Departamento Número Revisão QSMS MNV-PRO-QSMS-0028 02 · · Plano de Movimentação de Carga...

PROCEDIMENTO CRÍTICO

PROCEDIMENTO DE MOVIMENTAÇÃO, TRANSPORTE E MONITORAMENTO DE CARGAS

Departamento QSMS

Número MNV-PRO-QSMS-0028

Revisão 02

Aprovado por Haroldo Cruz

Aprovado em 31/05/2019

Página

1 / 23

CÓPIA NÃO CONTROLADA Impresso em 02/12/2019

1.0. OBJETIVO

Estabelecer as condições necessárias bem como os parâmetros para as operações de carregamento

onshore e offshore, carregamento de cargas de retorno, descarregamento, transporte de maneira segura e

movimentação individual de cargas. Definir as condições de segurança para execução dos serviços de

movimentação de carga.

2.0. CAMPO DE APLICAÇÃO

Todas as áreas das empresas do grupo Marlin Navegação.

3.0. DEFINIÇÕES E SIGLAS

· DN - Diário de Náutica.

· RT - Requisição de Transporte

· UM - Unidade Marítima.

· Acessórios de Movimentação - Qualquer dispositivo utilizado na movimentação de carga, situado entre a carga e o cabo de elevação, tais como: moitões, estropos, manilhas, balanças, grampos, destorcedores, olhais de suspensão, cintas e ganchos.

· Amarração – Equipamentos usados para atar a carga ao instrumento de içamento; e/ou o processo de atar uma carga a um gancho por meios adequadamente proporcionais e propriamente aplicada aos meios nos quais ela será transportada. Isto inclui cintas, correntes, cordas, olhais e manilhas.

· Anel Tipo Pera – Acessório de interligação entre uma ou mais eslingas e o equipamento de movimentação de carga.

· Assessórios – Ferramentas ou equipamentos usados para enganchar uma carga a um içador ou que facilitam o processo de Movimentação de Cargas. Incluem: Cabos, Correntes, Cordas, Borboletas, Engates.

· Cabo Guia – Cabo que é preso à carga suspensa para guiá-la e manipulá-la. Usualmente usada em conjunto com operações de guindaste para levantar cargas largas e volumosas.

· Cadernal – Dispositivo constituído basicamente de uma caixa dentro da qual trabalham duas ou mais polias.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

2 / 23


· Capacidade do Guindaste – Capacidade indicada na tabela de carga do fabricante para uma determinada configuração, isto é, comprimento da lança e raio de carga definidos.

· Capacidade Nominal do Guindaste – Capacidade de carga indicada pelo fabricante de acordo com as normas de fabricação de cada guindaste. · Carga Bruta – Peso da carga líquida acrescida de seus acessórios de movimentação da carga. · Carga Líquida - Peso de todo e qualquer corpo que seja objeto da movimentação. · Cintas - Dispositivo destinado a promover a interligação entre o equipamento de movimentação e a carga ou para fazer a fixação da carga aos equipamentos de Movimentação de Cargas.

· Coroa do Sapatilho - Superfície do sapatilho que não fica em contato com o cabo. Do mesmo diâmetro nominal do Cabo de Aço

· Eslinga - Dispositivo, composto de cabos e acessórios, destinado a promover a interligação entre o equipamento de movimentação e a carga.

· Estropo - Dispositivo de cabo, corrente ou lona com que se envolve um peso para içá-lo.

· Guindastes – Máquina usada para baixar e levantar cargas verticalmente e mover horizontalmente.

· Guincho - Máquina que aplica força para baixar e levantar cargas (verticalmente).

· Linga, eslinga ou Lingada -Dispositivo composto de cabos, correntes ou cintas e acessórios, destinado a promover a interligação entre o guindaste e a carga.

· Obstáculo - Qualquer tipo de instalação elétrica, construção ou unidade industrial que interfira com a movimentação da carga.

· Olhal - Ponto de Fixação.

· Manilha de Carga - Acessório para movimentação ou fixação de carga.

· Moitão - Dispositivo constituído basicamente de uma caixa dentro da qual trabalha uma única polia.

· Plano de Movimentação de Carga (plano de “rigging”) - Documento de movimentação de carga descrevendo o planejamento da operação de movimentação de carga constituído de desenhos e dos tipos de equipamentos a serem utilizados como: (guindaste, cabos, moitões, balanças, cintas, estropos, manilhas), que pode ser elaborado em movimentações críticas, quando exigido pelo cliente.

· Raio de Carga - Distância entre o centro de giro da máquina e a vertical que passa pela ponta da lança e o centro de massa da carga suspensa.

· Sapatilho - Acessório em forma de gota, com seção em meia cana, utilizado para proteção do olhal do cabo.

· SWL – Safe Work Load Carga de Trabalho Segura, para as movimentações de carga.

· Talha - Equipamento para içamento de cargas, composto por polias (roldanas), correntes e ganchos, e funciona no princípio de redução por polias. Existem talhas manuais, elétricas e pneumáticas.

· Trançado Flamengo - Tipo de trançado utilizado na confecção de olhal de cabo de aço, que é feito abrindo-se a ponta do cabo em duas metades, separando-se as pernas, três a três, e curvando-se uma metade para formar um olhal, entrelaçando-se a outra metade, em seguida, no espaço vazio da primeira.

· Trançado Manual (ou com nós) - Tipo de trançado em que o olhal é feito formando-se um laço e fazendo-se com que as pernas da extremidade morta entrem por dentro das pernas da extremidade, pelo menos cinco vezes, formando-se os nós.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

3 / 23


· Trava - Assessório utilizado com a finalidade de impedir remoções

indevidas das manilhas de cargas de suas respectivas eslingas.

4.0. RESPONSABILIDADES

COMANDANTE

Garantir a implementação deste procedimento;

Garantir que os tripulantes conheçam este procedimento IMEDIATO / OFICIAIS DE NÁUTICA

Identificar o equipamento usado, procedimentos para completar a tarefa, duração da tarefa e riscos e aspectos potenciais relacionados com a tarefa.

Verificar que os colaboradores sob sua supervisão estejam propriamente treinados em movimentação de cargas.

Verificar se somente pessoas especialmente treinadas em operação de movimentação de cargas sejam autorizadas.

Verificar se todos os equipamentos utilizados na movimentação de cargas estão inspecionados, testados e certificados.

Reportar caso haja materiais defeituosos e pedir a substituição dos mesmos. CHEFE DE MÁQUINAS

Cumprir e fazer cumprir a manutenção programada no guindaste e demais equipamentos de içamento e seus componentes, mantendo o registro atualizado.

MARINHEIRO/MOÇO DE CONVÉS e DEMAIS COLABORADORES

Responsáveis por executar as atividades no convés determinadas pelo Comandante com segurança,

reportando qualquer situação adversa.

5.0. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

· NR 6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI; · NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário; · NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval · NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

4 / 23


· MNV-MAN-QSMS-0001 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO · MNV-PRO-QSMS-0007 - LEVANTAMENTO E AVALIAÇÃO DOS DE ASPECTOS E IMPACTOS, PERIGOS E RISCOS · Guia de Operações entre embarcações · Regras de Ouro · CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear

6.0. DESCRIÇÃO

6.1 INSPEÇÃO PRELIMINAR DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA Todos os equipamentos de movimentação de cargas (inclusive acessórios) devem ser inspecionados

preferencialmente antes de seu uso ou no mínimo pelo menos uma vez no início das atividades baseando-

se no formulário MNV-FRM-QSMS-0032 Inspeção Preliminar de Equipamentos de Movimentação de

Carga

Neste formulário são registradas as inspeções que além de outros itens também contemplam:

a) os itens inspecionados e as não conformidades encontradas, descrevendo as impeditivas e as não

impeditivas à operação do equipamento de guindar;

b) as medidas corretivas adotadas para as não conformidades impeditivas;

c) o cronograma de correção para as irregularidades não impeditivas, que não representem perigo à

segurança e à saúde, isoladamente ou em conjunto de verão ser lançadas no software de gerenciamento

da manutenção.

O equipamento somente será liberado para operar após a correção das não conformidades impeditivas.

O equipamento reprovado e/ou inoperante deve ter essa situação consignada no software de

gerenciamento da manutenção, e somente poderá operar após nova certificação.

Os equipamentos e acessórios de içamento da carga devem estar devidamente certificados e possuir a

identificação do SWL- Safe Working Load. A certificação deverá ser realizada por profissional legalmente

habilitado, com registro no CREA; deverá ser registrada em relatório de inspeção no software de

gerenciamento da manutenção; e atender à periodicidade especificada pelo órgão certificador e/ou

fabricante.

As eslingas não deverão estar entrelaçadas.

É proibida a utilização de cabos de fibras naturais na movimentação de cargas ou de pessoas.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

5 / 23


6.2 ATIVIDADES DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA As operações de movimentação eletromecânicas de cargas somente devem ser realizadas por trabalhador

capacitado e autorizado.

Para os operadores, além do “Curso básico de segurança em operações de Movimentação de Cargas”

estabelecido no Anexo I, item 2 da NR-34, deve ser ministrado “Curso complementar para operadores de

Equipamento de Guindar” estabelecido no Anexo I, item 3 da NR-34.

Deve ser garantido que os equipamentos de movimentação de cargas e seus acessórios sejam utilizados

em perfeito estado operacional e certificados, com identificação e documentação que possam ser

rastreados.

O prontuário dos equipamentos de movimentação eletromecânica encontra-se no software responsável pelo

gerenciamento da manutenção, porém os manuais ficam armazenados na embarcação, preferencialmente

no passadiço.

a) cópia do manual de operação fornecido pelo fabricante, em língua portuguesa, e na indisponibilidade deste, é permitida a reclassificação do equipamento por órgão certificador externo credenciado; b) especificações técnicas; c) programa de inspeção, manutenção e certificação; d) registro das inspeções, manutenções e certificações; e) plano de ação para correção das não conformidades encontradas durante as inspeções, manutenções ou certificações; f) identificação e assinatura do responsável técnico indicado pela empresa para implementar este

procedimento.

As áreas onde ocorrem as atividades de movimentação/elevação de cargas devem ser isoladas e

sinalizadas.

Deve ser observado o uso de cabo guia como auxílio nas operações de movimentação/elevação de cargas,

não sendo permitido, em nenhuma hipótese, a estabilização da carga diretamente com as mãos.

Não deverá ser movimentada carga por cima de pessoas ou permitir que pessoas transitem sob

cargas sendo movimentadas.

Deverá ser tomado todos os cuidados possíveis para que a carga não bata ou enrosque em quaisquer

obstruções durante o levantamento ou deslocamento.

Nunca deverá ser deixado uma carga suspensa entre o término de um horário de trabalho e o início de

outro.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

6 / 23


Deve ser realizada APR quando a Segurança no Trabalho e/ou responsável da operação considerar

necessário.

A operação de movimentação de cargas deve ser impedida em condições climáticas adversas e/ou

iluminação deficiente.

Para movimentar cargas, deve ser adotado o seguinte procedimento operacional:

a) proibir ferramentas ou qualquer objeto solto. Necessário o uso de cabo fiel ligado ao usuário.

b) garantir que a carga esteja distribuída uniformemente entre os ramais da lingada, estabilizada e

amarrada;

c) certificar-se que o peso seja compatível com a capacidade do equipamento;

d) garantir que o gancho do equipamento de guindar esteja perpendicular à peça a ser içada, verificando a

posição do centro de gravidade da carga;

e) utilizar guia, em material não condutor de eletricidade, para posicionar a carga;

f) sinalizar a área de movimentação, garantindo a proibição do trânsito ou da permanência de pessoas sob

a carga suspensa;

g) sinalizar, desenergizar e aterrar as redes elétricas aéreas localizadas nas áreas de movimentação ou, na

impossibilidade da desenergização, assegurar que o dispositivo suspenso, ao ser movimentado, guarde o

dobro das distâncias da zona controlada em relação às redes elétricas, mantendo o guindaste aterrado;

h) assegurar que os dispositivos e acessórios de movimentação de carga tenham identificação de carga

máxima, de forma indelével e de fácil visualização;

i) somente utilizar ganchos dos moitões com trava de segurança;

j) interruptores de fim de curso de emergência não devem ser utilizados como interruptores de operação

normal;

k) garantir que as cargas cilíndricas como, por exemplo, os cilindros de gases, bombonas e tambores

somente sejam transportados na posição vertical, dentro de dispositivo apropriado (Skid)

l) proibir jogar e arrastar os acessórios de movimentação de cargas;

m) garantir que o cabo de aço e/ou cintas não entrará em contato direto com as arestas das peças durante

o transporte;

n) proibir a movimentação simultânea de cargas com o mesmo equipamento;

o) proibir a interrupção da movimentação mantendo a carga suspensa;



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

7 / 23


p) ao interromper ou concluir a operação, manter os controles na posição neutra, freios aplicados,

travamento acionado e desenergizado.

q) Fica proibido que qualquer tripulante suba na carga para soltar ou conectar o anel pera do gato do

guindaste

6.2.1 SINALIZAÇÃO O sinaleiro deve estar sempre no raio de visão do operador.

A movimentação aérea de carga deve ser orientada por sinaleiro.

Na impossibilidade da visualização do operador, deve ser empregada comunicação via rádio e/ou sinaleiro

intermediário.

O sinaleiro deve usar identificação de fácil visualização, diurna/noturna, que o diferencie dos demais

trabalhadores da área de operação.

O operador deve obedecer unicamente às instruções dadas pelo sinaleiro, exceto quando for constatado

risco de acidente.

O sinaleiro deve receber treinamento com carga horária e conteúdo programático em conformidade com o

Anexo I, item 2 (Curso básico de segurança em operações de Movimentação de Cargas), da NR-34.

6.3 Recebimento e Distribuição da Carga 6.3.1 Plano de Cargas Ao receber o Manifesto – Transporte de Carga e as Requisições de Transporte referentes à programação a

ser efetuada, o Comandante ou o Oficial designado por ele deve elaborar o Plano de Cargas (MNV-FRM-

QSMS-0033) cabendo ao Comandante aprová-lo considerando os limites seguros de estabilidade da

embarcação, peação e programação.

O Oficial de Náutica de serviço indica o tempo para a elaboração do Plano de Carga. Assim que finalizar a

elaboração deverá comunicar para dar prosseguimento ao início do embarque/desembarque da carga.

É de suma importância que seja elaborada a Análise Preliminar de Risco (MNV-FRM-QSMS-0006) com

todos os envolvidos na operação, sendo eles: Marinheiros de Convés, Oficiais de Náutica de serviço e

Guindasteiro, quando possível.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

8 / 23


O Comandante ou o Oficial responsável pelo carregamento deverá solicitar detalhes sobre qualquer item

incomum, tais como pesos e necessidade de peações especiais e cargas perigosas de acordo com o IMDG

Code (radioativa, explosiva, etc).

Durante a operação o Oficial de Náutica de Serviço e Marinheiros de Convés devem acompanhar o

carregamento, efetuando a verificação da carga, lacre, eslingas, temperatura e funcionamento de containers

refrigerados e frigorificados. Caso seja identificada alguma avaria na carga/embalagem deve-se reportar ao

Comandante, o mesmo deverá comunicar ao porto/terminal/unidade.

Os envolvidos na operação devem estabelecer um meio de comunicação, podendo ser através de contato

VHF com o Passadiço (Oficial de Náutica de serviço), onde o mesmo deverá ser frequente com o Marinheiro

de Convés e o responsável pelo embarque e desembarque da carga (porto/terminal/unidade).

- Fica proibido que os tripulantes subam na carga para soltar o anel pera do gato do guindaste. - Deve-se verificar se as eslingas presas aos contêineres não se encontram entrelaçadas próximas ao anel pera, antes do içamento da carga. 6.3.2 Embarque/Desembarque de Carga de Convés Antes de iniciar a movimentação de carga a área designada deverá ser isolada para impedir a passagem de

pessoas não envolvidas na operação. Quando houver carga suspensa o pessoal de convés envolvido

deverá aguardar em uma área segura até que o guindasteiro coloque a carga no convés ou que tenha

retirado a mesma do raio de ação do convés da embarcação. O posicionamento seguro deve ser uma

prática adotada pelo pessoal de convés conforme Regras de Ouro.

As passagens laterais no convés exposto de carga (entre os horse bars e o costado) deverão ser mantidas

desobstruídas e com marcações visíveis de modo a garantir locais protegidos (safe haven) e rotas de

escape para os tripulantes.

6.3.3 Durante Carregamento Durante o carregamento o Oficial de serviço deve verificar: · O estado da carga; · Se as eslingas estão entrelaçadas; · Se a carga apresenta algum tipo de vazamento/dano; · A certificação das eslingas; · A estivagem e a peação da carga; e · Se a documentação da carga está correta e condizente com o material recebido.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

9 / 23


Vale ressaltar que as condições climáticas e ambientais devem ser observadas durante a movimentação de

carga, com o objetivo de garantir uma operação segura e minimizar os riscos. Caso haja a previsão de mau

tempo para as próximas horas deve-se avaliar se a operação deverá ser interrompida ou se terá tempo

hábil para finalizar a mesma.

Antes de iniciar a peação da carga deve-se preencher o Formulário de Inspeção Preliminar de

Equipamentos de Movimentação de Cargas (MNV-FRM-QSMS-0032), sendo identificado algum

equipamento/acessório não conforme este deverá ser imediatamente isolado e identificado como “FORA DE

USO”, reportando ao responsável no passadiço. A peação da carga deve ser feita de acordo com suas

características e recomendações.

6.3.4 Cargas especiais O Comandante deverá planejar o manuseio de cargas desbalanceadas, cargas que possuem geometria

irregular, radioativas, etc, de forma que não comprometa a segurança da operação, dos envolvidos e da

embarcação.

6.3.4.1 Cargas desbalanceadas/irregular

Deve-se ter atenção durante o içamento e a movimentação de cargas desbalanceadas. O pessoal de

convés deve manter distância e observar como a carga irá reagir ao içamento de modo que não ponha em

risco os envolvidos e a embarcação.

6.3.4.2 Cargas radioativas

Havendo a movimentação de cargas radioativas a bordo deve-se seguir as recomendações do IMDG Code

e diretrizes do CNEN.

6.3.5 Tomadas de Carga Líquida Na região das tomadas de carga deve-se estabelecer uma zona de segurança onde serão manuseados os

mangotes de carga.

6.3.6 Estabilidade



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

10 / 23


O Comandante deve utilizar o folheto de trim da embarcação para verificar que a condição de carregamento

está dentro de limites aceitáveis.

6.3.7 Peação de Carga Antes da partida, deve-se verificar se todas as cargas de convés estão devidamente peadas. As embarcações que possuem AB> 500 deverão seguir as recomendações do manual de peação de carga

(Cargo Securing Manual).

O Oficial de serviço deve preparar a embarcação para a viagem, de acordo com a boa prática de

marinharia, regras e regulamentos aplicáveis.

Os dispositivos de peação de carga não devem ser retirados até que a lingada esteja feita, o guincho

passado e a carga pronta para o descarregamento.

Deve-se pear qualquer tipo de carga de maneira adequada. Cargas destinadas a várias instalações devem,

se possível, ser estivadas separadamente visando um manuseio rápido e eficiente.

Em ocasião de carregamento de tubos o Oficial em serviço deve garantir que a carga está devidamente

peada desde o carregamento do primeiro tubo.

Big Bags ou outras embalagens feitas em polipropileno deverão ser peados de tal forma que estejam

encostados a uma estrutura fixa, como espalha-cabos. Caso o espalha-cabos da embarcação não seja

fechado, os Big bags deverão estar encostados a outra estrutura que facilite o apoio dos mesmos. Eles

deverão ser protegidos de materiais pontiagudos ou outros que possam furá-los ou rasgá-los.

Os bags deverão ser amarrados por suas alças, jamais deverão ser amarrados pelo meio. Correntes e outros materiais que ofereçam risco de corte aos bags não deverão ser utilizados para a sua

peação.

A carga deve ser estivada e peada de maneira adequada tendo em vista garantir a segurança da carga e

dos tripulantes envolvidos na faina. bem como a estabilidade da embarcação e sequência de descarga

prevista.

Os contentores deverão permanecer fechados durante toda a viagem.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

11 / 23


6.4 Cargas Líquidas à Granel O Oficial de serviço da Máquina é o responsável pelo carregamento de cargas à granel incluindo as que são

poluentes. Sua responsabilidade inclui:

· Manter-se informado sobre todos os tipos de carga a serem carregados, · Certificar-se que os tanques de carga estão devidamente limpos e prontos para receber a carga

com as portas de visita bem fechadas e os suspiros desobstruídos,

· Verificar as recomendações da “Folha de Dados da Carga”, se disponível, · Tomar as medidas de segurança apropriadas e as precauções necessárias, · Verificar se os mangotes de carga estão conectados às tomadas, e as válvulas para esta faina

abertas,

· Manter acompanhamento do nível dos tanques durante o carregamento. · Manter as bandejas sempre limpas, secas, bujonadas e identificadas com o produto e sua

capacidade máxima de retenção, não podendo ser inferior a 200 litros.

· Assegurar que as válvulas não usadas na manobra e estão fechadas, · Verificar, antes da desconexão do mangote, o fechamento das válvulas da tubulação e do tanque

de carga, e garantir que não estão pressurizados. Caso contrário a pressão deve ser aliviada.

· Controle de Cargas Líquidas à Granel. · Manter Kit SOPEP posicionado nas proximidades do local de operação. · A operação de carregamento e descarregamento de cargas líquidas à granel deve ser

constantemente monitorada. Comunicação permanente deve ser mantida com o destinatário / fornecedor da

carga durante toda a operação.

· Rejeição de Carga · Se a carga não puder ser adequadamente estivada, devido ao seu estado, natureza ou formato,

e portanto, representar um sério risco à embarcação e sua tripulação, o Comandante tem poderes e o dever

de rejeitar o seu carregamento.

Nota: Abastecimento de óleo



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

12 / 23


Se a embarcação precisar ser abastecida, essa operação deve terminar, preferencialmente, antes de se

iniciar o carregamento/descarregamento de tubos.

6.5 Operações Simultâneas Serão permitidas operações simultâneas desde que: a) Não comprometam a segurança das pessoas, da embarcação e do meio ambiente; b) Uma dessas operações que estejam sendo realizadas, não seja com produtos perigosos,

principalmente óleo diesel;

c) Seja realizado uma Reunião Pré Tarefa entre os envolvidos nesta atividade enfatizando os

cuidados a serem tomadas nesta operação estabelecendo procedimentos de emergência em caso de

problemas.

d) Tenha tripulação suficiente disponível para atender as operações que serão realizadas; e) As condições de tempo e mar estejam favoráveis para tal operação; e f) Seja preenchido o formulário MNV-FRM-OPS-0012 Checklist Para Operações Simultâneas. 6.6 Inspeção da Carga Durante a Viagem

O Oficial de serviço deve inspecionar a carga de convés a intervalos regulares durante a viagem e mantidas

em condições adequadas e seguras de peação e estivagem.

Se houver necessidade de instalar mais dispositivos de peação, devido às condições meteorológicas, antes

de mandar a tripulação devem ser avaliadas as condições de segurança no convés.

O Comandante deve ser sempre consultado antes das decisões a serem tomadas. 6.7 Carga de Tubulares 6.7.1 Amarração das Tubulações O içamento de tubulações é uma operação comumente efetuada no ambiente das atividades oceânicas. O transporte de vários tubos simultaneamente na mesma lingada requer a consideração de precauções



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

13 / 23


especiais de segurança para evitar que algum tubo escape do conjunto e reduzir o efeito da flexão do conjunto de tubos ao mínimo, tanto para baixo quanto para cima.

Desta maneira, as seguintes recomendações devem ser seguidas na evolução desta operação:

a) As pernas das eslingas devem posicionar-se aproximadamente a 25% do comprimento total dos tubos a partir da sua extremidade em ambos os lados;

b) As pernas das eslingas devem ser duplamente amarradas com laço forca tomando-se cuidado para que não haja cruzamento de cabos por baixo do tubo ou da lingada de tubos; c) O laço de forca deve estar bem apertado para segurar o conjunto e uma garra preferencialmente tipo “bulldog” deve ser utilizado; d) Uma laçada de fixação deve ser efetuada para evitar que o olhal pelo qual passou o cabo resvale sobre a garra “bulldog”, se a carga afrouxar em viagem;



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

14 / 23


e) Tubos de diâmetro diferentes não devem ser transportados no mesmo conjunto (feixe) pois ele ficará frouxo e poderá escapulir do conjunto; f) Cada perna de eslinga deverá suportar uma carga com segurança (SWL) aproximadamente igual ao peso bruto da carga transportada; g) Escolha o grampo de cabo de aço (Clipe) adequado para o uso na eslinga, tomando as informações abaixo como referência:

· 16 mm para eslinga de 3 TON

· 19 mm para eslinga de 4 TON

· 22 mm para eslinga de 5 TON h) Não aperte demasiadamente o grampo, pois poderá danificar o cabo de aço componente da eslinga, fixando-o na posição correta:

i) Deve-se ter cuidado ao soltar as pernas das eslingas, pois alguns tubos poderão rolar;



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

15 / 23


j) Prepare o local de descarga para permitir que os tubos sejam descarregados sem esmagar a eslinga;

k) Após o posicionamento dos tubos no convés, as cunhas de madeiras deverão ser instaladas de forma a evitar o deslocamento dos mesmos. As cunhas deverão possuir fiel, evitando a ocorrência de anomalias. l) Quando empilhar material tubular, use madeira ou material similar entre as camadas de tubos para evitar avarias nas eslingas;

m) Em complemento a recomendação de segurança para não utilização de lingadas de tubos diferentes diâmetros, nunca se deve:

· Misturar na mesma lingada de matérias tubulares, cantoneiras, ferro chato (em ambos os casos estes materiais);

· Apertar o laço de forca com martelo já que isso aumentará o ângulo efetivo da eslinga e, portanto, irá enfraquece-la.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

16 / 23


6.7.2 Peação de Tubos O Oficial de serviço deve preparar a embarcação para a viagem de acordo com a boa prática de marinharia

e as regras e regulamentos aplicáveis.

Os dispositivos de peação de carga não devem ser retirados até que a lingada esteja feita, o guincho

passado e a carga pronta para o descarregamento.

6.7.3 Inspeção de Tubos Após a peação, o Oficial de serviço deve inspecionar os tubos no convés em intervalos regulares durante a

viagem, através do Plano de Carga (MNV-FRM-QSMS-0033) e o registro do mesmo deverá ser mantido a

bordo.

Se houver necessidade de instalar mais dispositivos de peação, devido às condições meteorológicas,

devem ser avaliadas as condições de segurança no convés, antes de permitir a aproximação dos

tripulantes.

O Comandante deve ser sempre consultado antes das decisões a serem tomadas.

6.8 Orientações Durante a Movimentação Manual de Cargas A movimentação manual de cargas pode ser definida como qualquer operação de transporte e sustentação

de uma carga, por um ou mais trabalhadores, que devido às suas características ou condições ergonómicas

desfavoráveis, comporte riscos para os mesmos. Desta forma, ser faz necessário algumas recomendações

antes, durante e após a execução da atividade:



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

17 / 23


Para movimentações esporádicas manuais de carga, sem o auxílio de equipamentos auxiliares onde se

tenha uma situação otimizada de movimentação da carga, ou seja, carga de boa pega, braços ligeiramente

estendidos, posicionamento da carga próxima ao corpo durante a movimentação e não exigência de

esforços de torção da coluna, o peso a ser movimentado fica limitado em 23 kg (valor máximo). Acima

deste valor deverá ser feito obrigatoriamente uso de equipamentos auxiliares.

Toda movimentação manual de cargas deve ser realizada sob um piso rígido e nivelado. Há diversos fatores que devem ser considerados durante uma movimentação de carga além do peso da carga, tais como: a) Dimensões da Carga

b) Trajetos a serem percorridos

c) Obstáculos existentes no trajeto

d) Visibilidade durante locomoção

e) Pontos de pega cega São exemplos de tarefas que envolve movimentação manual de cargas: a) Manuseio de chapas e perfis metálicos; b) Recebimento de rancho; c) Recepção de materiais diversos no convés como latas de tinta, solventes, caixa de ferramentas; d) Manuseio de partes moveis como tampas; e) Manuseio de equipamentos como furadeiras, esmerilhadeiras, etc. Figuras Ilustrativas sobre a Postura Adequada durante o manuseio manual:



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

18 / 23


Diante disto, é recomendado que seja realizada uma Análise Preliminar de Risco ( MNV-FRM-QSMS-0006 – Análise Preliminar de Risco) seguido de uma Reunião Pré Tarefa (MNV-FRM-QSMS-0022 – Reunião Pré Tarefa) para a conscientização da força de trabalho sobre os riscos relacionados com esta atividade. Nas atividades de movimentação manual de cargas, sempre que possível, utilizar equipamentos auxiliares de transporte que substituam ou minimizem o esforço humano (ex: carros de mão, girafas, muncks, ventosas, pinças, alças etc.); 6.9 Segurança na Movimentação de Cargas 6.9.1 Movimentação de cargas e objetos por uma pessoa Durante a movimentação e o armazenamento de cargas, a equipe envolvida deve seguir as seguintes orientações ergonômicas: a) Fazer exercícios de alongamento muscular antes de iniciar ou reiniciar suas atividades b) Evitar movimentos bruscos c) Evitar dobrar a coluna vertebral



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

19 / 23


d) Não contorcer o corpo enquanto estiver levantando, movendo, puxando ou empurrando uma carga (Virar o corpo movimentando os pés)

e) Não transportar manualmente cargas ou objetos por longas distâncias f) Não balançar e atirar cargas ou objetos

g) Não pegar nenhum objeto no nível do solo que necessite abrir mais os braços que a abertura das pernas (o objeto deverá passar por entre os joelhos). h) Manusear cargas e objetos sempre o mais próximo do corpo possível i) Não manusear cargas e objetos lateralmente ao corpo (Assimetria do corpo) j) É proibido subir em obstáculos durante o manuseio de cargas.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

20 / 23


6.9.2 Movimentação de cargas e objetos por mais de uma pessoa Uma das pessoas deverá assumir a condição de comando. Quando a condição de visibilidade for prejudicada pela carga ou objeto transportado, uma terceira pessoa com visão panorâmica deverá orientar a movimentação. Não deverão ser executadas operações distintas simultaneamente. Por exemplo: Liberação de ganchos ou manilhas simultaneamente com a liberação do cabo guia.

6.9.3 Peso das Cargas



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

21 / 23


Evitar manusear cargas e objetos com apenas uma das mãos.

Cargas com massa acima de 23 kg devem ser transportadas por no mínimo duas pessoas ou com auxílio de equipamentos de carga específicos. Não é permitido o transporte de cargas de 23 kg por pessoa. É preferível fazer mais viagens a carregar

mais peso.

Antes de se soltar tubos, ou outro material qualquer, que esteja imobilizado com amarras, deve-se assegurar de que a carga está firmemente apoiada, evitando-se que ela se desloque ao serem removidas as amarras.

Independente do peso, formato ou a existência de pega na carga, quando existir no trajeto algum obstáculo, como escadas, corredores ou mudança de nível, a movimentação de carga deve ser precedida de planejamento prevendo a participação de duas ou mais pessoas. 6.9.4 Pega Depositar todas as cargas ou objetos com possibilidade de manuseio, em paletes ou outro acessório que os mantenham em condições favoráveis de pega. Dividir o processo em duas etapas, caso o levantamento iniciar abaixo de 40 cm do piso: 1) Levantar até uma plataforma intermediária em um primeiro momento. 2) Levantar definitivamente em uma segunda etapa. Para objetos ou cargas sem maneta (Alça), sem olhal ou com alça e olhal em posição inacessível, usar preferencialmente dispositivos de transporte, como cabos, cintas. Estes equipamentos deverão ser especialmente confeccionados para serviços de estiva. 6.9.5 Esforço estático Evitar segurar a carga por períodos longos, fazer pausas após esta situação.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

22 / 23


Manusear todas as cargas com os braços esticados, ou seja, evitar transportá-los com os braços flexionados.

6.9.6 Puxar e empurrar cargas Ao puxar ou empurrar cargas:

a) Não levantar as mãos acima do nível do peito b) Manter os braços estendidos para frente e a perna de apoio estendida para trás c) Nunca posicionar as mãos ou dedos das mãos em parte da carga que tenha risco de aprisionamento ou pensamento d) Nunca posicionar os pés ou dedos dos pés embaixo da carga e) É proibido a mesma pessoa operar rádio e/ou manusear cabos-guias enquanto posicionar manualmente cargas suspensas. Para estas operações, são necessários dois ou três pessoas para auxiliar a movimentação de cargas, de forma que cada qual realize uma dessas tarefas. f) É proibido arrastar qualquer carga no piso (gradeado, de chapa metálica ou outro tipo de piso), seja em movimentações manuais ou mecânicas. 6.10 Considerações de SMS · Seguir Regras de Ouro; · Realizar APR e Reunião Pre-Tarefa com todos os envolvidos na operação; · Uso de EPI obrigatório para os tripulantes em serviço e garantir o uso, guarda e conservação conforme procedimento específico e legislação vigente. · Atentar para movimentação de carga e carga suspensa e o posicionamento seguro; · Durante a movimentação o pessoal de convés deverá aguardar em local segura e abrigado afastado do raio de ação do guindaste; · Inspecionar os equipamentos e acessórios de movimentação de carga; · Qualquer anomalia identificada deve ser reportada ao Comandante ou ao Oficial de Náutica de serviço designado; · Preservar o meio ambiente, saúde e segurança dos tripulantes. · Os Operadores de equipamentos de movimentação de cargas devem estar familiarizados com a utilização com utilização de extintores de incêndio.



Departamento QSMS


Revisão 02



Página

23 / 23


6.11 Armazenagem Temporária no Convés

O Comandante de cada embarcação junto com o Imediato deverão definir uma área do convés como área

de armazenamento temporário para cargas. No entanto, estas cargas deverão ter um cuidado especial no

que tange a sinalização, peação, arrumação e etc.

7.0. FORMULÁRIO

MNV-FRM-QSMS-0022 - REUNIÃO PRÉ TAREFA

MNV-FRM-QSMS-0033 - PLANO DE CARGA

MNV-FRM-OPS-0012 - CHECKLIST PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÃO SIMULTÂNEA

MNV-FRM-QSMS-0032 - INSPEÇÃO PRELIMINAR DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE

CARGA

MNV-FRM-QSMS-0006 - ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO

8.0. ANEXOS

Não aplicável

Departamento Número Revisão QSMS MNV-PRO-QSMS-0028 02 · · Plano de Movimentação de Carga...

Documents

Transcript of Departamento Número Revisão QSMS MNV-PRO-QSMS-0028 02 · · Plano de Movimentação de Carga...