DESIGN EXPANDIDO: AS DIFERENTES DIMENSÕES DO FAZER SOCIAL E POLÍTICO
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" DESIGN EXPANDIDO: AS DIFERENTES DIMENSES DO FAZER SOCIAL E POLTICO Izidio, Luiz Lagares; Mestrando em Design; PUC-Rio 1 [email protected] Resumo Opresenteartigobuscaestabelecerrelaesentreodesigneocamposociale politico, por meio das palestras ministradas pelos professores do quadro principal do programa de ps-graduao em design da PUC-Rio, no decorrer da disciplina Historia doDesign,noprimeiroperodode2015.Asinterconexesentreoscampossero apresentadas por meio de uma breve reviso bibliogrfica sobre o uso do design social pelaPUC-Rioeoutrosassuntospertinentes.Osentrecruzamentostomamformanos exemplosdeprojetosetrabalhosrealizadosemalgunslaboratriosdepesquisado Departamento de Artes e Design da PUC-Rio. Palavras-chave: Design Social, Inovao social, PUC-Rio, Design Expandido, Design Poltico Odesigncomsuascaractersticashbridastemsidocadavezmaisassociado resoluodeproblemastransversaispertencentesaombitosocial,coexistindode formainterdependentecomasestruturassociais,detalmodoque,desdeoseu surgimento, o design transformado e transforma o contexto social de cada poca. As teorias e prticas do design tm percorrido novas esferas projetuais, ultrapassando as fronteiras tradicionais do projeto orientado ao produto, em busca de novos modelos de atuaocomenfoquenamelhoriadosfatoreshumanos,ambientaise econmicos. Pensarodesigndeformaexpandidacomfoconosocialsefaz necessrio,jque,namaioriadasvezes,oresultadodeumprojetodedesignreflete necessidadeseinteressesdosindivduoscomoformadeumprocessodeinterao social.Nestesentido,opresenteartigotemcomoobjetivoestabelecerrelaesdodesign comocamposocialepolitico,relacionandoediscutindosuasaproximaesatravs
" Luiz Lagares Izidio mestrando do Programa de ps graduao em Design da Universidade PUC-Rio, este artigo resultado final da Historia do Design, ministrada pela Professora Rejane Spitz. # HardeNegriconceituamBiopotncia,emseulivroImprio,comosendoaresistnciaaoBiopoderquea # daexperinciadodesignsocialnaPUC-Rio.Isto,atravsdaspalestrasministradas pelosprofessoresdoquadroprincipaldoProgramadePsgraduaoemdesignda PUC-Rio e alguns convidados, que aconteceram no decorrer do primeiro semestre de 2015,duranteoperododerealizaodadisciplinaHistoriadoDesign.As interconexesentreasrelaesdodesignsocial,polticaeaproduocientificae acadmicaserrealizadaluzdeautorescomoRitaCouto(1992)esuasreflexes sobreodesignsocial,zioManzini(2008)comsuaabordagemacercadodesigne inovao social e dos artigos compilados por Alemar Rena e Natacha Rena (2014) em seu livro Design e Poltica, bem como outros autores. O Design e a essncia socialPensarodesigndeformaamplaeinseridonocontextosocialfazcomqueelese aproxime mais da realidade das pessoas, criando assim um ambiente material coerente paraatendermelhorsuasnecessidades.SegundoCouto(1992),odesign basicamenteumprocessodeinteraosocialecomotal,nosocialmenteneutro, sendo influenciado por interesses dos participantes do seu processo. H vrias definies para a palavra design, e vrios autores se dedicam a pesquisar a origemeconceitododesign,entreelesAndrVillas-Boas(1997),Rodrigo Eppinghuas(2000),BernahardBurdek(2006),LucyNiemeyer(2007)eRafael Cardoso(2008),entreoutros.Algunsautoresdemaneirageralconsideramqueo designsurgiucomoumaatividadeparaatenderdemandasligadasproduo industrial:odesignseparavaoprojetodaproduo,processoestequeanteriormente erafeitoporumanicapessoa.Comotodaatividadehumana,odesigntambmfoi evoluindonoquedizrespeitosuadefinio.Emumaabordagemmais contempornea,odesignjpercebidodeformamultidisciplinar,porisso consideramosaquiumconceitodedesignexpandidocomoodafundao InternationalCouncilofSocietiesofIndustrialDesign(ICSID),queemsuaultima divulgaoarespeitodoconceitodeDesign,interpretaafunododesigndeforma mais ampla e abrangente, descrevendo-o como:Umaatividadecriativacujoobjetivoestabeleceras qualidades multifacetadas de objetos, processos, servios e seus sistemasemciclocompletodevida.Portanto,designofator centraldahumanizaoinovadoradetecnologiaseofator crucial de intercmbio cultural e econmico. $ Opontoprincipaldestacolocaoacapacidadequeodesigntemdemodificaro ambienteetransformararelaodelecomoindivduodiantedesuasnecessidades concretas. A experincia da PUC-Rio com o Design Social mostra-nos esta relao de transformaodoambienteemrelaosreaisnecessidadesdosindivduos.A mudanadecontextoprojetualdeumcontextoimaginadoouumaabstraodo contextorealpelosalunosparaumcontextocriadoapartirdosreaisinteressese necessidadesdaspessoas,comoolharparaalmdosmurosdauniversidade,trouxe comoresultadosprojetosmaishumanizadosemaiscomplexos,ondeosusurios faziam parte do processo de concepo dos produtos. Ripper, em sua palestra, assinala queemprojetosrealizadossoboenfoquedoDesignSocialainovaoconsisteem introduzirnasetapasdoprocessodeprojetoaparticipaodofuturousuriodo produto, trazendo consigo elementos da sua vivncia. Com esta prtica o design social criaumanovalgicadeprojetar,construdapoucoapouco,comumacontnua participao dos indivduos que expressam seus desejos e necessidades. Muitas vezes estes projetos vo na contra mo dos meios de produo, quer pela multiplicidade de processosprodutivosenvolvidosouporqueseguemumalgicadeproduomuito diferente dos meios existentes, pois tm como prioridade a lgica do usurio.OcampodesaberdoDesign,segundoCipiniuk(2014),aexpressodoUniverso simblicooudoimaginriosocial,eporcontadissoeleseintegraaomodode produoeconmicoemsuadimensohistrica.Atualmente,vivemosocapitalismo quechamadocognitivooucultural,elesealimentajustamentedacriaoedos produtosestticos,portanto,criareproduzirpodemvirasermaisdoque simplesmente exercer sua criatividade, pode ser um ato politico. Pensar uma forma de produo do design voltado para o social coloca o design como um dos eixos centrais das transformaes subjetivas, podendo ser uma das aes polticas para produzir uma mudanasocialefetivaqueperpassapelabuscadeumanovaformadeproduoou umaalternativaaocapitalismo,maisinclusiva,participativaedeco-produo.Um campofrtilparaodesenvolvimentododesignsocialsopopulaesditascarentes, Couto (1992) considera que embora estas populaes estejam comandadas pela lgica docapital,elasnovivemocotidianodocapital,poisseusconceitosdeeconomia, produtividade,comodidadeeestimuloestticosodiferentes.DeacordocomPelbart(2003),todosequalqueruminventam,nadensidadesocialdacidade,na conversa,noscostumesenolazer,qualquerumdetmafora-inveno,cada crebro-corpofontedevaloretorna-sevetordevalorizaoedeautovalorizao. % Portanto,participardoprocessodecriaoparaestesindivduossetornaumato poltico,poisatodomomentoelesprecisamreafirmarsuaexistnciaepoderde inveno perante a sociedade.Acredita-sequesejanecessrioinseriroutrasmaneirasdelidarcomodesign,que viabilizenovosprincpiosparaaconsolidaodaproduodeumcampoexpandido do design, para alm do tecnicismo e do mercado de produo em massa, encorajando umdesenvolvimentocontaminadopelocotidiano,comaexistnciadeumdesign engajadopoliticamenteesocialmente.Ocompromissosocialoquemotivao designer a unir-se a essas populaes para juntos procurar solues para determinados problemas.Valelembrarqueesteprocessoacontecedeformahorizontaleno hierarquizada, as pessoas interessadas participam do processo e so empoderados por ele,permitindoassimumaredistribuiodopoderdedecisodasociedade.Couto (1992) considera que, neste contexto o design no projeta sozinho, mas ajudar a distribuir conhecimento para que a populao possa produzir, ela mesma, as coisas de que necessita. Essa estrutura de trabalho faz parte de uma viso multidisciplinar e colaborativa,naqualaautorianoapenasdodesigner,massim,detodosos envolvidosnoprocessodeproduo,sendoumexemploclarodeprocessocoletivo colaborativoondenohumaliderana,portanto,trata-sedeumaparceriaouco-design.Essasiniciativasparticipativasecolaborativasqueestopresentesnodesignsocial sotambmprincpiosparaaInovaoSocial.SegundoManzini(2008),esteum conceitoquerefere-seamudanasdomodocomoindivduosoucomunidadesagem pararesolverseusproblemasecriarnovasoportunidade.Essasiniciativas, geralmente,possuemumcarterdeconhecimentocriativoeumacapacidade organizacionalqueacontecedemodomaisabertoeflexvel,comoobjetivode romperpadresconsolidadoseguiaranovoscomportamentosemodosdepensar. Geralmente,estetipodeiniciativaumaresistnciaaocapitalismo.oqueHarde NegriconsideramcomosendoumaexperinciaBiopotenteouBiopotncia2,quese aproveitadeestratgiasdoprpriocapitalismoparasubverte-lotornando-seuma alternativa de produo onde so criadas formas de sociabilidade solidrias baseadas notrabalhocolaborativoenaparticipaodemocrtica,pois,atomadadedeciso
# HardeNegriconceituamBiopotncia,emseulivroImprio,comosendoaresistnciaaoBiopoderquea formadepoderqueregulaavidasocialequenaformaatualdecapitalismoquevivemoselesetornafuno integral e vital. Portanto, o Biopoder, se refere a uma situao na qual o que est em jogo no poder a produo e a reproduo da prpria vida.& sobreosprocessosdeproduoegestosocompartilhadascomacomunidade.O Designpodefavorecerefortalecerainovaosocialpoisdialogabemcomoutros camposdisciplinaresecapazdedesenvolversoluesintegradasdeprodutos, serviosecomunicao,ouseja,estratgiascapazesdeenfrentarosdesafiosdo mundocontemporneo.Odesignaliadoinovaosocialcapazdeunirsaberes populares, conceitos tcnicos e cientficos e organizao social, que funcionam como armas eficazes para o objetivo de incluso social. Design Social, uma prtica da PUC-Rio Durante a disciplina Historia do Design, os professores titulares do Programa de Ps-Graduao em Design da PUC-Rio apresentaram suas linhas de pesquisa e os projetos realizadospelosseuslaboratrios,construindoassimumescopodaproduo cientificaeprticadaPs-GraduaoemDesigndaPUC-Rionosseusmaisde20 anos de existncia. Sero estabelecidas aqui algumas relaes e discusses a respeito da aproximao do design com o campo social e a poltica, com base em trabalho de alguns professores e laboratrios.AprincpioseconsiderarmosapremissaDesignlinguagem,estamos considerando que o design se orienta mediante um processo de produo cultural que influencia e influenciado pelo contexto social que o cerca. Portanto, o design como linguagemsedefineapartirdedoisviesesdeinfernciasqueso:ocarter contextual,ouseja,questesrepresentadasporlinhasdominantesouumdado momentohistrico,entendidoemseusaspectossociais,econmicos,polticos, culturaisetecnolgicos.Eocarterpessoal,representadopelamaneiracomoa personalidade criadora reage acerca dos conjuntos das linhas dominantes, oferecendo alternativas nicas para problemas do cotidiano. Assim, compreender o design como fenmeno de linguagem uma viso contempornea de uma proposta de metodologia que passa a ter como auxlio terico outros campos do saber. Alguns exemplos do design no contexto socialNocasodaPUC-Rioestepensamentojexiste,comoexplicitadoanteriormente,o quenoslevaaconsiderarqueaproduocientificaepraticadoslaboratriosde design da PUC-Rio esto imersas nessa maneira de enxergar o design, e consideram a produosocialdodesignnodesenvolvimentodeseusprojetos.Pormalgumas iniciativas se destacam pelo seu carter social e poltico. ' Design, arte e design social OfocodotrabalhodoLaboratriodeArteEletrnica-LAE3 estnainterfaceentre arte,design,cincia,tecnologiaeasociedade.SegundoRejaneSpitz,coordenadora dolaboratrio,ostrabalhosdesenvolvidospeloLAEsempretemcomopremissao pensamento de inveno e reinveno atravs de um questionamento das motivaes dosprojetos,semprebuscandoumengajamentoetrabalhandocomumanoode responsabilidadesocial.Assimelaacreditaquecapazdemotivarosalunose professoresacriaremexperinciasengajadasemeducaocomresponsabilidade social.Olaboratrioapresentaalgunsprojetosqueserelacionambemcomquestes ligadas ao design social, como por exemplo a campanha nacional contra o tabagismo, quefoirealizadaemparceriacomreasdaPsicofisiologia(UFRJ/UFF)ecomo LaboratriodeDesigndeHistoriasLaDeh4,daPUC-Rio.Oobjetivoera desenvolvernovasimagensefrasesdeadvertnciasquesoimpressasnas embalagensdecigarronoBrasil.Aperspectivadepensarumprojetocomo envolvimentodasociedadefoilevadaemconsiderao,buscou-setrazerarealidade de pessoas que sofriam do problema como voluntrios da pesquisa para fotos e teste dasimagensgeradas.Comoresultadotem-seimagensquemostramaadvertnciasa respeitodocigarro,classificadascomodesagradveisnadimensodeativao emocional, alcanando a meta estabelecida no incio do projeto. O destaque para este projetosedpeloseudesenvolvimentocoletivoecolaborativoenvolvendodiversos atoresnoprocesso,oquefortaleceopotencialcriativodoprojeto,ampliandoseus resultados.Outro projeto do LAE que merece um destaque pelo seu engajamento social e politico o Voc tem fome de que?, projeto que trouxe tona o tema da fome no Brasil e nomundo,buscandoapresentarasnecessidadesedesafiosvividosporcidados
$ O Laboratrio de Arte Eletrnica (LAE) esta vinculado ao departamento de artes da PUC-Rio e do programa de ps-graduaoemdesign,coordenadopelaProfa.Dra.RejaneSpitzeestadentrodalinhadepesquisa Tecnologia, Educao e Sociedade. Suas reas de interessam perpassam pela interface entre arte, design, cincia, tecnologia e sociedade. % Olaboratriodedesigndehistorias-LaDeH,coordenadopeloProf.GambaJr,temcomofocodepesquisaa experincia narrativa, sua dimenso interdisciplinar e multimdia. A criao e o consumo de histrias atravessam a produodeconhecimentoemdiferentesculturase,porcontadoseuhibridismo,consolidam-setambmcomo objeto de estudo do campo de design. ( brasileirospertencentesadiferentesnveissocioeconmicos.Pormeiodacriaode umainstalaoartstica,multimiditicaeinterativa,apresentava-sequestionamentos como: Voc tem fome de que? O que voc sabe sobre a fome? Voc j passou fome navida?Oquedeveserfeitoparareduzirafomenomundo?Oquevocfazpelo combate fome?. Com uma proposta de interao por meio de dispositivos moveis os visitantesdainstalaoparticipavaminteragindoegerandocontedo,paraaobra, alm de se informar. Projetos como este mostram o carter politico que o design pode assumir,poisalmdecontribuirparaainformao,odesignnesteprojetofoi utilizadocomoalternativaparaasensibilizaoparaotemadafomemundial, facilitando o engajamento do publico e sua participao em busca de solues para o problema. Design e emoo responsveis AtualmenteumprojetodoLaboratrioDesign,MemriaeEmoo-LabDME5 que temdestaquenocontextosocialepoliticooPUCparamaisde50.Oprojeto nasceu de um movimento de designers para entender o que envelhecer. Teve inicio em pesquisas de campo na Gvea, com pessoas acima de 50 anos, atravs de visitas a inmeras casas, foram encontradas demandas que podiam se transformar em designer servio que considera o design um processo intencional voltado para a materializao desoluesparaproblemasdetodaordeme,portanto,capazdecriarformasde promover condutas socialmente responsveis. Nesse sentido, so oferecidos cursos de educao continuada para a sociedade, com foco em pessoas com mais de 50 anos de idade. A ideia trazer uma melhor qualidade de vida para estas pessoas e reinseri-los na sociedade. A ideia ampliar a relao afetiva entre as pessoas e o entorno por meio deumaaodeDesignsintonizadacomumasociedademaispluraleinclusiva.O Projeto PUC para mais de 50 tem como parceiros a Central de Extenso da PUC-Rio, que auxiliou na materializao das demandas e aporte terico do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe), projeto ligado Secretaria de Sade do Estado e ao Instituto Vital Brasil.
& OLaboratrioDesign,MemriaeEmoo-LabDME,coordenadopelaProfa.VeraDamazio,estdentroda linhadepesquisaDesign:tecnologia,educaoesociedadedoprogramadeps-graduaoemDesigndaPUC-Rio. O LabDME tem como espao de investigao, reflexo e prtica projetual com foco no potencial dos objetos e imagens de promover aes sociais e desencadear sentimentos positivos.) Design e aprendizadoPensarodesigncomolinguagemoqueoLaboratriodeLinguagem,Interaoe Construo de sentidos/Design - LINC-Design6 faz. Este pensamento vem do fato de considerarodesigncomoumprocessodeproduocultural.Sendoassim, consequentemente,umprocessodecomunicao,poislidamcomsignosesistemas designificao.Odesafioatualdolaboratriotemtidocomofocoainclusona escola, pois, a lei brasileira diz que deve-se incluir alunos ditos especiais nas salas deaula.OLINC-Designacreditaqueessaumainseroquedeveacontecerpela linguagemeodesignpodeinfluenciarcomsuasvisodeprojetoefocona transformao social, pois essas pessoas tem o direto de estarem nas salas de aula no como excludas, mas, como mais uma, pois necessidade de incluso todos precisamos. Nessesentidoasdissertaesetesesdesenvolvidasnestelaboratriobuscamesse objetivo.A produo cientifica do laboratrio perpassa por diversas reas do design. Destaca-seadissertaodaMaraGonalvesLacerda,queatravsdaanlisedoPlano NacionaldeBibliotecasEscola,criapontesentreodesignealiteraturaparaa formaodemediadoresdaleitura.Ouseja,odesigneditorialatuacomomediador entre texto-leitor favorecendo a formao de leitores crticos. Outro destaque a tese de doutorado, que est em andamento, de Daniela de Carvalho Maral, que foca suas pesquisasnoestudodecasosemquesejapossvelveracrianaemaojuntos novastecnologiasaelaofertadas.Aintenooferecernovasexperinciasenovos aprendizados,desenvolvendoimpressessensoriaiseatividadesfsicasparaas crianas. Nopossveldesenvolverestratgiasparaumainclusopensadaapartirdodesign seminserirestaquestonocontextosocial.Portantoessepensamentoexpandidodo designgerameiosdeconsolidaodocampododesigncomoestratgicono desenvolvimento de inovao social, gerando incluso social e melhoria da qualidade de vida das pessoas.
' OLaboratriodeLinguagem,InteraoeConstruodesentidos/Design-LINC-Designecoordenadopela Profa.Dra.JackelineLimaFarbiarzefazpartedalinhadepesquisaDesign:Comunicao,CulturaeArtesdo programa de ps-graduao em Design da PUC-Rio. * Multi-trilhas do designOMulti-Trilhasummaterialeducativoidealizadoprincipalmente,masno exclusivamente,paraauxiliarcrianassurdasnoprocessoinicialdeaquisioda segunda lngua Portugus escrito. Este projeto foi desenvolvido pelo Laboratrio de InterdisciplinarDesigneEducao-LIDE/LPD7 ,emparceriacomoInstituto NacionaldeEducaodeSurdosdoRiodeJaneiro.Ojogodemonstrauma abordageminterdisciplinarcomfoconoDesign,buscamosdesenvolverestratgias paraauxiliaroprocessoeducacionaldecrianassurdasnombitodoensino fundamental, contribuindo para a ampliao dos limites do Design sendo direcionado asituaesdeensino-aprendizagem.Oprojetotevecomoenfoquemetodolgicoo DesignemParceria,umavezqueosobjetosdidticosforamdesenvolvidoscoma participaodiretadoseducadores.Almdosganhosparaocampododesigno projeto auxilia na incluso da criana surda nas escolas ampliando sua interao com o ambiente social como um todo. Consideraes finais O design um modo particular de olhar, um modo de ver e perceber as coisas. Mas a vidanosensinaquespodemosveraquiloquenosdizrespeito,quedeterminado comovalorsocial(Cipiniuk,2014,p.71).Porisso,ampliaronossoolharacercada nossaproduoemDesignsefaznecessrio.PensaroDesigndeformaexpandida paraalmdaspossibilidadesqueexistem,pensarefazerumdesigndeumamaneira maissocialepoltica.Osexemploscitadosnoslevamacrerqueainovaosocial passapeloDesign.Principalmenteporumpensamentodeaesdedesignexercidas deumamaneiramaiscoletiva,colaborativa,emparceria,preocupando-secomo contexto social e estando abertas para as questes contemporneas. Assim possvel obter resultados como melhoria da qualidade de vida das pessoas e incluso social.
( OLIDE/LPDpertencelinhadepesquisaintituladaDesign:Tecnologia,EducaoeSociedade.Compreende estudosrelativosaopapeldatecnologiaedaeducaonosmbitosacadmico,organizacional,laboral,sociale ambiental."+ Referncias BibliogrficasCipiniuk, Alberto. Design: o livro dos porqus: o campo do Design compreendido como produo social / Alberto Cipiniuk Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; So Paulo: Ed. Reflexo, 2014. Couto, Rita Maria de Souza. Reflexes sobre Design Social, por Rita Maria de Souza Couto, PUC Rio, 1992. Manzini,Ezio.Designparaainovaosocialesustentabilidade:comunidades criativas,organizaescolaborativasenovasredesprojetuais/EzioManzini [coordenaodetraduoCarlaCipolla;equipeElisaSpampinato,AlineLysSilva]. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. Pelbert, Peter Pl. Vida Capital: ensaios de Biopoltica / Peter Pl Pelbert. [1a ed. 2a reimpr.] So Paulo: Iluminuras, 2011. Rena, Alemar. Design e poltica / Organizadores Alemar S. A. Rena, Natacha Rena. Belo Horizonte: Fluxos, 2014.Rena,Natacha[org.].Territriosaglomerados.BeloHorizonte:Ed.FUMEC Faculdade de Engenharia e Arquitetura, 2010. 144p. Santos,BoaventuradeSouza.Produzirparaviver:oscaminhosdaproduono capitalista/BoaventuradeSouzaSantos,Organizador.2aed.RiodeJaneiro: Civilizao Brasileira, 2005.