Diana - 13 de Abril, 24 de Maio, 17 de Agosto

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Diana Sou quem eu sou E sei quem sou Posso cuidar de mim mesma Em qualquer circunstância E posso deixar os outros cuidarem de mim Posso optar Não existe autoridade Mais elevada do que a minha Meu poder de discernimento é finamente aguçado Tenho autonomia Estou livre da influência Da opinião dos outros Sou capaz de separar O que precisa de separação Assim uma decisão lúcida Pode ser alcançada Penso em mim mesma Ajusto a mira E aponto o arco Minhas setas atingem sempre o alvo. Todos nós conhecemos a imagem de Ártemis (Diana, para romanos), que foi esculpida e pintada como uma deusa lunar esquia, virginal, acompanhada de cães ou leões e trazendo um arco dourado nas mãos. Ela era a deusa mais popular da Grécia. Ela habita as florestas, bosques e Campinas verdejantes, onde dança e canta com ninfas que a acompanham. Em seu culto, estão presentes danças orgiásticas e o ramo sagrado. Ela era uma deusa de múltiplas facetas associadas ao domínio da Lua, virgem, caçadora e parteira e de fato representa o feminino em todos os seus aspectos. Quando Ártemis era pequena, Zeus, seu pai, perguntou-lhe o que queria de presente em um dos seus aniversários. Ártemis respondeu: - Quero correr livre e selvagem com meus cães pela floresta e nunca, nunca casar. Foi feita a sua vontade. Ártemis é a mais antiga de todas as deusas gregas. Alguns autores traçam suas origens às tribos caçadoras de Anatólia, que teria sido a morada das míticas amazonas. Outros afirmam sua descendência provêm da grande deusa da natureza Cybele, na Ásia Menor, uma Senhora das Feras

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Copilação sobre a deusa da caça romana Diana

Transcript of Diana - 13 de Abril, 24 de Maio, 17 de Agosto

Diana

Diana

Sou quem eu souE sei quem souPosso cuidar de mim mesmaEm qualquer circunstnciaE posso deixar os outros cuidarem de mimPosso optarNo existe autoridadeMais elevada do que a minhaMeu poder de discernimento finamente aguadoTenho autonomiaEstou livre da influnciaDa opinio dos outrosSou capaz de separarO que precisa de separaoAssim uma deciso lcidaPode ser alcanadaPenso em mim mesmaAjusto a miraE aponto o arcoMinhas setas atingem sempre o alvo.

Todos ns conhecemos a imagem de rtemis (Diana, para romanos), que foi esculpida e pintada como uma deusa lunar esquia, virginal, acompanhada de ces ou lees e trazendo um arco dourado nas mos. Ela era a deusa mais popular da Grcia. Ela habita as florestas, bosques e Campinas verdejantes, onde dana e canta com ninfas que a acompanham. Em seu culto, esto presentes danas orgisticas e o ramo sagrado. Ela era uma deusa de mltiplas facetas associadas ao domnio da Lua, virgem, caadora e parteira e de fato representa o feminino em todos os seus aspectos.Quando rtemis era pequena, Zeus, seu pai, perguntou-lhe o que queria de presente em um dos seus aniversrios.rtemis respondeu:- Quero correr livre e selvagem com meus ces pela floresta e nunca, nunca casar. Foi feita a sua vontade.

rtemis a mais antiga de todas as deusas gregas. Alguns autores traam suas origens s tribos caadoras de Anatlia, que teria sido a morada das mticas amazonas. Outros afirmam sua descendncia provm da grande deusa da natureza Cybele, na sia Menor, uma Senhora das Feras que costumava estar sempre rodeada de lees, veados, pssaros e outros animais. Mas de acordo com Walter Burkert em "Greek Religion", provvel que rtemis remonte era paleoltica, pois em sua homenagem os caadores gregos penduravam os chifres e peles de suas presas numa rvore ou em uma pilastra em forma de maa.

ARQUTIPO DA ME DOS ANIMAISrtemis / Diana era o ideal e a personificao da vida selvagem da natureza, a vida das plantas, dos animais e dos homens, em toda sua exuberante fertilidade e profuso.

Na Itlia chamaram-na Diviana, que significa a Deusa, um nome que mais familiar, pois bem similar ao seu nome original Diana. Ela era de fato a Caadora, deusa da lua e me de todos os animais. Ela aparece em suas esttuas coroada com a lua crescente e carregando uma tocha acesa. A palavra equivalente em latim para vela era "vesta" e Diana era tambm conhecida como Vesta. Assim, o feixe de lenha, no qual ela veio da Grcia era realmente uma tocha no acesa. No seu templo, um fogo perptuo era conservado aceso. Sua festa anual na Itlia era comemorada no dia 13 de agosto. Neste dia os ces de caa eram coroados e os animais selvagens no eram molestados. Bebia-se muito vinho e comia-se carne de cabrito, bolos servidos bem quentes e mas ainda pendentes dos ramos. A Igreja Catlica santificou esta grande festa da deusa virgem, transformando-a na festa catlica da Assuno da Nossa Senhora, a 15 de agosto.

A DEUSA E O XAMANISMOEra muito comum o xam usar uma pele de urso para que o Grande Esprito dos ursos possa falar por seu intermdio. Nestas prticas visualizamos claramente uma continuidade com a rtemis grega posterior, cujos principais animais totmicos eram o urso e o veado. At a raiz de seu nome, "art", est ligada raiz indo-europia da palavra urso. Muitos mitos envolve rtemis com os ursos. Nas primeiras histrias gregas ela aparece como uma ursa ao lado de seus filhotes.Existiu inclusive, um rito de iniciao deusa, onde meninas com menos de 9 anos, danavam com pele de urso a dana do urso em seu templo. Bodes eram sacrificados nestas cerimnias, para que tais jovens pudessem conhecer tambm o lado sombrio da Deusa-Lua e os seus mistrios sangrentos da morte, sacrifcio e renovao.Aqui se descortina tambm, o aspecto feroz e sanguinrio de rtemis, a prpria Me da Morte, que tem que ser aplacada com oferendas vivas. Os gregos mais sofisticados de Atenas, com o tempo, resolveram sentimentaliz-la, pois eles no ousavam encarar de frente este seu aspecto sanguinrio.

DEUSA DO PARTOEncontramos o eco desta Deusa Ursa Primordial em todas as questes ligadas ao parto e proteo de crianas e animais de peito. rtemis a Padroeira das Parteiras, aparecendo para todas as mulheres que clamassem por ela na hora do parto. Todavia, sua presena era tida com receio, pois enquanto, Me da Morte, podia levar consigo o recm nascido se no houvessem sido adequadamente invocada. Existia a tradio tambm, que toda a mulher que sobrevivesse ao parto, deveria entregar suas vestes ao templo de rtemis em Brauron, em Atenas.

DEUSA TRPLICEComo Deusa do sub-mundo, ela associada ao Nascimento, Procriao e Morte. Como Deusa da terra, representa as trs estaes: Primavera, Vero e Inverno. Como Deusa do cu, ela a Lua nas fases de Lua Nova, Lua Cheia e Lua Escura. Como Deusa Trplice foi personificada de mulher primitiva, mulher criadora e destruidora.

A DEUSA RTEMIS E O TAROT (A LUA)Esta carta representa a deusa mitolgica rtemis / Diana. Nesta lmina observa-se a Lua Crescente acima do Sol, abaixo esto os dois galgos de Diana uivando para a Lua. Nas guas mais abaixo (porque a lua rege as guas), rasteja um animal parecido com um caranguejo, que de fato o signo zodiacal para Cncer, a "casa" da Lua.

A Lua, que muda de forma to rapidamente, pode ser encontrada a cada noite de uma forma diferente no cu, se constituindo um smbolo de inconstncia. Sua aparente relao com o ciclo menstrual tornou a Lua representativa de tudo que mutvel nas mulheres.

rtemis / Diana ficou clebre pela maneira como se voltava vingativamente contra os que se apaixonavam por ela ou que tentassem abusar de sua feminilidade.A mensagem deste arcano nos previne que no devemos ter medo de nos dirigir ao desconhecido, de assimilar nossos prprios medos, debilidades, erros, de olhar cara a cara a sombra que levamos dentro de ns e no tem-la.

RTEMIS / DIANA HOJEO Arqutipo da feminilidade desta Deusa-Virgem comea a se tornar importante novamente. Por muito tempo permanecemos sombra da feminilidade absoluta, sob a influncia de uma realidade masculinizada. rtemis / Diana to linda quanto Afrodite e nos fala que a solido, a vida natural e primitiva pode ser benfica em algumas fases de nossa vida. Amazona e arqueira infalvel, a deusa garante a nossa resistncia a uma domesticao excessiva.Alm disso, como protetora da fauna e flora, ela uma figura associada ecologia contempornea, onde h necessidade de salvaguardarmos o que ainda nos resta.

Uma parte deste redespertar da espiritualidade artemisiana j vem ocorrendo h vrios anos na Europa, mas j chegou tambm ao Ocidente. Na Gr-Bretanha, redescobriu-se a antiga Deusa Branca dos celtas, graas ao maravilhoso livro "White Goddess", de Robert Graves.Hoje j h tambm uma nova compreenso sobre feitiaria, sob o nome de Wicca. Esta religio-arte, nada mais do que a "antiga religio" de Diana / rtemis. Aquelas mulheres que praticavam o culto deusa Diana vieram a ser identificada com as chamadas bruxa e foram perseguidas e exterminadas. Entretanto, junto com a Wicca e outros movimentos semelhantes, est ocorrendo uma importante ressurreio das antigas tradies xamnicas e de cura nos quatro cantos do mundo.Todos os tipos de neopagos tm buscado as origens reais ou reconstrudas do xamanismo.

EM BUSCA DA INDIVIDUALIDADE PERDIDArtemis atira-lhe sua flecha da individualidade, convidando-a (o) a concentrar-se em si mesma (o). Voc tem estado demasiadamente ocupada com outros que esquece de si mesma? H bastante tempo no tem um espao s seu? Os limites de sua individualidade encontram-se difusos e indistintos? Sua personalidade desprezada ou aniquilada pelos outros, pois eles sempre impem suas necessidades antes das suas? Pois aqui e agora hora de ser voc mesma, se impor como pessoa com identidade prpria e no viver mais a vida dos outros. hora de seu resgate individual, de celebrar e fortalecer a pessoa maravilhosa que voc . rtemis lhe diz que a totalidade alimentada quando voc se honra, se respeita e dedica um tempo para si mesma. Ela tambm pergunta como voc pode esperar conseguir o que quer se no tiver um "eu" a partir do qual atirar para alcanar seu objetivo?

RESGATE DE SUA MULHER SELVAGEMEncontre um local em que ningum possa lhe incomodar, se for ao ar livre, tanto melhor. Sente-se confortavelmente. Inspire profundamente e expire emitindo um som, tipo hhuuuumm! Faa isso por trs vezes. Agora voc deve visualizar uma frondosa rvore. Imagine-se em frente ela e em seguida ande a sua volta. Do outro lado da rvore ver uma abertura em seu tronco, como a porta de uma caverna, entre nela sem medo. Dentro da rvore relaxe e sinta-se mergulhar no vazio. Para baixo... Mais para baixo bem devagarzinho... Voc ter a sensao de estar flutuando. Quando alcanar o final da raiz, sinta como se estivesse cado sobre um travesseiro de penas de ganso, macio... Macio. Voc chegou s portas do submundo. hora de clamar pela Mulher Selvagem. Voc pode gritar, uivar, cantar, danar, bater tambor, o que achar melhor, mas faa bastante barulho, pois talvez ela esteja por demais adormecida dentro de voc. Quando voc a enxergar, agradea sua presena e pea-lhe algo, qualquer coisa. Se no tiver idia sobre o que pedir, pea que ela lhe d o que mais precisa, que voc receber o presente com o corao aberto. Se ela lhe pedir algum presente, retribua com carinho. Aps estas trocas simblicas, seus laos de amizade estaro reforados. hora de retorna, pea-lhe docemente que ela lhe acompanhe. Ela lhe dir sim e voc em retribuio a sua gentileza deve abra-la e, ao faz-lo, sentir que voc e a Mulher Selvagem se fundiro em uma s. Uma onda de felicidade e alegria tomaro conta de todo o seu ser.

hora de percorrer o caminho de volta, encontre raiz da rvore que estar atrs de voc. Deixe-me novamente flutuar e sentir que uma brisa fraca a impulsionar para cima... Para cima... Cada vez mais para cima, at alcanar o interior do tronco da rvore. Ao sair pela abertura, respire bem fundo e medida que solta o ar, senta seu corpo novamente. Movimente os dedos da mo e assim que estiver pronta abra os olhos. Seja Bem-vinda!

INVOCAOOh, minha Deusa Diana.Escuta a voz de meu coraoOua a minha cano de adoraoO cu na Lua CheiaSe enche com sua belezaQue seu feixe de prataAbra a porta dos sonhosMinha amada Deusa LuaEnsina-me seus mistrios antigosPresenteia-me com a sabedoria eAjuda-me a afastar espritos opressoresPara que a cura se opere dentro de mimAbenoa-me e recebe-me como sua filha (o)Quando meu corpo cansado repousar esta noiteFale com meu esprito internoEnsina-me, Rainha da Noite.Sou toda ouvidos!

Texto pesquisado e desenvolvidopor ROSANE VOLPATTO

13 de Abril - Dia de Deusa Diana - Stregaria, Wicca.

24 de Maio - Festival Deusas Diana e Selene - Stregaria, Wicca.

13 A 17 de Agosto - Festival Deusa Diana - Trad. Feminina na Wicca.

Bibliografia consultada:Os mistrios da Mulher - M. Esther HardingO Ramo de Ouro - Sir James George FrazerA Deusa Interior - Jennifer Baker Woolger/Roger j. WoogerAs Deusas e a Mulher - Jean Shinoda BolenO Orculo da Deusa - Amy Sophia MarashinskyDeusa Diana. Roma.

No Paganismo:O nome Dianismo foi inspirado na faceta da Deusa greco-romana Diana a Deusa da caa e da lua protetora das mulheres por excelncia, uma Deusa Virgem no sentido matriarcal da palavra (mulher livre e completa em si mesma) e no no conceito atual, ou seja, uma mulher que nunca teve relaes sexuais.As dianicas so mulheres que busca ligar-se a sua essncia interior atravs da Face virgem da Deusa, aonde ela completa em si mesma. O Deus no esquecido ou anulado, mas apenas visto como uma parte feminina da mesma, sendo assim a Deusa masculina e feminina ao mesmo tempo.Diana chega a nossas vidas para nos falar do resgate da individualidade interior e exterior, Diana prioriza a individualidade e um contato mais profundo com as habilidades naturais e intuitivas das mulheres bem como a natureza.Diana.(INDIVIDUALIDADE)Sou quem eu sou e sei quem sou. Posso cuidar de mim mesma em qualquer circunstncia e posso deixar os outros cuidarem de mim. Posso optar. No existe autoridade mais elevada do que a minha meu poder de discernimento finamente aguado. Tenho autonomia. Estou livre da influncia da opinio dos outros. Sou capaz de separar o que precisa de separao. Assim uma deciso lcida pode ser alcanada. Penso por mim mesma. Ajusto a mira e aponto o arco. Minhas setas atingem sempre o alvo... MitologiaEmRoma,Dianaera adeusada lua e da caa, mais conhecida como deusa pura, filha deJpitere deLatona, e irm gmea deFebo.Era muito ciosa de sua virgindade. Na mais famosa de suas aventuras, transformou em umcervoo caadorActeo, que a viu nua durante o banho.Indiferente ao amor e caadora infatigvel, Diana era cultuada em templos rsticos nas florestas, onde os caadores lhe ofereciam sacrifcios. Na mitologia romana, Diana era deusa dos animais selvagens e da caa, bem como dos animais domsticos. Filha de Jpiter e Latona, irm gmea de Apolo, obteve do pai permisso para no se casar e se manter sempre casta. Jpiter forneceu-lhe um squito de sessenta ocenidas e vinte ninfas que, como ela, renunciaram ao casamento. Diana foi cedo identificada com a deusa gregartemise depois absorveu a identificao de Artemis com Selene (Lua) e Hcate (ou Trvia), de que derivou a caracterizao triformis dea ("deusa de trs formas"), usada s vezes na literatura latina. O mais famoso de seus santurios ficava no bosque junto ao lago Nemi, perto de Arcia.Mensagem pra voc:Artmis/Diana atirou sua seta de individualidade na sua vida para ajud-la a concentrar-se em si mesma. Voc tem estado demasiadamente a servio dos outros sem certificar-se de que conseguiu o que necessita para si mesma? H muito no tem um tempo ou um espao s seu? Os limites da sua individualidade parecem difusos e indistintos? Voc sente que no tem direito a uma personalidade prpria, mas deve sempre pensar nos outros, colocando as necessidades deles em primeiro lugar, at no saber mais quem nem o que quer? Agora est na hora de ser voc mesma. Est na hora de prestar ateno s vozes sussurrantes das suas prprias necessidades. Est na hora de resgatar a si mesma, e celebrar e fortalecer a pessoa que voc . Diana diz que a totalidade alimentada quando voc honra, respeita e dedica tempo a si mesmo. Ela tambm pergunta como voc pode esperar atingir quaisquer alvos se no tem um eu a partir do qual atirar?Sugesto de ritual:Resgate a si mesmo:Isto pode ser feito a qualquer momento e em qualquer Lugar. Voc pode optar por faz-lo a ss ou na frente da pessoa ou pessoas s quais voc entregou pedaos de si mesma. Sente-se, fique em p ou deite-se com a coluna reta. Feche os olhos. Inspire profundamente e expire. Respire fundo outra vez, inspirando para o tero, para o seu centro. Olhe para o seu corpo. Pergunte a si mesma se esto faltando pedaos. Abra-se a fim de ter uma sensao, viso ou sentimento de onde esto esses pedaos que faltam. Por exemplo: voc deu ao seu amante sua poro de alegria, e agora no consegue sentir-se alegre sem ele? Voc deu aos seus filhos um pedao generoso de si mesma, e agora que eles cresceram, sente-se perdida? Chame esses pedaos de volta. Perceba, sinta ou visualize esses pedaos que faltam voltando para voc. Deixe-os entrar no seu corpo outra vez, e, medida que isso acontece, sinta-se ficar mais forte e mais viva. Quando tiver terminado de resgatar-se, talvez queira reforar seus limites e dar nome s suas partes.Agradea s suas partes por retornarem, e abra os olhos. Seja bem-vinda!