Diabetes Insipidus

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Diabetes insipidus Raul Alexandre Chagas Peixoto de Oliveira Disciplina de Anatofisiologia II do curso de Bacharel em Ciências Biológicas O diabetes é uma doença muito conhecida no mundo atual devido a sua incidência resultante de fatores genéticos ou externos. O tipo mais conhecido da doença é a diabetes mellitus que pode ser do tipo 1 ou insulina-dependente ou do tipo 2 que é insulina-resistente. Demais tipos de diabetes já são conhecidos e são classificados de acordo com sua patogênese, tendo em comum somente o próprio diabetes que é poliúria estabelecida (múltiplas excreções de urina). A diabetes insipidus (DI) está relacionada ao hormônio antidiurético (ADH), no que diz respeito a sua síntese, secreção ou ação. A deficiência desse hormônio, que é responsável pelos níveis de reabsorção de liquido pelos rins, resulta em poliúria hipotônica, onde a excreção de urina muito diluída é potencialmente aumentada fazendo com que muito líquido se perca. Essa doença não está relacionada à idade ou peso do indivíduo, podendo ser causada por uso excessivo de drogas, agentes químicos, lesões cerebrais, etc. Assim como o tipo mellitus a DI tem grande associação gênica. A resistência ao ADH nos rins induz o chamado diabetes insipidus nefrogênico, enquanto problemas relacionados à sua síntese ou secreção montam o quadro de diabetes insipidus neurogênico. O hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina é produzido pelo sistema conhecido como hipotálamo-hipofisário. Sua ação nos rins faz com que o controle da reabsorção de líquidos da urina seja corretamente realizado e assim a urina seja mais diluída quando há excesso de liquido no organismo ou mais concentrada quando há deficiência. Organismos de portadores de DI não realizam esse controle corretamente pelo não funcionamento do sistema dependente de ADH, por esse motivo, essas pessoas sempre excretam muito liquido na urina e com muita frequência, resultando em sede constante e insaciável. A maior ingestão de líquidos não ameniza os efeitos do mal. A consequência dessa doença é a desidratação celular e extracelular devido a perda constante de líquidos através da urina. Isso resulta também na perda de peso Os casos mais comuns de DI estão relacionados à destruição da parte posterior da hipófise, onde o ADH é armazenado. Essa pode ser destruída por diversos fatores que incluem a ocorrência de tumores, traumatismos cranianos, infecções e fatores hereditários. Neste último exemplo pode se observar o aparecimento da doença em crianças cujos pais apresentam também a doença.

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Trabalho de aspectos anato-fisiológicos.

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Diabetes insipidus

Raul Alexandre Chagas Peixoto de Oliveira Disciplina de Anatofisiologia II do curso de Bacharel em Ciências Biológicas

O diabetes é uma doença muito conhecida no mundo atual devido a sua incidência resultante

de fatores genéticos ou externos. O tipo mais conhecido da doença é a diabetes mellitus que pode

ser do tipo 1 ou insulina-dependente ou do tipo 2 que é insulina-resistente. Demais tipos de diabetes

já são conhecidos e são classificados de acordo com sua patogênese, tendo em comum somente o

próprio diabetes que é poliúria estabelecida (múltiplas excreções de urina).

A diabetes insipidus (DI) está relacionada ao hormônio antidiurético (ADH), no que diz

respeito a sua síntese, secreção ou ação. A deficiência desse hormônio, que é responsável pelos

níveis de reabsorção de liquido pelos rins, resulta em poliúria hipotônica, onde a excreção de urina

muito diluída é potencialmente aumentada fazendo com que muito líquido se perca.

Essa doença não está relacionada à idade ou peso do indivíduo, podendo ser causada por uso

excessivo de drogas, agentes químicos, lesões cerebrais, etc. Assim como o tipo mellitus a DI tem

grande associação gênica.

A resistência ao ADH nos rins induz o chamado diabetes insipidus nefrogênico, enquanto problemas

relacionados à sua síntese ou secreção montam o quadro de diabetes insipidus neurogênico.

O hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina é produzido pelo sistema conhecido como

hipotálamo-hipofisário. Sua ação nos rins faz com que o controle da reabsorção de líquidos da urina

seja corretamente realizado e assim a urina seja mais diluída quando há excesso de liquido no

organismo ou mais concentrada quando há deficiência. Organismos de portadores de DI não

realizam esse controle corretamente pelo não funcionamento do sistema dependente de ADH, por

esse motivo, essas pessoas sempre excretam muito liquido na urina e com muita frequência,

resultando em sede constante e insaciável. A maior ingestão de líquidos não ameniza os efeitos do

mal.

A consequência dessa doença é a desidratação celular e extracelular devido a perda constante de

líquidos através da urina. Isso resulta também na perda de peso

Os casos mais comuns de DI estão relacionados à destruição da parte posterior da hipófise, onde o

ADH é armazenado. Essa pode ser destruída por diversos fatores que incluem a ocorrência de

tumores, traumatismos cranianos, infecções e fatores hereditários. Neste último exemplo pode se

observar o aparecimento da doença em crianças cujos pais apresentam também a doença.

Outro caso de DI ocorre por anormalidades no centro regulador da sede que acaba por induzir o

indivíduo a ingerir muito líquido (polidipsia) e consequentemente lesar a hipófise assim como o DI

neurogênico (hipofisário). Esse tipo é chamado então de dipsógeno.

Apesar de não haver cura para o DI, diversos tratamentos podem auxiliar a manter o organismo do

paciente dentro de um estado aceitável. Uma vez que a doença, em grande parte dos casos é causada

pela deficiência de um hormônio (ADH), diversas drogas podem ser utilizadas para o controle total

de seus sintomas. Uma delas é uma forma modificada de ADH conhecida como dDAVP ou

desmopressina. Já a DI nefrogênica, ligada a resistência ao hormônio pelos rins, não pode ser

tratado pelo dDAVP. Hoje ainda não se conhece tratamento completo para esse tipo específico da

doença, mas alguns outros tratamentos utilizando diuréticos e anti-inflamatórios são opções para

reduzir os sintomas.

O DI do tipo dipsógeno não possui qualquer tratamento recomendado. Uma vez que a

administração de dDAVP controlaria os sintomas mas não diminuiria a sede insaciável, levando a

intoxicação hídrica e consequentemente hiponadremia.

Diagnósticos para DI podem ser realizados a partir de exames de sangue e urina, tomografia

computadorizada e ressonância magnética.

Referências

FIGUEIREDO, Danielly Mesquita; RABELO, Flávia Lúcia Abreu. Diabetes insipidus: principais

aspectos e análise comparativa com diabetes mellitus. Semina: Ciências Biológicas e da

Saúde, Londrina, v. 30, n. 2, p.155-162, dez. 2009. Disponível em:

<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/viewFile/4344/3648>. Acesso em: 20

nov. 2015.

BAYLIS, Peter H; CHEETHAM, Tim. Diabetes insipidus. 1998. Divulgado em Archives of

Disease in Childhood. Disponível em:

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1717616/pdf/v079p00084.pdf>. Acesso em: 20

nov. 2015.