dia dos mortos

5

description

Baralho de truco do dia dos mortos.

Transcript of dia dos mortos

Page 1: dia dos mortos
Page 2: dia dos mortos

Universidade de Brasília - UnBDepartamento de Desenho IndustrialDisciplina: Computação Gráfica AplicadaProfessor: Raphael SardenbergAlunas: Paula Claudino e Luciana Eller Cruz

Introdução: Este baralho é um projeto desenvolvido com o objetivo de explorar um tema, neste caso, o famoso feriado do Dia dos Mortos, no México. Esse tema foi escolhido devido à sua importância e grandiosidade na cultura mexicana e também pelo fato de ter uma enorme variedade de relações com os sub-temas: morte e México. Esse feriado é interessante, tem uma visão lúdica da morte, pois é comemorado com muita festa. Além da criação do baralho, será feita a divulgação desse produto através de um site, um vídeo, sua embalagem e este manual. Neste manual serão explicados todos os conceitos utilizados, seus elementos e as re-gras do jogo. O projeto foi feito com o auxílio de alguns programas, tais como: adobe illustrator, pho-toshop, indesign, after effects, entre outros.

O Dia dos Mortos No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os defuntos. Além do México, também é celebrada em outros países da América Central e em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a população mexicana é grande. É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mor-tos. As origens da celebração no México são anteriores à chegada dos espanhóis. Há rela-tos que os astecas, maias, purépechas, náuatles e totonacas praticavam este culto. Os rit-uais que celebram a vida dos ancestrais se realizavam nestas civilizações há pelo menos três mil anos. O festival que se tornou o Dia dos Mortos era comemorado no nono mês do calendário solar asteca, por volta do início de agosto, e era celebrado por um mês completo. As fes-tividades eram presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a “Dama da Morte” (atualmente relacionada à La Catrina, personagem de José Guadalupe Posada) e esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos. As festividades eram dedicadas às crianças e aos parentes falecidos. Os enterros pré-hispânicos eram acompanhados de oferendas que continham dois ti-pos de objetos: os que o morto havia utilizado em vida, e os que poderiam precisar em sua viagem ao submundo. Assim, a elaboração de objetos funerários era muito diversificada: in-strumentos musicais de barro, como ocarinas, flautas, tímpanos e chocalhos em forma de caveiras; esculturas que representavam os deuses mortuários, crânios de diversos materiais (pedra, jade, cristal), braseiros, incensários e urnas. Quando os espanhóis chegaram à América no século XVI, se aterrorizaram com esta prática, e no intento de converter os nativos, fizeram as festividades coincidirem com as fes-tividades católicas do Dia de Todos os Santos e o Dia dos Fiéis Defuntos. Os espanhóis combi-naram seus costumes com o festival centro-americano criando um sincretismo religioso que deu lugar ao atual Dia dos Mortos.

Page 3: dia dos mortos

Símbolos:

Caveiras de doce: Têm escri-tos os nomes dos defuntos (ou em alguns casos de pessoas vivas, em forma de brincadeira que não ofende em particular o aludido) na frente. São consumidas por parentes e amigos. La Catrina: A personagem tornou-se um dos principais sím-bolos das manifestações artísticas e da cultura mexicana em geral, após a descoberta da obra de Po-sada. Flores: Durante o período de 1 a 2 de novembro as famílias nor-malmente limpam e decoram as tumbas com coloridas coroas de rosas, girassóis, entre outras, mas principalmente de margaridas, as quais acredita-se atrair e guiar as almas dos mortos.

Regras do Jogo: No Truco, existem dois conceitos sobre o jogador que começa a rodada e quem é o último. A mão é o que joga primeiro, e o pé, é o último a jogar. A mão é sempre o jogador à direita do pé. A troca para dar as cartas é então passada para a esquerda, de modo que a mão do primeiro turno é o pé do segundo e assim por diante. Se estiver jogando em equipes, parceiros sentam-se de frente um para o outro. Eles também podem se referir, quando jogando em equipes de dois, qual jogador da parceria joga antes e qual depois. Isso não tem importância no jogo, como o jogo é sempre feito sentido anti-horário. Mas tem um significado estratégico uma vez que o pé de uma equipe é tradicionalmente considerado o “capitão” da parceria durante a rodada.

Embaralhamento e distribuição das cartas:

Um dos jogadores é escolhido para ser o primeiro a distribuir as cartas, três para cada jogador e uma vira. As cartas podem ser dadas uma por uma ou três a três com a primeira sendo do mão. É permitida a feitura do maço, assim como é permitido o desfiamento das cartas nas mãos, sem a criação de montinhos na mesa. Dá-se o monte para o adversário à esquerda cortar. Se o corte for seco ou não houver corte, o cortador poderá tirar cartas para o seu parceiro ou para si, respeitando-se as normas gerais explicadas adiante. O monte cortado volta então ao distribuidor. Mesmo que o cortador corte o maço a seco, bata o cotovelo ou embaralhe, o pé dará cartas por cima ou por baixo, a seu critério. Porém, após deslizar a primeira carta (por cima ou por baixo), não pode mais mudar de opin-ião.

Ranking das cartas:

Trunfos:

4 de paus (Zap) 7 de copas (Copas) Ás de espadas (Espadilhas) 7 de ouro (Pica-fumo)

*As cartas estão na ordem da mais forte pra mais fraca.

Os 10s, 9s e 8s nunca estão incluídos neste jogo. Se os 7s restante são removidos, todos 6s, 5s e os 4s restantes também serão. Será chamado jogo com baralho limpo.

Restante:

3s 2s Ás Reis Valetes Damas

7s6s5s4s

Page 4: dia dos mortos

Desenvolvimento do jogo:

O jogo é disputado em mãos. Cada mão vale inicialmente 1 ponto, e ganha o jogo a dupla ou trio que fizer 12 pontos. Para jogar uma mão, cada jogador recebe três cartas. No final da distribuição das cartas, vira-se uma carta do baralho para cima (a “vira”) e a carta seguinte em seus quatro diferentes naipes são as Manilhas. A mão é dividida em três rodadas (ou vazas). Em cada rodada, cada jogador coloca uma de suas cartas na mesa, e o jogador com a carta mais forte vence a rodada. Quem ganhar duas dessas rodadas ganha a mão e marca 1 ponto, e uma nova mão se inicia. A qualquer hora o jogador pode pedir Truco. É o grande momento do jogo. O Truco é pedido para elevar a aposta a três tentos. Ao ser trucada, a dupla adversária tem direito a três ações: 1. Mandar cair: a mão passa a valer três tentos. 2. Pedir 6: a mão passa a valer seis tentos. 3. Fugir: a dupla que trucou leva um tento. Ao optar pela segunda opção (pedir 6), a dupla trucada passa à dupla que trucou três novas ações: 1. Mandar cair: a mão passa a valer seis tentos. 2. Pedir 9: a mão passa a valer nove tentos. 3. Fugir: a dupla que pediu 6 leva três tentos. Ao seguir a segunda opção, a dupla que pediu 9 passa à dupla que pediu 6 três ações: 1. Mandar cair: a mão passa a valer nove tentos. 2. Pedir 12: a mão passa a valer 12 tentos. 3. Fugir: a dupla que pediu 9 leva seis tentos. Finalmente, pela segunda ação, a dupla que pediu 12 deixa à dupla que pediu 9 duas ações: 1. Mandar cair: a mão vale o Raio. 2. Fugir: a dupla que pediu 12 leva nove tentos.

A Mão de 11 é aquela na qual uma dupla ou trio atinge 11 pontos. Na Mão de 11 para uma só equipe, é permitido olhar as cartas do parceiro. Caso a dupla resolva jogar, a mão valerá três tentos. Caso resolva fugir, os adversários ganham um tento. Quem trucar em Mão de 11 perderá três tentos. O empate em Mão de 11 beneficiará os adversários com três ten-tos. Com cartas a provar vitória garantida em Mão de 11, o desenvolvimento da jogada se torna desnecessário, bastando tão somente que essas cartas sejam mostradas. Havendo empate, ninguém ganha tento, passando-se o monte adiante. Há ainda uma variação jogada neste caso, em que nenhum jogador pode ver suas cartas. Deve-se jogar as cartas na sorte (no Escuro).

Pontuação:

Os jogadores podem ganhar pontos de três maneiras diferentes: Truco: É possível ganhar pontos pelo vencedor no jogo das cartas (o “blefe” ou “truque”). Envido: Os pontos podem ser ganhos por ter a melhor combinação de duas cartas do mesmo naipe ou uma única carta. Flor: Os pontos podem ser ganhos por ter todas as três cartas do mesmo naipe.

A pontuação ganha por um jogador é adicionada à pontuação de sua equipe (quando jogado em equipes). Qualquer aposta, vitória, perda ou entrega por um jogador, também afeta seu parceiro(s). Por esta razão, as parcerias são geralmente formadas por acordo mú-tuo entre dois jogadores que se conhecem muito bem. Como no Bridge, não é raro que os parceiros compartilhem informações com sinais e gestos pré-estabelecidos. A comunicação é geralmente realizada por um conjunto padrão de gestos. Organizar um conjunto secreto de gestos é, portanto, desaprovado. Se o jogo estiver empatado (por exemplo, se dois adversários têm os mesmos pontos de envido), a mão ganha. Essa vantagem é compensada pelo fato de que, sendo o último a jogar, o pé joga com todas as cartas visíveis de seus oponentes. Além disso, o pé e o jogador sentado à sua esquerda são os que chamam envido em um jogo de quatro ou mais. Então, a mão é o primeiro a chamar os seus pontos de envido.

Vencedor:

O jogo termina quando uma equipe completa 30 pontos ou mais. Normalmente, as-sim que uma equipe vai até 30 pontos, o jogo acaba, para evitar a existência de uma situação empate. No entanto, por vezes, o vencedor é aquele com mais pontos, caso contrário, outra mão é jogada, até que o empate seja desfeito.

Page 5: dia dos mortos

Os Naipes: Os naipes foram criados em cima dos mesmos conceitos utilizados no baralho todo, porém foram mantidas suas formas originais para facilitar o seu reconhecimento de maneira rápida para facilitar na hora do jogo.

Copas: foi mantida a forma original do coração, porém foi adicionado um buraco e bala para remeter à idéia de morte.

Paus: a partir da forma original, foram feitas algumas pequenas modificações para se adaptar melhor ao formato escolhido: um cacto.

Ouros: este naipe também sofreu leves modificações no seu formato, para ficar semel-hante à uma pedra de esmeralda, que faz parte do utensilhos astecas.

Espadas: Esse naipe é um punhal asteca, utilizado nos sacrifícios da antiga forma de comemoração do ritual dos mortos. A parte do coração invertido é a lâmina do punhal e o corpo do escorpião é o cabo.

O Baralho O baralho foi desenvolvido baseado nas figuras e simbolos mais conhecidos do feriado mexicano. Além disso, para aumentar as diversidades das figuras, foram utilizadas ideias que remetiam ao subtemas principais, que são: -México: Nacho, cacto, chapéu, maraca, viola, bigode, pimenta, pinhata, tequila, taco. -Morte: Caveira, foice, urubu, caixão,. lápide, cruz, zumbi, fedor, fumaça, neblina, fan-tasma, cremado, verme, cemitério. A paleta de cores foi pensada seguindo os mesmos temas, foram utilizadas as cores da bandeira mexicana, verde, vermelho e branco; cores remetentes a morte, preto e roxo e cores mais alegres e contrastantes como o laranja e o rosa, para remeter ao clima alegre que é comemorado o feriado. A Família Real foi representada por uma família tradicional mexicana, onde os integran-tes voltam no Dia dos Mortos para visitarem seus parentes.

QQ

AAK

K