DERMATITE IDIOPATICA a

6
DERMATITE IDIOPÁTICA: RELATO DE CASO Espaço pra colocar meu nome e o nome da professora RESUMO A dermatite idiopática é uma doença dermatológica, de caráter hereditário, que envolve vários fatores como alergias, defeitos da barreira cutânea, infecções cutâneas, infecções microbianas e outros fatores predisponente. A idiopática é uma reação de hipersensibilidade a alérgenos e se da principalmente por inalação, mas a ingestão ou contato pode gerar reações alérgicas que intensificam os sintomas da doença. Descrevemos nesse relato um caso de dermatite idiopática num canino, fêmea, de 11 meses de idade, sem raça definida. E como toda doença alérgica, a idiopática não possui cura, mas sim o controle adequando a mesma. Palavra chave: dermatológica, hereditário, cutâneas Tema central: Medicina Veterinária ABSTRACT Idiopathic dermatitis is a skin disease, hereditary, which involves several factors such as allergies, skin barrier defects, skin infections, microbial infections and other predisposing factors. The idiopathic is a hypersensitivity reaction to the allergens and mainly by inhalation, ingestion or contact but can cause allergic reactions that intensify the symptoms of the disease. Describe in this report a case of idiopathic dermatitis in a dog, female, 11-month-old mongrel. And like any allergic disease, idiopathic has no cure but control adjusting the same. Key word: dermatology, hereditary skin Central Theme: Veterinary Medicine

Transcript of DERMATITE IDIOPATICA a

Page 1: DERMATITE IDIOPATICA a

DERMATITE IDIOPÁTICA: RELATO DE CASO

Espaço pra colocar meu nome e o nome da professora

RESUMO

A dermatite idiopática é uma doença dermatológica, de caráter hereditário, que

envolve vários fatores como alergias, defeitos da barreira cutânea, infecções cutâneas,

infecções microbianas e outros fatores predisponente. A idiopática é uma reação de

hipersensibilidade a alérgenos e se da principalmente por inalação, mas a ingestão ou

contato pode gerar reações alérgicas que intensificam os sintomas da doença.

Descrevemos nesse relato um caso de dermatite idiopática num canino, fêmea, de 11

meses de idade, sem raça definida. E como toda doença alérgica, a idiopática não

possui cura, mas sim o controle adequando a mesma.

Palavra chave: dermatológica, hereditário, cutâneas

Tema central: Medicina Veterinária

ABSTRACT

Idiopathic dermatitis is a skin disease, hereditary, which involves several factors such

as allergies, skin barrier defects, skin infections, microbial infections and other

predisposing factors. The idiopathic is a hypersensitivity reaction to the allergens and

mainly by inhalation, ingestion or contact but can cause allergic reactions that intensify

the symptoms of the disease. Describe in this report a case of idiopathic dermatitis in a

dog, female, 11-month-old mongrel. And like any allergic disease, idiopathic has no

cure but control adjusting the same.

Key word: dermatology, hereditary skin

Central Theme: Veterinary Medicine

INTRODUÇÃO

A dermatite idiopática é uma doença que envolve vários fatores como

alergias, defeitos da barreira cutânea, infecções cutâneas, infecções microbianas e

outros fatores predisponentes (NUTTAL,2008).

A idiopática é uma reação de hipersensibilidade do tipo I, o que significa

que vários alérgenos são capazes de promover anticorpos alérgeno- específicos (IgE

e IgGd). A reação destes anticorpos, fixados às superfícies dos mastócitos, com os

alérgenos específicos induzem a liberação de mediadores responsáveis pela reação

inflamatória e pelo prurido. Enzimas proteolíticas, histamina e leucotrienos são os

mediadores mais comuns(WILLEMSE, 1998).

Existem três possibilidades terapêuticas. A primeira consiste na retirada dos

agentes causadores da alergia do ambiente em que o animal vive, porém em muitos

Page 2: DERMATITE IDIOPATICA a

casos isto não é possível, mas deve ser considerado (NUTTAL, 2008;

FARIAS,2007; MEDLEAU; RAKICH, 1996).

A segunda possibilidade é a hipossensibilização, esta consiste em uma série

de injeções de alérgenos diluídos que são aplicados no animal para torná-lo

menos sensível à sua alergia, porém é apenas apropriada em animais com

sensibilidades identificadas (NUTTAL, 2008; FARIAS, 2007; MEDLEAU;

RAKICH,1996). Porém, em gatos, esta terapêutica, embora baixa, é similar, quando

baseada em testes intradérmicos e in vitro (WOLBERG; BLANCO, 2008).

A terceira envolve ações combinadas que controlam o prurido e

consequente- mente as lesões, mas que dependem da colaboração do proprietário,

esta possibilidade envolve a retirada do máximo possível dos locais colonizados por

ácaros; controle de ectoparasitas (pulgas), com produto (s) de eficácia excelente;

controle de infecções bacterianas, podendo ser necessário o uso crônico ou

“pulsoterapia” de antibióticos; controle de Malassezia pachydermatis, sempre que

necessário; uso inicial de anti-his- tamínico ou corticoide; diminuição da frequência e

tempo de banhos e uso diário de hidratantes; e uso de ácidos graxos essenciais

(NUTTAL, 2008; FARIAS,2007; WILLEMSE, 1998; MEDLEAU; RAKICH, 1996).

Porém, em idiopática felina coexiste frequentemente com outras alergias, é

necessário excluir todas as alergias antes de estabelecer um diagnóstico definitivo

(WOLBERG; BLANCO, 2008).

O controle de infecção bacteriana deve ser feito com antibiótico de amplo

espectro como, por exemplo, a cefalexina, que tem como característica distribuir em

todos os tecidos e atingem boas concentrações, principalmente em pele e tecido

subcutâneo, com isso favorecendo o controle (ANDRADE; GIUFFRI- DA; RIBEIRO,

2002).

O tratamento da Malassezia pachydermatis pode ser feito com produto

contendo Miconazol, quando necessário. O corticoide é a droga mais utilizada na

dermatologia veterinária por ser econômica, fácil de administrar e de elevada

eficácia. Em doses farmacológicas, inibe a expressão de genes que codificam uma

variedade de moléculas envolvidas na imunidade e na inflamação, resultando numa

rápida e profunda imunossupressão e diminuição da inflamação (NUTTAL, 2008;

FARIAS, 2007; MEDLE- AU; RAKICH, 1996).

Corticosteroides orais de curta ação, como a prednisolona na dose de 0,5 a 1

mg /kg, podem ser indicados no controle da exacerbação aguda da inflamação e do

prurido relacionados à dermatite idiopática, até a diminuição dos sinais clínicos. Em

casos crônicos e que não respondem a terapias alternativas e dependem dos

corticoides para controlar o prurido, o uso a longo prazo deve ser restrito. Nesses

Page 3: DERMATITE IDIOPATICA a

casos, após a instituição da dose de0,5 mg /kg /24h, seu uso deve ser espaçado para

cada 48 horas e posterior- mente a cada 72 horas, sua dose então deve ser

reduzida e espaçada até se encontrar um equilíbrio entre ausência de sinais clínicos

e de efeitos colaterais da corticoideterapia (NUTTAL, 2008; FA- RIAS, 2007).

Já o uso concomitante de ácidos graxos essenciais é importante devido a

estes serem responsáveis pela manutenção de uma pele elástica e para eficácia das

defesas contra as agressões externas (DE-THIOUX, 2008). Estes produtos podem

ser eficientes na redução do prurido pelo bloqueio do metabolismo do ácido

araquidônico, diminuindo a liberação de mediadores inflamatórios; mesmo que a

suplementação com ácidos graxos não seja completamente eficiente sozinha, seu

uso com os glicocorticoides pode permitir acentuada redução na dosagem do

glicocorticoide (MEDLEAU; RAKICH,1996). Muitos animais adenopáticos melhoram

de modo inespecífico após os ensaios alimentares, provavelmente devi- do às

dietas utilizadas que apresentam elevada qualidade e são enriquecida sem ácidos

graxos essenciais (NUTTAL,2008).

O tratamento sintomático usando anti-histamínicos, suplementação com

ácidos graxos ou doses anti-inflamatórias de glicocorticoides não interfere na

imunoterapia e pode ser usado concomitantemente (MEDLEAU; RAKICH, 1996).

CONTEUDO

No dia 18/01/2011 , foi atendido no Hospital Veterinário, localizado na

Universidade Estadual do Maranhão , uma cadela sem raça definida, pelagem preta ,

de 11 meses pesando 13,5Kg. A queixa principal se resumia em queda brusca de

pêlo ,vômito, inapetência e presença de pulga isso vinha ocorrendo há duas semanas.

Durante esse período a cadela usou sabonete (tiuran) e neomicina apresentando

melhoras. O proprietário disse ainda que a mesma tomou duas doses se vacina

polivalente e foi vermifugada a 20 dias. O exame físico constatou que o animal não

apresentava alteração nas mucosas oculares e sua temperatura corporal era de 40° C.

relatou hipomotilidade do rúmen e aumento da frequência cardíaca. Foram pedidos

ainda hemograma completo e microscopia, dando positivo para babesia erlichiosa e

fungos. O animal foi tratado com cetoconazol oral e com o uso de shampoo especifico.

CONCLUSÃO

A partir do relato de caso acima descrito, podemos observar a relevância da

Dermatite Idiopática como uma dermatopatia frequente na clínica médica

veterinária. Dessa forma, faz-se imprescindível que haja o diagnóstico preciso

desta afecção, dispondo então o devido tratamento de suporte e seu controle,

promovendo qualidade de vida ao animal acometido; uma vez que a idiopática é

Page 4: DERMATITE IDIOPATICA a

incurável, mas apresenta um prognóstico favorável se há a correta intervenção do

médico veterinário, bem como do proprietário do animal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, S.F.; GIUFFRIDA, R.; RIBEIRO, M.G.; Quimioterápicos, antimicrobianos e

antibióticos. In: ANDRADE, S.F.; Manual de terapêutica veterinária. 2.ed. São Paulo:

Roca, 2002, p. 33-35.

WILLEMSE, T.; Dermatologia clínica de cães e gatos. 2.ed. São Paulo: Manole,

1998. p. 44-48.

MEDLEAU, L.; RAKICH, P.; Doenças dermatológicas. In: LORENZ, M. D.;

CORNELIUS, L.M.; FERGUSON; Terapêutica clínica em pequenos animais. 1. ed.

Rio de Janeiro: Interlivros, 1996. Cap. 3, p. 23-29.

NUTTAL, T. Abordagem da dermatite idiopática. Veterinary Focus. v. 18, 2008.

Disponível em www.ivis.com

DETHIOUX, F. Nutrição, saúde da pele e qualidade da pelagem. Veterinary Focus. v.

18, 2008. Disponível em www.ivis.com

WILKINSON, G. T.; HARVEY, R. G. Hipersensibilidades.Dermatologia dos

pequenos animais – Guia para o diagnóstico. 2 Ed. São Paulo: Manole, 1996.

Cap. 8, p. 144-148.

MEDLEAU, L.; HNILICA, K. Reações de Hipersensibilidade.Dermatologia de

pequenos animais. 2. Ed. São Paulo: Roca,2009. Cap. 7, p. 160-164.