Descartes e Hume (Sintese)

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Filosofia .11 anoAnlise comparativa de duas teorias explicativas do Conhecimento: Ren Descartes e David Hume (sntese)[email protected] Coimbra.2011

Descartes (1596-1650)

Hume (1711-1776)

Origem do Conhecimento Descartes A razo a fonte do Conhecimento verdadeiro (Racionalismo). Guiada pelo mtodo a razo pode alcanar conhecimentos evidentes, independentes da experincia. Hume Todo o conhecimento procede da experincia e todas as ideias tm origem emprica (Empirismo). As ideias que conduzem a proposies evidentes e necessrias derivam da experincia.

Operaes da mente e ideias Descartes Para alm das ideias factcias e adventcias, existem ideias inatas. A partir das ideias inatas pode obter-se o verdadeiro conhecimento mediante as operaes da intuio e da deduo. Hume No existem ideias inatas. Todas as ideias derivam das impresses. As diversas operaes da mente baseiam-se nos princpios de associao de ideias: semelhana; contiguidade no tempo e no espao; causalidade.

Possibilidade (validade) do Conhecimento Descartes Usando a dvida adoptou um cepticismo metdico. Mas porque tem absoluta confiana na razo, podemos consider-lo como exemplo do dogmatismo crtico. Hume A realidade a que temos acesso reduz-se ao mbito das percepes. A capacidade cognitiva do entendimento humano limita-se ao mbito do provvel. Podemos consider-lo como exemplo do cepticismo moderado.

Perspectivas Metafsicas Descartes Podemos ter ideias claras e distintas dos atributos essenciais de 3 tipos de substncia: Pensante; (Res cogitans) Divina. (Res Divina) Extensa; (Res Extensa). Hume No encontramos qualquer princpio que confira unidade e conexo s percepes. No temos impresses do eu pensante; de uma realidade exterior; de Deus. No se pode afirmar a existncia de qualquer fundamento metafsico para o conhecimento.

Deus o fundamento do ser e do conhecimento.

Sntese Descartes

Conheceremos, primeiramente , que somos, enquanto a nossa natureza pensar; e que h um Deus de que dependemos. Depois de termos considerado os seus atributos, podemos investigar a verdade de todas as outras coisas, porque ele a sua causa. (Princpios de Filosofia)

Hume Se prosseguirmos a nossa investigao para alm das aparncias dos objectos dos sentidos, receio que a maior parte das nossas concluses venham a estar cheias de cepticismo e incerteza. Nada mais adequado com esta filosofia do que um modesto cepticismo at certo ponto, e uma confisso leal de ignorncia em assuntos que excedem toda a capacidade humana. (Tratado sobre a Natureza Humana)

Sntese/Reflexo

Descartes responde ao desafio do cepticismo. A sua resposta dada primeiro com o cogito e depois com Deus, afirmando ter chegado a um conhecimento infalvel de forma a priori. Mas os argumentos a favor da existncia de Deus so fracos. E se tais argumentos falham deixa de haver justificao ltima. Logo , as crenas que Descartes julgava justificadas, tm de ser suspensas. O cepticismo parece ter vencido a disputa. ()

Segundo Hume as mais importantes crenas acerca do mundo dependem da induo. Mas o problema que a induo no justificvel. O princpio em que repousa - o pressuposto de que a natureza uniforme - no justificvel recorrendo experincia e ao pensamento. E se no h maneira de justificar o princpio da induo, no temos o conhecimento que pensvamos ter. Hume cai tambm no cepticismo. ()