Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015...

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Desempenho da Vale em 2016 Ricardo Teles / Agência Vale

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Desempenho da Vale em 2016

Ricardo Teles / Agência Vale

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Tel.: (55 21) 3485-3900

Departamento de Relações com Investidores

André Figueiredo

Carla Albano Miller

Fernando Mascarenhas

Andrea Gutman

Bruno Siqueira

Claudia Rodrigues

Denise Caruncho

Mariano Szachtman

Renata Capanema

BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5

NYSE: VALE, VALE.P

EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5

LATIBEX: XVALO, XVALP

As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são

apresentadas com base em números consolidados de acordo com o IFRS. Tais informações, com exceção daquelas referentes

a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas p elos

auditores independentes. As principais subsidiárias da Vale consolidadas são: Compañia Minera Miski Mayo S.A.C., Mineração

Corumbaense Reunida S.A., PT Vale Indonesia Tbk, Salobo Metais S.A, Vale Australia Pty Ltd., Vale International Holdings

GMBH, Vale Canada Limited, Vale Fertilizantes S.A., Vale International S.A., Vale Manganês S.A., Vale Moçambique S.A.,

Vale Nouvelle-Calédonie SAS, Vale Oman Pelletizing Company LLC e Vale Shipping Holding PTE Ltd.

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Desempenho da Vale em 2016

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2017 – A Vale S.A. (Vale) registrou forte desempenho

econômico-financeiro em 2016 com um sólido desempenho operacional e recordes anuais de

produção, tais como: (a) produção anual de minério de ferro1 de 348,8 Mt; (b) produção de

148,1 Mt em Carajás; (c) produção de níquel de 311.000 t; (d) produção de cobre de 453.100

t; (e) produção de cobalto de 5.799 t; (f) produção de ouro como subproduto do concentrado

de cobre e de níquel de 483.000 oz; (g) produção de carvão em Moatize de 5,5 Mt.

A receita líquida totalizou US$ 29,363 bilhões em 2016, ficando 14,7% maior do que os US$

25,609 bilhões em 2015. O aumento da receita líquida deveu-se, principalmente, aos maiores

preços de finos de minério de ferro (US$ 2,966 bilhões), maiores volumes de venda de minério

e pelotas (US$ 715 milhões) e metais básicos (US$ 407 milhões), parcialmente compensado

pelos menores preços de metais básicos (US$ 431 milhões).

A receita líquida trimestral totalizou US$ 9,694 bilhões no 4T16, ficando 32,4% maior do que

no 3T16. O aumento da receita líquida foi, principalmente, devido aos maiores preços de finos

de minério de ferro e pelotas (US$ 1,613 bilhão), de carvão (US$ 200 milhões) e metais básicos

(US$ 123 milhões), e aos maiores volumes de minerais ferrosos (US$ 441 milhões), metais

básicos (US$ 58 milhões) e carvão (US$ 13 milhões).

Os custos e despesas caíram US$ 1,841 bilhão2 para US$ 17,379 bilhões em 2016,

principalmente devido: (a) ao impacto da variação cambial no CPV e no SG&A (US$ 399

milhões); (b) às iniciativas de redução de custo (US$ 1,623 bilhão); (c) à redução de despesas

de (US$ 387 milhões). Essas reduções foram parcialmente compensadas pelo maior volume

de vendas (US$ 942 milhões).

Os custos e despesas trimestrais, líquidos de depreciação, foram de US$ 5,003 bilhões no

4T16, aumentando 16,3% em comparação com os US$ 4,301 bilhões no 3T16, devido a

maiores custos (US$ 362 milhões) e maiores despesas (US$ 255 milhões)3. O aumento

ocorreu, principalmente, devido a maiores custos de frete e a alguns efeitos não recorrentes

como, por exemplo, o acordo coletivo dos nossos empregados no Brasil e a maior provisão de

participação dos resultados, que foi impactada pelo forte aumento dos preços das commodities

no final do ano, levando a uma provisão significativamente superior às registradas nos

trimestres anteriores.

1 Inclui compras de terceiros e exclui produção atribuível à Samarco . 2 Líquido dos efei tos: (a) da transação de goldstream registrada no 1T15 (US$ 230 milhões); (b) da transação de goldstream do 3T16 (US$

150 milhões); (c) dos ajustes de Asset Retirement Obligations (ARO) registrado no 4T15 (US$ 331 milhões) e no 4T16 (US$ 37 milhões). 3 Líquido dos efei tos posi tivos não recorrentes da transação de goldstream no 3T16 (US$ 150 milhões) e do ajuste de ARO no 4T16 (US$

37 milhões).

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O EBITDA ajustado foi de US$ 12,181 bilhões4 em 2016, ficando 72,0% acima dos US$ 7,081

bilhões registrados em 2015, principalmente em função dos melhores resultados do EBITDA

de Minerais Ferrosos (US$ 4,577 bilhões), Metais básicos (US$ 460 milhões) e Carvão (US$

454 milhões). A margem EBITDA ajustado foi de 41,5% em 2016, melhorando em relação dos

27,7% registrados em 2015.

O EBITDA trimestral ajustado foi de US$ 4,770 bilhões no 4T16, ficando 57,8% acima do 3T16

principalmente em função dos melhores resultados do EBITDA de Minerais Ferrosos (US$

1,616 bilhão) e Carvão (US$ 163 milhões). A margem EBITDA ajustado foi de 49,2% no 4T16,

melhorando em relação aos 41,3% do 3T16

Os investimentos totalizaram US$ 1,408 bilhão no 4T16 e US$ 5,482 bilhões em 2016, caindo

US$ 2,919 bilhões na comparação com 2015. Os investimentos na execução de projetos

somaram US$ 614 milhões e US$ 3,179 bilhões, no 4T16 e em 2016, respectivamente.

Investimentos na manutenção das operações existentes alcançaram os valores de US$ 794

milhões e US$ 2,302 bilhões no 4T16 e em 2016, respectivamente. O projeto S11D iniciou

suas operações em dezembro de 2016 com o primeiro embarque, em janeiro de 2017, de

minério de ferro de S11D blendado com o minério das outras minas do Sistema Norte.

Em 2016, anunciamos US$ 3,842 bilhões em venda de ativos com: (a) US$ 2,500 bilhões

provenientes da venda dos ativos de Fertilizantes5; (b) US$ 820 milhões de mais uma

transação de goldstream; (c) US$ 269 milhões da venda de três navios VLOCs; (d) US$ 140

milhões da venda de quatro navios capesizes; (e) US$ 113 milhões da conclusão da venda da

Mineração Paragominas.

O lucro líquido totalizou US$ 3,982 bilhões em 2016 contra um prejuízo líquido de US$ 12,129

bilhões em 2015. O aumento de US$ 16,111 bilhões deveu-se, principalmente: (a) à maior

margem EBITDA (US$ 5,100 bilhões), (b) aos maiores ganhos com variação cambial e

monetária (US$ 10,629 bilhões); (c) ao menor impairment de ativos não circulantes e contratos

onerosos (US$ 6,014 bilhões). O aumento foi parcialmente compensado por maiores impostos

(US$ 7,251 bilhões) devido ao lucro líquido registrado no período.

Os impairments em ativos e o reconhecimento de contratos onerosos de operações

continuadas tiveram perda de US$ 2,912 bilhões em 2016 contra US$ 8,926 bilhões em 2015.

Os impairments foram impactados: (a) pelo acordo de venda dos ativos de Fertilizantes por

US$ 2,5 bilhões, divulgado em dezembro de 2016 (US$ 1,738 bilhão); (b) pelo menor preço

projeto de certos produtos que reduziram o valor recuperável dos ativos da Vale Newfoundland

and Labrador – VNL (US$ 631 milhões) e da Vale Nova Caledônia – VNC (US$ 284 milhões);

(c) pela provisão relacionada aos contratos de volume mínimo garantido para serviços

4 Incluindo US$ 150 milhões da transação de goldstream. 5 Esperamos concluir a venda até o f im de 2017.

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portuários no Sistema Centro-Oeste (US$ 183 milhões) e para fornecimento de minério de

manganês (US$ 74 milhões), o que foi parcialmente compensado pela reversão do impairment

devido à decisão de reiniciar as operações de São Luís no início de 2018 (US$ 160 milhões).

Os impairments dos ativos e operações descontinuadas, sem efeito caixa, totalizaram US$

1,738 bilhão como resultado da diferença do valor de carregamento e do valor recuperável dos

ativos de Fertilizantes mantidos para a venda.

O lucro líquido totalizou US$ 525 milhões no 4T16 contra um lucro líquido de US$ 575 milhões

no 3T16, caindo US$ 50 milhões, como resultado do impairment dos ativos não circulantes e

do reconhecimento de contratos onerosos de operações continuadas (US$ 2,912 bilhões), que

foram parcialmente compensados pelo maior EBITDA (US$ 1,151 bilhão).

No 4T16, o fluxo de caixa das operações somou US$ 3,715 bilhões, ficando US$ 1,055 bilhão

menor que o EBITDA devido ao impacto negativo do aumento das contas a receber no 4T16

em comparação com o 3T16. Isto se deveu principalmente: (a) às faturas finais de minério de

ferro ainda não recebidas; (b) à concentração de volumes de vendas de minério de ferro

faturados com preços provisórios no final do 4T16 (vendas ainda não recebidas); (c) aos

preços maiores do que os provisórios, devido ao aumento de preço no 4T16 contra o 3T16. A

variação do capital de giro dever ter um impacto positivo nos fluxos de caixa no 1T17 à medida

que forem recebidas as vendas durante o trimestre.

A dívida líquida em 31 de dezembro de 2016 diminuiu para US$ 25,075 bilhões contra US$

25,234 bilhões em 31 de dezembro de 2015, com uma posição de caixa de US$ 4,280 bilhões

em 31 de dezembro de 2016. O prazo médio da dívida em 31 de dezembro de 2016 foi de 7,9

anos e o custo médio foi de 4,63% por ano. O índice de endividamento melhorou

significativamente de 4,1x em 31 de dezembro de 2015 para 2,4x em 31 de dezembro de 2016.

Em 2016, a Vale distribuiu R$ 857 milhões (US$ 250 milhões) em dividendos sob a forma de

juros sobre o capital próprio. O Conselho de Administração aprovou, para posterior

encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária de Acionistas, a distribuição adicional de R$

4,667 bilhões até o fim de abril de 2017 sob a forma de juros sobre o capital próprio.

Os principais destaques da performance da Vale por segmento foram:

O EBITDA do segmento de Minerais Ferrosos aumentou 78% em 2016 em relação a 2015,

principalmente devido aos maiores preços e aos ganhos de competitividade.

O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 10,476 bilhões em 2016,

ficando US$ 4,577 bilhões acima dos US$ 5,899 bilhões registrados em 2015,

principalmente como resultado de maiores preços de mercado (US$ 2,727 bilhões) e

ganhos de competitividade (US$ 1,259 bilhões).

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O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos, excluindo manganês e ferroligas, foi de US$

30,5/t em 2016, ficando 73% maior que os US$ 17,7/t registrados em 2015, o que

posicionou a Vale acima ou no mesmo patamar que seus principais competidores

australianos, apesar da desvantagem geográfica.

O fluxo de caixa conforme mensurado pelo EBITDA ajustado menos investimentos em

projetos de capital e manutenção foi de US$ 7,299 bilhões em 2016, ficando US$ 6,277

bilhões (559%) acima dos US$ 952 milhões registrados em 2015.

O volume de vendas de finos de minério de ferro aumentou 5% em relação aos 276,4

Mt de 2015, atingindo 289,9 Mt em 2016, como resultado do melhor desempenho

operacional do Sistema Norte.

O preço CFR/FOB realizado em base úmida (wmt) de finos de minério de ferro da Vale

(ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$

54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

devido às iniciativas de marketing e comerciais, ao impacto positivo da diferença dos

sistemas de preço e ao aumento das vendas do Sistema Norte.

O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro em BRL

reduziu 7%, passando de R$ 49,3/t em 2015 para R$ 45,9/t em 2016, apesar das

pressões inflacionárias de 6,3%6, principalmente em razão do melhor desempenho

operacional e das iniciativas de redução de custos em curso.

O custo unitário de frete marítimo de minério de ferro por tonelada métrica foi de US$

12,2/t em 2016, ficando US$ 3,8/t menor do que os US$ 16,0/t registrados em 2015,

devido, principalmente, aos menores preços de bunker oil (US$ 1,7/t) e menores níveis

de frete spot (US$ 0,7/t).

O EBITDA trimestral do segmento de Minerais Ferrosos aumentou 65% no 4T16 contra

3T16, principalmente devido aos maiores preços realizados e maiores volumes de venda

O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 4,109 bilhões no 4T16, ficando

US$ 1,616 bilhão maior do que os US$ 2,493 bilhões do 3T16, principalmente como

resultado de maiores preços realizados (US$ 1,647 bilhão) e de maiores volumes de

venda (US$ 247 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores custos

e despesas7 (US$ 354 milhões).

6 IPCA 2016.

7 Após ajustar os efeitos de maiores volumes de venda e variação cambial.

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O EBITDA ajustado de minério de ferro por tonelada foi de US$ 42,2/t no 4T16, ficando

58% maior do que os US$ 26,8/t registrados no 3T16, principalmente como resultado

do maior preço CFR/FOB wmt.

O preço CFR referência em base úmida (wmt) de finos de minério de ferro da Vale

(ex-ROM) aumentou 36,5% (US$ 18,6/t), passando de US$ 50,9/wmt no 3T16 para

US$ 69,5/wmt no 4T168, enquanto a média do IODEX 62% aumentou 20,8% no 4T16

em relação ao 3T16, principalmente devido aos impactos positivos do sistema de

preço provisório.

O custo caixa C1 FOB porto ex-royalties por tonelada métrica de finos de minério de

ferro aumentou US$ 1,4/t de US$ 13,0 para US$ 14,4/t no 4T16, principalmente como

resultado de eventos não recorrentes (US$ 0,9/t), tais como: ajuste de estoque, acordo

coletivo com nossos empregados no Brasil e maior provisão de participação nos

resultados, que foi impactada pelo aumento significativo dos preços da commodities

no final de 2016.

O break-even de EBITDA para minério de ferro e pelotas, medido pelos custos caixa

e despesas unitários entregues na China, reduziu-se em US$ 5,7/dmt em relação a

2015, passando a ser de US$ 28,9/dmt em 2016.

O custo unitário do frete marítimo de finos de minério de ferro foi de US$ 13,2/t no

4T16, ficando US$ 1,2/t acima do 3T16, principalmente devido aos impactos negativos:

(a) dos maiores preços de bunker oil (US$ 0,5/t); (b) do aumento frete spot (US$ 0,2/t);

(c) dos maiores custos com frete contratados para substituir a capacidade dos navios

vendidos9 (US$ 0,2/t).

O EBITDA do segmento Metais Básicos aumentou significativamente em 2016 como

resultado de menores custos e despesas apesar dos menores preços.

O EBITDA ajustado de Metais Básicos foi de US$ 1,848 bilhão em 2016, ficando US$

460 milhões acima do US$ 1,388 bilhão registrado em 2015, positivamente impactado

pelos menores custos e despesas (US$ 618 milhões), maiores volumes (US$ 148

milhões) e variação cambial (US$ 126 milhões), que foram parcialmente compensados

pelos menores preços dos Metais Básicos (US$ 431 milhões).

8 Após ajustar umidade e o efeito das vendas FOB, que totalizaram 32% do total de volume de vendas no 4T16.

9 Três Valemax foram vendidos em agosto 2016 e dois capesizes em dezembro de 2016, com os dois capesizes

remanescentes entregues ao novo proprietário em janeiro de 2017.

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Os preços de Metais Básicos foram extremamente impactados pelos menores preços

de níquel e cobre na LME, que caíram 19% e 11%, respectivamente, em 2016, quando

comparados com 2015.

O EBITDA de Salobo totalizou US$ 736 milhões10 em 2016, significando um aumento

de US$ 135 milhões em comparação com 2015, principalmente devido aos maiores

volumes11 (US$ 92 milhões).

Salobo atingiu um recorde anual de produção de 175.900 t em 2016 após ter

completado seu ramp-up e ter alcançado a sua capacidade nominal em setembro de

2016.

O EBITDA ajustado de VNC foi negativo em US$ 169 milhões em 2016, melhorando

US$ 240 milhões quando comparado ao resultado negativo de US$ 409 milhões em

2015, a despeito da redução de 19% nos preços de níquel.

Os custos unitários líquidos dos créditos de subprodutos alcançaram US$ 11.017/t no

final de 2016, quando comparados com US$ 17.380/t no final de 2015.

O EBITDA trimestral do segmento Metais Básicos aumentou com maiores preços de

níquel e cobre.

O EBITDA ajustado de Metais Básicos foi de US$ 543 milhões, ficando US$ 93 milhões

acima do 3T1612 como resultado de maiores preços (US$ 123 milhões) e variação

cambial (US$ 17 milhões), que foram parcialmente compensados pelos maiores

custos13 (US$ 21 milhões) e SG&A (US$ 13 milhões).

O EBITDA de Salobo totalizou US$ 203 milhões, representando um aumento de US$

72 milhões em comparação com o 3T16 (excluindo o impacto positivo da transação de

goldstream no 3T16), principalmente devido aos menores custos e despesas (US$ 31

milhões), maiores preços (US$ 27 milhões) e maiores volumes (US$ 11 milhões).

Salobo atingiu um recorde trimestral de produção de 49.800 t no 3T16 e uma produção

mensal recorde de 17.500 t em dezembro de 2016.

O EBITDA ajustado de VNC foi negativo em US$ 32 milhões no 4T16, melhorando

quando comparado aos US$ 39 milhões negativos do 3T16, como resultado de

menores custos.

10 Inclui US$ 150 milhões da transação de goldstream. 11 Incluindo subprodutos. 12 Valor do 3T16 está líquido do efeito positivo não recorren te da transação de goldstream (US$ 150 milhões). 13 Após ajustar impacto de volumes.

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Os custos unitários líquidos dos créditos de subprodutos alcançaram US$ 11.017/t no

4T16, enquanto no 3T16 atingiram US$ 12.425/t, refletindo menores custos com

manutenção (US$ 11 milhões) no 4T16.

O EBITDA do segmento de Carvão melhorou significativamente em 2016, com o EBITDA

do carvão transportado por Nacala atingindo US$ 110 milhões.

O EBITDA ajustado de carvão melhorou significativamente, passando de negativo em

US$ 508 milhões em 2015 para negativo em US$ 54 milhões em 2016, como resultado

dos ramp-ups do Corredor Logístico de Nacala e Moatize II e do aumento significativo

nos preços de carvão.

O EBITDA ajustado no porto de Nacala atingiu US$ 110 milhões em 2016.

O volume transportado na ferrovia de Moçambique atingiu 8,8 Mt em 2016, ficando

113% maior do que os 4,1 Mt registrados em 2015, enquanto o volume embarcado

totalizou 8,7 Mt em 2016, sendo 136% maior do que os 3,7 Mt registrados em 2015,

como resultado do ramp-up do Corredor Logístico de Nacala.

O EBITDA do segmento de Carvão melhorou significativamente para US$ 156 milhões

no 4T16 como resultado de maiores preços de carvão.

O EBITDA ajustado de carvão melhorou significativamente, atingindo US$ 156 milhões

em comparação com o resultado negativo de US$ 7 milhões no 3T16. O aumento de

US$ 163 milhões foi resultado de maiores preços (US$ 200 milhões), que foram

parcialmente compensados pelos maiores custos e despesas14 (US$ 43 milhões),

principalmente em Carborough Downs (US$ 34 milhões).

O volume vendido de carvão metalúrgico atingiu 1,38 Mt no 4T16, representando um

aumento de 19,6% em relação ao 3T16, como resultado do ramp-up de Moatize II,

enquanto o volume de vendas de carvão térmico totalizou 1,12 Mt no 4T16, ficando

11,9% menor do que no 3T16, como resultado de maiores volumes transportados de

carvão metalúrgico no Corredor Logístico de Nacala e com o ramp-up de Moatize II.

O preço realizado de carvão15 aumentou 138%, passando dos US$ 91,04/t registrados

no 3T16 para US$ 217,01/t no 4T16, como resultado do aumento significativo dos

preços de carvão metalúrgico e dos maiores volumes de vendas baseados no índice.

14 Após ajustar os efeitos de volumes e variação cambial. 15 Considera o carvão metalúrgico de Moçambique e Carborough Downs.

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O custo de produção por tonelada de carvão embarcado pelo porto de Nacala16

aumentou 11%, passando de US$ 87.3/t no 3T16 para US$ 97.8/t no 4T16, como

resultado de restrições na oferta de explosivos, que impactaram a produção e a

diluição de custos fixos.

A oferta de explosivos foi restabelecida e a performance operacional melhorou, com a

produção totalizando 0,6Mt em dezembro de 2016 e atingindo o recorde mensal de

0,8 Mt em janeiro de 2017.

O custo de produção por tonelada de carvão embarcado pelo porto de Nacala17 caiu

US$ 21,0/t, atingindo US$ 76,8/t em janeiro de 2017 contra US$ 97,8/t registrados no

4T16, como resultado da maior produção e do ramp-up do Corredor Logístico de

Nacala.

Operações descontinuadas (Ativos de Fertilizantes)

Em dezembro de 2016, a Companhia celebrou um acordo de compra de ações com The Mosaic

Company (Mosaic) para a venda de: (a) ativos de fosfatados localizados no Brasil, com exceção

de aqueles relacionados a ativos de nitrogenados localizados em Cubatão (Brasil); (b) controle

da Compañia Minera Miski Mayo S.A.C., no Peru; (c) ativos de potássio localizados no Brasil; (d)

projetos de potássio no Canadá.

Considerando a expectativa de vender todos os ativos de fertilizantes no curto prazo, a Vale vai

reportar nas Demonstrações Financeiras os resultados operacionais e financeiros consolidados

para o segmento de fertilizantes na Demonstração de Resultado dentro de “Ganho (perda) de

operações descontinuadas”.

Para efeitos de comparação todas as análises apresentadas neste relatório incluem os números

de Fertilizantes, sendo também apresentadas as tabelas excluindo os números de Fertilizantes

(ex-Fertilizantes) para reconciliarmos com as Demonstrações Financeiras.

16 Custo caixa FOB porto (mina, planta, ferrovia e porto). 17 Custo caixa FOB porto (mina, planta, ferrovia e porto).

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11

Indicadores financeiros selecionados incluindo Fertilizantes

US$ milhões 2016 2015 2014 2013 2012

Receita operacional líquida 29.363 25.609 37.539 46.767 47.694

Custos e despesas 21.213 22.875 29.042 29.191 32.615

EBIT ajustado 8.150 2.734 8.497 17.576 14.430

Margem EBIT ajustado (%) 3,6 10,7 22,6 37,6 30,3

EBITDA ajustado 12.181 7.081 13.353 22.560 19.178

Margem EBITDA ajustado (%) 41,5 27,7 35,6 48,2 40,2

Lucro líquido (prejuízo) 3.982 (12.129) 657 585 5.197

Lucro líquido básico 4.968 (1.698) 4.419 12.269 10.365

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,96 -0,33 0,86 2,38 2,03

Dívida bruta total 29.355 28.853 28.807 29.655 30.546

Caixa e equivalente 4.280 3.619 4.122 5.324 6.078

Dívida líquida total 25.075 25.234 24.685 24.331 24.468

Dívida bruta/EBITDA ajustado (x) 2,4 4,1 2,2 1,3 1,6

Investimentos 5.482 8.401 11.979 14.233 8.401

US$ milhões 4Q16 3Q16 4Q15

Receita operacional líquida 9.694 7.324 5.899

Custos e despesas totais 6.097 5.264 5.579

EBIT ajustado 3.597 2.059 320

Margem EBIT ajustado (%) 37.1 28.1 5.4

EBITDA ajustado 4.770 3.023 1.391

Adjusted EBITDA margin (%) 49.2 41.3 23.6

Lucro líquido (prejuízo) 525 575 (8.569)

Lucro líquido básico 2.717 954 (1.032)

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,53 0,19 -0,20

Investimentos 1.408 1.257 2.193

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12

Indicadores financeiros selecionados ex-Fertilizantes

US$ milhões 2016 2015 2014 2013 2012

Receita operacional líquida 27.488 23.384 35.124 43.953 42.983

Custos e despesas 19.196 20.907 26.486 25.892 29.212

EBIT ajustado 8.292 2.477 17.717 14.915 14.307

Margem EBIT ajustado (%) 30,2 10,6 50,4 33,9 33,3

EBITDA ajustado 11.971 6.516 13.075 22.614 18.341

Margem EBITDA ajustado (%) 43,5 27,9 37,2 51,5 42,7

Lucro líquido (prejuízo) 3.982 (12.129) 657 585 5.197

Lucro líquido básico 4.968 (1.698) 4.419 12.269 10.365

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,96 (0,33) 0,86 2,38 2,03

Dívida bruta total 29.322 28.853 28.807 29.655 30.546

Caixa e equivalente 4.280 3.619 4.122 5.324 6.078

Dívida líquida total 25.042 25.234 24.685 24.331 24.468

Dívida bruta/EBITDA ajustado (x) 2,4 4,4 2,2 1,3 1,6

Investimentos 5.482 8.401 11.979 14.501 16.844

US$ milhões 4Q16 3Q16 4Q15

Receita operacional líquida 9.265 6.726 5.418

Custos e despesas totais 5.632 4.615 5.148

EBIT ajustado 3.633 2.111 270

Margem EBIT ajustado (%) 39,2 31,4 5,0

EBITDA ajustado 4.722 2.964 1.277

Adjusted EBITDA margin (%) 51,0 44,1 23,6

Lucro líquido (prejuízo) 525 575 (8.569)

Lucro líquido básico 2.717 954 (1.032)

Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,53 0,19 (0,20)

Investimentos 1.408 1.257 2.193

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13

Receita operacional

A receita operacional líquida em 2016 totalizou US$ 29,363 bilhões, o que significou um

aumento de 14,7% em comparação com os US$ 25,609 bilhões registrados em 2015. O

aumento na receita de vendas ocorreu, principalmente, devido a maiores preços de venda de

finos de minério de ferro e pelotas (US$ 2,966 bilhões), e maiores volumes de venda de minério

de ferro e pelotas (US$ 715 milhões) e metais básicos (US$ 407 milhões), parcialmente

compensados por menores preços de vendas de metais básicos (US$ 431 milhões).

A receita operacional líquida no 4T16 totalizou US$ 9,694 bilhões, significando um aumento

de 32,4% em comparação com o 3T16. O aumento na receita de vendas ocorreu,

principalmente, devido a maiores preços de venda de minério de ferro e pelotas (US$ 1,613

bilhão), de carvão (US$ 197 milhões) e de metais básicos (US$ 123 milhões), e devido a

maiores volumes de minerais ferrosos (US$ 441 milhões), de metais básicos (US$ 58 milhões)

e de carvão (US$ 13 milhões).

As tabelas abaixo mostram a receita operacional bruta por destino e por segmento de

negócios, com os seguintes destaques:

• Receita operacional líquida por destino18: aumento das vendas para a Ásia, as quais

representaram 61,4% do total de vendas de 2016.

• Contribuição por segmento de negócios19: (a) aumento da participação do segmento

de minerais ferrosos, passando de 70,8% em 2015 para 74,0% em 2016; (b)

diminuição da participação do segmento de metais básicos passando de 26,4% em

2015 para 22,3% em 2016.

Receita operacional liquida por destino US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

América do Norte 647 542 447 2.186 8,0 1.978 8,5

EUA 328 239 168 1.005 3,7 855 3,7

Canadá 310 303 279 1.172 4,3 1.123 4,8

México 9 (0) - 9 - - -

América do Sul 713 638 456 2.411 8,8 2.393 10,2

Brasil 627 557 373 2.064 7,5 2.017 8,6

Outros 86 81 83 345 1,3 376 1,6

Ásia 5.898 4.070 3.166 16.878 61,4 13.294 56,8

China 4.685 2.909 2.180 12.747 46,4 9.095 38,9

Japão 513 483 460 1.741 6,3 1.959 8,4

Coreia do Sul 224 270 186 880 3,2 791 3,4

Outros 476 409 340 1.510 5,5 1.449 6,2

Europa 1.497 1.125 1.114 4.649 16,9 4.529 19,4

Alemanha 415 326 353 1.379 5,0 1.433 6,1

Itália 85 110 111 435 1,6 461 2,0

Outros 997 689 650 2.834 10,3 2.635 11,3

Oriente Médio 338 236 170 967 3,5 969 4,1

Resto do mundo 173 115 66 400 1,5 221 0,9

Total 9.265 6.726 5.418 27.488 100,0 23.384 100,0

Fertilizantes 429 598 481 1.875 2.225

Total incluindo Fertilizantes 9.694 7.324 5.899 29.363 25.609

18 Excluindo Fertilizantes. 19 Excluindo Fertilizantes.

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14

Receita operacional líquida por destino em 201620

Receita operacional liquida por área de negócio

US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

Minerais ferrosos 7.047 4.959 3.830 20.351 74,0 16.562 70,8

Minério de ferro - finos 5.576 3.782 2.945 15.783 57,4 12.330 52,7

ROM 28 4 13 41 0,1 102 0,4

Pelotas 1.217 991 780 3.829 13,9 3.600 15,4

Manganês 87 51 4 205 0,7 100 0,4

Ferroligas 30 25 9 96 0,4 62 0,3

Outros 109 106 79 397 1,4 368 1,6

Carvão 376 163 108 839 3,1 526 2,2

Carvão Metalúrgico 300 105 98 587 2,1 479 2,0

Carvão Térmico 76 58 10 252 0,9 47 0,2

Metais básicos 1.760 1.579 1.458 6.139 22,3 6.163 26,4

Níquel 894 797 782 3.050 11,1 3.412 14,6

Cobre 585 452 413 1.915 7,0 1.720 7,4

PGMs 52 104 96 351 1,3 404 1,7

Ouro como subproduto 164 179 122 627 2,3 477 2,0

Prata como subproduto 13 9 8 42 0,2 31 0,1

Outros 53 38 37 154 0,6 119 0,5

Outros 82 25 22 160 0,6 133 0,6

Total 9.265 6.726 5.418 27.488 100,0 23.384 100,0

Fertilizantes 429 597 481 1.875 2.225

Total com Fertilizantes 9.694 7.324 5.899 29.363 25.609

20 Excluindo Fertilizantes.

46%

15%

17%

8%

8%

China

Outros Ásia

Europa

Brasil

América do Norte

Oriente Médio

Resto do mundo

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15

Custos e despesas

DESEMPENHO ANUAL

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, diminuíram em US$ 1,841 bilhão21, passando

para US$ 17,379 bilhões em 2016, devido, principalmente: (a) ao impacto da variação cambial

no CPV e no SG&A (US$ 399 milhões); (b) às iniciativas de corte de custos (US$ 1,623 bilhão);

(c) à redução de despesas (US$ 387 milhões). Estas reduções foram parcialmente

compensadas por maiores volumes de venda (US$ 942 milhões).

DESEMPENHO TRIMESTRAL

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 5,003 bilhões no 4T16,

aumentando em relação aos US$ 4,301 registrados no 3T16, devido aos impactos de maiores

custos (US$ 362 milhões) e maiores despesas (US$ 255 milhões)22. O aumento ocorreu,

principalmente, devido ao acordo coletivo firmado com empregados no Brasil e a uma maior

provisão de distribuição de lucros, que é calculada por meio de uma forma paramétrica

relacionada à geração de caixa da Vale.

Custos e despesas incluindo Fertilizantes US$ million 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Custos 5.538 4.955 5.119 19.537 20.513

Despesas 559 309 460 1.676 2.362

Custos e despesas totais 6.097 5.264 5.579 21.213 22.875

Depreciação 1.094 963 984 3.834 4.029

Custos e despesas sem depreciação 5.003 4.301 4.595 17.379 18.846

Custos e despesas ex-Fertilizantes US$ million 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Custos 5.103 4.345 4.733 17.650 18.751

Despesas 529 270 415 1.546 2.156

Custos e despesas totais 5.632 4.615 5.148 19.196 20.907

Depreciação 1.011 853 917 3.487 3.719

Custos e despesas sem depreciação 4.621 3.762 4.231 15.709 17.188

21 Líquido dos efeitos de: (a) transação de goldstream registrada no 1T15 (US$ 230 milhões); (b) transação de goldstream no

3T16 (US$ 150 milhões); (c) ajuste de Asset Retirement Obligations (ARO) registrados no 4T15 (US$ 331 milhões); (d)

ARO registrado no 4T16 (US$ 37 milhões).

22 Excluindo os efeitos positivos não recorrentes da transação de goldstream (US$ 150 milhões) no 3T16 e ao ajuste de ARO

(US$ 37 milhões) no 4T16.

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16

Custo dos Produtos Vendidos (CPV)

DESEMPENHO ANUAL

O CPV23 foi de US$ 19,537 bilhões em 2016, diminuindo US$ 976 milhões contra os US$

20,513 bilhões registrados em 2015, apesar do aumento em volumes de venda de finos de

minério de ferro, pelotas, metais básicos e carvão em 2016. A diminuição de custos em

Minerais Ferrosos foi de US$ 1,137 bilhão e, em Metais Básicos, de US$ 166 milhões24 em

2016 contra 2015.

Após o ajuste pelos efeitos de maiores volumes de vendas, os custos diminuíram US$ 2,074

bilhões em 2016 em relação a 2015. Esta diminuição se deveu, principalmente, aos resultados

positivos das iniciativas de redução de custos (US$ 1,576 bilhão) e à variação cambial (US$

498 milhões), especialmente no segmento de Minerais Ferrosos (US$ 1,374 bilhão), o que

ocorreu, sobretudo, devido às melhorias operacionais e às iniciativas correntes de redução de

custo.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O CPV foi de US$ 5,538 bilhões no 4T16, aumentando em US$ 583 milhões em relação aos

US$ 4,955 bilhões registrados no 3T16, como resultado de maiores custos em minério de ferro

(US$ 303 milhões) e carvão (US$ 93 milhões) e de maiores volumes de venda (US$ 141

milhões), que foram parcialmente compensados pela variação cambial25 (US$ 58 milhões). O

aumento foi devido, principalmente, ao acordo coletivo firmado com empregados no Brasil, que

levou a um aumento salarial.

Maiores detalhes do desempenho de custos podem ser encontrados na seção “O desempenho

dos segmentos de negócios”.

23 A exposição do CPV por moeda em 2016 foi composta por: 55% em reais, 29% em dólares americanos, 12% em dólares

canadenses, 1% em dólares australianos e 3% em outras moedas.

24 Inclui os efeitos de volume e variação cambial. 25 A exposição do CPV por moeda no 4T16 foi composta por: 54% em reais, 31% em dólares americanos, 12% em dólares

canadenses, 2% em euros e 1% em outras moedas.

Page 17: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

17

CPV por área de negócio US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

Ferrosos 3.213 2.663 2.846 10.623 60,2 11.759 62,7

Metais básicos 1.498 1.429 1.551 5.697 32,3 5.863 31,3

Carvão 292 190 296 1.057 6,0 977 5,2

Outros 100 63 40 273 1,6 151 0,8

CPV total, ex fertilizantes 5.103 4.345 4.733 17.650 100,0 18.750 100,0

Depreciação, ex fertilizantes 952 790 808 3.267 - 3.235 -

CPV, sem depreciação, ex fertilizantes

4.151 3.555 3.925 14.383 - 15.515 -

Fertilizantes 435 610 386 1.887 - 1.763 -

CPV 5.538 4.955 5.119 19.537 - 20.513 -

Depreciação incluindo fertilizantes

1.032 899 875 3.609 - 3.529 -

CPV, sem depreciação 4.506 4.056 4.244 15.928 - 16.984 -

Despesas

DESEMPENHO ANUAL

As despesas totais diminuíram de US$ 2,362 bilhões registrados em 2015 para US$ 1,676

bilhão, principalmente devido à redução em despesas pré-operacionais (US$ 556 milhões) e

SG&A (US$ 89 milhões). Após a dedução do efeito positivo não recorrente de US$ 230 milhões

e de US$ 150 milhões das transações de goldstream registradas no 1T15 e no 3T16,

respectivamente, e do ajuste pelo Asset Retirement Obligations (ARO) de US$ 331 milhões e

de US$ 37 milhões registrados respectivamente no 4T15 e 4T16, as despesas diminuíram em

US$ 1,060 bilhão, representando uma redução de 36,3%.

O SG&A totalizou US$ 563 milhões em 2016, representando uma diminuição de 13,7% em

relação aos US$ 652 milhões registados em 2015. O SG&A líquido de depreciação foi de US$

439 milhões em 2016, diminuindo US$ 80 milhões em relação a 2015, como resultado da

simplificação das funções corporativas (US$ 36 milhões), das menores despesas em serviços

corporativos (US$ 33 milhões) e da depreciação do BRL em relação ao CAD (US$ 19 milhões).

As despesas com P&D alcançaram US$ 341 milhões em 2016, representando uma diminuição

de 28,5% em relação aos US$ 477 milhões registrados em 2015. As despesas com P&D foram

concentradas principalmente em minério de ferro e pelotas (US$ 106 milhões) e níquel (US$

83 milhões).

As despesas pré-operacionais e de parada totalizaram US$ 471 milhões em 2016,

representando uma diminuição de 54,1% em relação ao US$ 1,027 bilhão registrado em 2015.

As despesas pré-operacionais e de parada líquidas de depreciação foram de US$ 359 milhões

em 2016 diminuindo US$ 353 milhões em relação a 2015, como resultado do fim da alocação

dos custos de VNC e de Serra Leste em despesas pré-operacionais, no montante de US$ 287

milhões e US$ 24 milhões, respectivamente.

Page 18: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

18

Outras despesas operacionais26 alcançaram US$ 488 milhões em 2016, representando uma

diminuição de 36,4% em relação aos US$ 767 milhões registrados em 2015, como resultado

de menores provisões.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

As despesas totais aumentaram de US$ 459 milhões27 no 3T16 para US$ 522 milhões28 no

4T16, principalmente devido a outras receitas operacionais maiores (US$ 95 milhões) e a

maiores despesas com P&D (US$ 33 milhões).

O SG&A alcançou US$ 151 milhões no 4T16, ficando US$ 2 milhões abaixo do 3T16. O SG&A,

excluindo depreciação, foi de US$ 120 milhões, aumentando US$ 4 milhões no 4T16 em

relação ao 3T16, principalmente como resultado de maiores despesas com serviços (US$ 8

milhões).

As despesas com P&D alcançaram US$ 118 milhões no 4T16, representando um aumento de

38,8% em relação aos US$ 85 milhões registrados no 3T16, seguindo a sazonalidade usual e

ficando em linha com os US$ 119 milhões registrados no 4T15. As despesas com P&D foram

concentradas, principalmente, em minério de ferro e pelotas (US$ 45 milhões) e níquel (US$

22 milhões).

As despesas pré-operacionais e de parada alcançaram US$ 133 milhões no 4T16,

representando um aumento de 9,0% em relação aos US$ 122 milhões registrados no 3T16,

principalmente devido às maiores despesas em Long Harbour (US$ 8 milhões).

Outras despesas operacionais foram de US$ 194 milhões29 no 4T16, aumentando US$ 95

milhões em relação aos US$ 99 milhões30 registrados no 3T16, principalmente devido às

maiores provisões de distribuição de lucros (US$ 38 milhões) para funcionários

administrativos.

26 Após deduzir os efeitos positivos não recorrentes de US$ 230 milhões e US$ 150 milhões das transações de goldstream

registradas no 1T15 e no 3T16, respectivamente, e também os US$ 331 milhões e os US$ 37 milhões dos ajustes de ARO

registrados no 4T15 e no 4T16, respectivamente.

27 Líquido do efeito positivo não recorrente de US$ 150 milhões da transação de goldstream registrada no 3T16. 28 Líquido do efeito não recorrente de US$ 37 milhões de ARO no 4T16. 29 Líquido dos US$ 37 milhões de ARO. 30 Líquido dos efeitos da transação de goldstream de US$ 150 milhões no 3T16.

Page 19: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

19

Despesas incluindo Fertilizantes US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

SG&A sem depreciação 120 116 129 439 519

SG&A 151 153 167 563 33,6 652 27,6

Administrativas 136 150 30,2 603 25,5

Pessoal 61 61 55 231 13,8 267 11,3

Serviços 27 19 33 80 4,8 113 4,8

Depreciação 31 37 38 124 7,4 133 5,6

Outros 12 19 24 4,2 90 3,8

Vendas 12 17 17 57 3,4 49 2,1

P&D 118 85 119 341 20,3 477 20,2

Despesas pré-operacionais e de parada¹ 133 122 238 471 28,1 1,027 43,5

VNC - - 93 - - 340 14,4

Long Harbour 47 39 47 180 10,7 188 8,0

S11D 34 28 14 95 5,7 52 2,2

Moatize - 1 14 11 3,1 63 2,7

Outros 52 54 70 185 8,6 241 16,3

Outras despesas operacionais 157 -51 -64 301 18,0 206 8,7

Despesas totais 559 309 460 1,676 100,0 2,362 100,0

Depreciação 62 65 109 225 500

Despesas sem depreciação 497 244 351 1.451 1,862

¹ Inclui US$ 30 milhões de depreciação no 4T16, US$ 27 milhões no 3T16, US$ 67 milhões no 4T15, US$ 111 milhões em 2016 e US$ 314 milhões em 2015.

Despesas sem Fertilizantes US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

SG&A sem depreciação 106 101 116 387 - 481 -

SG&A 136 137 154 507 33 612 28

Administrativas 128 125 141 472 31 578 27

Pessoal 52 56 51 209 14 253 12

Serviços 25 17 31 72 5 105 5

Depreciação 30 36 38 120 8 131 6

Outros 21 16 21 71 5 89 4

Vendas 8 12 13 35 2 34 2

P&D 112 80 98 319 21 395 18

Despesas pré-operacionais e de parada¹ 129 117 228 453 29 942 44

VNC - - 93 - - 340 16

Long Harbour 47 39 47 180 12 188 9

S11D 34 28 14 95 6 52 2

Moatize - 1 14 11 1 63 3

Outros 48 49 60 167 11 299 14

Outras despesas operacionais 152 (64) (65) 267 17 207 10

Despesas totais 529 270 415 1.546 100 2.156 100

Depreciação 59 63 109 220 - 483 -

Despesas sem depreciação 470 207 306 1.326 - 1.673 -

¹ Inclui US$ 30 milhões de depreciação no 4T16, US$ 27 milhões no 3T16, US$ 66 milhões no 4T15, US$ 109 milhões em 2016 e US$ 300 milhões em 2015.

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20

Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA)31

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado foi de US$ 12,181 bilhões32 em 2016, ficando 72,0% acima de 2015,

principalmente como resultado do melhor EBITDA de Minerais Ferrosos (US$ 4,577 bilhões),

do melhor EBITDA de Metais Básicos (US$ 460 milhões) e do melhor EBITDA de Carvão (US$

454 milhões). A margem do EBITDA ajustado foi de 41,5% em 2016, melhorando em relação

aos 27,7% registrados em 2015.

O EBIT ajustado foi de US$ 8,150 bilhões em 2016, ficando 198,1% acima do registrado em

2015.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado foi de US$ 4,770 bilhões no 4T16, ficando 57,8% acima do 3T16,

principalmente como resultado do melhor EBITDA em Minerais Ferrosos (US$ 1,616 bilhão) e

do melhor EBITDA de Carvão (US$ 163 milhões), que foram parcialmente compensados por

uma diminuição do EBITDA de Metais Básicos (US$ 57 milhões33). A margem do EBITDA

ajustado foi de 49,2% no 4T16, melhorando em relação aos 41,3% registrados no 3T16.

O EBIT ajustado foi de US$ 3,597 bilhões no 4T16, ficando 74,7% acima do 3T16.

EBITDA ajustado incluindo Fertilizantes US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Receita operacional líquida 9.694 7.323 5.899 29.363 25.609

CPV (5.538) (4.955) (5.119) (19.537) (20.513)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (151) (153) (167) (563) (652)

Pesquisa e desenvolvimento (118) (85) (119) (341) (477)

Despesas pré-operacionais e de parada (133) (122) (238) (471) (1.027)

Outras despesas operacionais (157) 51 64 (301) (206)

EBIT ajustado 3.597 2.059 320 8.150 2.734

Depreciação, amortização e exaustão 1.094 963 984 3.834 4.029

Dividendos recebidos 79 0 87 197 318

EBITDA ajustado 4.770 3.022 1.391 12.181 7.081

31 Receita líquida menos custos e despesas, líquidos de depreciação, mais dividendos recebidos.

32 Incluindo US$ 150 milhões da transação de goldstream. 33 Incluindo US$ 150 milhões da transação de goldstream no 3T16.

Page 21: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

21

EBITDA ajustado ex-Fertilizantes US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Receita operacional líquida 9.265 6.726 5.418 27.488 23.384

CPV (5.103) (4.345) (4.734) (17.650) (18.751)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (136) (137) (154) (507) (611)

Pesquisa e desenvolvimento (112) (80) (97) (319) (395)

Despesas pré-operacionais e de parada (129) (117) (228) (453) (942)

Outras despesas operacionais (152) 64 65 (267) (208)

EBIT ajustado 3.633 2.111 270 8.292 2.477

Depreciação, amortização e exaustão 1.011 853 917 3.487 3.719

Dividendos recebidos 78 - 87 193 318

EBITDA ajustado 4.722 2.964 1.274 11.972 6.514

EBITDA ajustado por segmento US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Minerais ferrosos 4.109 2.493 1.409 10.476 5.899

Carvão 156 (7) (149) (54) (508)

Metais básicos 543 600 111 1.848 1.388

Outros (86) (122) (97) (298) (265)

Total 4.722 2.964 1.274 11.972 6.514

Fertilizantes 48 59 117 209 567

EBITDA Ajustado 4.770 3.023 1.391 12.181 7.081

Page 22: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

22

Lucro líquido

DESEMPENHO ANUAL

O lucro líquido totalizou US$ 3,982 bilhões em 2016 contra um prejuízo de US$ 12,129 bilhões

em 2015. O aumento de US$ 16,111 bilhões deveu-se, principalmente: (a) ao maior EBITDA

(US$ 5,100 bilhões); (b) aos maiores ganhos em variação cambial e monetária (US$ 10,629

bilhões); (c) ao menor impairment de ativos não circulantes e contratos onerosos (US$ 6,014

bilhões). Este aumento foi parcialmente mitigado por maiores impostos (US$ 7,251 bilhões)

em razão de lucros gerados no período em oposição a prejuízos em 2015.

O lucro básico (lucro líquido ajustado para os itens não recorrentes) foi de US$ 4,968 bilhões

em 2016, principalmente devido aos ajustes para: (a) o impacto do impairment de ativos não

circulantes e contratos onerosos (US$ 2,912 bilhões); (b) outros resultados na venda e baixa

de investimentos de subsidiárias e joint ventures (US$ 1,220 bilhão). O aumento no lucro

básico foi parcialmente mitigado pela variação cambial (US$ 3,307 bilhões).

Lucro líquido básico milhões de US$ 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Lucro líquido básico 2.717 954 (1.033) 4.968 (1.698)

Itens excluidos do lucro líquido básico

Impairment em ativos e contratos onerosos (2.912) - (9.372) (2.912) (9.372)

Reversão de imposto de renda diferido - - - - 2.990

Resultado na mensuração ou venda de ativos não circulantes

29 (29) (29) (66) 61

Resultado de participações em coligadas e joint ventures

(74) (33) - (1.220) -

Debêntures participativas (167) (48) 252 (417) 963

Variação cambial 66 (330) 255 3.307 (7.164)

Variação monetária (53) 2 (81) (158) (316)

Swaps de moedas e taxas de juros 38 (49) 715 958 (1.502)

Outros resultados financeiros 14 (55) (80) (85) (69)

Ganho (perda) na venda de investimentos - - - - 97

Efeitos no imposto sobre impairments 833 - 1.164 833 1.164

Imposto sobre os itens excluídos 34 163 (360) (1.226) 2.717

Lucro líquido (prejuízo) 525 575 (8.569) 3.982 (12.129)

Os impairments de ativos não circulantes e contratos onerosos geraram perdas não-caixa de

US$ 2,912 bilhões em 2016 contra perdas de US$ 8,926 bilhões em 2015. Em 2016, os

impairments foram causados principalmente pelo impacto dos seguintes itens: (a) acordo de

venda de alguns ativos de fertilizantes por US$ 2,5 bilhões anunciado em dezembro de 2016

(US$ 1,738 bilhão); (b) menores projeções de preços para alguns produtos, que reduziram o

valor recuperável dos ativos de VNL (US$ 631 milhões) e VNC (US$ 284 milhões); (c) provisão

relacionada a contratos com volume mínimo garantido para serviços portuários no Sistema

Centro-Oeste (US$ 183 milhões) e para fornecimento de minério de manganês (US$ 74

milhões), que foram parcialmente compensados pela reversão de impairment gerada pelo

impacto da decisão de reiniciar a planta de pelotização de São Luís no início de 2018 (US$

160 milhões).

Page 23: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

23

Impairment em operações continuadas US$ milhões

Impairments de ativos em 2016

Reconhecimento de contratos onerosos

em 2016

Valor do ativo depois de

impairments Dez 31, 2016

Minerais Ferrosos Serviços Portuários no Sistema Centro-Oeste

- 183 -

Fornecimento de minério de manganês 74 -

Plantas de pelotização (160) - 160

Carvão

Ativos na Austrália 27 - 43

Metais básicos

Vale Nova Caledônia (VNC) 284 - 3.368

Vale Newfoundland and Labrador (VNL) 631 - 1.915

Total ex Fertilizantes 782 257 5,486

Fertilizantes 1.738 - 2.694

Outros 135 - -

Total 2.655 257 8.180

O resultado financeiro líquido registrou um ganho de US$ 1,863 bilhão em 2016, em relação a

uma perda de US$ 10,801 bilhões em 2015. Os principais componentes do resultado financeiro

líquido foram: (a) despesas financeiras (US$ 2,727bilhões); (b) receitas financeiras (US$ 185

milhões); (c) ganhos nas variações monetárias e cambiais (US$ 3,307 bilhões); (d) ganhos nos

swaps de moeda e taxa de juros (US$ 959 milhões); (e) ganhos em outros derivativos (US$

297 milhões), compostos principalmente por ganhos em derivativos de bunker oil de US$ 268

milhões.

Resultado financeiro incluindo Fertilizantes US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Despesas financeiras (771) (715) (326) (2.727) (1.112)

Juros brutos (441) (466) (422) (1.771) (1.652)

Capitalização de juros 91 172 193 653 761

Contingências fiscais e trabalhistas 15 (4) (18) (10) (59)

Debentures participativas (167) (48) 254 (417) 965

Outros (142) (225) (212) (668) (580)

Despesas financeiras (REFIS) (127) (144) (121) (514) (547)

Receitas financeiras 56 35 78 185 268

Derivativos¹ 96 (39) 427 1.256 (2.477)

Swaps de moedas e taxas de juros 39 (49) 715 959 (1.502)

Outros² (bunker oil, commodities, etc) 57 10 (288) 297 (975)

Variação cambial 66 (330) 255 3.307 (7.164)

Variação monetária (53) 2 (81) (158) (316)

Resultado financeiro líquido (606) (1.047) 353 1.863 (10.801)

¹ Os ganhos líquidos com derivativos de US$ 96 milhões no 4Q16 incluem a realização por perdas de US$ 548 milhões e ganhos de marcação a mercado de US$ 644 bilhão.

² Outros derivativos inclui principalmente perdas com derivativos de bunker oil por US$ 141 milhões no 4T16.

Page 24: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

24

Resultado financeiro ex-Fertilizantes

US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Despesas financeiras (762) (704) (314) (2.677) (1.068)

Juros brutos (441) (465) (420) (1.768) (1.647)

Capitalização de juros 91 172 193 653 761

Contingências fiscais e trabalhistas 15 (4) (18) (10) (59)

Debentures participativas (167) (48) 254 (417) 965

Outros (133) (215) (202) (621) (541)

Despesas financeiras (REFIS) (127) (144) (121) (514) (547)

Receitas financeiras 52 31 71 170 251

Derivativos¹ 96 (39) 427 1.256 (2.477)

Swaps de moedas e taxas de juros 39 (49) 715 959 (1.502)

Outros² (bunker oil, commodities, etc)

57 10 (288) 297 (975)

Variação cambial 64 (330) 253 3.252 (7.044)

Variação monetária (53) 2 (81) (158) (316)

Resultado financeiro líquido (603) (1.040) 356 1.843 (10.654)

¹ Os ganhos líquidos com derivativos de US$ 96 milhões no 4Q16 incluem a realização por perdas de US$ 548 milhões e ganhos de marcação a mercado de US$ 644 milhões.

² Outros derivativos inclui principalmente ganhos com derivativos de bunker oil por US$ 141 milhões.

As despesas com imposto de renda e contribuição social totalizaram US$ 2,151 bilhões em

2016, representando um imposto efetivo de 35%, em razão de prejuízos fiscais não

reconhecidos no ano (US$ 713 milhões), principalmente em Moçambique e Nova Caledônia.

Depois de se excluírem os efeitos destes prejuízos fiscais no ano corrente, a taxa efetiva de

imposto foi de 26%.

Imposto de renda e contribuição social

US$ million 2016 % 2016

ex-Fertilizers %

Resultado antes de imposto 6.127 7.984

IR (2.083) 34% (2.715) 34%

Ajustes para apurar a alíquota de imposto:

Benefícios e incentivos fiscais 431 (5%) 431 (5%)

Equivalência patrimonial 108 (1%) 108 (1%)

Impostos não reconhecidos em perdas de ano corrente (713) 12% (708) 9%

Impairment indedutível (97) 2% (97) 1%

Outros ganhos (perdas) não taxáveis 203 (3%) 200 (3%)

IR e contribuição social 2.151 35% 2.781 35%

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O lucro líquido totalizou US$ 525 milhões no 4T16 contra US$ 575 milhões no 3T16. A queda

de US$ 50 milhões foi causada principalmente pelos impairments em ativos não circulantes e

contratos onerosos (US$ 2,912 bilhões), que foram parcialmente mitigados pelo impacto

positivo de maior EBITDA (US$ 1,151 bilhão).

O lucro básico (lucro líquido ajustado para os itens não recorrentes) foi de US$ 2,717 bilhões

no 4T16, principalmente devido aos ajustes relacionados ao impacto do impairment de ativos

não circulantes e contratos onerosos (US$ 2,912 bilhões).

O resultado financeiro líquido registrou uma perda de US$ 606 milhões no 4T16, comparado

a uma perda de US$ 1,047 bilhão no 3T16. Os principais componentes do resultado financeiro

Page 25: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

25

líquido foram: (a) despesas financeiras (US$ 771 milhões); (b) receitas financeiras (US$ 56

milhões); (c) perdas nas variações monetárias e cambiais (US$ 13 milhões); (d) ganhos nos

swaps de moeda e taxa de juros (US$ 39 milhões); (e) ganhos em outros derivativos (US$ 24

milhões), compostos principalmente por ganhos em derivativos de bunker oil de US$ 141

milhões.

Resultado de equivalência patrimonial

DESEMPENHO ANUAL

O resultado de equivalência patrimonial foi de US$ 312 milhões em 2016 contra um resultado

negativo de US$ 439 milhões em 2015. As principais contribuições para a equivalência

patrimonial foram provenientes das usinas de pelotização em Tubarão (US$ 77 milhões), MRS

(US$ 57 milhões), MRN (US$ 48 milhões), Aliança Geração Energia (US$ 46 milhões), CSI

(US$ 32 milhões) e CSP (US$ 25 milhões).

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O resultado de equivalência patrimonial foi negativo em US$ 80 milhões no 4T16 contra um

resultado positivo de US$ 46 milhões no 3T16. A principal contribuição negativa para a

equivalência patrimonial foi proveniente de CSP (US$ 152 milhões), que foi parcialmente

mitigada pelas contribuições positivas das usinas de pelotização em Tubarão (US$ 28

milhões), Aliança Geração Energia (US$ 13 milhões), CSI (US$ 12 milhões) e MRS (US$ 8

milhões).

Page 26: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

26

Impacto do hedge de bunker oil no desempenho financeiro da Vale

A Vale voltou a contratar hedging para sua exposição ao preço de bunker oil diante do risco de

aumento de preços de petróleo em 2017. O novo programa foi desenvolvido para proteger os

resultados contra cenários extremos de preço de bunker oil. Com esta finalidade, a Vale contratou

zero-cost collars para se proteger caso o preço do bunker oil supere US$ 324/t, enquanto renuncia

a ganhos caso o preço do bunker oil fique abaixo de US$ 213/t.

Os efeitos do hedge de bunker oil também serão registrados dentro do Resultado Financeiro nos

próximos trimestres.

O impacto nas Demonstrações Financeiras pode ser sumarizado conforme abaixo:

(a) No 4T16: um impacto positivo de US$ 141 milhões reconhecido no 4T16 como

resultado financeiro decorrente da posição líquida do: (a) impacto positivo da

marcação a mercado das posições em aberto em 31 de dezembro de 2016 (US$

116 milhões); (b) impacto positivo da liquidação de contratos que ocorreram no

trimestre (US$ 25 milhões).

(b) No 1T17 e trimestres subsequentes: os resultados financeiros serão impactados

pelas mudanças na marcação a mercado (mark-to-market) das posições dos

derivativos em aberto no fim de cada trimestre e pelos ganhos ou perdas relacionadas

às liquidações registradas em cada trimestre.

Conceito Impacto

Atual Drivers do impacto futuro

Hedge accounting

Impacto da posição de

derivativos no P/L

Impacto incorrido no

DRE do 4T16

Tipo de instrumento

Posições abertas de derivativos de

bunker oil (mil toneladas)

Preço médio de exercício

(US$/t) Call - Put

Não Impacto no resultado financeiro

Aumento de US$ 141

milhões no resultado financeiro

Zero Cost Collar

2.856 213 - 324

Page 27: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

27

Efeitos da volatilidade do câmbio no desempenho financeiro da Vale

DESEMPENHO ANUAL

Em 2016, o real (BRL), de ponta a ponta, apreciou 17% em relação ao dólar americano (USD)

passando de BRL 3,90/USD, em 30 de dezembro de 2015, para BRL 3,26/USD, em 30 de

dezembro de 2016. Considerando a média anual, a taxa de câmbio foi depreciada em 4%,

indo de uma média de BRL 3,34/USD em 2015 para uma média de BRL 3,48/USD em 2016.

A apreciação de ponta a ponta do BRL em relação ao USD e a outras moedas produziu,

principalmente, ganhos não-caixa de US$ 4,266 bilhões no nosso lucro antes do imposto de

renda em 2016, causados pelos seguintes impactos:

(i) Diferença entre os passivos denominados em USD e outras moedas e os ativos

denominados em USD e outras moedas (contas a receber e outros) – a qual sofreu

um ganho de US$ 3,307 bilhões em 2016, registrado nas demonstrações financeiras

como “Variação cambial”.

(ii) Variações no valor justo e liquidação dos swaps cambiais de BRL e outras moedas

para USD que causaram ganhos não recorrentes de US$ 959 milhões.

A depreciação média anual do BRL gerou efeitos positivos no fluxo de caixa da Vale. Em

2016, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso CPV foi 55%

denominado em BRL, 29% em USD e 12% dólares canadenses (CAD). Aproximadamente

62% dos nossos investimentos foram denominados em BRL. A depreciação do BRL e de

outras moedas em 2016 reduziu o nosso CPV e despesas em US$ 399 milhões.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

No 4T16, o real (BRL) de ponta a ponta sofreu uma depreciação de 0,4% em relação ao dólar

americano (USD), passando de BRL 3,25/ USD em 30 de setembro de 2016 para BRL 3,26/

USD em 30 de dezembro de 2016. Considerando a média trimestral, a taxa de câmbio foi

depreciada em 1,5%, passando de uma média de BRL 3,25/ USD no 3T16 para uma média

de BRL 3,29/ USD no 4T16.

A depreciação de ponta a ponta do BRL em relação ao USD e a outras moedas não foi

material, não causando perdas relevantes de variação cambial e swaps cambiais.

A depreciação média trimestral do BRL gerou efeitos positivos no fluxo de caixa da Vale. No

4T16, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso CPV foi 53%

denominado em BRL, 31% em USD e 12% dólares canadenses (CAD). Aproximadamente

60% dos nossos investimentos foram denominados em BRL. A depreciação do BRL e de

outras moedas no 4T16 reduziu o nosso CPV e despesas em US$ 46 milhões.

Page 28: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

28

Atualização sobre a Samarco Mineração S.A. (Samarco)

Acordo para reparação

A Samarco e seus acionistas, a Vale e a BHP Billiton Brasil Ltda. (BHPB), em 2 de março de

2016, celebraram um acordo (Acordo) com os autores da ação civil pública de R$ 20,2 bilhões

(US$ 6,2 bilhões), quais sejam, a União Federal, os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais

e outras autoridades governamentais (Autoridades Brasileiras), para a implementação de

programas de reparação e compensação das áreas e comunidades impactadas pela ruptura da

barragem (Fundão) da Samarco em 5 de novembro de 2015.

Em 24 de junho de 2016, foi constituída a Fundação Renova (Fundação) para, nos termos do

Acordo, desenvolver e implementar programas de recuperação e compensação

socioeconômicos e socioambientais. A Fundação iniciou as suas operações em agosto de

2016.

Atualização sobre os programas de remediação e compensação

Desde a data da ruptura da barragem, a Samarco e seus acionistas desembolsaram o total de

R$ 2,0 bilhões (US$ 614 milhões) para cumprimento das obrigações previstas no Acordo.

O progresso nos programas tem sido significativo, dentre os quais se destacam:

Recuperação das comunidades afetadas e suas infraestruturas

o Cada uma das comunidades mais severamente impactadas pela ruptura da barragem

(Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira) já votaram na localidade de realocação,

e os residentes de Bento Rodrigues aprovaram recentemente o projeto urbanístico

conceitual da nova cidade.

o Várias infraestruturas recuperadas já foram entregues em outras comunidades.

Page 29: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

29

O término da estabilização e contenção das 12 margens dos rios Gualaxo do Norte, Carmo

e Doce, impactadas e listadas como prioritárias, está previsto para abril de 2017, e os

trabalhos nas demais margens desses rios devem ser concluídos até dezembro de 2017.

Page 30: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

30

101 afluentes dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce foram impactados pela ruptura da

barragem, dos quais 60 já foram recuperados, e os trabalhos nos demais devem ser

concluídos até junho de 2017.

Page 31: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

31

3 adutoras e uma estação de tratamento de água móvel foram entregues. Suas cujas

capacidades totais correspondem a mais de 50% da demanda de água das cidades de

Colatina e Linhares.

Atualização sobre as estimativas utilizadas para provisão

A Vale constituiu provisão em suas demonstrações financeiras intermediárias de 30 de junho

de 2016 no valor de R$ 5,560 bilhões (US$ 1,732 bilhão), que, descontada a valor presente a

uma taxa livre de risco, totalizou R$ 3,733 bilhões (US$ 1,163 bilhão), sendo esta a melhor

estimativa dos recursos necessários para cumprimento dos programas de reparação e

compensação previstos no Acordo, equivalente ao percentual de 50% de participação acionária

na Samarco.

Em agosto de 2016, a Samarco emitiu debêntures privadas, não conversíveis, as quais foram

igualmente subscritas pela Companhia e pela BHPB, sendo os recursos contribuídos pela Vale

alocados da seguinte forma: (a) R$ 222 milhões (US$ 68 milhões) utilizados pela Samarco nos

programas de reparação previstos no Acordo e, portanto, descontados da provisão de R$ 3,733

bilhões (US$ 1,163 bilhão) acima mencionada; (b) R$ 234 milhões (US$ 71 milhões) utilizados

pela Samarco na manutenção das operações, sendo este montante reconhecido pela Vale no

resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 na rubrica “Outros resultados na

participação em coligadas e joint ventures”. A Vale pretende disponibilizar, no primeiro semestre

de 2017, linhas de crédito de curto prazo de até R$ 375 milhões (US$ 115 milhões) para

Samarco a fim de suportar sua operação, sem que isso configure uma obrigação dos acionistas

para com a Samarco. Os fundos para manutenção do capital de giro da Samarco estão sendo

liberados pelos acionistas à medida que forem necessários e estão sujeitos ao cumprimento de

determinadas condições.

Com a constituição da Fundação, a execução dos programas de recuperação e compensação,

em sua maioria, foi transferida da Samarco. Desta forma, a Vale passou a realizar contribuições

também à Fundação, nos termos do Acordo, para a realização dos programas socioeconômicos

e socioambientais. Em 31 de dezembro de 2016, esses recursos totalizaram R$ 239 milhões

(US$ 71 milhões).

Contingências relacionadas à ruptura da barragem da Samarco

(A) Ação civil pública movida pelo governo federal e outros

A União Federal, os dois estados brasileiros impactados pelo rompimento da barragem (Espírito

Santo e Minas Gerais) e outras autoridades governamentais iniciaram uma ação civil pública

contra a Samarco e seus acionistas, Vale e BHPB, no valor indicado pelos autores de R$ 20,2

bilhões (US$ 6,2 bilhões).

Page 32: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

32

Em 5 de maio de 2016, foi homologado no Tribunal Regional Federal da 1a região (TRF) o

Acordo de 2 de março de 2016. Em junho de 2016, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu

liminar, suspendendo a decisão do TRF, até o julgamento definitivo da ação. Com essa liminar,

restaurou-se a ação civil pública, antes suspensa em razão da homologação do Acordo.

Em 17 de agosto de 2016, o TRF da 1ª Região negou provimento aos agravos de instrumento

interpostos por Samarco, Vale e BHPB contra a mencionada liminar e declarou nula a decisão

que homologou o Acordo. A liminar mantida pelo TRF da 1ª Região determinou, dentre outras

medidas, a indisponibilidade das concessões minerárias da Samarco, Vale e BHPB, sem,

contudo, limitar suas atividades de produção e comercialização, e ordenou um depósito judicial

de R$ 1,2 bilhão (US$ 375 milhões) até janeiro de 2017. Esse depósito de R$ 1,2 bilhão foi

provisoriamente substituído por garantias providenciadas nos termos do acordo com o

Ministério Público Federal (MPF), conforme descrito abaixo.

Em janeiro de 2017, a Samarco, a Vale e a BHPB (no conjunto denominadas “empresas”)

celebraram dois Termos de Ajustamento Preliminar com o MPF.

O primeiro Termo de Ajustamento Preliminar tem o objetivo de definir os procedimentos e o

cronograma de negociações para a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta Final

(Termo Final), previsto para ocorrer até 30 de junho de 2017 (Primeiro Termo). Este Primeiro

Termo cria as bases para a conciliação em torno de duas ações civis públicas que buscam

estabelecer reparações e compensações socioeconômicas e socioambientais para os impactos

do rompimento da barragem de Fundão: a de nº 0023863-07.2016.4.01.3800, ajuizada pelo

MPF (valor indicado pelo autor de R$ 155 bilhões – US$ 48 bilhões) e mencionada no item (B)

abaixo; e a de nº 0069758-61.2015.4.01.3400, ajuizada pela União, pelos Estados de Minas

Gerais e Espírito Santo e outras autoridades governamentais (no valor de R$ 20,2 bilhões –

US$ 6,2 bilhões). Ambas as ações tramitam na 12ª Vara Federal da Seção Judiciária de Belo

Horizonte.

O Primeiro Termo prevê: (a) a contratação de especialistas escolhidos pelo MPF e pagos pelas

empresas para fazer um diagnóstico e acompanhar o andamento dos 41 programas do Acordo;

(b) a realização de pelo menos 11 (onze) audiências públicas até 15 de abril de 2017, sendo 5

(cinco) em Minas Gerais, 3 (três) no Espírito Santo e as demais nas terras indígenas de Krenak,

Comboios e Caieiras Velhas, com o objetivo de permitir a participação das comunidades na

definição do conteúdo do Termo Final.

O Primeiro Termo prevê também o compromisso da Samarco, da Vale e da BHPB em dar ao

juízo da 12ª Vara Federal da Seção Judiciária de Belo Horizonte garantia para o cumprimento

das obrigações de custeio e financiamento dos programas de reparação socioambiental e

socioeconômica, decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, previstos nas duas

ações civis públicas mencionadas, até a celebração do Termo Final, no valor de R$ 2,2 bilhões

Page 33: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

33

(US$ 675 milhões), sendo: (a) R$ 100 milhões (US$ 31 milhões) em aplicações financeiras; (b)

R$ 1,3 bilhão (US$ 399 milhões) em seguro garantia; (c) R$ 800 milhões (US$ 245 milhões) em

ativos da Samarco. A apresentação da referida garantia vigorará até a conclusão das

negociações e assinatura do Termo Final ou até 30 de junho de 2017, o que ocorrer primeiro.

Para a implementação do Primeiro Termo, foi requerido ao juízo da 12a Vara Federal da Seção

Judiciária de Belo Horizonte a aceitação de tais garantias até a conclusão das negociações e

assinatura do Termo Final, ou até as partes alcançarem um novo acordo sobre garantias. Caso,

após 30 de junho, estejam frustradas as negociações, o MPF poderá requerer ao juízo da 12ª

Vara Federal da Seção Judiciária de Belo Horizonte o restabelecimento da ordem de depósito

de R$ 1,2 bilhão (US$ 368 milhões), atualmente suspensa.

Adicionalmente, foi celebrado um segundo Termo Preliminar (Segundo Termo), o qual

estabelece cronograma para a disponibilização de recursos para programas de reparação dos

danos socioeconômicos e socioambientais causados pelo rompimento da barragem de Fundão

nos municípios de Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova no valor de

R$ 200 milhões (US$ 61 milhões).

Os compromissos estabelecidos no dois Termos de Ajustamento Preliminar dependem da

homologação judicial.

(B) Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal

Em 3 de maio de 2016, o MPF ajuizou ação civil pública contra a Samarco e seus acionistas,

por meio da qual apresenta diversos pedidos, inclusive: (a) adoção de medidas voltadas à

mitigação dos impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes do rompimento da

barragem de Fundão, bem como outras medidas emergenciais; (b) pagamento de indenização

à comunidade; (c) pagamento de dano moral coletivo. O valor inicial da ação indicado pelo

Ministério Público Federal é de R$ 155 bilhões (US$ 48 bilhões). Em 13 de setembro de 2016,

foi realizada a primeira audiência. Em 21 de novembro de 2016, o juízo determinou a citação

das rés, e a ação foi contestada. Diante das tratativas para um possível acordo, as partes

peticionaram em conjunto, nos moldes estabelecidos no Termo de Ajustamento Preliminar,

requerendo a suspensão do processo.

(C) Ações Coletivas nos Estados Unidos da América

Em 2 de maio de 2016, a Vale e alguns de seus executivos foram indicados como réus em

potenciais ações coletivas relativas a valores mobiliários perante o Tribunal Federal de Nova

York, movidas por investidores detentores de American Depositary Receipts de emissão da

Vale, com base na legislação federal americana sobre valores mobiliários (U.S. federal

securities laws). Os processos judiciais alegam que a Vale teria feito declarações falsas e

enganosas ou omitira divulgações sobre os riscos e perigos das operações da barragem de

Fundão da Samarco e a adequação de programas e procedimentos relacionados. Os autores

Page 34: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

34

não especificaram os valores dos prejuízos alegados nessas ações. A Vale pretende defender-

se vigorosamente dessas ações e preparar uma defesa completa contra as alegações. O litígio

está em um estágio muito preliminar. Em 7 de março de 2016, o juiz competente nas ações

coletivas relativas a valores mobiliários determinou a consolidação dessas ações e designou

autores líderes (lead plaintiffs) e advogado. Em 29 de abril de 2016, os autores líderes da ação

apresentaram pedido inicial aditado e consolidado que servirá como petição inicial no processo.

Em julho de 2016, a Vale e os demais réus apresentaram requerimento de improcedência

(motion to dismiss) do pedido inicial aditado e consolidado. Em agosto de 2016, os autores

submeteram sua impugnação ao requerimento de improcedência, o qual foi replicado pelos réus

em setembro de 2016. A decisão sobre o requerimento de improcedência continua pendente.

(D) Denúncia

Em 20 de outubro de 2016, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu à Justiça Federal

denúncia em face da Vale, BHPB, Samarco, VogBr Recursos Hídricos e Geotecnia Ltda. e 22

pessoas físicas por suposta prática de crimes contra o meio ambiente, o ordenamento urbano

e o patrimônio cultural, inundação, desmoronamento, bem como por supostos delitos contra as

vítimas do rompimento da barragem de Fundão.

Em 16 de novembro de 2016, a denúncia foi recebida pelo juízo de Ponte Nova/MG, que

determinou a citação de todos os réus e deferiu o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da citação,

para apresentação da resposta à acusação. A Vale já foi citada e o seu prazo para apresentação

de defesa é 03 de março de 2017.

(E) Outros processos

Além disso, a Samarco e seus acionistas foram citados como réus em outros processos

movidos por indivíduos, sociedades e entidades governamentais que requerem indenização por

danos morais e/ou patrimoniais.

Em razão desses outros processos estarem em estágios muito preliminares, não é possível

determinar o intervalo de possíveis desfechos e/ou uma estimativa confiável da exposição

potencial neste momento. Portanto, nenhum passivo contingente foi quantificado e nenhuma

provisão relacionada a esses outros processos está sendo reconhecida.

Page 35: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

35

Hedge accounting de investimentos líquidos em operações no exterior A partir de 1 de janeiro de 2017, a Vale implementará um programa de hedge accounting de

risco de câmbio proveniente de seus investimentos líquidos em operações estrangeiras, em

relação à Vale International e à Vale Austria. O propósito do programa é reduzir o impacto

das variações cambiais nos lucros contábeis da Vale, reduzindo a volatilidade e permitindo

que o relatório financeiro reflita de modo mais apropriado o desempenho econômico da

empresa.

Sob o programa de hedge accounting, a dívida da Vale SA denominada em dólar americano

e a denominada em euro servirão como um instrumento de hedge para os investimentos da

Vale SA na Vale International e na Vale Austria, respectivamente. Com o programa, o

impacto das variações cambiais sobre a dívida denominada em dólar americano e o impacto

sobre a dívida denominada em euro serão parcialmente registrados sob Outros Resultados

Abrangentes, reduzindo a volatilidade nas despesas financeiras.

O programa de hedge accounting estará em vigor durante o ano de 2017.

Page 36: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

36

Investimentos

Os investimentos totalizaram US$ 5,482 bilhões em 2016, sendo compostos por US$ 3,179

bilhões em execução de projetos e US$ 2,302 bilhões em investimentos correntes na

manutenção das operações. Os investimentos reduziram-se em US$ 2,919 bilhões quando

comparados aos US$ 8,401 bilhões gastos em 2015.

No 4T16, os investimentos totalizaram US$ 1,408 bilhão, com US$ 614 milhões em execução

de projetos e US$ 794 milhões em manutenção das operações.

Investimento total por área de negócio

US$ milhões 4T16 % 3T16 % 4T15 %

Minerais ferrosos 769 58,1 795 68,7 1.087 51,8

Carvão 171 12,9 149 12,9 464 22,1

Metais básicos 366 27,7 189 16,3 533 25,4

Energia 17 1,3 15 1,3 10 0,5

Aço - - 9 0,8 3 0,1

Outros - - - - - -

Total ex-Fertilizantes 1,323 100.0 1,157 100.0 2,097 100.0

Fertilizantes 85 100 97

Total 1.408 1.257 2.193

Execução de projetos

Os segmentos de minerais ferrosos e de carvão representaram, respectivamente, cerca de

76% e 16% do total investido na execução de projetos no 4T16.

Execução de projetos por área de negócio

US$ milhões 4T16 % 3T16 % 4T15 %

Minerais ferrosos 468 79,6 579 81,5 894 66,1

Carvão 98 16,7 106 14,9 431 31,8

Metais básicos 6 1,0 2 0,3 16 1,2

Energia 15 2,6 14 2,0 9 0,7

Aço - 0 9 1,3 3 0,2

Total ex-Fertilizantes 588 100,0 711 100,0 1.353 100,0

Fertilizers 26 30 13

Total 614 741 1.366

MINERAIS FERROSOS

Cerca de 90% dos US$ 468 milhões investidos no segmento de minerais ferrosos no 4T16

referem-se ao projeto S11D e à sua expansão de logística associada (US$ 428 milhões).

Page 37: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

37

Mina e Planta do S11D Mine – Em operação

O projeto S11D (incluindo mina, usina e logística associada – CLN S11D) alcançou 85% de

avanço físico consolidado no 4T16, sendo composto por 97% de avanço físico na mina e 76%

na logística. A duplicação da ferrovia alcançou 60% de avanço físico, com 291 km de ferrovia

entregues no trimestre. O porto off-shore teve seu start-up no 4T16, tendo carregado 11 navios

até janeiro, sendo 2 Valemax com 400.000 t de capacidade cada.

O start-up de S11D foi iniciado com sucesso no 4T16, com minério sendo alimentado nos dois

sistemas móveis de britagem e transferido, através do sistema de correias transportadoras,

para a planta de processamento localizada a 9 km da mina. O minério processado foi

empilhado no pátio e carregado nos trens com destino ao terminal marítimo de Ponta da

Madeira. Os embarques iniciaram-se em janeiro de 2017 com minério blendado de S11D com

outras minas do Sistema Norte.

Page 38: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

38

Logística S11D – Primeiro embarque

Descrição e status dos principais projetos

Indicadores de progresso34

34 Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam

incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de

Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex do ano é revisada apenas uma vez por ano.

Projeto Descrição Capacidade (Mtpa)

Status

Projetos de minerais ferrosos

CLN S11D Duplicação de 570 km da estrada de ferro, incluindo a construção de um ramal ferroviário com 101 km.

Aquisição de vagões, locomotivas e expansões on-shore e off-shore no terminal marítimo da Ponta da Madeira.

(80)a Duplicação da ferrovia alcançou 60% de avanço físico, totalizando 291 km entregues.

Expansão do porto off-shore teve seu start-up, tendo carregado 11 navios (3.100.000 t) até janeiro.

Expansão do porto on-shore alcançou 89% de avanço físico.

a Capacidade l íquida adicional

Projeto Capacitdade

(Mtpa)

Data de start-up

estimada

Capex realizado (US$ milhões)

Capex estimado (US$ milhões) Avanço

físico 2016 Total 2017 Total

Projetos de minerais ferrosos

CLN S11D 230 (80)a 1S14 a

2S19 1.195 5.662 962 7.850b 76%

a Capacidade l íquida adicional.

b Capex original orçado de US$ 11,582 bi lhões.

Page 39: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

39

Capex de manutenção das operações existentes

Os investimentos na manutenção das operações existentes diminuíram de US$ 2,853 bilhões

em 2015 para US$ 2,302 bilhões em 2016.

Em uma comparação trimestral, os investimentos da Vale aumentaram de acordo com a

sazonalidade dos desembolsos da empresa, que geralmente são concentrados no final do ano.

Os investimentos na manutenção das operações existentes aumentaram de US$ 516 milhões

no 3T16 para US$ 794 milhões no 4T16. Os segmentos de minerais ferrosos e de metais

básicos representaram 45% e 38%, respectivamente, do total investido na manutenção das

operações no 4T16.

Os investimentos correntes das operações de metais básicos foram dedicados,

principalmente: (a) à substituição e às melhorias nas operações (US$ 222 milhões); (b) às

melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança e de proteção ambiental (US$ 108

milhões); (c) à manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 23 milhões).

Os investimentos correntes das operações do segmento de minerais ferrosos incluíram, entre

outros: (a) a substituição e às melhorias nas operações (US$ 166 milhões); (b) as melhorias

nos padrões atuais de saúde e segurança e de proteção social e ambiental (US$ 66 milhões);

(c) a manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 38 milhões). A

manutenção de ferrovias e portos que servem nossas operações de mineração no Brasil e na

Malásia totalizou US$ 71 milhões.

Os investimentos de manutenção em finos de minério de ferro, excluindo investimentos de

manutenção nas plantas de pelotização, somaram US$ 234 milhões, equivalentes a US$

3,2/dmt de volume vendido no 4T16, representando um aumento de 28% em relação aos US$

2,5/dmt no 3Q16, devido, principalmente, à sazonalidade dos desembolsos em investimentos

da Vale que são concentrados no último trimestre do ano. A média dos últimos 12 meses dos

investimentos de manutenção em finos de minério de ferro foi de US$ 2,6/dmt, diminuindo 23%

quando comparada aos US$ 3,4/dmt de 2015.

Investimento em manutenção realizado por tipo - 4T16

US$ milhões Minerais Ferrosos

Carvão Metais

Básicos Fertilizantes TOTAL

Operações 171 64 222 40 495

Pilhas e Barragens de Rejeitos 38 - 23 4 65

Saúde & Segurança 50 3 23 5 80

Responsabilidade Social Corporativa 16 - 86 8 110

Administrativo & Outros 28 5 7 3 44

Total 302 73 360 59 794

Page 40: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

40

Investimento em manutenção por área de negócio US$ million 4Q16 % 3Q16 % 4Q15 %

Minerais ferrosos 301 40.9 216 48.5 192 25.9

Carvão 73 9.9 43 9.7 33 4.5

Metais básicos 360 49.0 186 41.8 517 69.5

Energia 1 0.2 - - 1 0.1

Outros - - - - - -

Total ex-Fertilizantes 735 100.0 446 100.0 744 100.0

Fertilizantes 59 70 83

Total 794 516 827

Responsabilidade social corporativa

Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 704 milhões em

2016, dos quais US$ 562 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e

US$ 142 milhões dedicados a projetos sociais.

Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 291 milhões no

4T16, dos quais US$ 235 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e

US$ 56 milhões dedicados a projetos sociais.

Gestão de portfólio

Em 5 de dezembro de 2016, a Vale vendeu quarto navios capesizes para a Polaris Shipping

Co. Ltd. (Polaris), tendo a transação totalizado US$ 140 milhões.

Em 15 de dezembro de 2016, a Vale concluiu a venda de sua participação restante de 13,63%

na Mineração Paragominas S.A. para a Norsk Hydro ASA. A transação totalizou US$ 113

milhões e está relacionada à venda dos ativos de alumínio da Vale anunciada em 28 de

fevereiro de 2011.

Em 19 de dezembro de 2016, a Vale celebrou um acordo de compra de ações com The Mosaic

Company (Mosaic), para vender seu negócio de Fertilizantes para a Mosaic, excluindo seus

ativos de nitrogenados e fosfatado em Cubatão, no Brasil. Uma vez concluída a transação, a

Vale venderá para a Mosaic: (a) os ativos de fosfatados localizados no Brasil, exceto os

baseados em Cubatão; (b) a sua participação em Bayóvar, no Peru; (c) os ativos de potássio

localizados no Brasil, incluindo o projeto de Carnalita; (d) o projeto de potássio no Canadá

(Kronau). A inclusão do projeto de potássio de Rio Colorado no escopo da transação está

sujeita à aceitação da Mosaic após o término da due diligence. A transação com a Mosaic

totalizou aproximadamente US$ 2,5 bilhões, dos quais US$ 1,25 bilhão será pago em dinheiro

e US$ 1,25 bilhão em aproximadamente 42,3 milhões de ações ordinárias a serem emitidas

pela Mosaic, representando 11% do total das ações ordinárias em circulação da Mosaic, ex-

post emissão de ações. Em 31 de janeiro de 2016, as 42,3 milhões de ações da Mosaic a

serem emitidas tinham um valor de mercado de aproximadamente US$ 1,33 bilhão.

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41

Fluxo de caixa livre PERFORMANCE ANUAL

O fluxo de caixa livre foi de US$ 1,575 bilhão em 2016.

O caixa gerado pelas operações foi de US$ 10,752 bilhões em 2016, com usos não

operacionais de caixa resultantes, principalmente, de: (a) juros de empréstimos (US$ 1,666

bilhão); (b) impostos de renda e parcelas do Refis (US$ 819 milhões); (c) liquidação de

derivativos (US$ 1,602 bilhão), dos quais US$ 770 milhões se relacionam ao hedge da dívida

e US$ 799 milhões ao bunker oil; (d) investimentos (US$ 5,482 bilhões)35.

O líquido das adições e pagamentos de empréstimos foi negativo em US$ 740 milhões, com

os pagamentos excedendo as adições de empréstimos em 2016.

Fluxo de caixa livre 2016

US$ milhões

PERFORMANCE TRIMESTRAL

O fluxo de caixa livre foi de US$ 1,158 bilhão no 4T16.

35 O valor de investimentos reportado no fluxo de caixa pode ser diferente do valor reportado na seção de Investimentos

neste relatório, devido ao fato dos va lores reais serem convertidos para dólares norte-americanos pela taxa de câmbio nas

datas de cada desembolso, enquanto os valores reportados no fluxo de caixa são convertidos para dólares norte -

americanos baseados nas taxas de câmbio médias.

Page 42: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

42

O caixa gerado pelas operações foi de US$ 3,715 bilhões no 4T16, com usos não operacionais

de caixa resultantes, principalmente, de: (a) juros de empréstimos (US$ 421 milhões); (b)

impostos de renda e parcelas do Refis (US$ 168 milhões); (c) liquidação de derivativos (US$

548 milhões), dos quais US$ 441 milhões se relacionam ao hedge da dívida e US$ 106 milhões

ao bunker oil; (d) investimentos (US$ 1,405 bilhão)36.

As contas a receber aumentaram US$ 1,1 bilhão no 4T16, quando comparadas ao 3T16,

principalmente devido a: (a) faturas finais de minério de ferro ainda não recebidas (com preços

maiores do que os provisoriamente faturados no 3T16); (b) concentração de volumes de

vendas de minério de ferro provisionados no final do 4T16 (vendas ainda não recebidas); (c)

maiores preços em volumes faturados provisoriamente no final do 4T16 em comparação ao

3T16.

As variações do capital de giro devem ter um impacto positivo no fluxo de caixa do 1T17

conforme os pagamentos das vendas aumentarem ao longo do trimestre.

O líquido das adições e pagamentos de empréstimos foi negativo em US$ 1,993 bilhão, com

os pagamentos excedendo as adições de empréstimos no 4T16, principalmente devido ao

pagamento do saldo remanescente de US$ 2,000 bilhões retirado das Linhas de Crédito

Rotativo em janeiro de 2016.

Free Cash Flow 4Q16

US$ milhões

36 O valor de investimentos reportado no fluxo de caixa pode ser diferente do valor reportado na seção de Investimentos

neste relatório, devido ao fato dos valores reais serem convertidos para dólares norte -americanos pela taxa de câmbio nas

datas de cada desembolso, enquanto os valores reportados no fluxo de caixa são convertidos para dólares norte -

americanos baseados nas taxas de câmbio médias.

Page 43: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

43

Indicadores de endividamento

A dívida bruta totalizou US$ 29,355 bilhões em 31 de dezembro de 2016, aumentando

ligeiramente em comparação com os US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015. E

diminuindo em relação aos US$ 31,449 bilhões em 30 de setembro de 2016, em função do

pagamento de empréstimos líquido37.

A dívida líquida diminuiu US$ 890 milhões quando comparada com o trimestre anterior,

totalizando US$ 25,075 bilhões, e baseada em uma posição de caixa de US$ 4,280 bilhões

em 31 de dezembro de 2016.

Posição da dívida incluindo Fertilizantes

A dívida bruta após transações de swap de moedas e juros foi 92% denominada em dólares

norte-americanos, sendo composta por 31% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 69% a

taxas de juros fixas, em 31 de dezembro de 2016.

37 Pagamentos menos adições de empréstimos.

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44

O prazo médio da dívida aumentou ligeiramente para 7,9 anos em 31 de dezembro de 2016,

se comparado aos 7,7 anos em 30 de setembro de 2016. O custo médio da dívida, após as

operações de swap mencionadas anteriormente, aumentou ligeiramente para 4,63% ao ano

em 31 de dezembro de 2016 em relação aos 4,34% ao ano em 30 de setembro de 2016,

principalmente devido ao pagamento do saldo remanescente das Linhas de Crédito Rotativo

que tinha um menor custo de dívida.

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM38 EBITDA ajustado/LTM juros

brutos, melhorou para 6,9x no 4T16 contra 5,0x no 3T16 vs. 4,3x no 4T15.

38 Últimos 12 meses.

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45

A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta/LTM EBITDA ajustado, diminuiu para

2,4x em 31 de dezembro de 2016 em comparação a 3,6x em 30 de setembro de 2016 e a 4,1x

em 31 de dezembro de 2015.

Indicadores de endividamento incluindo Fertilizantes

US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Dívida bruta 29,355 31,449 28,853

Dívida líquida 25,075 25,965 25,234

Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 2.4 3.6 4.1

LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 6.9 5.0 4.3

Indicadores de endividamento ex Fertilizantes

US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Dívida bruta 29.322 31.449 28.853

Dívida líquida 25.042 25.965 25.234

Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 2,4 3,7 4,4

LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 6,8 4,9 3,9

Page 46: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

46

O desempenho dos segmentos de negócios

A contribuição do segmento de Minerais Ferrosos no EBITDA ajustado aumentou para 86,0%

em 2016 em relação aos 83,3% em 2015, seguida pelo segmento de Metais Básicos que

diminuiu para 15,2% em comparação com os 19,6% em 2015 e o de Fertilizantes que diminuiu

para 1,7% contra os 8,0% em 2015. A contribuição do segmento de Carvão e Outros passou

de -7,2% em 2015 para -0,4% em 2016 e de -3,7% para -2,4% em 2016, respectivamente.

A contribuição do segmento de Minerais Ferrosos no EBITDA ajustado aumentou no 4T16,

alcançando 86,1%, sendo seguido pelo segmento de Metais Básicos que contribuiu com

11,4%, pelo segmento de Carvão com 3,3% e pelo segmento de Fertilizantes com 1,0%,

enquanto Outros segmentos de negócios contribuíram com -1,8% do total do EBITDA ajustado

da Vale no 4T16.

Informações dos segmentos ― 2016, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis

Despesas

US$ milhões Receita Líquida

Custos¹ SG&A e outras¹

P&D¹

Pré-operacional

e de parada¹

Dividendos EBITDA

Ajustado²

Minerais ferrosos 20.351 (9.124) (571) (106) (187) 113 10.476

Minério de ferro - finos

15.784 (6.622) (486) (91) (150) 10 8.445

Pelotas 3.827 (2.002) (73) (13) (22) 103 1.820

Outros 438 (269) (8) (2) (4) - 155

Mn & ferroligas 302 (231) (4) - (11) - 56

Carvão 839 (872) 35 (15) (41) - (54)

Metais básicos 6.139 (4.128) 30 (83) (114) 4 1.848

Níquel3 4.472 (3.204) (95) (78) (114) 4 985

Cobre4 1.667 (924) 125 (5) - - 863

Outros 159 (259) (157) (116) (1) 76 (298)

Total 27.488 (14.383) (663) (320) (343) 193 11.972

Fertilizantes 1.875 (1.545) (87) (22) (16) 4 209

Total incluindo Fertilizantes

29.363 (15.928) (750) (342) (359) 197 12.181

1 Excluindo depreciação ² Excluindo itens não recorrentes 3 Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel

4 Incluindo subprodutos das operações de cobre

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47

Informações dos segmentos ― 4T16, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis

Despesas

US$ milhões Receita Líquida

Custos¹ SG&A e outras¹

P&D¹ Pré-

operacional e de parada¹

Dividendos EBITDA

Ajustado²

Minerais ferrosos 7.047 (2.753) (141) (45) (52) 53 4.109

Minério de ferro - finos

5.576 (2.013) (100) (39) (43) 10 3.391

ROM 28 - - - - - 28

Pelotas 1.216 (594) (30) (5) (5) 43 625

Outros 110 (77) (10) (1) (2) - 20

Mn & ferroligas 117 (69) (1) - (2) - 45

Carvão 376 (185) (10) (7) (18) - 156

Metais básicos 1.760 (1.112) (57) (22) (30) 4 543

Níquel3 1.264 (872) (42) (20) (30) 4 304

Cobre4 496 (240) (15) (2) - - 239

Outros 82 (100) (51) (38) 1 21 (86)

Total 9.265 (4.150 (259) (112) (99) 78 4.722

Fertilizantes 429 (355) (19) (6) (2) 1 48

Total incluindo Fertilizantes

9,694 (4.505) (278) (118) (101) 79 4.770

1 Excluindo depreciação ² Excluindo itens não recorrentes 3 Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel

4 Incluindo subprodutos das operações de cobre

Page 48: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

48

Minerais ferrosos

O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 10,476 bilhões em 2016, ficando

77,6% acima do registrado em 2015, principalmente como resultado de maiores preços de

vendas (US$ 2,727 bilhões), do impacto positivo da variação cambial (US$ 244 milhões), de

menores preços de bunker oil (US$ 347 milhões) e do aumento real de competitividade (US$

1,259 bilhão).

Os ganhos de competividade foram baseados, principalmente, em: (a) iniciativas comerciais e

de marketing (US$ 357 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$ 421 milhões); (c)

iniciativas em andamento de corte de custos39 (US$ 607 milhões). O impacto negativo de US$

212 milhões em Frete Vendas CFR se deve aos maiores volumes de vendas CFR, tendo

aumentado de 189,2 Mt em 2015 para 202,4 Mt em 2016.

Variação EBITDA

Margem EBITDA Minerais Ferrosos40

O EBITDA ajustado por tonelada de Minerais Ferrosos, excluindo Manganês e Ferroligas, foi

de US$ 30.5/t em 2016, ficando 72,3% acima dos US$17,7/t registrados em 2015, e

posicionando a Vale no mesmo patamar ou até com mais competitividade que seus

competidores australianos, a despeito da desvantagem geográfica.

39 Inclui o impacto positivo das renegociações de contratos de afretamento. 40 Excluindo Manganês e Ferroligas.

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49

Finos de minério de ferro (excluindo pelotas e ROM)

DESEMPENHO ANUAL

EBITDA

O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 8,445 bilhões em 2016, ficando

US$ 4,105 bilhões maior do que em 2015, principalmente em razão de maiores preços de

vendas (US$ 2,850 bilhões), menores custos e despesas41 (US$ 1,092 bilhão) e maiores

volumes de venda (US$ 238 milhões).

RECEITA E VOLUMES DE VENDAS

A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e Run of Mine

(ROM), totalizou US$ 15,784 bilhões em 2016, ficando 28,0% acima de 2015. O aumento se

deveu aos maiores preços de venda (US$ 2,850 bilhões) e aos maiores volumes de vendas

(US$ 604 milhões).

O principal fator que contribuiu para o aumento do volume de vendas de finos de minério de

ferro de 276,4 Mt em 2015 para 289,9 Mt em 2016 foi a melhor performance operacional do

41 Após ajustar os efeitos de volumes de venda e variação cambial.

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50

Sistema Norte. As vendas de ROM atingiram 3,5 Mt em 2016, ficando 12,3 Mt menores do que

em 2015, principalmente devido à interrupção da produção de ROM no Complexo de Mariana.

O preço42 médio realizado CFR/FOB por tonelada métrica úmida (wmt) de finos de minério de

ferro (excluindo ROM) aumentou US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$

54,4/wmt em 2016, enquanto a média índice Platts IODEX 62% cresceu US$ 3/dmt,

principalmente devido às iniciativas comerciais e de marketing, ao impacto positivo dos

diferentes sistemas de precificação e ao aumento da oferta do Sistema Norte citado acima.

CUSTOS E DESPESAS

Os custos dos finos de minério de ferro alcançaram US$ 6,622 bilhões (ou US$ 7,666 bilhões

incluindo depreciação) em 2016 contra US$ 7,604 bilhões em 2015. Após deduzidos os efeitos

de maiores volumes de vendas (US$ 365 milhões) e variação cambial (-US$ 148 milhões), os

custos reduziram-se em US$ 1,199 bilhão na comparação com 2015. Isto ocorreu,

principalmente, devido à melhor produtividade operacional e às iniciativas de redução de

custos.

O custo unitário de frete marítimo de minério de ferro por tonelada métrica foi de US$ 12,2/t

em 2016, ficando US$ 3,8/t menor do que os US$ 16,0/t registrados em 2015, devido,

principalmente, aos menores preços de bunker oil (US$ 1,7/t) e aos menores níveis de frete

spot (US$ 0,7/t). A média de preços de bunker oil da Vale foi reduzida de US$ 305/t em 2015

para US$ 219/t em 2016.

As despesas com minério de ferro, excluindo depreciação, foram de US$ 749 milhões43 em

2016, ficando 22% menores do que os US$ 965 milhões44 registrados em 2015. As despesas

de SG&A e outras despesas totalizaram US$ 508 milhões45 em 2016, ficando 29% menores

do que os US$ 720 milhões46 registrados em 2015, principalmente devido às economias em

SG&A e ao novo critério de alocação para ICMS45. Despesas de pesquisa e desenvolvimento

(P&D) totalizaram US$ 91 milhões, reduzindo-se US$ 30 milhões em comparação a 2015.

Despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, totalizaram US$ 150 milhões,

ficando 20,9% acima dos US$ 124 milhões registrados em 2015, principalmente devido ao

aumento das despesas pré-operacionais do projeto S11D e às despesas de parada de

Mariana.

CUSTO CAIXA C1

42 O preço realizado CFR/FOB wmt é o preço médio ponderado das vendas CFR e FOB da Vale. 43 Excluindo o efeito positivo de Asset Retirement Oligations (ARO) de US$ 22 milhões registrado no 4T16. 44 Excluindo o efeito positivo de Asset Retirement Oligations (ARO) de US$ 322 milhões registrado no 4T15. 45 Conforme descrito no box “Mudanças de alocação na contabilidade gerencial ” nas páginas 45-46 do relatório “Desempenho

da Vale no 4T15”

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51

O custo caixa total C1 FOB no porto (mina, planta, ferrovia e porto, após royalties) de finos de

minério de ferro foi de US$ 3,856 bilhões, após a exclusão da depreciação de US$ 1,044

bilhão, do custo de frete marítimo de US$ 2,332 bilhões e dos custos de distribuição de US$

95 milhões.

O custo caixa C1 FOB no porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro, excluindo

royalties, foi reduzido em US$ 1,6/t, passando de US$ 14,9/t em 2015 para US$ 13,3/t em

2016. A redução nos custos resultou, principalmente, da melhor produtividade operacional, das

iniciativas de redução de custos e do aumento da diluição de custos fixos no maior volume.

O custo caixa C1 FOB no porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro em BRL foi

de R$ 45,9/t em 2016, ficando R$ 3,4/t menor do que os R$ 49,3/t registrados em 2015,

significando uma redução de 7%, a despeito das pressões inflacionárias no Brasil.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

EBITDA

O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro no 4T16 foi de US$ 3,391 bilhões, ficando

70,5% maior do que no 3T16, em função de maiores preços de vendas (US$ 1,485 bilhão) e

de maiores volumes de vendas (US$ 172 milhões), os quais foram parcialmente compensados

por maiores custos46 e despesas47 (US$ 258 milhões).

RECEITA E VOLUMES DE VENDAS

A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e run of mine

(ROM) totalizou US$ 5,576 bilhões no 4T16 em comparação com os US$ 3,782 bilhões

registrados no 3T16, devido aos maiores preços de vendas (US$ 1,485 bilhão) e aos maiores

volumes de venda (US$ 309 milhões) no 4T16 em comparação com o 3T16.

A produção, incluindo compras de terceiros, de minério de ferro da Vale foi de 92,4 Mt no 4T16,

ficando em linha com o 3T16 e 4,0 Mt acima do 4T15, devido, principalmente: (a) à melhor

performance operacional das minas e plantas do Sistema Norte; (b) à venda não recorrente

de ROM compactado para construção; (c) ao start-up de S11D.

O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 80,3 Mt no 4T16, ficando 8,2%

acima dos 74,2 Mt registrados no 3T16, com redução de estoques de 6,0 Mt suportada: (a)

pela produção48 de 92,4 Mt; (b) pela dedução de 13,7 Mt de finos de minério de ferro utilizado

46 Após ajustar os efeitos de maiores volumes e da variação cambial. 47 Após ajustar os efeitos de variação cambial . 48 Incluindo compras de terceiros.

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52

na produção de pelotas; (c) por ajustes de estoque de minério de ferro49 de 2,3 Mt; (d) pelas

vendas dos finos de minério de ferro de 80,3 Mt; (e) pela dedução de 2,2 Mt de vendas de

ROM.

As vendas CFR de finos de minério de ferro totalizaram 55,1 Mt no 4T16, ficando 7,3 Mt acima

do 3T16, devido a maiores vendas para a China, cujas negociações são majoritariamente na

base CFR. As vendas CFR representaram 69% do total de vendas de finos de minério de ferro

no 4T16, ficando maior do que o percentual de vendas CFR do 3T16 (64%).

As vendas de ROM totalizaram 2,2 Mt no 4T16, ficando 1,8 Mt acima do 3T16, devido a vendas

não recorrentes de ROM compactado para construção mencionadas anteriormente.

Receita operacional liquida por produto US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Minério de ferro - finos 5.576 3.782 2.945 15.783 12.330

ROM 28 4 13 41 102

Pelotas 1.216 991 780 3.828 3.600

Manganês e Ferroligas 117 76 13 301 162

Outros 110 106 79 398 368

Total 7.047 4.959 3.830 20.351 16.562

Volume vendido mil toneladas 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Minério de ferro - finos 80.287 74.231 79.213 289.940 276.393

ROM 2.220 351 1.627 3.496 12.269

Pelotas 13.190 12.001 10.837 47.709 46.284

Manganês 534 448 568 1.851 1.764

Ferroligas 35 31 12 127 69

PREÇOS REALIZADOS

As vendas de minério de ferro no 4T16 foram distribuídas em três sistemas de precificação:

(a) 45% com base nos preços trimestrais, mensais e diários correntes, incluindo as vendas a

preços provisórios que foram liquidadas dentro do trimestre; (b) 45% com base em preços

provisionados com liquidação pelo preço no momento da entrega (que ainda não tinham sido

liquidadas no final do trimestre); (c) 10% relacionadas a preços passados (trimestre defasado).

O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM)

aumentou em US$ 19,8/t, passando de US$ 59,3/t no 3T16 para US$ 79,1/t no 4T16,

equivalente a uma realização de preço de 112% em relação à média do índice Platts IODEX

62% de US$ 70,8/t no 4T16.

49 Os estoques de minério de ferro são ajustados periodicamente para baixo devido à umidade e a perdas pela movimentação

dos produtos em diferentes etapas do processamento.

Page 53: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

53

O preço CFR/FOB wmt de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM) aumentou em 36,3%

(US$ 18,5/t), passando de US$ 50,9/t no 3T16 para US$ 79,1/t no 4T16, após os ajustes de

umidade e do efeito das vendas FOB, que somaram 31% do total de vendas, enquanto a média

índice Platts IODEX 62% cresceu 20,8% no 4T16 em comparação ao 3T16.

A realização de preço no 4T16 foi impactada pelos seguintes motivos:

(i) Preços provisórios no final do 3T16 de US$ 54,4/t, que mais tarde foram reajustados

com base no preço de entrega do 4T16, impactaram positivamente os preços do 4T16

em US$ 4,8/t contra um efeito de US$ 1,6/t no 3T16, como resultado de maiores preços

realizados no 4T16.

(ii) Preços provisórios estabelecidos no final do 4T16 de US$ 74,6/t contra a média IODEX

de US$ 70,8/t no 4T16 impactaram positivamente os preços no 4T16 em US$ 1,7/t

contra um impacto negativo de US$ 1,2/t no 3T16.

(iii) Contratos com preços defasados (lagged) no trimestre, precificados a US$ 56,8/t,

baseados nos preços médios de jun-jul-ago, impactaram negativamente os preços no

4T16 em US$ 1,3/t se comparado ao impacto negativo de US$ 0,4/t no 3T16.

No 4T16, as vendas de minério de ferro de 35,9 Mt, ou 45% do mix de vendas da Vale, foram

registradas sob o sistema de preços provisional fixado no final do 4T16 em US$ 74,6/t. Os

preços finais destas vendas serão determinados e registrados no 1T17.

Realização de preços – finos de minério de ferro

Page 54: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

54

Preço médio realizado US$ por tonelada 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 82,60 65,60 50,09 64,95 62,12

Minério de ferro - Platts's 62% IODEX 70,76 58,60 46,65 58,45 55,50

Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt)

79,10 59,30 45,10 62,34 54,60

Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB

69,40 50,95 37,18 54,44 44,61

ROM 12,61 11,40 7,99 11,73 8,35

Pelotas CFR/FOB 92,27 82,58 71,98 80,26 77,79

Manganês 162,92 113,84 7,04 110,87 56,42

Ferroligas 857,14 806,45 750,00 757,67 899,32

CUSTOS

Os custos de finos de minério de ferro totalizaram US$ 2,013 bilhões (ou US$ 2,336 bilhões

incluindo depreciação) no 4T16. Os custos aumentaram em US$ 246 milhões quando

comparados com os do 3T16 após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$

133 milhões) e das variações cambiais (-US$ 14 milhões). O aumento foi causado,

principalmente, por alguns efeitos não recorrentes como, por exemplo, o efeito do acordo

coletivo de trabalho celebrado com os empregados no Brasil e a provisão de remuneração

variável. A provisão para remuneração variável foi impactada pelo forte aumento dos preços

das commodities no final do ano, que levaram a uma provisão muito maior do que as

registradas nos trimestres anteriores.

CPV MINÉRIO DE FERRO - 3T16 x 4T16

Principais variações

US$ milhões 3T16 Volume Exchange

Rate Others

Total Variation 3Q16 x 4Q16

4Q16

Custos totais antes de depreciação e amortização

1.648 133 (14) 246 365 2.013

Depreciação 250 20 (4) 56 73 323

Total 1.898 194 (18) 302 438 2.336

Os custos de frete marítimo, que foram integralmente contabilizados como custos dos produtos

vendidos, atingiram US$ 725 milhões no 4T16, demonstrando um aumento de US$ 150

milhões quando comparados com os do 3T16.

O custo unitário de frete de minério de ferro por tonelada métrica foi de US$ 13,2/t no 4T16,

ficando US$ 1,2/t acima do 3T16. O aumento é explicado por: (a) maiores preços de bunker

oil (0,5/t); (b) maiores taxas de frete spot (US$ 0,2/t); (c) maiores custos da tonelagem

contratada para repor a capacidade dos navios vendidos (US$ 0,2/t). A variação nos preços

de bunker oil evoluiu de US$ 232/t no 3T16 para US$ 257/t no 4T16.

Page 55: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

55

CUSTO CAIXA C1

O custo caixa total C1 FOB no porto (mina, planta, ferrovia e porto, após royalties) foi de US$

1,159 bilhão após a dedução da depreciação de US$ 323 milhões, dos custos de frete marítimo

de US$ 725 milhões e dos custos de distribuição de US$ 25 milhões.

O custo caixa C1 FOB no porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro, excluindo

royalties aumentou em US$ 1,4/t, passando de US$ 13,0/t no 3T16 para US$ 14,4/t no 4T16,

principalmente como resultado de eventos não recorrentes (US$ 0,9/t), como por exemplo o

efeito do acordo coletivo de trabalho com os empregados no Brasil50 e a provisão para

remuneração variável51. O custo caixa C1, excluindo esses efeitos não recorrentes

mencionados acima, totalizou US$ 13,5/t.

O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro em BRL foi de

R$ 47,8/t no 4T16, ficando R$ 5,6/t acima dos R$ 42,2/t registrados no 3T16, devido,

principalmente, aos impactos mencionados acima.

Custos e despesas de finos de minério de ferro em Reais

R$/t 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Custos¹ 47,8 42,2 47,0 45,9 49,3

Despesas¹ 7,5 7,4 12,1 8,8 12,2

Total 55,3 49,5 59,1 54,7 61,5

¹ Líquido de depreciação

50 Não contempla os impactos futuros do aumento salarial. 51 Considera o impacto do forte aumento dos preços de commodities no final do ano, que levo u a uma provisão muito maior

do que as registradas em trimestres anteriores.

Page 56: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

56

Evolução do custo caixa C1¹ por tonelada em BRL

DESPESAS

As despesas com minério de ferro, excluindo depreciação, foram de US$ 182 milhões no 4T16,

ficando 25,5% maiores do que os US$ 145 milhões registrados no 3T16. As despesas de

SG&A e outras despesas totalizaram US$ 100 milhões no 4T16, ficando 25% maiores do que

os US$ 80 milhões registrados no 3T16, principalmente devido à provisão de remuneração

variável (US$ 20 milhões). As despesas com P&D foram de US$ 39 milhões, aumentando

US$ 14 milhões em relação ao 3T16. As despesas pré-operacionais e de parada, líquidas de

depreciação, totalizaram US$ 43 milhões, ficando 7,5% acima dos US$ 40 milhões registrados

no 3T16, devido principalmente ao aumento das despesas pré-operacionais de S11D (US$ 6

milhões), que foram parcialmente compensadas pela redução das despesas de parada de

Mariana (US$ 4 milhões).

Page 57: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

57

Custo unitário de finos de minério de ferro e frete

4T16 3T16 4T15 2016 2015

Custos (US$ milhões)

Custos, sem depreciação e amortização 2.013 1.648 1.924 6.622 7.604

Custos de distribuição 25 18 25 95 76

Custos de frete marítimo 725 575 757 2.332 2.825

Bunker oil hedge - - 134 - 412

Custos FOB no porto (ex-ROM) 1.263 1.055 1.008 4.195 4.291

Custos FOB no porto (ex-ROM e royalties) 1.159 965 925 3.856 3.959

Volumes de vendas (Mt)

Volume total de minério de ferro vendido 82,5 74,6 80,8 293,4 288,7

Volume total de ROM vendido 2,2 0,4 1,6 3,5 12,3

Volume vendido (ex-ROM) 80,3 74,2 79,2 289,9 276,4

% de Vendas CFR 69% 64% 68% 66% 64%

% de Vendas FOB 31% 36% 32% 34% 36%

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t)

14,4 13,0 12,2 13,3 14,9

Frete

Volume CFR (Mt) 55,1 47,8 53,6 191,9 177,0

Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) 13,2 12,0 16,6 12,2 18,3

Custo unitário de frete de minério de ferro (ex- bunker oil hedge) (US$/t)

13,2 12,0 14,1 12,2 16,0

¹ US$ 12,2/t é equivalente ao US$11.9/t reportado no 4Q15 depois dos ajustes para no novo critério de alocação do ICMS (US$ 0,5/t) e custo de distribuição (-US$ 0,3/t) como descrito no quadro “Mudanças de Alocação na Contabilidade Gerencial” nas páginas 51-52 do relatório do 4T15. Ajuste adicional foi feito para incluir o custo de compras de minério de terceiros (US$ 0,1/t) no custo C1.

Evolução do custo caixa de finos de minério de ferro, frete e despesas

Page 58: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

58

Evolução de investimentos de manutenção por tonelada de finos de minério de ferro

Pelotas

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado das pelotas em 2016 foi de US$ 1,820 bilhão, ficando 8,0% maior do que

os US$ 1,685 bilhão registrados em 2015. O aumento de US$ 135 milhões deveu-se,

principalmente, a maiores preços de vendas (US$ 116 milhões), maiores volumes de venda

(US$ 47 milhões) e menores custos52 (US$ 47 milhões), os quais foram parcialmente mitigados

por maiores despesas (US$ 89 milhões) e menores dividendos (US$ 122 milhões),

principalmente da Samarco.

A receita líquida das vendas das pelotas foi de US$ 3,827 bilhões em 2016, representando um

aumento de 6,3% em relação a 2015, principalmente devido ao aumento nos preços de

vendas, que passaram de US$ 77,8/t em 2015 para US$ 80,3 em 2016, e ao aumento dos

volumes de vendas, que passaram de 46,3 Mt em 2015 para 47,7 Mt em 2016 como resultado

de consumo de estoque.

Os custos de pelotas atingiram US$ 2,002 bilhões em 2016 (ou US$ 2,342 bilhões com

encargos de depreciação). Após o ajuste para os efeitos de volumes (US$ 64 milhões) e

variação cambial (-US$ 51 milhões), os custos reduziram-se em US$ 132 milhões em

comparação com 2015. A queda deveu-se, principalmente, a menores preços de bunker oil e

à ausência de hedge accounting para bunker oil em 2016.

52 Após ajustar os efeitos de maiores volumes.

Page 59: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

59

As despesas pré-operacionais e de parada de pelotas foram de US$ 22 milhões em 2016,

ficando em linha com 2015. As despesas de SG&A e outras despesas aumentaram US$ 89

milhões em 2016 em comparação com 2015, devido, principalmente, à mudança de critério de

alocação gerencial53 e à baixa de itens de estoque.

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado de pelotas foi de US$ 625 milhões no 4T16, ficando 35,3% maior do que

os US$ 462 milhões registrados no 3T16. O aumento de US$ 163 milhões foi, principalmente,

devido a maiores preços de venda (US$ 128 milhões), maiores volumes de venda (US$ 48

milhões) e maiores dividendos recebidos das plantas de pelotizadoras arrendadas (US$ 43

milhões), usualmente pagas a cada 6 meses, que foram parcialmente compensados por

maiores custos e despesas (US$ 61 milhões).

A receita líquida de pelotas alcançou US$ 1,216 bilhão no 4T16, aumentando em US$ 225

milhões contra US$ 991 milhões registrados no 3T16. A elevação deveu-se a maiores preços

de vendas (US$ 128 milhões), que aumentaram de US$ 82,6 por tonelada no 3T16 para US$

92,3 por tonelada no 4T16, e aos maiores volumes de vendas (US$ 98 milhões), que passaram

dos 12,0 Mt registrados no 3T16 para 13,2 Mt no 4T16.

A produção de pelotas alcançou 12,6 Mt no 4T16, ficando 0,6 Mt acima do 3T16 devido,

principalmente, à maior produção nas plantas de Omã e Tubarão.

As vendas CFR de pelotas de 2,2 Mt no 4T16 representaram 16% do total das vendas de

pelotas, ficando em linha com o 3T16. As vendas em base FOB aumentaram de 9,8 Mt no

3T16 para 11,0 Mt no 4T16.

Os preços CFR/FOB de pelotas aumentaram em US$ 9,7/t, totalizando US$ 92,3/t no 4T16,

enquanto o preço de referência de minério de ferro Platts IODEX (CFR China) aumentou em

US$ 12,2/t no trimestre, como resultado de um maior percentual de vendas FOB no 4T16 e do

impacto negativo do sistema de precificação dos contratos.

O custo de pelotas totalizou US$ 594 milhões (ou US$ 692 milhões, considerando a

depreciação) no 4T16. Após serem ajustados pelos efeitos de maiores volumes (US$ 50

milhões) e variação cambial (-US$ 5 milhões), os custos aumentaram em US$ 37 milhões

quando comparados ao 3T16, devido, principalmente, à maior provisão para remuneração

variável e ao acordo coletivo de trabalho dos empregados no Brasil.

As despesas pré-operacionais e de parada de pelotas atingiram US$ 5 milhões no 4T16,

ficando em linha com o 3T16. As despesas de SG&A e outras despesas aumentaram US$ 22

53 Conforme descrito no box “Mudanças de alocação na contabilidade gerencial ” nas páginas 45-46 do relatório “Desempenho

da Vale no 4T15”.

Page 60: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

60

milhões no 4T16 em comparação com o 3T16, devido, principalmente, à baixa de itens de

inventário (US$ 14 milhões).

A margem EBITDA de pelotas foi de US$ 47,4/t no 4T16, ficando 23,0% maior do que no 3T16,

principalmente devido aos maiores volumes e preços de venda.

Pellets - EBITDA ex-Samarco 4T16 3T16

US$

milhões US$/wmt

US$ milhões

US$/wmt

Receita Líquida / Preço Realizado 1.216 92,2 991 82,6

Dividendos recebidos (plantas de pelotização arrendadas) ex-Samarco

43 3,3 - -

Custo (Minério de ferro, arrendamento, frete, suporte, energia e outros)

(594) (45,0) (512) (42,7)

Despesas (SG&A, P&D e outros) (40) (3,0) (17) (1,4)

EBITDA ex-Samarco 625 47,4 462 38,5

Break-even de caixa de finos de minério de ferro e pelotas

O break-even do EBITDA de minério de ferro e pelotas, medido pelos custos e despesas caixa

unitários numa base entregue na China (e ajustado por qualidade, diferencial de margem de

pelotas e umidade, excluindo ROM), sofreu uma redução de US$ 5,7/dmt, totalizando US$

28,9/t em 2016 quando comparado a 2015, devido, principalmente, aos ganhos de

produtividade operacionais, às iniciativas de redução de custo, à maior diluição de custos fixos

dados os maiores volumes de produção, aos menores preços de bunker oil e às menores taxas

de frete spot.

O break-even de caixa de minério de ferro e pelotas numa base entregue na China, incluindo

o investimento de manutenção, reduziu-s em US$ 6,5/dmt, passando de US$ 38,0/dmt em

2015 para US$ 31,5/dmt em 2016, como resultado das melhorias do break-even de EBITDA,

mencionadas acima, e da redução de US$ 0,8/dmt no investimento de manutenção por

tonelada, que passou de US$ 3,4/dmt em 2015 para US$ 2,6/dmt em 2016.

Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas US$/t 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t) 14,4 13,0 12,2 13,3 14,9

Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-bunker oil hedge) 13,2 12,0 14,1 12,2 16,0

Custo de distribuição de finos de minério de ferro 0,4 0,4 0,5 0,5 0,4

Despesa² & royalties de finos de minério de ferro 3,5 3,2 3,8 3,6 3,9

Ajuste de umidade de minério de ferro 2,7 2,5 2,6 2,6 3,0

Ajuste de qualidade de minério de ferro -2,1 -1,5 -1,1 -1,7 -1,9

EBITDA de equilíbrio de finos de minério de ferro entregue na China (US$/dmt)

32,1 29,6 32,1 30,5 36,2

Ajuste de pelotas de minério de ferro³ -1,5 -1,3 -1,1 -1,5 -1,6

EBITDA de equilíbrio de finos minério de ferro e pelotas (US$/dmt) 30,6 28,3 31,0 28,9 34,6

Investimentos correntes de finos de minério de ferro 3,2 2,5 2,1 2,6 3,4

Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas³ (US$/dmt)

33,7 30,8 33,1 31,5 38,0

¹ Medido pelo custo unitário + despesas+ investimentos correntes ajustado por qualidade ² Líquido de depreciação ³ US$ 0.7/t do 2Q16 estão relacionados aos dividendos recebidos das plantas pelotizadoras, que são usualmente pagos a cada seis meses

Page 61: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

61

Break-even anual do EBITDA de minério de ferro e pelotas entregue na China

O break-even trimestral do EBITDA de minério de ferro e pelotas, medido pelos custos e

despesas caixa unitários numa base entregue na China (e ajustado por qualidade, diferencial

de margem de pelotas e umidade, excluindo ROM), aumentou 8,1%, passando de US$

28,3/dmt no 3Q16 para US$ 30,6/dmt no 4Q16, devido, principalmente, aos aumentos no custo

caixa C1 e no frete marítimo. Os custos caixa C1 aumentaram devido, principalmente, ao

acordo coletivo de trabalho dos empregados no Brasil e à provisão de remuneração variável,

enquanto os custos de frete aumentaram, principalmente, em função de maiores preços de

bunker oil e de maiores taxas de frete spot.

O break-even de caixa de minério de ferro e pelotas numa base entregue na China, incluindo

o investimento de manutenção de US$ 3,2/dmt, aumentou de US$ 30,8/dmt no 3Q16 para US$

33,7/dmt no 4T16.

Page 62: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

62

Break-even trimestral do EBITDA de minério de ferro e pelotas entregue na China

Manganese and ferroalloys

DESEMPENHO ANUAL

O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas em 2016 foi de US$ 56 milhões,

ficando US$ 87 milhões acima de 2015, principalmente em função de maiores preços (US$ 83

milhões).

A receita líquida de manganês aumentou de US$ 100 milhões, em 2015, para US$ 206 milhões

em 2016, em função de maiores preços (US$ 83 milhões). Em 2016, a produção de minério

de manganês totalizou 2,371 Mt, ficando em linha com 2015. O volume vendido de manganês

alcançou 1,851 Mt em 2016 contra 1,764 Mt em 2015.

A receita líquida de ferroligas aumentou em 2016 para US$ 96 milhões, em relação aos US$

62 milhões de 2015, principalmente devido ao efeito de maiores volumes vendidos (US$ 52

milhões), que foram parcialmente compensados pelos menores preços (US$ 18 milhões). O

volume vendido aumentou de 69.000 t em 2015 para 127.000 t em 2016, principalmente em

razão do reinício das operações da unidade de Barbacena.

O custo de manganês e ferroligas totalizou US$ 231 milhões (ou US$ 258 milhões incluindo

depreciação) em 2016. Os custos aumentaram US$ 9 milhões se comparados com 2015

depois do ajuste pelos efeitos de maiores volumes (US$ 52 milhões) e pelo efeito positivo da

variação cambial (US$ 5 milhões).

Page 63: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

63

DESEMPENHO TRIMESTRAL

O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas foi de US$ 45 milhões no 4T16,

ficando US$ 41 milhões abaixo dos US$ 4 milhões negativos no 3T16, principalmente devido

ao impacto de maiores preços (US$ 28 milhões), maiores volumes de vendas (US$ 3 milhões)

e menores custos e despesas (US$ 11 milhões).

A receita líquida de manganês aumentou para US$ 87 milhões no 4T16, em comparação com

os US$ 51 milhões no 3T16, devido aos maiores preços de vendas (US$ 26 milhões) e volume

vendido (US$ 10 milhões) no 4T16, O volume vendido aumentou de 448.000 t, no 3T16, para

534.000 t, no 4T16.

A receita líquida de ferroligas foi de US$ 30 milhões no 4T16 contra US$ 25 milhões em 3T16,

principalmente devido aos maiores volumes (US$ 3 milhões) e maiores preços de venda (US$

2 milhões). O volume vendido de ferroligas aumentou para 35.000 t no 4T16 contra 31.000 t

no 3T16

O custo de manganês e ferroligas totalizou US$ 69 milhões (ou US$ 77 milhões, incluindo

depreciação) no 4T16. Os custos caíram US$ 5 milhões, se comparados com o 3T16, depois

dos ajustes dos efeitos de maiores volumes (-US$ 10 milhões) e do efeito positivo da variação

cambial (US$ 1 milhão).

Perspectiva de mercado – minério de ferro

O preço de minério de ferro Platts IODEX 62% ficou, em média, US$ 58,5/dmt em 2016,

aumentando 5% em comparação com 2015. Desde o início de 2016, os preços começaram a

melhorar e o minério de ferro Platts IODEX 62% teve uma média de US$ 70,8/dmt no 4T16,

aumentando 51,7% ano a ano e 20,8% em relação ao trimestre anterior.

A demanda de aço na China melhorou por conta de expansões de crédito, o que encorajou

uma recuperação nos investimentos em ativos fixos, particularmente nos setores imobiliário e

industrial, a partir de meados de 2016. As vendas de imóveis aumentaram de 6,5% ano a ano

em 2015 para 22,5% em 2016; as casas novas recuperaram de -14% ano a ano para 8,1% e

o espaço em construção aumentou de 1,3% ano-a-ano para 3,2% em 2016.

A produção de aço cresceu 1,2% na China, atingindo 808 Mt em 2016, elevando as

importações chinesas de minério de ferro no mercado transoceânico para um recorde de 1.024

Mt (base seca), representando um aumento de 7,5% em relação a 2015.

A demanda por minério de ferro de alta qualidade também aumentou no 2S16, impulsionada

pelos requisitos de produtividade das siderúrgicas chinesas em épocas de altos preços do

carvão de coque e também devido a um desbalanceamento da oferta de minério de alto e

baixo teor. Os prêmios do minério de ferro com 65% de Fe ajustados pelo diferencial de Fe de

1% aumentaram 108% no 4T16 em relação ao trimestre anterior.

Page 64: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

64

Em outros países, ex-China, a produção de aço bruto aumentou para 820 Mt em 2016, o que

representou uma elevação de 0,4% em relação ao ano anterior e uma reversão do fraco início

de 2016 observado.

Para 2017, espera-se que a demanda de minério de ferro permaneça firme, apoiada pela

disponibilidade de crédito na China e num crescimento estável nos investimentos em ativos

fixos.

Vendas de minério de ferro e pelotas por destino mil toneladas métricas 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

Américas 10.699 9.275 8.549 36.367 10,7 41.187 12,3

Brasil 8.679 7.384 7.346 28.890 8,5 35.665 10,6

Outros 2.020 1.891 1.203 7.477 2,2 5.522 1,6

Ásia 68.013 61.353 65.574 242.244 71,0 229.268 68,4

China 56.181 49.061 52.898 196.348 57,6 179.470 53,6

Japão 7.042 7.512 7.782 28.188 8,3 29.499 8,8

Outros 4.790 4.780 4.894 17.708 5,2 20.299 6,1

Europa 12.619 12.421 15.006 49.421 14,5 53.385 15,9

Alemanha 5.839 4.753 5.471 20.543 6,0 21.991 6,6

França 1.851 1.549 1.474 6.609 1,9 5.814 1,7

Outros 4.929 6.119 8.061 22.269 6,5 25.580 7,6

Oriente Médio 2.795 2.274 2.095 8.999 2,6 9.745 2,9

Resto do mundo 1.570 1.260 453 3.996 1,2 1.360 0,4

Total 95.696 86.583 91.677 341.027 100,0 334.946 100,0

Indicadores financeiros selecionados - Minerais ferrosos US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Receita líquida 7.047 4.959 3.830 20.351 16.562

Custos¹ (2.753) (2.293) (2.497) (9.125) (10.241)

Despesas¹ (141) (95) 120 (572) (380)

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (52) (49) (61) (186) (169)

Despesas com P&D (45) (29) (27) (105) (128)

Dividendos recebidos 53 - 44 113 255

EBITDA ajustado 4.109 2.493 1.409 10.476 5.899

Depreciação e amortização (489) (399) (388) (1.616) (1.669)

EBIT ajustado 3.567 2.094 977 8.747 3.975

Margem EBIT ajustado (%) 50,6 42,2 25,5 43,0 24,0

¹ Excluindo depreciação e amortização

Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro 4T16 3T16 4T15 2016 2015

EBITDA ajustado (US$ milhões) 3.391 1.989 1.095 8.530 4.181

Volume vendido (Mt) 80,287 74,231 79,213 289,940 276,393

EBITDA ajustado (US$/t) 42,24 26,79 13,82 29,42 15,13

Indicadores financeiros selecionados - Pelotas (excluindo Samarco) 4T16 3T16 4T15 2016 2015

EBITDA ajustado (US$ milhões) 625 462 336 1.820 1.539

Volume vendido (Mt) 13,190 12,001 10,837 47,709 46,284

EBITDA ajustado (US$/t) 47,38 38,50 31,00 38,15 33,24

Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro e pelotas

4T16 3T16 4T15 2016 2015

EBITDA ajustado (US$ milhões) 4.016 2.451 1.431 10.265 5.644

Volume vendido (Mt) 93,477 86,232 90,050 337,649 322,677

EBITDA ajustado (US$/t) 42,96 28,42 15,89 30,40 17,49

Page 65: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

65

Metais Básicos

Desempenho anual

O EBITDA ajustado de Metais Básicos alcançou US$ 1,848 bilhão em 2016, representando

um aumento de US$ 460 milhões em relação ao US$ 1,388 bilhão registrado em 2015. O

aumento ocorreu, principalmente, devido às menores despesas (US$ 312 milhões), aos

menores custos54 (US$ 305 milhões), aos maiores volumes (US$ 148 milhões) e ao impacto

favorável das variações cambiais (US$ 126 milhões), que foram parcialmente compensados

por menores preços de metais básicos (US$ 431 milhões).

RECEITAS E VOLUMES DE VENDA

A receita das vendas de metais básicos e seus subprodutos totalizou US$ 6,139 bilhões em

2016 contra US$ 6,163 bilhões em 2015. A diminuição ocorreu, principalmente, devido aos

menores preços de níquel (US$ 544 milhões), que foram parcialmente compensados por

maiores vendas de níquel (US$ 182 milhões) e cobre (US$ 144 milhões); aos maiores preços

dos subprodutos de prata, ouro e cobalto (US$ 101 milhões) e aos maiores volumes dos

subprodutos de prata, ouro e cobalto (US$ 89 milhões).

A produção de níquel alcançou o novo recorde anual de 311 kt em 2016, ficando 20 kt acima

de 2015, como resultado da maior produção em Sudbury e VNC. A produção de cobre

alcançou o novo recorde anual de 446 kt em 2016, ficando 32 kt acima de 2015, como resultado

da maior produção em Salobo e Sudbury. O ouro contido como subproduto em nossos

concentrados de níquel e de cobre alcançou o recorde histórico de 483.000 onças troy (oz) em

2016.

CUSTOS E DESPESAS

O CPV de Metais Básicos foi de US$ 4,128 bilhões (US$ 5,697 bilhões, incluindo depreciação),

uma diminuição de 3,9% em relação a 2015. Após ajustar pelos efeitos de volume (US$ 260

milhões) e variação cambial (US$ 123 milhões), os custos diminuíram US$ 305 milhões em

relação a 2015.

O SG&A e outras despesas, excluindo depreciação, alcançaram um valor positivo de US$ 30

milhões em 2016 devido ao efeito favorável de US$ 150 milhões da transação de goldstream

registrada no 3T16. O SG&A e outras despesas diminuíram US$ 66 milhões em 2016, em

relação a 2015, excluindo os efeitos positivos das transações de goldstream no 1T15 e 3T16.

54 Líquido dos efeitos de volume e variação cambial.

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66

As despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, alcançaram US$ 114

milhões, ficando US$ 299 milhões abaixo de 2015, principalmente devido ao fim da alocação

de custos de VNC nas despesas pré-operacionais (US$ 287 milhões) e às menores despesas

com Long Harbour (US$ 10 milhões).

Metais Básicos – custo caixa unitário das vendas, após créditos de subprodutos

Despesas totais1

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67

Desempenho trimestral

O EBITDA ajustado alcançou US$ 543 milhões no 4T16, aumentando US$ 93 milhões em

relação ao 3T1655, como resultado de maiores preços (US$ 123 milhões) e da variação cambial

(US$ 17 milhões), que mais do que compensaram os maiores custos56 (US$ 21 milhões) e

despesas de SG&A (US$ 13 milhões).

RECEITAS E VOLUMES DE VENDA

A receita das vendas de níquel foi de US$ 894 milhões no 4T16, aumentando US$ 97 milhões

em relação ao 3T16, como resultado do impacto positivo dos maiores volumes (US$ 53

milhões) e dos maiores preços realizados de níquel no 4T16 (US$ 44 milhões). Os volumes

de venda foram de 83 kt, significando um aumento de 6 kt em relação ao trimestre anterior.

A receita das vendas de cobre foi de US$ 585 milhões no 4T16, aumentando US$ 133 milhões

em relação ao 3T16, como resultado de maiores preços realizados de cobre no 4T16 (US$

101 milhões) e de maiores volumes (US$ 32 milhões). Os volumes de venda foram de 115 kt

no 4T16, ficando 8 kt acima do 3T16.

A receita das vendas de PGMs (metais do grupo da platina) foi de US$ 52 milhões no 4T16,

diminuindo US$ 52 milhões em relação ao 3T16. Os volumes de venda foram de 73.000 onças

no 4T16 contra 130.000 onças no 3T16. Os volumes de venda de PGMs diminuíram,

principalmente devido à menor produção de platina e de paládio.

A receita das vendas de ouro contido como subproduto em nossos concentrados de níquel e

de cobre foi de US$ 164 milhões no 4T16, diminuindo US$ 15 milhões em relação ao 3T16

como resultado de menores preços realizados (US$ 16 milhões). Os volumes de venda do

subproduto de ouro foram de 132.000 onças no 4T16, ficando 3.000 onças acima do 3T16.

Receita operacional liquida por produto

US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Níquel 894 797 782 3.050 3.412

Cobre 585 452 413 1.915 1.720

PGMs 52 104 96 351 404

Ouro como subproduto 164 179 122 627 477

Prata como subproduto 13 9 8 42 30

Outros 52 38 37 154 119

Total 1.760 1.579 1.458 6.139 6.163

55 3T16 líquido do efeito positivo não-recorrente da transação de goldstream (US$ 150 milhões).

56 Após o ajuste de impacto por maiores volumes.

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68

PREÇO REALIZADO DE NÍQUEL

O preço realizado de níquel foi de US$ 10.803/t, ficando US$ 7/t abaixo da média do preço de

níquel na LME, que foi de US$ 10.810/t, no 4T16.

Os produtos de níquel da Vale são divididos em duas categorias: níquel refinado (pelotas,

powders, catodos, FeNi, Utility Nickel™ e Tonimet™) e intermediários (concentrados, matte,

NiO e NHC).

Os produtos de níquel refinado possuem maiores quantidades de níquel contido, obtendo

tipicamente um prêmio sobre a média do preço de níquel na LME, enquanto os produtos

intermediários de níquel apresentam menos pureza, já que são apenas parcialmente

processados. Por causa dessa diferença, produtos intermediários são vendidos com desconto.

O montante do desconto irá variar de acordo com a quantidade de processamento que ainda

se faz necessária, com a forma do produto e com o nível de impurezas. O mix de produtos

vendidos também é um importante fator na realização de preço do níquel.

As vendas de níquel refinado representaram 87% do total de vendas de níquel no 4T16, com

as vendas de intermediários representando o restante.

O preço realizado de níquel diferiu da média do preço LME no 4T16, o que aconteceu com

base nos seguintes impactos:

Prêmio para produtos acabados de níquel refinado com média de US$ 325/t, com um

impacto agregado no preço realizado de US$ 283/t;

Desconto para produtos intermediários de níquel com média de US$ 2.238/t, com

impacto agregado no preço realizado de -US$ 290/t.

Page 69: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

69

Realização de preço – níquel

PREÇO REALIZADO DE COBRE

O preço realizado de cobre foi de US$ 5.093/t, ficando US$ 184/t abaixo da média do preço

de cobre na LME, que foi de US$ 5.277/t no 4T16. Os produtos de cobre da Vale são, em

geral, formas intermediárias de cobre, predominantemente na forma de concentrado, que são

vendidos com desconto em relação à LME. Estes produtos são vendidos a preços provisórios

durante o trimestre, sendo os preços finais determinados em um período futuro, geralmente

de um a quatro meses adiante57.

O preço realizado de cobre diferiu da média do preço da LME no 4T16, com base nos seguintes

impactos:

Ajustes de precificação em período atual: marcação a mercado das faturas ainda em

aberto no trimestre baseada em preços de cobre na curva de preço futuro58 ao fim do

trimestre (-US$ 214/t);

Ajustes de preço de períodos anteriores: variação entre o preço utilizado nas faturas

finais (e na marcação a mercado das faturas de trimestres anteriores e ainda em

aberto ao final do trimestre atual) e os preços provisórios usados nas vendas dos

trimestres anteriores (US$ 434/t).

TC/RCs, penalidades, prêmios e descontos para produtos intermediários (-US$ 403/t).

57 Em 31 de dezembro de 2016, a Vale tinha 115.687 t de cobre precificadas provisoriamente com base na curva de preço

futura da LME de US$ 5.239/t, sujeitas à precificação final nos próximos meses.

58 Inclui um pequeno montante de faturas finais que foram precificadas provisoriamente e finalizadas no próprio trimestre.

Page 70: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

70

Excluindo os efeitos de ajuste de preço de períodos anteriores e dos descontos para produtos

intermediários de cobre incluindo TC/RC, o preço realizado bruto de cobre59 foi de US$ 5.063/t

no 4T16.

Realização de preço - cobre

O preço realizado de cobre aumentou 21% no 4T16 em relação ao 3T16, enquanto os preços

de cobre na LME aumentaram 11% no mesmo período. Isto se deveu, principalmente, ao

impacto favorável do sistema de preços provisórios na receita das vendas, que foi de US$ 25

milhões no 4T16 contra -US$ 22 milhões no 3T16, parcialmente compensado pelos maiores

descontos associados aos produtos intermediários de cobre que aumentaram os TC/RCs,

penalidades e descontos no 4T16 (US$ 9 milhões).

Preço médio realizado

US$ por tonelada 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Níquel - LME 10.810 10.265 9.437 9.609 11.807

Cobre - LME 5.277 4.772 4.892 4.863 5.494

Níquel 10.803 10.317 9.310 9.800 11.684

Cobre 5.093 4.218 3.824 4.458 4.353

Platina (US$ por onça troy) 887 1.060 818 919 1.020

Ouro (US$ por onça troy) 1.246 1.383 1.064 1.260 1.123

Prata (US$ por onça troy) 18,52 15,15 10,00 16,22 12,63

Cobalto (US$ por lb) 12,71 11,83 8,55 11,01 9,95

DESEMPENHO DO VOLUME DE VENDA

Os volumes de venda de níquel alcançaram 83 kt no 4T16, ficando 6 kt acima do trimestre

anterior e em linha com o 4T15.

59 Preço que deve ser usado para comparar com o preço realizado de outros produtores de cobre.

Page 71: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

71

Os volumes de venda de cobre alcançaram um recorde histórico de 115 kt no 4T16, ficando 8

kt acima do trimestre anterior e 7 kt acima do 4T15, devido às maiores vendas de cobre das

nossas operações de níquel no Atlântico Norte e em Salobo.

Os volumes de venda de ouro como subproduto alcançaram um recorde de 132.000 onças no

4T16, ficando 3.000 onças acima do 3T16 e 18.000 onças acima do 4T15, principalmente como

resultado do desempenho de Salobo.

Volume vendido

mil toneladas 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Operações de Níquel & Subprodutos

Níquel 83 77 84 311 292

Cobre 44 42 43 172 148

Ouro como subproduto ('000 oz) 25 24 15 94 79

Prata como subproduto ('000 oz) 524 388 582 1.851 1.655

PGMs ('000 oz) 73 130 140 507 519

Cobalto (metric ton) 1.487 1.069 1.433 4.734 3.840

Operações de Cobre & Subprodutos

Cobre 71 65 65 258 249

Ouro como subproduto ('000 oz) 107 105 99 403 346

Prata como subproduto ('000 oz) 203 221 178 727 648

Custos e despesas

Os custos e despesas, sem os efeitos não recorrentes da transação de goldstream (US$ 150

milhões) no 3T16, aumentaram US$ 88 milhões no 4T16, principalmente devido aos maiores

volumes (US$ 61 milhões), às maiores despesas (US$ 23 milhões) e aos maiores custos (US$

21 milhões), parcialmente compensados pelo impacto positivo da variação cambial (-US$ 17

milhões).

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV)

Os custos alcançaram US$ 1,112 bilhão no 4T16 (ou US$ 1,498 bilhão, incluindo depreciação).

Após o ajuste pelos efeitos de variação cambial (-US$ 17 milhões) e maiores volumes de venda

(US$ 61 milhões), os custos aumentaram US$ 21 milhões contra os do 3T16, principalmente

devido aos custos de pessoal relacionado com a distribuição de lucros que está atrelada à

performance da Vale, parcialmente compensados por menores custos de manutenção

programada.

CPV METAIS BÁSICOS – 4T16 x 3T16

Principais variações

US$ milhões 3T16 Volume Variação Cambial

Outros Variação Total

3T16 x 4T16 4T16

Custos totais antes de depreciação e amortização

1.047 61 (17) 21 65 1.112

Depreciação 382 6 (8) 6 4 386

Total 1.429 67 (25) 27 69 1.498

Page 72: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

72

CUSTO CAIXA UNITÁRIO

O custo caixa unitário das operações do Atlântico Norte ficou em linha com o do 3T16. O caixa

custo unitário de Onça Puma aumentou, principalmente, devido ao impacto da diminuição de

14% na produção no 4T16. O custo caixa unitário de VNC, considerando os efeitos dos créditos

de subprodutos, diminuiu de US$ 12.425/t registrados no 3T16 para US$ 11.017/t no 4T16,

principalmente devido aos menores custos associados a manutenções programadas (US$ 11

milhões no 3T16).

O custo caixa unitário de Sossego aumentou, principalmente, devido ao impacto da diminuição

de 7% da produção no 4T16. O custo caixa unitário em Salobo diminuiu, sobretudo, devido ao

impacto positivo do aumento de 12% da produção no 4T16 e de menores despesas com

serviços e insumos de manutenção no 4T16.

Metais Básicos – custo caixa unitário das vendas, após créditos de subprodutos

Metais Básicos – custo caixa unitário das vendas por operação, líquido dos créditos de subprodutos1

US$ / t 4T16 3T16 4T15

NÍQUEL

Operações do Atlântico Norte (níquel) 3.412 3.403 3.582

PTVI (níquel) 5.695 5.192 6.326

VNC2 (níquel) 11.017 12.425 17.380

Onça Puma (níquel) 9.204 8.1663 7.710

COBRE

Sossego (cobre) 3.207 2.741 2.840

Salobo (cobre) 589 935 1.571

1 Números do Atlântico Norte incluem custos de refino em Clydach e Acton, enquanto PTVI e VNC incluem apenas os custos de suas

operações.

2 O custo caixa uni tário de venda inclui despesas pré -operacionais para os per íodos anteriores ao 1T16.

3 Excluindo o efei to não recorrente da baixa contábil de estoques d e Onça Puma (US$ 64 milhões).

Page 73: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

73

DESPESAS

O SG&A e outras despesas, excluindo depreciação, alcançaram um valor de US$ 53 milhões,

representando um aumento de US$ 20 milhões em relação aos US$ 33 milhões do 3T1660.

As despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, alcançaram US$ 30

milhões, refletindo as despesas de Long Harbour. Os custos de VNC estão sendo

completamente alocados em CPV, não mais impactando as despesas pré-operacionais e de

parada desde o 1T16.

Desempenho por operação

Os detalhes dos componentes do EBITDA de Metais Básicos por operação estão detalhados

abaixo:

Desempenho do EBITDA de Metais Básicos – 4T16

US$ milhões Atlântico

Norte PTVI VNC Sossego Salobo

Onça Puma

Outros1 Total

Metais Básicos

Receita líquida 846 179 137 141 355 68 34 1.760

Custos2 (536) (123) (166) (90) (150) (58) 12 (1.112)

SG&A e outras despesas (23) (4) (1) (13) (2) (3) (8) (53)

P&D (12) (3) (2) (2) - - (3) (22)

Pré-operacional e de parada

(30) - - - - - - (30)

EBITDA 245 49 (32) 36 203 7 35 543

Vendas de Ni (kt) 44 21 12 - - 6 - 83

Vendas de Cu (kt) 44 - - 23 48 - - 115 1 Inclui os off- takes de PTVI e VNC, vendas intercompany , compras de níquel de terceiros e os centros corporativos alocados para

metais básicos, o SG&A e outras despesas também incluem o efei to posi tivo dos dividendos de KNC (US$ 4 milhões). 2 O CPV de Metais Básicos teve sua composição de moedas no 4T16 de: 43% em dólares canadenses, 25% em reais brasi leiros, 20%

em dólares americanos, 9% em euro e 2% em rúpias da Indonésia.

EBITDA

Os detalhes do EBITDA ajustado de Metais Básicos por operação são os seguintes:

O EBITDA das operações do Atlântico Norte foi de US$ 245 milhões, diminuindo US$

40 milhões em relação ao 3T16, principalmente devido aos maiores custos de pessoal

relacionado com o programa de incentivo de distribuição de lucros (US$ 61 milhões),

aos maiores custos de serviços operacionais e aos maiores custos energéticos

sazonais no 4T16 em relação ao 3T16, devido às baixas temperaturas.

O EBITDA de PTVI foi de US$ 49 milhões, ficando em linha com o 3T16.

60 Líquido dos efeitos de US$ 150 milhões da transação de goldstream realizada no 3T16 que foi registrada em “outras

despesas”

Page 74: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

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O EBITDA de VNC foi negativo em US$ 32 milhões, melhorando em relação aos US$

39 milhões negativos registrados no 3T16, como resultado de menores custos (US$ 7

milhões).

O EBITDA de Onça Puma foi de US$ 7 milhões, aumentando em US$ 56 milhões em

relação ao 3T16 como resultado do efeito não recorrente da baixa contábil de estoques

de ROM de baixo teor (US$ 64 milhões) no 3T16.

O EBITDA de Sossego foi de US$ 36 milhões, aumentando US$ 4 milhões em relação

ao 3T16, principalmente como resultado de maiores preços (US$ 27 milhões) que

foram parcialmente compensados por maiores custos e despesas (US$ 14 milhões) e

menores volumes (US$ 8 milhões).

O EBITDA de Salobo foi de US$ 203 milhões, aumentando US$ 72 milhões em relação

ao 3T16 (excluindo US$ 150 milhões de impacto da transação de goldstream no 3T16),

principalmente devido a menores custos e despesas (US$ 31 milhões), maiores preços

(US$ 26 milhões) e volumes (US$ 11 milhões).

Metais Básicos – EBITDA por operação

Perspectiva de mercado – Metais Básicos

NÍQUEL

Os preços de níquel na LME continuaram a melhorar durante o 4T16, alcançando uma média

de US$ 10.810/t em relação aos US$ 10.265/t atingidos no 3T16. O aumento nos preços pode

ser atribuído ao aumento na produção de aço inoxidável na China e em outros países. O preço

de níquel na LME alcançou uma média de US$ 9.609/t em 2016, ficando 18,6% abaixo de

2015.

US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Operações do Atlântico Norte1 245 285 187

PTVI 49 48 28

VNC (32) (39) (107)

Onça Puma 7 (49) (10)

Sossego2 36 32 14

Salobo 203 2813 75

Outros2 35 42 (76)

Total 543 6003 111

1 Inclui operações no Canadá e no Reino Unido.

2 Inclui off- takes de PTVI e VNC, vendas intercompany e compra de níquel de terceiros e os centros corporativos alocados em metais

básicos.

3 Inclui o efei to posi tivo não recorrente da transação de goldstream (US$ 150 milhões).

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75

A produção global de aço inoxidável continuou a aumentar no 4T16, elevando-se

aproximadamente 12% em relação ao mesmo período de 2015. A produção de aço inoxidável

na China no 4T16 aumentou aproximadamente 5% em relação ao 3T16, e 15% em relação ao

4T15, conforme a produção continuou a expandir a despeito do fechamento de capacidade

durante o trimestre. A demanda por níquel em aplicações fora da indústria de aço inoxidável

permaneceu robusta, particularmente nos setores automotivo e aeroespacial.

No que diz respeito à oferta, a produção mundial de níquel refinado em 2016 diminuiu quase

2% em comparação com 2015. A produção de NPI na China aumentou 11% no 4T16 em

relação ao 3T16 e 28% em relação ao 4T15. A despeito desse aumento, a importação de

minério de níquel na China, que abastece a produção de NPI, diminuiu 10% nos 11M16 em

relação aos 11M15. Importações de FeNi na China aumentaram para 140,8 kt de níquel

contido nos 11M16 contra 127,5 kt de níquel contido nos 11M15, principalmente como

resultado do ramp-up de smelters de níquel na Indonésia. Importações de níquel refinado na

China aumentaram nos 11M16 com 345 kt de níquel importado em 2016 contra 258 kt no

mesmo período em 2015.

Os estoques das bolsas de metais continuaram a cair durante o quarto trimestre com o

aumento nos estoques da LME sendo mais do que compensado por uma diminuição dos

estoques na SHFE. Os estoques na LME no final do ano estavam em 371 kt, diminuindo 70 kt

desde o início de 2016. Ao mesmo tempo, estoques na SHFE aumentaram 45,6 kt, alcançando

93,9 kt no mesmo período. O impacto líquido nos estoques globais das bolsas de metais foi

uma diminuição de 24,4 kt durante o ano de 2016, indicando que o mercado de níquel esteve

em déficit no ano.

Em 11 de janeiro de 2017, o governo da Indonésia lançou um decreto ministerial que altera a

Lei Mineral de 2009, no 4/2009, que estipula um embargo na exportação de minério não

processado ou semi-processado do país. O decreto ministerial permite o reinício controlado

das exportações de minério de níquel da Indonésia. Essa mudança pode ter a consequência

não intencional de retardar o investimento no desenvolvimento de smelters no país, em vista

da disponibilidade de minério de níquel da Indonésia no mercado. Em 2 de fevereiro de 2017,

o governo das Filipinas anunciou o resultado de uma auditoria nacional de mineração que foi

conduzida pelo Departamento de Meio Ambiente e Recursos Naturais (DENR) com mais da

metade das minas associadas às exportações de níquel das Filipinas, sendo identificadas para

potencial fechamento. Ainda é incerta a quantidade de minério que poderia ser potencialmente

exportada da Indonésia e, de igual forma, é incerto se as minas nas Filipinas serão fechadas

ou temporariamente suspensas. O mercado estava em déficit em 2016 e esperava-se que o

déficit fosse aumentar em 2017. No entanto, dependendo dos volumes exportados da

Indonésia, bem como dos fechamentos de minas nas Filipinas, caso isso ocorra, o déficit em

2017 deve ser menor do que o anteriormente esperado e, com isso, a redução no nível de

Page 76: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

76

estoques globais também deve ocorrer mais lentamente. Como resultado, espera-se que a

recuperação do preço tome mais tempo do que o esperado.

A perspectiva de longo prazo do níquel continua positiva conforme o mercado caminha a um

provável déficit de oferta e investimentos de capital para novos projetos e substituição de

volumes correntes são postergados em um contexto de condições econômicas desafiadoras.

Espera-se que a demanda melhore conforme as economias globais se estabilizem e continuem

a crescer, ao mesmo tempo em que a demanda do segmento das baterias para manufatura

de veículos elétricos passe a ter um papel cada vez mais importante no mercado de níquel ao

longo dos próximos anos.

COBRE

Após oscilar em uma mesma faixa de preço durante os três primeiros trimestres de 2016, o

preço de cobre na LME aumentou em quase 11% no quarto trimestre, alcançando uma média

de US$ 5.277/t no 4T16 contra US$ 4.772/t no 3T16. Este aumento de preço ocorreu,

principalmente, devido ao fortalecimento da demanda da China bem como ao sentimento

positivo em relação ao potencial crescimento de investimentos em infraestrutura nos Estados

Unidos. A média do preço de cobre em 2016 foi de US$ 4.863/t, diminuindo 11,5% em relação

a 2015.

A demanda por cobre refinado permaneceu fraca durante o quarto trimestre na medida em que

os preços mais altos de cobre incentivaram a oferta de sucata de cobre no mercado. Isso ficou

evidente na China, com o consumo de cobre refinado diminuindo mais de 8% no 4T16 em

relação 3T16. No entanto, a demanda global aumentou 2% no 4T16 em relação ao mesmo

período em 2015, conforme os principais setores consumidores de cobre, incluindo a produção

de automóveis e de aparelhos de ar condicionado, melhoraram em 2016.

Pelo lado da oferta, a produção global de cobre refinado aumentou 5% principalmente devido

ao desempenho da China, onde a produção de material refinado aumentou mais de 8% em

2016 na comparação com 2015. Isso resultou em maior demanda por importação de

concentrado de cobre e uma subsequente diminuição das importações de refinados (+30% e

+0.4% nos 11M16 contra os 11M15, respectivamente).

O TC/RC no mercado spot dos smelters chineses diminuiu significativamente em novembro,

após o estabelecimento do benchmark para TC/RCs anuais em 2017 a níveis 5% abaixo de

2016. Os TC/RCs spot continuaram a cair em dezembro, ficando em linha com as expectativas

de que o mercado de concentrado de cobre se aqueça em 2017.

Os estoques de cobre nas bolsas de metais da Comex e Shanghai aumentaram durante o

quarto trimestre (39,5 kt e 16,1 kt Cu, respectivamente), enquanto os estoques na LME

diminuíram em 43,9 kt Cu. O total de estoques aumentou 72,7 kt Cu nas três bolsas de metais

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77

ao longo de 2016 e ficou acima de 555 kt Cu no final de 2016, indicando que o mercado de

cobre estava em sobreoferta durante o 4T16.

Espera-se que o mercado chegue ao equilíbrio em 2017, com a demanda por cobre refinado

continuando a melhorar, ao mesmo tempo em que o aumento da oferta enfraquece na medida

em que projetos e expansões recentes de minas completem seu ramp-up. Além disso, há

maiores riscos de interrupções de oferta dado que as greves e negociações trabalhistas no

Chile e as negociações sobre as exportações que ocorrem na Indonésia dão suporte ao preço

no curto prazo. Mais adiante, há aparente incerteza quanto ao crescimento da demanda na

China durante o segundo semestre. No entanto, quanto ao longo prazo, espera-se que o

mercado de cobre melhore na medida em que a oferta futura seja restringida por menores

teores de minério e investimentos de capital sejam postergados.

Indicadores financeiros selecionados - Metais Básicos

US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Receita líquida 1.760 1.579 1.458 6.139 6.163

Custos¹ (1.112) (1.047) (1.131) (4.128) (4.296)

Despesas¹ (57) 117 (95) 30 44

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (30) (26) (89) (114) (412)

Despesas com P&D (22) (23) (32) (83) (111)

Dividendos recebidos 4 0 0 4 0

EBITDA ajustado 543 600 111 1.848 1.388

Depreciação e amortização (410) (403) (484) (1.658) (1.840)

EBIT ajustado 129 197 (373) 186 (452)

Margem EBIT ajustado (%) 7,4 12,5 (25,6) 3,0 (7,3)

¹ Excluindo depreciação e amortização

Page 78: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

78

Carvão

Desempenho anual

EBITDA

O EBITDA ajustado para o segmento de carvão melhorou significativamente, passando de um

negativo de US$ 508 milhões, em 2015, para o negativo em US$ 54 milhões, em 2016, como

resultado do ramp-up do Corredor Logístico de Nacala e da planta de Moatize II e, ainda, do

significativo aumento de preços de carvão, os quais foram parcialmente mitigados por fatores

geológicos enfrentados em Carborough Downs em 2016. O aumento do EBITDA de US$ 454

milhões foi gerado principalmente por menores custos e despesas61 (US$ 386 milhões) e

maiores preços de vendas (US$ 155 milhões).

O EBITDA ajustado do carvão embarcado pelo porto de Nacala alcançou US$ 110 milhões em

2016 com o ramp-up do Corredor Logístico de Nacala e com o start-up da planta de

processamento do carvão de Moatize II (CHPP). Espera-se mais melhorias no desempenho

do segmento de carvão à medida que avance o ramp-up do Corredor Logístico de Nacala e

da planta de processamento de Moatize II (CHPP). O ramp-up está progredindo muito bem,

com outro recorde de produção mensal alcançado em janeiro de 2017, o que levou à redução

de US$ 21,0/t no custo de produção por tonelada de carvão embarcado pelo porto de Nacala62,

passando de US$ 97,8/t no 4T16 para US$ 76,8/t em janeiro de 2017.

O EBITDA ajustado de carvão embarcado através do porto de Beira ficou negativo em US$

215 milhões, sendo parcialmente compensado pelo EBITDA ajustado das operações na

Austrália de US$ 51 milhões em 2016.

RECEITA E VOLUMES DE VENDAS

A receita líquida de carvão metalúrgico aumentou de US$ 479 milhões, em 2015, para US$

587 milhões, em 2016, em função dos maiores preços de vendas (US$ 161 milhões) que foram

parcialmente mitigados por menores volumes de vendas (US$ 51 milhões). A receita líquida

do carvão térmico aumentou de US$ 47 milhões, em 2015, para US$ 252 milhões, em 2016,

como resultado de maiores volumes de vendas (US$ 208 milhões) que foram parcialmente

compensados por menores preços de vendas (US$ 5 milhões).

O volume de vendas de carvão metalúrgico foi de 4,907 Mt em 2016, diminuindo em 707 kt em

relação ao registrado em 2015, devido à queda de 33% no volume de vendas de Carborough

Downs, que enfrentou problemas geológicos em 2016 e foi vendida em novembro de 2016. O

volume de vendas de carvão térmico alcançou 5,457 Mt em 2016 contra 0,892 Mt em 2015,

61 Depois de ajustar pelos impactos de variação de volume e câmbio. 62 Custo caixa FOB no porto (mina, planta, ferrovia e porto).

Page 79: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

79

como resultado do aumento da capacidade logística com o ramp-up do Corredor Logístico de

Nacala permitindo a venda de estoques de carvão térmico.

PREÇOS REALIZADOS

O preço realizado de carvão metalúrgico, incluindo os produtos de carvão de coque de Moatize

e hard coking coal de Carborough Downs, aumentou de US$ 85,5/t, em 2015, para US$

119,5/t, em 2016, enquanto o preço realizado de carvão térmico diminuiu de US$ 52,4/t, em

2015, para US$ 46,2/t, em 2016.

CUSTOS E DESPESAS

Custos e despesas de carvão, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 893 milhões em 2016

contra o US$ 1,062 bilhão registrado em 2015. Depois de se ajustar pelos efeitos de maiores

volumes de vendas (US$ 220 milhões) e variações na taxa de câmbio (US$ 3 milhões), custos

e despesas diminuíram US$ 386 milhões em 2016 contra 2015.

DESEMPENHO ANUAL POR OPERAÇÃO

Os destaques por operação são os seguintes:

Austrália

O EBITDA ajustado para as operações na Austrália63 foi de US$ 51 milhões em 2016,

melhorando em relação ao negativo de US$ 28 milhões em 2015, apesar dos menores

volumes de vendas em razão de questões geológicas enfrentadas em 2016 e do

desinvestimento das operações de Carborough Downs, em novembro de 2016. O

aumento de US$ 79 milhões contra 2015 foi, principalmente, o resultado de impactos

positivos de menores custos e despesas64 (US$ 42 milhões) e maiores preços de

vendas (US$ 15 milhões).

Custos e despesas, líquidos de depreciação, para as operações australianas

diminuíram para US$ 111 milhões em 2016 na comparação com US$ 258 milhões em

2015. Depois de se ajustar para efeitos de menores volumes de venda e variação

cambial (US$ 105 milhões), os custos e despesas diminuíram US$ 42 milhões em

2016 contra 2015.

63 Inclui as operações de Carborough Downs; Broadlea e Eagle Downs atualmente estão em care & maintenance.

64 Após ajuste dos efeitos de volume e variação cambial .

Page 80: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

80

Moçambique

O EBITDA ajustado das operações em Moçambique foi negativo em US$ 105 milhões

em 2016 comparado ao negativo em US$ 508 milhões em 2015. A melhora em relação

a 2015 foi gerada, principalmente, por impactos positivos de menores custos e

despesas65 (US$ 344 milhões) e maiores preços de venda (US$ 140 milhões).

O EBITDA ajustado para o carvão embarcado pelo porto de Nacala foi US$ 110

milhões em 2016 enquanto o EBITDA ajustado para o carvão embarcado pelo porto

de Beira foi negativo em US$ 215 milhões.

O custo de produção por tonelada colocada no porto de Nacala66 foi de US$ 107,3/t

em 2016, enquanto o custo de produção por tonelada colocada no porto de Beira68

totalizou US$ 143,3/t em 2015.

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, diminuíram para US$ 782 milhões em

2016, se comparados a US$ 804 milhões em 2015. Depois de se ajustarem para o

efeito de maiores volumes (US$ 322 milhões), os custos e despesas diminuíram US$

344 milhões em 2016 em relação a 2015 como resultado do ramp-up do Corredor

Logístico de Nacala e da planta de Moatize II.

O volume transportado pelas ferrovias67 alcançou 8,8 Mt em 2016, ficando 113% acima

dos 4,1 Mt registrados em 2015, e o volume embarcado nos portos69 totalizou 8,7 Mt

em 2016, ficando 136% acima dos 3,7 Mt registrados em 2015, como resultado do

ramp-up do Corredor Logistico de Nacala.

Desempenho Trimestral

EBITDA

O EBITDA ajustado para o segmento de carvão melhorou significativamente, passando de um

negativo de US$ 7 milhões no 3T16 para US$ 156 milhões no 4T16. O aumento de US$ 163

milhões foi gerado, principalmente, por impactos positivos de maiores preços de vendas (US$

200 milhões) que foram parcialmente mitigados por maiores custos e despesas68 (US$ 43

milhões).

O EBITDA ajustado no porto de Nacala melhorou significativamente, passando de um negativo

de US$ 7 milhões no 3T16 para US$ 163 milhões no 4T16. O EBITDA ajustado no porto de

65 Após ajuste do impacto de variação de volume.

66 Custo caixa FOB no porto (mina, planta, ferrovia e porto). 67 Inclui corredores logísticos de Sena-Beira e Nacala. 68 Após ajuste dos impactos de volume e da variação cambial.

Page 81: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

81

Beira foi negativo em US$ 21 milhões, sendo parcialmente compensado pelo EBITDA ajustado

das operações da Austrália de US$ 14 milhões no 4T16.

RECEITA E VOLUME DE VENDAS

A receita líquida de carvão metalúrgico aumentou para US$ 300 milhões no 4T16 de US$ 105

milhões no 3T16, como resultado de maiores preços de vendas (US$ 179 milhões) e maiores

volumes de vendas (US$ 20 milhões). A receita líquida do carvão térmico aumentou de US$

58 milhões, no 3T16, para US$ 76 milhões, no 4T16, como resultado de maiores preços de

vendas (US$ 21 milhões), que foram parcialmente mitigados por menores volumes de vendas

(US$ 7 milhões).

O volume de vendas de carvão metalúrgico totalizou 1,382 Mt no 4T16, aumentando 19,6%

contra o 3T16, como resultado do ramp-up de Moatize II. O volume de vendas de carvão

térmico totalizou 1,121 Mt no 4T16, ficando 11,9% abaixo do 3T16, como resultado do aumento

do volume de carvão metalúrgico transportado através do Corredor Logístico de Nacala com

o ramp-up de Moatize II.

PREÇOS REALIZADOS

As vendas de carvão são distribuídas em três sistemas de precificação: (a) preços benchmark

fixados trimestralmente; (b) índices de preços; (c) preços fixos.

Os preços benchmark fixados trimestralmente são usados para precificação somente de

carvão metalúrgico e determinados em negociações entre os produtores de carvão

australianos e as principais siderúrgicas no Japão, Coreia do Sul e Taiwan, geralmente antes

do início do trimestre. Uma vez que o preço benchmark é acordado entre as partes e anunciado

ao mercado, outros participantes do mercado de carvão adotam este preço benchmark para

precificar as suas transações de carvão.

Os índices de preços são fornecidos por diversos provedores de preços, como o Platts, Global

Coal, TSI e Metal Bulletin, e usados como referência de preços considerando os tipos de

produtos (metalúrgico e térmico) e as suas características (low vs. mid volatile; hard vs. semi

soft coking coal ou PCI, alta vs. baixa energia, entre outros). Um prêmio ou desconto é então

aplicado sobre o índice de preço de referência dependendo na qualidade do produto da Vale.

As vendas da Vale através de índices de preços são feitas geralmente com defasagem, isto é,

baseadas em geral no preço médio para o período correspondente a um mês antes da data

de embarque do navio.

Os preços fixos são determinados entre a Vale e o cliente, e baseados nas características e

na qualidade do produto da Vale.

Page 82: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

82

As vendas de carvão de Moçambique são, na sua maior parte, realizadas na base CFR com

preços determinados, adicionando-se uma tarifa de frete específica ao índice de preço de

referência FOB, enquanto as vendas de Carborough Downs são feitas na base FOB

Queensland.

Os principais produtos da mina de Moatize são o Chipanga hard coking coal (HCC), o

recentemente lançado Moatize Low Volatile (MLV) HCC e o carvão térmico de Moatize. Os

principais produtos de Carborough Downs são o HCC e o Pulverized Coal Injection (PCI).

Carvão metalúrgico

No 4T16, as vendas de carvão metalúrgico foram precificadas da seguinte forma: (a) 16% com

base nos preços benchmark fixados trimestralmente; (b) 78% baseadas nos índices de preços

com defasagem; (c) 6% baseadas em preços fixos

O preço realizado de carvão metalúrgico, incluindo os produtos de carvão de coque de Moatize

e o hard coking coal de Carborough Downs, aumentou 137%, passando de US$ 91,04/t

registrados no 3T16 para US$ 216,9/t no 4T16.

O preço do carvão de coque no mercado transoceânico manteve uma tendência de alta no

4T16 até alcançar um pico de US$ 310/t no fim de novembro de 2016 e desacelerar para US$

230/t no fim de 2016. Maiores preços realizados de vendas para o carvão metalúrgico vieram

como resultado do aumento significativo dos preços de carvão de coque e dos maiores

volumes de vendas baseados no índice apesar da defasagem entre o preço de benchmark

fixado em US$ 200/t para o 4T16 em contraposição à média do índice69 de US$ 266,85/t no

mesmo período.

Preços de carvão metalúrgico

US$ / tonelada 4Q16 3Q16 4Q15

Índice de preço de Premium Low Vol HCC1 266,2 135,6 76,6

Índice de preço de Mid Vol HCC 2 233,4 120,8 73,9

Preço de benchmark de HCC 200,0 92,5 84,0

Preço realizado de carvão metalúrgico da Vale 216,9 91,0 73,8

1 Platts Premium Low Vol Hard Coking Coal FOB Austrália. 2 Platts Mid Vol Hard Coking Coal 64 CSR FOB Austrália.

A realização de preço do carvão metalúrgico de Moçambique no 4T16 foi impactada pelos

seguintes motivos

Ajuste de qualidade sobre o índice do preço de referência em razão de características

do produto que impactaram negativamente os preços no 4T16 em US$ 7,4/t.

69 Índice de preço premium Low Vol HCC.

Page 83: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

83

Vendas baseadas em índices de preços com defasagem que impactaram

negativamente os preços no 4T16 em US$ 14,9/t, à medida que o índice do preço

aumentou fortemente no 4T16.

Vendas baseadas no preço benchmark trimestral que impactaram negativamente os

preços no 4T16 em US$ 10,3/t, principalmente como resultado da defasagem entre

preço benchmark trimestral e a média do preço do índice no 4T16.

Diferenciais de frete que impactaram negativamente os preços no 4T16 em US$ 0,1/t,

principalmente devido a diferenças de frete entre as taxas da Vale contratadas a partir

de Moçambique para os portos de entrega e as taxas de frete firmadas nos contratos

de vendas, que são determinadas considerando o porto de entrega no índice de

referência.

Outros ajustes, principalmente descontos de preços em razão de penalidades e testes

com novos clientes ou novos produtos, que impactaram negativamente os preços no

4T16 em US$ 1,1/t.

Realização de preço – carvão metalúrgico de Moçambique

A realização de preço do carvão Hard Coking Coal de Carborugh Downs no 4T16 foi impactada

pelos seguintes motivos:

Ajuste de qualidade que impactou positivamente os preços em US$ 3.4/t.

Page 84: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

84

Vendas baseadas em índices de preços com defasagem que impactaram

negativamente os preços em US$ 36.5/t.

Vendas baseadas no preço benchmark trimestral que impactaram negativamente os

preços em US$ 27.7/t.

Desconto comercial e outros itens que impactaram negativamente os preços em US$

11.7/t

Realização de preço – carvão metalúrgico de Carborough Downs

Carvão térmico

No 4T16, as vendas de carvão térmico foram precificadas da seguinte forma: (a) 83% com

base nos índices de preços; (b) 17% com base em preços fixos.

O preço realizado de carvão térmico foi de US$ 67,9/t no 4T16, aumentando 48,2% sobre os

US$ 45,8/t do 3T16. A realização de preços de carvão térmico melhorou como resultado do

aumento do volume de vendas por contratos e maiores preços. Uma melhor demanda no 4T16,

com reestocagem na Europa e Ásia antes do inverno, suportou parcialmente os preços, apesar

de incertezas relacionadas a condições meteorológicas adversas na Austrália e Indonésia.

A realização de preço do carvão térmico no 4T16 foi impactada pelos seguintes motivos:

Ajuste de qualidade que impactou negativamente os preços em US$ 9,4/t.

Vendas baseadas em índices de preços com defasagem e em preços fixos que

impactaram negativamente os preços em US$ 3,5/t.

Page 85: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

85

Desconto comercial que impactou negativamente os preços em US$ 4,6/t.

Price realization – Thermal coal from Mozambique

CUSTOS E DESPESAS

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 220 milhões no 4T16,

aumentando em comparação com os US$ 170 milhões registrados no 3T16. Depois de se

ajustarem pelos efeitos de maiores volumes (US$ 7 milhões), os custos e despesas se

elevaram em US$ 43 milhões no 4T16 na comparação com o 3T16, principalmente nas

operações em Carborough Downs (US$ 34 milhões).

Desempenho trimestral por operação

Os destaques por operação são os seguintes:

Austrália

O EBITDA ajustado para as operações na Austrália70 foi de US$ 14 milhões no 4T16,

diminuindo de US$ 28 milhões no 3T16, como resultado dos desinvestimentos das

operações de Carborough Downs, em novembro de 2016.

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, para as operações australianas

totalizaram US$ 35 milhões no 4T16, comparado a US$ 1 milhão no 3T16, que foram

70 Inclui as operações de Carborough Downs; Broadlea e Eagle Downs, que estão em care and maintenance.

Page 86: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

86

positivamente impactados pela reversão de impairments nos estoques de US$ 10

milhões. Depois de se ajustar pela reversão dos impairments de estoques no 3T16, os

custos e despesas aumentaram em US$ 26 milhões.

Moçambique

O EBITDA ajustado das operações em Moçambique melhorou significativamente para

US$ 142 milhões no 4T16, comparado ao negativo de US$ 35 milhões no 3T16. O

aumento de US$ 177 milhões em relação ao 3T16 foi gerado, principalmente, pelos

impactos positivos de maiores preços de vendas (US$ 178 milhões).

O EBITDA ajustado no porto de Nacala melhorou para US$ 163 milhões no 4T16

contra um negativo de US$ 7 milhões no 3T16, enquanto o EBITDA ajustado no porto

de Beira ficou negativo em US$ 21 milhões.

O custo de produção por tonelada colocada no porto de Nacala71 aumentou 11%,

passando de US$ 87,3/t, no 3T16, para US$ 97,8/t, no 4T16, devido a restrições na

oferta de explosivos, que afetaram o processo de perfuração e desmonte, resultando

em menor produção comparado ao 3T16.

A oferta de explosivos foi restabelecida e o desempenho operacional tem melhorado

constantemente desde então, com a produção totalizando 0,6 Mt em dezembro de

2016 e alcançando o recorde mensal de 0,8 Mt em janeiro de 2017.

O custo de produção por tonelada colocada no porto de Nacala73 diminuiu em US$

21,0/t para US$ 76,8/t, em janeiro de 2017, comparado aos US$ 97,8/t registrados no

4T16, como resultado da crescente produção e do ramp-up do Corredor Logístico de

Nacala.

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, foram de US$ 185 milhões no 4T16,

comparados aos US$ 169 milhões no 3T16. Depois de se ajustarem para o efeito de

maiores volumes (US$ 7 milhões), os custos e despesas aumentaram US$ 9 milhões

no 4T16 em relação ao 3T16, como resultado de maiores despesas de parada em

Beira e do aumento de custos de produção mencionados anteriormente.

O volume transportado por ferrovia72 foi de 2,4 Mt no 4T16, ficando 13% acima de 2,1

Mt transportados no 3T16. O volume embarcado nos portos74 foi de 2,1 Mt no 4T16,

ficando em linha com os 2,2 Mt embarcados no 3T16. Em dezembro de 2016, nossas

operações de logística em Moçambique alcançaram recorde, com volume

71 FOB cash cost at the port (mine, plant, railroad and port). 72 Includes Sena-Beira and Nacala Logistics Corridor.

Page 87: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

87

transportado por ferrovia74 de 1.097.000 t e volume embarcado nos portos74 de

1.071.000 t.

PERSPECTIVAS DE MERCADO – CARVÃO

Os preços de carvão metalúrgico continuaram com bom desempenho no 4T16, apoiados em

uma forte demanda chinesa, restrições de produção na China e problemas operacionais nas

minas na Austrália. Os preços trimestrais para low volatility premium hard coking coal

benchmark FOB Australia aumentaram 116%, passando de US$ 92/t no 3T16 para US$ 200/t

no 4T16, e os preços no mercado spot também continuaram a subir, passando de US$ 133/t

no 3T16 para US$ 262/t no 4T16.

O rally de preços de carvão metalúrgico iniciado no 2S16, quando as reformas chinesas no

que tange à oferta desencorajaram a produção de carvão local, principalmente com restrições

no número de dias de operação, quando a demanda por carvão, um insumo para a produção

de aço, permaneceu forte. No ano, a produção de carvão da China diminuiu 11% ano contra

ano, enquanto sua produção de aço aumentou 1,2%. Para atender sua demanda por carvão

metalúrgico, a China recorreu ao mercado transoceânico, aumentando suas importações de

carvão metalúrgico por algo em torno de 24% ano contra ano até alcançar 59,2 Mt, revertendo

a queda observada nos últimos dois anos.

Como o mercado permaneceu aquecido, os reguladores chineses (NDRC) começaram a

reduzir o controle sobre a produção em setembro e decidiram suspender a restrição de 276

dias em meados de novembro, permitindo a produção de minas locais e restabelecendo a

operação nas minas em 330 dias por ano. A produção de carvão reagiu positivamente,

aumentando 9,3% mês contra mês, passando de 282 Mt em outubro para 308 Mt em

novembro, e os preços começaram a cair. A decisão do NDRC já foi estendida até o fim do

1T17.

Apesar da queda do preço no fim do 4T16, o preço benchmark do low-volatile hard coking coal

foi firmado em US$ 285/t no 1T17 e do low-volatile PCI em US$180/t FOB Australia.

O preço de carvão térmico também subiu no 4T16. O índice de carvão térmico de Richards

Bay primeiro subiu levemente, passando de aproximadamente US$ 75/t no início do 4T16 para

US$ 101/t no início de novembro de 2016. O preço médio no 4T16 subiu de US$ 65/t para US$

85/t, apoiado pela demanda chinesa e eventos climáticos desfavoráveis na Indonésia.

A geração de energia elétrica na China aumentou 4,5% ano contra ano, passando para 5.911

TWh em 2016. Deste total, a geração de energia térmica foi de 4.396 TWh, ou 74,4% do total

gerado, subindo 2,6% ano contra ano. Por outro lado, a demanda de carvão térmico na Europa

caiu 13% ano contra ano, principalmente em razão de fechamentos de capacidade de plantas

que utilizam carvão como fonte de energia no Reino Unido.

Page 88: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

88

A renovação da extensão de dias de operação das minas chinesa deve permitir que o mercado

volte ao equilíbrio em 2017 e que o preço do carvão térmico seja corrigido ao longo do ano.

Desempenho do segmento de carvão

Receita operacional liquida por produto

US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Carvão metalúrgico 300 105 98 587 479

Carvão térmico 76 58 10 252 47

Total 376 163 108 839 526

Preço médio realizado

US$ por tonelada 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Carvão metalúrgico 217,01 91,04 73,75 119,54 85,55

Carvão térmico 67,67 45,80 44,19 46,17 52,36

Volume vendido mil toneladas 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Carvão metalúrgico 1.382 1.156 1.329 4.907 5.614

Carvão térmico 1.121 1.271 226 5.457 892

Total 2.503 2.427 1.555 10.365 6.506

Indicadores financeiros selecionados - Carvão

US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Receita líquida 376 163 108 839 526

Custos¹ (185) (157) (260) (872) (839)

Despesas¹ (10) 3 (9) 35 (140)

Despesas pré-operacionais e de parada¹ (18) (13) (12) (41) (61)

Despesas com P&D (7) (3) (4) (15) (22)

Dividendos recebidos - - 28 - 28

EBITDA ajustado 156 (7) (149) (54) (508)

Depreciação e amortização (111) (41) (41) (190) (192)

EBIT ajustado 45 (48) (218) (244) (728)

Margem EBIT ajustado (%) 12 (29) (202) (29) (138)

¹ Excluindo depreciação e amortização

Moçambique – EBITDA por corredor logístico

US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Nacala 163 (7) 0 110 0

Beira (21) (28) (144) (215) (508)

Total Moçambique 142 (35) (144) (105) (508)

Moçambique – Custo de produção por corredor logístico

US$ / t 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Nacala 97,8 87,3 0 107,3 0

Beira 162,1 190,8 138,3 163,9 142,6

Total Moçambique 107,2 102,7 138,3 120,9 142,6

Page 89: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

89

Fertilizantes

Em 19 de dezembro de 2016, a Vale celebrou um acordo de venda dos seus ativos de

Fertilizantes para a Mosaic, excluindo os seus ativos de nitrogenados e fosfatados localizados

em Cubatão. A Vale também anunciou as expectativas de vender os ativos de Cubatão em

2017. Considerando a expectativa de vender todos os ativos de fertilizantes no curto prazo, a

Vale vai reportar nas demonstrações financeiras os resultados operacionais e financeiros

consolidados para o segmento de fertilizantes na Demonstração de Resultado dentro de

“Ganho (perda) de operações descontinuadas”. Para fins de comparação, todas as análises

apresentadas neste relatório incluem os números de Fertilizantes, porém também

apresentamos as tabelas sem os números de Fertilizantes (“ex-Fertilizantes”) com o fim de

reconciliar com as Demonstrações Financeiras.

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90

Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas

Indicadores financeiros selecionados das principais empresas não consolidadas estão

disponíveis nas demonstrações contábeis trimestrais da Vale, no website da Companhia,

www.vale.com/Investidores/Resultados Trimestrais e Relatórios/Demonstrações Contábeis –

Vale.

Teleconferência/webcast

No dia 23 de fevereiro, serão realizadas duas conferências telefônicas e webcasts. A primeira,

em português, ocorrerá às 10:00 horas da manhã, horário do Rio de Janeiro. A segunda, em

inglês, ocorrerá às 12:00 horas, horário do Rio de Janeiro (10:00 horas da manhã em Nova

Iorque, 15:00 horas em Londres).

Acesso às conferências telefônicas/webcasts:

Conferência em português:

Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 ou (55 11) 2820-4001

Participantes que ligam dos EUA: (1 888) 700-0802

Participantes que ligam de outros países: (1 786) 924-6977

Código de acesso: VALE

Conferência em inglês:

Participantes que ligam do Brasil: (55 11) 3193-1001 ou (55 11) 2820-4001

Participantes que ligam dos EUA: (1 866) 262-4553

Participantes que ligam de outros países: (1 412) 317-6029

Código de acesso: VALE

A instrução para participação nesses eventos está disponível no website da Vale,

www.vale.com/investidores. Uma gravação em podcast estará disponível no website de

Relações com Investidores da Vale.

Esse comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Vale sobre eventos ou resultados futuros. Todas as declarações

quando baseadas em expectativas futuras, envolvem vários riscos e incertezas. A Vale não pode garantir que tais declarações venham a ser

corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relacionados a: (a) países onde temos operações, principalmente Brasil e Canadá, (b)

economia global, (c) mercado de capitais, (d) negócio de minérios e metais e sua dependência à produção industrial global, que é cíclica por

natureza, e (e) elevado grau de competição global nos mercados onde a Vale opera. Para obter informações adicionais sobre fatores que

possam originar resultados diferentes daqueles estimados pela Vale, favor consultar os relatórios arquivados na Comissão de Valores

Mobiliários – CVM, na U.S. Securities and Exchange Commission – SEC, e na Autorité des Marchés Financiers (AMF) em particular os fatores

discutidos nas seções “Estimativas e projeções” e “Fatores de risco” no Relatório Anual - Form 20F da Vale.

Page 91: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

91

ANEXO 1 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SIMPLIFICADAS INCLUINDO FERTILIZANTES

Demonstração de resultado US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Receita operacional líquida 9.694 7.324 5.899 29.363 25.609

Custo dos produtos vendidos (5.538) (4.955) (5.119) (19.537) (20.513)

Lucro bruto 4.156 2.369 780 9.826 5.096

Margem bruta (%) 42,9 32,3 13,2 33,5 19,9

Despesas com vendas, gerais e administrativas (151) (153) (167) (563) (652)

Despesas com pesquisa e desenvolvimento (118) (85) (119) (341) (477)

Despesas pré-operacionais e de parada (133) (122) (238) (471) (1.027)

Outras despesas operacionais (157) 51 64 (301) (206)

Resultado na mensuração ou venda de ativos não circulantes

29 (29) (29) (66) 61

Impairment de ativos não circulantes e contratos onerosos

(2.912) - (8.926) (2.912) (8.926)

Lucro operacional 714 2.031 (8.635) 5.172 (6.131)

Receitas financeiras 56 35 78 185 268

Despesas financeiras (771) (715) (326) (2.727) (1.112)

Ganho (perda) com derivativos 96 (39) 427 1.256 (2.477)

Variações monetárias e cambiais 13 (328) 174 3.149 (7.480)

Equivalência patrimonial (80) 46 (37) 312 (439)

Redução ao valor recuperável e outros resultados na participação em coligadas e joint ventures

(74) (33) (446) (1.220) (349)

Resultado antes de impostos (46) 997 (8.765) 6.127 (17.720)

IR e contribuição social correntes (126) (57) (152) (941) (389)

IR e contribuição social diferido 665 (358) 74 (1.210) 5.489

Lucro líquido das operações continuadas 493 582 (8.843) 3.976 (12.620)

Prejuízo atribuído aos acionistas não controladores 32 (7) 274 6 491

Lucro líquido (atribuídos aos acionistas da controladora)

525 575 (8.569) 3.982 (12.129)

Lucro por ação (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)

0,10 0,11 (1,66) 0,77 (2,35)

Lucro por ação diluído (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)

0,10 0,11 (1,66) 0,77 (2,35)

Resultado de participações societárias US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

Minerais ferrosos 41 62 44 179 57 26 (6)

Carvão 4 2 3 (4) (1) (3) 1

Metais básicos - (2) (99) (4) (1) (132) 30

Siderurgia (140) (35) (21) 57 18 (414) 94

Outros 15 19 36 84 27 84 (19)

Total (80) 46 (37) 312 100 (439) 100

Page 92: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

92

Balanço patrimonial US$ milhões 31/12/2016 30/9/2016 31/12/2015

Ativo

Ativo circulante 19.093 19.507 15.473

Caixa e equivalentes de caixa 4.262 5.369 3.591

Contas a receber 3.749 2.556 1.476

Outros ativos financeiros 363 322 219

Estoques 3.736 3.900 3.528

Tributos antecipados sobre o lucro 171 317 900

Tributos a recuperar 1.679 1.603 1.404

Outros 587 651 311

Ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada

4.546 4.789 4.044

Ativo não circulante 11.151 10.518 10.653

Depósitos judiciais 1.023 1.073 882

Outros ativos financeiros 628 705 282

Tributos a recuperar sobre o lucro 548 542 471

Tributos a recuperar 879 688 501

Tributos diferidos sobre o lucro 7.554 6.849 7.904

Outros 519 661 613

Ativos fixos 68.771 72.062 62.366

Ativos Total 99.014 102.087 88.492

Passivo

Passivos circulante 10.675 10.847 10.545

Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 3.910 3.751 3.365

Empréstimos e financiamentos 1.677 2.181 2.506

Outros passivos financeiros 1.086 1.426 2.551

Tributos pagaveis 673 634 595

Tributos sobre o lucro a recolher 173 154 241

Provisões 1.043 752 540

Dividendos e juros sobre o capital próprio 798 0 0

Passivos associados a controladas e joint ventures 292 329 0

Outros 963 1.471 640

Passivos relacionados a ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada

60 149 107

Passivos não circulante 47.316 49.409 42.243

Empréstimos e financiamentos 27.678 29.268 26.347

Outros passivos financeiros 2.127 1.962 1.984

Tributos pagaveis 4.961 4.977 4.085

Tributos diferidos sobre o lucro 1.700 1.676 1.670

Provisões 6.215 6.608 5.309

Passivos associados a controladas e joint ventures 785 795 0

Operação de ouro 2.090 2.158 1.749

Outros 1.760 1.965 1.099

Total do passivo 57.991 60.256 52.788

Patrimônio líquido 41.024 41.831 35.704

Total do passivo e patrimônio líquido 99.014 102.087 88.492

Page 93: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

93

Fluxo de caixa US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Fluxo de caixa das atividades operacionais:

Lucro líquido (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro (46) 997 (8.765) 6.127 (17.720)

Ajustes para reconciliar

Depreciação, exaustão e amortização 1.094 963 984 3.834 4.029

Resultado de participação societária 80 (46) 37 (312) 439

Outros items provenientes dos ativos não circulantes 45 62 29 1.136 136

Imparidade nos ativos e investimentos 2.912 0 9.372 2.912 8.926

Items dos resultados financeiros 606 1.047 (353) (1.863) 10.801

Variação dos ativos e passivos:

Contas a receber (1.548) (343) 785 (2.799) 1.671

Estoques 370 12 (73) 398 (304)

Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros (194) 255 491 42 740

Salários e encargos sociais 123 (16) (79) 152 (603)

Tributos ativos e passivos, líquidos (6) (43) 91 (100) (258)

Transação de goldstream 0 524 0 524 532

Outros 278 (186) (330) 701 (258)

Caixa líquido proveniente das operações 3.714 3.226 2.189 10.752 8.131

Juros de empréstimos e financiamentos (421) (423) (305) (1.666) (1.462)

Derivativos recebidos (pagos), líquido (548) (191) (275) (1.602) (1.202)

Remuneração paga às debentures participativas (47) 0 (26) (84) (65)

Tributos sobre o lucro (55) (88) (162) (402) (527)

Tributos sobre o lucro - REFIS (113) (116) (86) (417) (384)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

2.530 2.408 1.335 6.581 4.491

Fluxos de caixa das atividades de investimento:

Adições em investimentos (9) (9) (12) (239) (156)

Adições ao imobilizado e intangível (1.396) (1.249) (2.190) (5.243) (8.371)

Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado e de investimentos

203 327 423 554 1.456

Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos de joint ventures e coligadas

79 0 87 197 318

Recebimentos da transação de goldstream 0 276 0 276 368

Outros resgatados (aplicados) (163) (2) (36) (243) 226

Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento

(1.286) (657) (1.728) (4.698) (6.159)

Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento:

Empréstimos e financiamentos:

Adições 788 1.573 1.045 6.994 4.995

Pagamentos (2.781) (1.987) (1.012) (7.734) (2.826)

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas controladores

(250) 0 (500) (250) (1.500)

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas não controladores

(87) (129) (3) (291) (15)

Outras transações com não controladores 0 0 0 (17) 1.049

Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento

(2.330) (543) (470) (1.298) 1.703

Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (1.086) 1.208 (863) 585 35

Caixa e equivalentes no início do período 5.369 4.168 4.397 3.591 3.974

Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes

(22) (7) 57 86 (418)

Caixa e equivalentes de caixa no final do período 4.261 5.369 3.591 4.262 3.591

Transações que não envolveram caixa:

Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 90 172 193 653 761

Page 94: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

94

ANEXO 2 – VENDAS, PREÇOS E MARGENS

Volume vendido - Minérios e metais mil toneladas métricas 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Minério de ferro - finos 80.287 74.231 79.213 289.940 276.393

ROM 2.220 351 1.627 3.496 12.269

Pelotas 13.190 12.001 10.837 47.709 46.284

Manganês 534 448 568 1.851 1.764

Ferroligas 35 31 12 127 69

Carvão térmico 1.121 1.271 226 5.457 892

Carvão metalúrgico 1.382 1.156 1.329 4.907 5.614

Níquel 83 77 84 311 292

Cobre 115 107 108 430 397

Ouro como subproduto ('000 oz) 132 130 114 497 425

Prata como subproduto ('000 oz) 727 609 760 2.578 2.303

PGMs ('000 oz) 73 130 140 507 519

Cobalto (tonelada métrica) 1.487 1.069 1.433 4.734 3.840

Preços médios

US$/tonelada métrica 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt)

79,10 59,30 45,10 62,34 54,60

Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB

69,40 50,95 37,18 54,44 44,61

ROM 12,61 11,40 7,99 11,73 8,35

Pelotas CFR/FOB 92,27 82,58 71,98 80,26 77,79

Manganês 162,92 113,84 7,04 110,87 56,42

Ferroligas 857,14 806,45 750,00 757,67 899,32

Carvão térmico 67,67 45,80 44,19 46,17 52,36

Carvão metalúrgico 217,01 91,04 73,75 119,54 85,55

Níquel 10.803,00 10.317,00 9.310,00 9.800,00 11.684,00

Cobre 5.093,00 4.218,00 3.823,90 4.458,00 4.353,00

Platina (US$ por onça troy) 887,00 1.060,30 818,00 919,00 1.020,00

Ouro (US$ por onça troy) 1.246,00 1.383,00 1.064,00 1.260,49 1.123,00

Prata (US$ por onça troy) 18,52 15,15 10,00 16,22 12,63

Cobalto (US$ por lb) 12,71 11,83 8,55 11,01 9,95

Margens operacionais por segmento (margem EBIT ajustada) % 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Minerais ferrosos 50,6 42,2 25,5 43,0 24,0

Carvão 12,0 (29,4) (201,9) (29,1) (138,4)

Metais básicos 7,3 12,5 (25,6) 3,0 (7,3)

Total¹ 39,2 31,4 5,0 30,2 10,6

¹ Excluindo efeitos não recorrentes.

Page 95: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

95

Anexo 3 – reconciliação de informações "NÃO-GAAP" e informações correspondentes em IFRS incluindo Fertilizantes (a) EBIT ajustado¹ US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Receita operacional líquida 9.694 7.323 5.899

CPV -5.538 -4.955 -5.119

Despesas com vendas, gerais e administrativas -151 -153 -167

Pesquisa e desenvolvimento -118 -85 -119

Despesas pré-operacionais e de parada -133 -122 -238

Outras despesas operacionais -157 51 64

EBIT ajustado 3.597 2.059 320

¹ Excluindo efeitos não recorrentes

(b) EBITDA ajustado

O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A Vale utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador exclui ganhos e/ou perdas na venda de ativos, despesas não recorrentes e inclui os dividendos recebidos de coligadas. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida nos padrões IFRS e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com o IFRS. A Vale apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:

Reconciliação entre EBITDA ajustado x fluxo de caixa operacional US$ milhões 4T16 3T16 4T15

EBITDA ajustado 4.770 3.023 1.391

Capital de giro:

Contas a receber -1.548 57 985

Estoque 370 12 -73

Fornecedor -194 255 491

Salários e encargos sociais 123 -16 -79

Outros 476 79 -414

Ajuste para itens não-recorrentes e outros efeitos -105 -183 -112

Caixa proveniente das atividades operacionais 3.892 3.227 2.189

Tributos sobre o lucro -55 -88 -162

Tributos sobre o lucro - REFIS -113 -116 -86

Juros de empréstimos e financiamentos -421 -423 -305

Pagamento de debêntures participativas -47 0 -26

Recebimentos (pagamentos) de derivativos, líquido -548 -191 -275

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

2.708 2.409 1.335

(c) Dívida líquida US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Dívida bruta 29.355 31.449 28.853

Caixa¹ 4.280 5.484 3.619

Dívida líquida 25.075 25.965 25.234

¹ Incluindo investimentos financeiros.

(d) Dívida total / LTM EBITDA ajustado

US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Dívida Total / LTM EBITDA ajustado (x) 2.4 3.6 4.1

Dívida Total / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 9.9 17.6 6.5

(e) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros

US$ milhões 4T16 3T16 4T15

LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 6.9 5.0 4.3

LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x) 7.2 5.5 4.5

Page 96: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

96

ANEXO 4 - INFORMAÇÕES CONTÁBEIS SIMPLIFICADAS EX-FERTILIZANTES Demonstração de resultado US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015

Receita operacional líquida 9.265 6.726 5.418 27.488 23.384

Custo dos produtos vendidos

(5.103)

(4.344)

(4.734)

(17.648)

(18.751)

Lucro bruto 4.162 2.382 684 9.840 4.633

Margem bruta (%) 44,9 35,4 12,6 35,8 19,8

Despesas com vendas, gerais e administrativas (136) (137) (154) (507) (611)

Despesas com pesquisa e desenvolvimento (112) (80) (97) (319) (395)

Despesas pré-operacionais e de parada (129) (117) (228) (453) (942)

Outras despesas operacionais (152) 64 65 (267) (208)

Resultado na mensuração ou venda de ativos não circulantes

29 (29) (29) (66) 61

Impairment de ativos não circulantes e contratos onerosos

(1.174) - (8.769) (1.174) (8.769)

Lucro operacional 2.488 2.083

(8.528) 7.054 (6.231)

Receitas financeiras 52 31 71 170 251

Despesas financeiras (762) (704) (314) (2.677) (1.068)

Ganho (perda) com derivativos, líquidos 96 (39) 427 1.256 (2.477)

Variações monetárias e cambiais 11 (328) 172 3.094 (7.360)

Equivalência patrimonial (83) 46 (43) 309 (445)

Redução ao valor recuperável e outros resultados na participação em coligadas e joint-ventures

(74) (33) (446) (1.220) (349)

Resultado antes de impostos 1.728 1.056

(8.661) 7.986

(17.679)

IR e contribuição social correntes (125) (64) (128) (943) (332)

IR e contribuição social diferido 67 (369) 36 (1.838) 5.581

Lucro líquido das operações continuadas 1.670 623

(8.753) 5.205

(12.430)

Prejuizo atribuido aos acionistas não controladores 33 (11) 277 8 501

Ganho (perda) de operações descontinuadas

(1.178) (37) (93) (1.231) (200)

Lucro líquido (atribuídos aos acionistas da controladora)

525 575

(8.569) 3.982

(12.129)

Lucro por ação (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)

0,10 0,11 (1,66) 0,77 (2,35)

Lucro por ação diluído (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)

0,10 0,11 (1,66) 0,77 (2,35)

Resultado de participações societárias US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 % 2015 %

Minerais ferrosos 41 62 44 179 58 26 (6)

Carvão 4 2 3 (4) (1) (3) 1

Metais básicos - (2) (99) (4) (1) (132) 30

Siderurgia (140) (35) (21) 57 18 (414) 93

Outros 14 19 34 81 26 78 (18)

Total (81) 46 (39) 309 100 (445) 100

Page 97: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

97

Balanço patrimonial US$ milhões 31/12/2016 30/9/2016 31/12/2015

Ativo

Ativo circulante 22.567 20.459 16.566

Caixa e equivalentes de caixa 4.262 5.369 3.591

Contas a receber 3.663 2.556 1.476

Outros ativos financeiros 363 322 219

Estoques 3.349 3.900 3.528

Tributos antecipados sobre o lucro 159 317 900

Tributos a recuperar 1.625 1.603 1.404

Outros 557 1.603 311

Ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada 8.589 651 4.044

Ativo não circulante 10.461 10.518 10.653

Depósitos judiciais 962 1.073 882

Outros ativos financeiros 628 705 282

Tributos a recuperar sobre o lucro 527 542 471

Tributos a recuperar 727 688 501

Tributos diferidos sobre o lucro 7.343 6.849 7.904

Outros 274 661 613

Ativos fixos 65.986 72.062 62.366

Ativos Total 99.014 102.087 88.492

Passivo

Passivos circulante 11.232 10.847 10.545

Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 3.630 3.751 3.365

Empréstimos e financiamentos 1.660 2.181 2.506

Outros passivos financeiros 1.806 1.426 2.561

Tributos pagaveis 657 634 595

Tributos sobre o lucro a recolher 171 154 241

Provisões 952 735 532

Dividendos e juros sobre o capital próprio 798 - -

Passivos associados a controladas e joint ventures 292 329 -

Outros 896 1.488 648

Passivos relacionados a ativos não circulantes mantidos para venda e operação descontinuada

1.090 149 107

Passivos não circulante 46.758 49.409 42.243

Empréstimos e financiamentos 27.662 29.268 26.347

Outros passivos financeiros 2.127 1.962 1.984

Tributos pagaveis 4.961 4.977 4.085

Tributos diferidos sobre o lucro 1.700 1.676 1.670

Provisões 5.748 6.608 5.309

Passivos associados a controladas e joint ventures 785 795 -

Operação de ouro 2.090 2.158 1.749

Outros 1.685 1.965 1.099

Total do passivo 57.990 60.256 52.788

Patrimônio líquido 41.024 41.831 35.704

Total do passivo e patrimônio líquido 99.014 102.087 88.492

Page 98: Desempenho da Vale em 2016 · (ex-ROM) aumentou em US$ 9,8/wmt, passando de US$ 44,6/wmt em 2015 para US$ 54,4/wmt em 2016, enquanto o IODEX 62% aumentou US$ 3,0/dmt, principalmente

98

Fluxo de caixa US$ milhões 4T16 3T16 4T15 2016 2015 Fluxo de caixa das atividades operacionais:

Lucro líquido (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro 1.726 1.056 (8.661) 7.984 (17.679)

Ajustes para reconciliar

Depreciação. exaustão e amortização 1.006 852 917 3.487 3.719

Resultado de participação societária 83 (46) 37 (309) 445

Outros items provenientes dos ativos não circulantes 45 (101) 29 1.136 136

Imparidade nos ativos e investimentos 1.174 - 9.215 1.174 8.769

Items dos resultados financeiros 603 1.040 (354) (1.843) 10.654

Variação dos ativos e passivos:

Contas a receber (1.557) 103 949 (2.744) 1.671

Estoques 396 (113) (14) 288 (217)

Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros (163) 261 506 243 658

Salários e encargos sociais 106 (20) (80) 133 (578)

Tributos ativos e passivos líquidos (7) (58) 91 (109) (222)

Transação de goldstream - 524 - 524 532

Outros 273 (359) (537) 591 (304)

Caixa líquido proveniente das operações 3.685 3.139 2.098 10.555 7.584

Juros de empréstimos e financiamentos (420) (422) (304) (1.663) (1.457)

Derivativos recebidos (pagos). líquido (548) (191) (275) (1.602) (1.202)

Remuneração paga às debentures participativas (47) - (26) (84) (65)

Tributos sobre o lucro (50) (90) (160) (388) (544)

Tributos sobre o lucro - REFIS (113) (116) (86) (417) (384)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais continuadas

2.507 2.320 1.247 6.401 3.932

Caixa liquido proveniente de operações descontinuadas 24 89 84 180 559

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 2.531 2.409 1.331 6.581 4.491

Fluxos de caixa das atividades de investimento:

Adições em investimentos (9) (9) (12) (239) (65)

Adições ao imobilizado e intangível (1.310) (1.150) (2.138) (4.951) (8.114)

Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado e de investimentos

203 315 423 543 1.456

Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos de joint ventures e coligadas

79 - 87 193 318

Recebimentos da transação de goldstream - 276 - 276 368

Outros resgatados (aplicados) (163) (7) (35) (239) 224

Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento continuadas

(1.200) (658) (1.728) (4.613) (6.159)

Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento descontinuadas

(86) 83 (53) (281) (346)

Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (1.286) (658) (1.728) (4.698) (6.159)

Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento:

Empréstimos e financiamentos:

Adições 788 1.573 1.045 6.994 4.995

Pagamentos (2.775) (1.983) (1.008) (7.717) (2.753)

Dividendos e juros sobre o capital próprio (250) 0 (500) (250) (1.500)

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas não controladores

(87) (129) (3) (291) (15)

Outras transações com não controladores - - - (17) 1.049

Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento continuadas

(2.324) (539) (466) (1.281) 1.776

Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento descontinuadas

(6) (4) (4) (17) (73)

Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento

(2.330) (543) (470) (1.298) 1.703

Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (1.085) 1.208 (863) 586 36

Caixa e equivalentes no início do período 5.369 4.168 4.397 3.591 3.974

Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes (22) (7) 57 86 (418)

Caixa e equivalentes de caixa no final do período 4.262 5.369 3.591 4.262 3.591

Transações que não envolveram caixa: Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 90 172 193 653 761

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ANEXO 5 – FLUXO DE CAIXA LIVRE EX- FERTILIZANTES

Fluxo de caixa livre 4T16 – ex-Fertilizantes

US$ milhões

Fluxo de caixa livre 2016 – ex-Fertilizantes

US$ milhões

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ANEXO 6 – RECONCILIAÇÃO DE INFOR-MAÇÕES "NÃO-GAAP" E INFORMAÇÕES CORRESPONDENTES EM IFRS EX-FERTILIZANTES (a) EBIT ajustado¹ US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Receita operacional líquida 9.265 6.726 5.418

CPV (5.103) (4.344) (4.734)

Despesas com vendas, gerais e administrativas (136) (137) (154)

Pesquisa e desenvolvimento (112) (80) (97)

Despesas pré-operacionais e de parada (129) (117) (228)

Outras despesas operacionais (152) 64 65

EBIT ajustado 3.633 2.112 270

¹ Excluindo efeitos não recorrentes

(b) EBITDA ajustado

O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A Vale utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador exclui ganhos e/ou perdas na venda de ativos, despesas não recorrentes e inclui os dividendos recebidos de coligadas. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida nos padrões IFRS e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com o IFRS. A Vale apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:

Reconciliação entre EBITDA ajustado x fluxo de caixa operacional US$ milhões 4T16 3T16 4T15

EBITDA ajustado 4.722 2.965 1.274

Capital de giro:

Contas a receber (1.557) 57 985

Estoque 396 12 (73)

Fornecedor (163) 255 491

Salários e encargos sociais 106 (16) (79)

Outros 266 79 (414)

Ajuste para itens não-recorrentes e outros efeitos (105) (183) (112)

Caixa proveniente das atividades operacionais 3.665 3.169 2.072

Tributos sobre o lucro (50) (88) (162)

Tributos sobre o lucro - REFIS (113) (116) (86)

Juros de empréstimos e financiamentos (420) (423) (305)

Pagamento de debêntures participativas (47) - (26)

Recebimentos (pagamentos) de derivativos, líquido

(548) (191) (275)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

2.487 2.351 1.218

(c) Dívida líquida US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Dívida bruta 29.322 31.449 28.853

Caixa¹ 4.280 5.484 3.619

Dívida líquida 25.042 25.965 25.234

¹ Incluindo investimentos financeiros.

(d) Dívida total / LTM EBITDA ajustado

US$ milhões 4T16 3T16 4T15

Dívida Total / LTM EBITDA ajustado (x) 2.4 3.7 4.4

Dívida Total / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 9.9 17.6 6.5

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(e) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros

US$ milhões 4T16 3T16 4T15

LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 6.8 4.9 4.0

LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x)

7.2 5.5 4.5