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Agrupamento Vertical de Escolas Muralhas do Minho [email protected] www.eb23-valenca.rcts.pt/je001.htm Agrupamento Vertical de Escolas Muralhas do Minho Ano Lectivo 2008/2009 Maio 2009 35.ª Edição 0,50 estudantes Destaques Memórias Revolu- ção dos Cravos é o nome dado ao golpe de estado mili- tar que der- rubou, num só dia, o regime polí- tico que vigorava em Portugal desde 1926. O levanta- mento, também conhecido como 25 de Abril, foi conduzido em 1974 pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maioria capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Os milita- res revolto- sos conse- guiram, sem derra- mamento de sangue, derrubar a mais antiga ditadura da Europa. Estas são as memórias de um grupo de pes- soas com idades e experiências distintas, mas que ainda recor- dam o dia em que se restituiu a liberdade a um povo que, desde a primeira hora, expressou a sua alegria nas ruas. Pág. 6 Leituras partilhadas P.S. – I love you, da autoria de Cecelia Ahern, é sem dúvida um livro que vale a pena ler. Crescer é difícil, de Phyllis Rey- nolds Naylor, é dedicado sobretu- do a jovens adolescentes. Na com- panhia da personagem principal, Alice, aprendemos que nunca se deve desistir e que até os maus momentos trazem algo de bom, se soubermos enfrentá-los com deter- minação. Pág. 12 Desporto Escolar O Desporto Escolar proporciona aos alunos oportunidades de práti- ca de actividades físicas e desporti- vas ao nível extracurricular. Pág. 4 A comida Existe em todo o mundo, nuns sítios mais, noutros menos. É ami- ga de toda a gente, só que a sua amizade por vezes faz mal. Tem a sua própria moda e também os seus próprios estilistas. Pág. 9 CNO No passado dia 31 de Março reali- zou-se no nosso agrupamento, na escola sede, mais um Júri de Secundário. Pág. 3 Ficção «O meu nome é Pete Tyerdo, sou músico, escritor, pintor e poeta de palavras simples...» Pág. 10 Marco Mendes do 25 de Abril

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[email protected] www.eb23-valenca.rcts.pt/je001.htm

Agrupamento Vertical de Escolas Muralhas do Minho

Ano Lectivo 2008/2009

Maio 2009

35.ª Edição

0,50 estudantes

Destaques Memórias

Revolu-

ção dos

Cravos é o

nome dado ao golpe de estado mili-tar que der-rubou, num só dia, o regime polí-tico que vigorava em Portugal desde 1926. O levanta-mento, também conhecido como 25 de Abril, foi conduzido em

1974 pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maioria capitães que tinham participado na Guerra Colonial.

Os milita-res revolto-sos conse-guiram, sem derra-mamento de sangue, derrubar a mais antiga ditadura da Europa. Estas são

as memórias de um grupo de pes-soas com idades e experiências distintas, mas que ainda recor-dam o dia em que se restituiu a liberdade a um povo que, desde a primeira hora, expressou a sua alegria nas ruas. Pág. 6

Leituras partilhadas P.S. – I love you, da autoria de

Cecelia Ahern, é sem dúvida um livro que vale a pena ler. Crescer é difícil, de Phyllis Rey-

nolds Naylor, é dedicado sobretu-do a jovens adolescentes. Na com-

panhia da personagem principal, Alice, aprendemos que nunca se deve desistir e que até os maus momentos trazem algo de bom, se soubermos enfrentá-los com deter-minação. Pág. 12

Desporto Escolar

O Desporto Escolar proporciona aos alunos oportunidades de práti-ca de actividades físicas e desporti-vas ao nível extracurricular. Pág. 4

A comida Existe em todo o mundo, nuns sítios mais, noutros menos. É ami-ga de toda a gente, só que a sua amizade por vezes faz mal. Tem a sua própria moda e também os seus próprios estilistas. Pág. 9

CNO No passado dia 31 de Março reali-zou-se no nosso agrupamento, na escola sede, mais um Júri de Secundário. Pág. 3

Ficção «O meu nome é Pete Tyerdo, sou músico, escritor, pintor e poeta de palavras simples...» Pág. 10

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do 25 de Abril

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ESCOLAPRESS Maio 2009

Visita de estudo termina com acidente rodoviário

Não houve feridos, mas a chegada a casa produziu-se com duas horas de atraso e sem transportes escolares.

N o passado dia 3 de Março, no Porto, no cruzamento em frente ao concessionário da Lexus, da Fiat e da Toyota, um autocarro

ao serviço de uma visita escolar dos alunos dos séti-mos anos de Valença do Minho, enquanto regressava à escola, depois de terem visitado o planetário do distrito do Porto, embateu contra uma carrinha de 5 lugares, uma Renault Espace do mês de Fevereiro do ano 2007. Ao fazer o ângulo, o condutor não fez bem o cálcu-

lo e encostou o lateral direito contra o pára-choques da frente da carrinha, estacionada em cima da passa-

deira. A polícia local demorou cerca de 20 a 30 minu-tos a chegar ao local do acontecimento. A via em direcção norte esteve cortada cerca de 45 minutos pelo pesado de passageiros. Os alunos, depois deste contratempo, não conseguiram apanhar os transpor-tes públicos solicitados pela escola EB 2,3/S de Valença para chegar às suas casas e tiveram de pedir aos pais que os fossem buscar ao local de ensino ou a colegas da mesma freguesia que os levassem até às habitações das suas famílias.

Silvério Nuno Moreira Cardoso, n.º 23, 7.º E

Põe a Pilha no Pilhão

O Projecto PPP – Põe a Pilha no Pilhão sur-giu porque a equipa do CNO (Centro Novas Oportunidades) se apercebeu que, de

uma maneira geral, os adultos e alunos já procedem, na sua casa e local de trabalho, à separação de lixos, mas continuam a esquecer as pilhas. Ora esta equipa, consciente do elevado malefício

para o ambiente resultante da não separação de lixos e atendendo ao seu papel de educadores/formadores, não poderia, de modo algum, ignorar este facto e permitir que este tipo de hábitos/atitudes continuas-se.

Sendo assim, a equipa considerou de extrema importância alertar a Comunidade Educativa para os malefícios decorrentes da não separação de pilhas e, simulta-neamente, contribuir para a apro-priação de hábitos de separação. De forma a incutir estes hábitos nos alunos e nas

suas famílias, a equipa do CNO (Centro Novas Oportunidades) desenvolveu junto de todos os gru-pos/turmas um concurso para incentivar a recolha de pilhas.

O GAC destinou-se a apoiar professores, fun-cionários e encarregados de educação dos alunos do 11.º C e 12.º D.

No âmbito do Plano Anual de Actividades, os alu-nos do Curso Tecnológico de Administração, Profis-sional de Contabilidade e do 9.º T2A, sob a orienta-

ção dos professores João Correia e Jorge Mendes, estiveram disponíveis para dar apoio no preenchi-mento da Declaração de Rendimentos – IRS modelo 3, aos sujeitos passivos que tivessem recebido ou sido colocados à sua disposição apenas rendimentos das categorias A e H (Trabalho Dependente e Pensões).

Gabinete de Apoio ao Contribuinte

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O s Centros Novas Oportunidades constituem a «porta de entrada» nos sistemas de educação -

formação de todos os adultos maiores de 18 anos que procuram um percurso de qualificação. Após a inscrição no Centro Novas Oportunidades,

procede-se à marcação das sessões de diagnóstico, que permitem definir o perfil, clarificar as necessida-des, os interesses e as expectativas de cada adulto e, em conjunto (adulto e técnico), identificar o percurso

de qualificação mais adequado. Aproveitamos para lembrar a todos os interessados

que se encontram abertas as inscrições para todos os adultos que pretendam obter ou concluir o 4.º, 6.º, 9.º ou 12.º Anos. Para tal devem dirigir-se ao Centro Novas Oportunidades, em funcionamento na Escola EB 2,3/S de Valença, entre as 9:00 horas e as 21:30 horas, ou contactar o mesmo através dos números 251 809 760/968 033 833.

Centro Novas Oportunidades

A minha história de vida... N o passado dia 31 de Março realizou-se no nos-

so agrupamento, na escola sede, mais um Júri de Secundário com quatro adultos da “nossa terra”. Durante cerca de um ano estes adultos trabalharam na construção do seu Portefólio Reflexivo de Apren-dizagens de modo a obter o número de créditos necessários para obter a certificação do nível secun-dário. Foi um processo trabalhoso, exigente mas gra-tificante pois permitiu-lhes validar as competências adquiridas ao longo da sua vida e obter a certificação do ensino secundário. No decorrer deste processo todos nós ganhámos:

os adultos valorizaram aquilo que tinham feito ao longo da sua vida e obtiveram, como já foi referido, o ensino secundário e a equipa que acompanhou os adultos ficou muito mais rica, pois o contacto com adultos com experiências de vida muito diferentes enriquece qualquer ser humano. Durante este ano a equipa foi acompanhando os adultos, apoiando-os e animando-os para concluir o processo e, durante este

período de tempo, os adultos foram partilhando con-nosco momentos únicos e irrepetíveis da sua vida, momentos com os quais aprendemos, momentos que nos enriqueceram espiritual e culturalmente. Desde já queremos dar os nossos parabéns a estes

adultos. Equipa Pedagógica do CNO

O projecto Os domínios planos, realizado pelos alunos do 10.º Ano no âmbi-to das disciplinas de Matemática e Português, con-fronta as diferentes formas de expressão.

Partindo de um tema estudado em Português, o Surrealismo, os alunos interpretaram, através de um desenho geométrico, um texto literário. Em seguida, utilizaram a linguagem matemática para descrever os lugares geométricos do desenho.

Os domínios planos

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ESCOLAPRESS Maio 2009

Desporto Escolar O Desporto Escolar, na E.B. 2,3/S de Valen-

ça, tem por objectivo primordial envolver todos os alunos da escola, proporcionando-

lhes oportunidades de prática de actividades físicas e desportivas ao nível extracurricular, contribuindo ao mesmo tempo para o combate ao insucesso e aban-dono escolar e promovendo a inclusão, a aquisição de hábitos de vida saudável e a formação integral dos jovens em idade escolar, através da prática de activi-dades físicas e desportivas. Outros objectivos do Desporto Escolar são: - Dinamizar a actividade desportiva da Escola; - Complementar a actividade curricular com a acti-

vidade desportiva extracurricular, de acordo com as motivações dos alunos; - Permitir um maior aperfeiçoamento nas modali-

dades; - Incentivar o espírito desportivo e de cooperação,

contribuindo para o processo formativo dos alunos; - Promover a compreensão da necessidade de cum-

primento das regras de higiene e segurança nas activi-dades físicas; - Contribuir para a valorização do ponto de vista

cultural e a compreensão da sua contribuição para o estilo de vida activa e saudável.

Os alunos têm, assim, a oportunidade de participar de uma forma voluntária, regular e gratuita nos gru-pos/equipas desta escola, (nos respectivos treinos e competições inter-escolas), ou ao nível das activida-des fomentadas na Actividade Interna, no decorrer do ano lectivo. Os alunos inscrevem-se junto do professor respon-

sável pelos grupos/equipa, o qual lhes dá informa-ções mais precisas sobre a modalidade escolhida. O Projecto do Desporto Escolar faz parte integrante

do Plano de Actividades da Escola.

A s equipas A e B de Ténis de mesa da nossa escola disputaram, com a equipa B e a Secun-

dária de Ponte de Lima, a 1.ª jornada do Campeona-to Distrital de Juniores de Viana do Castelo. Numa jornada concentrada, que teve como palco o

polivalente da escola, os alunos de Valença impuse-ram-se de forma categórica, apesar de alguns jogos terem sido decididos apenas na «negra». Segundo o regulamento da prova, disputam-se

jogos de singulares e pares e uma equipa sai vencedora quando alcança 4 jogos. Tendo como responsável o

Prof. José Leal, as equipas foram constituídas do seguinte modo: Valença A (João Pinto da Costa, Pedro Gonçalves e Vítor Carneiro); Valença B (Miguel Gonçalves, Rafael Moreira e Carlos Vaz).

Equipa de Ténis de mesa abre distrital com vitória

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Torres Ecológicas E m 2050, cerca de 80% da população mundial

residirá em centros urbanos. Em virtude dis-to, os arquitectos mais prestigiados do mun-

do desencadearam uma competição no sentido de se construírem edifícios mais espectaculares, originais e «verdes», propondo desenhos que, para além de apro-veitarem melhor o espaço e os recursos naturais, incluam todo o tipo de elementos ecológicos. Desta forma, diversas cidades assistem à construção de eco-torres, ou planeiam novos arranha-céus, com mate-riais reciclados, energias renováveis e coberturas com vegetação. «Torre Hearst» é um dos exemplos: avançado siste-

ma de eficiência energética, uso, em mais de 90%, de materiais reciclados, aproveitamento da água da chu-va, etc. O arquitecto Helmut Janh está a projectar para Manhattan uma ecotorre, que se prevê esteja terminada em 2011, constituída por vivendas, um hotel e zonas de reuniões, que terá um telhado ajardi-nado e sistemas de optimização da energia e da água. Para a mesma zona existe um projecto futurista «Dystopion Farm» em que os seus residentes poderão produzir os seus próprios alimentos. Em cidades das principais potências emergentes,

por exemplo Singapura, estão em construção especta-culares arranha-céus onde o elemento ecológico é cada vez mais valorizado: conversão de águas resi-duais em biogás, superfícies cobertas com vegetação local, sistema natural de climatização e isolamento, entre outros. Na China, também já se encontram edifícios, como

por exemplo, a «Torre Pearl River», cuja inauguração está prevista para o final de 2009, onde se utilizarão turbinas eólicas para alimentar o sistema de ilumina-

ção, climatização geotérmica e placas fotovoltaicas. A «Torre Shangai», em forma de espiral, obra da fir-ma Gensler, pretende ser o edifício mais alto da Chi-na (632 m) quando estiver concluído em 2014 e terá paredes «vivas» (jardins verticais), sistema para apro-veitamento de água das chuvas e turbinas eólicas. Dubai, cidade dos Emirados Árabes Unidos, não

querendo ficar atrás desta nova tendência, converteu-se na Meca dos arquitectos de todo o mundo com projectos tão diversos como surpreendentes. A «Torre Dinâmica» será o primeiro edifício do planeta em que os andares rodarão de forma independente, utilizando energia eólica. Assim, os seus residentes terão paisagem diferente ao longo do dia! A velha Europa também possui ecotorres que mere-

cem ser referenciadas: - «Torre CIS» – Manchester (Reino Unido), com 7000 painéis solares na fachada e 24 turbinas eólicas no telhado; - «Sky Village» – Roskildevej (Dinamarca), com varandas verdes e sistemas de energia renovável; - «Urban Cactus» – Roterdão (Holanda), com varandas inclinadas para melhor aproveitamento do sol; - «Sacyr Vallehermo-so» – Madrid (Espanha), com geradores eólicos. Destes e de outros exemplos pode-se inferir que

começa a ser notório um empenho em transformar as cidades de modo a que se tornem mais habitáveis e os seus cidadãos mais felizes. Por outro lado também se verifica uma preocupação acrescida em desenvol-ver tecnologias que tendam a superar os problemas que surgirão quando a produção mundial de petróleo iniciar o seu declive irreversível e o impacto da altera-ção climática que se prevê.

Professora Sameiro Corrêa

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Memórias do 25 de Abril Revolução dos Cravos é o nome dado ao golpe de estado militar que derrubou, num só dia, sem grande

resistência das forças leais ao governo, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926. O levanta-

mento, também conhecido como 25 de Abril, foi conduzido em 1974 pelos oficiais intermédios da hierarquia

militar (o MFA), na sua maioria capitães que tinham participado na Guerra Colonial.

N este texto, irei descrever as memórias que a minha mãe, Cecília Martins, tem do 25 de Abril.

Nesta data, a minha mãe tinha 9 anos, morava numa aldeia de Trás-os-Montes e frequentava o 4.º ano de escolaridade. Era uma localidade bastante isolada do resto do país, por isso, o 25 de Abril pare-cia um dia normal, pelo menos durante a manhã. O meu avô era Cabo da Guarda-Fiscal, por isso, era dos poucos habitantes desta aldeia que sabia o que se estava a pas-sar naquele dia em Lisboa. Ele estava em casa, a escutar muito atentamente o rádio, à espera que alguma notícia lhe trouxesse novidades da capital. E foi o que aconteceu, após algumas horas de espera. O meu avô ficou muito feliz, pois a partir desse dia toda a gente poderia falar à vontade, sem medo da ditadura que, até ali, oprimia as pes-soas. Por exemplo, os livros tinham que passar pela censura e, se tivesse algo considerado «proibido», como O Crime do Padre Amaro, teria de o

ler às «escondidas». A minha mãe, nesse ano, deixou de ter exame da 4.ª classe na sede de concelho (Vimioso) e estes passaram a ser feitos na escola da aldeia. Foi considerada uma grande vitória e um grande alívio para todos os alunos. Ela recorda-se de canções que se cantavam no 25 de Abril, que eram hinos à liberdade, tais como: «Grândola Vila More-na» e «Uma Gaivota Voava». Quando finalmente toda a gente da aldeia descobriu o que se tinha passa-do com a Revolução, sentiram-se alegres e felizes, parecia que tudo tinha mudado. Como se a partir desse dia, estivessem a viver num mundo novo.

Pedro Fernandes, n.º 23, 10.º B

E ra emigrante em França desde 1961. Desde esse ano que se tornaram desconhecidos para si a maior parte dos acontecimentos que

ocorriam no seu país. Só através da televisão ou do rádio é que alguns chegavam até si. A «Revolução dos Cravos» fez parte dessas pequenas excepções.

No dia 25 de Abril de 1974 acordou cedo, arran-jou-se e apanhou um transporte público para o seu emprego. Trabalhava como empregada de limpe-za num pequeno laboratório. O dia estava a correr como o

habitual, quando, já prestes a abandonar o seu

posto de trabalho ao final do dia, ouviu «Monsieur Antoine» gritar que era o fim da ditadura em Portugal. «Monsieur Antoine» era o porteiro do laboratório que andava sempre com um pequeno rádio de bolso encostado ao ouvido. Expli-cou-lhe que tinha havido um golpe de estado em Portugal, por parte dos militares, e que estes tinham

conseguido derrubar o governo de Salazar. Foi então que a minha avó, surpreendida, lhe arrancou o rádio da mão e se pôs a escutar. O locutor falava muito rápido, mas ela conseguiu perceber que em Portugal já toda a população sabia do sucedido e todos se con-centravam nas ruas para apoiar os militares. Esteve mais uns minutos a conversar com o portei-

ro sobre a notícia do que tinham ficado a saber e depois regressou a casa. Tal como esperava, na tele-visão todos os canais abordavam o mesmo assunto: «Revolução dos Cravos». E foi deste tema que toda a gente falou nos 15 dias seguintes, apesar de estarem num país estrangeiro.

Daniela Pereira Alves, n.º 11, 10.º B

PORQUE COMEMORAMOS ESTA DATA?

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A pós ter conversado com Simão Fernandes

acerca do que estava a fazer no dia em que

se deu a revolução, posso relatar alguns

dos factos que aconteceram.

Simão Fernandes encontrava-se no seu local de trabalho quando recebeu a notícia da revolução, que estava a ocorrer em todo o país. De seguida, ele e os seus colegas de trabalho dirigi-

ram-se para um café onde puderam acompanhar a revolução através de uma pequena televisão. Após algumas horas, ligou para alguns amigos, que se encontravam longe, para saber se estava tudo a correr da melhor forma ou se alguma tragédia tinha aconte-cido. Mas estes informaram-no que estava tudo a correr da melhor forma. Simão estava eufórico, feliz, aliviado, pois dizia que

o país estava saturado da ditadura de António de Oliveira Salazar. Ao chegar a casa, Simão e os seus amigos abriram

garrafas de champanhe e vieram para a rua comemo-rar. Alguns dias após a revolução, Simão foi encarregue

de escolher as pessoas que iriam ocupar os cargos das juntas de freguesia, câmara e outras funções em Valença do Minho. Foi também convidado para alguns desses cargos,

mas recusou pois dizia não ter instrução para nenhum deles, pois apenas tinha a quarta classe. Simão disse também que, antes do 25 de Abril de

1974, ajudou várias pessoas a fugir para Espanha através do seu pequeno barco; não só antes como também depois, pois várias pessoas eram perseguidas pelos cargos que ocupavam e viam-se obrigadas a fugir para zelar pela sua segurança.

Jéssica Fernandes, n.º 14, 10.º C

���

A memória que vou redigir sobre o 25 de Abril de 1974 é o relato do senhor Daniel Meirim, que tem ainda bem presente esta

importante viragem na História de Portugal. Segundo ele, a informação do que se passava em

Lisboa no dia 25 de Abril de 1974 chegou, nessa mes-ma manhã, através da sua irmã. Esta, muito aflita, dirigiu-se ao seu quarto, transmitindo-lhe nervosa-mente esta importante notícia. À qual ele respondeu, com grande serenidade, que já esperava esse aconte-cimento. Foi seguindo todas as notícias através da

rádio. E ao longo de todo o dia permaneceu atento a todas as notícias que iam chegando, visto que tinha sofrido um acidente na Guerra Colonial e estava obrigado a permanecer em casa em repouso. Tendo em conta que antes desta revolução aconte-

cer a maior parte do povo vivia oprimido e na misé-ria, a revolução era inevitável. Não havia liberdade de expressão e o povo não passava de um conjunto de «ovelhas» que seguia o seu «pastor». Não se criti-cava e por vezes nem se falava. A opressão era um exagero. Quando falou do 25 de Abril, deixou bem claro que

esta revolução não foi como outras revoluções que nós bem conhecemos. Foi uma revolução de palavras e actos e não de tiros, violência e morte. Segundo as notícias que ia ouvindo na rádio, os soldados esta-vam presentes, em primeira linha, mas não dispara-ram. Não bateram, não prenderam, nem puniram. O êxito desta revolução, de acordo com a opinião

do senhor Daniel, deveu-se essencialmente à união e à força do povo que vinha premeditando este grande acontecimento já há algum tempo. Foi a partir deste dia que passou a haver mudanças

significativas na política do país. Assim sendo, chegá-mos ao regime que ainda vigora hoje em dia, a demo-cracia. Pode parecer ironia, mas tem todo o sentido de ser, visto que a palavra democracia é uma palavra composta que significa «poder do povo». O que permanece desde essa altura na sua memória

é a mudança de vida que esta revolução aportou ao povo. Trouxe-lhe mais liberdade de viver, mais liber-dade de expressão, mais direito à escolaridade e, principalmente, mais direito à igualdade. Mas, no final da nossa conversa, o senhor Daniel

acabou por confessar que hoje em dia nós, o povo, acabamos por banalizar e abusar do verdadeiro senti-do das palavras DEMOCRACIA e LIBERDADE. Para terminar, deixou bem claro que foi um dia

marcante na sua vida e que lhe aportou agradáveis modificações.

Catarina Alves Fernandes, n.º 9, 10.º B

���

«G olpe de Estado, golpe de Estado» – uma das muitas frases pronunciadas no dia 25 de Abril de 1974, mas para

mais saber, dirigi-me a algumas pessoas que viveram este momento e fiz algumas perguntas, às quais obti-ve respostas muito distintas:

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ESCOLAPRESS Maio 2009

Dona Júlia, 76 anos – «Estava na cama a dormir, só quando acordei e liguei o rádio é que soube o que tinha acontecido. Por um lado foi bom, mas nós ago-ra sentimos que deram muita liberdade às pessoas, o que fez aumentar os crimes.»

Senhor Luís, 77 anos (marido da Dona Júlia) – «Antigamente havia mais respeito e muita ordem, só de ouvir falar na PIDE, as pessoas já tremiam. Agora roubam, matam, violam e se alguém se defende ainda podem ir presos. Podíamos dormir de portas e janelas abertas que ninguém roubava nada nem se aproximavam da nossa casa sequer.»

Senhor Manuel, 73 anos – «Encontrava-me no café a trabalhar com a minha mulher, quando de repente o café começa a encher muito depressa e a pedirem-me para ligar o rádio, que tinha havido um golpe de Estado, mas ninguém sabia muito acerca disto. Para mim até foi bom. No café não podia vender de tudo, algumas bebidas eram proibidas, e isso levou-me a aumentar a variedade de produtos, e até a melhorá-los. Notei um aumento de lucro razoável.»

Senhora Laurinda, 42 anos – «Não me lembro onde estava nesse momento, provavelmente na escola. Mas lembro-me de uma coisa muito engraçada: as pessoas começaram a falar todas na rua. Como antes do 25 de Abril quase não se podia falar com ninguém na rua, notou-se grande diferença nesse ponto.»

Dona Fátima, 56 anos – «Tinha casado no dia ante-

rior, estava em França, os meus pais estavam lá emi-grados. Soubemos pela rádio de França. Lembro-me que planeámos voltar para Portugal, mas como não conseguíamos contactar, naquele momento, ninguém em Portugal desistimos da ideia. Voltei para Portugal com 42 anos e os meus pais diziam sempre que esta-va tudo muito diferente!»

Dona Francelina, 53 anos – «Estava a entregar uns documentos para fazer o exame de Estado (exame final do curso), de repente os funcionários dirigiram-se todos para um compartimento que havia dentro da secretaria. Não sabia que fazer. Quando voltaram, começaram a dirigir-se para a porta da saída e nunca mais quiseram saber dos meus documentos, fiquei toda contente porque depois esse processo ficou sus-penso e tive umas ‘mini férias’.»

Senhor Joaquim, 55 anos – «Foi um fracasso, agora parece que rebenta tudo. Estava a trabalhar no cam-po, a vida era muito dura. Agora, se for preciso, até nos roubam de tudo e mais alguma coisa. Lembro- -me que pendurava na sala o meu fio de ouro, agora não me atrevo.»

Senhor João, 49 anos – «Estava na escola, quando

chega um colega atrasado e nos conta o sucedido. Como não podíamos faltar, continuámos na escola. Dias depois já se sabia tudo. Havia muita liberdade e as pessoas falavam sem medo.»

Ana Patrícia Viães Fernandes, n.º 3, 10.º B

25 de Abril de 1974 – 00h20 – Grândola Vila Morena,

de Zeca Afonso, transmitida no programa «Limite» da Rádio Renascença, é a senha escolhida pelo Movi-mento das Forças Armadas (MFA) como sinal con-firmativo de que as operações militares se encontram em marcha e são irreversíveis.

13h30 – As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se.

14 horas – Inicia-se o cerco ao Quartel do Carmo, onde estão refugiados Marcelo Caetano, Presidente do Conselho e dois ministros do seu gabinete.

16h30 – Termina o pra-zo inicial para a rendi-ção, anunciado por megafone pelo capitão Salgueiro Maia, oficial que comanda o cerco, após algumas diligên-cias feitas por mediado-res civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no quartel de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel. Uma hora depois, o general Spínola, mandatado pelo MFA, entra no quartel do Carmo para negociar a rendição do governo. A bandeira branca é içada.

2 de Abril de 1976 – A Assembleia Constituinte

aprova a Constituição da República.

Cronologia de uma revolução

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ESCOLAPRESS Maio 2009

Uma amiga com várias facetas, mas sempre única E la é grande, pequena, média,

gorda, magra, calórica, não calórica, com diferentes cores des-de as mais quentes às mais frias, sabores amargos, picantes, doces, feita de várias maneiras, com dife-rentes formas, pode ser cozida, assada, frita, estufada e crua se falarmos de sushi. Como é claro, a comida, uma grande amiga minha, desde muito cedo. Ela é a minha fiel companheira

nunca me dá desgostos (a não ser quando não é feita como eu gos-to), está sempre lá quando preciso, nos bons e nos maus momentos, não dias frios e de calor, em festas, aniversários, comunhões, casa-mentos, baptizados, em casa, na escola... seja onde for, está sempre comigo, ou melhor, na minha boca. Fácil de transportar em tupperwa-

res, sacos (de compras ou herméti-cos), seja como for sabe sempre bem. Acho que a reputação da comida

é, muitas vezes, “vandalizada”, pois há quem não saiba respeitá- -la, existe também quem a deite fora (enquanto outros precisam) e o que mais me chateia é que, com estas modernices, só põem um pedacinho de comida e o resto é

tudo comida de grilos… salada, salada, salada. Existe em todo o mundo, nuns

sítios mais, noutros menos. É ami-ga de toda a gente, só que a sua amizade por vezes faz mal. Tem a sua própria moda, dependendo das estações do ano, e também tem os seus próprios estilistas por-tugueses, japoneses, chineses, americanos e as boutiques estão por todo o lado. Também têm vários tipos de

seguidores: os vegetarianos, os carnívoros…e até os seus próprios adere-ços, alguns concebi-dos especialmente para ela. Como alguém

de carne e osso, é controlada pelas autoridades, tipo ASAE… As pessoas menos esquisitas comem cada coisa! Coxas de rã, cobras, cães, rolas… Existem tam-bém carnes comestíveis de animais que não é normal vermos no menu do restaurantes, como bifes de canguru, crocodilo, cavalo, javali… Por vezes, é tratada como uma rainha sendo as pessoas obri-gadas a pagar preços exorbitantes (o que, por vezes, compensa!),

outras vezes é menosprezada como se fosse uma beata de cigar-ro no chão, sendo deitada fora sem nenhum tipo de remorsos ou sentimento de culpa. Às vezes, uns têm em demasia e

não se importam de a deitar fora como um “trapo velho”, outros andam atrás da mais pequena migalha de pão. Estando também ligada a certas religiões, por exem-plo, na católica, em certos dias não se pode comer carne, o pão

também é bastante importante; na Índia, há anos em que é proibido comer certos ani-mais. Fala-se nela em todo o sítio, até se encon-tra o seu nome nos dicio-nários. E é assim a minha eterna

amiga, estou certa de que esta amizade irá prevalecer até eu servir de alimento a outros…é

uma amiga que tenho em comum com o mundo e, ao mesmo tem-po, é só minha! Penso que toda a gente deveria ter esta amiga livre e naturalmente, deveria ser um direito, não um problema e, por vezes, tem de ser disputada como um troféu!

Ana Jácome, n.º 2, 10.º B

• Quando fizeres grelhados, deves preferir a grelha fechada à grelha aberta.

• A grelha fechada deve ser de aço inoxidável ou ferro (normaliza-da) e não de liga.

• Quando utilizares a grelha aber-ta, deverás fazê-lo com carvão com 70% a 80% de carbono fixo

Sabias que...? (indicado na embalagem) e não com lenha.

• Deves remover sempre as partes tostadas ou queimadas de um assado.

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O meu nome é Pete Tyerdo

P ensamentos de uma criança simples. Na minha cabeça tudo podia ser real, hones-

to, belo e inacreditável. Pensa-mentos que tive até aos meus 25 anos, pensamentos que me alimen-taram quando tive fome. Imagina-ção não me faltava. No que sonhava? Sonhava no mundo real, mas vivia no imaginário. Uma amizade para a vida

interna. Um amor conhe-cido numa loja de CD e indo parar à capa de uma revis-ta. Na minha imaginação eu ria- -me, brincava, mas na vida real tudo não passava de choros. Choros de uma criança infeliz com o mundo, mas contente por ter aquilo que mui-tos não tinham. Apaixonei-me pelo rock aos 12 anos e, desde aí,

não consigo desfazer-me dele. Se pensar bem, o rock é para mim uma droga forte, sem clínicas de recupe-ração. Suicidar-me não é o melhor remédio. O rock é uma fonte de alimentação onde procuro um amor honesto sem ter pressões nem recordações de amores passados por um pano velho. Paixões de filmes de amor, romances imaginados, desenhados e criados por um poeta apaixonado por um amor impossível, um poeta perdido no tempo novo e procurando os velhos dias onde o amor era a chave da felicidade. Drogas fáceis de encontrar como uma Coca-Cola num bar. Uma droga fácil de tomar e difícil de curar. Drogas penetradas no nosso corpo frágil, mas com uma mente grande. Drogas que nos sabem fazer esquecer. Drogas como o amor, que tanto sabe salvar como matar. Um CD velho com os riscos de usado e marcas de dedos raivosos. Nomes imaginados pelo tempo a passar, esquinas marcadas pelo tempo ima-ginário e histórias marcadas pelos anos desapareci-

dos. Histórias de amizades internas, onde o mais importante somos nós e o resto do mundo está fora do universo. Onde podemos rir sem chorar, onde podemos chorar sem rir. Olhares cruzados e vidas

encontradas – uma história de uma amizade desa-parecida e um amor recordado pelo tempo. Dra-mas de vida recolhidas no passado. Lágrimas enxaguadas pelo meu rock e amores dividi-dos pelo oceano e pelos outros. Rock sim-

ples, forte, óptimo, honesto, belo, incrível, lindo, romântico, pequeno,

grande, poético e, acima de tudo, inesperado. Uma paixão dividi-da por amores do passado e acolhida por um presente dis-

tante onde as lágrimas não têm lugar. Onde os nossos pensamentos vão desapa-

recendo e o mundo real é cada vez mais real. Onde temos lugar para viver e onde temos de encontrar o amor certo para sempre. E onde tu poderás dizer que a amas. P.S. - I LOVE YOU, ROCK ’N ROLL, CINEMA, LITERATURA, POETAS, ACTORES DO MUNDO, DROGAS QUE MATAM, IMAGI-NAÇÃO E PENSAMENTOS. O meu nome é Pete Tyerdo, sou músico, escritor,

pintor e poeta de palavras simples, mas honestas. Música, princesa, minha rainha, minha inspiradora, meu alimento, minha água e meu coração, sem ti neste mundo não vou ter asas para voar, sem ti não vou ter palavras para falar de um amor interno. Mas posso ter a certeza que o mundo não acaba neste mundo, mas sim no próximo universo. Vou escrever-te palavras pintadas por um amor

encontrado ontem, hoje e amanhã. Vou cantar mais rock para ti e para todos os amores

e apaixonados que o mundo tiver.

PETE TYERDO....................

Rita Pereira

FICÇÃO

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ESCOLAPRESS

C harles Darwin nasceu em Inglaterra a 12 de Feve-reiro de 1809. Era um

rapaz esperto e curioso, mas pou-co estudioso. Tinha um passatem-po: coleccionava tudo o que encontrava — selos, carimbos, mas sobretudo conchas e minerais. Na escola, o seu aproveitamento era médio. O jovem Darwin tinha dificuldade em obedecer a regras. Em vez de estar fechado no edifí-cio sombrio da escola, preferia vaguear ao longo do rio e observar o voo dos pássaros. Aos dezassete anos, o pai inscre-

veu-o na Faculdade de Medicina de Edimburgo. No 3.º ano, enquanto assistia a uma operação, não conseguiu suportar o sangue e os gritos do paciente. Na época, a anestesia ainda não tinha sido inventada, assim como as batas e os bisturis esterilizados. Por isso, abandonou Edimburgo e foi ins-crito à força na Universidade de Cambridge, onde a sua paixão pela natureza foi encorajada por dois docentes. Em 1831, um deles, John Ste-

vens Henslow, fez-lhe uma pro-posta irrecusável: embarcar no Beagle como naturalista ao serviço de uma expedição através da América do Sul e Ilhas do Pacífi-co. Quando Darwin partiu para a

sua viagem, era ainda convicção corrente que a Terra tinha poucos milhares de anos. As pessoas acre-

ditavam que tudo o que existia à super-fície do planeta, mares e monta-nhas, tinha sido criado tal como se apresentava. Nin-guém imaginava que, outrora, as Américas, a África e a Ásia estivessem unidas num único continente (Pangea), que albergava os ante-passados de todos os animais que vivem actualmente à face da terra. No século XIX, havia a convicção generalizada de que as espécies tinham nascido perfeitas e imutá-veis, criadas por Deus. O Beagle era um navio pequeno.

Darwin dividia a cabina com o comandante Fitzroy, que nutria por ele uma clara antipatia. Na América do Sul, encontrou monta-nhas de conchas fósseis, testemu-nhos de eras muito longínquas. Descobriu que, onde existiam flo-restas, em tempos remotos tinham existido savanas. Com os índios visitou locais infestados de jagua-res. Sob o comando de Fitzroy, subiu a contracorrente por um rio durante 370 quilómetros. A 7 de Setembro de 1835, encon-

trava-se nas Galápagos, um arqui-pélago a 800 quilómetros da costa peruana, onde permaneceu duran-

te quatro meses. Seguiram-se o Taiti, a Nova Zelândia, a Austrá-lia, as ilhas Maurícias, Madagás-car e, após quase cinco anos de viagem, regressou a Inglaterra. Em 1839, Charles Darwin publi-

cou o seu primeiro livro, que nar-rava a sua viagem à volta do mun-do, mas só em Julho de 1858 tor-nou pública a teoria da evolução por selecção natural. Preparou um excerto intitulado Sobre a origem

das espécies e os 1250 exemplares da primeira edição esgotaram-se num só dia. A sua vida ficou, então, indissoluvelmente ligada ao debate sobre a evolução. Tal como Copérnico tinha tirado a Terra do centro do universo, Darwin tirou o homem do centro da criação.

Fonte: Darwin e a verdadeira história

dos dinossauros, Luca Novelli

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Livros que revolucionaram a visão do mundo

Sobre a origem das espécies, de Charles Darwin

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Dez envelopes, duas vidas, um amor, uma morte...

E scrito por Cecelia Ahern, P.S. – I love you é sem dúvida um livro que vale a pena ler. Retrata de uma forma muito original a

maneira que um marido encontrou para ajudar a sua mulher e melhor amiga a superar a sua morte. Duran-te os seus últimos tempos de vida, Gerry tratou de tudo até ao último pormenor. Assim, foi escrevendo bilhetes para Holly, bilhetes esses que estavam desti-nados a ser lidos por ela em cada mês e que conti-nham conselhos e indicações precisas sobre o que ela devia fazer. Desta forma, Holly conseguiu arranjar forças para viver e tentar ultrapassar o inferno em que a sua vida se tinha tornado. Sentia que Gerry a conti-nuava a proteger, apesar de tudo. No mínimo, uma história apaixonante. O amor que

os unia é o maior argumento deste livro. Tudo é feito

por amor e com amor. Holly vive cada momento a pensar nele e a lutar por ele. A lutar para conseguir cumprir todas as suas vontades. E a sua última vontade foi que ela voltasse a apai-

xonar-se, que abrisse o seu coração e seguisse em frente. O final é a prova de que ela consegue ultrapas-sar a sua perda e tornar-se numa nova mulher. Tudo graças à imensa generosidade do amor da sua vida e às experiências por que passaram juntos. Original, romântico, arrojado, inovador, triste e ao

mesmo tempo divertido são adjectivos que podem, sem sombra de dúvidas, caracterizar esta história. Um livro para rir, um livro para chorar, um livro para pensar, um livro para amar...

Susana Filipa Vieira Soares, n.º 19, 10.º A

Ser adolescente é lindo!

P or mim, teria para sempre 15 anos. Dizem que é tipo uma doença chamada de síndrome Peter Pan. Claro que estou ciente que isso

não é possível … Tal como eu, a personagem Alice, de Phyllis Rey-

nolds Naylor, vive a adolescência muito intensamen-te! No início da colecção, em Crescer é difícil, ela é uma pré-adolescente que vive com o pai e com o irmão mais velho, Lester. A sua mãe faleceu quando ela tinha três anos e, desde então, partilha com estes dois homens, que a amam e protegem, uma casa, tarefas, alegrias, discussões, tudo e mais alguma coi-sa, mas sem nunca se esquecer da mulher que a trou-xe ao mundo. Personagens também muito presentes nas suas aventuras são as duas melhores amigas de Alice: Pamela, a loira atrevida, e Elizabeth, a santi-nha. Juntas vencem um amontoado de confusões, têm conversas sérias sobre sexo, beleza, relações sociais e conseguem que a Alice deixe de se preocu-par com encontrar uma mulher brilhante que faça

tudo certo e que lhe sirva de exemplo. Como não podia deixar de

ser, num livro dedicado sobretudo a jovens adoles-centes, as vivências amoro-sas são muito faladas. Alice, em quase todos os volumes, tem namorado e uma maneira muito própria de lidar com ele, uma maneira que é a normal entre adoles-centes, mas com um toque especial de verdadeiro sentimento. Ao longo dos mais de dez volumes, Alice cresce,

torna-se uma jovem bonita e vai aplicando a sua inte-ligência. São aventuras como as que ela vive na pisci-na com os amigos, ou as viagens que faz até à casa da Tia Sally, ou mesmo o que ela faz para que o pai escolha a mulher que ela acha indicada, que tornam a colecção divertida e, de certa forma, instrutiva.

LIVROS

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Digo isto porque a Alice é uma adolescente como todas as outras, mas os livros mostram os seus momentos e o valor que ela lhes dá. Mostram como as coisas más trazem sempre algo de bom, como nun-ca se deve desistir, como o principal é ter coragem e bom coração, como é bom ser especial para os outros, como é especial ser mulher, como existem sentimen-tos mágicos e como é lindo ser adolescente! Quando li pela primeira vez os livros da escritora,

que, porém, é mais conhecida pela sua trilogia para crianças Shiloh, era ainda pré-adolescente mas servi-

ram para eu sonhar e imaginar como iam ser os pró-

ximos anos. Hoje, se os voltasse a ler, tenho a certeza que me ia lembrar de momentos que já vivi e que foram muito especiais e importantes para mim! E acho que a minha história, as coisas que até então já vivi e senti, é que davam um bom livro! Mas como eu prefiro viver a escrever, e ainda sou muito nova para tal coisa, ficam os grandes livros da autora norte ame-ricana para as adolescentes lerem e perceberem que não devem desperdiçar um segundo mas sim aprovei-tar bem as ocasiões, torná-las autênticas, mas sempre com a cabeça no lugar e o coração a bater fortemente!

Eva Diana Costa Gomes, n.º 25, 10.º B

E Jesus pediu a reforma ante-cipada aos trinta e três anos...

N aquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado

sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, toman-do a palavra, ensinou-os dizendo: – Em verdade vos digo, bem-

aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles... Pedro interrompeu: – Temos que aprender isso de

cor? André disse: – Temos que copiá-lo para o

caderno? Tiago perguntou: – Vamos ter teste sobre isso? Filipe lamentou-se: – Não trouxe o papiro-diário. Bartolomeu quis saber: - Temos de tirar apontamentos? João levantou a mão: - Posso ir à casa de banho?

Judas exclamou: – Para que é que serve isto tudo? Tomé inquietou-se: – Há fórmulas? Vamos resolver

problemas? Tadeu reclamou: – Mas porque é que não nos dás

a sebenta e... pronto!? Mateus queixou-se: – Eu não entendi nada... nin-

guém entendeu nada! Um dos fariseus presentes, que

nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele, dizendo: – Onde está a tua planificação? Qual é a nomenclatura do teu

plano de aula nesta intervenção didáctica mediatizada? E a avalia-ção diagnóstica? E a avaliação institucional? Quais são as tuas expectativas de sucesso? Tens para a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contex-tos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão? Quais são as tuas

estratégias conducentes à recupe-ração dos conhecimentos prévios? Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem? Quais são os conteúdos concep-tuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógi-co, praxeológico e metodológico ? Caifás, o pior de todos, disse a

Jesus: - Quero ver as avaliações do pri-

meiro, segundo e terceiro períodos e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discí-pulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estra-guem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há qua-dros de nomeação definitiva. E Jesus pediu a reforma anteci-

pada aos trinta e três anos...

Fonte: Internet

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«Lendo Poesias, Explorando Emoções» é um projecto conjunto da Biblioteca da Escola EB1 de Valença, das educadoras do Jardim de Infância de Antas e dos docentes do 1.º Ciclo.

Todos os trabalhos dos meninos estão disponíveis online, em: www.eb23-valenca.rcts.pt/be037.htm

Cantinho da poesia

Carnaval em poesia

Carnaval é festa Também muitos balões, Também podemos cantar

Lindas canções.

Carnaval é alegria Há muitos palhaços,

Atiramos fitas E damos abraços...

No Carnaval há música É muito bonito,

Brincamos e dançamos E tocamos um apito.

Trabalho de grupo

Sala 3 do Jardim de Infância de Antas

Se eu fosse um palhaço

Se eu fosse um palhaço Todo janota e bonito, Morava num circo engraçado. Se eu fosse palhaço, Seria brincalhão No circo com domadores de leões, E eu palhaço, A rir-me até aos botões. Seria tão engraçado e divertido, Sempre com crianças a assistir, A baterem-me palmas, Por causa das minhas palhaçadas, Era só risos e gargalhadas, Até desmaiar de rir!

Cássia Gonçalves

Se eu fosse um palhaço

Se eu fosse um palhaço Gostaria de fazer rir todas as crianças, Lançar maços, Para muitos amigalhaços!

Teria um grande laço, Colado no sapato, Com um chapéu ao lado, Uma biqueira de aço!

Teria um braço muito laroca, Um fato todo janota, Uma cabeleira muito pipoca E eu toda vaidosa!

Marta Grilo

Se eu fosse uma andorinha

Se eu fosse uma andorinha Se eu fosse uma andorinha

Gostaria de voar, Às vezes, Também

Iria relaxar! Se eu fosse andorinha, Seria muito pretinha.

Meu ninho seria fofinho, Pequenino E quentinho. De lama

O meu ninho iria fazer, Para o s meus filhotes ter.

Na Primavera, Iria chegar

Para os meus filhotes criar, Valença seria o meu lar!

Meninos do 3.º F, EB1 das Antas

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Passatempos Encontra o caminho através do labirinto.

Labirinto Sudoku 9 8

4 5 7 2

8 5

1 8 7 3

4 9 6

3 1 5 9

5 9

8 2 4 6

7 6

Rir é o melhor remédio

O João está na sala de aula e pergunta à professora: – Professora, é verdade que não podemos ser culpa-dos por algo que não fizemos? – Sim, claro que é verdade, João. – Então não me culpe, porque não fiz os T.P.C.!

Andreia Costa, n.º 1, 7.º A

– O que aconteceu, Pedrinho? – O António deu-me um pontapé! – E não lhe deste troco? - pergunta o pai. – Não, já lhe tinha dado antes...

Bárbara Costa, n.º 3, 7.º C

O Pedrinho para o pai: – Papá, papá, tenho uma notícia boa e uma má! – Qual é a boa, Pedrinho? – Passei a todas as disciplinas! – E a má? – Que é mentira.

Ana Correia, n.º 2, 7.º D

Preenche o quadrado matemático

com os números em falta.

4

5

7 2

x

+

+

x

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Ficha Técnica Frases famosas « Deus não joga aos dados.» Albert Einstein nasceu em

1879, em Ulm, na Alema-nha e formou-se em engenharia no Instituto Politécnico de Zuri-que. Em Berna, onde permaneceu até 1909, consagrou o tempo livre às suas investigações. Em 1905, publicou três comunicações que transformaram as concepções clássicas do tempo, matéria e energia. Em 1921, recebeu o Pré-mio Nobel da Física. Com o advento do nazismo, estabeleceu-se nos EUA, trabalhando no Ins-tituto de Matemática da Universi-dade de Princeton, onde perma-neceu até ao final dos seus dias. Einstein interpretou o efeito

fotoeléctrico como o resultado do choque de partículas de luz com os electrões do material; deste modo tratou a luz não como uma onda, mas como um conjunto de partículas - fotões. Demonstrou que os objectos não podiam ser acelerados indefinidamente, pois esbarrariam contra um limite fun-

damental no nosso universo: a velocidade máxima absoluta de um objecto é a velocidade da luz no vácuo. Mostrou que o tempo é relativo, que relógios em diferen-tes locais do universo marcariam o tempo a diferentes velocidades. Einstein também trabalhou nos

fundamentos da mecânica quânti-ca, a física do muito pequeno, mas nunca conseguiu fazer as pazes com certos aspectos para-doxais da mecânica quântica, como o famoso princípio da incerteza de Heisenberg, de acor-do com o qual, quanto mais preci-so for o nosso conhecimento sobre a velocidade de uma partí-cula, menos saberemos sobre a sua localização. Levando o prin-cípio aos extremos, se conhecer-mos precisamente a velocidade, não podemos pôr de parte a possi-bilidade de a partícula estar em qualquer ponto do universo. Foi em relação a isto que Einstein afirmou: «Deus não joga aos

dados com o universo.»

Curiosidade Q uando a NASA começou a

enviar astronautas para o espaço, rapidamente verificou que as vulgares esferográficas não fun-cionavam em condições de gravi-dade zero. Para combater este problema, os cientistas da NASA realizaram estu-dos que rondaram os 12 milhões de dólares e durante 10 anos

desenvolveram uma caneta espe-cial capaz de escrever em gravida-de zero, de pernas para o ar,

debaixo de água, em praticamente todas as

superfícies, incluindo vidro, e a temperaturas que

vão desde os – 20ºC até aos 180ºC. Os russos utilizaram o lápis…

Prof.ª Sameiro Corrêa

35.ª Edição Maio 2009

EDIÇÃO Biblioteca Escolar

COLABORADORES Crianças da Sala 3 do J.I. de Antas

Alunos do 1.º Ciclo Ana Correia, n.º 2, 7.º D Andreia Costa, n.º 1, 7.º A Bárbara Costa, n.º 3, 7.º C

Silvério Nuno Cardoso, 7.º E Rita Pereira, 8.º Ano

Susana Filipa Soares, 10.º A Ana Jácome, 10.º B

Ana Patrícia Fernandes, 10.º B Catarina Alves Fernandes, 10.º B Daniela Pereira Alves, 10.º B

Eva Diana Costa Gomes, 10.º B Jéssica Fernandes, 10.º C Pedro Fernandes, 10.º B Prof.ª Alexandra Gaspar Prof.ª Clara Vitorino Prof.ª Eulália Penas Prof. João Correia Prof. José Leal

Prof.ª Rosária Carrilho Prof. Rui Valinho

Prof.ª Sameiro Corrêa Equipa Pedagógica do CNO

SERVIÇOS DE REPROGRAFIA Maria de Fátima Gonçalves

TIRAGEM 150 exemplares

ESCOLA EB 2,3/S DE VALENÇA Av. da Juventude 4930-599 Valença

Telefone: 251 809 760 Fax: 251 822 885

E-mail: [email protected] www.http://www.eb23-valenca.rcts.pt/je001.htm