
5 0 ~ g / m l
ou tetraciclina
2
~ g / m l
A cepa de
col
assim como as colnias recombinantes obtidas de
experimentos de transformao foram repicadas em nova placa de meio LB
bacto-triptona 10 g/l extrato de levedo 5 g/l cloreto de sdio 10 g/l e gar
bacteriolgico 15 g/l num pH igual a 7 5; sendo que
as
colnias recombinantes
foram mantidas em meio LB-gar contendo ampicilina 1 00
~ g / m l
ou tetraciclina
12,5 ~ g / m l
e crescidas a 37
o
C
2 Enzimas e reagentes
.Enzimas de restrio: USB Boehringer Manhein GIBCO-BRL e Biolabs.
.Transcriptase reversa: Boehringer Manhein
RNAsin: Boehringer Manhein
T4 DNA Iigase: Biolabs
S1 nuclease: Amersham
.Taq polimerase: Promega
.Kit Sequenase: USB
.OEPC: Sigma
.Formamida: BRL
.Agentes alquilantes: MMS e EMS da Eastman e OMS da Aldrich
gentilmente cedidos pelo Prof. Or Francisco Gorgonio da Nbrega
.MMH: Aldrich gentilmente cedidos pelo Prafa.
Ora
Ohara Augusto
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Ferricianeto de Potssio: Merck, gentilmente cedidos pelo Profa. Ora
Ohara Augusto
Todos os demais reagentes utilizados foram
em
grau analtico.
3
etores de clonagem
Os vetores utilizados foram os seguintes:
.pBluescript
KS
e
SK:
Stratagene
.pBluescribe: Stratagene
.M13mp18 e 19: Yanish-Perron e colaboradores, 1985
.pUC: Yanish-Perron e colaboradores, 1985
.placZl290: Gober
Shapiro, 1992
4 Material
radioativo
Os compostos radioativos foram obtidos da Amersham: [a-
32
P]-dATP
(3000 Ci/mmol);
[a
32
P]-dCTP (3000
Ci mmol ;
[y_32p]ATP (1000Cilmmol);
[a-
35S]-dATP (1000
Cilmmol
e [35S]-metionina (1000-1400 Ci/mmol).
5
Preparao de DNA genmico de
ulob cter crescentus em
pequena escala
Esta preparao foi realizada segundo o mtodo descrito por Chen e Kuo
(1993).
Clulas de
Caulobacter crescentus
foram inoculados em meio PYE
suplementado com cloreto de clcio 0,5 mM e incubadas sob agitao a 30
0
C
durante 16 horas. A seguir, 1,5
ml
da cultura foram centrifugados por 3 minutos
a 12000 rpm em minifuge e o precipitado foi ressuspenso em tampo de lise
(Tris-acetato 40 mM pH 7,8; Acetato de Sdio 20
mM;
EOTA 1 mM e
SOS
1
).
A seguir, foi adicionado suspenso 66 /lI de NaCI 5
M
Aps centrifugao a
12000 rpm em minifuge por 10 minutos a 4
C
o sobrenadante foi transferido
para outro eppendorf. Foi adicionado volume igual de clorofrmio e o tubo foi
invertido cerca de 50 vezes. Aps uma centrifugao temperatura ambiente a
12
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12000 rpm em minifuge por 5 minutos, o DNA foi precipitado pela adio de dois
volumes de etanol absoluto. Aps centrifugao a 12000 rpm
em
Minifuge por
30 minutos a 4
C, o DNA precipitado foi lavado com 1 ml de etanol 80 , seco
a vcuo e ressuspenso em 50 /lI de TE contendo RNAse (20 /lg/ml).
6.
Isolamento de DNA de plasmdeo
6.1 Preparao
de plasmdeo
em pequena escala
O mtodo usado foi o de lise alcalina segundo Birnboim Doly (1979).
Com o auxlio de um palito estril uma colnia branca isolada foi retirada da
placa obtida do experimento de transformao e colocada em um tubo de vidro
estril contendo 1,5
ml
LB ampicilina (100 lg/ml) ou tetraciclina (12,5 /lg/ml).
Aps 8-12 horas de crescimento a 37
C, a cultura foi centrifugada por 5 minutos
e o precipitado foi ressuspenso
em
100 /lI de uma soluo gelada de glicose 50
mM, EDTA 10mM e Tris-HCI 25 mM pH 8,0 e incubado por 5 minutos
temperatura ambiente. Foram ento adicionados 200 /lI de uma soluo recm
preparada de NaOH 0,2 N contendo SDS 1
.
A amostra foi misturada por
inverso do tubo e incubado no gelo por 5 minutos. A seguir 150 lI de acetato
de potssio pH 4,5 (3M de potssio e 5M de acetato) foram adicionados e a
suspenso foi agitada suavemente e incubada a 4C por 5 minutos. Aps uma
centrifugao de 5 minutos a 12000 rpm a 4C
em
Minifuge o sobrenadante foi
transferido para outro eppendorf. O sobrenadante foi extrado com o mesmo
volume de fenol/clorofrmio (1:
1 .
fase aquosa foram adicionados 40 lI de
acetato de sdio 3 M (1/10 do volume) e 880 lI de etano I absoluto (2 vezes o
volume). Aps incubao em banho de gelo seco/etanol por 30 minutos, a
amostra foi centrifugada
em
Minifuge por 30 minutos a 4
0
C. O precipitado
obtido foi lavado com 0,5 ml de etanol 80 , seco a vcuo e ressuspenso
em
50 lI de TE contendo RNAse (20 lg/ml).
6.2) Preparao de plasmdeos em grande escala
O mtodo utilizado foi o de lise alcalina descrito por Birnboim
Doly
(1979). Com o auxlio de um palito estril uma colnia branca isolada da placa
obtida da transformao foi retirada e colocada
em
um erlenmeyer de vidro
estril com 25 ml de LB contendo ampicilina 100 lg/ml ou tetraciclina 12,5 l
gIm . Aps 8-12 horas de crescimento a 37
0
C, a cultura foi centrifugada por 5
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minutos a 7000 rpm a 4
0
C no rotor SS34 (Sorvall) e o precipitado foi
ressuspenso em 2
ml
de uma soluo a 4
0
C de glicose 50 mM, EDTA 10mM e
Tris-HCI 25
mM
pH 8,0 e incubado por 5 minutos
temperatura ambiente. A
seguir foi adicionado ento 4
ml
de uma soluo recm preparada de NaOH 0,2
N contendo SDS 1
.
A amostra foi misturada por inverso do tubo e incubado
por 5 minutos no gelo. A seguir foi adicionado 2,4 ml de acetato de potssio pH
4,5 (3M de potssio e 5M de acetato). A suspenso foi agitada suavemente e
incubada a 4C por 5 minutos. Aps centrifugao por 10 minutos a 4C a 8000
rpm no rotor SS34 (Sorvall) o sobrenadante foi transferido para outro tubo e
extrado com o mesmo volume de fenol/c1orofrmio 1: 1).
fase aquosa foram
adicionados 2 vezes o volume de etanol absoluto . Aps incubao em banho
de gelo seco/etanoI por 30 minutos, a amostra foi centrifugada por 30 minutos a
4
C a 8000 rpm no rotor SS34 (Sorvall). O precipitado obtido foi lavado com
0,5 ml de etanol 80 , seco a vcuo e ressuspenso
em
700 lI de TE contendo
RNAse (20 lg/ml).
7.
urificao
de
fragmento de
DNA em gel
de agarose ou de
poliacrilamida
Para se obter o inserto de interesse cerca de
10
lg de DNA do plasmideo
contendo o inserto foram digeridos com 100 unidades das enzimas de restrio,
no tampo recomendado pelo fabricante, num volume final de 200 lI, por 4
horas a 37
0
C. Uma alquota foi analisada em minigel de agarose 0,7 para
verificar se a digesto foi completa. A seguir, os 200 lI da digesto foram
submetidos a eletroforese
em
gel vertical de agarose 1
em
tampo TAE (Tris
acetato 40 mM, EDTA 1 mM), em sistema preparativo ou em gel de
poliacrilamida 6 . Aps a corrida, a banda correspondente ao inserto de
interesse foi visualizada com brometo de etdeo (0,5 lg/ml), cortada do gel e
submetida a eletroeluio.
8. letroeluio
A fatia do gel contendo o inserto isolado foi colocado em um saco de
dilise imersa em tampo TBE 0,5 X (tris-base 54
g/I,
EDTA 0,5 M, cido brico
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27,S g/l e submetida a uma voltagem de 100 V durante duas horas. Aps a
inverso da polaridade por
2,S
minutos, ao lquido contendo o DNA foi
adicionado NaOAc 3 M 1/10 do volume), duas vezes o volume de etanoI
absoluto e 1 de tRNA de levedura 1 ~ g / m l Aps precipitao em gelo
seco/etanoI a amostra foi centrifugada por 30 minutos a 12000 xg. O DNA
precipitado foi seco a vcuo e ento ressuspenso em 400 de TE Tris-HCI 10
mM pH 8,0; contendo EDTA 1 mM). O DNA foi extrado com fenol-clorofrmio e
reprecipitado. O DNA precipitado final foi ressuspenso em 30 de TE contendo
RNAse
SO ~ g / m l
9. Ligao
Os vetores de interesse foram digeridos com as enzimas de restrio
adequadas nas mesmas condies descritas no item 7. Os vetores foram
ligados ao inserto em tampo Tris-HCI 80
mM
pH 7,6 contendo MgCI2 8mM,
T 1mM, ATP 1mM
,
PEG
S
e S U de T4 DNA ligase em um volume final de
20 A reao de ligao foi feita a 19
C durante a noite.
Convm ressaltar que em alguns casos, os vetores foram defosforilados
para evitar que o vetor religue sem a presena do inserto. Para tanto, o vetor
digerido foi tratado com fosfatase alcalina
1
U / ~ I
em tampo adequado por
uma hora a 37
C. A seguir foi realizado extrao com fenollclorofrmio
,
e a
seguir o DNA foi precipitado pela adio de NaOAc 3M 1/10 do volume) e duas
vezes o volume de etanoI absoluto. Aps 30 minutos de incubao em banho de
gelo seco/etanol, a amostra foi centrifugada a 12000 rpm
em
minifuge por 30
minutos 4
0
C. O precipitado foi lavado com O,S ml de etanol 80 , seco e
ressuspenso em TE.
10.
Obteno
de clulas
competentes
Uma colnia isolada da cepa TG-1 de co/ mantida em placas de meio
mnimo M9, foi inoculada
em
meio lquido LB e incubada a 37
C sob agitao
at atingirem uma densidade tica de O,S a 600
nm.
A cultura 20 ml) foi ento
mantida por 1S minutos no gelo e a seguir as clulas foram centrifugadas a
1000 xg por S minutos a 4
0
C,
descartando-se o sobrenadante. As clulas foram
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ressuspensas em 10 ml de CaCI2 100 mM 1/2 do volume inicial) e incubadas
no gelo por mais 20 minutos. Procedeu-se ento nova centrifugao a 1000 xg
por 5 minutos e o precipitado foi ressuspenso em 2 ml de CaCI2 100 mM 1/10
do volume inicial). Aps 20 minutos no gelo, as clulas esto prontas para uso.
11.
Experimento
de
transformao
Para o experimento de transformao foram adicionados 200
ll
de
clulas competentes a 20 ll da ligao e a mistura foi incubada no gelo por uma
hora. As clulas foram ento submetidas a choque trmico a 37
0
C por 5
minutos e colocadas novamente no gelo por 5 minutos. A seguir, as clulas
foram recuperadas por uma hora a
37
0
C aps adio de 0,8
ml
de
LB
lquido.
As clulas foram centrifugadas
em
Minifuge por um minuto temperatura
ambiente, ressuspensas em 0,2
ml
de LB lquido e plaqueadas em LB-gar
contendo ampicilina 100 f..lg/ml ou tetraciclina 12,5 f..lg/
ml
30
ll
de IPTG 100
mM e 30 ll de X-Gal 2 em dimetilformamida. As placas foram incubadas a
37
C por 18 horas.
As colnias brancas obtidas so portadoras do inserto, j que este
interrompe o gene da p-galactosidase do vetor
em
questo, e portanto no h
hidrlise do indicador X-gal, enquanto que as colnias sem o inserto sero
azuis, pois hidrolisam o X-gal atravs da p-galactosidase induzida pelo IPTG.
Convm ressaltar que alguns vetores como o placZl290 no possue o gene da p
-galactosidase induzvel por IPTG.
As colnias brancas obtidas foram repicadas em placas de meio LB
contendo ampicilina ou tetraciclina e analisadas atravs de minipreparaes de
plasmdeo ou por hibridao com o inserto marcado radioativamente, como
veremos no item 13.3.
12. Obteno e anlise
das
colnias
recombinantes
Aps a experimento de transformao descrito no item 11, as colnias
brancas obtidas foram analisadas para encontrar os provveis clones positivos.
Para este fim, colnias brancas isoladas foram plaqueadas em duplicatas
em placa LB contendo ampicilina LB ou tetraciclina LBT) e em filtro de
16
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nylon colocada
em
outra placa de LBA ou LBT. As placas foram ento
incubadas a 37
0
C durante a noite.
O tratamento do filtro de nitrocelulose com os recombinantes foi feito
conforme Maniatis e colaboradores 1982), descrito a seguir:
Aps o crescimento das colnias, o filtro de nitrocelulose foi colocado
sobre papel 3 MM umidecido com uma soluo de SDS 10 por 1 minuto. O
filtro foi transferido sucessivamente para papel 3MM umidecido com soluo de
desnaturao NaOH 0,5
M; NaCI 1,5 M) por 5 minutos; com uma soluo de
neutralizao Tris-HCI 0,5 M
pH
7.5; NaCI 1,5 M) por 5 minutos e com uma
soluo de SSC 2X por 2 minutos. A seguir o filtro foi seco por 30 minutos
temperatura ambiente, seguido por incubao de 2 horas em forno a 80
0
C para
fixar covalentemente o DNA ao filtro.
13. Transferncia de DNA para filtro de nitrocelulose Southern
Blot )
13.1. Eletroforese em gel de
agarose
amostra de DNA digerido com diferentes enzimas foi adicionado 0 1
vezes o volume de tampo de amostra azul de bromofenol 0,25 e sacarose
40 ). A seguir as amostras foram aquecidas por 5 minutos a 65C e submetida
a eletroforese
em
gel de agarose 1
em
tampo T
AE
1
X
O gel foi submetido a
voltagem constante de 100 V at o azul de bromofenol atingir a borda inferior do
gel.
13.2. Transferncia do DNA para filtro de nylon ou
nitrocelulose
Aps visualizao do DNA com brometo de etdeo, o gel foi tratado com
soluo de desnaturao NaCI 1,5 M; NaOH 0,5 M) por 45 minutos
temperatura ambiente sob agitao. A seguir, o filtro foi lavado brevemente com
gua destilada e incubado em soluo de neutralizao Tris-HCI 0,5 M pH 7,5;
NaCI 1,5 M) por 30 minutos sob agitao temperatura ambiente. A
transferncia feita segundo o mtodo de Southern 1975), uti lizando SSC 10X
durante a noite.
Aps a transferncia, o filtro seco por 30 minutos
temperatura
ambiente seguido por incubao de 2 horas
em
forno a 80
0
C
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13.3. Marcao da sonda
do
fragmento de DNA de interesse
com [0 -
3 p] dATP
a
32
P]-dCTP
O sistema usado para a marcao da sonda foi o de random primed
synthesis , que util iza como primer o hexanucleotdeo pd(N)6 (Pharmacia),
segundo o mtodo de Feinberg
&
Vogelstein (1983).
A marcao foi iniciada com 2
JlI
do fragmento de interesse e 1 JlI 6Jlg
do primer , sendo a mistura fervida por 2 minutos e resfriada rapidamente no
gelo. A seguir foi adicionado 3 JlI de tampo RP 10X ( Tris-HCI pH 7,2 0,5
M;
MgCI2 100 mM e OTI 10 mM); 1,5 JlI de dTIP (750 Jlm ; 1,5 JlI de dGTP (750 Jl
m); 50 JlCi (a-
32
P]-dCTP; 50
JlCi
(a-
32
P]-dATP; 1
JlI
de BSA aceti lada (2,5
g/ml
e 1 JlI da polimerase Klenow (5 unidades) num volume final de 30
Jll
A reao foi incubada temperatura ambiente por 3hs, e aps este
perodo foram adicionados 2
JlI
de EOTA 0,2
M;
90
JlI
de STE (TE contendo
NaCI
0 1
M); 2
JlI
de SOS 10 para parar a reao. Com a finalidade de
remover os nucleotdeos livres e os fragmentos pequenos, a mistura foi
submetida a separao em uma coluna de 0,9 ml de resina Sephadex G-50,
equilibrada em 20 ml de STE (TE contendo NaCI 0 1 M). Para tanto, a coluna
equilibrada em STE foi centrifugada a 2500 xg por 4 minutos para o
empacotamento. A seguir, a mistura foi adicionada coluna e procedeu-se nova
centrifugao.
A radioatividade da amostra foi determinada aps precipitao de uma
alquota da amostra com TCA 10 em papel 3MM e contagem em
espectrmetro de cintilao.
13.4.
Hibridao
com sonda marcada
Os filtros de nitrocelulose ou nylon, com o ONA j fixado, foram
incubados com 10 ml de tampo fosfato de potssio pH 6,2 60 mM contendo
SSC 5X concentrado; EOTA 10 mM; SOS 0,4 ; formamida 30 e leite
desnatado por 2 horas a 37
0
C
Aps este perodo, a soluo foi substituda por
outros 10
ml
da mesma soluo contendo a sonda marcada (5 x 10
6
cpm/ml
desnaturada por fervura. A hibridao foi realizada a 37
0
C sob fraca agitao
por aproximadamente 15 horas.
13.5.
Lavagem dos fi ltros
Aps a hibridao, os filtros foram lavados trs vezes a 37
C sob
agitao por 45 minutos. As lavagens foram realizadas sucessivamente com
18
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SSC 2 X contendo SOS
0 1
; SSC 1,0 X contendo SOS 0 1 e SSC 0 1 X
contendo SOS 0 1
.
O filtro foi seco por 30 minutos a tempertura ambiente e
exposto a filme de raio X a -70
0
C.
Estas condies de hibridao e lavagem so condies de alta
exigncia.
Os sinais positivos obtidos correspondem as colnias recombinantes que
possue o gene de interesse. A seguir foi efetuada a mini preparao de ONA
das provveis colnias positivas, seguida de uma digesto com a enzima de
restrio adequada para a retirada do inserto e anlise em gel de agarose ou
acrilamida para confirmar se os plasmdeos realmente contm o inserto de
interesse.
14. Seqenciamento do DNA
14.1)
N simples fita
14.1.1) Preparo de DNA simples fita para seqenciamento
Foram inoculados
em
1,5 ml de LB contendo uma cultura de
cal;
TG-1
em fase estacionria diluda 100 vezes, placas de lise isoladas do fago M13
contendo o inserto a ser seqenciado. As culturas infectadas foram incubadas
com agitao a
37
0
C durante aproximadamente 6 horas. Aps este perodo, as
amostras foram centrifugadas por 5 minutos em Minifuge temperatura
ambiente. Os precipitados foram estocados a -20
0
C e aos sobrenadantes
contendo os fagos foram adicionados 150 ll de uma soluo PEG 20
contendo NaCI 1,6 M. As amostras foram mantidas temperatura ambiente por
15 minutos e a seguir centrifugadas em Minifuge a 4
0
C por 15 minutos. Os
precipitados contendo os fagos foram ressuspensos em 200 ll de TE Tris 10
mM, EOTA
0 1 mM pH
8,0) e 100 ll de fenol equilibrado
em
Tris-HCI
0 1
M
pH8,O). Os tubos foram vigorosamente agitados por 2 minutos e ento foram
acrescentados 100
ll
de clorofrmio. Aps nova agitao, as amostras foram
centri fugadas por 2 minutos. s fases aquosas resultantes foram adicionados
15
ll
de NaOAc 3 M
pH
5,2
1 10
do volume total) e 375 ll de etanoI absoluto
2,5 vezes o volume total). O ONA foi precipitado por incubao a -20
C
durante a noite. Aps centrifugao por 30 minutos a 4
0
C
os precipitados
contendo o ONA foram lavados com 0,5 ml de etanoI 80 e a seguir secos sob
vcuo e ressuspensos em 30 ll de TE.
19
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14.1.2) Seqenciamento do
DNA
simples fita
a Sequenase
As reaes de seqncia foram realizadas utilizando a enzima
Sequenase (USa Corporation). A enzima usada neste mtodo a T7 DNA
polimerase modificada por mutagnese in vitro , no possuindo atividade
exonuclease
3 -5 .
As reaes foram iniciadas com 7
J
de DNA simples fita purificado e 1
J
(0,5 pmol) do primer universal de M13 (5'-GTTTTCCCAGTCACGAC-3') ou
oligonucleotdeos sintticos apropriados em tampo (Tris-HCI 20
mM
pH 7,5;
MgCI2 10 mM NaCI 25 mM). Essa mistura foi aquecida a 65
0
C por 2 minutos
deixando-se esfriar lentamente at um temperatura inferior a 35
0
C
A seguir
foi adicionado a cada reao 1
J
de DTT 100 mM 2
J
de mistura de marcao
contendo dGTP, dTTP e dCTP 7,5
J M
previamente diluda 1:5 0,5 IJ Ci de
[a
35S]-dATP e 0,25 U de sequenase. A reao foi incubada temperatura
ambiente por 2-5 minutos e posteriormente 3,5 J dessa mistura foram
transferidos para 4 tubos contendo mistura de terminao para T,C,G,A
respectivamente que contm NaCI 50 mM 80 J M de cada dNTP e 8 J M de
cada ddNTP, seguindo-se de incubao a
37
0
C por 5 minutos. As reaes
foram terminadas com 4
J
de uma mistura contendo formamida 95 , EDTA 20
mM azul de bromofenol 0,05 e xileno cianol FF 0,05 . Neste ponto as
reaes podem ser congeladas a -20
C ou ento aquecidas a 75
C por 2
minutos para aplicao em gel de seqenciamento poliacrilamida-uria.
b Klenow
O seqenciamento com a enzima Klenow s foi utilizado para uma
anlise inicial dos DNA simples fita.
As reaes foram feitas numa placa de ensaio de 96 poos.
Em
um dos
lados de um poo foram colocados 2
J
do DNA simples fita purificado e do
outro lado 2 J de tampo Tris-HCI 12,5 mM pH 8,5 contendo MgCI2 6,25 mM e
25 nM do primer universal do M13 (5'-GTAAAACGACGGCCAGT-3') situado na
posio -20 nucleotldeos do stio mltiplo de clonagem. Atravs de uma rpida
centrifugao as gotas foram misturadas e a placa foi incubada por 1 hora a
55
0
C a fim de permitir a hibridao do iniciador ao DNA simples fita do
M13mp18 ou M13mp19. Aps este perodo, foram colocados em um dos lados
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do poo 2
JlI
de uma mistura de nucleotdeos contendo um dos quatro
dideoxinucleotdeos nas seguintes propores:
-mistura de
T:
dTTP 6,25 JlM + dGTP 125
JlM
+ dCTP 125
JlM
+ ddTTP 250 IlM
-mistura de
C:
dCTP 6,25 I lM + dGTP 125
JlM
+ dTTP 125 IlM + ddCTP 250 IlM
-mistura de G: dGTP 6,25 IlM + dTTP 125
JlM
+ dCTP 125 IlM + ddGTP 250 IlM
-mistura de
A:
dTTP 6,25 IlM + dCTP 125 IlM + dGTP 125 IlM + ddATP 250 IlM
No outro lado do poo foram colocados 2
de uma soluo contendo
1 8
do volume de DTT, 0,5 IlCi de
[a-
35
S]-dATP e a DNA polimerase Klenow 0,125
U/JlI). Aps breve centrifugao, a placa foi deixada por 15 minutos
temperatura ambiente. Posteriormente foi adicionado 2
da mistura de dNTPS
0,25 mM; e foi deixado por mais 15 minutos
temperatura ambiente. Neste
momento pode-se congelar a placa a -20
0
C ou adicionar 2
de uma mistura de
corantes azul de bromofenol 0 1 ; xilenocianol 0 1 e EDTA 0 01 M em
formamida deionizada). Aps 20 minutos a 80
0
C as amostras podem ser
aplicadas ao gel de poliacrilamida-uria.
14.2) DNA
dupla fita
14.2.1)Preparao
do
DNA
dupla
fita para
seqenciamento
Foi inoculada em 100
ml
de
LB
contendo ampicilina 100 Ilg/ml) ou
tetraciclina 12,5 Ilg ml a colnia carregando o plasmdeo contendo o
fragmento a ser seqenciado. A cultura foi mantida sob agitao a 37
0
C por 16
horas. A seguir, a cultura foi esfriada
em
banho de gelo por 5 minutos e as
clulas foram centrifugadas a 6500
rpm
por 10 minutos a 4
C no rotor GSA
Sorvall). O precipitado obtido foi ressuspenso
em
6
ml
de uma soluo de
gl icose 50
mM
EDTA 10
mM
e Tris-HCI 25
mM pH
8 contendo 30 mg de
Iisozima e incubado por 15 minutos
temperatura ambiente. Foi adicionado
ento, o dobro do volume 12 ml) de
um
soluo recm preparada de NaOH 0,2
N contendo SDS 1
.
A soluo foi homogenizada por inverso do tubo,
incubada por 10 minutos no gelo e 6
ml
de uma soluo de acetato de potssio
pH 4,5 potssio 3 M e acetato 5M) foram adicionados. Aps incubao no gelo
por 20 minutos, a amostra foi centrifugada a 6500 rpm por 10 minutos a 4
0
C no
rotor GSA Sorvall . Ao sobrenadante obtido foram adicionados 15
ml
de
isopropanol, seguindo-se de incubao por uma hora temperatura ambiente.
-
7/25/2019 Debora_Colombi_Mestrado.pdf
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A amostra foi novamente centrifugada por 15 minutos a 6500 rpm a 4
0
C
no rotor GSA Sorvall). O precipitado contendo o ONA foi ressuspenso em 1 ml
de TE. Foram adicionados 0,2 g de acetato de amnia para uma concentrao
final igual a 2,5
M
seguindo-se de incubao
em
gelo por 20 minutos e
centrifugao por 15 minutos a 4
C no rotor SS34 Sorvall) a 8000 rpm. O
sobrenadante foi transferido para outro tubo e o ONA foi precipitado pela adio
de dois volumes de etanoI absoluto. Aps 20 minutos em banho de gelo
seco/etanol, foi realizada outra centrifugao a 8000 rpm a 4
C no rotor SS34
Sorvall) por 15 minutos. O precipitado foi ressuspenso em 1
ml
de TE e foi
adicionado RNAse para uma concentrao final de 10
J..lg/ml.
Aps 15 minutos a
37
C
foi adicionado PEG/NaCI PEG 6000-8000 30 e NaCI 1,5 M) e ncubou
se a 4
C durante a noite.
No dia seguinte, foi efetuada uma centrifugao a 10000 rpm a 4
0
C no
rotor SS34 Sorvall) por 15 minutos e o precipitado obtido foi ressuspenso em
20
J l
de
H20
Foi adicionado
um
volume igual de tampo PK 2X Tris
pH
8,0 1
M;
EOTA pH 8,0 0,25 M e
SOS
10 ) e proteinase K 5 mg/ml) para uma
concentrao final igual a 500
J..lg/ml.
A amostra foi incubada por 30 minutos a
37
C e ento foram efetuadas extrao com fenol e clorofrmio. O ONA foi a
seguir precipitado pela adio de 1/10 volume de KOAc 3 M pH 5,5 e dois
volumes de etanol absoluto. Aps incubao
em
banho de gelo seco/etanol por
30 minutos, a amostra foi centrifugada a 12000 rpm a 4
0
C em Minifuge por 30
minutos.
precipitado contendo o ONA foi lavado com 1
ml
de etanoI 80
seco a vcuo e ressuspenso
em
40
J l
de TE. Para verificar a quantidade de
ONA obtida, 1
J l
da amostra foi diluda
em
1
ml
de gua e foi realizada a leitura
da amostra em
0 0 260
e
0 0 280
A amostra ser considerada boa quando a
razo da 0 0 260 0 0 280 for em torno de 1,8-2,0.
14.2.2)Seqenciamento
do
DNA
dupla
fita
Inicialmente, foi realizada a desnaturao alcalina do ONA fita dupla.
Para tanto, foi utilizado 5
lg
do ONA preparado conforme descrito acima e ao
qual foi adicionado 3
J l
de uma soluo recm preparada de NaOH 2 M e 3
J l
EOTA
20
mM
num volume final igual a 30
ll
Aps uma incubao de 20
minutos a 37
C
o ONA desnaturado foi precipitado pela adio de
0 1
volume
de NaOAc 3 M e 2 volumes de etano I absoluto, incubado em banho de gelo
seco/etanol, centrifugado por 15 minutos a 4
0
C a 12000 rpm
em
Minifuge, seco
a vcuo e ressuspenso em 3
J l
de
H20
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A seguir, foi adicionado ao ONA 2
J l1
do oligonucleotdeo iniciador 0,5
pmol), 2 J l1 do tampo de reao da Sequenase 10 X num volume final igual a
10
J l1
incubado a 72
C por 2 minutos e deixado esfriar lentamente at um
temperatura inferior a 35
C Aps este perodo foi realizada a reao de
seqenciamento com a polimerase Sequenase, conforme descrito no item
14.1.2.
15. Eletroforese em gel de poliacrilamida uria para seqenciamento
o qel de poliacrilamida 7.5 . contendo uria 7.5
M
foi montado em
placas de 20 X 50 em com um espaador de 0,3
mm
e o tampo de corrida foi
TBE 1
X
A soluo de acrilamida foi aplicada entre as placas com uma seringa
aps adio de 120 J l1 de PA 10 e 120
J l1
de TEMEO.
Aps as amostras serem colocadas, aplicou-se uma potncia constante
de 37 W. Ao final da corrida, o gel foi seco durante 2 horas a 80
0
C e exposto a
filme de raio X temperatura ambiente durante 24 horas.
16. Gel de poliacrilamida uria com gradiente
para
seqenciamento
o gel de seqenciamento foi montado
com
um gradiente de concentrao
de TBE. gradiente foi feito em pipeta, colocando-se 6 ml de uma soluo de
acrilamida e uria em 0,5 X TBE, seguido de 4 ml de uma soluo de acrilamida
em
5 X TBE.
gradiente foi formado, deixando-se subir algumas bolhas de ar
pela pipeta. Esta mistura foi aplicada no espao entre as placas de vidro e a
seguir colocou-se o restante da soluo contendo 0,5 X TBE;completando-se o
espao entre as placas.
17. Extrao de RNA
Clulas de ulob cter foram inoculadas
em
meio PYE suplementado
com cloreto de clcio 0,5 mM e incubadas sob agitao a 30
0
C at uma
0 0 600 igual a 1 Ento as clulas foram centrifugadas a 12000
xg
por 5
minutos a 4
0
C e os precipitados lavados com 5 ml de TEN Tris 10 mM EOTA
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1mM e NaCI 10mM). O precipitado foi ressuspensso em tampo NaOAC 20 mM
pH 4,0; EOTA 1
mM
e 0,2
ml
de SOS 10 , rapidamente foi adicionado um
volume igual de fenol aquecido a 65
0
C saturado com NaOAc 20 mM e EOTA 1
mM). A amostra foi incubada a 65
C por 15 minutos, agitando-se vigorosamente
vrias vezes durante este perodo, seguindo-se de centrifugao a 3000 xg por
10 minutos, temperatura ambiente. Esta extrao com fenol foi feita 3 vezes e
posteriormente foram feitas uma extrao com clorofrmio.
frao aquosa
obtida acrescentou-se 1/10 do volume total de NaOAc 3 M
pH
5,4 e 2,5 vezes
do volume total de etanol absoluto. O RNA foi precipitado em um banho de gelo
seco/etanol por 30 minutos. Aps centrifugao a 12000 xg por 30 minutos a
4
C,
o precipitado foi seco sob vcuo por 20 minutos. O RNA resultante foi
ressuspenso em 400 de gua tratada com OEPC 1 ) e armazenados a
70
C.
A
a 260
nm
de uma alquota foi lida e a concentrao do RNA
determinada. Considerar 26 =1 como 40 ~ m l de RNA.
18.
Eletroforese
de RNA em gel
de agarose
A eletroforese foi feita em gel de agarose 1,5 em tampo MOPS 20
mM
pH 7,0; NaOAc 5
mM;
EOTA
0,1 mM
contendo formaldedo 3,5 ). Foram
usados 5
J.lg
de RNA de cada amostra preparado
em
tampo MOPS,
formaldedo 6 e formamida 50
.
As amostras foram aquecidas a 65
0
C por
15 minutos e em seguida colocadas no gelo. Aps adio de 2 J l de uma
soluo glicerol 50 , EOTA 1
mM,
azul de bromofenol 0,25 e 2 de
brometo de etdeo 0,5 mg/ml), as amostras foram aplicadas no gel. A
eletroforese foi realizada
em
tampo MOPS com voltagem constante de 80
V.
Aps a corrida os RNAs foram visualizados sob luz UV e fotografado com
mquina polaroid.
19.
Extenso
de
oligonucleotdeo
com
transcriptase
reversa para
determinao de incio de transcrio
Aproximadamente 50 pmoles do oligonucleotdeo iniciador foram
marcados com 40 J.lCi de [y32p]-ATP
em
volume de 25 de tampo Tris-HCI 50
mM pH 7,6; MgCI2 10
mM,
OTI 5
mM,
cloreto de espermidina
0,1
mM; EOTA
4
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0 1
mM e 10 U
da
enzima T4 polinucleotdeo quinase (Biolabs)
por
30 minutos a
37
0
C.
A seguir o
DNA
foi precipitado com 1 Jlg de tRNA de levedura, 3 JlI de
acetato
de
sdio 3M e 300 JlI de etano por 30 minutos em banho gelo
seco/etano
I. Aps
centrifugao a 4
0
C por
3
minutos a 12000 xg, o precipitado
foi lavado com 500 JlI
de
etanol absoluto, e o precipitado final foi seco e
ressuspenso em
2 JlI
de TE. A incorporao do fosfato radioativo ao
oligonucleotdeo foi monitorada atravs de contagem tipo
CERENKOV
em
espectrmetro
de
cintilao (Beckman) aps precipitao com
TCA
10
em
papel3MM
Para a hibridao 1.10
6
cpm
do
oligonucleotdeo marcado foram
inicialmente precipitados com 50 Jlg
de RNA
total
de
clulas crescidas a 30
0
C
pela adio de 1/10 volume de NaOAC 3M e 2,5 volumes de etanol absoluto.
Aps incubao de 30 minutos em banho
gelo
seco/etanol, as amostras foram
centrifugadas a 4
0
C
por
30 minutos a 12000 rpm em minifuge, secas sob vcuo
e ressuspensas em 25
JlI
de tampo de hibridao (PIPES 100 mM pH 7,0;
contendo NaCI 1 M e
EDTA
5 mM). A seguir, as amostras foram fervidas
por
10
minutos e os tubos foram transferidos para 52
0
C seguindo-se
de
uma
incubao durante 16 horas. Aps a hibridao, foi adicionado 40 JlI de gua
tratada com DEPC 1 ) e 180JlI de etanol e os cidos nuclicos foram
precipitados em banho gelo seco/etanol por 30 minutos , seguindo-se
centrifugao a 40C
por
30 minutos a 12000 rpm em Minifuge.
Os precipitados resultantes foram secos a vcuo e ento ressuspensos
em 30 JlI
de
gua tratadas com DEPC. A seguir foram adicionados 10 JlI de
tampo
de
transcriptase reversa (Tris-HCI
25
nM pH 8,3;
DTI
10 mM, MgCI2
25 mM e KCI
2
mM), 10
JlI
de dNTPs (2,5 JlM de cada), 2 JlI
de
RNAsin (20
U/ml) e 1
JlI de
transcriptase reversa (25 U).
A reao de extenso do oligonucleotdeo foi feita por 60 minutos a 37
0
C
e interrompida pela adio de 2 JlI de
EDTA
0,25 M e 1 JlI
de
RNAse e
incubao por 30 minutos a 37
0
C. A seguir foram adicionados 150
JlI
de STE
(tampo Tris-HCI 10 mM pH 8,0;
EDTA
1 mM e NaCI 100 mM) e foi feita uma
extrao com fenol-clorofrmio. A fase aquosa resultante foi precipi tada com
etanol e o precipitado ressuspenso em 2
JlI
de gua e 4
JlI de
tampo de
amostra para gel de seqncia. Aps fervura por 5 minutos as amostras foram
submetidas a eletroforese em gel de poliacrilamida-uria.
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20. Ensaio de proteo a nuclease S1 para determinao
do incio de
transcrio
ensaio foi realizado segundo o mtodo de Berck e Sharp 1977 , com
as modificaes descritas por Amemyia e colaboradores 1986 .
A marcao de sonda com 32p na extremidade
5
do oligonucleotdeo foi
realizada da seguinte maneira: Aproximadamente 10 pmoles do
oligonucleotdeo de interesse foram marcados com 10 U da enzima T4
polinucleotdeo quinase
em
um volume final de 20
j J
de tampo Tris-HCI 50
mM
pH 7,6; MgCI2 10 mM; DTT 5mM contendo 50 j.JCi de [y32p]-ATP por uma hora
a 37C. A seguir foram adicionados 70
j J
de
H2
e 10
j J
de tampo Tris-HCI
100
mM
pH 8,0 contendo EDTA 10
mM; NaCI1M
e foi realizada a extrao com
fenol/clorofrmio.
A seguir o oligonucleotdeo marcado foi hibridado com o clone M13mp19
B/S que contm grande parte da regio codificadora do gene
alk e toda a
regio promotora. A hibridao foi feita a 65C por 30 minutos e a seguir foram
adicionados 1
j J
de cada dNTP 0,5
mM
dATP, dCTP, dGTP, dATP ; 6
j J
de
H2 tratada com DEPC e 5 U da polimerase Klenow. A extenso do
oligonucleotdeo foi feita temperatura ambiente por 15 minutos. Para terminar
a reao, esta foi incubada a 65C por 5 minutos.
Para a hibridao, 106 cpm do oligonucleotdeo marcado foram
precipitados 50 j g de RNA total de aulobacter de clulas mantidas a 30C
com 1/10 volume de NaOAc
3M
e duas vezes o volume de etanol absoluto,
em
banho de gelo seco/etanol por 10 minutos. Aps a centrifugao o precipitado
DNA
+
RNA foi seco e ressuspenso
em
28
j J
de formamida, aos quais foram
adicionados 7
j J
de tampo pipes 40
mM
pH 6,4 contendo EDTA 1 mM e NaCI
400 mM. As amostras foram fervidas por 10 minutos e rapidamente transferidas
para um banho a 52C, onde permaneceram por 16 horas. Aps a hibridao,
foram adicionados 350
j J
de uma soluo contedo NaCI 250
mM
NaOAc 30
mM
pH 4,6; ZnS 4 1 mM e DNA de esperma de salmo 20 mg/ml. A seguir foram
adicionados 100 U de nuclease S1 s amostras apropriadas e os tubos foram
incubados por 30 minutos a
3rC
As amostras foram percipitadas pela adio
de 2,5
j g
de tRNA de levedura e 1
ml
de etanol absoluto por 15 minutos em
banho de gelo seco/etano
I.
Aps centrifugao, os precipitados foram secos e ressuspensos em 25
j J
de tampo de amostra com formamida, fervidos por 5 minutos e aplicados
em
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38/96
gel de poliacri lamida 6 -uria 8,3 M
em
TBE. Aps a corrida, o gel foi seco e
exposto a filme de raioX temperatura de -70C.
21.
r nsform o
de aulobacter por conjug o
Como no possvel transformar Caulobacter pelos mtodos
convencionais de transformao util izados para
E coli
a transferncia de
plasmdeos feita via conjugao com E col
Para o ensaio de conjugao foi inoculado em 5
ml
de LB contendo
Kanamicina 50 Ilg/ml) a cepa de E
col
carregando o plasmdeo pRK 2013, que
possue a capacidade de transferncia tra+) e
em
outro tubo contendo LB
tetraciclina 12,5 Ilg/ml) foi inoculada a cepa de
coli
que contm a construo
em
estudo placZl290 contendo o promotor em estudo). Em 5 ml de meio PYE
suplementado com CaCI2 0,5
mM
inoculou-se a cepa sincronizvel selvagem
NA1000 de
Caulobacter crescentus
Os tubos contendo
as
cepas de
coli
foram incubadas sob forte
agitao durante a noite a
37
o
C
enquanto que o tubo contendo a cepa de
Caulobacter foi incubado sob as mesmas condies, exceto que temperatura
foi de 30
o
C. A seguir foram adicionados sobre
um
filtro de nitrocelulose estril
1,0 ml da cultura de Caulobacter 0,5
ml
da cultura da cepa de
coli placZl290
contendo o promotor
em
estudo e 0,5
ml da
cultura da cepa pRK 2013 de
Escherichia coli
Aps filtrao sob vcuo, o filtro de nitrocelulose contendo as bactrias
foi colocado numa placa de PYE-gar suplementada com CaCI2 0,5
mM
e a
placa foi incubada a 30
C durante 16 horas. A seguir, o filtro de nitrocelulose foi
colocado em 1 ml de meio lquido PYE suplementado com CaCI2 e aps forte
agitao foram retirados 100
desta soluo e colocadas
em
placa PYE
suplementada com CaCI2, contendo tetraciclina 2 Ilg/ml) e cido nalidxico 20
Ilg/ml) e procedeu-se incubao a 30
C por 3-4 dias. A seleo com tetraciclina
e cido nalidxico permite somente o crescimento da cepa de
Caulobacter
que
recebeu por conjugao o plasmdeo placZl290-contendo o promotor
em
estudo, isto
o vetor que contm o gene da p-galactosidase sob o controle do
promotor de alkB
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22.
Transformao
de
ulob cter
por eletroporao
22.1) Preparao
das clulas
Foram inoculados
em
25 ml de uma cultura em fase estacionria de
ulob cter crescentus
LS176
~ b l a
.1rsa), sensvel a ampicilina, em 500 ml de
PYE e procedeu-se incubao com agitao a 30C at 0.0.600 =0,8.
A seguir, as clulas foram centrifugadas a 7000 rpm por 10 minutos a 4C
no rotor GSA (Sorvall). O precipitado obtido foi ressuspenso em 250 ml de uma
soluo de glicerol 10
.
Esta etapa foi repetida 4 vezes, sendo que na ltima
centrifugao o precipitado foi ressuspenso
em
30 ml de glicerol 10
Estas
clulas foram centrifugadas a 8000 rpm por 10 minutos a 4C no rotor SS-34
(Sorvall), o precipitado foi ressuspenso em 30
ml
de glicerol 10
e submetido a
outra centrifugao. A seguir, o precipitado foi ressuspenso em 5 ml de glicerol
10
e este volume foi aliquotado e guardado a -70C.
22.2) Preparao da amostra
O vetor contendo o fragmento de interesse foi precipitado com a adio
de 1/10 volume de NaOAc 3M e 2 volumes de etanoI absoluto. A amostra foi
mantida em banho de gelo seco/etanoI por 30 minutos. Aps a centrifugao em
Minifuge a 12000 rpm a 4C por 30 minutos, o precipitado obtido foi lavado 3
vezes com 0,5
ml
de etanol 80
,
seco a vcuo e ressuspenso em gua.
22.3)
Eletroporao
O plasmdeo foi introduzido
em
crescentus
LS176 atravs da
eletroporao utilizando 1 lI do vetor contendo o fragmento de interesse e 40 lI
das clulas descritas no item 22.1, utilizando-se o eletroporador da Bio Rad nas
seguintes condies: 25 lF; 1800 V e 200 Ohms. Aps a eletroporao foi
adicionado 1
ml
de PYE s clulas e foram ento mantidas sob agitao a 30C
por uma hora. A seguir as clulas foram plaqueadas em PYE-gar contendo o
antibitico ampicilina (50 lg/ml) para a seleo das clulas contendo o
plasmdeo.
23. Ensaio
de
Dot blot
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Foram inoculadas
em
meio PYE suplementado com cloreto de clcio
O,S
mM
as colnias de
Caulobacter crescentus
que deveriam conter a fuso de
trancrio, seguindo-se de incubao sob agitao a 30
0
C durante a noite. No
dia seguinte, 1,S
ml
de cada inculo foi centrifugado por 2 minutos a 12000 rpm
em minifuge temperatura ambiente. O precipitado foi ressuspenso em 100
JlI
de meio lquido PYE suplementado com cloreto de clcio
O,S
mM. Cerca de 10
JlI
da soluo foram colocadas num filtro de nylon e o filtro foi seco
temperatura ambiente por 30 minutos. A seguir o filtro de nylon foi colocado
sobre papel 3 MM umidecido com uma soluo de SDS 10 ; por 1 minuto,
colocando-se ento o filtro sucessivamente
em
soluo de desnaturao NaOH
O,S M;
NaCI 1,S M) por S minutos;
em
uma soluo de neutralizao Tris-HCI
O,S M,
pH
7.S;
NaCI
1,S
M
por S minutos e
em
soluo de SSC 2X por 2
minutos. A seguir foi seco por 30 minutos
temperatura ambiente, seguido por
incubao de 2 horas
em
forno a 80
0
C para fixao do DNA ao filtro.
Posteriormente a hibridao dos filtros contendo os recombinantes com a
sonda do fragmento de interesse marcada, os filtros foram lavados conforme
descrito no item 13.S, e expostos a filme de raio X, a -70C.
24.
Ensaio de atividade
de
~ g l c t o s i d s e
Foram inoculadas as clulas de
Caulobacter
que continham o plasmdeo
placZl290 onde o gene da
~ g l c t o s i d s e
estava sob controle do promotor do
gene de interesse de de
Caulobacter em
meio lquido PYE suplementado com
CaCI2
O,S
mM, contendo Tetraciclina
2 Ilg/ml
e incubadas sob agitao a
30
0
C durante a noite.
Estas clulas foram utilizadas para dosagem da atividade de
galactosidase. O ensaio foi feito segundo Miller 1972), utilizando-se o substrato
cromognico o-nitrofenil-B-D-galactopiranosdeo ONPG). A
0,1 ml
da cultura
adicionou-se 0,8
ml
de tampo Z tampo fosfato de sdio 60 mM pH 7,0
contendo KCI 10 mM,
MgS 4
1
mM
e
~ m e r c p t o e t n o l
SO mM) e
SO JlI
de
clorofrmio. A suspenso foi agitada rapidamente e incubada por S minutos a
30
0
C.
Aps este perodo foram adicionados 200
JlI
do substrato ONPG,
seguindo-se de incubao a 30
C Sminutos. A reao foi parada com 0,4
ml
de
Na C 3 1 M e centrifugao S minutos a 12000 xg temperatura ambiente. A
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atividade de p-galactosidase foi determinada por medida da a 420 nm de
alquotas do sobrenadante.
Concomitantemente a retirada das clulas para o ensaio acima descrito,
foram tambm retirados 200
J l
de clulas e a elas acrecentou-se 0,8 ml de gua
miliQ, efetuando portanto uma diluio de 1:5 e foi feita a leitura da
a 600
nm.
unidades
p-galactosidase
1000 x
420nm
6 X vol ml X t min
Para o clculo da atividade de p-galactosidase foi utilizado a seguinte a
frmula:
Atividade
=
25.
Sincronizao
das
clulas de ulob cter
crescentus
Foi inoculada em meio lquido M2 Na2HP04 18 mM, KH2P 4 8 mM,
NH4CI 9 mM, FeS 4 10 mM, glicose 0,2 ,
MgS 4
1 mM, CaCI2 0,5 mM uma
cultura da cepa de
au obacter crescentus
que carrega o plasmdeo placZl290
no qual se inseriu um fragmento de ONA contendo o promotor do gene a k B de
au obacter placZl290-fragmento em estudo na frente do gene da p
galactosidase. A cultura foi incubada a 30
0
C sob agitao durante
aproximadamente 20 horas. Depois deste perodo 3
ml
desta cultura foram
colocados em 500 ml de meio M2 e mantidos sob agitao a 30
C at uma
6
igual a 0,9.
As
clulas foram ento centrifugadas a 7800
xg
por 10
minutos, o sobrenadante foi descartado e o precipitado foi ressuspenso em 70
ml de soluo M2 sais Na2HP04, KH2P04, NH4C1 . suspenso foi
adicionado 35 ml de Ludox LS Oupont filtrado. Aps uma centrifugao por 30
minutos a 10000 xg a 4
0
C as clulas nos diferentes estgios do ciclo celular
so separadas por diferena de densidade. As clulas mveis que so mais
densas se concentram prximo ao fundo do tubo. As clulas prdivisionais e as
clulas talo permanecem no topo do tubo. As clulas prdivisionais e as clulas
talo so descartadas e as clulas mveis so coletadas. As clulas mveis
assim obtidas so ressuspensas em soluo de M2 sais e centrifugadas a 6000
xg por 5 minutos para a retirada do LUOOX LS. Este procedimento foi repetido 4
vezes, sendo que na ltima centrifugao os precipitados foram ressuspensos
em 2,5
ml
de meio lquido
M2.
As clulas foram ento observadas ao
microscpio para a certificao de que as clulas mveis estavam puras. Este
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procedimento permite a obteno de clulas mveis 90 puras. Foi
acrescentado mais meio lquido M2 para se obter uma 0.0.600 igual a 0,5. As
clulas foram calocadas a 30
0
C sob agitao e deixadas prosseguirem no ciclo
celular. Nos tempos determinados foram retiradas alquotas para marcao de
protenas com pulsos de [35S]-metionina.
26. Marcao
de
protenas
in vivo
com pulsos
de
[35S] metionina
AI quotas de 1
ml
da cultura em estudo foram retiradas e nos tempos de
interesse e foi adicionado 2,5
~ i l m l
de [35S]-metionina. As clulas foram
incubadas por 10 minutos a 30
0
C e coletadas por centrifugao a 12000 xg por
5 minutos a 4
0
C.
O
sobrenadante foi aspirado e os precipitados contendo as
clulas congelados.
27. Ensaio
de imunoprecipitao
Os precipitados de clulas marcadas com [35S]-metionina foram
liquefeitos pela adio de 50 de uma soluo de lisozima 10 mg/ml
em
TE
pH
8,0. Foram ento adicionados 0,5
ml
de tampo de lavagem (0,05 M de Tris-HCI
pH 8,0 contendo 0,3 M de NaCI e 0,5 de Triton-X100). A suspenso foi
incubada por 30 minutos a 4
0
C e a seguir centrifugada por 30 minutos a 12000
xg a 4
0
C. Ao sobrenadante foi adicionado 25 de Staph A (Clulas de
faphy ococcus aureusfixadas com formol da BRL) e incubado por 30 minutos a
4
C. Este passo feito para retirar as protenas que
se
ligam inespecificamente
Staph A . Aps centrifugao por 15 minutos a 12000 xg a 4
C alquotas de
5 do sobrenadante foram contadas aps precipitao com TCA 10
em
espectmetro de cintilao Beckman. Quantidades iguais de cpm de cada
alquota foram incubadas com 1
de anticorpo a n t i ~ g a l a c t o s i d a s e a 4
0
C
durante a noite.
Foram ento adicionadas 25 de Staph
A
seguindo-se de incubao a
4
C por 30 minutos e centrifugao por 30 segundos a 12000
xg.
O precipitado
foi ressuspenso em tampo de lavagem e centrifugado em Minifuge por 30
minutos. Este procedimento foi repetido 3 vezes e o precipitado final foi
ressuspenso em 30 de SOS/PHAGE (40 As amostras foram fervidas por
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5 minutos e centrifugadas por 2 minutos em Minifuge. Ao sobrenadante foi
adicionado 1 de OTI 0 1 M e foram aplicadas em gel de poliacrilamida-SOS.
28.
Eletroforese
em gel de poliacrilamida contendo 5 S
Esta eletroforese foi feita segundo o mtodo de Laemmli (1970). O gel de
corrida foi de 10 de poliacri lamida e o de empilhamento 4,5 sendo que a
espessura do gel cerca de 1
mm.
As amostras dissolvidas so fervidas por 3
minutos e a seguir foi adicionado
OTI (ditiotreitol) numa concentrao final de
100 mM. A amperagem utilizada para a corrida foi de 20 mA para o
empilhamento e 25 mA para a separao. Aps eletroforese o gel foi f ixado com
metanol 50 e cido actico 10
e tratado Amplify (Amersham) por 30
minutos e seco sob vcuo a
aooc
por 2 horas. O gel foi exposto a filme de raio
X temperatura de -70
0
C.
29.
Experimento de dupla
sincronia
Foi inoculado em meio lquido M2 uma cultura da cepa de aulobacter
crescentus
que carrega o plasmdeo no qual se inseriu um fragmento de ONA
contendo apenas o promotor do gene alk de aulobacter (placZJ290 Sal-Stul)
na frente do gene da p-galactosidase. A cultura foi incubada a 30C sob
agitao at 6 = 0,9, e ento as clulas mveis foram isoladas como
descrito no item 23 e deixadas prosseguirem na ciclo celular.
As clulas prdivisionais foram marcadas com 2,5 I-JCi/ml de [35S]
metionina por 10 minutos e depois foi realizado o chase com metionina fria 0 1
mM-peptona 0,2
.
Tais clulas prosseguiram no ciclo celular at a diviso
celular. A seguir acrescentou-se s amostras 20
ml
de LUOOX
LS
(Oupont)
filtrado. As amostras foram centrifugadasa 4
0
C por 30 minutos a 10000 xg para
que as clulas nos diferentes estgios do ciclo celular sejam separadas por
diferena de densidade. As clulas mveis que so mais densas se concentram
prximo ao fundo do tubo. As clulas pr-divisionais juntamente com as clulas
talo so coletadas e as clulas mveis coletadas separadamente: As clulas
foram ento observadas ao microscpio para a certificao de que as clulas
mveis estavam puras, assim como as clulas talo mais as clulas pr-
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divisionais. As amostras assim obtidas so ressuspensas em soluo de M2
sais e centrifugadas a 6000 xg por 5 minutos para a retirada do LUOOX LS
Este procedimento foi repetido 4 vezes, sendo que na ltima cent