Destaques do Ranking da Engenharia Brasileira...

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Canadá injeta bilhões em obras para reanimar a economia * Desafio às concessionárias: contratar pavimentação de concreto ao mesmo preço do asfalto Ano LV - Setembro 2016 - Nº555 - R$ 20,00 www.revistaoempreiteiro.com.br Destaques do Ranking da Engenharia Brasileira 2016 * Crise traz oportunidades

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Canadá injeta bilhões em obras para reanimar a economia

*Desafio às concessionárias: contratar pavimentação de concreto ao mesmo preço do asfalto

Ano LV - Setembro 2016 - Nº555 - R$ 20,00w w w. r e v i s t a o e m p r e i t e i r o . c o m . b r

Destaques doRanking da Engenharia Brasileira 2016

*

Crise traz oportunidades

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O EMPREITEIRO foi editado de 1962 a 1968 como jornale desde 1968 em formato de revista.

Diretor Responsável: Joseph Young

O E m p r E i t E i r O | S E t E m b r O 2 01 6 Sumário

Editorial4 | Energia e progresso

Fórum da Engenharia6 | Centro logístico de 260 mil m² surge em SP

Fórum da Engenharia / Investimentos10 | China propõe aliança para concluir a Fiol

Newsletter Global14 | Concessionária rodoviária pode falir

Megaprojetos16 | Canadá acelera obras públicas para reanimar a economia

Ranking da engenharia Brasileira 2016 – Destaques20 | Toniolo, Busnello (RS) SA Paulista (SP)22 | Construtora Fonseca & Mercadante (SP)24 | Lafem Engenharia (RJ)26 | Amec Construtora (DF) 27 | Grupo Tecnomont (GO) Concremat Engenharia e Tecnologia (RJ)28 | Intertechne (PR)29 | EPC Engenharia Projeto Consultoria (MG)30 | Qualidados Engenharia (BA)32 | Dagnese Soluções Metálicas (RS) Espiral Engenharia (ES)

Rodovias34 | Contratar pavimento rígido de concreto pelo preço do asfáltico35 | Obra ligará as rodovias Carvalho Pinto e Oswaldo Cruz

Indústria de Materiais36 | Investimentos da Tigre devem focar na produtividade37 | Concreto impermeável reveste encostas e bacias de contenção38 | CBA quer agregar valor na construção civil

Construção / Hospital39 | Ampliação de complexo hospitalar teve uso intensivo de alumínio

Tecnologia da Informação40 | Projetistas implantam juntas ferramenta BIM para atender construtora41 | Empresa passa a oferecer solução completa

Capa: Arte sobre fotos (Ergon Art)

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E d i t O r i a l

Nas semanas recentes, a imprensa registrou alguns eventos no setor de energia elétrica que colocam em evidência a falta de coordenação entre as agências reguladoras do governo federal. Isso vem acontecendo, apesar da prioridade que o assunto me-rece, devido à falta de uma política que resolva os problemas gerados pela intervenção desastrosa da administração anterior.

Como se recorda, o governo da então presidente Dilma Rou-sseff editou a MP 579 em setembro de 2012 determinando a redução das tarifas e a renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia, deixando escorrer pelo ralo nada menos que R$ 105 bilhões, conforme cálculo na época.

Aquela medida, que teve finalidade claramente eleitorei-ra, deu-se num cenário agravado pela seca que fez minguar os reservatórios das barragens. Esse conjunto de fatores levou ao acionamento das termelétricas, o que aumentou ainda mais o preço das tarifas pagas pelos consumidores. O modelo setorial, que até então vinha funcionando a contento, ruiu.

O noticiário recente é encabeçado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que comunicou o arquivamento do pedido de licença da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós (PA), considerando insuficientes, do ponto de vista ambiental, os estudos apresentados.

A concessionária da hidrelétrica de Jirau (RO) — Energia Sus-tentável do Brasil — comunicou à Agência Nacional de Energia elétrica (Aneel), que corre o risco iminente de paralisar suas ope-rações e suspender suas obras, por conta da dívida das distribui-doras de energia - até agosto na ordem de R$ 35 milhões. Falta instalar cinco das 50 turbinas da quarta maior hidrelétrica do País.

A empresa Transnorte Energia, que ganhou em setembro de 2011 o leilão da linha de transmissão Manaus (AM) a Boa Vista (RR), último trecho que resta para conectar todos os Estados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), está acionando o governo por uma indenização de R$ 534 milhões, diante da impossibilidade de

Energia e progressoobter as licenças do Ibama para a implantação da obra. Motivo: 125 km da sua extensão de 721 km atravessam terras indígenas.

O Ibama determinou a paralisação da termelétrica de Can-diota (RS), por infrações ambientais, apesar de a empresa CGTEE informar que as exigências técnicas estão sendo implementadas desde janeiro passado.

Embora todas as agências governamentais atuem como do-nas dos setores e obras e das informações pertinentes — qualquer dado é confidencial até ordem em contrário —, é a sociedade brasileira que precisa decidir o que fazer com os sítios potenciais de geração hidrelétrica na Amazônia, a maior parte nas vizinhan-ças de terras indígenas. Preservação ambiental não é mais uma questão de tecnologia, mas de custo de capital. Qual é o destino que o País quer dar aos imensos depósitos de carvão em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que nunca tiveram aproveitamento adequado, a despeito de dois “choques do petróleo”?

Lembramos mais uma vez que o governo do Canadá assinou um “tratado de bravos” com suas nações indígenas, para cons-truir empreendimentos hidrelétricos em suas terras — o primeiro foi James Bay -, permitindo que elas venham a deter até 30% do capital desses projetos e dispor de uma fonte perene de renda. Não se sabe de nenhuma nação indígena que tenha se arrepen-dido desse arranjo.

Quanto aos depósitos de carvão, também cabe à sociedade de-cidir pelo seu aproveitamento energético, já que existem nos Es-tados Unidos, em operação, plantas térmicas com emissão zero. É claro que essa tecnologia precisa ser adquirida e tem custo elevado.

O Brasil necessita decidir sua política energética para os pró-ximos decênios, ouvindo as agências governamentais ligadas a essa matéria, instituições de pesquisa, entidades de engenharia e a sociedade. Nem o Ibama tem a prerrogativa de decidir pelo País. A imagem de uma Amazônia exuberante cercada por cen-tros urbanos e industriais às escuras — sem energia — não é,

certamente, uma perspectiva futura adequada nem desejada pela maioria dos brasileiros.

UHE Belo Monte enfrentou todo o tipo de resistência para ser construída. Enquanto isso, no Canadá, o governo local assinou acordo de participação dos índios no capital de hidrelétrica erguida em suas terras

4 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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F ó r u m d a E n g E n h a r i a

Centro logístico de 260 mil m² surge em SP

Manitou inaugura unidade no Brasil para produzir manipuladores

A Prologis CCP entrega neste mês (setembro) seis galpões lo-gísticos, às margens da rodovia Castelo Branco, na altura do km 46, em Araçariguama (SP). O total de área construída alcança 260 mil m², em um terreno de 1.330.843 m². O investimento no empreendimento é de R$ 400 milhões.

Um galpão foi construído na modalidade built-to-suit e já foi entregue – este tem 99.471 m² de área construída. Dois ou-tros foram finalizados em julho, e um mede 26.816 m² e o outro 26.378 m². Os três últimos galpões a serem entregues são de 27.015 m², 24.706 m² e 55.897 m² de área construída.

O método construtivo adotado nas obras foi tilt-up com co-bertura metálica. No pico, foram 700 operários trabalhando no empreendimento, que teve até três galpões sendo construídos simultaneamente.

O piso do centro logístico foi nivelado a laser, com capacida-de para 5 t/m². O número de docas nos seis galpões atingem 443.

A Manitou abriu unidade industrial em Vinhedo (SP). A fábrica inicialmente produzirá dois manipula-dores telescópicos. O grupo francês chegou ao Brasil em 2008 por meio de representação comercial, depois passou a dar suporte pós-venda e, agora, com a nova planta, finca raízes em definitivo no País.

“Na América do Sul a nossa participação no mer-cado é baixa em relação aos outros continentes, e este é o motivo de nos estabelecermos no País. Fazer investimento não é fácil. O mercado brasileiro é cíclico, mas ele é muito grande e tem poten-cial”, avalia Michel Denis, CEO da Manitou que esteve presente na inauguração da fábrica no dia 24 de agosto.

“O Brasil irá representar um grande mercado para a Mani-tou”, complementa François Piffard, vice-presidente de Vendas e Marketing. A planta brasileira também será plataforma para exportação de produtos da marca para a América Latina.

Os trabalhos de desenvolvimento das máquinas a serem fa-

A terraplanagem foi o maior desafio da obra, segundo o em-preendedor, devido os diferentes níveis do terreno.

A Prologis CCP atua no mercado brasileiro desde 2008, como resultado de uma joint venture entre a norte-americana Prologis e a Cyrela Commercial Properties.

Ficha técnica – cEntro LogíStico araçariguama (Sp)Projeto arquitetônico: Athie WohnrathTopografia: Ambiente GEOTerraplenagem: TerramConstrutora: Carbone

bricadas no Brasil começaram no início de 2015. Os dois modelos a serem produzidos aqui são os mani-puladores MT-X 1841 e MT-X 1441. “As máquinas que estão sendo lançadas são para obras de acabamento, elevação de estrutura metálica e de pré-fabricados de concreto. É para atuação em edificações de até cinco andares”, explica Marcelo Bracco, diretor de Operações

da Manitou para a América Latina. As duas máquinas a serem produzidas no Brasil alcançaram

mais de 60% de nacionalização e, por isso, a Manitou obteve o credenciamento do BNDES para oferecer os equipamentos ao mercado por meio do Finame. Porém, os braços telescópicos dos equipamentos continuarão a ser produzidos na França.

Marcelo afirma ainda que a marca trabalha para desenvol-ver a rede de distribuidores da empresa no País, hoje compos-ta por 30 dealers, em sua maioria concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

A empresa tem 41% de seus negócios voltados à área de construção, 34% ao setor agrícola e 25% à indústria. Além de manipuladores, seus produtos envolvem ainda minicarregadeiras, plataformas e empilhadeiras.

A unidade no Brasil tem 7 mil m² e é a décima planta indus-trial da Manitou no mundo. A marca mantém cinco fábricas na França, três nos Estados Unidos e uma na Itália. A planta irá gerar 300 empregos diretos e indiretos. O grupo não revelou o investi-mento feito no País. (Augusto Diniz - Vinhedo/SP)

Empreendimento às margens da Castelo Branco possui seis galpões

Michel Denis

Nova unidade industrial em Vinhedo (SP)

6 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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Empreendimento às margens da Castelo Branco possui seis galpões

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F ó r u m d a E n g E n h a r i a

Sul-coreana quer abrir fábrica de sistema de fôrmas no interior de SPDesde 2012 no Brasil, agora a S-Form quer abrir no interior

de São Paulo unidade para fabricação de fôrmas de alumínio. Porém, a empresa não revelou detalhes do projeto.

A S-Form oferece ao mercado fôrmas de alumínio para cons-trução de sistema monolítico a partir de concretagem in loco. De acordo com Alex Nam, diretor-executivo da empresa, com o sistema, as paredes ganham função estrutural.

Os componentes da solução incluem painéis de parede, fe-chamento, laje e viga, além de escoramentos e suportes. Os com-ponentes reunidos dela são capazes de erguer casas e prédios.

“O sistema é largamente utilizado no exterior e as fôrmas dão velocidade à obra, além de simplificá-la e dar mais eficiência”, diz o executivo. Segundo ele, o maior mercado do mundo da solução é a Coreia do Sul, origem da S-Form e onde são fabricadas as fôrmas.

A metodologia é adotada hoje no Brasil para casas e edifica-ções de poucos andares. “Mas lá fora tem prédios de 20 andares construídos com a solução”, lembra Alex.

O diretor da S-Form avalia que no novo ciclo econômico que se inicia, as construtoras que tiverem metodologias construtivas eficientes vão ganhar mercado. “Depois da crise, o mercado vai

voltar mais endividado, exigente e querendo que seu dinheiro tenha maior valor. Se você tem a oferecer produto de qualidade com mais retorno, se diferenciará”, cita.

Já existia proposta da empresa de investir no Brasil, com a aber-tura de uma unidade industrial, segundo Alex. “Mercado interes-sante e importante no mundo. O País vai voltar a crescer, mas não como antes. Vai crescer mais produtivo e competitivo”, finaliza.

Saint-Gobain cria plataforma para se aproximar mais do consumidorO grupo Saint-Gobain tem feito esforço nos últimos tempos

para se aproximar mais do consumidor. “Faz parte de uma mu-dança cultural”, explica Thierry Fournier, presidente da compa-nhia no Brasil. Segundo ele, um dos caminhos para isso é a inter-net: “Tudo que acontece no meio digital é estratégico”.

Para dar andamento a isso, a Saint-Gobain lança uma plata-forma digital, a www.fazpartedomeudia.com.br. “Nosso objetivo é provocar o engajamento do consumidor final com conteúdo relevante e, ao mesmo tempo, leve e lúdico. Queremos mostrar para as pessoas que a construção civil é um assunto que faz parte do dia a dia de todos e que pode ser vista de um jeito mais ‘cool’.

Por outro lado, nossa intenção é estimular os nossos clientes nas decisões que fazem parte da jornada desses consumidores”, ex-plica Fabiano Sant’Ana, Chief Digital Officer (CDO) da empresa.

Pelo menos seis marcas da Saint-Gobain participam da ação: Brasilit, Isover, Norton, PAM, Placo e Weber quartzolit. “Nossa expectativa é gerar um tráfego na plataforma de mais de um milhão de pessoas”, ressalta Fabiano. O executivo explica que em 2020, 25% da economia será digital, o que exige um movimento nessa direção.

Segundo o CDO, há vários “gatilhos” de obras e reformas para um consumidor. Ele enumera alguns: independência financeira, casa-mento, novo membro na família e necessidades em função da idade.

A empresa pretende atrair parceiros de outros segmentos para se integrarem ao portal, proporcionando aos visitantes pos-sibilidades de obter outras informações relevantes que buscam ao longo da semana na internet. “Financiamento é um caso. Mui-tas pessoas não terminam uma reforma por falta de recursos. O portal poderá lhe dar informações sobre isso”, diz.

O engajamento do consumidor no portal, um dos grandes desafios da internet, será feito a partir de concursos mensais e semestrais com consumidores com direito a vários prêmios. (Augusto Diniz)

Aposta na velocidade, simplificação e eficiência às obras

8 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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Aposta na velocidade, simplificação e eficiência às obras

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F ó r u m d a E n g E n h a r i a / i n v E S t i m E n t O S

Nacional (TO), São Luís (MA) e Querência (MT). Este ano a em-presa deve produzir 900 mil t de fertilizantes, sobre capacidade instalada de 2 milhões t.

Sercomtel planeja aplicar R$ 140 milhões em 2017

Com 55% do capital controlado pela prefeitura de Londrina e 45% pela Copel, a operadora Sercomtel de telefonia fixa e móvel programa investir R$ 140 milhões em 2017, sendo a metade via operações de crédito. Se ela for autorizada pelo Ministério das Comunicações a captar recursos do BNDES, o aporte adicional de financiamento poderá ser de R$ 200 milhões, destinado a uma nova rede de banda larga de ultra velocidade em cidades de porte médio de São Paulo e Paraná. A receita bruta da empresa este ano é estimada em R$ 274 milhões, 4,6% a mais do que 2015.

Suape prepara cronograma de obras de R$ 2,1 bilhões

O Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Thiago Norões, informou que o porto de Suape deve somar R$ 2,1 bi-lhões de investimento na próxima fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo federal. Os projetos abrangem o segundo terminal de contêineres, um para veículos e outro para trigo, além de mais dois terminais para granéis minerais. A movimentação de car-ga no porto cresceu cerca de 30% em 2015, atingindo 20 milhões t.

Retroporto tem etapa inicial de R$ 480 milhõesO Terminal Santorini é outro projeto da Empresa Brasileira de

Terminais e Armazéns Gerais (EBT), como terminal retroportuário, próximo ao porto de Santos (SP), em área própria de 834 mil m². A área construída do projeto será de 250 mil m², em módulos conforme a demanda, com investimentos de R$ 480 milhões na primeira etapa, de um total estimado em R$ 1 bilhão. A Cetesb emitiu a licença prévia em abril passado.

B&B Hotels vai lançar empreendimentos de R$ 150 milhões

Adotando conceitos “econochic” que atraem os executivos jovens de hoje que viajam a negócios e gostam de design, chega ao Brasil o grupo francês B&B Hotels que é a segunda operadora de hotelaria econômica na Europa, segmento liderado pela Accor. A empresa tem planos para lançar 30 empreendimentos hote-leiros em dez anos, no valor de R$ 150 milhões cada, dos quais 10% representam recursos próprios e o restante será captado no mercado via investidores. O grupo quer lançar quatro hotéis nos próximos três anos, em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Segundo a consultoria STR, há cerca de 100 hotéis em construção no País, representando 18 mil quartos.

China propõe aliança para concluir a Fiol

A Valec e a China Railway pretendem formar uma bina-cional para concluir a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), de 1.527 km, ligando Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO), onde se conec-taria com a Ferrovia Norte-Sul. A Valec já investiu R$ 4 bi-lhões e a estatal chinesa aportaria o restante para terminar a ferrovia e o porto de Ilhéus, algo estimado em R$ 12 bi-lhões. A China Railway é uma gigante ferroviária que não só constrói ferrovias, como produz seus próprios equipamentos.

EBT detalha investimentos de R$ 200 milhões em Santos

A Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais (EBT), que controla os terminais de líquidos Ageo e Ageo Norte, em Santos (SP), dedicados ao manuseio de produtos químicos e petroquími-cos, assumiu o compromisso de investir R$ 220 milhões até 2019 como contrapartida da renovação antecipada do arrendamento feito pelo governo por 20 anos. A Ageo Norte vai expandir a tan-cagem para 144 mil m³, construir um novo píer de 223 m de com-primento por 24 m de largura e dragar o novo berço para 15 m de profundidade, além de construir uma ponte de acesso — obras cal-culadas em R$ 165 milhões. A Ageo vai investir o restante na am-pliação da tancagem em pelo menos 33 mil m³ até final de 2017.

Fertilizantes Tocantins traça programa de R$ 300 milhões

Tendo como novo controlador a suíça EuroChem — transação ainda sujeito à aprovação da CADE —, a Fertilizantes Tocantins vai iniciar um programa de expansão com investimentos em lo-gística portuária e novas plantas misturadoras, começando por Mato Grosso e Goiás, visando complementar sua sólida presença no Norte e Nordeste do País. Em 2015, a empresa inaugurou a unidade de Barcarena (PA), que se juntou às operações de Porto

Chineses seguem com planos em ferrovias no País

10 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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F ó r u m d a E n g E n h a r i a / i n v E S t i m E n t O S

Engie prioriza fontes eólica e solar em programa de R$ 8 bilhões

O programa de investimentos nos próximos cinco anos está traçado, com prioridade à geração eólica e solar, embora a Engie francesa — ex-GDF Suez — tenha duas termelétricas a carvão que produzem 900 MW, e a usina Pampa Sul em obras, de 340 MW, além de ser sócia da hidrelétrica de Jirau. Em abril passado, a Engie adquiriu 50% da Brasil Energia So-lar, do grupo Araxá, um dos líderes no segmento de geração distribuída no País. Ainda em 2015, vendeu a produção de um projeto solar em leilão da Aneel, de 36,7 MW, a ser construído no Rio Grande do Norte ao custo de R$ 220 milhões. Os pro-jetos eólicos em curso somam 425 MW no Sul e Nordeste. No total, Engie tem 1.400 MW em obras e capacidade instalada no País de 10.100 MW, o que a coloca entre as duas maiores geradoras privadas do País.

Governo estuda direcionar R$ 2 bilhões para retomar obras paradas

O Ministério de Planejamento entregou ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, estudo sobre 1.600 obras inaca-badas com valor individual de até R$ 10 milhões, que poderão ser retomadas com recursos já previstos em orçamento. Um quarto dessas obras pode ter execução imediata, somando um total de R$ 2 bilhões. São de pequeno porte, como pontes, viadutos, taludes de rodovias, creches, escolas etc., e trarão impacto à economia local.

BNDES e FI-FGTS financiam R$ 30 bilhões das novas concessões

Ao anunciar a próxima etapa de concessões que contem-plarão quatro aeroportos, rodovias e uma ferrovia, o grosso dos financiamentos será fornecido pelo BNDES (R$18 bi) e FI-FGTS (R$ 12 bi) na aquisição das debêntures a serem emi-tidas pelas empresas vencedoras dos leilões e em emprésti-mos. Haverá o teto de 80% dos investimentos a ser coberto pelas debêntures e as empresas vencedoras aportarão 20% de

recursos próprios. Os bancos privados, por enquanto, se com-prometeram a dar as fianças.

Goiás aprova crédito de R$ 631 milhões para fábrica da Hering

A Secretário de Desenvolvimento do Estado de Goiás apro-vou um contrato de empréstimo à Hering, mediante abertura de crédito de R$ 631 milhões, válido até final de 2040, para implantação de fábrica em São Luís de Montes Belos, por meio de incentivo fiscal do Programa Produzir. A empresa vai inves-tir ainda R$ 30 milhões para financiar a reforma de quase 100 franquias nos próximos 12 meses.

VLI investe R$ 3 bilhões na ampliação do terminal Tiplam

As obras do Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita são as maiores no segmento portuário privado, pre-vistas para serem concluídas em 2017, quando o volume de produtos movimentados – fertilizantes, grãos e açúcar — vai se expandir de 2,5 milhões t/ano para 15 milhões t/ano. As obras para dragagem do Canal de Piaçaguera iniciaram-se em 2013 e já atingiram 90% de execução, segundo a VLI, empresa de logística controlada pela Vale, Brookfield e Mitsui.

Projeto Horizonte 2 da Fibria atinge 54% de execução

O início de operação desta etapa de expansão da planta de celulose de Três Lagoas (MS) está programado para o quarto trimestre de 2017. O orçamento desta fase foi revisado para baixo — R$ 2,3 bilhões — dentro do total de R$ 7,7 bilhões aplicado na nova linha de produção de celulose. A capacidade nominal foi elevada para 1,95 milhões t/ano. Segundo a em-presa, não há mais espaço para queda de preço no mercado, porque as cotações já encostaram no custo industrial de al-guns produtores.

Engie é sócia da UHE Jirau

Fibria, em Três Lagoas (MS), investe em nova linha de produção

12 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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n E w S l E t t E r g l O b a l

Concessionária rodoviária pode falir

O estado de Indiana (EUA) notificou por inadimplência uma concessionária rodoviária, que deve pelo menos US$ 9 milhões a empresas subcontratadas. A I-69 Development Partners admi-nistra um trecho da Interstate 69, na modalidade de parceria público-privada (PPP).

A autoridade financeira de Indiana disse na sua carta de noti-ficação que várias contratadas deixaram ou estão ameaçando dei-xar o projeto por causa da falta de pagamento. Só para uma em-presa, a Crider & Crider, a concessionária devia US $ 2,3 milhões.

“O Estado espera que todos recebam”, disse a direção de fi-nanças públicas em um comunicado. “O órgão vai tomar todas as medidas para proteger os contribuintes e usuários-motoristas”.

Esta pode ser a segunda falência de uma parceria público-privada, em Indiana. Em 2014, a concessionária ITR Concessão, que administrava 252 km de uma estrada no norte de Indiana, teve o contrato suspenso. A ITR havia superestimado o fluxo de tráfego.

A concessionária I-69 é uma empresa ligada ao grupo espa-nhol Isolux Corsan Finance BV e ganhou a concorrência em 2014. O projeto envolvia a ampliação e operação de 34 km do trecho de estrada entre Bloomington e Martinsville. Com a construção a ser concluída no final deste ano, o projeto foi concebido para ser parte da estratégia de expansão da Isolux na América do Norte.

Consórcio amplia estrada no ZimbabweO Zimbabwe assinou acordo com um consórcio chinês-aus-

tríaco para retomar as obras, no valor de US$ 2,7 bilhões, da estrada Beitbridge-Harare-Chirundu, que liga os litorais do Zim-babwe e Zâmbia aos portos de Durban e Richards Bay, na África do Sul. Ao todo, são quase mil km de rodovia.

O acordo surge um ano depois de um consórcio que já tinha obtido o contrato, se retirar do projeto após ação judicial.

O consórcio é formado pela China Harbour Engineering Com-pany (CHEC) e a austríaca Geiger Internacional, e o trabalho en-globa financiamento e execução.

O governo do Zimbábue informa que o consórcio irá reabilitar e expandir a rodovia através de um contrato de construção e operação por 20 anos.

Atualmente, a estrada tem duas pistas e foi construída há 55 anos. O projeto de duplicação deverá levar até cinco anos. O Zimbabwe está propondo que a mão de obra de construção seja de 40% a 50% local.

G20 questiona produção de açoO G20, que se reuniu recentemente em Hangzhou, na China,

decidiu que irá “tomar medidas para diminuir o excesso de aço no mercado e incentivar o ajustamento”. Um relatório será pro-duzido no ano que vem sobre o tema.

Um grupo de nove organizações de aço, incluindo dos Es-tados Unidos, Canadá, México e Europa, disse que eles fo-ram encorajados pelo anúncio do G-20. Os participantes es-clareceram por meio de nota que “este é um primeiro passo importante, mas deve ser seguido com ações concretas dos governos para reduzir o excesso de capacidade, os subsídios e medidas governamentais que distorcem os mercados, para garantir a igualdade de condições”.

O setor internacional de aço teve recorde de lucros baixos e fluxo barato no sistema global de comércio, afetando empresas, trabalhadores e o regime de comércio internacional.

FHWA realoca US$ 2,8 bi para rodoviasEm um bônus fiscal de fim de ano, a Federal Highway Administra-

tion (FHWA) redistribuiu para os estados US$ 2,8 bilhões para rodo-vias federais, que podem ser usados em projetos rodoviários diversos.

A Califórnia recebeu a maior parcela do bônus, com US$ 293,1 milhões. New York ocupa o segundo lugar, com US$ 155,8 milhões. O Estado da Flórida é o terceiro, com US$ 150 milhões, seguida por Illi-nois, com US$ 133,4 milhões, e Pensilvânia, com US$ 123,4 milhões.

Originalmente, os departamentos de transportes estaduais haviam solicitado US$ 5,2 bilhões em redistribuição de recursos do FHWA.

ENRGlobalInsider

A concessionária da Interstate 69 tem dívidas com empresas

A ENR é uma publicação da Dodge Data & Analytics, editora com mais de 100 anos de atividades e a principal no mundo com foco em Construção, Infraestrutura e Arquitetura. A revista O Empreiteiro é parceira editorial exclusiva da ENR no Brasil. Mais informações: www.enr.com

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n E w S l E t t E r g l O b a l

Milhares são demitidos na Arábia SauditaMilhares de trabalhadores da construção civil na Arábia Sau-

dita estão sendo demitidos, fruto da interrupção de projetos do setor na região, por conta da queda do preço do petróleo. Há trabalhadores sem documentos para voltar para casa.

Mais de 7.700 trabalhadores indianos demitidos sem serem pagos estão abrigados em 20 acampamentos. A maioria tinha trabalhado para Saudi Oger. Baseada em Riyadh, a construtora demitiu mais de 30 mil funcionários, sem acertar salários, em vários projetos da empresa pelo país.

Os trabalhadores indianos afetados pela Oger e outros dois empreiteiros sauditas poderiam “fazer o repatriamento de volta à Índia ou realizar realocação”, informou em nota o governo indiano.

O governo saudita em breve poderá assumir o controle da empresa, que deve aos seus empregados cerca de US$ 800 mi-lhões em salários, bem como os pagamentos aos subempreiteiros e bancos, de acordo com relatos da imprensa.

Há também informação de uma potencial falência ou aqui-sição da poderosa empresa de construção Binladen, em dificul-dades financeiras.

Atul Jain, diretor da empresa indiana de construção Punj Lloyd, que está ativa na Arábia Saudita e no Oriente Médio, reconheceu que a queda do setor petrolífero “tem impactado nos projetos e

Redução de projetos ligados ao petróleo deixou muitos desempregados

construtoras. No entanto, isso é aplicável para novos investimen-tos. Os clientes têm honrado as iniciativas que foram planejadas mais cedo e nossos projetos atuais pertencem a esse cenário”.

Trabalhadores do Paquistão, Nepal, Bangladesh e Filipinas também estão sendo afetados. Há uma forte pressão dos gover-nos dos países envolvidos para resolver a questão.

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m E g a p r O j E t O S

Canadá acelera obras públicas para reanimar a economiaGoverno recém-eleito se compromete a investir US$ 90 bilhões nesta década em obras de infraestrutura, para contrabalançar

o impacto da desvalorização do petróleo — atingindo em cheio a produção de óleo de areias betuminosas no país —, que era a locomotiva da economia. Os três níveis de governo esperam intensa participação do capital

e da engenharia global, considerando a trajetória de sucesso do Canadá em PPP e concessões

Esta é a proposta do premier Justin Trudeau, do Partido Liberal, eleito no início do ano, dobrando na prática o volume de recursos até então compromissado pelo governo federal com obras públi-cas. Essa injeção de dinheiro, entretanto, precisa contrabalançar a contração do setor de petróleo, que pode cortar até US$ 10 bilhões em investimentos este ano — quando no pico de 2014 chegou a aplicar US$ 24 bilhões. Para exemplificar esse declínio, enquanto o resto do Canadá perdia 5.700 empregos em janeiro passado, a província de Alberta eliminou 10 mil postos de trabalho.

A agência federal de infraestrutura do Canada é quem coor-dena a alocação dos recursos, com contrapartida dos muni-cípios e províncias, abrangendo desde transporte sobre trilhos e rodovias até saneamento e hospitais. A iniciativa é liderada

pelo ministro Amarjeet Sohi, que começou sua vida como mo-torista de ônibus municipal e foi membro do conselho de Ed-mont - a cidade contratou recentemente uma rede de VLT no valor de US$ 1,8 bilhão. Ele também gerencia o New Building Canada Fund, de US$ 10 bilhões, lançado em 2014 pelo governo conservador anterior. A agência poderá elevar o nível atual de 33% de recursos federais alocados aos projetos dos municípios e províncias, para até 50%.

Esse esforço tripartite deverá gerar investimentos que che-garão a US$ 129 bilhões no período de dez anos, afirma Michael Atkinson, presidente da Associação de Construção do Canadá. Ontario tem um extenso programa plurianual estimado em US$ 86 bilhões, incluindo a ampliação das rodovias 401 e 407.

A antiga ponte de Champlain, em Quebec, e o projeto da nova estrutura a ser construída, contratada em regime de PPP

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m E g a p r O j E t O S

Linha de trem construída para os Jogos de Inverno de Vancouver 2010, ligando o subúrbio ao centro da cidade, foi a primeira PPP desse tipo naquele país

Toronto, capital da província, executa o projeto VLT Crosslinx orçado em US$ 4 bilhões, contratado no ano passado como a maior parceria público-privada (PPP) já estruturada no país. O consórcio privado é formado por quatro das maiores empresas de engenharia locais — Aecon, ACS Infrastruture Canada, EllisDon e SNC-Lavalin, com 25% cada em equity, projeto, construção e manutenção do sistema.

Já Montreal, em Quebec, projeta elevar suas aplicações em infraestrutura para US$ 1,7 bilhão/ano, visando uma série de projetos. Uma obra importante é a substituição da ponte Cham-plain, de US$ 3 bilhões, contratada em 2015 como PPP junto a um consórcio liderado por ACS e SNC-Lavalin. Gerenciada por agência federal, deve ser concluída em 2019.

Em Alberta, a província que é o polo da indústria atingida pela desvalorização do petróleo, a soma de recursos para obras podem chegar a US$ 6 bilhões. Projetos de início imediato in-cluem manutenção de instalações industriais e up grade de efi-ciência energética. O governo federal também liberou fundos emergenciais de 700 milhões de dólares canadenses, parte dos recursos não aplicados do New Building Fund existente, que po-derão ser distribuídos para todas as províncias.

Um estudo da Aecon mostra a oportunidade de se construir aces-sos para regiões ricas em recursos minerais em Alberta e norte de Quebec, preparando-as para o próximo ciclo de alta das commodities.

A província de Alberta anunciou um plano de diversificação para distribuir royalties ao longo da próxima década, no valor de 500 milhões de dólares canadenses, para projetos petroquímicos que possam ser iniciados a curto prazo, para manter essa cadeia de produção na região. Esse crédito será concedido quando as plantas entrarem em serviço.

Equilíbrio entre obras imediatas e projetos de médio prazo

O governo Trudeau promete equilibrar o aporte de verbas para obras que possam ter início rápido e projetos de longo pra-

zo, assim como infraestrutura social — escolas, hospitais e habi-tação – e outras iniciativas de porte.

Ainda há quem discuta o uso de PPP em projetos de infraes-trutura por causa dos maiores custos a serem desembolsados na frente. Outros apontam que a modalidade está suficientemente consolidada no Canadá, com os benefícios de custo a longo prazo por causa das decisões tomadas com larga antecedência, e termos contratuais que seriam difíceis de alterar mais tarde. O currículo é invejável: há 220 projetos em PPP valendo mais de 70 bilhões de dó-lares canadenses já em operação, obras ou em fase de projeto no país. Nenhuma outra nação se valeu dessa modalidade com tanto êxito.

O premier Trudeau destacou o pioneirismo de Ontario no uso

da PPP — e lembra que a força motora atrás desse sucesso da PPP é um conjunto de normas e exigências comum às dez províncias e três territórios do país.

Não se sabe ainda se o governo Trudeau vai ressuscitar uma exigência abandonada em 2015, em que os municípios precisam avaliar o uso do formato PPP em obras superiores a 100 milhões de dólares canadenses, antes de se qualificar para obter recursos federais. Outras fontes de financiamento existem no Canadá: o fundo de pensão Caisse de depot et placement du Quebec, o se-gundo maior do país, com ativos de US$ 172 bilhões, incluindo para obras de infraestrutura. Os primeiros dois projetos são de transporte sobre trilhos em Montreal.

Toronto terá novo VLT, com quatro empresas locais assumindo o projeto

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

A Toniolo, Busnello, empresa de construção pesada, com reconhecida capacidade na execução de obras de grande porte, originou-se em 1945, fruto da união de esforços dos irmãos Joaquim e Germano Toniolo e do primo Octaviano Al-bino Busnello. Neste ano, iniciaram a abertura do primeiro tú-nel para o Batalhão Ferroviário, no Morro São Luis, em Bento

Com forte atuação em obras de infraestrutura, incluindo bar-ragens hidrelétricas, canalizações, rodovias, vias urbanas, me-trô e aeroportos, a SA Paulista destaca a Transposição do Rio São Francisco como obra de envergadura realizada nos anos recentes.

Esta obra, segundo a empresa, foi de grande desafio técnico e lo-gístico. Uma das características dela é a extensão total do projeto, no-tadamente do Eixo Leste, sob envolvimento da construtora, com valo-res dos contratos da ordem de R$ 1.380 milhões e prazo de 36 meses.

Entre os principais serviços realizados pela SA Paulista estão seis estações de bombeamento, 12 barragens, 220 km

Gonçalves (RS). Desde então, a empresa passou a executar vá-rias obras de infraestrutura destacando-se no ramo de túneis.

Fundada formalmente como Toniolo, Busnello, em 1954, hoje está com 62 anos, sendo uma das mais sólidas empresas do Brasil. Além de túneis, a construtora se notabilizou em outros segmentos, como urbanismo, saneamento, barragens, hidrelétricas e mineração.

Especializada em perfuração de túneis, mineração subter-rânea e desmonte de rocha, ágil na mobilização e execução de grandes obras, contribui com inovadoras soluções de engenharia na realização de cada projeto. Prioriza na sua gestão a segurança de seus colaboradores e das comunidades onde está inserida.

Em 2013, foi certificada com a ISO 9001:2008 em exe-cução de obras de escavação subterrânea. Hoje, a empresa possui a maior frota nacional de jumbos para perfuração sub-terrânea, num total de 32 equipamentos, de dois e três braços, operando continuamente. Além disso, possui equipamentos auxiliares de carregamento e transporte, plataformas eleva-tórias e sistemas de ventilação. A Toniolo, Busnello faz parte da história do Brasil, tendo construído mais de 300 km de túneis, e realizado cerca de 500 obras pelo País. Atualmente está presente em 10 estados brasileiros.

A matriz da Toniolo, Busnello localiza-se em Porto Alegre (RS), tendo unidades de britagem em Portão (RS) e Farroupilha (RS), onde são produzidas britas e derivados para os mais diversos tipos de construção, além de massas asfálticas para pavimentação.

de canal, 15 milhões m³ de escavação de primeira e segunda categorias, 4,5 milhões m³ de escavação de terceira categoria, 490 mil m³ de concreto, cinco aquedutos, 3 km de túnel reves-tido, 8 km de galerias pré-fabricadas, dentre outros.

Toniolo, Busnello (RS)21º lugar Ranking Nacional das ConstrutorasReceita – R$ 720 milhões

300 km de túneis e 500 obras

SA Paulista (SP)26º lugar Ranking Nacional das Construtoras1º lugar Ranking Regional São PauloReceita – R$ 600,5 milhões

Obras de Transposição do São Francisco se sobressaem

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

Ampliar um centro de exposições e congressos de 40 mil m² para 100 mil m² exigiu principalmente da construtora planeja-mento. É o que informa a Fonseca & Mercadante, responsável pela obra, que incluiu ainda a execução de um edifício-garagem de 100 mil m².

O empreendimento em questão é o Centro de Exposições, Congressos e Convenções São Paulo Expo - antigo centro de exposição Imigrantes -, na capital paulista, administrado pela francesa GL Events. Por conta do extenso calendário de feiras e eventos programados para o pavilhão existente, a constru-tora teve que tomar uma série de medidas na construção.

“Sabíamos desde a fase de concorrência que teríamos que executar as obras do pavilhão novo nestas condições. Assim,

fizemos um planejamento detalhado das atividades a serem executadas de forma a não impactar nos eventos programa-dos”, disse na época da obra Marcos Vicelli, diretor da Fonseca & Mercadante – as execuções terminaram em abril desse ano.

Ele cita que teve uma etapa extremamente complexa, que antecedeu a feira Comic Con (realizada em dezembro último), pois precisou trabalhar em uma área muito próxima do pa-vilhão existente. “Preparamos várias instalações provisórias, para que o evento fosse realizado com total segurança e con-forto aos visitantes e expositores”, lembra.

O investimento total no centro de exposições pela GL foi de R$ 400 milhões, entre a ampliação e a construção do edi-fício-garagem com seis pisos e 4.500 vagas. No novo pavilhão foram introduzidas diversas modernidades, como canaletas técnicas no piso capazes de alimentar pelo solo redes de da-dos, voz, energia, água e drenagem dos expositores; e galeria subterrânea percorrendo todo espaço para facilitar serviços de operação e manutenção das redes elétrica, hidráulica, dre-nagem e ar condicionado.

As galerias subterrâneas dentro do pavilhão para pas-sagem de redes foram executadas com anéis pré-moldados de concreto, permitindo agilidade e velocidade dos serviços. “Novamente, tivemos um planejamento que contemplou as diversas etapas de execução, ou seja, escavação do terreno para galerias, preparação do subleito, assentamento das ga-lerias pré-moldadas, impermeabilização, reaterro compactado do solo, preparação de sub-base para o piso e finalmente a execução do piso de concreto”, descreveu o diretor da Fonseca & Mercadante.

O novo espaço foi feito de estrutura pré-moldada – o fe-chamento teve uso de alvenaria e painéis termoacústicos e metálicos. A cobertura é de estrutura metálica treliçada, com duas camadas de telha com lã de rocha. O fechamento do pavilhão é de placas de drywall, vidro e alvenaria.

O edifício-garagem, construído ao lado do novo pavilhão, também foi erguido com pré-moldado (laje, viga e pilar). Uma

Construtora Fonseca & Mercadante (SP)33º lugar Ranking Nacional das Construtoras 2º lugar Ranking Regional São PauloReceita – R$ 411,3 milhões

Ampliação de centro de exposições exigiu planejamento

A SA Paulista considera seu diferencial a experiência em grandes obras de infraestrutura, além de capacidade em ofe-recer ao mercado soluções integradas de engenharia, resul-tando em obras de qualidade com preços competitivos.

A empresa cita ainda sua atuação com ética e responsa-bilidade fator relevante na atual conjuntura econômica. Para diversificar sua carteira de obras, tem procurado atender às necessidades de clientes privados, reduzindo sua participação no segmento de obras públicas.

Entre outras obras recentes da SA Paulista, incluem-se o Com-plexo Viário de Itaquera, em São Paulo (SP); a implantação da dupli-cação da rodovia Tamoios (SP-099), no Vale do Paraíba paulista; e a ponte Laguna, atravessando a Marginal Pinheiros, em São Paulo (SP).

Nos princípios da empresa estão reconhecimento a sua contribuição ao desenvolvimento socioeconômico das comu-nidades; autossustentabilidade; respeito às relações de traba-lho; comprometimento com a qualidade dos serviços presta-dos; e busca pela confiança no mercado.

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A carioca Lafem Engenharia alcançou um crescimento de 112% em seu faturamento bruto no ano de 2015, em compa-ração com 2014, atingindo R$ 248,5 milhões. “Temos um dife-rencial competitivo para uma construtora de médio porte que é a diversificação do portfólio. Atuamos tanto em green fields como em retrofits nos segmentos residencial, corporativo, hoteleiro, comercial e industrial”, destaca Paulo Renato Pa-quet, diretor comercial da Lafem.

A Lafem ficou bastante conhecida no Rio de Janeiro por obras de retrofit e restauração de espaços como a Casa Da-ros, em Botafogo; o Hotel Copacabana Palace; a Torre Var-gas 914, que recebeu a certificação Leed na categoria Gold; o edifício Galeria Sul América, ganhador do prêmio internacio-nal FIABCI Prix D’Excellence 2013; o Standard Building, onde funciona hoje o IBMEC no Centro; o edifíco Serrador, dentre outras.

Há 32 anos no mercado, a empresa contabiliza cerca de 800 obras, que somam mais de 1.500.000,00 m² de área cons truída.

A preparação para a expansão começou em 2007, quando a Lafem – nome herdado da união das iniciais de seus pri-meiros sócios – viu a necessidade de se reestruturar. O atual presidente, Ernani Cotrim, trouxe do mercado processos de gestão consagrados em que já eram utilizados por empre-sas de grande porte. A contratação de uma consultoria ex-terna, além da aquisição de novo sistema de gestão integra-da, também contribuiu na implantação de novos controles e

processos, aperfeiçoando o planejamento, reduzindo custos operacionais e aprimorando a administração.

Com dez obras em andamento, que representam um volu-me de negócios da ordem de R$ 170 milhões, a construtora mira atualmente os setores de logística, saúde (área hospitalar e médica) e hoteleiro. “As unidades, no Rio, que não se prepararam para as Olimpíadas terão que fazer o retrofit. Trata-se da solução para que esses hotéis não percam mercado para os recém-aber-tos”, ressalta o diretor comercial.

A Lafem é ainda a empresa responsável pela continua-ção da construção do residencial do Frade, também chama-do Frad.e Vilas, em Angra dos Reis, Costa Verde fluminense. O empreendimento multiuso, localizado no complexo Porto Frade, reúne marina, campo de golfe, centro de compras e gastronomia.

A obra é composta por 23 torres residenciais, em forma-to de vilas, de frente para o mar. São 145 apartamentos de 160m² a 596m², com altíssimo padrão de acabamento. Conta também com o complexo hoteleiro com a bandeira Fasano

Lafem Engenharia (RJ)61º lugar Ranking Nacional das Construtoras10º lugar Ranking Regional SudesteReceita – R$ 248,5 milhões

Atuação multimercado garantiu crescimento

passarela metálica de 35 m de extensão faz a ligação do edi-fício-garagem com o pavilhão.

Nas obras do edifício-garagem, a Construtora Fonseca & Mercadante foi responsável pela escolha dos fornecedores. “Optamos por uma empresa com larga experiência em obras pré-moldadas e, juntos, identificamos que a montagem de um canteiro industrial no site da obra, nos daria mais efi-ciência em relação à logística de entrega e montagem das estruturas”, disse.

No período de terraplenagem, Marcos Vicelli conta que as soluções de contenção no terreno do empreendimento, in-cluindo muro de concreto armado, gabiões, solo grampeado e estrutura com tirantes protendidos, o cuidado para prepa-rar o plano de ataque foi a receita para o sucesso. “Fizemos acompanhamento executivo por controle tecnológico e ins-trumentação dos eventuais desvios, para que tudo ocorresse dentro das expectativas e do planejamento previsto”, afirmou na ocasião da obra.

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A Amec Construtora se especializou em residenciais popu-lares e também em empreendimentos de alto padrão, num raro portfólio de habitação para diferentes faixas.

“Na verdade não sentimos muita dificuldade em nos adaptarmos as duas faixas. Com o segmento popular aprendemos a buscar incan-savelmente o menor custo, a melhor tecnologia, os processos ideais e, principalmente, bons profissionais”, destaca César Araújo Faria, di-retor da Amec. “Isso que nos deu base para abraçarmos outras opor-tunidades de negócio com a mesma eficiência”. A mesma opinião é compartilhada por outro diretor da empresa, Moisés Carvalho Pereira.

Hoje, a empresa concentra suas operações na cidade de Pa-rauapebas (PA), região de grande desenvolvimento econômico no Norte do País. Os residenciais populares são contratados pelo governo federal. A empresa destaca que a experiência, estrutura operacional, agilidade nas decisões e sólida situação financeira têm trazido resultados com boa rentabilidade, mesmo nos em-preendimentos econômicos, cujos índices de lucratividade são baixos ou até mesmo negativos.

Amec Construtora (DF)104º lugar Ranking Nacional das Construtoras7º lugar Ranking Regional Centro-OesteReceita – R$ 49,8 milhões

Habitação para todas as classes

Nesses empre en dimentos, a empresa adota sistema de parede de concreto como metodologia construtiva, com a utilização de conjunto de fôrmas de alumínio, obtendo velocidade na cons-trução. A construtora usa também fôrma metálica para produ-ção dos radiers de concreto, com facilitação para execução das paredes. César Araújo Faria afirma que este ano a empresa deve dobrar o faturamento.

A empresa possui ainda usina de concreto própria para as suas obras, além de instalar no canteiro laboratório de concreto para definição de traços e controle de agregados, de resistência e de tecnologia.

De acordo com a Amec, os projetos são executados em es-cala industrial de produção, proporcionando menor custo. Nos empreendimentos de alto padrão, a construtora atua no ramo hoteleiro e condomínios.

Nas obras, a Amec trabalha com sistema informatizado de gestão, elaborando orçamento detalhado e gerando relatórios de custos por serviço, composições e o cronograma mensal. Esse cronograma é transformado em metas diárias de produção, onde uma rede de colaboradores recebe mensagem instantânea com um resumo das atividades relevantes executadas no dia, efetivo presente no canteiro, valores desembolsados e recebidos até a data anterior, custo do concreto e argamassa usinado, índice plu-viométrico no dia e as metas a serem cumpridas.

Com o sistema de informação online, as ações necessárias para resolver problemas pontuais são tomadas no dia. E os par-ceiros de negócios, investidores e contratantes passam a ter informações diárias do andamento das obras com o relatório acompanhado de fotos.

As obras executadas pela construtora incluem Amec Ville Jacarandá, com 466 casas, em Parauapebas (PA); Residencial Jardim Ipiranga, com 800 casas, em Redenção (PA); Residencial Canaã, com 933 casas, em Canaã dos Carajás (PA); e Residencial Ismar Vilela II e II, com 528 casas, em Breu Branco (PA).

Obras em andamento e lançamentos estão o Salinas Park Re-sort Balneário Ilha de Atalaia, com 320 apartamentos, em Sali-nópolis (PA); Residencial Amec Ville Jatobá, com 302 casas, em Castanhal (PA); Residencial Amec Ville Jerivá, com 420 casas, em Palmas (TO); e Residencial Amec Ville Ipê, com 390 casas, em Parauapebas (PA).

(60 suítes, spa e restaurante), com os proprietários podendo utilizar os serviços no sistema pay-per-use. A assinatura do projeto é do escritório Bernardes Arquitetura.

O grande desafio desta construção pode ser resumido em sua logística, principalmente pela distância do canteiro ao

grande centro e pela falta de mão de obra qualificada na re-gião. Além disso, a obra foi pensada em um sistema de plane-jamento diferenciado, com rigoroso controle, principalmente em função do prazo desafiador e pelo status em que estava o empreendimento quando a empresa o assumiu.

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

O grupo Tecnomont oferece soluções aos seus clientes, atuando em várias frentes de trabalho. Suas competências incluem engenha-ria; fabricações de estruturas metálicas, caldeiraria média e pesada; fabricação de fornos verticais e horizontais, moinhos, vasos de pres-são, tanques API e spools; locação de equipamentos e andaimes; e instalações elétricas e montagem eletromecânica. Com este perfil, a

empresa proporciona facilidade e otimização à gestão de obras, pos-sibilitando ganhos substanciais em prazos e recursos aos projetos.

Marcelo Magalhães, diretor-presidente da Tecnomont, ex-plica como a empresa tem atuado no mercado altamente com-petitivo: “Temos buscado através da sinergia entre nossas em-presas, otimizar e oferecer alternativas economicamente viáveis, priorizando a melhoria continua em qualidade e segurança”. De acordo com o executivo, o objetivo é cada vez mais entender a necessidade do cliente, trabalhando em conjunto em torno das dificuldades do projeto, para que as metas sejam alcançadas.

“Hoje, a realidade do mercado é a de que o cliente precisa de soluções integradas, onde desde o projeto até a instalação final, tudo esteja conectado e gerenciado de modo a reduzir custos, diminuir prazos e ter melhor performance final”, afirma. Segundo Marcelo, isso tem sido um grande diferencial do grupo Tecnomont.

Um projeto recente de sucesso em que a Tecnomont está en-volvido é a montagem eletromecânica da fábrica de cimentos Itacamba, em Yacuces, na Bolívia. A obra teve início em setembro do ano passado e a sua conclusão está prevista ainda para este mês (setembro). Neste projeto, 647 profissionais trabalham na montagem mecânica e 256, na elétrica.

Yacuces fica a aproximadamente 70 km da cidade de Corum-bá (MS), na fronteira do Brasil com a Bolívia. O escopo principal para a montagem eletromecânica compõe os seguintes departa-mentos: britagem de calcário; pré-homogeneização de calcário e argila; aditivos da moagem de cru; moagem de cru e condiciona-mento de gases; homogeneização de farinha; torre de ciclones; forno rotativo; resfriador de clínquer; transporte e silo de clín-quer e aditivos de moagem de cimento. A Tecnomont já tem forte atuação no Brasil em projetos de unidades industriais de cimento.

Grupo Tecnomont (GO)10º lugar Ranking Nacional de Construção Mecânica e ElétricaReceita – R$ 290,5 milhões

Oferecer soluções integradas aos clientes

Em 2009, a Concremat Engenharia iniciou o processo de im-plantação do BIM (Building Information Modeling) em suas ati-vidades, e atualmente oferece a aplicação da metodologia em projetos de engenharia de diversos mercados – de edificações privadas e públicas a obras de saneamento, passando pelos seto-res de transportes, energia e parcerias público-privadas. “Para a Concremat, a pesquisa e o investimento contínuos em novos pro-cessos e tecnologias no segmento de engenharia são uma cons-

Concremat Engenharia e Tecnologia (RJ)1º lugar Ranking Nacional de Projetos & ConsultoriaReceita – R$ 942,1 milhões

Ganho de qualidade e redução de custos com o BIM

www.revistaoempreiteiro.com.br | 27

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

tante. Acreditamos que, desta forma, contribuímos para o ganho de qualidade dos projetos e a redução de custos dos investimen-tos de nossos clientes, com a diminuição de retrabalhos tanto na fase de projetos quanto na etapa de obras”, afirma Arthur Sousa, vice-presidente da Concremat Engenharia.

“Para que um projeto de engenharia seja executado de forma eficiente, é fundamental que haja a integração entre todas as disciplinas da construção. O BIM permite que as barreiras en-tre arquitetos, engenheiros, administradores e todos os outros profissionais envolvidos no processo sejam derrubadas, pois pos-sibilita a comunicação entre as equipes de forma coerente e con-fiável”, explica Gustavo Carezzato, arquiteto especialista em BIM da Concremat Engenharia.

Para cada etapa do processo, o BIM aplica ferramentas específicas que atendem as necessidades encontradas em cada contrato. Na fase de criação e concepção do projeto, não apenas é feita a modelagem, mas também a construção do empreendimento virtualmente, gerando uma melhora na transparência da produção de projetos, reduzindo o retrabalho durante as fases, minimizando o tempo de compatibilização e diminuindo os desvios. Atrelado a essa fase já se pode iniciar o processo de simulações, cenários e produção, como planeja-mentos 4-D, 5-D e 6-D.

“O planejamento 4-D proporciona a sincronização do mode-lo 3-D ao cronograma de obra, auxiliando na identificação de falhas no sequenciamento executivo e gerando relatórios com-parativos. Já o planejamento 5-D sincroniza o modelo 3-D ao cronograma e aos outros custos da obra, identificando possíveis desvios entre o previsto e o realizado em ambos os casos. E o 6-D utiliza o modelo 3-D para diversas simulações como fluxo de au-tomóveis e de pessoas, eficiência energética, esforços estruturais e ventilação”, detalha Gustavo Carezzato. O profissional afirma ainda que, na fase de manutenção, é possível utilizar o 7-D para o gerenciamento dos ativos.

Leandro Peres, gerente técnico da área de Gerenciamento, Es-tudos e Projetos da Concremat Engenharia, explica que o processo de monitoramento e controle integrado obtido com a aplicação do BIM engloba itens como licenças e liberações, documentação contratual, relatórios gerenciais, medições, cronogramas, análise, planejamento, validação, comunicação, gerenciamento da obra, relatórios e documentos oficiais, fotos, indicadores de acompa-nhamento físico e orçamentário, indicadores de medição e FAC, auxiliando nas tomadas de decisões e na facilidade de constru-ção do empreendimento. “Todas as informações são concentra-das em um único local – um ambiente multiusuários –, gerando acessibilidade aos dados de forma segura”, finaliza.

A Intertechne é uma empresa com atuação consolidada em consultoria, projeto de engenharia e gerenciamento de obra em usina hidrelétrica, barragem, metrô, aeroporto, ferrovia, porto,

Intertechne (PR)6º lugar Ranking Nacional de Projetos & ConsultoriaReceita – R$ 244,3 milhões

Consolidação aqui e no exterior

óleo e gás, entre outras áreas. Fundada em 1987, ampliou ao longo do tempo sua atuação, adquiriu novas tecnologias nas diversas frentes de trabalho e passou a produzir estudos de viabilidade, projeto básico, projeto executivo e gerencia-mento de construção através de uma equipe multidisciplinar.

No segmento de água e energia, a Intertechne participa de importantes empreendimentos, como a UHE Belo Monte, no Pará, e a CH Laúca (Angola). Em infraestrutura foi a responsável pelo projeto básico e executivo da expansão do Aeroporto Internacio-nal Tom Jobim-Galeão, no Rio de Janeiro (RJ). Já na área de óleo e gás desenvolveu serviços em 31 plataformas da Bacia de Campos.

Na hidrelétrica de Laúca, no rio Kwanza, a potência ins-talada é de 2.070 MW, com seis unidades geradoras do tipo Francis. A barragem foi executada de concreto compactado em rolo, tem uma altura de 135 m e comprimento de 1,1 km.

No Galeão, o trabalho atingiu o edifício-garagem, com a construção de quatro pavimentos com área total de 54.852 m²; reforma do terminal de passageiros 2 (TPS2) alcançando área total de 89.229,52 m²; e a construção do Píer Sul com área total de 80.072,57m². Um edifício conector também foi executado ligando o Píer Sul ao TPS 2.

Recentemente, a vice-presidência de óleo e gás da Intertech-ne assinou três novos contratos com a Petrobras. Com duração de

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

Norte

Sudeste

Sul

Colômbia

Nordeste

Centro-Oeste

QUALIDADE E ÉTICA.

pitacocriativ

o

Nossa estrutura é feita de gente.

de20.000

caminhões por ano

de1.000

equipamentosno portfólio

unidadesno Brasil

unidadeindustrial

unidadena Colômbia

www.sh.com.br | 0800 252 2125 | Empresa associada à ABRASFE

Desde 1969, a gente se realiza ao ver cada projeto tomando forma. Trabalhamos com segurança e transparência. Nossa motivação vai além da construção. Nossas fôrmas, andaimes e escoramentos contam com tecnologia alemã, e nossa equipe oferece um atendimento próximo e diferenciado, pois cada solução tem muito do nosso coração.

Prêmio PINI - Melhores da Construção1º lugar: Escoramentos e fôrmas para concreto desde 1999.1º lugar: Andaime fachadeiro e fôrma de alumínio, desde 2011.

dois anos, os serviços devem ser iniciados até novembro e tratam-se do suporte técnico à engenharia, planejamento e controle, manutenção e monitoramento dos ativos sob gestão da Unidade Operacional do Rio de Janeiro. A Intertechne desenvolve também a execução do projeto básico e executivo da HVAC (Heating Ven-tilation and Air Conditioning) para as instalações da Petrobras.

O Manual de Ética e Compliance da Intertechne está dis-ponível no site da empresa. Atendendo a uma demanda da atualidade, o material tem o objetivo de apresentar os prin-cípios e as regras de conduta adotados pela Intertechne para

prevenir e combater todas as formas de corrupção. O mate-rial foi elaborado por cinco profissionais de diferentes áreas e deve ser do conhecimento de todos os colaboradores, direto-ria executiva, conselheiros e terceiros.

Desenvolvendo projetos com soluções otimizadas e exe-quíveis construtivamente, perfeitamente ajustadas aos méto-dos construtivos e aderentes ao planejamento da construção e montagem dos empreendimentos, a Intertechne busca criar as próprias oportunidades de investimento, além de intensifi-car a prospecção de negócios no exterior.

A EPC é uma empresa que atua nos principais setores da economia brasileira, com destaque para as áreas de minera-ção, siderurgia, metalurgia, óleo e gás, energia e infraestrutura - ferrovias, rodovias, portos, terminais, saneamento básico e

EPC Engenharia Projeto Consultoria (MG)14º lugar Ranking Nacional de Projetos & ConsultoriaReceita – R$ 163 milhões

Busca permanente pela inovação e qualidade

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

mobilidade urbana. Com mais de 44 anos de história, a EPC acumula ao longo da sua trajetória experiências em empreen-dimentos de grande porte, executando serviços de consultoria especializada, projetos de engenharia multidisciplinar, supri-mentos, gerenciamento e fiscalização de obras, e pacotes EPC, EPCM, turn key e aliança.

Ao longo destes anos, a EPC sempre se preocupou com a qualidade, a pontualidade e o foco no cliente, se atualizan-do e inovando nas melhores práticas de gestão e em novas tecnologias. Com uma equipe qualificada em cada segmento de atuação, se tornou uma empresa diferenciada no mercado, que cada vez mais requer soluções inovadoras, rapidez, flexi-bilidade e eficiência na entrega dos serviços.

Com uma gestão aberta às inovações necessárias para su-perar os desafios e exigências, a EPC realiza capacitação con-tínua de sua equipe, visando oferecer os melhores serviços e soluções em um mercado em permanente mudança.

Segundo a empresa, é necessário entender a real necessida-

de do cliente, para buscar otimizações no capex e opex dos em-preendimentos e, assim, fornecer uma engenharia de valor. Para isso, a EPC propõe alto conhecimento técnico e de gestão do ne-gócio, flexibilidade, ética e forte compromisso com o resultado.

A empresa acredita que, a partir de agora, poderá ha-ver maior redirecionamento aos investimentos para setores notoriamente deficientes no País. Destacam-se neste cenário os setores de energia e infraestrutura.

Outros setores também sinalizam com uma possível recu-peração, como, por exemplo, a mineração, aponta a EPC. Esta área representa uma fatia importante, principalmente quando se tratam de projetos que precisam ser reavaliados, com as adequações das instalações existentes, objetivando ganhos de eficiência operacional e atendimentos aos requisitos legais e ambientais. Surgem, portanto, oportunidades neste segmento para estudos e projetos sustaining, onde a engenharia consul-tiva desempenha papel importante na proposição de soluções inovadoras, avalia a empresa.

Qualidados Engenharia (BA)15º lugar Ranking Nacional de Projetos & ConsultoriaReceita – R$ 150,8 milhões

Experiência em empreendimentos industriais diversificados

Fundada em 1993, com sede na Bahia, a Qualidados, ao longo de sua história, especializou-se na prestação de ser-viços de gerenciamento de empreendimentos, planejamento

de obras e paradas de manutenção, atendendo importantes empresas do setor industrial em todo o território nacional.

Em 2016, chegando aos 23 anos de existência da empresa, a Qualidados conquistou dois importantes reconhecimentos nacionais, estando presente no ranking das 100 PMEs que Mais Crescem no Brasil, segundo trabalho conjunto da De-loitte e revista Exame; e no Ranking da Engenharia Brasi-leira - 500 Grandes da Construção, elaborado pela revista O Empreiteiro, entre as 15 maiores empresas do País de Projetos & Consultoria.

O ranking das 100 PMEs que Mais Crescem no Brasil usou como principal critério para sua lista, a evolução anual das receitas líquidas das empresas entre 2013 e 2015. Com um crescimento médio anual de 22%, e um avanço entre 2015 e 2013 de 50% nos seus negócios, a Qualidados ficou com a 63ª posição no ranking geral, que envolve organizações de todo País, com atuação nos mais diversos segmentos. Em 9º lugar na região Nordeste e 3º na Bahia, a Qua-lidados é integrante assídua da lista há oito anos consecutivos, desde a edição 2009 da pesquisa.

A esse histórico de conquistas so-mam-se o troféu bronze do PGQB (Prê-mio Gestão Qualidade Bahia) 2007 e

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

2009/2010, a certificação no Sistema de Gestão Integrada que contempla as normas ISO 14001, ISO 9001 e OHSAS 18001, além da eleição em 2012, 2014 e 2015 como uma das empre-sas de engenharia do ano pela revista O Empreiteiro.

Tal ascensão, num espaço tão curto de tempo, se deu pelo modo que a empresa vem encarando o mercado, mesmo em meio ao cenário conturbado que vive o País. A Qualidados acredita no uso da inteligência com eficiência como diferen-cial para seguir em frente e prosperar, mesmo na adversidade.

A presença da Qualidados nessas conquistas é o reconhe-cimento de um trabalho árduo feito pela empresa, que vem investindo fortemente em tecnologia e inovação, atuando com experiência e metodologia na execução dos serviços.

Com know how no atendimento a empresas de alto padrão como Gerdau, Vale, Petrobras e Braskem, a Qualidados oferece serviços especializados para uma ampla gama de segmento industriais, como: petroquímica, óleo e gás, energia, minera-ção, siderurgia, alimentos e bebidas, celulose, entre outros.

Além do gerenciamento de empreendimentos, os serviços prestados pela Qualidados incluem planejamento, acompa-nhamento, controle, fiscalização de paradas de manutenção, obras e montagens, construtibilidade, comissionamento e consultoria em engenharia.

Através da sua área de tecnologia a Qualidados desen-volve personalizados sistemas de apoio aos serviços de enge-nharia. São eles: Sistema Integrado de Planejamento, Sistema de Acompanhamento de Obras, Empreendimentos e Paradas Jove, Sistema de Controle de Pendências de Projetos Cpp, Sis-tema para Gestão de Documentação Técnica (Doc Tec), Siste-ma de Divulgação e Sistema de Válvulas.

Este conjunto de soluções proporcionam ganhos de efi-ciência real e, por isso, se caracterizam como diferenciais competitivos relevantes de grande valor no mercado, segundo a empresa.

Entre seus valores e princípios estão comprometimento, confiança, ética, excelência, inovação, responsabilidade so-cioambiental, transparência e valorização do ser humano.

Com relação aos primeiros serviços especializados de en-genharia oferecidos pela Qualidados, anota-se os relaciona-dos ao desenvolvimento do Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, um dos mais importantes centros industriais do País. Foi na efervecência do crescimento desse pólo que a empresa foi criada há mais de 30 anos. Nesse longo período desde a sua fundação, obteve significativa expansão, com dezenas de clientes atendidos e envolvimento em mais de 100 projetos.

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

A Dagnese destaca-se no mercado de estruturas metáli-cas por sua determinação em assumir obras com alto grau de responsabilidade. A empresa começou sua história em 1978 em Nova Bassano (RS), fabricando inicialmente esquadrias. A partir de 1984, passou a produzir estruturas metálicas para o setor agrícola gaúcho e, em seguida, expandiu os negócios para outros estados e áreas, como construção civil.

Atualmente, a empresa tem estado em pleno desenvolvimen-to, acompanhando as tendências de mercado e investindo em novos equipamentos e tecnologias com o objetivo de proporcio-nar soluções estruturais completas para as suas obras. A Dagnese atua no cálculo, projeto, fabricação e montagem de estruturas.

A empresa aposta na recuperação e com isso vem traba-lhando para manter sua estrutura construída ao longo dos anos, realizando parcerias duradouras com clientes dos mais diferentes segmentos. A Dagnese avalia que o Brasil vem de uma cultura de construção não industrializada, mas com o crescimento dos investimentos externos ao longo das últimas décadas, incrementou-se o desenvolvimento de obras mais

otimizadas, exigindo projetos construtivos racionais, cujas soluções metálicas se enquadram perfeitamente.

As obras realizadas pela Dagnese envolvem os recentes eventos esportivos no País, onde ela pode atender com várias obras em estruturas metálicas, que entram para a história por sua grandeza, complexidade e rapidez de execução. Entre elas, destacam se o Parque Aquático, o Velódromo e o Centro de Tênis, todos no Parque Olímpico da Barra da Tijuca; o pavilhão 6 do Riocentro e o halfpipe de Deodoro. Todas essas constru-ções da Rio 2016 foram executadas nos dois últimos anos, que exigiram enorme capacidade de integração entre as diversas equipes envolvidas para realizar os trabalhos dentro do prazo.

Dagnese Soluções Metálicas (RS)11º lugar Ranking Nacional de Serviços Especiais de EngenhariaReceita – R$ 199,5 milhões

Estruturas metálicas que deram vida a Rio 2016

Espiral Engenharia (ES)28º lugar Ranking Nacional de Serviços Especiais de EngenhariaReceita – R$ 62,7 milhões

A melhor lucratividade está na eficiência dos recursos

Empresa capixaba de âmbito nacional com filiais em seis estados, tem como principais segmentos de atuação enge-nharia de acesso, locação de formas e escoramentos, além de vendas de acessórios. Ágil em seus projetos, faz minucio-so planejamento de suas ações às perspectivas de mercado, otimizando recursos ao priorizar investimentos em produtos que tenham o melhor retorno em cada área de negócio.

A Espiral Engenharia vislumbra o futuro sem esquecer o presente. Tem como um dos principais focos valorização do pós-venda, pois entende que cliente bem atendido torna-se o melhor atestado de qualidade. Com essa visão, executa grandes contratos por mais de 10 de anos.

Foi por conta dessa importante fidelização que a empresa alavancou novos negócios. Como resultado, tem alcançado excelentes índices nas avaliações junto a seus clientes, tan-to nos quesitos de performance quanto de segurança, o que demonstra eficiência, fortalecendo sua credibilidade.

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r a n k i n g d a E n g E n h a r i a b r a S i l E i r a 2 0 1 6 – d E S t a q u E S

O planejamento da empresa a fez enxergar antecipada-mente alguns momentos difíceis. Enquanto algumas empresas começaram a se preocupar em enxugar despesas, a Espiral En-genharia se centrou em crescer, sem inchar ou criar gorduras.

Além disso, enquanto algumas empresas se preocupa-vam com o preço final, a Espiral já trabalhava no controle e redução de custos. A empresa compreendia que a melhor lucratividade estava na eficiência dos recursos, sejam eles humanos com a melhor produtividade ou materiais com o menor custo de produção. Assim, investiu no treinamento de seus colaboradores e também modernizou seu parque indus-trial para obter o melhor resultado.

A empresa entende que desafios do cliente são também seus desafios e assim acumula conquistas mútuas. Recente-mente, alcançou recorde de produção na última parada de manutenção de uma das unidades do cliente Vale, com 80 mil m³ de andaimes montados em 40 dias de atividade, sem registro de desvios de qualquer natureza.

Sobre a história da Espiral Engenharia, ela foi fundada em 1998 para atender às demandas de serviços de monta-gem de andaimes no setor industrial e construção civil no Espírito Santo. A partir de 2001, passou a fabricar e galvani-zar a fogo o próprio equipamento, levando à expansão para

fora do Estado, em 2003, com a inauguração da primeira filial, no Rio de Janeiro.

Em 2005, como consequência de sua certificação ISO 9001:2000, a empresa fecha seus primeiros contratos com a Vale, no Espírito Santo e Sergipe. A linha de fabricação de abraçadeiras começa em 2006, assim como a certificação de fornecedora da Petrobras. Essa evolução culmina na inaugu-ração das filiais em Minas Gerais e Bahia, em 2007.

A partir de 2009, a Espiral firma grandes contratos offshore em plataformas na costa do Espírito Santo e em Macaé (RJ), além dos contratos onshore, na R-LAM (Bahia) e Transpetro Santos (São Paulo). Pará é outro Estado que a Espiral Engenharia conta com filial pelo Brasil.

Hoje, a Espiral presta serviços de locação, montagem de es-truturas tubulares convencionais ou multidirecionais, atuan-do em diversos segmentos, dentre eles: siderurgia, mineração, petrolífera, celulose, indústria em geral e construção civil.

Para atender a estes serviços, a empresa conta com uma equipe especializada, formada por engenheiros, administra-dores, arquitetos, técnicos e montadores.

A companhia afirma ainda que para cada serviço presta-do ou peça projetada e fabricada, tudo passa por um proces-so de qualidade rigoroso seguindo a norma ISO 9001:2008.

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Contratar pavimento rígido de concreto pelo preço do asfálticoSergio Palazzo*

Nos idos de 1974, quando a General Motors foi construir seu campo de provas e, nele, uma pista cir-cular, ela atendeu exigências desafiantes quanto ao índice internacional de irregularidade (IRI), pois além da variação máxima admitida de 2 mm, a somató-ria dos deslocamentos do veículo e a distância per-corrida ficavam bem abaixo dos limites rodoviários permitidos.

O campo de provas tratava-se de uma pista com 14 m de largura, todavia com uma sobre-elevação de 47%, o que trans-formava a última das três faixas quase numa “parede”, onde os veículos circulariam a 160 km por hora.

Tive a honra de participar da solução, da escolha dos equipa-mentos e do acompanhamento da obra, que na época era enca-beçada pelo consórcio Veja (do saudoso dr. Tyrso) e JHS (drs. José Roberto e Fábio). Visitamos pistas no exterior e universidades (na de Paris, um professor nos argumentou: “Se vocês não têm como controlar a variação máxima em 2 mm, então não exijam. Aqui, os pilotos de testes provaram somente a partir de 4 mm”; e nós fizemos com 2 mm). Por fim, na construção da pista com o engenheiro Ed-ward Zeppo Boretto, ou o “Zeppo”, adquirimos muita experiência.

Muito bem, a partir daí, me apaixonei pelo pavimento de concre-to (um erro empresarial enorme), passei anos tentando convencer colegas, empresários e setores públicos de que o concreto era mais conveniente, em diversas circunstâncias, como, por exemplo, em local com tráfego de 20 mil veículos/dia ou mais. Sempre me apare-cia o desafio do tempo, até que na primeira concessão rodoviária, a Dutra, o engenheiro Paulo Cezar de Souza Rangel, da concessiona-ria NovaDutra, lançou um desafio, ou uma provocação: “Pelo mes-mo preço do flexível, eu faço as marginais em concreto”. Topei e fiz.

Essa marginal está situada desde a interligação com a pista de acesso ao Aeroporto de Guarulhos à Avenida Santos Dumont. Ela está intacta até hoje, e completa este ano 17 anos. Nunca foi fechada sequer para manutenção, pois o selante das placas de concreto deveria ser trocado a cada sete anos. Há algumas placas trincadas, e algumas outras patologias discretas, que a engenheira Valeria Cristina de Faria, da Novadutra, vem diligen-temente acompanhando.

Embora nem o Paulo Rangel nem outro conces-sionário de rodovias tivesse adquirido um m³ a mais de pavimentação de concreto, quero adiantar que aceitei a provocação imediatamente, por uma única razão: o pavimento de concreto era mais barato do que o de asfalto.

Um trabalho do professor-doutor Felippe Augusto Aranha Domingues, do Departamento de Engenharia de Trans-portes da USP, utilizou os dados cedidos pela Dersa, gestor no fim da década de 90 da Rodovia dos Imigrantes, e comparou o óbvio: O trecho do planalto em CBUQ versus o trecho da interligação com a Anchieta feita em concreto (ambos completavam 20 anos), o tempo de vida útil do primeiro havia chegado ao seu limite.

Esse trabalho publicado há 25 anos, mostra clara, científica e financeiramente, que o pavimento de concreto já é mais barato de saída, e, ao longo do tempo, dá de 7 x 1 no flexível.

Ficou fácil fechar o contrato da NovaDutra, além de uma obra da Ecovias (2,5 km da pista descendente da Imigrantes, desde a intersecção até o antigo Rancho da Pamonha). Esse trabalho pu-blicado do professor Domingues está disponível no site da Pella para download: www.pella.com.br

Desde então, mais de 160 obras foram executadas pela nos-sa empresa, mais de 800 mil m³ de concreto lançados, e ainda vemos as concessionárias rodoviárias executando pavimentação asfáltica, ignorando as economias substanciais em manutenções futuras, além de todos os custos intangíveis.

A concessionária NovaDutra acompanhou nesses quase 20 anos o comportamento desse pavimento. Ele se situa num trecho com um dos maiores tráfegos do país e, portanto, até hoje nem as mínimas manutenções que um pavimento rígido requer, ou seja, troca de selante a cada dez anos, nunca foram feitas.

Levantamentos recentes efetuados pela engenheira Valéria Cristina de Faria comprovam a ocorrência de poucas patologias após quase duas décadas, incluindo algumas placas a serem substituídas, num trecho de aterro e que, todavia, não poderia ser feito em vista da dificuldade de se fechar ao tráfego o local.

*O engenheiro Sergio Palazzo é diretor da Pella Construções

r O d O v i a S

Trecho da Dutra, na Grande São Paulo, teve implantação de pavimento de concreto, até hoje existente

34 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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r O d O v i a S

Obra ligará as rodovias Carvalho Pinto e Oswaldo CruzEstá em curso as obras de ampliação do corredor Ayrton

Senna - Carvalho Pinto, que faz a ligação da capital paulista ao Vale do Paraíba, sob a responsabilidade da concessioná-ria Ecopistas. A nova via vai conectar o km 126,5 da rodovia Carvalho Pinto ao trevo do km 5,5 da rodovia Oswaldo Cuz (SP-125), margeando o lado direito da Via Dutra sentido Rio de Janeiro, cruzando a região do Barreiro, no município de Taubaté.

A intenção é oferecer aos motoristas uma rota alternati-va ao litoral, para que a Via Dutra possa ser evitada no tre-cho urbano de Taubaté. A nova rota terá 11 viadutos e duas pontes, em 10,9 km de extensão.

O trecho atualmente em obras é o primeiro de três lotes, e a previsão para a conclusão de todas as etapas está mar-cada para o final de 2017, com investimento aproximado de R$ 300 milhões.

Uma pavimentadora Dynapac F2500C, da Atlas Copco, está sendo usada nas obras. De acordo com o gerente de produto da marca, Carlos Santos, um dos principais diferen-ciais do equipamento é o acabamento. “Podemos observar

que o material é aplicado de for-ma homogênea e equilibrada, fa-cilitando muito a finalização com os rolos. Além dis-so, o sistema de tamper diminui muito a energia a ser aplicada pelos rolos, aumentando a produtividade da obra”, conta.

Carlos informa ainda que a aplicação está sendo realiza-da seguindo a largura das pistas (3,5 m). “Mas a mesa stan-dard do equipamento permite despejar material por até 5,1 m de largura, tendo como opcional extensões para até 8,8 m”, diz. “Como ela proporciona um excelente acabamento, elimina a necessidade de rasteleiros, que são os funcioná-rios contratados para nivelar o material e retirar o excesso com pás”.

Obras na Carvalho Pinto, em Taubaté (SP)

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i n d ú S t r i a d E m a t E r i a i S

Investimentos da Tigre devem focar na produtividade

Grupo quer crescer em acessórios, desde registros e complementos de conexões a sistemas de fixação

Augusto Diniz – Joinville (SC)O plano de investimentos da Tigre no Brasil é de R$ 600 milhões

até 2020. Mas não pense que será com abertura de novas unidades industriais de seus inúmeros produtos a base de PVC. A empresa focará em obter mais produtividade e menos investimento em capacidade.

“O recurso é para melhorar em tecnologia e também cresci-mento em vários materiais”, explica Luís Roberto Wenzel Ferrei-ra, diretor de Vendas, Marketing e Inovação. No desenvolvimento de materiais, o esforço é crescer principalmente numa área que a Tigre chama de acessórios.

Um exemplo desse investimento é visível na unidade indus-trial da empresa, em Joinville (SC), cidade onde surgiu a marca há 75 anos. Ao lado da tradicional linha de produção de tubos e conexões, há uma área específica de fabricação de registros criada em anos recentes. “Queremos nos tornar referência nesse tipo de produto”, afirma o executivo.

A linha de acessórios da Tigre é bastante diversificada e engloba desde adesivo plástico para indústria e condução de fluidos, complemento de conexões, sistemas de fixação de tu-bos até grelhas e ralos para drenagem de água e sistema de gás residencial desenvolvido com uma parceira internacional.

Uma aposta grande da empresa na área de acessórios é em quadro de distribuição VDI (voz, dados e imagem) residencial, que tem potencial de crescimento na medida em que expande a rede multimídia. Outro foco é na linha de portas e janelas, de dimen-sões e geometrias diversas, não somente em cores brancas, mas prata, preto, bronze e cores de madeira, uma inovação no ramo.

O fato é que a empresa, por meio de pesquisa com o consu-midor, descobriu potencial em atuar com outros produtos a base de plástico, notadamente aqueles utilizados fora do interior da parede - ou além de tubos e conexões.

Recentemente, a empresa relançou a linha de caixa d’água, inclusive passando a oferecer uma de 5 mil l, objetivando ocupar espaço no mercado de armazenamento de água em grande quan-tidade, em meio ao crescente receio de falta d’água.

A Tigre chega a lançar por ano 500 itens – o portfólio tem hoje no total 15 mil itens no mercado. De acordo com Luís Roberto, a empresa tem 75% do mercado no varejo e 25% na construção ci-vil, mas aponta futuro avanço no último. Na linha de tubos, a em-presa vê potencial de ampliar em rede de água quente e irrigação.

“No ano passado foi duro na construção civil. Porém, a pre-ferência pela Tigre manteve as vendas”, menciona o diretor. “Em 2017 será um ano de crescimento”. Em 2015, o faturamento al-cançou mais de R$ 3 bilhões.

Luís Roberto Wenzel Ferreira

Unidade industrial da Tigre em Joinville (SC)

36 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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i n d ú S t r i a d E m a t E r i a i S

Concreto impermeável reveste encostas e bacias de contenção

A concrete Canvas apresenta uma nova versão de manta de concreto 100% impermeável ao mercado brasileiro. Cha-mado de CC Hydro o produto é adequado para revestimento e impermeabilização de bacias de contenção, ou canais de líquidos contaminados de baixa acidez ou alta al-calinidade.

O material é comercializado em rolos e endurece quando hidrata, formando uma camada de concreto 100% impermeável e à prova de fogo, segundo a empresa. Após ser fixado no solo e hidratado, o produto precisa de 24 horas para endurecer.

A manta é direcionada para revesti-mento de encostas e diques, bacias de con-tenção, valas de drenagem, e áreas de sa-neamento e de agronegócio. O produto foi originariamente desenvolvido na Inglaterra e é oferecido em três espessuras: 5 mm, 8 mm e 13 mm. Uma tecnologia empregada à manta de PVC de 1,4 mm reveste o mate-rial e garante o resultado da solução.

No final do ano passado, o Concrete Canvas foi utilizado como revestimento da lagoa de drenagem de uma mina de extra-ção de zinco da Votorantim Metais, em Va-zante (MG). A estrutura foi construída para

decanto e tratamento de resíduos e água alcalina. A lagoa é o destino final da água a ser tratada, após passar por uma série de outras valas de drenagem que também foram revestidas com a mesma solução.

A vegetação foi removida do local e as encostas da lagoa foram niveladas e com-pactadas. Na sequência, rolos do CC de 13 mm de espessura foram posicionados sobre o solo no local. A hidratação do CC foi feita usando caminhões pipa e man-gueiras. No total, 7.000 m² de Concrete Canvas foram instalados em dois meses de trabalho.

“A manta é quimicamente muito re-sistente, sendo a única solução dois em um no mundo que combina impermeabili-zação completa com proteção estruturada e durável de concreto”, explica Ian Pacey, diretor executivo da empresa que desen-volve a solução.

Segundo Ian, empresas como VLI, Vale, Imerys e Ferbasa também adotaram a so-lução. “Trata-se de uma tecnologia revo-lucionária pelos benefícios que traz em termos de economia de recursos, tempo de obra e segurança na aplicação”, finali-za o executivo.

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i n d ú S t r i a d E m a t E r i a i S

CBA quer agregar valor na construção civilAugusto Diniz – Alumínio (SP)

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) passou recente-mente a se reportar diretamente para a holding que a controla, a Votorantim, deixando de fazer parte da estrutura da Votorantim Metais. Isso deve dar dinamismo à empresa para oferecer solu-ções de alumínio ao mercado.

A companhia participa de toda a cadeia de valor do alumínio, desde a extração da bauxita até a trans-formação do metal, oferecendo um portfólio de produtos primários (lin-gotes, tarugos e vergalhões) e trans-formados (chapas, bobinas, folhas e perfis extrudados).

“Pelas características do merca-do global de alumínio, os produtos primários têm o comportamento de commodity, limitando grandes dife-renciais competitivos em termos de produtos”, avalia Giuliano Michel Fernandes, gerente de Desenvolvi-mento de Mercado e Inovação da

CBA. “Assim, o maior potencial de geração de valor está nos pro-dutos transformados, por meio da intensificação de investimen-tos em inovação e pesquisa e do desenvolvimento de soluções em conjunto com clientes”.

Com atuação nos segmentos de transportes e embalagens como mercados prioritários, a CBA também tem foco em nichos específicos, como construção civil, onde possuem oportunidades de oferecer alumínio para produção de vários itens, como janelas, portas, persianas, esquadrias, revestimentos, fachadas, telhas, calhas, fôrmas, dentre outros.

O executivo destaca que o alumínio pode trazer maior efi-ciência e competividade, por exemplo, em etapas de concreta-gem de vigas e pilares, já que fôrmas feitas com esse material em substituição à madeira podem garantir precisão e padronização do processo, além de oferecer maior velocidade e praticidade na montagem e desmontagem. “As fôrmas de alumínio podem ser reutilizadas por diversas vezes em várias obras. Elas ainda pos-suem significativo valor na cadeia de sucata, dado que o alumí-nio pode ser infinitamente reciclável sem perda de propriedades mecânicas”, diz.

Giuliano conta ainda que o alumínio pode representar signi-ficativa redução no custo de energia elétrica de uma residência, por sua leveza e ótima condutibilidade térmica.

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) crê que a manuten-ção de 15% de uso na construção civil do total do consumo domés-tico do metal, no ano passado, como forte indicador do potencial do alumínio na área. Há dez anos que o produto vem aos poucos crescendo sua participação na indústria da construção no País.

“Isso por que a busca por soluções mais sustentáveis têm crescido e, uma vez que o alumínio é mais leve, resistente e reci-clável, aumenta sua participação nos diversos segmentos”, avalia Milton Rego, presidente-executivo da Abal.

A entidade informa que em 2015, foram con-sumidas 198 mil t de alumínio na construção civil, sendo 83% desse total constituído por perfis extru-dados, utilizados para a fabricação de sistemas de esquadrias, fachadas, guarda-corpos, portas e janelas.

“Não temos ainda uma previsão para 2017, mas o que percebemos, no entanto, é que a taxa de utili-zação do alumínio continua aumentando no Brasil e no mundo inteiro”, ressalta Milton. Segundo ele, outro potencial do alumí-nio em construções que pode ser explorado é o do uso de ACM.

“A cozinha e os banheiros são locais que merecem a aplica-ção do produto ACM ao invés de azulejos e outros materiais. Isso evitaria embutir nas paredes de alvenaria a tubulação de água

e elétrica, não provocando danos na manutenção, caso houves-se um vazamento de água”, exemplifica. O executivo acrescenta que esta é a inovação na construção que os projetistas e arquite-tos precisam considerar em seus trabalhos.

Em geral, o alumínio aplicado nas esquadrias dura no mínimo 50 anos com base nas construções existentes no mercado brasilei-ro. “O alumínio oferece, ainda, isolamento térmico que resulta em redução nos gastos com ar-condicionado, e variações na arquitetu-

ra que favorecem o uso da iluminação natural. Também proporciona conforto acústico e outras vantagens em ecoeficiência”, afirma o diretor-executivo. “O alumínio é o material perfeito para este novo olhar de consumo”.

Porém, a Abal reconhece que o grande volume hoje do consumo de alumínio na construção civil está na caixilharia, além da utilização do metal nas formas para a construção de paredes e pilares, além de esco-

ras para lajes e andaimes. “Mas nenhum desses itens permanece na obra depois de pronta”, diz Milton.

“Na etapa construtiva, os perfis de alumínio são ainda utiliza-dos para a construção de estruturas para coberturas. Já as telhas de alumínio podem ser consideradas como um item integrante da construção”, complementa.

Potencial de crescimento anima setor

Milton Rego

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C O n S t r u ç ã O / h O S p i t a l

Ampliação de complexo hospitalar teve uso intensivo de alumínioForam aplicados 22 mil m² do material nas fachadas

Augusto Diniz

O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), um dos centros médicos mais importantes do País, sofreu ampliação, o que signi-ficou a construção de três novas edificações, dobrando a capaci-dade de atendimento do complexo, com 355 novos leitos.

A construção foi desenvolvida pelas empresas Método Enge-nharia e Schahin, de 2011 a 2015. Os três novos blocos represen-tam 72.100 m² de área construída. São duas torres, uma com 20 pavimentos e outra com 14 pavimentos, ambas executadas sobre o hospital existente e em funcionamento. Uma terceira torre, com 16 pavimentos, foi implantada em terreno ao lado do prédio em operação.

Nesta obra, houve uso in-tensivo de alumínio. A Tecnofeal forneceu 42 mil m² em caixi-lhos, fachadas e revestimentos metálicos.

A área da fachada, no siste-ma unitizado, nos novos blocos E (11.414 m²), F (4.285 m²) e G (5.346 m²) foram contemplados aproximadamente 22 mil m² de alumínio.

A Tecnofeal implementou dois tipos de fachada. O Feal Unit 130 é caracterizado por módulos intercambiáveis que possibilitam a retirada de um determinado ponto e a instalação de outro. Portanto, se há um módulo com persiana e o hospital quer alterar o layout do ambiente, ele pode ser facilmente modificado.

De acordo com a empresa, cada módulo possui 1,50 m de largura por 4,20 m de altura, com um peso de 350 kg. Eles não são fixados na alvenaria e sim nas lajes através do sistema de ancoragens reguláveis, o que define o sistema unitizado. Os perfis foram projetados para ter um encaixe preciso entre os módulos e a vedação para suprir a estanqueidade.

Já o outro tipo aplicado na fachada foi o Feal 90, que por opção arquitetônica, houve a composição com revestimento em ACM. A questão estética juntamente com o custo foi determi-

nante para a escolha dos produtos, de acordo com a empresa. Em ambientes com sacadas e áreas mais abertas, utilizou-se a fachada de alumínio e vidro, e em locais com longos trechos de paredes cegas ou peitoris, teve a utilização somente do ACM ou o conjugado do caixilho com vidro.

Foram também implementadas pela empresa persianas de enrolar, portas de correr com sistema alçante e portas automá-ticas. Há ainda as persianas manuais com sistema de aciona-mento de botão giratório e as motorizadas, que são acionadas através de botoeiras. Uma curiosidade é que quando o sistema da persiana é todo recolhido, aciona-se o blackout, proporcionando privacidade ao leito.

Segundo a Tecnofeal, a logística dos módulos da fachada da fábrica, em Diadema, na Grande São Paulo, até o empreendimen-

to, localizado na região da Aveni-da Paulista, de trânsito intenso e restrição de tráfego, foi realizada por meio de armazenamento em paletes metálicos, onde o carre-gamento e o descarregamento dos caminhões eram feitos atra-vés de empilhadeiras.

Além das restrições de tráfe-go na área do Hospital Sírio-Liba-nês, ocorreu o problema de falta de espaço no canteiro. Para ate-nuar, foram acionados caminhões trucados que podiam transportar até 32 painéis.

A transição era feita à noite e o modelo VUC (veículo urbano de carga), que transporta até oito painéis, possuía maior flexibilida-de nos horários de restrição e de acesso à obra. A combinação des-tas duas ações de transporte em consonância com o cronograma

da obra permitiu dar agilidade aos trabalhos.O transporte vertical até os pavimentos se deu por sistema

elevado de cremalheira e a instalação dos painéis, por guindastes spider ou trole com monovia - o que dependeu devido à localiza-ção e formato da fachada. A instalação dos painéis se procedeu de baixo para cima.

As fachadas foram executadas em 12 meses não contínuos para a concepção dos três blocos. No pico foram mobilizados 80 profissionais.

Uma das fachadas do Sírio-Libanês, em São Paulo (SP)

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t E C n O l O g i a d a i n F O r m a ç ã O

Projetistas implantam juntas ferramenta BIM para atender construtora

Augusto Diniz

A MKZ Arquitetura e a Martins Projetos de Instalações são parceiras em várias iniciativas, cada uma em sua especialidade. Mas a pedido da construtora e empreendedora Brasal, de Brasí-lia (DF), elas tiveram que desenvolver um projeto único em Buil-ding Information Modeling (BIM), algo que ainda não tinham feito juntas.

“O projeto é interessante por que envolvia projetistas de ar-quitetura e de instalação, mostrando avanço de integração da metodologia em torno de um objetivo”, conta Tiago Ricotta, da Brasoftware, empresa que prestou consultoria de agosto de 2015 a abril de 2016 para implantação do BIM e desenvolvimento do projeto na modalidade de acordo com a demanda da construtora.

A MKZ já tinha alguma experiência de uso da tecnologia BIM, mas a Martins ainda não havia trabalhado com ela. “Inicialmen-te, enviou-se uma proposta em separado para ambas empresas. Havia diferença de escopo”, afirma o especialista. Mas por conta do custo, decidiu-se unir as duas propostas.

“O projeto já existia, mas precisava converter em BIM a pedi-do da construtora”, conta Tiago. Trata-se de um projeto de prédio padrão de uma edificação residencial típica da capital federal, de estatura baixa. Além do BIM foram implementadas as soluções Revit, de modelagem, e a Naviswork, de compatibilização, todas da Autodesk. O BIM permitiu a construção virtual do edifício, com as disciplinas do projeto modeladas tridimensionalmente, centralizando as informações em uma única fonte de dados.

“O desafio foi atender a expectativa das duas empresas. A Martins não tinha tanta formação para a ferramenta como a MKZ, o que exigiu mais treinamento à instaladora”, relata. Por

conta da inexperiência maior, a projetista de instalação acabou arcando com 60% dos custos da implantação do BIM.

O principal ganho foi aumento da qualidade dos projetos. “A projetista instaladora ganhou um diferencial e tanto”, acrescenta Tiago. “Sempre utilizamos o AutoCAD como prancheta eletrônica e, diante disso, vimos muitos benefícios de migrar para a tecno-logia BIM”, destaca Alan Rocha, gerente de Projetos da Martins.

“Se não contarmos com parceiros no BIM, perderíamos mui-tas das vantagens. Ficaríamos somente na arquitetura e, na hora de compatibilizar o projeto, seria preciso voltar ao 2D. O intuito deste projeto piloto era fazer todo o projeto executivo, clashes de compatibilização, detalhamento e a parte de quantitativo de ma-teriais desse prédio, o que só foi possível com os demais parceiros também projetando em BIM”, analisa Rodrigo Jardim, gerente de Projetos da MKZ.

Tiago Ricotta explica ainda que cada vez mais as construtoras têm exigido projetos em BIM, principalmente para geração de relatórios de interferências, os chamados clash detections, antes de iniciar as obras, para evitar mudanças de projeto ao longo da construção com relação às instalações eletromecânicas.

O especialista da Brasoftware expõe também que hoje há três linhas de atuação do BIM: projeto, que envolve desde a concepção e documentação até análises de engenharia e cri-térios de sustentabilidade; construção, que permite a ligação entre o 3D, planejamento e gestão de custos; e operação e manutenção, com planejamento de manutenção preventiva, gerenciamento de espaços e ativos. “Essa ampla gama de pos-sibilidades confere benefícios a todas as partes interessadas e envolvidas no desenvolvimento dos mais diversos tipos de em-preendimentos”, conclui ele.

O BIM permite identificar interferências, chamadas clash detections, ainda no projeto

40 | o EmprEitE iro | SEtEmbro 2016

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Empresa passa a oferecer solução completaCom o lançamento do Trimble Connect, a empresa de tec-

nologia reforça sua atuação em todas as etapas de construção, incluindo topografia, terraplenagem, obras civis, montagem e acabamento.

A solução conecta todos os envolvidos de um projeto, por meio de plataforma colaborativa, permitindo verificar conflitos de projetos e quantitativos.

“O Connect possibilita ao usuário fazer conforme o plane-jado, com rapidez e precisão”, diz Fátima Gonçalves, diretora de Novos Negócios da empresa no Brasil. O software também possui interoperabilidade, integrando às diversas soluções exis-tentes no mercado.

Quando a norte-americana Trimble adquiriu a finlandesa Tekla em 2011, ela já tinha em mente em consolidar uma opera-ção que atingisse todos os segmentos da construção – a empresa atuava basicamente em posicionamento e georeferenciamento. No início deste ano, com o relançamento da marca ela deu reca-do ao mercado da conclusão dessa tarefa.

Além do Trimble Connect, a empresa possui um Scketchup, plataforma de modelagem em 3D para projetista adaptado à tec-nologia Trimble; e o Tekla Structures, dedicado à operação na plataforma BIM, para integração de projetos de uma obra, para detalhamento de produção e montagem, planejamento e geren-ciamento, e coordenação de logística.

Outros equipamentos completam o portfólio, como a estação robótica total de medição precisa de projeto em campo; um laser

scanner de mão para reprodução de ambiente; e um aparelho cha-mado Hololens, desenvolvido em parceria com a Microsoft e ainda em fase de testes, para reproduzir projeto ainda não desenvolvido, mas já modelado, para observação em campo pelo usuário.

A Trimble é uma empresa com mais de 35 anos. A companhia se notabilizou no mercado com tecnologias de posicionamento, incluindo GPS, laser, óptica e inercial com softwares, comuni-cação sem fio e serviços e produtos na área. Seu mercado de atuação não só envolve o setor de construção, mas também agricultura, serviços públicos, transporte e logítica e aplicações industriais. O faturamento do grupo em 2015 chegou a US$ 2,3 bilhões, com mais de 8 mil empregados.

t E C n O l O g i a d a i n F O r m a ç ã O

Trimble atua agora em todas as etapas da construção

i n d ú S t r i a d E m á q u i n a S

Manutenção recorde de 132 válvulas em 12 diasA Metso participou da manutenção do parque de válvulas

de uma grande empresa industrial latino-americana. Além dos reparos pré-estabelecidos, o processo envolveu o upgrade da au-tomação dos equipamentos instalados. A otimização aconteceu com a ativação de posicionadores inteligentes, modelo ND9000. Com a instalação, os dispositivos fabricados pela Metso passam a enviar informações online do funcionando do parque de válvulas, permitindo que os especialistas da companhia possam realizar análises preditivas dos equipamentos recém-reparados.

“No caso de paradas de plantas, o maior diferencial é o cum-primento do prazo de entrega, o que conseguimos fazer mesmo com os desafios que tínhamos”, explica Alex Bernini, gerente de Operações da Metso. Além da criticidade do tempo de entrega, ele cita o envio de algumas válvulas fora do cronograma especi-ficado e a complexidade de instalação dos posicionadores, como os pontos de atenção do processo.

A maior parte das válvulas foi enviada para o Centro de Ser-viços da Metso, em Sorocaba (SP). A partir do deslocamento, o

cliente passou a receber um relatório diário do avanço da manu-tenção, peça a peça. A empresa, por sua vez, montou um sistema de fiscalização – quase diário – para acompanhar o reparo dos equipamentos em Sorocaba.

Objetivas, as visitas ao Centro de Serviços da Metso foram reduzidas em sua periodicidade à medida que se comprovou o cumprimento do cronograma. Os encontros ao longo dos 12 dias serviram para alinhar os objetivos: a Metso recebia o direcio-namento do cliente em relação às prioridades de entrega e a contratada detalhava as eventuais dificuldades, caso do forne-cimento de peças em caráter emergencial. Em conjunto, as duas equipes técnicas acertavam os detalhes.

O caminho inverso – ida de técnicos da Metso à empresa - tam-bém aconteceu. Apesar de um planejamento detalhado, a equipe da Metso responsável pelo processo fez pelo menos duas visitas à unidade durante os 12 dias. Os encontros reforçaram o alinha-mento entre os técnicos envolvidos e serviram para reorganizar as atividades, com a meta de não comprometer o cronograma.

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tECnOmOnt 2ª Capa

amEC COnStrutOra 25

andaimES urbE 35

COnCrEmat 15

COnExpO 2017 21 E 3ª Capa

dagnESE 7

EpC 33

ESpiral EngEnharia 4ª Capa

FOnSECa & mErCadantE 11

E m p r E S a p á g i n a E m p r E S a

intErtEChnE 5

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