DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GABRIEL WATERKEMPER DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS MANUAIS EM OFICINAS MECÂNICAS FLORIANÓPOLIS 2018

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

GABRIEL WATERKEMPER

DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS

MANUAIS EM OFICINAS MECÂNICAS

FLORIANÓPOLIS

2018

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GABRIEL WATERKEMPER

DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO FOCADA PARA

SERVIÇOS MANUAIS EM OFICINAS MECÂNICAS

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Curso de Design, como quesito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design pela Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Campus de Florianópolis

Área de habilitação: Design

Orientador: Prof. Tiago André da Cruz, Me.

Florianópolis

2018

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GABRIEL WATERKEMPER

PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS MANUAIS EM

OFICINAS MECÂNICAS

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Curso de Design, como quesito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design pela

Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Campus de Florianópolis.

Aprovado em: 27 de Junho de 2018.

BANCA EXAMINADORA

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Dedico este projeto de conclusão de

curso à minha família, que sempre me

apoiou nos momentos mais difíceis e aos

meus velhos e novos amigos que sempre

acreditam e apoiam meus projetos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família, por todo apoio durante todos esses anos.

Ao meu orientador Tiago Cruz, por suas correções e suporte na realização

desse projeto.

Ao Eduardo e Rodrigo da Oficina Mecânica HMS.

A todos os meus amigos que me ajudaram de alguma maneira.

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RESUMO

Profissionais que atuam em oficinas mecânicas constantemente necessitam da

utilização de um equipamento para iluminar sua área de trabalho. Ao analisar

equipamentos do mercado, é possível perceber que eles não satisfazem, ou,

satisfazem parcialmente a necessidade do usuário. A iluminação inadequada gera

fadiga visual, stress, aumenta a quantidade de erros e da frequência de acidentes. O

projeto utiliza a metodologia de Bernd Löbach, contendo 4 etapas de projeto para

gerar um produto que visa reduzir estes problemas. A primeira delas é a análise do

problema, etapa onde são feitas pesquisas no ambiente de trabalho e com os

profissionais que utilizam equipamentos iluminativos. Feito a pesquisa são listados

os requisitos técnicos e requisitos do usuário, para então iniciar a geração de

alternativas. A alternativa final cumpre todos os requisitos previamente listados e

com isso é criado um protótipo para posterior análise do usuário e viabilidade

comercial.

Palavras-chave: Iluminação; design de produto; oficina mecânica

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ABSTRACT

Professionals who work in mechanical workshops constantly need the use of

equipment to light their work area. When analyzing equipment from the market, it is

possible to realize that they do not satisfy, or, partially satisfy the need of the user.

Inadequate lighting generates visual fatigue, stress, increases the number of errors

and frequency of accidents. The project uses the methodology of Bernd Löbach,

containing 4 stages of design to generate a product that aims to reduce these

problems. The first stage is the analysis of the problem, where research is done in

the workshop location and with professionals who use lighting equipment. Once the

research is done, the technical requirements and user requirements are listed, and

then the generation of alternatives is started. The final alternative meets all the

requirements previously listed and with this is created a prototype for further user

analysis and commercial viability.

Keywords: Workshops; Mechanics; Lightning; Product Design

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Lista de Siglas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

IRC Índice de Reprodução de Cores

QFD Quality Function Deployment

PEEK Polímero termoplático poli-eter-eter-cetona

ABS Acrilonitrila butadieno estireno

UL 746B Standard for Polymeric Materials - Long Term Property Evaluations

PU Poliuretano

LED Diodo emissor de luz

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Metodologia de Bernd Löbach .................................................................. 18

Figura 2 - Produto com função principalmente estética ............................................ 20

Figura 3 - Produto com função principalmente simbólica .......................................... 21

Figura 4 - Produto com função principalmente prática .............................................. 21

Figura 5 - Mecânico realizando serviço na parte inferior do carro ............................. 23

Figura 6 - Formula da intensidade de iluminação ...................................................... 26

Figura 7 - Planejamentos da Iluminação. .................................................................. 28

Figura 8 - Planejamentos da Iluminação ................................................................... 29

Figura 9 - Escala de temperatura na escala Kelvin (K) ............................................. 30

Figura 10 - Variação da Reprodução de Cor ............................................................. 30

Figura 11 - Iluminação geral da oficina ..................................................................... 34

Figura 12 - Iluminação geral da oficina ..................................................................... 35

Figura 13 - Área de sombra no local de atuação do mecânico ................................. 35

Figura 14 - Equipamentos de iluminação utilizados em serviço ................................ 36

Figura 15 - Equipamentos de iluminação utilizados em serviço ................................ 36

Figura 16 - Equipamento de iluminação posicionado ................................................ 37

Figura 17 - Serviços onde duas mãos são necessárias ............................................ 37

Figura 18 - Serviços onde duas mãos são necessárias ............................................ 38

Figura 19 - Serviço na parte inferior do painel........................................................... 38

Figura 20 - Situação onde o mecânico necessita que outra pessoa segure a iluminação

para seu serviço ........................................................................................................ 39

Figura 21 - Situação onde o mecânico necessita que outra pessoa segure a iluminação

para seu serviço ........................................................................................................ 39

Figura 22 - Projetor colocado no chão ...................................................................... 40

Figura 23 - Características de um produto ideal........................................................ 44

Figura 24 - Persona ................................................................................................... 46

Figura 25 - Painel de Conceito .................................................................................. 49

Figura 26 - Alternativa1 ............................................................................................. 49

Figura 27 - Alternativa 2 ............................................................................................ 50

Figura 28 - Alternativa 3 ............................................................................................ 50

Figura 29 - Alternativa 4 ............................................................................................ 51

Figura 30 - Alternativa 5 ............................................................................................ 51

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Figura 31 - Alternativa 6 ............................................................................................ 52

Figura 32 - Alternativa 7 ............................................................................................ 52

Figura 33 - Alternativa 8 ............................................................................................ 53

Figura 34 - Alternativa 9 ............................................................................................ 53

Figura 35 - Alternativa 10 .......................................................................................... 54

Figura 36 - Alternativa 11 .......................................................................................... 54

Figura 37 - Alternativa 12 .......................................................................................... 55

Figura 38 - Alternativa 13 .......................................................................................... 55

Figura 39 - Alternativa final em perspectiva .............................................................. 59

Figura 40 - Visão frontal da alternativa final .............................................................. 60

Figura 41 - Visão lateral da alternativa final .............................................................. 60

Figura 42 - Visão traseira da alternativa final ............................................................ 61

Figura 43 - Visão inferior da alternativa final ............................................................. 61

Figura 44 - Visão superior da alternativa final ........................................................... 61

Figura 45 - Render digital em SolidWorks ................................................................. 62

Figura 46 - Utilização do PEEK na indústria aeronáutica .......................................... 63

Figura 47 - Render com teste de cores ..................................................................... 64

Figura 48 - Render com teste de cores ..................................................................... 64

Figura 49 - Alternativa final renderizada .................................................................... 66

Figura 50 - Alternativa final em duas posições .......................................................... 66

Figura 51 - Alternativa final com sua base de carregamento .................................... 67

Figura 52 - Protótipo .................................................................................................. 68

Figura 53 - Protótipo parte traseira ............................................................................ 68

Figura 54 - Protótipo moldado ................................................................................... 69

Figura 55 - Protótipo da cabeça ................................................................................ 69

Figura 56 - Protótipo da iluminação ........................................................................... 70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dimensões médias dãs mãos .................................................................. 25

Tabela 2 - Tabela da quantidade de Iluminância NBR5413 ...................................... 32

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Tabela NBR 5413 – ILUMINÂNCIA DE INTERIORES. .......................... 33

Quadro 2 - Tabela da análise sincrônica. .................................................................. 47

Quadro 3 - Matriz Morfológica. .................................................................................. 56

Quadro 4 - Matriz de priorização da base ................................................................. 57

Quadro 5 - Matriz de priorização do corpo ................................................................ 57

Quadro 6 - Matriz de priorização da cabeça. ............................................................ 58

Quadro 7 - Matriz de priorização da bateria .............................................................. 58

Quadro 8 - Tabela de material dos similares ............................................................. 62

Quadro 9 - Tabela de percepção de cores ................................................................ 65

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Dimensões médias dãs mãos .................................................................. 24

Gráfico 2 - O que você acha da iluminação da oficina? ............................................ 41

Gráfico 3 - Uso do equipamento ................................................................................ 41

Gráfico 4 - A falta de iluminação atrapalha o seu serviço? ........................................ 42

Gráfico 5 - Acidentes por falta de iluminação ............................................................ 42

Gráfico 6 - Quantidade de acidentes ......................................................................... 43

Gráfico 7 - Rendimento vinculado à iluminação ........................................................ 43

Gráfico 8 - Análise dos produtos disponíveis no mercado ........................................ 44

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 15

1.1 DELIMITAÇÃO ......................................................................................... 15

1.2 PROBLEMA .............................................................................................. 15

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO .............................................................................. 15

1.4 OBJETIVOS .............................................................................................. 16

1.4.1 Objetivo geral ....................................................................................... 16

1.4.2 Objetivo específico .............................................................................. 16

1.5 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 16

1.6 METODOLOGIA ....................................................................................... 17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 19

2.1 DESIGN DE PRODUTO ........................................................................... 19

2.2 ERGONOMIA ........................................................................................... 22

2.2.1 Ergonomia física .................................................................................. 23

2.2.2 Ergonomia cognitiva ........................................................................... 24

2.2.3 Antropometria ...................................................................................... 25

2.3 ILUMINAÇÃO ........................................................................................... 26

2.3.1 Sistemas de iluminação ...................................................................... 28

2.3.2 Temperatura ......................................................................................... 30

2.3.3 Iluminação no trabalho ........................................................................ 31

3 DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 34

3.1 ANALISE DO PROBLEMA........................................................................ 34

3.2 QUESTIONÁRIOS E PESQUISAS ........................................................... 40

3.3 ANÁLISE QFD .......................................................................................... 44

3.4 PERSONA ................................................................................................ 45

3.5 ANALISE SINCRÔNICA ........................................................................... 47

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3.6 LISTA DE REQUISITOS ........................................................................... 48

3.6.1 LISTA DE REQUISITOS TÉCNICOS .................................................... 48

3.6.2 LISTA DE REQUISITOS DO USUÁRIO ................................................ 48

3.7 PAINEL DE CONCEITO ........................................................................... 46

3.8 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS .............................................................. 49

3.9 MATRIZ MORFOLÓGICA ......................................................................... 56

3.10 MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO ................................................................... 56

3.11 ALTERNATIVA FINAL ............................................................................ 59

3.12 MATERIAIS ............................................................................................ 63

3.13 CORES ................................................................................................... 64

3.14 ALTERNATIVA FINAL RENDERIZADA .................................................. 66

3.15 PROTOTIPAÇÃO ................................................................................... 70

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 70

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 71

APÊNDICES ................................................................................................... 74

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ................................................................... 75

APÊNDICE B - QFD ....................................................................................... 80

APÊNDICE C – MATRIZ MORFOLÓGICA ..................................................... 81

APÊNDICE D – DETALHAMENTO TÉCNICO ............................................... 82

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1 INTRODUÇÃO

1.1 DELIMITAÇÃO

Iluminação para serviços manuais em oficinas mecânicas.

1.2 PROBLEMA

Dificuldade de iluminação para realizar serviços em oficinas mecânicas.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO

Uma área de trabalho mal iluminada gera desconforto, falta de rendimento e

possíveis problemas de saúde. Em oficinas mecânicas o trabalhador, isto é, o

mecânico de automóveis, acaba usando equipamentos de iluminação que não foram

desenvolvidos levando em consideração este ambiente de trabalho, externo e interno

aos veículos, visto que são feitos de materiais não resistentes a calor excessivo,

líquidos corrosivos, grandes impactos e de formatos que não se adequam ao meio.

Para Gomes Filho (2003, p.238) -

Os ambientes de veículos, objetos de design industrial, como automóveis, caminhões, ônibus, vans, trens, aviões, embarcações e congêneres apresentam espaços internos diferenciados entre si. Isso ocorre, principalmente, em função, de suas características de tipo de uso, operacionais, tecnológicas, dimensionais, estético-formais, etc., e aliadas a inúmeros outros atributos e especificidades que lhes são próprios de cada classe, categoria, modelo e tipo de veículo e, obviamente, da natureza do tipo de percurso que realizam em terra, no ar ou na água.

Por conta dessa grande diversidade, para ter o mínimo de iluminação,

mecânicos utilizam lanternas tradicionais de maneiras não eficientes, tais como

coladas com fita, arames, ou até de maneira anti-higiênica, segurando com a boca.

Esses métodos consequentemente geram mais problemas, como quedas, quebras e

gerando iluminação inadequada.

Poucos produtos no mercado realmente se diferenciam em seu formato, boa

parte seguindo um padrão com aspectos estéticos diferenciados, tais como cores,

acabamentos, etc., não sendo adequados para um ambiente específico como o de

uma oficina mecânica.

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16

Por isso, o objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um produto de

iluminação que considera exclusivamente o cenário de oficinas mecânicas, tomando

como base a análise direta do usuário e de sua área de trabalho.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo geral

Desenvolver um produto de iluminação para uso específico em oficinas

mecânicas.

1.4.2 Objetivos específicos

a) Descrever as características atuais dos equipamentos de iluminação

utilizados em oficinas mecânicas.

b) Listar os requisitos de iluminação apresentados pela Ergonomia para

trabalhos em oficinas mecânicas.

c) Realizar descrição do trabalho em oficinas mecânicas com foco na

iluminação.

d) Levantar reclamações de trabalhadores de oficinas mecânicas e

possibilidades de melhorias para interfaces de produtos de iluminação.

e) Apresentar o protótipo.

1.5 JUSTIFICATIVA

Com uma frota crescente de automóveis em nosso país, a utilização dos

serviços de uma oficina mecânica é frequente. Mecânicos profissionais possuem uma

rotina pesada, onde trabalham em torno de 8 horas em situações desconfortáveis.

Observando profissionais e amigos entusiastas, que mexem em seus próprios

veículos, foi constatado a falta de um equipamento adequado para iluminar a área de

trabalho, visto que boa parte das vezes é requisitado o auxílio de terceiros para ajudar

na iluminação.

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Profissionais que necessitam mexer em veículos, com o auxílio do projeto,

podem ter menos inconveniências quando necessitam de iluminação em áreas de

trabalho específicas, que em um veículo, seja ele - carro, caminhão, ônibus, etc., são

muitas.

O design tem como objetivo auxiliar na criação de um produto que atenda a

necessidade do usuário, utilizando a metodologia para alcançar um objetivo final. O

trabalho também se justifica pelo desenvolvimento de uma interface que aumente o

desempenho e a segurança do trabalhador, diminuindo consideravelmente o risco de

acidentes.

O projeto, tendo como público-alvo pessoas que trabalham em ambientes com

objetos pesados, cortantes, inflamáveis, etc., tem como objetivo reduzir o número de

acidentes criando um produto que cumpra os requisitos mínimos para uma área de

trabalho eficiente. Desta forma, visa reduzir o stress causado pela falta de iluminação

adequada, que consequentemente ocasiona falta de produtividade e em determinadas

situações até lesões físicas, visto que peças cortantes ficam ocultas no escuro.

1.6 METODOLOGIA

Metodologia são etapas a serem seguidas em um determinado processo. Para

Munari (1981, p.20) “O método projectual não é mais do que uma série de operações

necessárias, dispostas por ordem lógica, ditada pela experiência. O seu objetivo é o

de se atingir o melhor resultado com o menor esforço.”.

A metodologia utilizada nesse projeto será baseada em Bernd Löbach, que

pode ser melhor analisada observando a Figura 1 abaixo.

É importante seguir os passos sem pular etapas para quando chegar no final

do processo não haver imprevistos, erros e problemas, além de resultar em um

produto que solucione os problemas previamente descritos.

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Figura 1 – Metodologia de Bernd Löbach

Fonte - LOBACH, 2001, p.140

Para Löbach (1975, p. 141)

Como o processo de design pode se desenvolver de forma

extremamente complexa (dependendo da magnitude do problema) nos parece útil, para fins didáticos, dividi-lo em quatro fases distintas, embora estas fases nunca sejam exatamente separáveis no caso real. Elas se entrelaçam umas às outras, com avanços e retrocessos.

Quanto a natureza, a pesquisa será feita de maneira aplicada, “Objetiva gerar

conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos.

Envolve verdades e interesses locais.” (GOHR, 2008, p. 28). Quanto aos objetivos

será uma pesquisa exploratória, que é definida por Prodanov e Freitas (2013, p. 51-

52) -

Quando a pesquisa se encontra na fase preliminar, tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto.

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A pesquisa será abordada de maneira quantitativa, composta pelo contato do

pesquisador com o objeto estudado. Os dados são expostos de forma descritiva

(PRODANOV E FREITAS, 2013).

Quanto aos procedimentos, pode ser considerado Estudo de caso. Segundo

Yin (2001, apud PRODANOV E FREITAS, 2013, p.60), Estudo de caso é “quando

envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que

permita o seu amplo e detalhado conhecimento”. O estudo de caso possui uma

metodologia de pesquisa classificada como aplicada, na qual se busca a aplicação

prática de conhecimentos para a solução de problemas sociais (BOAVENTURA, 2004,

apud PRODANOV E FREITAS, 2013, p.60).

Para este projeto, o designer utilizará a observação equipada e participativa,

além de entrevistar usuários de equipamentos similares, tais como mecânicos

profissionais e entusiastas amadores, para obter dados de base que serão analisados

através da ferramenta QFD (quality function deployment).

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Design de Produto ou Design Industrial

Design Industrial é um método estratégico de resolução de problemas, que gera

inovação, constrói o sucesso de empresas, e leva a uma melhor qualidade de vida

através de produtos inovadores, sistemas, serviços e experiências”. (World Design

Organization, 20171)¹

O desenho industrial é utilizado para a fabricação e produção, indicando

formas, medidas, proporções, escalas, materiais e ainda por vezes processos de

fabricação. O produto terá sua base em diversos tópicos abrangidos pelo design de

produtos, informações essas que irão auxiliar na elaboração de um resultado eficiente

para o usuário final.

Além do mais, de acordo com Lobach (2001) “o design industrial é o processo

de adaptação dos produtos de uso, fabricados industrialmente, as necessidades

físicas e psíquicas dos usuários ou grupo de usuários.

1Industrial Design is a strategic problem-solving process that drives innovation, builds business

success, and leads to a better quality of life through innovative products, systems, services, and

experiences. (World Design Organization, 20171)

Page 21: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

20

Esses produtos fabricados, podem ter diversas funções, como função prática,

função estética ou função simbólica, e cabe ao designer na hora de projetar decidir

em qual função o seu produto deve se encaixar. A função estética está ligada com o

aspecto psicológico durante o seu uso, como por exemplo, na compra de um

automóvel, normalmente, o que é levado em consideração pelo comprador é o

aspecto estético do carro, já que as funções práticas entre todos os concorrentes são

muito parecidas. (LOBACH, 2001)

Figura 2 - Produto com função principalmente estética

Fonte - Lobach, 2001, p.68.

Já a função simbólica de um produto é determinada por aspectos espirituais,

psíquicos e sociais. Quando um determinado grupo de pessoas que possuem status

social usam muito um tipo de produto, ele passa a representar esse status do usuário,

isso acontece muito com certas marcas de carro, como a BMW.

Figura 3 - Produto com função principalmente simbólica

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Fonte - Lobach, 2001, p.68.

Por fim, se uma cadeira, por exemplo, satisfaz apenas as necessidades

fisiológicas do usuário, que é sentar, é um exemplo de produto com função prática.

Figura 4 - Produto com função principalmente prática

Fonte - Lobach, 2001, p.68.

2.2 Ergonomia

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22

A ergonomia estuda os diversos fatores que influem no desempenho do

sistema produtivo e procura reduzir suas consequências nocivas sobre o trabalhador.

(IIDA, 2005, p.3).

Para Munari (1981, p.342) -

A ergonomia é a ciência que estuda as maneiras de melhorar as condições dos trabalhadores no local de trabalho. Vale-se das contribuições advindas do conhecimento da anatomia humana, da fisiologia e da medicina do trabalho.

Logo após a 2ª Guerra Mundial começaram os estudos aprofundados e

aplicações da Ergonomia, elaborada em conjunto de vários profissionais, como

engenheiros, fisiologistas e psicólogos que ao estudar as características do

trabalhador viram que é possível projetar o trabalho para o mesmo, sem prejudicar

sua saúde, tanto física como psicológica, tendo como objetivo reduzir as

consequências nocivas sobre o trabalhador e com isso aumentar a eficiência como

consequência. (IIDA, 2005)

Vale frisar que a eficiência não é o foco principal, visto que poderia causar um

aumento nos riscos e causar acidentes, tornando-se inaceitável para os princípios da

ergonomia. (IIDA, 2005)

A Ergonomia tem papel fundamental na elaboração do projeto pois como o

objetivo é reduzir ao máximo os acidentes de trabalho causados por iluminação

inadequada, a mesma se torna item indispensável, pois define dados importantes,

como medidas, iluminação adequada, temperaturas, etc.

Sobre o tema, é dito que - “A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho

ao homem.” (IIDA ,2005, p.2).

Percebe-se inúmeras situações onde a falta de ergonomia pode vir a causar

situações perigosas e até letais, assim como lesões corporais e psicológicas ao longo

do tempo.

Existem 3 tipos principais de ergonomia, que são - ergonomia física, ergonomia

cognitiva e ergonomia organizacional. (IIDA, 2005). Para esse trabalho o foco será na

ergonomia física e na ergonomia cognitiva, visto que ambas se relacionam com o

tema.

2.2.1 Ergonomia física

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23

De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), entende-se

por ergonomia física os fatores relacionados com a anatomia do ser humano. Ou seja,

a postura, o movimento, as forças exercidas pelos músculos e ossos.

A ergonomia física, segundo Iida (2005, p.3) “ Ocupa-se das características da

anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionados com a

atividade física.”

Esta área da ergonomia busca melhorar a relação do homem com máquinas,

equipamentos móveis e objetos de trabalho, analisando posturas, vibrações,

movimentações adequadas, manipulação dos objetos e etc. Podemos nos perguntar

por exemplo se o produto poderá ser usado por longos períodos de tempo, ou se o

uso frequente do produto causa sequelas físicas para o usuário.(IIDA, 2005)

Os profissionais que trabalham com os membros superiores elevados têm um

risco cerca de 7,9 vezes maior para disturbios musculoesqueleticos do que aqueles

que não trabalham nessa posição (SERAFIM e SANDHI, 1998).Um exemplo é a da

profissão de mecânico, onde em determinadas situações de reparo na parte inferior

do carro há a necessidade de ficar com os membros superiores elevados por tempo

indeterminado, como na imagem abaixo.

Figura 5 – Mecânico realizando serviço na parte inferior do carro

Fonte - iStock (2018)

Com a ergonomia física é possível definir dimensões de uso adequados ao

projeto. Pensar que a ergonomia física traz benefícios apenas para o trabalhador é

equivocado, pois uma empresa com trabalhadores satisfeitos acaba tendo um

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24

aumento na produtividade, grande redução de acidentes, diminuição de faltas e

atrasos, além de melhorar a imagem da empresa no mercado.

2.2.2 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO, a ergonomia cognitiva trata das questões psíquicas do

usuário, como o stress que pode ser causado pela realização de certa atividade ou o

desempenho da mesma. De acordo com Iida (2005, p.3) “Ocupa-se dos processos

mentais, como a percepção, memória, raciocínio e resposta motora, relacionados com

as interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema.”

A Ergonomia Cognitiva investiga esses processos para compreender como um

indivíduo gerencia o seu trabalho e as informações disponibilizadas para, assim,

apreender a articulação que ele constrói e que o leva a realizar determinada ação.

(Abrahão, Dias Silvino, & Sarmet, 2005, p. 165)

Gráfico 1 – Infográfico da Ergonomia Cognitiva

Fonte - Proderg (2018)

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Basicamente a ergonomia cognitiva é eficaz para garantir aos trabalhadores o

seu bem-estar, a partir de elementos que podem ser melhorados em seu posto de

trabalho, algo que será levado em conta neste projeto, uma vez que a luz no meio

ambiente, pode influenciar negativamente o trabalho do profissional.

Além do mais o público-alvo do projeto é um profissional que já sofre uma

grande quantidade de stress diário por ter muitas responsabilidades e pequenos

prazos, por isso, é importante para o projeto compreender as atitudes perante a

iluminação, e assim definir requisitos que o auxiliem.

2.2.3 Antropometria

A antropometria trata das medidas do corpo humano. “Medir as pessoas seria

uma tarefa fácil, bastando para isso ter uma régua, trena e balança. Entretanto, isso

não é tão simples assim, quando se pretende obter medidas representativas e

confiáveis de uma população [...].” (IIDA, 2005 ,p.97).

No projeto, ela é utilizada na definição das dimensões do produto, e pode ser

aplicada através de tabelas já feitas ou de uma nova medição do público. Elas podem

variar conforme os aspectos de faixa etária, país ou região, o tipo de atividade exercida

e época da medição.

Ela pode ser estática, dinâmica e funcional, sendo a funcional aquela onde o

corpo está em constante movimentação por conta de tarefas, ideal para o projeto.

Segundo Grandjean (1991, pg. 43), as medidas das mãos são importantes para

definição de controles em máquinas e produtos, e assim apresenta uma tabela com

dados coletados em uma pesquisa na Alemanha. (Tabela 1)

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Tabela 1 – Dimensões médias dãs mãos.

Fonte - Grandjean, 1991

Por ter um público específico de homens, entre 18 e 40 anos, brasileiros, a

antropometria define que o tamanho médio do perímetro de “pega” (Tabela 1) é de

13,4cm, o que resulta em um diâmetro de 4,26cm, medida essa que define uma base

de tamanho para produto.

2.3 ILUMINAÇÃO

Existem escalas de medição de intensidade de iluminação, que é medida pelo

fluxo luminoso que incide em uma superfície, sendo o Lux a unidade de medida.

(GRANDJEAN, 1998)

Figura 6 - Formula da intensidade de iluminação

Fonte - autor, adaptado de Grandjean,1998, p.217.

Em relação aos tipos de fontes luminosas, Grandjean (1998) diz que existem 4

diferentes tipos de fontes -

Page 28: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

27

1) Fontes luminosas radiantes diretas - Emitem 90% ou mais da luz na forma

de um cone de luz direcionado a uma superfície. São muito usadas em

vitrines e exposições.

2) Fontes luminosas semidiretas ou semi-indiretas - Graças ao emprego de

materiais translúcidos, emitem uma significativa parte da luz (até 40%)

diretamente em todas as direções, enquanto a outra parte incide em

paredes e no teto. São muito utilizadas para iluminação geral e uniforme de

uma sala.

3) Fontes irradiantes livres - Um bom exemplo são as lâmpadas

incandescentes opacas, que irradiam a luz uniformemente para todas as

direções. São de alta densidade luminosas e não devem ser utilizadas em

salas de espera, e sim em corredores, depósitos, banheiros, entre outros.

4) Fontes emissoras indiretas - Essas fontes jogam 90% ou mais da sua luz

nas paredes e no teto, então é refletida para os outros locais da sala. Para

isso, as paredes e o teto precisam ser de cores claras. São muito utilizadas

em exposições e salas de vendas.

A iluminação em geral é algo indispensável em nossas vidas, pois é ela que

estabelece nosso ciclo de atividades além de ser benéfica para o organismo,

melhorando saúde e humor, principalmente nas empresas, onde um trabalhador

passa em torno de 8 horas diárias. (IIDA, 2005)

“O correto planejamento da iluminação e das cores contribui para aumentar a

satisfação no trabalho e melhorar a produtividade, além de reduzir a fadiga e os

acidentes.” (IIDA, 2005, p.460)

O estudo sobre iluminação traz para o projeto dados essenciais para o

desenvolvimento de um produto que consiga sanar alguns dos problemas causados

pelo mal planejamento do sistema iluminativo de uma área de trabalho.

Segundo Grandjean (1998), citado por Iida (2005, p.462 e 463) -

Por muito tempo, os sistemas de iluminação nos ambientes de trabalho foram dimensionados de modo a poupar, ao máximo possível, a energia elétrica. Os valores recomendados até a década de 1950 oscilavam em torno de 10 a 50 lux, muito abaixo dos níveis atualmente utilizados.

Hoje, com o desenvolvimento de lâmpadas mais eficientes, o recomendado é

utilizar luzes até dez vezes mais intensas. Uma iluminação eficiente, pode reduzir a

Page 29: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

28

fadiga visual, consequentemente diminuindo cerca de 20% de todos os acidentes de

trabalho. (IIDA, 2005).

2.3.1 Sistemas de Iluminação

Existem três tipos de iluminação - Iluminação Geral, Iluminação Localizada e

Iluminação Combinada. A escolha no tipo de lâmpadas, luminárias e distribuição

dependem das características do trabalho a ser executado. (IIDA, 2005, pg. 472)

A iluminação geral é obtida pela colocação regular de luminárias em toda a

área, havendo cruzamento dos cones de luz para não criar regiões sombreadas. A

iluminação localizada concentra a intensidade do iluminamento sobre a tarefa,

enquanto o ambiente geral recebe menos luz, em torno de 30 a 50% a menos. A

iluminação combinada é um complemento da iluminação geral, tendo luz focada sobre

a tarefa, com intensidade de 3 a 10 vezes superior ao ambiente geral. (IIDA, 2005, p.

473).

Figura 7 – Planejamentos da Iluminação

Fonte - Conforto Ambiental - Iluminação. O ser humano e o seu entorno imediato Conforto

Visual pode ser interpretado como uma recepção clara das mensagens visuais, disponível em -<http -

//slideplayer.com.br/slide/3426874/ />. Acesso em 25 de nov. 2016.

Page 30: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

29

Figura 8 – Planejamentos da Iluminação

Fonte - Conforto Ambiental - Iluminação. O ser humano e o seu entorno imediato Conforto

Visual pode ser interpretado como uma recepção clara das mensagens visuais, disponível em -<http -

//slideplayer.com.br/slide/3426874/ />. Acesso em 25 de nov. 2016.

Com a imagem acima podemos realizar uma análise do local de trabalho e

definir qual o tipo de iluminação existente e onde podem ocorrer melhorias para

realizar os objetivos do projeto.

Para MUNARI (1981, p.346) “Tendo de projetar a iluminação de um ambiente,

o projetista deverá documentar-se para conhecer os tipos de fonte de luz disponíveis,

sua eficiência e suas características de uso.”.

2.3.2 Temperatura de iluminação

A temperatura de uma lâmpada define sua cor em unidades de medida Kelvin.

Temperaturas baixas, entre 2500K e 4000K são mais amareladas, temperaturas

médias entre 4000K e 6000K são brancas e temperaturas altas, acima de 6000K vão

se azulando até ficar roxo. (Figura 6)

Para cada situação existe uma variação de temperatura adequada, tanto para

conforto como para o trabalho. É importante ter a iluminação na temperatura correta

para ter o melhor desempenho no trabalho escolhido.

Page 31: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

30

Figura 9 – Escala de temperatura na escala Kelvin (K)

Fonte -<http -//www.philuz.com.br/lampadas-led-como-as-temperaturas-das-cores-influenciam-o-

ambiente/> Acesso em 20 de nov. 2016.

Outro fator relacionado à temperatura da lâmpada, é o seu índice de

reprodução de cores, que conforme aplicação, pode refletir a cor de maneira diferente

da verdadeira e causar confusão para o trabalhador, podendo gerar acidentes.

(OSRAM, 2017)

Segundo a OSRAM (2017) -

Objetos iluminados podem nos parecer diferentes, mesmo se as fontes de luz tiverem idêntica tonalidade. As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes podem ser identificadas através de um outro conceito, Reprodução de Cores, e de sua escala qualitativa Índice de Reprodução de Cores (Ra ou IRC).

Figura 10 - Variação da Reprodução de Cor

Fonte - <http -//www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf /> Acesso em 28 de jun. 2017.

Page 32: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

31

A imagem da esquerda possui um IRC de 100. A imagem à direita possui um

IRC de 85. Percebe-se nitidamente a diferença, principalmente no boné do garoto. Em

uma oficina mecânica, por possuir muitos objetos de diferentes cores, se faz

necessário uma iluminação que reproduza as cores de maneira a facilitar a

visualização do mecânico.

Para este projeto, o mais indicado é o branco frio (aproximadamente 5500K),

temperatura indicada para tarefas que exigem atenção máxima e pelo fato de que ela

realça a limpeza do ambiente, ou falta dela, ajudando em serviços mais detalhados,

tais como identificar vazamentos, furos, rasgos em um veículo.

2.3.3 Iluminação no trabalho

A iluminação tem papel fundamental em nossas vidas, principalmente no

trabalho, onde as pessoas passam a maior parte do dia. “O nível de iluminamento

interfere diretamente no mecanismo fisiológico da visão e também na musculatura que

comanda o movimento dos olhos”. (IIDA, 2005, p.462).

Sobre a iluminação no local de trabalho mais delicados e precisos, de acordo

com Grandjean (1998) há recomendações a respeito -

1) A incidência da luz deve ser frontal.

2) A fonte luminosa deve apresentar uma boa superfície de irradiação.

3) A fonte luminosa deve ter curvas de distribuição da luz para que o local

tenha uniformidade de iluminação.

Ademais, a algumas condições gerais e preliminares para uma boa visão, como

a intensidade de iluminação, a distribuição dos brilhos no campo visual, o tamanho

dos objetos a serem reconhecidos, o tempo disponível para percepção e a idade da

pessoa que está trabalhando. A maioria dos trabalhos muito delicados exigem

intensidades de iluminação na ordem de 1.000 a 10.000 lux para a sua boa

visualização. (GRANDJEAN, 1998)

A quantidade de iluminação no trabalho, em décadas passadas, era limitada ao

mínimo possível para poupar energia elétrica, onde na década de 1950 ficava entre

10 e 50 lux, porém, com o passar dos anos a fadiga visual começou a prejudicar a

Page 33: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

32

saúde e o rendimento dos funcionários e com isso surgiram mudanças. (IIDA, 2005,

p.462).

Hoje em dia com o desenvolvimento de lâmpadas mais eficientes e o correto

planejamento de luzes localizadas auxiliam na redução de acidentes, como por

exemplo, uma fábrica de tratores dos EUA, onde aumentando o iluminamento de 50

para 200 lux reduziu 32% o índice de acidentes. (IIDA, 2005)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) hoje estabelece uma série

de normas, entre elas a NBR5413 (Tabela 2), que determina a iluminância em

estações de trabalho. Através dela podemos notar que uma iluminância correta para

o projeto está em torno de 1000 lux.

Tabela 2 -Tabela da quantidade de Iluminância NBR5413

Fonte - NBR 5413 (1992)

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33

Quadro 1 – Tabela NBR 5413 – ILUMINÂNCIA DE INTERIORES

Fonte - ABNT NBR 5413 – ILUMINÂNCIA DE INTERIORES págs. 8, 9 e 11

Com as tabelas acima podemos nos referenciar através de dados oferecidos

pela ABNT. Para tarefas normais, como montagem de peças e operações com

máquinas, que é o foco deste trabalho, é recomendado intensidades entre 200 a 800

lux. (WEERDMEESTER, 1995)

Há também a necessidade de planejar a diferença entre as 3 zonas do campo

visual, que seria a área da tarefa, área circunvizinha e o ambiente geral. A diferença

de brilho entre a área da tarefa e a área circunvizinha não pode ser superior a três

vezes e a diferença entre a área da tarefa e o ambiente não pode ser superior a dez

vezes, caso contrário podem produzir incômodos e fadiga visual.

Com essa informação, define-se para o projeto uma intensidade de 400 a 1000

lux com capacidade de divisão entre as 3 zonas do campo visual.

Page 35: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

34

3 DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento, baseado na metodologia de Lobach, inicia-se com a

análise do problema, para posteriormente gerar alternativas, analisa-las e por fim

resolver o problema.

3.1 ANÁLISE DO PROBLEMA

O problema de iluminação será analisado através da observação do local de

trabalho e de pesquisas com usuários, trazendo assim resultados expressivos.

O ambiente analisado foi a oficina mecânica HMS, situada no bairro Barreiros,

em São José, SC. O local possui 200m², 3 elevadores automotivos, paredes com

pintura azul e branco e iluminação geral localizada nas paredes laterais.

Ao analisar o serviço do mecânico, observamos que mesmo com iluminação

geral reforçada com refletores de LED (Foto 1 e 2), a falta de iluminação prevalece na

região da tarefa. (Foto 3)

Figura 11 – Iluminação geral da oficina

Fonte - Do Autor (2018)

Page 36: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

35

Figura 12 – Iluminação geral da oficina

Fonte - Do Autor (2018)

O maior problema causado pela iluminação ambiente é a criação de muitas

sombras, principalmente na região do cofre do motor, local de boa parte dos serviços.

(Foto 3)

Figura 13 – Área de sombra no local de atuação do mecânico

Fonte - Do Autor (2018)

A distribuição da iluminação ambiente faz com que o corpo do mecânico crie

uma enorme sombra na área de trabalho.

Page 37: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

36

Figura 14 – Equipamentos de iluminação utilizados em serviço

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 15 – Equipamentos de iluminação utilizados em serviço

Fonte - Do Autor (2018)

Foi constatado que além de oferecer uma iluminação não adequada, os

equipamentos são muito frágeis, apresentando danos com menos de 5 meses de uso.

O equipamento da esquerda (Foto 4), após algumas quedas, apresentou danos ao

plástico e não carregava mais sua bateria, sendo assim necessário o uso com um fio

na energia elétrica, atrapalhando sua mobilidade. O equipamento da direita (Foto 5)

apresenta iluminação reduzida por conta do uso.

Page 38: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

37

Figura 16 – Equipamento de iluminação posicionado

Fonte - Do Autor (2018)

Observa-se que o objeto acaba atrapalhando a mobilidade do serviço, podendo

ser atingido pelas mãos ou braços do usuário e cria sombras que dificultam o serviço.

Figura 17 – Serviços onde duas mãos são necessárias

Fonte - Do Autor (2018)

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38

Figura 18 – Serviços onde duas mãos são necessárias

Fonte - Do Autor (2018)

Na foto vemos uma situação onde o mecânico necessita o auxílio de outra

pessoa para segurar um equipamento de iluminação em um serviço que requer 2

mãos.

A lanterna não possui qualquer tipo de suporte, sendo pouco versátil para a

aplicação em oficinas.

Figura 19 – Serviço na parte inferior do painel

Fonte - Do Autor (2018)

Page 40: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

39

Os equipamentos em formado de barra, como o da foto, não possuem

direcionamento da luz, criando uma iluminação ampla, porém, pouco eficiente para a

aplicação no interior de um veículo. Observa-se a iluminação ofuscando a visão do

usuário por iluminar diretamente seu rosto.

Figura 20 – Situação onde o mecânico necessita que outra pessoa

segure a iluminação para seu serviço

Fonte - Do Autor (2018)

A barra LED da foto possui um imã em sua base, mas apenas em um dos lados,

sendo pouco utilizado devido à falta de posicionamento útil.

Figura 21 – Situação onde o mecânico necessita que outra pessoa

segure a iluminação para seu serviço.

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40

Fonte - Do Autor (2018)

Observe que o equipamento utilizado é diferente da foto 10, onde na tentativa

de melhorar a iluminação é feito a troca pela lanterna convencional.

Figura 22 - Projetor colocado no chão

Fonte - Do Autor (2018)

Nessa configuração cria-se muita luz nos olhos do usuário e muita sombra,

sendo pouco eficiente, além de atrapalhar a mobilidade. É ligado diretamente na

tomada.

A partir desta análise no ambiente, podemos listar alguns requisitos do usuário

para o desenvolvimento do produto.

3.2 QUESTIONÁRIOS E PESQUISAS

O questionário e a pesquisa têm enorme relevância para a compreensão dos

problemas que o usuário possui com o sistema atual de iluminação. A análise feita a

partir da observação do ambiente não capta anos de experiências que o usuário

possui, sendo assim, foram feitas perguntas chave para o melhor entendimento do

assunto. Aliado ao questionário presencial, onde 3 mecânicos foram entrevistados, foi

realizado uma pesquisa virtual com 15 profissionais de outras regiões e 8 entusiastas

que acabam mexendo em seus próprios veículos e passam por situações similares.

O questionário está anexado ao apêndice.

Page 42: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

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Gráfico 2 – O que você acha da iluminação da oficina?

Fonte - Do Autor (2018)

Gráfico 3 – Uso do equipamento

Fonte - Do Autor (2018)

Page 43: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

42

Gráfico 4 – A falta de iluminação atrapalha o seu serviço?

Fonte - Do Autor (2018)

Gráfico 5 – Acidentes por falta de iluminação

Fonte - Do Autor (2018)

Page 44: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

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Gráfico 6 – Quantidade de acidentes

Fonte - Do Autor (2018)

Gráfico 7 – Rendimento vinculado à iluminação

Fonte - Do Autor (2018)

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44

Gráfico 8 – Análise dos produtos disponíveis no mercado

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 23 – Características de um produto ideal

Fonte - Do Autor (2018)

Podemos concluir que a grande maioria tem consciência do problema de

iluminação, porém, se contenta com as alternativas, como usar o celular ou algum

equipamento não eficiente. É possível ver que o usuário tem noção das características

de um produto que tornaria a iluminação melhor, aumentado seu rendimento.

Page 46: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

45

3.3 ANÁLISE QFD (Quality Function Deployment)

Após análise do QFD, pode se observar que nenhum dos equipamentos do

mercado possuem todos os requisitos técnicos, muito menos do usuário. Além disso,

ao comparar o QFD com a análise no ambiente, vemos que os equipamentos com

menores índices dos requisitos mais importantes, são os mais utilizados, retratando a

baixa eficiência relatada nas pesquisas. Tabela anexada no apêndice.

3.4 PERSONA

A criação da Persona é uma ferramenta muito útil ao design de produto pois

ela representa de maneira fictícia o seu cliente. Ela se baseia em comportamentos e

características do seu cliente, assim como suas histórias pessoais, motivações,

objetivos, desafios e preocupações.

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46

Figura 24 - Persona

Fonte - Do Autor (2018)

3.5 ANÁLISE DE SINCRÔNICA

A análise de similares nos mostra que os produtos mais utilizados em oficinas

mecânicas possuem características que o usuário requisita, porém, nunca de maneira

conjunta. A tabela em alta resolução está anexada no apêndice.

Page 48: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

47

Quadro 2 – Tabela da análise sincrônica

Fonte - Do Autor (2018)

O equipamento que mais atende as necessidades do usuário é o do tipo Abajur,

que possui base magnética e uma haste flexível. Seus pontos negativos são - corpo

de tamanho não prático, haste curta, não há como alterar o foco e sua maneira de

aderir é simples, limitando-se à alguns tipos de metais.

3.6 LISTA DE REQUISITOS

Unindo os dados coletados na fundamentação teórica, pesquisas e análises, é

possível listar requisitos técnicos e requisitos do usuário, para assim, desenvolver um

produto que cumpra seu objetivo.

3.6.1 LISTA DE REQUISITOS TÉCNICOS

Com base na fundamentação teórica, é possível listar requisitos técnicos para

o projeto, sendo eles -

Ter uma iluminação com iluminância média de 1000 lux.

Ter iluminação direcionada para evitar ofuscamentos na visão do usuário e

garantir boa distribuição nas 3 zonas de iluminação.

Ter cor de temperatura neutra, em média 5500K.

Ter um IRC próximo de 100.

Page 49: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

48

3.6.2 LISTA DE REQUISITOS DO USUÁRIO

Após análise do ambiente e de pesquisas com mecânicos e entusiastas, foram

listados alguns requisitos que seriam benéficos ao produto. São eles -

Ser resistente à impactos e líquidos

Iluminação forte e bem distribuída

Maleável

Ser de tamanho pequeno para que entre em espaços confinados.

Ter resistência mecânica devido ao ambiente possuir calor, ferramentas e

peças pesadas. Ao analisar o ambiente de trabalho de uma oficina mecânica

podemos constatar que há contato com - gasolina, álcool, óleos, produtos de

limpeza, desengripantes, etc.

Aderir a superfícies metálicas e carpetes. De acordo com observações

presenciais, esses são os materiais mais encontrados nos serviços em

automóveis, sendo metais na parte exterior e carpete no interior.

Ter um corpo maleável para adaptar-se ao espaço de trabalho. Com

observações e entrevistas foi constatado que uma grande porcentagem dos

locais com deficiência na iluminação é de difícil acesso para equipamentos

comuns, sendo necessário algo que se adapte ao meio para oferecer

iluminação adequada.

3.7 PAINEL DE CONCEITO

O painel de conceito é construído a partir da lista de requisitos e serve para

auxiliar na visualização do significado do produto, seus aspectos, emoções, símbolos,

etc. Também auxilia o designer no quesito de formas, cores, texturas, que podem ser

aplicadas ao produto.

Figura 25 – Painel de Conceito

Page 50: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

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Fonte - Do Autor (2018)

Os conceitos apresentados neste painel são base para a interface do produto,

tendo cada um uma função específica. Criar um produto com grande mobilidade e

resistência certamente é um desafio, porém, altamente necessário para o ambiente

definido, isto é, o de oficinas mecânicas.

3.8 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Tendo analisado o problema e compreendendo o usuário, inicia-se a geração

de alternativas, visando criar soluções

Figura 26 – Alternativa 1

Page 51: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

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Fonte - Do Autor (2018)

A primeira alternativa possuía um corpo pequeno, com haste maleável e uma

cabeça com 3 LEDS. Apesar de um tamanho ideal para o manuseio em espaços

apertados, a alternativa foi descartada por motivos de durabilidade de bateria e

capacidade de foco.

Figura 27 – Alternativa 2

Fonte - Do Autor (2018)

Na alternativa 2 o corpo possui formato triangular, com 4 hastes, sendo 1 delas

a da base. O botão liga/desliga está integrado.

Figura 28 – Alternativa 3

Fonte - Do Autor (2018)

A alternativa 3 possui corpo com 2 saídas de haste no topo e uma embaixo

para a base, seguindo a mesma direção para melhor fluidez no uso.

Figura 29 – Alternativa 4

Page 52: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

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Fonte - Do Autor (2018)

A alternativa 4 é uma evolução da alternativa 3, tendo formas mais suaves e

contínuas. Agora o corpo possui 3 saídas para hastes.

Figura 30 – Alternativa 5

Fonte - Do Autor (2018)

A Alternativa 4 trata de um esboço da base. A bateria utilizada teria formato

cilíndrico e a haste sairia da lateral de seu corpo. O tamanho não seria eficiente para

o manuseio e por isso foi descartada.

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Figura 31 – Alternativa 6

Fonte - Do Autor (2018)

Após mudanças no uso da bateria, foi elaborado um esboço onde a base teria

entrada para carregador externo e formato retangular. Foi descartada pelo mesmo

motivo da alternativa 4, onde o espaço comprometeria a mobilidade e o método de

recarga ocupava muito espaço.

Figura 32 – Alternativa 7

Fonte - Do Autor (2018)

Page 54: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

53

Realizando outra mudança na bateria do projeto e com inspiração peças

utilizadas em oficinas, foi elaborada uma nova base, porém, o formato não era

ergonômico, além de ter espaço interno desnecessário.

Figura 33 – Alternativa 8

Fonte - Do Autor (2018)

Em busca de um formato mais simples, o esboço da alternativa 7 apresenta um

formato quadrado, com elementos da alternativa 6.

Figura 34 - Alternativa 9

Fonte - Do Autor (2018)

Page 55: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

54

A alternativa 8 apresenta a evolução das alternativas 6 e 7, possuindo formato

compacto, botão liga/desliga com tamanho adequado e elementos de aderência,

assim como as laterais possuem uma curvatura e elementos de aderência para

manuseio. No topo, descentralizado, há a base da haste flexível. Na parte inferior

haverá uma tampa que além de ter a função de proteger a bateria do produto, tem um

imã em seu interior para aderir aos diferentes tipos de metais e uma segunda tampa

que pode ser acoplada para aderir ao interior do veículo.

Figura 35 – Alternativa 10

Fonte - Do Autor (2018)

A alternativa 9 nos mostra o primeiro esboço para a cabeça de LED. O formato

compacto e simples não forneceria iluminação suficiente e o manuseio seria limitado.

Figura 36 – Alternativa 11

Fonte - Do Autor (2018)

Page 56: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

55

A alternativa 10 apresenta uma cabeça com 3 LEDS e formato com

curvaturas para melhorar o manuseio com os dedos. Os 3 LEDS fornecem a

quantidade de iluminância suficientes para o projeto, algo entre 1000 e 2500 lux.

Figura 37 – Alternativa 12

Fonte - Do Autor (2018)

Na alternativa 11 o formato foi modificado para acompanhar o posicionamento

dos 3 LEDS, fornecendo uma fluidez melhor e oferecendo uma boa pega para o

manuseio.

Figura 38 – Alternativa 13

Fonte - Do Autor (2018)

Alternativa de cabeça baseado no primeiro esboço, com formato retangular e 3

LEDS em linha.

3.9 MATRIZ MORFOLÓGICA

Page 57: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

56

Após listar as alternativas é feito a matriz morfológica com o intuito de criar

possíveis soluções por meio da combinação de alternativas de componentes.

Quadro 3 – Matriz Morfológica

Fonte - Do Autor (2018)

3.10 MATRIZ DE PRIORIZAÇÃO

Tendo a matriz morfológica, foram feitas matrizes de priorização de cada item,

visando escolher a alternativa mais adequada, para assim ser criado uma alternativa

final.

Quadro 4 – Matriz de priorização da base

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Fonte - Do Autor (2018)

Quadro 5 – Matriz de priorização do corpo

Fonte - Do Autor (2018)

Quadro 6 – Matriz de priorização da cabeça

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58

Fonte - Do Autor (2018)

Quadro 7 – Matriz de priorização da bateria

Fonte - Do Autor (2018)

Pegando os itens com melhor pontuação é possível definir os componentes da

alternativa final e assim montar um modelo definitivo.

3.11 ALTERNATIVA FINAL

Page 60: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

59

A alternativa final contém os itens que receberam a nota mais alta na matriz de

priorização, criando uma alternativa que cumpre os requisitos.

Figura 39 – Alternativa final em perspectiva

Fonte - Do Autor (2018)

Após esta etapa é criado uma renderização virtual, onde poderão ser

analisadas as funções de mobilidade, tamanho, pega, cores, materiais, etc. Se

aprovada, é realizado a elaboração de um protótipo.

Page 61: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

60

Figura 40 – Visão frontal da alternativa final

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 41 – Visão lateral da alternativa final

Fonte - Do Autor (2018)

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61

Figura 42 – Visão traseira da alternativa final

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 43 – Visão inferior da alternativa final

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 44 – Visão superior da alternativa final

Fonte - Do Autor (2018)

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62

Figura 45 – Render digital em SolidWorks

Fonte - Do Autor (2018)

Para criar uma projeção fiel ao produto é necessário a adição de materiais e

cores.

3.12 MATERIAIS

O processo de seleção de materiais tem importância para definir custos, peso

e resistência do produto. Analisando os equipamentos similares utilizados em oficinas

mecânicas, podemos ver que os materiais mais comuns são plásticos de alta

resistência e metais. (Tabela 10)

Quadro 8 – Tabela de material dos similares

Fonte - Do Autor (2018)

Page 64: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

63

O material mais adequado para o projeto é o PEEK (Polímero termoplático poli-

eter-eter-cetona), um polímero que vem ganhado espaço nos diversos mercados,

principalmente porque substitui com vantagens outros materiais tradicionalmente

usados, tais como o ABS. O PEEK possui temperatura de transição vítrea de 143°C,

contra 109°C do ABS, e uma temperatura de fusão de 343°C contra os 175°C do ABS,

além de uma temperatura de uso contínuo de 260°C, números esses retirados de um

estudo realizado com a UL 746B (Standard for Polymeric Materials - Long Term

Property Evaluations). Além disso, possui alta resistência, durabilidade, é um material

viável economicamente, leve e que pode receber qualquer tipo de cor, fazendo com

que o PEEK seja utilizado em grande escala na indústria automotiva.

Figura 46 – Utilização do PEEK na indústria aeronáutica

Fonte - < http -//www.themoldingblog.com/2015/04/10/peek-carbon-composites-win-aircraft-

applications/comment-page-1//> Acesso em 13 de jun. 2018.

3.13 CORES

Para a seleção de cores foram escolhidas as cores primárias e secundárias e

colocadas na renderização do produto para melhor visualização.

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64

Figura 47 – Render com teste de cores

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 48 – Render com teste de cores

Fonte - Do Autor (2018)

A escolha da cor final foi baseada na tabela de percepção de cores de Ma.

Dolores Vidales Giovannetti, onde a cor com maior percepção auxilia o usuário a não

esquecer o equipamento no veículo em que está realizando um serviço. Além do mais,

Page 66: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

65

por ser uma cor incomum nos carros populares, o laranja cumpre muito bem o seu

papel.

Quadro 9 – Tabela de percepção de cores

Fonte - Do Autor, adaptado de Ma. Dolores Vidales Giovannetti, 1995, p. 112.

3.14 ALTERNATIVA FINAL RENDERIZADA

A alternativa final concretiza um produto que cumpre todos os requisitos

previamente descritos. Definidos cores e materiais é possível criar uma visualização

em três dimensões digitais para melhor análise da alternativa.

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Figura 49 – Alternativa final renderizada

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 50 – Alternativa final em duas posições

Fonte - Do Autor (2018)

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67

Figura 51 – Alternativa final com sua base de carregamento

Fonte - Do Autor (2018)

3.15 PROTOTIPAÇÃO

Tendo o produto renderizado, com todas suas dimensões definidas, é possível

criar um protótipo para a validação das ideias, verificando se todas as etapas

resultaram em um produto que cumpre seus requisitos e solucione o problema

descrito inicialmente.

Para fazer o protótipo foi utilizado um bloco de PU (poliuretano), que foi

esculpido até ficar com o formato do desenho digital. Para as hastes flexíveis foram

utilizadas hastes existentes no mercado, utilizadas em tripés para câmeras e

celulares. O teste de iluminação foi realizado com um modelo similar ao da cabeça do

produto para validar se a quantidade de LEDS seriam suficientes, medindo a

iluminância com um luxímetro, onde foram obtidos resultados entre 1000 e 2500 lux.

A simulação da base magnética foi feita a partir de imãs de padrão arredondado.

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Figura 52 – Protótipo

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 53 – Protótipo parte traseira

Fonte - Do Autor (2018)

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Figura 54 – Protótipo moldado

Fonte - Do Autor (2018)

Figura 55 – Protótipo da cabeça

Fonte - Do Autor (2018)

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70

Figura 56 – Protótipo da iluminação

Fonte - Do Autor (2018)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Profissionais que atuam em oficinas mecânicas constantemente necessitam da

utilização de um equipamento para iluminar sua área de trabalho. Ao analisar

equipamentos do mercado, é possível perceber que eles não satisfazem, ou,

satisfazem parcialmente a necessidade do usuário, que acaba se conformando com

o uso de um produto ineficiente.

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Para reverter esta situação, o projeto buscou compreender o usuário e suas

necessidades e com isso chegou a um resultado satisfatório através das 4 etapas da

metodologia de Bernd Löbach.

O equipamento desenvolvido conta com um tamanho reduzido e hastes

flexíveis para se adaptar ao ambiente do mecânico e a suas necessidades, base

magnética, com a opção de encaixar uma segunda base com velcro para aumentar

as possibilidades de suporte e 3 cabeças com 3 LEDS cada, gerando uma média de

1500 lux por cabeça, resultando em uma iluminação de alta eficiência.

Para melhor definição de materiais e cores seria necessária uma análise

completa com profissionais da área, os mesmos descritos neste trabalho são apenas

sugestões.

Com os itens relatados acima o serviço do mecânico certamente terá um

aumento no rendimento e diminuição de acidentes.

Além do uso em oficinas, o produto pode expandir seu uso para outras áreas

que também necessitam de uma iluminação eficiente.

É estimado um custo médio/alto devido à alta qualidade dos materiais utilizados

na construção do produto, visando uma durabilidade superior a qualquer similar

encontrado atualmente no mercado.

Para o futuro do projeto seria interessante o estudo de cabeças

intercambiáveis, onde diferentes acessórios poderiam ser acoplados, como garras,

lupas, ou até iluminações com outras finalidades.

Page 73: DESIGN DE PRODUTO DE ILUMINAÇÃO PARA SERVIÇOS …

72

REFERÊNCIAS

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AO INVÉS DE REATIVA. Disponível em - < http -

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ABERGO. O que é ergonomia. Disponível em - < http -

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abril 2018.

ABRAHÃO, DIAS SILVINO, & SARMET. Ergonomia, Cognição e Trabalho

informatizado – Disponível em - < http -

//www.scielo.br/pdf/%0D/ptp/v21n2/a06v21n2.pdf > Acesso em - 12 de jun. 2018

AGE, Mônica Jurgens; PAZMINO, Ana Verônica. Desenhando o futuro - 1º

Congresso Nacional de Design. Investigação da biônica como técnica criativa

para problemas em design de produtos.Bento Gonçalves, 2011.

BAR-COHEN, Yoseph. Biomimetics - biologically inspired technologies.1ª Ed.

Boca Raton - CRC Press, 2006.

BAXTER, Mike. Projeto de produto - guia prático para o design de novos

produtos.Tradução Itiro Iida. 2 ed.São Paulo - Edgard Blucher, 1998.

BURDEK, Bernhard. História, Teoria e Prática do Design de Produtos. 1ª Ed. São

Paulo - Editora Edgard Blucher ltda., 2006. 78p.

DA LUZ, Jeanine Marchiore. Luminotécnica. Disponível em - <http -

//www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/Luminotecnica.pdf />. Acesso em - 01 de jul.

2017.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI - o dicionário

da língua portuguesa.3ª Ed. Rio de Janeiro - Editora Nova Fronteira, 1999.

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Ediciones Gustavo G. Gíli, AS de CV, 1995.

GOMES FILHO, João. Ergonomia do Objeto - Sistema Técnico de Leitura

Ergonômica. 1ª Ed. São Paulo - Escrituras Editora, 2003, 254p.

IIDA, Itiro. Ergonomia, Projeto e Produção. 2ª Ed. São Paulo - Editora Edgard

Blucher ltda., 2005. 614p.

LESKO, Jim. Industrial Design - Materials and manufacturing guide. 2ª Ed. New

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LÖBACH, Bernd. Design Industrial – Bases para configuração dos produtos

industriais. 1ª Ed. São Paulo - Editora Edgard Blucher ltda., 2000. 206p.

Manual Luminotécnico Prático OSRAM. Disponível em - <http -

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2017.

MUNARI, Bruno. Das coisas nascem as coisas. 1ª Ed. São Paulo - Livraria Martins

Fontes Editora Ltda., 1998, 375p.

RAMOS, Jaime; SELL, Ingeborg. A Biônica no projeto de produtos.Production

Journal, São Paulo, vol. 4, n.2, p. 95-108, 1994.

SERAFIM BSF, Sandhi MB. Algumas condições metodológicas sobre os

estudos epidemiológicos das Lesões por Esforço Repetitivo(LER). Cad. Saúde

Públ. 1998, 14(3) - 555-63

WORLD DESIGN ORGANIZATION – Disponível em - <http -

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO COM O USUÁRIO

Questionário 1 – Eduardo (HMS)

1) O que você acha da iluminação da oficina?

a. Ótimo

b. Boa

c. Mediana

d. Ruim

e. Péssima

2) Quantas vezes por semana é necessário o uso de um equipamento de

iluminação?

a. 1 vez

b. 3 vezes

c. Todos os dias

3) A falta de iluminação atrapalha o seu serviço?

a. Sim

b. Não

c. Algumas vezes

4) Já sofreu algum tipo de acidente por não ter iluminação adequada?

a. Sim X

b. Não

5) Se sim, quantas vezes?

a. 1 vez X

b. 3 vezes

c. Mais de 3 vezes

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6) Você considera a falta de iluminação adequada algo que diminua seu

rendimento?

a. Sim X

b. Não

7) Os equipamentos de iluminação disponíveis no mercado satisfazem sua

necessidade?

a. Sim

b. Não

c. Parcialmente X

8) Quais seriam as características de um possível produto que minimize os

problemas de iluminação?

Luz mais forte e que possa ser fixado em lugares apertados. Ser resistente

é importante também, visto que já quebramos 2 lanternas aqui na oficina.

Questionário 2 – Rodrigo (HMS)

1) O que você acha da iluminação da oficina?

a. Ótimo

b. Boa

c. Mediana

d. Ruim

e. Péssima

2) Quantas vezes por semana é necessário o uso de um equipamento de

iluminação?

a. 1 vez

b. 3 vezes

c. Todos os dias

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3) A falta de iluminação atrapalha o seu serviço?

a. Sim

b. Não

c. Algumas vezes

4) Já sofreu algum tipo de acidente por não ter iluminação adequada?

a. Sim X

b. Não

5) Se sim, quantas vezes?

a. 1 vez

b. 3 vezes

c. Mais de 3 vezes X

6) Você considera a falta de iluminação adequada algo que diminua seu

rendimento?

a. Sim X

b. Não

7) Os equipamentos de iluminação disponíveis no mercado satisfazem sua

necessidade?

a. Sim

b. Não

c. Parcialmente X

8) Quais seriam as características de um possível produto que minimize os

problemas de iluminação?

Ser pequeno e que consiga se fixar para não usar as duas mãos.

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Questionário 3 – Leonardo (LK Motors)

1) O que você acha da iluminação da oficina?

a. Ótimo

b. Boa

c. Mediana

d. Ruim

e. Péssima

2) Quantas vezes por semana é necessário o uso de um equipamento de

iluminação?

a. 1 vez

b. 3 vezes

c. Todos os dias

3) A falta de iluminação atrapalha o seu serviço?

a. Sim

b. Não

c. Algumas vezes

4) Já sofreu algum tipo de acidente por não ter iluminação adequada?

a. Sim

b. Não

5) Se sim, quantas vezes?

a. 1 vez

b. 3 vezes

c. Mais de 3 vezes

6) Você considera a falta de iluminação adequada algo que diminua seu

rendimento?

a. Sim X

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b. Não

7) Os equipamentos de iluminação disponíveis no mercado satisfazem sua

necessidade?

a. Sim

b. Não

c. Parcialmente X

8) Quais seriam as características de um possível produto que minimize os

problemas de iluminação?

Creio que ter uma mobilidade boa para conseguir usar em espaços mais

apertados, tanto dentro do cofre do motor quanto no interior do carro. A luz

deve ser branca para não confundir a cor de fios, parafusos, etc.

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APÊNDICE B – TABELA QFD

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Fonte - Do Autor (2018)

APÊNDICE C - Tabela da análise sincrônica

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ANEXO D – DETALHAMENTO TÉCNICO

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