Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão...

34
Denise Imori Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto: Matrizes globais, comércio e meio- ambiente

Transcript of Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão...

Page 1: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Denise Imori

Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto:

Matrizes globais, comércio e meio-ambiente

Page 2: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Índice

• Introdução – Fragmentação espacial da produção

• Desenvolvimento dos modelos globais de Insumo-produto

• Literatura sobre value added measures of trade

• Questões empíricas – Quão globais são as cadeias de valor globais?

Page 3: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Introdução

• Grossman e Rossi-Hansberg (AER, 2008): natureza do comércio internacional vem se alterando. – Troca de produtos troca de pequenas porções de VA provindas de

diversas localidades (trade in tasks).

– Boom do offshoring: avanços em transportes e tecnologia de comunicação permitiram a desconcentração da produção no tempo e espaço.

– Jones e Kierzkowski (2005): diferentemente de NGE, não é a firma que apresenta retornos (internos) crescentes, mas os service links aumento na escala da atividade pode levar à sua fragmentação, com incremento no comércio de insumos intermediários.

Grossman e Rossi-Hansberg (AER, 2014)

Page 4: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Fragmentação espacial da produção

• Jones e Kierzkowski (2005): service links têm retornos crescentes associados com custos fixos invariantes à escala de produção. – Para dado grau de fragmentação, custos médios decrescentes.

– Aumento da produção encoraja maior fragmentação se custo extra dos service links é compensado pelos custos marginais menores devido ao melhor matching entre intensidade e produtividade dos fatores.

– Menor custo dos service links promove separação espacial dos processos a qualquer nível de produto.

Page 5: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Gross trade data X value added measures of trade

• Johnson (JEP, 2014): – Quando especialização vertical (uso de importados para produzir

exportações) era limitada, exportações brutas continham quase 100% de VA nacional.

– Emergência das cadeias de valor globais (value chains, supply chains): insumos atravessam fronteiras múltiplas vezes.

• Dupla contagem, superestimação do VA doméstico nas exportações.

– “The country that exports the final product is artificially credited with having created all of its value, even if in reality it only assembled ready-made parts. (…) This is a bit like the final runner in a relay team getting a gold medal while his teammates get silver and bronze. It doesn't take account of the fact that the final result is the product of a joint effort” (former EU Commissioner for Trade, Karel De Gucht)

• Insuficiência dos dados bilaterais de comércio.

Page 6: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Gross trade data X value added measures of trade

– “As a result, gross trade is an increasingly misleading guide to how value added is exchanged between countries”.

• Mudança na percepção da integração internacional e do papel de países particulares nos mercados internacionais.

• Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”).

– Impulso para elaboração de novas medidas de comércio em termos de

VA.

• Iniciativa Made in the World (OECD-WTO, 2012).

• Necessário seguir bens ao longo das cadeias, atribuindo VA dos bens finais aos produtores de cada etapa.

Page 7: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Estudos de casos

• Who bites the apple? Estudos ilustram o comércio em VA com produtos da Apple: iPod (Linden et al., 2009), iPhone (Xing and Detert, 2010), iPad (Linden et al., 2011).

• iPhone 4 (OECD e WTO, 2012):

– Análise incompleta: insumos intermediários dessas partes? Podem ter sido fabricados na China.

– “Country” refere-se à sede da empresa (por exemplo, Infineon tem fábricas na China) VA chinês pode não estar restrito ao gerado na montagem final.

Country Components Manufacturers Costs

Chinese Taipei Touch screen, camera Largan Precision, Wintek 20.75$

GermanyBaseband, power

management, transceiverDialog, Infineon 16.08$

KoreaApplications processor,

display, DRAM memory LG, Samsung 80.05$

United States

Audio codec, connectivity,

GPS, memory, touchscreen

controller

Broadcom, Cirrus Logic,

Intel, Skyworks, Texas

Instruments, TriQuint

22.88$

Other Other Misc. 47.75$

Total 187.51$

Page 8: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Arcabouço de insumo-produto

• Mensuração do valor dos produto finais comprados de cada país, bem como do uso de insumos e contribuições de VA ao longo de suas cadeias arcabouço de insumo-produto.

• Dois grandes conjuntos de desenvolvimento:

1. Construção de matrizes globais.

2. Elaboração de value added measures of trade.

Page 9: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Construção de matrizes de insumo-produto globais

• Idealmente: coordenação entre institutos estatísticos nacionais para as contas de insumo-produto...

• Second best: estimação com base nas contas nacionais existentes e dados de comércio. – Procedimento básico: uso de dados de comércio bilateral para dividir

importações de produtos finais e intermediários entre os países de origem.

Page 10: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

As matrizes de insumo-produto globais

• World Input Output Database (WIOD): – Matrizes de insumo-produto mundiais, contas satélites ambientais e

de uso de fatores (capital, trabalho por nível de qualificação), série de 1995 a 2011.

– 35 setores.

– 27 países da EU + 13 grandes economias + Resto do Mundo.

– http://www.wiod.org/

Page 11: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

As matrizes de insumo-produto globais

• OECD Inter-Country Input-Output (ICIO) Tables: – Matrizes de insumo-produto mundiais – 1995, 2000, 2005, 2008 a 2011.

– 34 setores.

– 34 países membros + 27 países + Resto do Mundo (especificações para México e China)

Page 12: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

As matrizes de insumo-produto globais

• Asian Development Bank, multi-regional input-output tables (ADB-MRIO): – Inclusão de cinco países asiáticos nas matrizes da WIOD (Bangladesh,

Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã), para os anos 2000, 2005 a 2008 e 2011.

• IDE Jetro: – Asian International Input-Output Tables: matriz regional de 9 países do

Leste da Ásia + EUA, a cada 5 anos a partir de 1985.

– BRICs International Input-Output Tables: matriz internacional dos BRICs + Japão + EU25 + EUA, 2000 e 2005.

– http://www.ide.go.jp/English/Data/Io/index.html

Page 13: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

As matrizes de insumo-produto globais

• Eora multi-region input-output table database: – Matrizes de insumo-produto mundiais, contas satélites ambientais e

sociais, série de 1990 a 2013.

– 26 setores.

– 187 países.

– http://worldmrio.com/

• EXIOBASE: – Matrizes de insumo-produto mundiais, contas satélites ambientais e

sociais, 2000 e 2007.

– 163 setores.

– 43 países, 5 regiões do Resto do Mundo.

– http://www.exiobase.eu/

Page 14: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Value added measures of trade

• Principal referência (KWW): Koopman, R.; Wang, Z.; Wei, S-J. (2014) Tracing Value-Added and Double

Counting in Gross Exports. American Economic Review, 104(2).

– Decomposição das exportações brutas em componentes de VA e termos de dupla contagem.

• Obtida por meio da manipulação de identidades contábeis.

– Autores realizam aplicação dessa metodologia à matriz mundial por eles estimada.

• Base de dados do GTAP e dados de comércio da UN COMTRADE.

Page 15: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

KWW (2014)

• Eq. 36 de KWW:

Page 16: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

KWW (2014)

Fonte: KWW (2014).

Page 17: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Los et al. (2016)

• Framework alternativo: Los, B.; Timmer, M.P.; de Vries, G.J. (2016) Tracing Value-Added and Double Counting in Gross Exports: Comment. American Economic Review, 106(7).

– Embora matematicamente correto, a derivação e a interpretação dos termos de KWW são excessivamente complexas. Nem sempre têm significado em termos da teoria de insumo-produto.

– VA doméstico nas exportações (5 primeiros termos em (36)):

– Framework alternativo baseado em “extração hipotética”.

Page 18: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Los et al. (2016)

– VA em s:

– Mundo hipotético em que s não exporte para r:

– Value added exports:

Page 19: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Los et al. (2016)

– Decomposição do DVA(A):

– VA refletido de volta a s:

– Então, as exportações brutas podem ser decompostas como:

Page 20: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Los et al. (2016)

– Teorema: para calcular o VA doméstico nas exportações do país s, apenas informações sobre transações domésticas são necessárias.

– Prova: • Após simplificação:

– Matrizes mundiais ainda necessárias para decompor DVA.

Page 21: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Johnson e Noguera (2012)

• Trade in value added: Johnson, R.C.; Noguera, G. (2012) Accounting for Intermediates: Production Sharing and Trade in Value Added. Journal of International Economics, 86.

– Vallue added exports: três primeiros termos da eq. 36 de KWW.

• Medida do VA doméstico incorporado à demanda final de cada destino.

• Johnson (JEP, 2014): 5 fatos sobre exportações de VA – Resultados robustos entre bases de dados alternativas.

Page 22: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Johnson (2014):

1. Exportações mundiais de VA são iguais a 70-75% das exportações brutas atualmente, decrescendo dos cerca de 85% nas décadas de 1970 e 1980. – Queda do VAX ratio acentuada após 1990.

Fonte: Johnson e Noguera (2014).

Page 23: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Johnson (2014):

2. Comércio de manufaturas é relativamente menor – e o comércio de serviços é relativamente maior – em termos de VA. – Manufaturas incluem VA de serviços; maior grau de especialização

vertical.

Fonte: Johnson (2014).

Page 24: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Johnson (2014):

3. Entre países, exportações de VA representam de 50% a 90% do valor das exportações brutas.

Fonte: Johnson (2014).

Page 25: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Imori (2015):

Fonte: Imori (2015).

Page 26: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Imori (2015):

– Efeitos between e within no VAX ratio.

Page 27: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Imori (2015):

– Diferentemente do encontrado por Johnson e Noguera (2012) para o mundo, no Brasil as diferenças within são significantes para explicar variações no VAX ratio.

Fonte: Imori (2015).

Page 28: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Johnson (2014):

4. Diferenças entre exportações bilaterais brutas e de VA são grandes e heterogêneas entre parceiros comerciais.

– VAX ratio tende a ser menor dentro dos blocos comerciais.

Fonte: Johnson (2014).

Page 29: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Johnson (2014):

5. Variações no VAX ratio foram heterogêneas entre países.

Fonte: Johnson (2014).

Page 30: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Johnson (2014):

• Implicações da mensuração do comércio em termos de VA: – Macroeconomia internacional: avaliação dos efeitos da queda do

consumo no exterior.

• A economia dos EUA é mais afetada pela queda do consumo da do Canadá ou da União Européia?

– Políticas comerciais:

• Ênfase em negociações multilaterais, umas vez que barreiras a terceiros países upstream ou downstream importam tanto quanto a parceiros comerciais diretos.

• Barreiras comerciais atingem produtores domésticos adicionalmente aos estrangeiros, pois o VA doméstico pode ser encontrado em importações.

Page 31: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Quão globais são as cadeias de valor?

• Baldwin (2006): dado que a redução de custos de comunicação superou em muito a redução dos custos de transportes, regionalizing offshoring é maneira de cortar custos de comércio. – Se a fragmentação é fenômeno global, acordos multilaterais extensos

são necessários para ampliar os benefícios do comércio nas cadeias produtivas; se não, acordos regionais são suficientes.

– Evidência empírica é mista.

• Johnson, R.C.; Noguera, G. (2012). Proximity and Production Fragmentation. American Economic Review, 102(3). – VAX ratios mais baixa e caindo mais rapidamente entre países na

mesma região geográfica regionalização dos processos produtivos mais importante que sua gloalização.

• Baldwin, R.; lopez-Gonzalez, J. (2014). Supply-chain Trade: A Portrait of Global Patterns and Several Testable Hypotheses. The World Economy. – “supply chain trade is not global – it is regional. ‘Global value chains’ is

a great buzzword but it is inaccurate in aggregate”. – Comércio bruto de insumos dentro das regiões é muito maior do que

entre as regiões, de acordo com dados do WIOD.

Page 32: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Quão globais são as cadeias de valor?

• Los, B. et al. (2014). How Global Are Global Value Chains? A New Approach to Measure International Fragmentation. Journal of Regional Science.

• Embora fragmentação regional tenha sido dominante até início da década de 1990, fragmentação global assumiu maior importâcia nos anos 2000.

– Para quase todas as cadeias, do VA provindo estrangeiro ao país final, a maior parcela é adicionada fora da região a que o país pertence.

• Imori (2015): empregando a metodologia de feedback loop, observa-se uma estrutura espacial para as cadeias de valor em que os fluxos entre grandes economias em diferentes blocos são dominantes.

• Não há indícios de que “international supply chains are mostly regional. Most supply-chain trade happens within what have been called Factory Asia, Factory Europe and Factory America” (Baldwin e Lopez-Gonzalez, 2014).

– Menos de ¼ dos fluxos de VA das cadeias produtivas ocorre dentro desse blocos.

Page 33: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Quão globais são as cadeias de valor?

– Baldwin e Lopez-Gonzalez (2014) focam na análise do comércio de insumos (em vez do comércio em VA), vulnerável a problemas de dupla contagem.

– Se comércio dentro de blocos é mais concentrado em insumos a jusante do que o comércio entre blocos, ele será superestimado.

– Também afeta conclusões de Johnson and Noguera (2012), baseadas no VAX ratio.

– Com um denominador superestimado, o VAX ratio entre parceiros no mesmo bloco será subestimado, levando ao superdimensionamento da fragmentação dentro de blocos.

• O que explicaria a divergência entre essas conclusões?

Page 34: Desenvolvimentos recentes da análise de insumo-produto ... · •Lamy (2011): ruptura com a visão mercantilista de comércio (“nós contra eles”). –Impulso para elaboração

Bibliografia

Baldwin, R.; Lopez-Gonzalez, J. (2014). Supply-chain Trade: A Portrait of Global Patterns and Several Testable Hypotheses. The World Economy 38(11).

http://onlinelibrary.wiley.com/wol1/doi/10.1111/twec.12189/full

Grossman, G.M; Rossi-Hansberg, E. (2008) Trading Tasks: A Simple Theory of Offshoring. American Economic Review, 98(5).

https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/aer.98.5.1978

Jones, R.W.; Kierzkowski, H. (2005) International fragmentation and the new economic geography. North American Journal of Economics and Finance, 16.

http://dx.doi.org/10.1016/j.najef.2004.11.005

Johnson, R.C. (2014) Five Facts about Value-Added Exports and Implications for Macroeconomics and Trade Research. Journal of Economic Perspectives, 28(2).

https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/jep.28.2.119

Johnson, R.C.; Noguera, G. (2012). Proximity and Production Fragmentation. American Economic Review, 102(3). https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/aer.102.3.407

Koopman, R.; Wang, Z.; Wei, S-J. (2014) Tracing Value-Added and Double Counting in Gross Exports. American Economic Review, 104(2).

https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/aer.104.2.459

Los, B.; Timmer, M.P.; de Vries, G.J. (2016) Tracing Value-Added and Double Counting in Gross Exports: Comment. American Economic Review, 106(7).

https://www.aeaweb.org/articles?id=10.1257/aer.20140883

Los, B. et al. (2014). How Global Are Global Value Chains? A New Approach to Measure International Fragmentation. Journal of Regional Science, 55(1).

http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jors.12121/full