Desaparecer Wiedemann Sebastian 03.2015

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Desaparecer, para que o mundo possa aparecer. Experimentos em pensamento-cinema ou algumas notas para uma poética da imanência. Sebastian Wiedemann 1 Almejo compartilhar uma série de intuições que começam a esboçar um pensamento-cinema singular, que por momentos encontra seu caminho na sensação e por momentos no conceito. Pensar -com- e -entre- as imagens. Experimentá-las sob a perspectiva não representativa de potências imagéticas e sônicas que tomam riscos, que se tornam movimentos aberrantes e de fuga, na procura de uma poética da imanência e que consequentemente afirmam uma micropolítica da percepção, como crítica ao antropocentrismo. O que esperar da arte, neste caso do cinema, no Antropoceno? Talvez estas sejam algumas notas não só para uma poética da imanência, mas para um cinema terrano (Latour). I parte: Do esquecimento de si ao ritornelo das forças do mundo. Cartografia de um percurso criativo: 1. “Pulso” (2008) 7 min. 2. “Sin” (2009) 21 min. 3. “Derrames” (2011) 20 min. 4. “Zugang” (2011) 14 min. 5. “Abismo” (2012) 4 min. 6. “être chat” (2014) 20 min. 7. “Waves Project” | “Ondas” (2014-2016) [tempo de projeção: 90min.] [tempo total apresentação estimado: 120min.] 1 Artista-Pesquisador trabalha na intercepção cinema experimental / filosofia. Seus filmes já foram apresentados em festivais internacionais da Ásia, Europa e das Américas. É membro fundador do projeto Hambre | espacio cine experimental, onde trabalha como editor e curador. No momento desenvolve o projeto expandido "Waves Project" e produz o filme experimental "Ondas", sendo que ambos fazem parte de sua pesquisa em torno às possibilidades de um cinema da imanência, no mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes -UFF. [email protected] | http://swiedemann.tumblr.com/

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  • Desaparecer, para que o mundo possa aparecer. Experimentos em pensamento-cinema ou algumas notas para uma potica da imanncia.

    Sebastian Wiedemann1

    Almejo compartilhar uma srie de intuies que comeam a esboar um pensamento-cinema singular, que por momentos encontra seu caminho na sensao e por momentos no conceito. Pensar -com- e -entre- as imagens. Experiment-las sob a perspectiva no representativa de potncias imagticas e snicas que tomam riscos, que se tornam movimentos aberrantes e de fuga, na procura de uma potica da imanncia e que consequentemente afirmam uma micropoltica da percepo, como crtica ao antropocentrismo. O que esperar da arte, neste caso do cinema, no Antropoceno? Talvez estas sejam algumas notas no s para uma potica da imanncia, mas para um cinema terrano (Latour).

    I parte: Do esquecimento de si ao ritornelo das foras do mundo. Cartografia de um percurso criativo:

    1. Pulso (2008) 7 min. 2. Sin (2009) 21 min. 3. Derrames (2011) 20 min.

    4. Zugang (2011) 14 min. 5. Abismo (2012) 4 min. 6. tre chat (2014) 20 min. 7. Waves Project | Ondas (2014-2016)

    [tempo de projeo: 90min.] [tempo total apresentao estimado: 120min.]

    1 Artista-Pesquisador trabalha na intercepo cinema experimental / filosofia. Seus filmes j foram apresentados em festivais internacionais da sia, Europa e das Amricas. membro fundador do projeto Hambre | espacio cine experimental, onde trabalha como editor e curador. No momento desenvolve o projeto expandido "Waves Project" e produz o filme experimental "Ondas", sendo que ambos fazem parte de sua pesquisa em torno s possibilidades de um cinema da imanncia, no mestrado em Estudos Contemporneos das Artes -UFF. [email protected] | http://swiedemann.tumblr.com/

  • II parte: A pergunta pelos afetos do mundo. A imagem como crtica do antropocentrismo.

    1. O pesadelo kafkiano. Somos humanos, humanos demais. Pedro, o Vermelho, um macaco que se transformou em homem. [10min. Brasil, 2009 ]

    2. necessrio voltar a terra. A queda do anjo que temos pretendido ser. Ensaio audiovisual a partir de alguns fragmentos cinematogrficos. [10min.]

    3. O mito do olho. A imagem como lugar impessoal. Eye-Myth de Stan Brakhage [10seg. USA, 1967]

    4. Entrar na matria. A imagem como umbral entre devires. Mothlight de Stan Brakhage [4min. USA, 1963] Poppy Fields Forever de John Warren [3min. USA, 2012] NatureSex de John Warren [3min. USA, 2014]

    5. No s ns apreendemos experincias. A imagem como apreenso de outras perspectivas. Der Lauf Der Dinge de Peter Fischli e David Weiss [10min. fragmento. Sua, 1987] Undergrowth de Robert Todd [12min.USA, 2011]

    6. Perder-se no cosmos. A imagem como plano molecular e vibrtil. Inconsolable Ghost de Makino Takashi [9min. Japo, 2014] Jaguar de Jean Detheux [5min. Canada|Blgica, 2011]

    [tempo de projeo: 70min.]

    [tempo total apresentao estimado: 120min.]