Desafios Contemporâneos Contra a Pregação RESUMO

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Resumo John Stott

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Desafios contemporneos contra a pregao.

O tempo atual contra o plpito, este j no desfruta da popularidade que desfrutava tempos atrs. O tempo do sermo tem sido reduzido a cinco minutos em algumas igrejas isso em tom de desculpas. Neste captulo John tenta descobrir as razes do desencantamento contemporneo com a pregao e para isso ele levanta trs argumentos.

A disposio de nimo de antiautoridade

Raras vezes se testemunhou tamanha revolta da humanidade a todo e qualquer tipo de autoridade. Tudo bem que o homem desde o den demonstra forte tendncia a se rebelar, mas a coisa tomou propores catastrficas. De forma que a rebelio tm chegado a todos os nveis da sociedade desde a famlia at o estado e consequentemente a Bblia a igreja e o plpito.H um nvel de rebelio plausvel para o cristianismo que toma posio do pobre, da economia exploratria e qualquer tipo de injustia social. Neste tipo de rebelio os cristos devem no s apoiar como estar em sua vanguarda.Mas infelizmente no este tipo de rebelio que o Mundo tem adotado. A rebelio contra a autoridade e historicamente a igreja praticamente a "representao do autoritarismo em forma de instituio". Isto tendo em vista que uma das atribuies da igreja apontar o pecado e demonstrar para o mundo o caminho que Cristo e neste ponto que entra o sermo. O prprio nome sermo no to popular e tendo em vista que em muitos momentos, seno todos, o que ir ser falado no plpito ir de encontro as prticas dos ouvintes teremos ento uma no aceitao da pregao. O pluralismo do tempo atual faz com que cada um tenha a sua verdade e que haja um questionamento para qualquer coisa que se defina como sendo a verdade. Sendo assim para que uma ideia tenha credibilidade necessrio que esta tenha credibilidade em si mesma. Caso isso no acontea no h como acreditar na ideia em questo.Para resolver este problema o autor prope primeiramente um equilbrio entre a autoridade e a liberdade. Segundo ele impossvel haver realizao humana fora de um nvel de autoridade, ou seja, deve haver imites e assim como pais de filhos adolescentes que os testam a todo o momento haver alguns que tentaro extrapolar os limites desta liberdade, mas estes limites so desejados.Em segundo lugar o autor argumenta que o pregador deve ter certeza de quem revelou a verdade pregada foi Deus e sendo assim h total revestimento de autoridade para a pregao. Apesar disso esta autoridade no deve levar o pregador e a igreja a soberba ou a presuno e sim gerar conforto e confiana para pregar o evangelho da palavra de Deus.Apesar de definir limites para as ovelhas e ter o revestimento de Deus para a pregao a autoridade deste tempo no algo imposto. Alis, qualquer tipo de imposio para esta gerao est fadado ao fracasso. Sendo assim necessrio que os argumentos colocados na pregao "tragam os ouvintes para o lado do pregador". Para isso John argumenta sobre a relevncia que o sermo deve ter. Um dos motivos para que boa parte dos sermes de hoje serem desconsiderados pelo fato deste no se relacionar com a vida e o dia a dia de seus ouvintes. Neste ponto valido pensar que no basta ter autoridade vinda de Deus o sermo deve ser relevante no somente para o pregador e sim, quem sabe at mais, relevante para a vida do ouvinte.

A pregao dialgica

A gerao de hoje no tem pacincia para monlogos e partindo deste principio uma hora assistindo somente o pastor falando sem a possibilidade de argumentar um completo martrio. Sendo assim necessrio que o mtodo da pregao do evangelho seja mais diversificado. Para isso bastante interessante haver espaos para discusso ao qual o ouvinte no seja apenas um agente passivo do ensino da palavra de Deus e sim um participante que pode questionar, argumentar, contribuir, ou seja, ajudar no processo de aprendizado da palavra. A outra sugesto para resolver este problema que dada por John a da congregao voltar as razes negras da pregao do evangelho ao qual o pregador fala e a congregao responde e glorifica a Deus no momento da pregao. Neste modelo necessrio que a congregao tenha plena noo que o pregador est sendo usado por Deus e sendo assim sendo boca para a pregao do evangelho para a igreja.Outra forma de iterao realizando perguntas ao auditrio, isso faz com que haja alguma participao do ouvinte a pregao tornando-o menos parecido com o to temido monologo.

A revoluo Ciberntica

John chama de ciberntica o estudo dos mecanismos da comunicao, tanto humana quanto eletrnica. O ponto em que o autor quer chamar a ateno inicialmente que a forma de aprendizado mudou. Conforme j falado a cerca do monlogo o avano tecnolgico trouxe diferentes formas de se comunicar para nossa sociedade. E uma das precursoras das diferentes formas de comunicao a televiso. Possivelmente no momento do lanamento do livro ainda no deveria existir o grande avano da internet nem to pouco a influncia que isto tem na vida cotidiana da populao. Porem fato que algum falando reunio a reunio sem que haja outras formas de utilizao de sentidos fazem com que a comunicao com esta gerao no seja totalmente eficaz. Para isto interessante recorrer para outros tipos de comunicao que explorem outros sentidos, principalmente o visual. Neste ponto muito sugestivo recorrer a filmes para demonstraes visuais de quando em vez nas pregaes. Apesar da utilizao de outros recursos para tornar a comunicao mais fcil para a igreja h na televiso e na internet alguns perigos que de fato atrapalham o plpito. Estes elementos tendem a tomar um espao de questionamento em relao a pregao e o que falado na igreja. Isso graas aos pastores miditicos que aparecem a todo momento tanto na T.V. quanto na internet. Isto faz com que o ouvinte em muitos momentos duvide do que falado atravs da pregao se o que for dito for diferente do que o que o pastor miditico disse atravs do canal de comunicao. Tornando em muitos momentos a batalha entre o plpito e os meios de comunicao desleal.Para que a igreja local enfrente esta tendncia necessrio agir diferente. Para isso deve-se abrir dilogos, promover passeios, demonstrar para a congregao que estar nas celebraes muito mais que ouvir ou ver a mesma pela internet ou T.V.

A perda da confiana da igreja no evangelho

A gerao atual no confia no evangelho como as anteriores, isto porque com as outras geraes apenas um belo discurso tornava mais fcil a credibilidade da pregao do evangelho. Porm esta gerao que de certa forma bastante influenciada pelas anteriores que beberam no iluminismo de Marx e Freud tendem a descredenciar a verdade bblica. Alm disso, existe uma boa parte da igreja que no "salga" o mundo como deveria. No vive o evangelho e em muitas vezes at motivo de escndalo envolvendo at mesmo pastores e lideres. A pregao ento deve ter duas vertentes. Na primeira deve-se haver convico do ouvinte que Deus est falando a igreja naquele momento. Quando a palavra de Deus aberta deve-se haver o deslumbre da gloria de Deus na congregao e o entendimento que o sermo no apenas uma palestra ou aula e sim o querer do Deus vivo para a vida de quem a ouve. A segunda a integridade de quem prega. Esta gerao no suporta a hipocrisia! E por isso ela cobra que aquele que prega viva o que fala. At porque espera-se que o que est sendo falado experimentado na vida do pregador e por causa disso traz credibilidade para ser ouvido pela congregao. Esta segunda atitude deve vir acompanhada de grande responsabilidade moral por parte da liderana. O mundo est sedento que a igreja no seja somente um discurso e sim que viva verdadeiramente o que diz, desta forma a igreja no ser somente um corpo integro como tambm aquilo que Deus espera para impactar um Mundo sedento de Cristo vivo.

Sinceridade e zelo

Neste capitulo o foco com o ser do pregador. A ideia central do texto o combate a hipocrisia que ainda sim algo comum no ministrio pastoral. O fato de se ter tocado neste assunto de grande importncia para este tempo, j que se h algo que a juventude de hoje no suporta o discurso desconexo da vida daquele que se dispe a pregar o evangelho. Sendo assim o apelo pela sinceridade do pregador se torna um dos pilares a serem pisados antes de se lanar a pregar o evangelho. O prprio Senhor Jesus alerta sobre o clculo que deve ser feito antes de se lanar em uma empreitada:

"Pois qual de vs, querendo edificar uma torre, no se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?Para que no acontea que, depois de haver posto os alicerces, e no a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,Dizendo: Este homem comeou a edificar e no pde acabar."Lucas 14:28-30

Este princpio fala sobre a renncia sofrida pelo discpulo de Cristo. E tendo em vista que o pregador alm de discpulo um atalaia para as ovelhas, da possvel ter uma ideia do tanto de renuncia que este deve ter em relao a cobrana de tantos que o observam e comparam a sua conduta com a pregao falada no plpito.O autor toca em alguns princpios para vencer o problema e ter uma vida ministerial integra e que glorifique Cristo. E o primeiro item proposto que o pregador deve conhecer Cristo. Neste ponto o pensamento central converso. Parece incrvel que o autor toque no assunto converso quando se refere a pregadores, mas infelizmente este ponto mais comum do que parece. Isto porque muitos pregadores verdadeiramente sequer tiveram um encontro verdadeiro com Cristo. Em certo ponto no livro John conta uma histria de um pregador que se converteu no meio do seu prprio sermo! Este exemplo somente demonstra que muitos pastores se lanam ao ministrio encantados pelo discurso aprumado ou por algum tipo de destaque em meio a congregao. Mas a pregao sem uma vida em Cristo e sem o relacionamento com ele no mnimo suicdio espiritual, at porque aqueles que o ouvem iro "cobrar" aquilo que lhes ensinado na conduta daquele que prega.Para que a vida ministerial seja de fato autentica e sincera ela deve transparecer no meio da pregao. Para isso John cita a confisso de dificuldades ou at mesmo certos pecados para igreja no plpito. Este tipo de pratica infelizmente no to comum, mas com certeza algo aliviador tanto para a igreja quanto para aquele que prega. Isso porque o pastor demonstra que nem de longe um super-homem e a igreja v que liderada por um ser humano assim como eles prprios. Dentro desta pratica possvel que a igreja seja de fato igreja em amor para com o seu pregador e ento juntos possam vencer os desafios da vida crist.H uma necessidade de que ao transmitir o recado de Deus para a igreja a alma do pregador seja derramada para que este seja um perfeito canal daquilo que Deus quer falar a aqueles que esto ouvindo a mensagem. Neste passo tropeam muitos mensageiros que se preocupam apenas com a parte tcnica do sermo e no enfatizam o principal que tocar a igreja para que esta tome uma atitude a cerca de Deus. Para que isso ocorra necessrio sentir aquilo que fala, h quem diga que o plpito deve pegar fogo. No h como subir no plpito e pregar sem considerar o poder de Deus que deve ser manifesto no momento em que esta se trazendo a palavra. Sem a uno de Deus e o mover do Esprito na hora da pregao, esta corre risco de se tornar apenas uma palestra ao qual no ir trazer a devida mudana para aqueles que ouvem. Todo este cuidado com o sentir aquilo que fala e ser aquilo que prega mencionado no livro como sendo zelo.