DELEUZE E a PÓS-MODERNIDADE – Peter Pál Pelbart _ Territórios de Filosofia

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T erritórios de Filosofia DELEUZE E A PÓS-MODERNIDADE – Peter Pál Pelbart 1 3 de junho de 2015 13 de junho de 2015 morenobaeta DELEUZE E A PÓS-MODERNIDADE. Peter Pál Pelbart.* Embora Deleuze nunca tenha se considerado um pós-moderno, e até tenha ficado à margem do debate sobre o assunto, é compreensível que ele por vezes seja incluído nesse espectro teórico, ou pelo menos no rol de seus inspiradores. Afinal, ele ajudou a lançar ou reativar vários dos termos que circularam entre seus arautos nas última s décadas, tais como diferença, multiplicidade, intensidade, fluxos, virtual , até mesmo simulacro… No entanto, se rastreamos a bibliografia a respeito do pós-moderno ou mesmo da pós-modernidade, seja ela filosófica, crítica ou apenas histórica, ficamos surpresos com a ausência quase absoluta de qualquer menção a Deleuze . Tome-se Jameson, Wellmer, Huyssen, Anderson, Eagleton, Harvey, Vaimo, para não falar em Habermas,[1] a omissão é tão generalizada que somos obrigados a reconhecer que, diferentemente de Lyotard, por razões óbvias, mas também de Foucault ou Derrida, Deleuze foi posto inteiramente à margem do debate. Longe de mim deplorar esta situação, muito menos corrigi-la. É preciso partir dessa constatação: Deleuze parece ser carta fora do baralho pós-moderno . Tal situação talvez se deva ao fato de que ele inventou suas cartas, outras regras, um novo jogo. É conhecida a comparação feita por Deleuze e Guaari entre o xadrez e o go. O xadrez é um jogo de Estado: as peças são codificadas, elas têm propriedades intrínsicas e movimentos próprio s. Os peões de go, ao contrário, são grãos, pastilhas, sem propriedades próprias , tudo depende da situação, do meio de exterioridade, de suas relações com nebulosas, constelações. O xadrez é um a guerra, mas institucionalizada, regrada, codificada, com um fronte, uma retaguarda , batalha s. O go, ao contrário, é sem afrontamento nem retaguarda, no limite sem batalha. Enquanto no xadrez se vai de um ponto a outro, no go se preserva a possibilidade de surgir em qualquer ponto. Ou seja, o movimento se torna perpétuo, sem destino, sem partida nem chegada. Seria preciso ler a filosofia de Deleuze à luz dessas observações. Seus conceitos como peças de go espalhadas no tabuleiro contemporâneo. Aparentemente sem enfrentamento, no limite sem batalha. E no entanto, nos seus efeitos, capazes de aniquilar uma constelação conceitual ou pragmática. Mas de modo esquisito: não tratando de distribuir o espaço fechado da contemporaneidade nem guerreando no interior de suas polaridades reconhecidas e reconhecíveis (Deleuze tinha aversão pelo debate, e, aliás, por todo o ethos da discussão ou mesmo da comunicação), mas distribuindo-se num espaço liso que ele mesmo cria, preservando a possibilidade de surgir em qualquer ponto, sem sequer, ler ser reconhecido, às vezes travestido ou invisível. Jogo a um só tempo divertido e perigoso, sutil e abrasivo, talvez por isso apto a trazer à tona o que está positivamente em jogo na nossa pós-modernidade, para além ou aquém das representações gerais, sejam melancólicas ou triunfantes, que ela constrói a seu próprio respeito. Pois em Deleuze não se ouvirá lamúrias nem profecias sobre DELEUZE E A PÓS-MODERNIDADE – Pet... es (x86) https://territoriosdefilosofia.wordpress.com/2... 1 de 5 iles (x86) 13/07/2015 08:44

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Deleuze e a pós modernidade. De Peter Pelbart. Sobre a filosofia deleuziana e as críticas ao pós-moderno

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    DELEUZE E A PS-MODERNIDADE PeterPl Pelbart

    13 de junho de 201513 de junho de 2015 morenobaeta DELEUZE E A PS-MODERNIDADE.

    Peter Pl Pelbart.*

    Embora Deleuze nunca tenha se considerado um ps-moderno, e at tenha cado margem dodebate sobre o assunto, compreensvel que ele por vezes seja includo nesse espectro terico, oupelo menos no rol de seus inspiradores. Anal, ele ajudou a lanar ou reativar vrios dos termos quecircularam entre seus arautos nas ltima s dcadas, tais como diferena, multiplicidade, intensidade,uxos, virtual , at mesmo simulacro No entanto, se rastreamos a bibliograa a respeito dops-moderno ou mesmo da ps-modernidade, seja ela losca, crtica ou apenas histrica, camossurpresos com a ausncia quase absoluta de qualquer meno a Deleuze . Tome-se Jameson,Wellmer, Huyssen, Anderson, Eagleton, Harvey, Vaimo, para no falar em Habermas,[1] a omisso to generalizada que somos obrigados a reconhecer que, diferentemente de Lyotard, por razesbvias, mas tambm de Foucault ou Derrida, Deleuze foi posto inteiramente margem do debate.Longe de mim deplorar esta situao, muito menos corrigi-la. preciso partir dessa constatao:Deleuze parece ser carta fora do baralho ps-moderno . Tal situao talvez se deva ao fato de que eleinventou suas cartas, outras regras, um novo jogo.

    conhecida a comparao feita por Deleuze e Guaari entre o xadrez e o go. O xadrez um jogo deEstado: as peas so codicadas, elas tm propriedades intrnsicas e movimentos prprio s. Os peesde go, ao contrrio, so gros, pastilhas, sem propriedades prprias , tudo depende da situao, domeio de exterioridade, de suas relaes com nebulosas, constelaes. O xadrez um a guerra, masinstitucionalizada, regrada, codicada, com um fronte, uma retaguarda , batalha s. O go, aocontrrio, sem afrontamento nem retaguarda, no limite sem batalha. Enquanto no xadrez se vai deum ponto a outro, no go se preserva a possibilidade de surgir em qualquer ponto. Ou seja, omovimento se torna perptuo, sem destino, sem partida nem chegada.

    Seria preciso ler a losoa de Deleuze luz dessas observaes. Seus conceitos como peas de goespalhadas no tabuleiro contemporneo. Aparentemente sem enfrentamento, no limite sem batalha.E no entanto, nos seus efeitos, capazes de aniquilar uma constelao conceitual ou pragmtica. Masde modo esquisito: no tratando de distribuir o espao fechado da contemporaneidade nemguerreando no interior de suas polaridades reconhecidas e reconhecveis (Deleuze tinha averso pelodebate, e, alis, por todo o ethos da discusso ou mesmo da comunicao), mas distribuindo-se numespao liso que ele mesmo cria, preservando a possibilidade de surgir em qualquer ponto, semsequer, ler ser reconhecido, s vezes travestido ou invisvel. Jogo a um s tempo divertido e perigoso,sutil e abrasivo, talvez por isso apto a trazer tona o que est positivamente em jogo na nossaps-modernidade, para alm ou aqum das representaes gerais, sejam melanclicas ou triunfantes,que ela constri a seu prprio respeito. Pois em Deleuze no se ouvir lamrias nem profecias sobre

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  • o m do sujeito ou da histria, da metafsica ou da losoa, das metanarrativas ou da totalidade, dosocial ou do poltico, da ideologia ou da revoluo, do real ou mesmo das artes (Jamais mepreocupou a superao da metafsica ou a morte da losoa, e quanto renncia ao Todo, ao Um, aosujei to, nunca z disso um drama.) E no entanto j um outro espao, uma outra paisagem, um aoutra velocidade, um outro mundo. Cada uma das palavras de que a teorizao contempornea faz oluto pomposo, uma vez lanadas no tabuleiro de Deleuze rodopiam, ganham um novo sentido ouevaporam alegremente em favor daquilo que pedia passagem e que cabe losoa experimentar, apartir das foras do presente. Esse misto de jogo travesso e evaso armativa produziu um asonoridade losca pouco sintnica com a msica enlutada do pensamento ps-moderno. Nenhumpathos em relao origem ou ao destino, nenhum dio pelo mundo, nenhum ressentimento ounegatividade, mas tampouco complacncia alguma em relao baixeza do presente-sobretudo umaabertura extrema multiplicidade contempornea, aos processos que ela libera, aos devires que elaengendra.

    Ao devolver o homem ao rizoma material e imaterial que o constitui , seja ele biopsquico, tecno-social ou semitico, Deleuze e Guaari vem desmanchar-se o rosto do homem-branco-macho-racional-europeu, padro majoritrio da cultura. Mil plats um exemplo vivo daquilo que os autoresconsideram a tendncia, ou mesmo a tarefa da losoa: elaborar um material de pensamento capazde captar a mirade de foras em jogo e fazer do prprio pensamento uma fora do Cosmos: olsofo como um arteso csmico. Uma tal prtica losca tem todos os riscos de ser malentendida, sobretudo para quem espera um ponto de vista histrico-losco, a partir de umaexte1ioridade crtica ou reexiva, mas tambm para aqueles que, ao contrrio, contentam-se emdescrever, num misto de melancolia e volpia, o niilismo contemporneo. O exerccio imanente emDeleuze aposta numa outra postura, nem de exterioridade nem de aderncia, nem catastrosta nemcomplacente e sabemos o quanto essas polaridades so coniventes.

    CAPITALISMO E IMANNCIA.

    Mas o que isso signica, nas condies concretas do capitalismo contemporneo, com o qual alosoa moderna entretm relaes to necessria s e ambguas quanto a losoa antiga com acidade grega?[2] A resposta mais contundente se encontra no ltimo texto escrito conjuntamente porDeleuze e Guaari. A losoa leva ao absoluto a desterritorializao relativa do capital, ela o fazpassar sobre o plano de imanncia como movimento do innito e o suprime enquanto limite interiorvoltando-o contra si, para cham-lo a uma nova terra, a um novo povo.[3] Ora, tudo aqui deveria serpensado cuidadosamente, a diferena entre desterritorializao relativa do capital edesterritorializao absoluta da losoa (e a relao de ambas com a potncia absoluta dedesterritorializao do desejo), a capacidade do conceito de adquirir um movimento innito, deconstruir um plano de imanncia, de suprimir o limite interior do capital voltando-o contra si, avocao da losoa de chamar por uma nova terra e por um novo povo etc. Em todo caso, opensamento de Deleuze deveria ser avaliado a partir dessa posio poltico-losca, muito pouco

    ps moderna, a julgar por aqueles que se zeram seu s expoentes. Pois h aqui uma espcie de crenano conceito ( a ingenuidade que Deleuze reclama para si , e que faz dele, aos olhos de alguns, ummetafsico), crena no mundo (isto , nas suas possibilidades , que caberia s artes, entre outras,nos devolver), a evocao da resistncia (resistir morte, servido, ao intolervel, vergonha, aopresente), a defesa da criao (criar resistir) , o chamamento de um povo por vir (que cabe losoa favorecer, embora no esteja ao seu alcance criar). Enm , vrios termos banidos do ideriops-moderno tm aqui inteiramente preservada sua dignidade: mundo, povo, resistncia, criao,arte, losoa . Mas ao mesmo tempo j uma outra paisagem, dessubjetivada, isenta de qualquervoluntarismo , humanismo, iluminismo, f no progresso ou na emancipao universal, noes que aps modernidade tanto se vangloria de ter superado. Talvez toquemos a numa dimenso paradoxalda losoa deleuziana, dicilmente assimilvel hoje esse misto de construtivismo e amor fati, de

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  • utopia e desutopia.

    Utopia o nome que d Deleuze desterritorializao absoluta, mas naquele ponto crtico em queesta se conecta com o presente, e com as foras abafadas por ele. A utopia no aspira a um ponto nofuturo, um ideal a ser alcanado, um sonho a ser atingido, mas designa o encontro entre ummovimento innito e o que h de real aqui e agora (no isto precisamente o desejo? ), entre oconceito e as foras do presente que o estado de coisas atual no deixou vir tona.[4] Marx e Engelsderam uma denio de comunismo semelhante: nem um estado que deve ser criado, nem um idealsobre o qual a realidade deve se regular. Chamamos de comunismo o movimento realque abole oestado atual. No presente contexto, esta questo se coloca da seguinte maneira: cabe ao conceito(mas no s a ele, obviamente) liberar a imanncia de todos os limites que o capital lhe impe. ondevemos armar-se uma relao nova da losoa com o capitalismo, que suscitou os pioresmal-entendidos, desde o primeiro volume de Capitalismo e Esquizofrenia at, mais recentemente , apresena de uma matriz deleuziana no portentoso Imprio, de Negri e Hardt, passando pela utilizaodesabusada do termo rizoma pelo capitalismo dito conexionista ou at rizomtico. H momentos emque esses mal-entendidos lembram aquilo que Deleuze notava a respeito de Heidegger, ao assinalarque todos os conceitos comportam uma zona cinza e de indiscernabilidade, onde os lutadores seconfundem um instante sobre o solo, e onde o olho cansado do pensador toma um pelo outro: nosomente o alemo por um grego, mas o fascista por um criador de existncia e de liberdade.[5] oque alguns criticaram em O Anti-dipo, sem compreender o sentido de seu movimento paradoxal.Pois ao dizer que ainda no fomos longe o suciente na desterritorializao, na descodicaogeneralizada, na dissoluo de nosso contorno humano, demasiado humano, e ao exultar com arecongurao maqunica, a molecularidade inumana, as recombinaes que o capitalismo liberava,os autores indicavam tambm o seu reverso, a saber, a que ponto isso era refreado pelasreterritorializaes familialistas, edpicas, partidrias, autoritrias, e sobretudo pelas axiomatizaescapitalsticas. O teor imanente no deixava dvidas quanto ao sentido da maquinria terica aliconstruda, e suas implicaes pragmticas, que ressoavam com o experimentalismo artstico,existencial e poltico sado de Maio de 68, levando ainda mais longe o impulso de reinventar osagenciamentos sociais. Ao embaralhar as cartas, do desejo e da economia, do homem e da mquina,da natureza e da cultura, do molecular e do molar, e pressentindo o grau de hibridao que asdcadas subseqentes apenas intensicariam, os autores inventavam uma nova maneira de sondar opresente, detectando nele o intolervel no a partir de uma universalidade desacreditada, mas apartir das foras que neste presente pediam novos modos de existncia.

    Assim aparece melhor a funo da losoa: sondar o feixe de foras que o presente obtura oubloqueia, fazer saltar as transcendncias que o assediam, acompanhar as linhas de fuga por todaparte onde as pressentimos, construir um plano de imanncia que devolva virtualidade suadignidade, ali onde ela se conecta com o aqui e o agora. A partir da se est em condies deprospectar agenciamentos inditos, novas distribuies de afecto e acontecimentos singulares. Eis osentido da losoa que Deleuze nos legou, e que a ps-modernidade ecoa com sinal invertido comodesrealizao e niilismo , como indigncia ontolgica.

    Mas h tambm, na perspectiva soberana do lsofo, um outro trao que o distancia daps-modernidade seu pensamento sobre o tempo. Ali onde outros vem melancolicamente a perdado tempo, ele encontra uma pluralidade temporal. Em contraste com o lamento sobre o esmaecimentoda memria e a crise da historicidade, to cara aos seus contemporneos, Deleuze inventa umamodalidade cartogrca transversal histria. Ao liberar-se da tripartio do tempo em passado,presente e futuro, encadeados segundo um movimento centrado, a losoa se libera do culto daorigem ou do progresso, bem como das nostalgias ou esperanas de superao a embutidas. Emtodo caso, desde a perspectiva de um rizoma temporal, a prpria idia de um ps perde suarelevncia, juntamente com o cortejo de pressupostos a embutidos, sobre o suposto esgotamento,superao ou mesmo inacabamento de uma modernidade.

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  • Se levamos em considerao o pensamento ontolgico, tico, rizomtico de Deleuze, compreende-seno s porque ele cou alheio aos debates sobre o ps-moderno, mas porque seu legado permite,parafraseando Benjamin, escovar a ps modernidade a contrapelo. Diante disso, poderamos retomara pichao feita num monumento em homenagem a Deleuze: Gilles, tu nous manques, mais on sedbrouille (Gilles, voc faz falta , mas a gente se vira).

    Notas.

    1. JAMESON, F. Ps-modernismo A lgica cultural do capitalismo tardio. So Paulo, tica, 1996;Periodizando os anos 60, i n BUARQUE DE HOLLANDA , Helosa. Ps-modernismo e poltica , Riode Janeiro, Rocco, 1991: WELLMER, A. La dialetica de la modernidade y posmodernidad, in PIC,J. (org). Modernidad y posmodernidade . Madrid, Alianza, 1988; HUYSSEN, A . Mapeando o ps-moderno, idem; e Memrias do modernismo, Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 1997; HARV E Y , D.Condio ps-moderna . So Paulo, Loyol a, 1970: EAGLETON, T. As iluses do ps- modernismo. Rio deJaneiro, Jorge Zahar, 1998; HABERMAS , J. Modcrnidad versus psmodernidad , in Pic, op . cit ; eO discurso losco da modernidade. So Paulo, Martins Fontes, 2000; VATTIMO, G. O m damodernidade. Presena, Lisboa,l987; e A sociedade transparente, Li boa, Edies 70, 1991. Devo a CelsoFilvareo e Ricardo Fabbrini grande parte dessas indicaes bibliogrcas.

    2. Com efeito, a conexo da losoa antiga com a cidade grega, a conexo da losoa moderna como capitalismo, no so ideolgicos, e no se contentam em levar ao innito determinaes histricase sociais, para extrair da guras espirituais. Mas, para o bem da losoa moderna, esta no maisamiga do capitalismo do que a losoa amiga era da cidade (DELEUZE, G. e GUATTA RI, F. O que a losoa? So Paulo, Editora 34, 1992, p. 129).

    3. Idem, 130.

    4. Idem, cit. p. 130. Deleuze mesmo, no entanto, se pergunta se utopia o melhor termo. Em todocaso, ele distingue as utopias imanentes, libertrias e revolucionrias, por um lado, das utopiasameaadas pela restaurao da transcendncia, totalitrias, religiosas, estatais. Cf. os comentriosde Ren Scherer sobre essas passagens, em Un parcours critique, Paris, Kim, pp . 210-217.

    5. Idem, cit, p. 41.

    *Este escrito foi originalmente publicado em: PELBART, Peter Pl. Vida Capital: Ensaios de biopoltica.So Paulo: Iluminuras, 2000.

    Esta entrada foi publicada em tica, Capitalismo & Esquizofrenia, Devir-Revolucionrio, Esttica daExistncia, Filosoa Contempornea, Gilles Deleuze, Micropolticas do desejo, Ontologia, Ps-Estruturalismo,Peter Pl Pelbart, Poltica, Rizoma, Territrios de Filosoa e marcadatica, Capitalismo & Esquizofrenia,Esttica da Existncia, Filosoa Contempornea, Gilles Deleuze, Micropolticas do desejo, Ontologia,Ps-Estruturalismo, Peter Pl Pelbart, Poltica, Rizoma, Territrios de Filosoa. Marcar o link permanente.

    6 comentrios sobre DELEUZE E A

    PS-MODERNIDADE Peter Pl Pelbart

    CLARAVIX DISSE:1.

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  • 13 DE JUNHO DE 2015 S 17:39Republicou isso em Esttica e Arquitetura.

    ResponderPingback: Cartograas de um corpo em trnsito2.

    JORGESAPIA DISSE:16 DE JUNHO DE 2015 S 12:39Republicou isso em A festa boa para pensar.

    Responder

    3.

    ANISIOLUIZ2008 DISSE:16 DE JUNHO DE 2015 S 12:49Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.

    Responder

    4.

    LAIS MACHADO GRANATO DISSE:24 DE JUNHO DE 2015 S 01:27SSaudades do estimulo de pensamentos que suas aulas provocam.abs Lais.

    ResponderMORENOBAETA DISSE:

    25 DE JUNHO DE 2015 S 14:47Lais, gratido pela lembrana afetiva! Espero que o blog esteja lhe proporcionandoexperincias reexivas enriquecedoras! Abrao!!!

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