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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais Grau de complexidade 1 Diagnóstico e Plano de Tratamento Interdisciplinar

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética,oclusão, problemas periodontais iniciais

Grau

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Diagnóstico e Plano de Tratamento Interdisciplinar

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Cristian HIGASHI

Sidney KINA

Oswaldo Scopin de ANDRADE

Ronaldo HIRATA

Autores:

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética,oclusão, problemas periodontais iniciais

INTRODUÇÃO

Tradicionalmente o processo de planejamento restaurador

em odontologia era baseado em critérios como medição e

avaliação de parâmetros biológicos como índice de cáries,

susceptibilidade a doenças periodontais, presença de lesões

endodônticas e foco basicamente voltado para necessidades

de saúde geral (Spear e Kokich 2007). Atualmente o critério

baseado em necessidade estética trouxe para o clínico no-

vas formas de abordagem, execução e plano de tratamento.

(Higashi et al 2006).

O perfil do profissional de odontologia que realiza a parte res-

tauradora mudou de forma muito intensa nos últimos anos se

tornando uma especialidade baseada em “microespecialida-

des” (Andrade 2008), isto é todo especialista ou mesmo clínico

geral deve ter uma visão e um conhecimento multidisciplinar.

O planejamento e execução de trabalhos restauradores es-

téticos vem sofrendo profundas modificações em relação a

odontologia tradicional, uma vez que os padrões de harmo-

nia e conjunto podem ser modificados com variados mate-

riais restauradores.

Usualmente a odontologia restabelecia o tecido dentário per-

dido por materiais que buscavam reproduzir o padrão existen-

te. Hoje os pacientes buscam a modificação de um padrão já

existente e muitas vezes com estrutura dental saudável, porém,

com uma estética inadequada.

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O objetivo deste capítulo é apresentar algumas estratégias

clínicas que visam facilitar o diagnóstico, planejamento e exe-

cução de tratamentos restauradores com abordagem multidis-

ciplinar enfocando basicamente restaurações diretas e proce-

dimentos periodontais estéticos de baixa complexidade, com

maior previsibilidade de resultados e máxima preservação da

estrutura dental sadia. A seqüência de plano de tratamento

abaixo pode ser utilizada para qualquer tipo de tratamento res-

taurador em área estética.

ABORDAGEM INICIAL

O primeiro contato com o paciente que procura um tratamen-

to odontológico estético tem por finalidade compreender suas

necessidades primordiais, isto é, entender qual é o principal

problema que o incomoda. Para isto, o profissional deve ouvir

atentamente o paciente, para definir o nível de expectativa e o

grau de exigência do mesmo com relação ao tratamento a ser

realizado (Fradeani, 2006), além disso, deve conversar com o

paciente sobre as possíveis alternativas clínicas e montar em

conjunto com o mesmo um planejamento individualizado.

Alguns procedimentos auxiliam a captação das informações es-

senciais para a elaboração do melhor planejamento, a começar

por um exame clínico detalhado, que deve ser complementado

com radiografias, modelos de estudo e fotografias.

FOTOGRAFIAS E MODELOS DE ESTUDO

Em uma análise estética dos dentes anteriores existem muitas

informações a serem observadas, que dificilmente podem ser

anotadas durante a primeira consulta clínica. A obtenção de fo-

tografias em diferentes ângulos pode auxiliar o profissional a

analisar com tranqüilidade detalhes estéticos na ausência do

paciente (Gürel, 2003) e por comparação com fotografias pes-

soais antigas pode-se avaliar a evolução da aparência estética

há anos com a situação clínica atual (Fradeani, 2006). Além do

auxílio na montagem do plano de tratamento inicial, as foto-

grafias podem ser úteis para diversas outras situações, como,

transmitir para o paciente informações sobre os problemas clíni-

cos encontrados, podendo as imagens ser ampliadas para uma

melhor visualização; diante de um momento crítico de decisão,

como previamente à cimentação de laminados cerâmicos, es-

tas fotografias podem auxiliar na decisão de escolhas quanto

à cor e formato das peças protéticas; observando as imagens

o paciente consegue opinar com maior clareza sobre quais al-

terações serão necessárias e pode ser um excelente meio de

comunicação com o laboratório de prótese (Magne e Belser,

2003), em que permite ao ceramista ter a visualização da face,

do sorriso e do contorno de lábios do paciente, favorecendo

a confecção de restaurações mais personalizadas. Além dis-

so, algumas fotografias específicas podem ser importantes nas

correções cerâmicas a serem feitas. Atualmente, com a evolu-

ção das câmeras digitais, esta etapa está bastante facilitada,

pois permite a visualização e veiculação quase imediata das

imagens registradas, no entanto é necessário objetividade e

padronização do número e ângulos das fotos a fim de realizar

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

Lábio em repouso e a boca entreaberta, para avaliar a exposição dos incisivos superiores.Figura 1A. ,IJBIOćEMćREPOUSOćEćBOCAćENTREABERTAć�FOTOćDEćPERȺL�ćPARAćAćVISUALIZAΣĴOćDOćPOSICIONA-mento dos dentes e do volume dos lábios.

Figura 1B.

somente o registro das imagens que realmente serão aproveita-

das, pois ao contrário, esta etapa pode se um passo desconfor-

tável e irritante para o paciente.

Oito fotografias podem ser padronizadas para a análise estética

inicial dos dentes anteriores (Fig. 1A-1H).

As imagens registradas, juntamente com os modelos de estudo

conferem uma condição mais favorável para uma análise estéti-

ca minuciosa a ser conduzida sem a presença do paciente.

A obtenção de modelos de estudo da arcada superior e inferior

permite uma visualização tridimensional dos dentes e tecido ad-

jacentes, impossível de se obter clinicamente. Através dos mo-

delos pode-se observar detalhes gengivais, posicionamento,

inclinações, formas dentais e relações dos dentes em conjunto

e com os seus antagonistas (Conceição, 2005).

A B

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3ORRISOćFRONTAL�ćDEćPRĸ MOLARćAćPRĸ MOLAR�ćUTILIZADAćPARAćOBSERVARćAćALTURAćEćLARGURAćDOćsorriso; inter-relação das bordas incisais dos dentes superiores com o lábio inferior.

Figura 1C. Dentes em oclusão de canino a canino com o auxílio de um afastador de lábios, para avaliar o posicionamento e simetria entre os dentes anteriores.

Figura 1D.

C D

E F

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

#OMćOćAUXļLIOćDEćUMćAFASTADORćDEćLIJBIOSćEćUMćFUNDOćESCURO�ćPERMITEMćAVALIARćASćFORMASćEćOSćCONTORNOSćDENTAISćEćVERIȺCARćASćPROPORΣŃESćENTREćOSćDENTESćANTERIORES�ćFigura 1E, F, G.

G

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

&OTOGRAȺAćEMć�CLOSE UP�ćDOSćINCISIVOSćSUPERIORESćPARAćREGISTROćDEćPEQUENOSćDETALHES�ćCOMOćAćTEXTURA�ćDEȺNIΣĴOćDOSćMAMELOS�ćCRISTASćMARGINAISćEćIJREASćDEćTRANSLUCIDEZ�ćPRE-sentes principalmente nos dentes de pacientes jovens.

Figura 1H.

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H

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PLANEJAMENTO RESTAURADOR

Na composição dos dentes anteriores, os incisivos centrais su-

periores são os elementos mais representativos, tanto em po-

sição quanto em tamanho e, portanto, sua devida dominância

deve ser assegurada (Lombardi, 1973). Com o paciente sorrin-

do e observado de frente, conforme a fotografia para diagnós-

tico citada anteriormente (Fig. 1C), as bordas incisivas devem

apresentar uma curva convexa e paralela ao contorno do lábio

inferior (Fradeani, 2006) (Fig. 2A-2E).

$ENTESćANTERIORESćCOMćASPECTOćDEćSORRISOć �ENVELHECIDO�ćDEVIDOćAOćME-NORćCOMPRIMENTOćDOSćINCISIVOSćCENTRAISćQUANDOćCOMPARADOSćAOSćLATERAISće caninos.

Preparos dentais para laminados cerâmicos.

Caso inicial com sorriso sem dominância dos incisivos centrais.Figura 2A.

Figura 2B. Figura 2C.

A

B C

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

2ESULTADOćȺNALćCOMćASćBORDASćINCISAISćFORMANDOćUMAćCURVAćCONVEXAćEćPARALELAćAOćCONTORNOćDOćLIJBIOćINFERIORć�#ERAMISTAć-ARCELOć6IEIRA�Figura 2D, E.

D

E

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Quando os lábios estão em repouso, conforme as figuras 1A

e 1B, os dentes não entram em contato e a borda incisal dos

incisivos centrais deve permanecer visível. Isso pode variar

de 1 a 5 mm, dependendo da idade e sexo do paciente (Ar-

nett e Bergman, 1993). As mulheres jovens expõem mais

incisivos com o lábio relaxado, sendo em média 3,8 mm; ho-

mens expõem cerca de 2,5 mm. Esta referência se altera com

a idade, sendo em mulheres de 30 a 39 anos a média de 4,1

mm de exposição e 1,8 mm entre 50 e 59 anos; em homens

a média se situa em 3,2 mm de 30 a 39 anos e 1,4 mm entre

50 e 61 anos (Misch, 2008).

Esta dominância dos centrais pode influenciar a sensualidade

do sorriso, principalmente para as mulheres, e com estes valo-

res médios de exposição incisal como referência, pode-se reali-

zar uma modificação parcial dos dentes anteriores, com apenas

um aumento no comprimento de ambos incisivos centrais ou

em algumas situações aumentando também os laterais, para

melhorar a composição apresentada (Fig. 3A-3D).

A

C

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Caso inicial com alteração de forma nos 2 incisivos centrais.

Resultado obtido após recontorno cos-mético com resinas compostas.

Figura 3A, B.

Figura 3C, D.

B

D

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As relações e proporções dentárias dos dentes anteriores

determinam o equilíbrio e a percepção estética de um sorriso.

Após o cálculo do comprimento ideal dos incisivos centrais com

o lábio em repouso, a largura dos mesmos pode ser calcula-

da de acordo com estudos sobre a proporção coronária altura/

largura, onde demonstram que a largura do incisivo central cor-

responde aproximadamente à 80% do seu comprimento, con-

siderando pequenas variações (Mavroskoufis e Ritchie, 1980;

Sterrett et al. 1999; Kina e Bruguera, 2007). Para os demais den-

tes anteriores ficarem em harmonia no sorriso, uma proporção

clinicamente interessante é:

1- Altura: O comprimento dos incisivos centrais é aproximada-

mente o mesmo dos caninos. Os incisivos laterais podem ser

15 a 25% mais curtos.

2- Largura: A largura dos centrais pode ser 10% maior que os

caninos e 20 a 25% maior que a largura dos laterais.

Monta-se assim um protocolo para a definição das proporções

dentais a serem utilizadas em um caso com necessidade de

grandes modificações em dentes anteriores superiores, porém

se clinicamente não for possível a aplicação destas medidas,

conceitos relacionados aos tamanhos virtuais dos dentes de-

verão ser aplicados, para modificar a área de reflexão de luz e

criar a ilusão de ter modificado o tamanho dental, sem de fato

tê-lo realizado.

As superfícies de contato na bateria anterior, em geral, estão

localizados em uma posição que vai de incisal para cervical,

partindo dos incisivos centrais para os caninos. Isto faz com

que a superfície de contato entre os dois incisivos centrais seja

ampla e maior do que entre o incisivo central e o lateral, que por

sua vez é maior do que a superfície formada entre o lateral e o

canino (Magne e Belser, 2003) (Fig. 4A e 4B).

Posicionamento ideal das superfícies de contatos entre os dentes anteriores.

Figura 4A, B.

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

As ameias incisais, também denominadas embrasuras incisais

são os espaços encontrados entre um dente e o adjacente na

borda incisal do segmento anterior e estão diretamente relacio-

nadas com a posição das superfícies de contato interdentais. O

ângulo interincisal, geralmente em formato de um “V” invertido,

aumenta progressivamente do incisivo central ao canino, devi-

do ao gradual posicionamento cervical dos contatos interden-

tais adequados (Fig. 5).

A ameias gengivais ou embrasuras gengivais são determina-

das pela porção cervical do ponto de contato, paredes proxi-

mais dos dentes adjacentes e pela crista óssea interdentária.

Sua posição e tamanho, assim como nas ameias incisais, de-

pendem da posição do ponto de contato, da morfologia e da in-

clinação do eixo dentário (Kina e Bruguera, 2007). Esse espaço

de forma piramidal idealmente deve ser preenchido pela papila

interdentária, porém a sua presença ou ausência está direta-

mente correlacionada com a distância entre o ponto de conta-

to e a crista óssea. Quando essa distância é menor ou igual a

5 mm, a papila está presente em 100% dos casos; quando o

espaço é de 6 mm ela está presente em 56% dos casos e em

distâncias iguais ou maiores do que 7 mm, em 27% dos casos

(Tarnow, Magner e Fletcher, 1992).

O longo eixo dos dentes anteriores apresenta, a partir da linha

média, uma inclinação do terço incisal para mesial e da região

cervical para distal. Essa inclinação inciso/apical para a distal

determina a posição do zênite gengival em relação ao eixo den-

tário e favorece o correto desenvolvimento da forma dental, que

contribui para a idealização da composição dental anterior (Fra-

deani, 2006; Kina e Bruguera, 2007) (Fig. 6).

!MEIASć INCISAISć EMć FORMATOć DEć �6�ć INVERTIDO�ć COMć AUMENTOć GRADUALć DOSć ijNGULOSćinterincisais do central para o canino.

,ONGOćEIXOćLEVEMENTEćINCLINADOćDOSćSEISćDENTESćANTERIORES�

Figura 5.

Figura 6.

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A naturalidade do sorriso é acentuada quando há o paralelismo

de três linhas imaginárias, sendo uma que une todos os pontos

de contato interdentais anteriores, a segunda que passa sobre

as bordas incisais dos dentes superiores e a terceira que con-

torna a curvatura do lábio inferior. Isso cria uma harmonia muito

agradável (Rufenacht, 1990).

A arquitetura da margem gengival pode influenciar significati-

vamente na aparência estética, principalmente em pacientes

com linha de sorriso alta ou média. Em indivíduos com linha

de sorriso baixa, a desarmonia na margem gengival geralmente

não apresenta um problema estético, porém quando as papi-

las interdentárias e a gengiva ficam à mostra durante o sorriso,

qualquer irregularidade no alinhamento, na simetria gengival e

no posicionamento correto do zênite pode constituir um defeito

estético notável.

Um posicionamento correto da margem gengival influenciará na

disposição do formato dental. Uma média de exposição favorá-

vel da margem gengival para os incisivos centrais é de 2 mm,

com base nesta média, os ápices gengivais dos caninos devem

estar aproximadamente na mesma altura dos centrais, e os la-

terais cerca de 1,5 mm mais abaixo. Dessa forma, um contor-

no gengival agradável esteticamente ocorre quando a margem

gengival do incisivo central superior é simétrica à do canino e

com posicionamento mais apical ou no máximo no mesmo nível

que o lateral (Fig. 7A e 7B).

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O zênite gengival é o ponto mais apical do contorno gengival

e normalmente fica localizado mais distalmente ao longo eixo

dos dentes superiores (Fig. 8). Se o zênite não estiver posicio-

nado corretamente ou se houver uma discreta desarmonia das

margens gengivais, uma correção cirúrgica poderá ser realiza-

da para restaurar a harmonia dessa região antes de seguir o

tratamento restaurador definitivo (Magne e Belser, 2003).

#ONTORNOćGENGIVALćAGRADIJVEL�ćCOMćAćALTURAćDOćCENTRALćAPROXIMADAMENTEćNAćMESMAćALTURAćQUEćOćCANINOćEćCOMćLATERALćPOSICIONADOćMAISćPARAćINCISAL�

Figura 7A, B.

:ĹNITESćGENGIVAISćPOSICIONADOSćDISTALMENTEćAOćLONGOćEIXOćDENTAL�Figura 8.

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ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO E ENSAIOS

INTRA-ORAIS OU MOCK-UP

Quando múltiplas alterações estiverem indicadas, um encera-

mento diagnóstico deve ser realizado sobre os modelos de es-

tudo para facilitar a visualização da forma, posição e proporção

das futuras restaurações, que devem ser realizadas de acordo

com o melhor arranjo estético e funcional possível. Este encera-

mento é muito interessante para os pacientes com dificuldade

de imaginar todas as possíveis modificações que podem ser

realizadas em seu sorriso, após o tratamento restaurador. Além

de facilitar a comunicação entre profissional e paciente, o ence-

ramento diagnóstico pode ser muito útil durante os procedimen-

tos diretos e indiretos.

Tendo em vista que a previsão do resultado final do tratamen-

to é essencial quando um planejamento de reabilitação estética

substancial é realizado (Magne, 1999), um ensaio restaurador in-

tra-oral após o planejamento em modelos de estudo permite ao

profissional trabalhar com maior previsibilidade de resultados e

consequentemente com menor margem de erros em casos mais

difíceis, quando múltiplas alterações deverão ser realizadas.

É importante salientar que estes ensaios intra-orais ou “res-

taurações de diagnósticos” devem ser realizados sem o con-

dicionamento dos tecidos dentais, para depois de cumprida

a sua finalidade poderem ser facilmente removidos. Depen-

dendo da situação clínica encontrada e dos conhecimentos e

habilidades do profissional, esta simulação pode ser realizada

diretamente sobre os dentes, inserindo resinas compostas em

áreas específicas para obtenção do melhor resultado estético

e funcional possível.

Uma outra forma de se realizar este ensaio é a utilização de

uma resina composta para restaurações provisórias, generica-

mente denominada bis-acryl, que se polimeriza quimicamente

ao ser auto-misturada em pistolas com pontas semelhantes às

utilizadas nos sistemas de silicone de adição. Algumas mar-

cas comerciais com o STRUCTUR 2 SC (VOCO), ULTRA-TRIM

(BOSWORTH) E LUXATEMP (DMG) podem ser encontradas no

mercado odontológico, disponíveis em diversas cores. Primei-

ramente faz-se uma moldagem do enceramento diagnóstico

com silicone por condensação de uso laboratorial, posterior-

mente, a matriz obtida desta moldagem é preenchida com uma

resina bis-acryl, levada aos dentes não preparados, e mantida

em posição até a completa polimerização. Ao final do tempo de

polimerização, remove-se a matriz e pode-se avaliar o ensaio

diagnóstico em posição. Neste caso, se algum desgaste dental

for necessário, será realizado somente após a aprovação da

forma, tamanho e comprimento dental por parte do profissional

e do paciente. É muito válido principalmente para os casos em

que apenas um aumento do volume dental é necessário, muito

freqüente em pacientes adultos ou idosos com incisivos des-

gastados ou envelhecidos.

Após a conclusão do ensaio restaurador é necessário que

o paciente e o profissional avaliem o resultado obtido e ha-

vendo a necessidade, ajustes e modificações intra-orais

poderão ser realizados de acordo com as características e

anseios de cada paciente.

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

USO DO ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO E

MATRIZ PALATINA PARA CONFECÇÃO

DE RESTAURAÇÕES DIRETAS

Um bom tipo de matriz para dentes anteriores fraturados, res-

taurações classe IV extensas, redução e/ou fechamento de

diastemas e recontornos cosméticos pode ser obtido a par-

tir de um ensaio restaurador diagnóstico, por meio de uma

moldagem com a parte densa de um silicone por adição ou

condensação. Essa matriz é na verdade um “guia de silico-

ne”, que pode ser feita diretamente na boca ou a partir de um

modelo de gesso. (Baratieri et al., 2002). Para ambos os ca-

sos devem-se primeiramente realizar um ensaio diagnóstico,

como citado anteriormente. Após a reconstrução dos dentes

a serem restaurados, na boca ou no modelo de gesso (ence-

ramento diagnóstico), uma moldagem, sem moldeira, com a

parte densa de um silicone por adição ou condensação de-

verá ser feita (Fig. 9A e 9B). Pode-se também utilizar silicones

polimerizados por condensação, de uso laboratorial, como o

ZETALABOR (ZHERMACK), SILON IP (DENTSPLY) ou PERFIL

LAB (VIGODENT), sendo estes muito rígidos e excelentes para

este fim. Após a presa do material de moldagem, o molde de-

verá ser retirado e, com auxílio de uma lâmina de bisturi n. 12

ou 15 (FEATHER), recortado no sentido mesio-distal, removen-

do apenas a porção vestibular, de modo que o rebordo incisal

permaneça na matriz de silicone (Behle, 2000) (Fig. 9C-9E).

Após o recorte do molde, este deve ser levado em posição

para verificar e testar o assentamento correto (Fig. 9F).

Uma das grandes vantagens de se trabalhar com este tipo

de matriz é a segurança do correto posicionamento dos

bordos incisais e proximais, onde a partir da região palatina

outras camadas de resinas são inseridas pela técnica incre-

mental policromática.

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-OLDAGEMćDOćENCERAMENTOćDIAGNŁSTICOćCOMćSILICONEćDEćCONDENSAΣĴOć:ETALABORć�:HERMACK�ć/BSERVEćOćCOMPLETOćENVOLVIMENTOćDAćFACEćPALATINAćEćINCISALćDOćMODELO�Figura 9A, B.

2ECORTEćDAćPORΣĴOćVESTIBULARćDOćMOLDE�ćNOćSENTIDOćMĸSIO DISTAL�ćPRESERVANDOćSOMENTEćAćREGIĴOćPALATINAćEćINCISAL�Figura 9C, D, E.

A

C D E

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6ERIȺCAΣĴOćINTRA ORALćDOćCORRETOćASSENTAMENTOćDAćMATRIZćPALATINA�Figura 9F.

F

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USO DO ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO EM

PREPAROS DENTAIS PARA LAMINADOS CERÂMICOS

Para o desgaste da superfície do esmalte é essencial restabe-

lecer o volume original do dente. Para isto, o uso de um ence-

ramento diagnóstico e uma correspondente matriz de silicone é

imperativo a esta consideração (Magne, 1999).

Para os procedimentos indiretos, a forma e a espessura do pre-

paro dental são variáveis possíveis para o sucesso das restaura-

ções cerâmicas e diferentes geometrias de preparos podem ser

encontradas na literatura. Dentre as várias técnicas de preparo

descritas, independente do autor e tipo de tratamento proposto,

um dos objetivos principais é a máxima preservação das estru-

turas dentais sadias, desta forma, pode-se utilizar uma matriz

para nortear a espessura de desgaste. Esta matriz é obtida pela

moldagem do enceramento diagnóstico e deve ser recortada

no sentido horizontal, de forma a utilizar somente a face vesti-

bular da mesma. Posiciona-se a matriz nos dentes antes de ini-

ciar o procedimento de preparo para verificar sua estabilidade

e correto assentamento, porém quando o posicionamento dos

dentes não permitir que isto ocorra, alguns desgastes prévios

serão necessários. Durante o preparo dental esta mesma matriz

deve ser novamente posicionada para avaliar os locais espe-

cíficos a serem desgastados, permitindo assim preparos mais

conservadores. O espaço necessário na região incisal pode ser

controlado com uma matriz palatal e após a finalização de todo

preparo é necessário o posicionamento da matriz para verificar

se há uma espessura adequada para a confecção da restaura-

ção. Portanto, a quantidade de desgaste da estrutura dental é

calculada tendo em vista o resultado final da restauração cerâ-

mica e não em relação ao que está presente no paciente, como

era realizado na técnica convencional da silhueta. Resulta-se

assim em preparos minimamente invasivos e com máxima pre-

servação da estrutura dental sadia.

USO DO ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO PARA

CONFECÇÃO DE PROVISÓRIOS DIRETOS

Uma restauração provisória adequada é necessária para pro-

teção dental contra as injúrias térmicas e infiltrações bacteria-

nas. Para os casos de laminados cerâmicos, o objetivo dos

provisórios, além dos já citados acima, é prover a função e

estética planejada no início do tratamento, possibilitando uma

comunicação direta com o paciente e o laboratório a fim de

melhorar pequenos detalhes que podem influenciar no resul-

tado final da restauração.

Os provisórios diretos podem ser confeccionados da mesma

forma que os ensaios restauradores de diagnóstico, isto é,

utilizando as resinas denominadas bis-acryl, com a mesma

matriz obtida do enceramento diagnóstico. Ela é levada aos

preparos e mantida em posição até a completa polimerização

da resina. Ao final do tempo de polimerização, remove-se a

matriz e se realiza os acabamentos e polimentos necessá-

rios nas restaurações provisórias, que estão unidas entre si

e serão cimentadas provisoriamente com cimentos translú-

cidos como o TEMP BOND CLEAR (SDS KERR) OU PRO-

VITEMP (BIODINÂMICA), proporcionando assim uma maior

previsibilidade dos resultados finais relacionados à forma

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

dos laminados cerâmicos a serem confeccionados. Um gla-

zeamento (polimento através da aplicação de uma resina

líquida) final destes provisórios pode ser feito com uma re-

sina fotopolimerizável própria para este procedimento, como

o BISCOVER LV (BISCO) utilizado para aumentar o brilho, a

estabilidade de cor e o polimento destas restaurações.

Após a cimentação dos provisórios, é normal o paciente

queixar-se do excessivo de volume dental. Para isto, ele deve

ser informado que o objetivo da avaliação estética dos provi-

sórios requer uma análise clínica de vários dias e consequen-

temente deve-se “provar” as restaurações provisórias por 1

a 2 semanas, para em uma outra consulta discutir alterações

possíveis a serem feitas.

Se alterações forem posteriormente realizadas, uma melhor for-

ma de transferir estas alterações para o laboratório é por meio

de uma moldagem final dos provisórios com alginato ou silicone

por condensação. Este é o melhor meio de transferir a correta

posição incisal, forma e posicionamento dos dentes para o la-

boratório e deve ser enviado juntamente com as fotografias intra

e extra-orais do paciente.

INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA DENTES ANTERIORES

A reprodução das características dos dentes naturais sempre foi

um dos grandes objetivos das técnicas e materiais restauradores.

Após a preconização do condicionamento do esmalte dental

com ácido fosfórico por Buonocore, em 1955, e o advento

das resinas compostas com Bowen, em 1963, soluções

restauradoras extremamente conservadoras e reversíveis

tornaram-se possíveis.

A busca constante da estética natural, juntamente com a evolu-

ção continuada de técnicas adesivas avançadas e formulações

poliméricas e cerâmicas garantiu ao clínico e ao paciente a

oportunidade para alcançar resultados funcionais e estéticos a

longo prazo (Dumfahrt e Schäffer, 2000; Baratieri e Ritter, 2001;

Fradeani et al. 2005; da Rosa Rodolpho et al. 2006; Peumans et

al. 2007; Zitzmann et al. 2007).

Várias são as alternativas de abordagem clínica dos proble-

mas relacionados com a forma, posição e alinhamento, sime-

tria e proporção, textura superficial e cor dos dentes anterio-

res (Heymann, 1987).

As indicações atuais dos procedimentos adesivos são relati-

vas, não existe mais a possibilidade que ocorria com as téc-

nicas e materiais mais antigos de indicações e contra-indica-

ções autoritárias e seguras. Hoje quem define a indicação é

o próprio profissional, em vista de cada situação clínica (que

é extremamente particular) e com base em conhecimentos

científicos (Hirata, 1999).

Dentro desta abordagem, o limite entre as indicações para fa-

cetas diretas e indiretas será tênue, variando de acordo com o

caso clínico em questão.

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TRATAMENTO RESTAURADOR DIRETO

O recontorno cosmético com resinas compostas é a mais sim-

ples técnica de restauração direta, não requer qualquer espécie

de preparo, exige simplesmente o condicionamento ácido total

do dente. A resistência e retenção são providas pela adesão ao

esmalte. Representa a alternativa de escolha em casos em que

não existem alterações de cor profundas, ou dentes cujo posi-

cionamento não exige correção por meio de desgastes. Essa

técnica representa a base do recontorno cosmético por aposi-

ção de resinas compostas, cujo objetivo principal é o reposicio-

namento do dente no arco, podendo também ser empregada

esta técnica para o fechamento de diastemas e restaurações

de dentes conóides. Desde que respeitadas as suas limitações,

principalmente com relação à seleção do caso e a sensibilidade

da técnica, os recontornos cosméticos são restaurações que

podem proporcionar ou devolver a harmonia do sorriso de for-

ma excepcional.

As resinas compostas oferecem resultados de tratamentos

adequados para pacientes jovens. Em adultos são apropriadas

quando o volume, a extensão ou o número de restaurações é

limitado (Magne e Belser, 2003).

Aqueles casos em que já existe um comprometimento razoá-

vel da cor, com escurecimento médio ou elevado, resistente ao

clareamento, a alternativa restauradora invariavelmente exigirá

um preparo do remanescente dental, visando uma espessura e

campo de trabalho para a execução de uma faceta. Outros casos

que exigirão preparo são dentes com extrema vestibularização,

onde para o correto alinhamento no arco, exige-se um desgaste

da superfície vestibular.

Em situações isoladas, com a presença de problemas locali-

zados, referentes a apenas um dente conóide ou fraturado ou

escurecido, com muita estrutura dental remanescente, talvez a

técnica direta seja mais recomendada pela versatilidade e pos-

sibilidade de reprodução mais fiel dos dentes vizinhos.

As restaurações diretas possuem a grande vantagem de ser

unicamente dependente do profissional, um procedimento cen-

tralizado; o resultado será, portanto, diretamente proporcional

à técnica e ao conhecimento daquele que estiver executando,

sendo também uma faca de dois gumes.

Outra vantagem do processo direto é o custo do procedimento,

que é relativamente menos oneroso do que aqueles que envol-

vem parte laboratorial. O número de sessões para execução

(sessão única) também mostra ser uma vantagem importante,

apesar de esta ser relativamente longa.

A resistência e a estabilidade de cor das resinas compostas,

apesar de inferiores em relação às cerâmicas, são satisfatórias

e dependerão do caso em que as restaurações foram indica-

das e como foram executadas e ajustadas. O tempo estimado

de vida infelizmente não pode ser calculado devido ao caráter

multifatorial envolvido.

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

TRATAMENTO RESTAURADOR INDIRETO.

Quando vários dentes anteriores apresentam perda significativa

da estrutura coronal, as restaurações cerâmicas são indicadas

(Magne e Belser, 2003).

Casos clínicos em que problemas generalizados são observa-

dos, bem como grande número de restaurações extensas, com

manchamentos, alterações de forma observados em vários

dentes, estes são sérios candidatos ao facetamento indireto.

Descolorações por tetraciclina, resistentes ao clareamento, po-

dem também ser efetivamente tratadas com laminados cerâmi-

cos, podendo apresentar elevada satisfação com relação à cor

após 2,5 anos de acompanhamento clínico (Chen, 2005).

Na necessidade de reposição de guia anterior, provavelmente

as facetas indiretas sejam mais indicadas, pela maior resistên-

cia mecânica oferecida. Lembra-se que um correto ajuste dos

movimentos excursivos influencia diretamente a longevidade e

preservação da área incisal.

Pacientes com expectativas altas, com sentidos apurados para

estética, que apresentam facetas de resinas compostas insa-

tisfatórias realizadas anteriormente, solicitando resultados com

outros materiais mais estáveis, com menos manchamentos e

melhor estética são casos para facetamento indireto.

A grande vantagem da natureza da técnica indireta é a fabrica-

ção das peças de forma extra-oral, otimizando os resultados

estéticos e os procedimentos de acabamento e polimento.

Os laminados cerâmicos apresentam diversas vantagens, pois

reúnem algumas das qualidades dos compósitos, como a ca-

pacidade de ser colado ao substrato dental; e das cerâmicas,

como a estabilidade de cor, alta resistência e durabilidade, ex-

pansão térmica e rigidez semelhante ao esmalte dental.

Estudos “in vivo” demonstram um elevado potencial para o es-

tabelecimento de uma excelente adaptação marginal, manuten-

ção da integridade periodontal e alto grau de satisfação pelos

pacientes (Peumans et al., 2000).

PROCEDIMENTO CLÍNICO PARA UMA SITUAÇÃO DE

COMPROMETIMENTO ESTÉTICO GENGIVAL

Desarmonias estéticas dento-gengivais no segmento anterior po-

dem ser facilmente reconhecidas em pacientes com sorriso alto e

largo (Fig. 10A-10C). Alterações no alinhamento, simetria e posição

do zênite gengival (Fig. 10D) podem ser facilmente corrigidas atra-

vés de intervenções cirúrgicas periodontais, que visam aumentar a

exposição de tecido dental presente sob a gengiva; alinhar as altu-

ras gengivais dos incisivos centrais e caninos, deixando-as um pou-

co acima do contorno dos incisivos laterais; posicionar os zênites

gengivais distalmente ao longo eixo dos dentes, mantendo sempre

o espaço biológico adequado entre a junção amelo-cementária e o

osso alveolar (Fig. 10E-10G). O resultado positivo pode ser obser-

vado logo após (Fig. 10H-10J) e 1 semana após a cirurgia (Fig.

10K), porém neste momento o tecido ainda não está completa-

mente cicatrizado e pronto para a intervenção restauradora.

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0ACIENTEćDEćSORRISOćALTO�ćCOMćDESARMONIASćESTĸTICASćDENTO GENGIVAISćFACILMENTEćIDENTIȺCADAS�Figura 10A, B, C, D.

A

C

B

D

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

#IRURGIAćPERIODONTALćPARAćOBTENΣĴOćDEćUMAćARQUITETURAćGENGIVALćHARMłNICA�ćQUEćservirá de referência para o procedimento restaurador.

Figura 10E, F, G.

E F

G

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H I

J

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

2ESULTADOćOBTIDOćLOGOćAPŁSćAćCIRURGIA�Figura 10H, I, J.

2ESULTADOć�ćSEMANAćAPŁSćAćCIRURGIA�Figura 10K.

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K

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Após a otimização na arquitetura gengival, um correto planejamento deve ser realizado para corrigir algumas desarmonias estéticas

presentes no segmento anterior, como a presença de diastemas, longo eixo dos dentes 12, 21 e 22 alterado, diminuição do espaço

entre ameias incisais, reposicionamento vestibulo/lingual dos dentes no arco dental, dentre outros (Fig. 11A-11C). Como descrito

anteriormente, para auxiliar na visualização das possíveis alterações a serem realizadas, um enceramento diagnóstico pode ser

realizado sobre o modelo de estudo do paciente e provado intra-oralmente por meio de uma matriz palatina de silicone.

&OTOGRAȺASć INICIAISć PARAćOćPLANEJAMENTOć RESTAURADORć DOSć�ć INCISIVOSćsuperiores.

Figura 11A, B, C. A

B C

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

A seleção das cores de resina a serem utilizadas deve sempre ser o primeiro passo do procedimento restaurador, afim de evitar a

desidratação do dente a ser restaurado. Esta deve ser realizada preferencialmente com as escalas do próprio sistema de resinas

compostas utilizadas, que deve ter cores de dentina, esmalte cromático, esmalte acromático, além das resinas de efeito azulado

e esbranquiçado (Fig. 12A-12E).

Ać3ELEΣĴOćDAćCORćDEćRESINAćDEćEFEITOćTRANSPARENTE�ćBć3ELEΣĴOćDAćCORćDEćRESINAćOPACAćPARAćDENTINAćEćHALOć INCISAL�ćCć3ELEΣĴOćDASćCORESćPARAćEFEITOćAZULADO�ćDć3ELEΣĴOćDASćCORESćDEćESMALTEćcromático, Eć3ELEΣĴOćDASćCORESćDEćESMALTEćACROMIJTICO�

Figura 12A, B, C, D, E.

A B C D E

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No recontorno cosmético nenhum desgaste dental é necessá-

rio, dessa forma, após o isolamento absoluto modificado (Fig.

13) os procedimentos restauradores são realizados por apo-

sição de resinas específicas em locais adequados, iniciando

a restauração sempre pelos incisivos centrais e dentre eles,

o que tiver menos alterações a serem feitas. Após a prote-

ção dos dentes adjacentes com uma tira de poliéster, o con-

dicionamento ácido deve ser realizado em toda a superfície

vestibular e palatina (Fig. 14), para posterior aplicação do sis-

tema adesivo (Fig. 15) e fotopolimerização (Fig. 16). O primei-

ro incremento de resina pode ser realizado com uma resina

de efeito transparente como a 4 SEASONS CLEAR (IVOCLAR

VIVADENT). Essa camada de resina é acomodada na matriz

palatina (Fig. 17A) e deve ser muito fina, afim de manter os

espaços necessários para a estratificação subseqüente com

as resinas opacas e translúcidas. Após o posicionamento da

matriz no dente, fotopolimerização e remoção da matriz pala-

tina (Fig. 17B), um anteparo de resina pode ser observado na

figura 17C. Na borda incisal de pacientes adultos, uma resina

de dentina, da mesma saturação do dente, pode ser utilizada

para a confecção do halo opaco incisal (Fig. 18). No espaço

entre a borda do dente e o halo confeccionado, uma resina de

efeito azulado, como a BLUE EFFECT (IVOCLAR VIVADENT)

pode ser inserida para a confecção do efeito de opalescência

incisal (Fig. 19A e 19B). A próxima camada da restauração é

realizada com resinas de esmalte cromático de diferentes sa-

turações, que formarão uma suave transição de cores do terço

cervical para a incisal do dente. As resinas devem ser acomo-

dadas no terço cervical e levadas com o auxílio de espátulas

e pincéis até o terço incisal para compor toda anatomia ves-

tibular (Fig. 20A e 20B). No terço incisal esta camada deve

ser acomodada com maior pressão para deixar espaço para

uma resina de esmalte acromático, como a 4 SEASONS HIGH

VALUE (IVOCLAR VIVADENT), que pode ser adaptada também

nas regiões interproximais, para visualização de contatos in-

terdentais mais profundos e naturais (Fig. 21A e 21B).

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

!PLICAΣĴOćDOćSISTEMAćADESIVOć3INGLEćBONDć�ć��-ć%30%�

#ONDICIONAMENTOćIJCIDOćPORć��ćSEG�ćNAćSUPERFļCIEćVESTIBULARćEćPALATINA�ć

&OTOPOLIMERIZAΣĴOćPORć��ćSEG�

)SOLAMENTOćABSOLUTOćMODIȺCADOćDEćPRĸ MOLARćAćPRĸ MOLARćPARAćRESTAURAΣĴOćDOSćINCISIVOSćSUPERIORES�ćCOMćASćMARGENSćGENGIVAISćLIVRESćPARAćOćPROCEDIMENTOćRESTAURADOR�

Figura 13.

Figura 15.

Figura 14.

Figura 16.

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Ać0RIMEIROćINCREMENTOćDEćRESINAć��ć3EASONSć#LEARćADAPTADOćNAćMATRIZćPALATINA�ćBć2EMOΣĴOćDAćMATRIZćAPŁSćAćFOTOPOLIMERIZAΣĴOćDAćRESINA�ćCć#ONTORNOćEXTERNOćDOćDENTEćCONFECCIONADOćPORćUMAćȺNAćCAMADAćDAćRESINAćTRANSPARENTE�

Figura 17A, B, C. Halo opaco incisal confeccionado com uma resina de dentina, da mesma saturação do DENTEć��ć3EASONSć!�ćDENTINć·ć)VOCLARć6IVADENT�

Figura 18.

A

C

B

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

Ać!COMODAΣĴOćDAćRESINAćDEćEFEITOćAZULADOćCOMćAUXļLIOćDAćESPIJTULAć#OMPOć2OLLERć�3$3ć+ERR�ćBć/PALESCĹNCIAćINCISALćOBTIDAćCOMćAćRESINAć�ć3EASONSć"LUEć%ȹECTć�)VOCLARć6IVADENT�

Confecção de toda anatomia vestibular com resinas de esmalte cromático, mais saturada na cervical e com menor saturação no terço médio e incisal.

Figura 19A, B.

Figura 20A, B.

A

A

B

B

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inar 5SOćDEćRESINAćDEćESMALTEćACROMIJTICOć��ć3EASONSć(IGHć6ALUEćNAćREGIĴOćPROXIMALćPARAćPERMITIRćUMAćMAIORćPASSAGEMćDEćLUZćEćOBTERćCONTATOSćINTERPROXIMAISćMAISćNATURAIS�Figura 21A, B.

A B

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

Após a fotopolimerização da última camada da restauração (Fig. 22A), um gel de glicerina é aplicado sobre a superfície restaura-

da (Fig. 22B) e uma sobrepolimerização de aproximadamente 80 segundos deve ser realizada (Fig. 22C). Na seqüência, um leve

acabamento com disco de lixa SOF-LEX POP ON VERMELHO (3M ESPE) deve ser realizado previamente ao início da confecção da

restauração do dente adjacente (Fig. 23).

Ać&OTOPOLIMERIZAΣĴOćDAćRESINAćPORć��ćSEG�ćBć!PLICAΣĴOćDEćUMćGELćDEćGLICERINAćPARAćINIBIRćOćCONTATOćDAćRESINAćCOMćOćOXIGĹNIO, Cć3OBREPOLIMERIZAΣĴOćDAćRESINAćPORć��ćSEG�

Figura 22A, B, C.

A B

C

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!CABAMENTOćINICIALćDAćRESTAURAΣĴOćCOMćUMćDISCOćABRASIVOćPARAćQUEćNĴOćHAJAćADESĴOćCOMćOćDENTEćHOMŁLOGOćAćSERćRESTAURADO�

Figura 23.

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

Previamente ao início da restauração do dente homólogo, uma leve abrasão pode ser necessária nos dentes que estiverem além

da matriz palatina obtida do enceramento diagnóstico. A técnica de estratificação realizada deve ser a mesma da utilizada anterior-

mente, iniciando com a resina 4 SEASONS CLEAR na matriz palatina. Posteriormente a esta camada, uma resina de dentina como

a 4 SEASONS A1 DENTIN deve ser inserida na região onde há espaço suficiente para a confecção dos mamelos dentinários (Fig.

24A e 24B). As camadas seguintes, bem como os recontornos dos dentes 12 e 22 (Fig. 25A-25D) são realizados conforme descrito

anteriormente até o resultado final das restaurações.

Ać)NSERΣĴOćDAćRESINAćDEćDENTINAćNASćREGIŃESćDEćMAIORćESPAΣO�ćCORRESPONDENTEćAOćcorpo da restauração, Bć2ESULTADOćȺNALćDAćRESTAURAΣĴOćDOćDENTEćHOMŁLOGO�

Figura 24A, B.

A B

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3ITUAΣŃESćCLļNICASćANTESćEćDEPOISćDOSćRECONTORNOSćCOSMĸTICOSćNOSćDENTESć��ćEć���Figura 25A, B, C, D.

A

C

B

D

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

O primeiro passo do acabamento das restaurações diretas de resinas compostas em dentes anteriores é a remoção dos exces-

sos vestibulares e interproximais com auxílio de uma lâmina de bisturi n.12 (Feather), no sentido da resina para o dente (Fig. 26),

visto que o movimento no sentido contrário pode causar “lascas” na restauração.

2EMOΣĴOćDOSćEXCESSOSćDEćRESINAćDAćREGIĴOćCERVICAL�ćCOMćUMAćLijMINAćDEćBISTURIćN�ć��ćNOćsentido da restauração para o dente.

Figura 26.

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Na seqüência, deve-se delimitar as áreas de espelho dos den-

tes anteriores restaurados (Fig. 27A). Estas são as áreas de re-

flexão de luz, que influenciam na largura aparente dos dentes

e devem ser simétricas entre os dentes homólogos. Se esta si-

metria não estiver presente (Fig. 27A e 27C), um acabamento

com o auxílio do disco abrasivo Sof-Lex Pop On vermelho (3M

ESPE) pode ser realizado (Fig. 27D). Estas linhas de brilho que

formam a área de espelho não influenciam o contorno coronal

do dente, entretanto, o comprimento e principalmente a largura

aparente pode ser modificado pelo posicionamento e pela dire-

ção dessas linhas (Magne e Belser, 2003). A diminuição da área

plana entre as linhas de brilho promove uma maior dissipação e

menor reflexão de luz, gerando uma ilusão óptica de um dente

mais estreito. Ao contrário disso, ao aumentar esta área, ocorre-

rá uma maior reflexão de luz e, consequentemente, um aspecto

de dente mais largo será observado. Nesta etapa, um ajuste

na inclinação do longo eixo dental e nos comprimentos incisais

dos dentes restaurados podem também ser realizados com o

mesmo disco abrasivo.

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A

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

A) Delimitação das áreas de espelho dos dentes restaurados, B e Cď6ERIȶCAbƄOďDAďSIMETRIAďCOMďUMďCOMPASSOďDEďPONTAďSECA�ďDď!CABAMENTOďCOMďDISCOďABRASIVOďDEďGRANULAbƄOďGROSSAďPARAďALCANbARďAďSIMETRIAďDESEJADAďNOSďDENTESďHOMƑLOGOS�

Figura 27A, B, C, D.

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B

D

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Para acabamento e polimento das superfícies proximais, ti-

ras de lixa de diferentes granulometrias podem ser aplicadas

(Fig. 28), porém se forem muito largas e utilizadas de forma

incorreta poderá ocorrer a perda do contato interproximal ob-

tido durante a restauração.

O acabamento da superfície palatina e ajuste oclusal podem

ser realizados com borrachas para acabamento de cerâmica

a base de poliuretano e diamante (SUN Oberflächentechnik,

Alemanha) (Fig. 29A-29F) ou brocas multilaminadas ovaladas

(H379 / Komet, Alemanha). Previamente à realização de qual-

quer trabalho restaurador, as posições e os movimentos mandi-

bulares devem ser consultados para que a restauração não in-

terfira no padrão de oclusão e desoclusão do paciente (Baratieri

et al., 2002). Quando o aumento do comprimento incisal dos

dentes anteriores for necessário, como em casos de recontor-

no cosmético, é fundamental buscar a harmonia dos contatos

oclusais em movimentos de protrusão e lateralidade (Fig. 29G),

evitando que uma sobrecarga promova o deslocamento ou fra-

tura de alguma das restaurações realizadas.

!CABAMENTOćEćPOLIMENTOćDAćREGIĴOćINTERPROXIMALćCOMćUMAćTIRAćDEćLIXAćESTREITAćCOMćCUIDADOćPARAćNĴOćREMOVERćOćCONTATOćINTERDENTALćOBTIDO�Figura 28.

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

Aď!PƑSďREGISTROďOCLUSALďEMď-)(ďOBSER-VA SEďUMďCONTATOďƖNICOďEďEXCESSIVOďEMď

apenas um dente, Bď2EMObƄOďDOďEX-CESSOďDEďRESINAďCOMďUMAďBORRACHAďPARAď

ACABAMENTOďDEďCERƃMICAS�ďC) Contatos OCLUSAISďSUAVESďEďBEMďDISTRIBUƌDOSďNOSď

dentes anteriores, Dď!PƑSďGUIAďPROTU-SIVAďPODE SEďOBSERVARďUMďCONTATOďEX-CESSIVOďEMďAPENASďUMďDENTE�ďEď!JUSTEďno dente restaurado, Fď!JUSTEďNOďDENTEďantagonista, Gď#ONTATOSďOCLUSAISďHAR-MƒNICOSďNOSďMOVIMENTOSďDEďPROTUSƄOď

EďLATERALIDADE�

Figura 29A, B, C, D, E, F, G.

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A

C

E

G

B

D

F

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A textura é essencialmente composta por lóbulos e sulcos

de desenvolvimento (textura vertical) e por sulcos horizontais

e periquimáceas (textura horizontal) na superfície vestibular

dos elementos dentais (Magne, Belser, 2003) e podem ser

reproduzidas com pontas diamantadas de granulação fina

3198F ou 2135F (KG Sorensen) ou brocas multilaminadas

de 12 lâminas (H48L / Komet) montadas em contra-ângulo

multiplicador T2 Revo (Sirona, Alemanha) (Fig. 30). A inten-

sidade dessa característica varia com relação a idade, sexo

e personalidade do paciente, dessa maneira não se trata de

uma regra absoluta a ser reproduzida, porém deve-se lem-

brar que texturização da superfície aumenta a reflexão de luz

e promove uma aparência de dente mais claro, muito comum

em dentes jovens (Baratieri et al., 2002).

O acabamento das resinas com discos abrasivos de granulação

grossa e a texturização excessiva de superfície podem deixar irre-

gularidades na restauração, que podem ser suavizados com bor-

rachas siliconizadas de granulação grossa, como a Jiffy Polishers

verde (Ultradent) (Fig. 31) ou Astropol cinza (Ivoclar Vivadent).

4EXTURIZAbƄOď DEď SUPERFƌCIEď COMď

BROCAď MULTILAMINADAď MONTADAď

EMď CONTRA ƃNGULOď MULTIPLICADORď

�4�ď2EVO�3IRONA�

Figura 30. !CABAMENTOďDEďSUPERFƌCIEď REALIZA-DOďCOMďOďAUXƌLIOďDEďBORRACHAďSILICO-NIZADAďDEďGRANULAbƄOďGROSSAď �*IȵYď

BRUSHďVERDE�

Figura 31.

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

O polimento das restaurações pode ser realizado com as borra-

chas siliconizadas de granulação média como a Jiffy Polishers

amarela (Ultradent) (Fig. 32) ou Astropol verde (Ivoclar Vivadent)

ou FlexiCups azul (Cosmedent) e de granulação fina como a

Jiffy Polishers branca (Ultradent) (Fig. 33) ou Astropol rosa (Ivo-

clar Vivadent) ou FlexiCups rosa (Cosmedent). Na seqüência,

para a obtenção de um elevado brilho são utilizadas um disco

de feltro (Flexibuff / Cosmedent) com uma pasta de óxido de

alumínio (Enamelize / Cosmedent) (Fig. 34).

0OLIMENTOďDEď SUPERFƌCIEď REALIZADOď

COMď Oď AUXƌLIOď DEď BORRACHAď SILICO-NIZADAďDEďMƈDIAďGRANULAbƄOď�*IȵYď

BRUSHďAMARELA�

Figura 32. 0OLIMENTOď DEď SUPERFƌCIEď REALIZADOď

COMďOďAUXƌLIOďDEďBORRACHAďSILICONI-ZADAďDEďGRANULAbƄOďȶNAď�*IȵYďBRUSHď

BRANCA�

Figura 33. 0OLIMENTOďȶNALďCOMďDISCOďDEďFELTROď

�&LEXIBUȵďEďPASTAďDEďƑXIDOďDEďALU-MƌNIOď�ENAMELISE�

Figura 34.

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O resultado final, após os procedimentos de acabamento e polimento, pode ser observado nas figuras 35A-35E.

#ASOćȺNALIZADO�Figura 35A, B, C, D, E.

A

C

B

D

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E

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As figuras 36A-36E ilustram um tratamento restaurador indireto associado ao tratamento cirúrgico periodontal.

Ać #ASOć INICIALć COMć ALTERAΣŃESć DENTO DENGIVAIS�ćBć #IRURGIAć PERIODONTALćPARAćTORNARćOćCONTORNOćGENGIVALćADEQUADO�ćCć0ROVISŁRIOSćDOSćSEISćDENTESćanteriores, D, Eć2ESULTADOćȺNALćOBTIDO�ć#ERAMISTAć-URILOć#ALGARO�

Figura 35A, B, C, D, E.

A

C

B

D

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E

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ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES

O diagnóstico e planejamento inicial são fundamentais na busca

pelos melhores resultados estéticos e funcionais dos procedi-

mentos restauradores. A utilização de algumas técnicas aliadas

a planejamentos multidisciplinares permitem a execução de tra-

balhos com maior previsibilidade de resultados e com máxima

preservação da estrutura dental ao longo dos anos.

AGRADECIMENTOS

Agradecimento especial ao Dr. Ariovaldo Stefani pela realização

da cirurgia periodontal dos casos clínicos descritos anteriormente.

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Envolvendo fundamentalmente dentística e estética, oclusão, problemas periodontais iniciais

Cristian Higashi ć-ESTREćEMć$ENTļSTICAć2ESTAURADORAć5%0' 02�ć ć ć0ROFESSORćDOSćCURSOSćDEćPŁS GRADUAΣĴOćNļVELćESPECIALIZAΣĴOć#%4!/ 30ćEć!"/�0' 02�ćć ć ć0ROFESSORćDOćCURSOćDEćAPERFEIΣOAMENTOćEMćODONTOLOGIAćESTĸTICAćAVANΣADAć·ć),!0%/ 02�ć ć ć0ROFESSORćCONVIDADOćDOćCURSOćDEć0ŁSć'RADUAΣĴOć,ATUć3ENSUćEMć/DONTOLOGIAć%STĸTICAć�ć3%.!# 30�

Sidney Kina ć%DITORćDAć2EVISTAć$ENTALć0RESSćDEć%STĸTICA�ćć ć ć#OORDENADORćDOćCURSOćDEć-ESTRADOć0ROȺSSIONALIZANTEć ć3ĴOć,EOPOLDOć-ANDIC #AMPINAS 30�ćć ć ć0ROFESSORćDOćCURSOćDEć/DONTOLOGIAć%STĸTICAć!VANΣADAć�ć),!0%/ć·ć02�ćć ć ć0ROFESSORćDOćCURSOćDEć0ŁSć'RADUAΣĴOć,ATUć3ENSUćEMć/DONTOLOGIAć%STĸTICAć�ć3%.!# 30�

Oswaldo Scopin de Andrade ć-ESTREćEć$OUTORćEMć#LļNICAć/DONTOLŁGICAćPELAć&ACULDADEćDEć/DONTOLOGIAćDAć5NICAMP�ćć ć ć#OORDENADORćDOSć#URSOSćDEć0ŁS GRADUAΣĴOćEMć%STĸTICAćEć%SPECIALIZAΣĴOćEMć)MPLANTODONTIAćDOć#ENTROć5NIVERSITIJRIOć 3ENAC 30�ć ć ć0ROFESSORćDOćCURSOćDEć/DONTOLOGIAć%STĸTICAć!VANΣADAć�ć),!0%/ć·ć02�

Ronaldo Hirata ć-ESTREćEMć-ATERIAISć$ENTIJRIOSć�ć05# 23�ćć ć ć$OUTORćEMć$ENTļSTICAć2ESTAURADORAć�ć5%2* 2*�ćć ć ć#OORDENADORćDOćCURSOćDEćESPECIALIZAΣĴOćDEć$ENTļSTICAć2ESTAURADORAć�ć#%4!/ 30�ć ć ć#OORDENADORćDOćCURSOćDEć/DONTOLOGIAć%STĸTICAć!VANΣADAć�ć),!0%/ć·ć02�ć ć ć0ROFESSORćDOćCURSOćDEć0ŁSć'RADUAΣĴOć,ATUć3ENSUćEMć/DONTOLOGIAć%STĸTICAć�ć3%.!# 30�

Sobre os autores

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R E F E R Ê N C I A S