Desafiosda’Sutentabilidade’ Econômica’do’Tomate’de’Mesa’ · As informações de...
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Desafios da Sutentabilidade Econômica do Tomate de Mesa
Margarete Boteon CEPEA/ESALQ-‐USP
w w w . c e p e a . e s a l q . u s p . b r / h = r a s i l
O que é a HorAfruA Brasil ?
COMUNIDADE O contato permanente com o setor é o diferencial do nosso
conteúdo.
w w w . c e p e a . e s a l q . u s p . b r / h = r a s i l
• A Hor:fru: Brasil é o resultado das pesquisas de mercado da Equipe Hor:fru:, do Cepea/Esalq-‐USP.
• As informações são coletadas diariamente com agentes do setor hor:fruLcola que movimentam o mercado nacional: produtores, atacadistas, exportadores, etc.
• Com distribuição gratuita e presente nos principais pólos de produção e comercialização hor:fruLcola do País, a Hor:fru: Brasil é considerada leitura obrigatória por pequenos, médios e grandes produtores do setor.
O que é a Hortifruti Brasil? w w w . c e p e a . e s a l q . u s p . b r / h = r a s i l
As informações de mercado e preços divulgados pelo CEPEA na HORTIFRUTI BRASIL são obtidas diretamente com o mercado.
Levantamento dos dados com os colaboradores
Análise quantitativa e elaboração de informações
Revista Mensal
Colaborador
Hortifruti Brasil/Cepea
Seção Semanal de tomate
Método de Trabalho
w w w . c e p e a . e s a l q . u s p . b r / h = r a s i l
Desafios Variáveis Externas (econômicas):
– Melhor distribuição de renda no País – Tendências de Consumo – Efeito inflação
Perspec5vas Econômicas
Várias Internas (do setor): – Gestão Sustentável
Efeito de longo prazo
Efeito de curto prazo
Efeito de médio prazo
2014 – Novos consumidores
Fonte: FGV
80 milhões 150 milhões de habitantes
Classe A/B
Potencial de consumidores de hortifrutis (classes A/B e C)
Consumidor de tomate nos domicílios
Consumo de tomate (kg per capita ano) por classe de renda Classe E Classe D Classe C Classe B Classe A
Brasil e regiões: Total
Até 2 Salários Mínimos
Mais de 2 a 3 Salários Mínimos
Mais de 3 a 6 Sálarios Mínimos
Mais de 6 a 10 Sálarios Mínimos
Mais de 10 a 15 Salários Mínimos
mais de 15 Salários Mínimos
Brasil 4,92 3,15
4,31
4,72 5,75 5,97
8,19
Norte 3,69 2,53
3,25
3,64 4,98 5,45
6,82
Nordeste 4,90 3,44
5,00
5,57 6,59 6,09
8,75
Sudeste 4,58 2,36
3,54
4,09 5,21 5,25
7,38
Sul 6,01 3,73
5,08
5,22 6,53 7,41
9,79 Centro-‐Oeste 6,09 4,01
4,72
5,79 6,91 7,83
10,48
Fonte: POF – IBGE (2008)
Principais atributos valorados pelos consumidores brasileiros
Conveniência Produtos minimamente processados,
industrializados, serviços de alimentação, especialmente voltados
à refeições fora do lar.
Mini tomate, atomatados/ molhos prontos, serviços para refeições prontas.
Qualidade e confiabilidade
Produtos com certificados de Boas Práticas Agrícolas (BPA), qualidade do produto,
acondicionamento adequado (embalagens)
Tomate cer:ficado e
rastreado e em cumbucas
Sensorialidade e prazer:
Fornecimentos de hortifrutícolas para a
alta gastronomia
Tomates diferenciados de diferentes formatos, sabores
e cores
Bem-estar e ética:
Produtos com certificação socioambiental, como os selos: Instituto
Biodinâmico (IBD). Tomates com selo socioambiental.
TENDÊNCIAS OPORTUNIDADES HF PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DO SETOR TOMATICULTOR
• Dados do Cepea mostram que, na Semana Santa, o preço médio do tomate na Ceagesp chegou a R$ 108,75/cx e R$ 85,47/cx nas regiões produtoras.
• A forte alta que ocorreu nos preços do tomate no fim de março foi
mo:vada principalmente pela menor oferta, que refle:u a diminuição da área cul:vada nos dois úl:mos anos.
• Além disso, neste ano, o clima mais chuvoso impediu que as
regiões produtoras :vessem excesso de produ:vidade.
A VALORIZAÇÃO DO TOMATE E A MÍDIA
Inflação do Tomate • Define-‐se inflação como o aumento conenuo e generalizado dos preços
dos produtos e serviços numa economia.
• Os alimentos são importantes na composição dos índices de inflação (no geral, representam 20%). O peso do tomate na composição da inflação é muito pequeno (0,25%). Os hor:fruLcolas representam em torno de 2% na ponderação. Aumentos persistentes dos hor:fruLcolas por muito tempo acabam influenciando nos índices de inflação, como em 2008. Por outro lado, em outros anos, um aumento momentâneo, seguido de uma queda nos preços, pode anular o efeito sobre o índice de preços.
• O mais importante em inflação é a o que chamamos de núcleo da inflação. Dele são excluídos itens com forte oscilação de preços, principalmente, por razões sazonais. A mo:vação para se criar um “núcleo” para a inflação surgiu da necessidade de eliminar, em determinados períodos, a variação de alguns preços considerados não-‐representa:vos.
Desafios da Sustentabilidade Econômica de Tomate de Mesa do Brasil
Variáveis Externas (econômicas): – Melhor distribuição de renda no País – Hábitos de Consumo – Efeito inflação
Perspec5vas Econômicas: • oscilações de oferta
Várias Internas (do setor):
– Gestão Sustentável
Efeito de longo prazo
Efeito de curto prazo
Efeito de médio prazo
SAFRA DE VERÃO
TransplanAo: agosto a fevereiro Colheita: novembro a junho
Caxias do Sul (RS)
Caçador (SC)
Reserva (PR)
Itapeva (SP)
Nova Friburgo (RJ)
Venda Nova do Imigrante (ES)
è Redução em 17,2% nos inves:mentos no cul:vo, totalizando 66 milhões de pés
SAFRA DE VERÃO PerspecAvas gerais da temporada 2012/13
62,60
82,00 79,75
66,00 66,00
- 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00
2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
Evolução de Área plantada na Safra de Verão
Milhões de pés
* Foi incluido em 2009/10 a região de Caxias de Sul (RS) na amostragem da safra de verão ** Houve um ajuste na amostragem de área da região de Reserva (PR), que a partir de 2009/10 passa a considerara a área de plantio do "tarde".
SAFRA DE ANUAL
PREÇO MÉDIO -‐ Cepea
26,12
13,73 15,67 11,90
21,83 28,72
57,63 55,79
36,60 28,25 24,69 23,63
45,19 46,80
63,60
50,23 *
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Evolução dos Preços do Tomate 2A Salada - ao produtor- R$/cx.
2012
2013
Valor mínimo para cobrir os custos = R$16,00/cx de 23 kg
* Média até o dia 22/04
SAFRA DE INVERNO TransplanAo: novembro a setembro Colheita: fevereiro a dezembro
Mogi Guaçu (SP)
Itaocara (RJ)
Paty do Alferes (RJ)
São José de Ubá (RJ)
Sumaré (SP)
Norte do Paraná
Araguari (MG)
Pará de Minas (MG)
Sul de MG
SAFRA DE INVERNO A temporada de inverno é dividida em duas safras, são elas: Primeira parte da safra de inverno: 57,95 milhões de pés em 2013
72,30
52,40 55,00 57,95
-
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
2010 2011 2012 2013
1ª parte da safra de inverno 2013 deve aumentar 5%
Milhões de pés
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Safra de Inverno 2013: § Apesar dos ganhos em 2012, área deve ser apenas 5% maior
§ Comportamento normal de clima deve elevar produ:vidade
§ Área e produ:vidade maiores: maior oferta em 2013
§ No geral, cenários não devem ser nega:vos
§ Média de preços inferiores a de 2012, porém superiores ao custo esAmado*.
Desafios Variáveis Externas (econômicas):
– Melhor distribuição de renda no País – Tendências de Consumo – Efeito inflação
Perspec5vas Econômicas
Várias Internas (do setor): – Gestão Sustentável
Efeito de longo prazo
Efeito de curto prazo
Efeito de médio prazo
BOAS PRÁTICAS DA GESTÃO RURAL
– O Cepea está desenvolvendo um método de apuração dos custos de produção pautado pela sustentabilidade econômica da agricultura.
– O objetivo é oferecer ao produtor um protocolo de conceitos e ações que lhe permita saber se o seu negócio é sustentável no longo prazo.
GESTÃO SUSTENTÁVEL – A apuração correta do cálculo do
custo de produção e a minimização dos
riscos de fluxo de caixa são as ferramentas básicas da gestão sustentável na horticultura.
A apuração correta do cálculo do custo de produção e a minimização dos riscos de fluxo de
caixa são as ferramentas básicas da gestão sustentável
“QUEM NÃO MEDE, NÃO ADMINISTRA”
Custo visível
Custo invisível Depreciação dos bens
Custo Opor. Capital
MODELO ICEBERG DE CUSTO DE PRODUÇÃO
FOCO DE TRABALHO
• Aferir corretamente o custo total de produção é a base para a sustentabilidade econômica do negócio hor:fruLcola.
• É importante que o administrador tome suas decisões observando não somente os preços recebidos, mas a par:r do conhecimento de todos os seus custos e do resultado efe:vo que têm registrado ao longo do tempo.
• Sabendo o seu custo total de produção, o produtor terá condições de avaliar se a a:vidade agrícola está dando lucro ou prejuízo e, consequentemente, sua capacidade futura de inves:mento.
É IMPORTANTE ENTENDER O SOBE/DESCE
“É comum um ano de boa lucra5vidade ser seguido
por outro de baixa justamente por causa da
ampliação na área cul5vada que acarreta em queda dos
preços.”
COMO ENFRENTAR SAFRAS DE BAIXOS PREÇOS?
A sugestão da HorAfruA Brasil para se enfrentar safras de preços baixos é que o produtor faça um “reserva/poupança” em anos de bons preços, que funcionaria como uma proteção
para tempos de crise (seguro).
POUPAR PARA ENFRETAR TEMPOS DE
CRISE
PROVISÃO PARA TEMPOS DE CRISE
• Não há gestão sustentável em uma propriedade agrícola se ela não dimensionar o risco que ela está exposta e programar formas de minimizar as perdas.
• É importante entender que aumentar inves8mentos na própria cultura quando o produtor está capitalizado é arriscado.
CÁLCULO DA PROVISÃO/RISCO
• A proposta é criar um fundo de proteção do fluxo de caixa na toma5cultura através de uma reserva financeira no valor equivalente ao prejuízo médio ao qual o produtor está exposto.
• Essa proteção garan5ria a permanência do produtor em situações de crise de preços. E mais: esse fundo seria criado com as reservas em anos de bons preços.
PROVISÃO PARA TEMPOS DE CRISE
(quanto devo poupar?)
• Após uma safra, o produtor analisa sua situação econômica e planeja a próxima temporada. Geralmente, se o ano foi de elevada rentabilidade, é quase certo o aumento dos inves:mentos na própria cultura.
• Porém, nesse momento em que o toma:cultor tem dinheiro disponível, é imprescindível que avalie os riscos de expansão do negócio.
PLANEJAMENTO
• O produtor tem que ter uma provisão (financeira) para eventuais adversidades. É como se ele es:vesse fazendo um seguro contra a receita nega:va.
• É importante entender que aumentar inves:mentos na própria cultura quando o produtor está capitalizado é arriscado. Muitas vezes, manter a área e reservar um montante de capital para se assegurar em tempos ruins é uma boa estratégia.
Fonte: Hortifruti Brasil (out/09)
PRODUTORES
• O produtor tem que ter uma provisão (financeira) para eventuais adversidades. É como se ele es:vesse fazendo um seguro contra a receita nega:va.
• É importante entender que aumentar inves:mentos na própria cultura quando o produtor está capitalizado é arriscado. Muitas vezes, manter a área e reservar um montante de capital para se assegurar em tempos ruins é uma boa estratégia.
IMPORTÂNCIA DO CÁLCULO DO CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO
• Sabendo o seu custo total de produção, o produtor terá condições de avaliar se a a:vidade agrícola está dando lucro ou prejuízo e, consequentemente, sua capacidade futura de inves:mento.
• É, portanto, uma ferramenta importante para análise da viabilidade de expansão ou de novos inves:mentos no setor porque permite a tomada de decisões com base na lucra:vidade econômica real da cultura.
• O cálculo de todos os itens que compõem o custo de produção facilita também a administração de cada etapa da produção, permi:ndo a avaliação do que mais pesa nos custos e o eventual ajuste de recursos alocados.
Custo de Produção do Tomate Acesse as edições de junho:
w w w . c e p e a . e s a l q . u s p . b r / h = r a s i l
Desafios da Sustentabilidade Econômica de Tomate de Mesa do Brasil
Variáveis Externas (econômicas): – Melhor distribuição de renda no País – Hábitos de Consumo – Efeito inflação
Perspec5vas Econômicas
Várias Internas (do setor): – Gestão Sustentável
Efeito de longo prazo
Efeito de curto prazo
Efeito de médio prazo
FALSO MITO: Inflação do Tomate Como escreveu Milton Friedman, meu economista preferido:
• “Nenhum governo aceita que é o responsável por uma inflação. Sempre arranjam alguma desculpa – comerciantes gananciosos, sindicatos turrões, consumidores compulsivos, árabes, a chuva. Sem dúvida que comerciantes são gananciosos, sindicatos são duros, consumidores são compulsivos, árabes aumentam o preço do petróleo e, de vez em quando, chove mesmo. Todos esses agentes têm como produzir preços altos para certos itens; mas não são capazes de fazer isso com tudo o que existe. Eles até podem causar subidas e descidas temporárias na taxa de inflação. Mas não têm como dar início a uma inflação conVnua. Por um mo5vo simples: nenhum desses supostos culpados pela inflação tem as impressoras que produzem aquilo que a gente carrega na carteira.”
MODERNIZAÇÃO AINDA PRECÁRIA DA COMERCIALIZAÇÃO FALTA DE COORDENAÇÃO DA CADEIA E HÁBITOS DE CONSUMO LIMITAM O CRESCIMENTO DO CONSUMO
• A falta de coordenação das inicia:vas entre os elos da cadeia e um projeto mais amplo a favor da modernização limitam os bene�cios para o setor como um todo. A saída seria adotar medidas ou até leis que tenham impacto em todos os elos da cadeia de comercialização simultaneamente.
• Pode-‐se argumentar, também, que os entraves na modernização no passado estavam correlacionados ao baixo poder de compra do brasileiro e à concentração da renda nos estados do Sul e Sudeste. Mas, a tendência é de uma ampliação e em 2014, projeta-‐se 155 milhões de pessoas nas classes C/B/A (75% da população) – principais consumidores dos hor:fru:s.
• No médio prazo, a falta de hábito de consumo e a má qualidade de frutas e hortaliças, terão maior peso que o problema de renda da população. Enfim, há uma oportunidade única de avançar na modernização, ao mesmo tempo em que é necessário es:mular o consumo.
• Não se pode negar que várias inicia:vas visando à modernização da cadeia hor:fruLcola foram realizadas nos úl:mos anos. No entanto, esses avanços em pró da modernização da comercialização do setor são descentralizados e empreendidos isoladamente por inicia:vas de empresas, ora do produtor ora do varejo ou de centrais de abastecimento.