Diferente Magazine 01 - Parte 02

31

description

O mais novo giuia de compras de Lauro de Freitas, Camaçari e região metropolitana

Transcript of Diferente Magazine 01 - Parte 02

Page 1: Diferente Magazine 01 - Parte 02
Page 2: Diferente Magazine 01 - Parte 02
Page 3: Diferente Magazine 01 - Parte 02
Page 4: Diferente Magazine 01 - Parte 02

4 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Mais uma prefeitura do Partido dos Tra-balhadores que passa pelo grande dilema de

não ter atualmente um nome pre-parado para ser lançado à sucessão do prefeito nas eleições de 2012. A disputa pelo apoio de Caetano será mais árdua do que a própria eleição. Atualmente pesquisas de “gaveta” (aquelas que não são divulgadas) trazem, sem exceção, a liderança de um ex-prefeito, mas esse é um resultado muito instável, haja visto que o prefeito realiza uma gestão em elevado grau de satisfação e Caetano conta com elevado índice de confiança popular. Sendo assim, no momento em que o prefeito in-dicar seu nome à sucessão, os ín-dices dos candidatos de oposição serão inegavelmente esvaziados. Uma pesquisa administrativa rea-lizada pela PERFIL ESTATÍSTICA no mês de Setembro/2011, mostra um índice de aprovação da gestão de 46,7% (ótimo e bom), Esse ín-dice, em fevereiro, atingia 60,4%. Já a confiança no prefeito é atual-mente de 44,4% (em fevereiro era de 51,5%). Os melhores indicado-res de gestão foram encontrados nas localidades de Arembepe e Abrantes. Já os menos favoráveis estavam na Sede e na Região de Monte Gordo. De uma verdade ninguém poderá fugir: o candidato de Caetano será do PT. Nos moldes atuais é até inadmis-sível que alguém que esteja no meio político seja levado a acredi-tar que Caetano, tendo o Governo do Estado, a presidente Dilma e a sua prefeitura do PT, venha a lan-çar algum nome que não seja do seu partido. É aqui que se inicia o “jogo do poder”. É transparente que Caetano tem a preferência pelo nome de Ademar Delgado. Mas e o deputado Bira Coroa, como fica

nesse jogo? Com um mandato de deputado e grande populari-dade, aceitará ser apenas um cabo eleitoral? Que armas Caetano têm para convencê-lo em aceitar sua imposição por Ademar? Essas perguntas já ecoam forte na ci-dade do presidente da UPB. Uma mexida estratégica e muito inteli-gente foi a ida de Zé de Elísio para o Partido Progressista. Caetano certamente não contava com essa ação do presidente da câmara de vereadores. Zé, com sua simpatia, é sem dúvida um nome que agrega popularidade. Quem conhece a política local, sabe da importân-cia dele no cenário de Camaçari. Agora no PP, do líder João Leão, se Caetano quiser alguma aliança com o presidente da Câmara, ou mesmo se julgar capaz de con-vencer Zé de Elísio a retirar sua pré-candidatura, o prefeito petista terá que ser muito convincente, no intuito de fazer com que Zé de Elísio, agora protegido de João Leão, desista da candidatura e venha a apoiar o preferido do prefeito, Ade-mar Delgado. Outros nomes importantes compõem os bastidores e cada um têm sua devida importância: Mar-co Antônio, Dra. Tereza, Elinaldo, Maurício Barcelar e Helder. Todos aguardam ansiosos e seguem só observando os passos do prefeito. Em resumo: se a eleição fosse hoje, a primeira etapa da disputa em Ca-maçari seria muito mais acirrada pela busca do nome a representar Caetano: Os “irmãos inimigos” já travam uma batalha árdua nos bastidores. Na atual conjuntura política, com a força da máquina local, o poder da marca PT e os mi-mos das bolsas famílias, quem for o candidato do governo já entrará em campo vencendo a partida por, no mínimo, dois a zero!

O presidente da Câmara Municipal de Camaçari, vereador Zé de Elísio, recebeu a equipe da revista Diferente Maga-zine, para um bate-papo sobre alguns assuntos que vem to-mando conta do município, como a Copa e a eleição 2012.

PRé-CANDIDATO A PREFEITO 2012DIFERENTE MAGAZINE - A sua pré-candidatura a prefeito tem gerado diversas especulações e manifesta-ções, tanto contra quanto à favor. O senhor esperava ta-manha repercussão?ZÉ DE ELÍSIO - O meu nome surgiu da iniciativa popular, que começou a me citar nas pesquisas. Ao perceber que a vontade do povo estava ao lado, tive algumas conversas e consultei, inclusive, o prefeito Caetano. Agora minha pré-candidatura está consolidada e se fortalecendo a cada dia mais. Assim sendo, é natural do processo político que haja especulações e que haja, também, aqueles que têm opi-niões diferentes. Eu não direi que estou surpreso, mas feliz com o que tenho recebido de bom, o apoio da população camaçariense, que é maior do que as críticas.

MuDANçA DE PARTIDODM - A mudança de partido interferiu de alguma forma nesse apoio?ZE - Sim, mas para melhor. Você pode avaliar isso pelo evento do partido que nós fizemos aqui na Câmara, quatro dias depois da minha filiação e que lotou tanto o plenário quanto a área externa. Também recebi muitas manifesta-ções de apoio através das redes sociais, mas o lugar onde eu pude sentir com mais força que essa mudança agradou ao povo foi nas ruas. O PP é um partido aliado e alinhado ao projeto do governador Jaques Wagner e da presidenta Dil-ma, um projeto que o povo tem aprovado. Ninguém quer voltar atrás; todos nós queremos avançar nesse projeto e a população de Camaçari tem se mostrado satisfeita por ter mais uma opção.

PEDáGIODM - O pedágio é algo que também faz parte do governo Jaques Wagner. Ainda assim o senhor afirma que o povo aprova esse projeto?

A SUCESSÃO EM CAMAÇARI

CAMAçARI - ElEIçõEs 2012

“AGORA MINhA PRé-CANDIDATuRA EsTá CONsOlIDADA”

Page 5: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 5

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

ZE - A nossa população está cada vez mais consciente, politi-camente falando. O pedágio foi um presente de grego que o nos-so governador nos deu e nem eu, nem a população de Cama-çari ficamos felizes. Ninguém nesta cidade ficou feliz com es-sas praças de pedágio. Entretan-to, não podemos julgar sete anos de governo por um projeto ruim; temos que reconhecer os acertos da mesma forma que criticamos os erros. O governador Wagner também implantou, por exemplo, o projeto Água Para Todos, o Luz Para todos e essas duas ações estão beneficiando muitas famílias da zona rural de Camaçari. Quanto ao pedágio, quero ressaltar que sempre fui contra essa cobrança e, inclusive, participei de várias manifestações realizadas pelas comunidades, numa tentativa de impedir sua instalação.

CAMAçARI E A COPADM - Na sua opinião, qual será o papel de Camaçari na Copa?ZE - Camaçari já é uma das cidades mais importantes do nosso estado e a capital, sozinha, não vai suportar nem satisfazer todas as demandas geradas pela Copa. Nós estamos há aproxi-madamente 60 km de Salvador e temos 42 km de uma orla maravilhosa, que já está sendo requalificada. Temos condições de oferecer tanto bons hotéis para hospedar os atletas da for-ma merecida, quanto espaços para as competições. Camaçari já está sendo preparada para receber a Copa: a Vila Olím-pica já está projetada, novos empreendimentos estão em vias de iniciar as obras, como o novo

shopping. Até 2014, teremos toda infraestrutura necessária.

BOOM IMOBIlIáRIODM - Um dos mercados que mais tem crescido ultimamente é o imobiliário. Na sua opinião, como esse crescimento vai atin-gir Camaçari?ZE - Eu não diria que vai; diria que já está. Temos vários em-preendimentos recentes na ci-dade, alguns já com moradores, outros ainda na planta. São di-versos projetos sendo implan-tados na sede e na orla, e todos com sucesso de vendas, além de empreendimentos que ainda estão preparando o lançamento. Como eu disse antes, Camaçari está muito perto da capital, mas o ritmo de vida daqui não é tão intenso quanto o de lá. Estamos longe o suficiente para não so-fremos os mesmos problemas de

trânsito e segurança, para poder usufruir dos benefícios que Sal-vador tem para oferecer. Isso, com toda certeza, é um atrativo. A minha preocupação, é que esse desenvolvimento aconteça de forma sustentável, tanto no sentido econômico quanto am-biental. É importante que esses empreendimentos possam gerar emprego e renda para nossos munícipes e, principalmente, não gerar nenhum impacto ambiental que possa comprometer o mu-nicípio; impacto sempre existe, mas ele precisa ser o menor pos-sível.

FuTuRO DA CIDADEDM - Falando em desenvolvi-mento, o que o pré-candidato Zé de Elísio pensa o futuro de Camaçari?ZE - Eu tenho dito que Cama-çari tem quatro vetores que

precisam ser bem trabalhados pelo próximo gestor de forma mais equilibrada: a zona rural, que precisa ser fortalecida, para que as pessoas possam viver com qualidade em suas comuni-dades; a orla, onde nós precisa-mos desenvolver o turismo sus-tentável, aumentando o aporte financeiro de todo município; o Pólo Industrial, que precisa ser fortalecido, para que as empre-sas que aí estão permaneçam e a sede, onde nós precisamos for-talecer o comércio, a educação e a saúde. Trabalhando bem esses quatro vetores, vamos conseguir melhorar ainda mais a qualidade de vida do nosso povo. Outro fator importante é a qualifica-ção da mão-de-obra local, para que a nossa população possa ser cada vez mais beneficiada com o crescimento industrial.

uMA ANálIsE DA CORRIDA ElEITORAl NO MuNICÍPIO DE CAMAçARI, POR JOÃO PAulO JuNQuEIRA, DIRETOR DA PERFIl EsTATÍsTICA

Foto

: Div

ulg

ação

Page 6: Diferente Magazine 01 - Parte 02

6 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Éde intrigar o eleitor desavisado a situa-ção que se desenha em Camaçari para

as próximas eleições munici-pais. Apesar da boa avaliação do governo por populares, com apoio da maioria na Câmara de Vereadores e desfrute de uma ampla base de apoio, o prefeito Luiz Caetano (PT) vê seus alia-dos ambicionarem seu lugar, em detrimento ao exitoso pro-jeto político que acontece na cidade. O cenário ameaça o protagonismo do PT, que pode perder a ‘cabeça de chapa’. Para piorar, o partido – sob a égide de Caetano – deixou se enrolar por uma disputa interna entre dois postulantes com perfis di-ametralmente opostos: o ex-se-cretário municipal de Admin-istração, Ademar Delgado, e o deputado estadual Bira Corôa. Ao invés de prévias, o PT op-tou por definir o candidato num ‘encontro democrático’, mecanismo onde, após debates políticos, 165 delegados elei-tos pela militância decidem o nome do postulante. Seja qual for o escolhido, o resultado trará questionamentos aos fili-ados, ao prefeito e ao governa-dor Jaques Wagner, que vota em Camaçari.Ademar tem vivência adminis-trativa, sendo braço direito de Caetano. Competente, assu-miu a árdua tarefa de negociar durante anos com o funcio-nalismo público que, por isso mesmo, não morre de amores por ele. Por conta do ofício, não tem muito traquejo fora dos gabinetes. Isso é facilmente demons-trado em pesquisas de opinião pública que circu-lam nos bastidores do poder. Bira Corôa pontua um pouco melhor, mas não vai tão bem

na avaliação desses mesmos institutos obscuros. Porém a razão é outra: sem desfrutar da máquina e ainda tolhido das agendas institucionais do município, fica difícil para o deputado galgar o respaldo de representatividade recon-hecido pela comunidade. Por conta de sua trajetória e enga-jamento no partido, tem a seu favor a aprovação e o apreço da chamada militância petista.Esse reconhecimento, às vezes esquecido por parte da mídia local, levou figuras importantes do PT a declarar apoio a Bira Corôa. “O povo de Camaçari conhece e confia no deputado Bira Corôa, e seu trabalho é reconhecido e está consoli-dado, tendo no seu currículo dois mandatos de vereador e dois mandatos de deputado es-tadual. Seu nome tem legitimi-dade e competência para gerir o município”, disse o deputado federal Amauri Teixeira. Na lista de manifestações de apoio a Corôa incluem grupamentos do PT integrados por ministros – Afonso Florence, do Desen-volvimento Agrário, e Luiza Bairros, da Promoção da Igual-dade; senador Walter Pinheiro; secretários estaduais Robinson Almeida, da Comunicação, e Elias Sampaio, da Promoção da Igualdade; deputados Luiz Alberto, Rosemberg Pinto, Zé Neto e Neusa Cadore; além dos vereadores da capital Gilmar Santiago e Moisés Rocha.O deputado Rosemberg, da mesma seara política do presi-dente da Petrobras Sérgio Ga-brielli, anunciou numa rádio de Salvador: “Tenho certeza que Bira Corôa vai ser prefeito de Camaçari”. A declaração do parlamentar não pode ser in-terpretada como futurologia,

mas um recado claro de que a população de Camaçari sabe e entende quem deve ser o can-didato natural do PT. Afinal, de quem seria a vez agora?

ARTICulADORDemonstrando passos de bom articulador, Bira foi o único petista presente ao encontro do diretório do PP que ratificou a filiação do presidente do Legis-lativo municipal, vereador Zé de Elísio, agora pré-candidato por esta legenda. O deputado retribuiu a atitude do edil, que prestigiou sua plenária um mês antes. “O ato simbólico de sua filiação é afirmação da demo-cracia, ele continua na base, ali-ado no governo Caetano e nos governos Wagner e Dilma”, afir-mou Corôa na ocasião. Ao fazer o papel do prefeito e do presi-dente do PT local, o deputado

sagrou-se como mediador legí-timo também para a construção da unidade da base de apoio do projeto político conduzido por Caetano nesses quase sete anos. Cuidadoso, o parlamentar tem reiterado o respeito pela lideran-ça do prefeito e pelo oponente no PT. Evita responder sobre a suposta rejeição ao nome de Ademar Delgado também nos movimentos sociais. Gaba-se apenas de ter provocado o de-bate no partido e na sociedade sobre o futuro da cidade.Está mais do que claro que Bira Corôa não disputa apenas a preferência da legenda com o secretário de Caetano. Luta pela sobrevivência do bom senso, da prevalência da democracia interna do seu partido e pela es-colha de uma candidatura que não contrarie a lógica do povo de Camaçari.

CAMAçARI

Sucessão municipal em Camaçari contraria lógica do povo

Foto

: Div

ulg

ação

Page 7: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 7

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

Page 8: Diferente Magazine 01 - Parte 02

8 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Page 9: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 9

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

O dilema se inicia já dentro do próprio partido dos trabalhadores, o PT. É notória a vontade da prefeita Moema Gramacho em indicar o João Oliveira como seu candidato: sua filiação foi um ato festivo jamais

visto na cidade. Porém, no PT, uma das coisas boas é a sensação da democracia exacerbada, o que não existe em outros partidos, onde esse tipo de conflito já nasce morto. E assim, a prefeita Moema Gramacho deixa transparecer que ainda não escolheu seu candida-to, enquanto os genuinamente vermelhos que são, o secretário Ápio Vinagre, a secretária Loudinha Lobo e o vereador Lula Maciel, fi-

cam observando, com um olho no peixe e outro no gato. O fato é que, além

destes três pré-candidatos do PT, a prefeita Moema Gramacho ainda tem que ser cordial e fin-gir que acha normal que Chico Franco, recém filiado ao PC do B, possa também ser o candi-dato da administração. Nem nas maiores viagens psicofantaio-

A rainha e as peças do tabuleiro de xadrez

O CENáRIO POlÍTICO DE lAuRO DE FREITAs EsTá PEGANDO FOGO NOs BAsTIDOREs. A

PREFEITA MOEMA GRAMAChO, COM A BATuTA DE JACARANDá NAs MÃOs, sEGuE A PAssOs

lENTOs ADMINIsTRANDO As VAIDADEs DE TODA A BAsE AlIADA, QuE NÃO é PEQuENA.

QuEM EsTá DE FORA E às MARGENs DA DIsPuTA PElO PODER AChA QuE O AVIÃO DA suCEssÃO VOA EM Céus DE BRIGADEIRO. Já

Os QuE REsPIRAM POlÍTICA Já PERCEBERAM QuE A PREFEITA EsTá VIVENDO uM GRANDE CONFlITO DE INTEREssEs, POIs sÃO MAIs DE

VINTE PARTIDOs AlMEJANDO A “CABEçA” DA PRóXIMA ChAPA QuE IRá REPREsENTá-lA NAs

ElEIçõEs DE 2012,

lAuRO DE FREITAs - ElEIçõEs 2012

POR JOÃO PAulO JuNQuEIRA, DIRETOR DA PERFIl EsTATÍsTICA

Page 10: Diferente Magazine 01 - Parte 02

10 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

sas de quem entende o jogo do poder uma prefeita daria espaço a alguém que não fosse do seu partido, e, cá pra nós, somente uma “Poliana” acreditaria que uma estrutura de poder União-Estado-Município (como é a do PT) permitiria entregar a Prefei-tura da cidade milionária para outro partido que não fosse o seu. Outros partidos agiriam da mesma forma.Outros nomes fortes do cenário local estão se armando e pro-curando chamar atenção da prefeita. O mais recente foi o vereador Carlucho, que, numa manobra inteligente, trouxe a senadora Lídice da Mata num evento do seu partido, o PSB. Sem nenhum constrangimento, ela disse ao microfone “nós tam-bém temos nosso candidato a prefeito de Lauro de Freitas, meu amigo CARLUCHO”. Isso foi o suficiente para reacender a luz do vereador Carlucho, que andava discretamente apagada. Tem ainda o jovem presidente da Câmara de Vereadores, An-tônio Rosalvo, advogado e úni-co representante do PSDB na cidade, fiel à prefeita Moema. Há quem diga que ele também almeje substituir João Oliveira no cargo de vice da próxima chapa. Nessa árdua disputa das vaidades, existem dois grupos fortes que apenas observam as mexidas do tabuleiro para então clamar por “justiça popular”. Refiro-me ao “exército de Deus”, formado pelos partidos ligados à Assembléia de Deus e também à Igreja Universal. Ambos julgam ser donos de uma massa popular que, segundo cál-culos próprios, representam 15% do eleitorado. O suficiente para iniciar uma guerra santa. O fato é que seus seguidores são realmente fiéis quando conclamados a votar. Esses dois grupos, inegavelmente, têm força política.

OPOsIçÃO A MOEMA GRAMAChOResume-se atualmente ao médi-co e vereador Dr. Márcio Paiva. Dono de uma grande populari-dade e tamanha simpatia, aju-dado pela profissão que exerce,

navega sozinho como o único pré-candidato a prefeito, de-clarado. Há quem diga que sua grande aceitação e liderança nas pesquisas de consumo interno (nenhuma pesquisa ainda foi registrada e divulgada) estão ex-atamente no fato de que a prefeita Moema ainda não declarou seu candidato a prefeito. Dr. Már-cio, quando questionado sobre como ele iria ser candidato sem apoio de partidos, imediata-mente se referiu às eleições de 2004, quando a prefeita Moema Gramacho, na época candidata pelo PT, contava com apenas cinco pequenos partidos, Dr. Márcio acrescentou, “se fosse hoje, teria 5 partidos e o povo”.

O PV E O PhsO Partido Verde afirma já ter seu pré-candidato a prefeito. Trata-se de uma figura simpáti-ca, polêmica e que se julga um dos últimos “homens sérios da política”. João José Bonfim, mili-tar aposentando, ex-vereador, é declaradamente um desafeto do PT local. Ele não esconde em ne-nhum momento sua mágoa com a prefeita Moema Gramacho que, segundo ele, nas eleições onde a prefeita foi reeleita, ficou de fora da “divisão” do bolo, ou melhor, não teve suas reivindica-ções políticas atendidas. Diz José Bonfim: “O PSDB nos deu um a zero na divisão dos cargos e a prefeita Moema Gramacho per-mitiu que fôssemos injustiçados”. Já o PHS será representado pelo “advogado do povo”: é assim que Dr. Almir Lemos se intitula.Homem dono de uma cultura ímpar, inteligente, vai apostar na força da desigualdade social para vencer as eleições. Ele é um defensor das comunidades inti-tuladas por ele como “do outro lado do asfalto”, referindo-se as comunidades menos favoreci-das, como Portão, Itinga, Areia Branca, Caji, Vida Nova e Jam-beiro. Essa localização tem como ponto de referência e símbolo de comparação com a comunidade economicamente privilegiada, no caso, Vilas do Atlântico.

A EXPERIêNCIA DE MARCElO ABREuAqui temos outra figura impor-tante dentro do processo eleito-ral. Marcelo, ex-prefeito, é, na linguagem do meio, “uma ra-posa”, no sentido da experiên-cia, da paciência em aguardar o momento certo. Mesmo que os políticos locais o considerem às margens do processo, ele tem seus seguidores. Das “peças do xadrez”, é sem dúvida uma das mais importantes, visto que o simples fato dele apoiar ou não, um candidato ou outro criará um novo fato político na ci-dade. Abreu está filiado ao PR.

A RAINhA E A FIlOsOFIA As eleições que se aproximam, terão sem sombras de dúvi-das um grande favorito, que será o candidato indicado por Moema Gramacho. Lauro de Freitas evoluiu do ponto de vista humano. O cuidado com as pessoas explicitamente é outro, o setor de saúde é sem

dúvida um grande outdoor da gestão e o poder econômico da máquina faz a diferença. Enfim, seja lá quem for seu candidato, o jogo já começa um a zero para a prefeita. Porém, a grande preo-cupação é que “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Com isso, me refiro aos partidos que hoje compõem a base aliada: fi-carão eles com a prefeita quando ela indicar sua chapa? Mas isso é outra história. A prefeita tem conseguido o que jamais outro político alca-nçou: praticamente a unanimi-dade entre os partidos. Quem a conhece de perto sabe que a prefeita tem uma característica marcante, que é “querer agradar a todos o tempo todo”. Diz uma lenda local que ela andava na praia de Ipitanga, numa manhã de sábado bem cedo, quando o filósofo Sócrates se aproximou e sorrindo lhe disse: “siga seus instintos mas lembre-se sempre: inquieta é a cabeça que sustenta a coroa”. Portanto, Que venha 2012!

lAuRO DE FREITAs

Foto

: Div

ulg

ação

Page 11: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 11

Diferente Magazine – O sen-hor se arrependeu por ter apoiado o grupo de Leão?Almir Lemos – Hoje sim. Ro-berto e Leão sempre diziam que para onde eles fossem eu iria junto com eles, mas isto não aconteceu. Posteri-ormente, Leão e Muniz as-sumiram suas secretarias e es-queceram os correligionários de Lauro de Freitas. Dessa vez cada um caminha do seu lado, não quero ser enganado nova-mente. Sou amigo de ambos e fora da política nos damos muito bem.

DM – O senhor aceitaria compor a base da prefeita Moema? AL – Depois da minha união com Muniz, Moema passou a me olhar de forma estranha e ficou chateada comigo. Ela passou por mim no bairro de Itinga no último dia da eleição e disse em bom tom: “Almir, eu lhe pego seu traidor”. Até hoje não tive contato com ela, sei apenas que Moema passou a

me detestar. DM - O senhor já é pré - can-didato pelo PHS?AL – Sim, já foi decidido em convenção que serei o candi-dato do partido em Lauro de Freitas. Eu tenho vivido no município nos últimos 15 anos e atendo na medida do pos-sível as pessoas mais humildes. Ouço delas muitas coisas e sei bem o que precisa mudar na cidade. Cada gestor que pas-sou deixou sua contribuição, como também deixarei as minhas, caso eu seja eleito.

DM – O que o senhor acha do crescimento vertical em Lauro de Freitas?AL – Estou assustado. Lauro de Freitas não está preparada

para esse boom imobiliário que está acontecendo. Acho que o limite do verticalismo deveria ser no máximo cinco andares. Não posso negar que todas essas construções estão trazendo mais progresso para o município, muitas indústrias e empresas. Mas a cidade não tem infraestrutura para supor-tar esse crescimento desorga-nizado e se eu for eleito vamos rever essa situação.

DM – Quais os pontos positi-vos do governo Moema?AL – Não posso dizer que ela não fez nada, porque fez. Na segurança avançou um bo-cado, trazendo mais polici-ais para a cidade e uma nova delegacia. Um município com 60 km quadrados com três de-legacias e companhias da PM, mostra que está muito bem de segurança pública. Pode faltar operosidade dos agentes civis e militares, entretanto, efetivo tem para combater a crimina-lidade com muito sucesso em Lauro de Freitas.

“DEPOIs DA MINhA uNIÃO COM MuNIZ, MOEMA PAssOu A

ME OlhAR DE FORMA EsTRANhA E FICOu

ChATEADA COMIGO”.

Dr. Almir estará de volta em 2012

DR. AlMIR lEMOs FOI CANDIDATO NAs

úlTIMAs ElEIçõEs, MAs DECIDIu NA

RETA FINAl APOIAR ROBERTO MuNIZ, QuE,

POsTERIORMENTE, PERDEu As ElEIçõEs

PARA MOEMA GRAMAChO. O

ADVOGADO AlMIR EXPlICA QuE

suA DECIsÃO FOI PRECIPITADA NA

OCAsIÃO E QuE ATé hOJE sE ARREPENDE

PElO QuE FEZ. EM 2012 PRETENDE

DIsPuTAR As ElEIçõEs MuNICIPAIs

E GARANTE QuE VAI suRPREENDER sEus

OPOsITOREs.

Texto e foto: Márcio Wesley

ElEIçõEs 2012Fo

to: D

ivul

gaç

ão

Page 12: Diferente Magazine 01 - Parte 02

12 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

DIFERENTE MAGAZINE - Bebel, nas últimas eleições você obteve 1004 votos, o que faltou para vencer aquela eleição?BEBEL CARVALHO - Não gos-to de ficar remoendo o passado, mas sem dúvida faltou uma co-ligação. Se naquela ocasião o meu partido tivesse aceitado o acordo com o PPS, por exemplo, teríamos feito dois vereadores. Mas o fator principal que inviabi-lizou a coligação foi que esse parti-do estava com Moema e nós com Roberto Muniz. 

DM - Como você analisa o cenário político local, diante des-ta indefinição da prefeita em não definir logo seu candidato? BC - Vejo com cautela. Por um lado isso tem nos dificultado em correr atrás de lideranças, de montar um planejamento mais próximo de uma realidade, mas, por outro, entendo a posição da prefeita, pois se ela disser quem é o candidato dela, a adminis-tração ficará comprometida. Mesmo que ela acerte na escolha haverá desgaste, pois a base é

muito ampla, não conseguirá atender todas as vaidades.

D.M. - Então o que você está dizendo é que poderá haver rompimentos quando ela definir o candidato?BC - Claro que haverá problemas, isso é normal num processo como esse. Uma base com tantos parti-dos, não tem como agradar a todos o tempo todo. Mas acredito na habili-dade da prefeita, ela tem mostrado que administra com os partidos, mas tem

alguns que deverão achar que merecem mais do que tem.

DM - Recentemente você mu-dou de partido, por quê? Já que era o presidente do PRP?BC - Tenho alguns princípios que me acompanham. Por ex-emplo: o partido onde eu es-tava, PRP, entrou na “briga” por cargos, deixando a idéia de grupo em segundo plano. Eu fiquei insatisfeito. Tenho mui-tos amigos que me acompan-ham nessa trajetória política e não poderia deixar que meu grupo se esfacelasse. Fui então para o PSL. 

DM - O PSL é um partido de pouca expressão local, não tem vereador, apenas uma Secretaria que na realidade está toda estratificada com outros partidos. Por que o es-colheu?BC - Tive inúmeros convites de outros partidos, como PR, PRB, PSC e PTB, mas optei pelo PSL porque lá, além de garantir a legenda, tenho ami-gos, o que considero primordi-al nessa árdua caminhada que teremos no ano de 2012.

DM - Lauro de Freitas tem vários pré-candidatos, como você analisa essa corrida? BC - Para mim só existe um pré-candidato, que é Dr. Már-cio, os demais estão todos na base aliada, portanto, não podem se lançar. Para isso teriam que abandonar a base, aí sim teriam legitimidade para se auto-promoverem.

DM - Isso é uma indireta a Chico Franco?BC - Claro que não, é uma di-reta mesmo! E vou mais além: Carlucho também está sendo desleal. Se alguém quer ser candidato, largue os mimos do poder e vá para guerra. Fazer política e se candidatar com uma Secretaria nas mãos, cheia de empregos, é fácil. Quero ver fazer isso sem os benefícios da máquina.  

DM - Como você espera ven-cer a eleição para vereador, que é a eleição mais difícil devido à quantidade de candidatos?BC - Primeiro é preciso ter amigos. Na seqüência vem ou-tras prioridades, como a busca de lideranças, organização nas ações e claro: sem estrutura e sem dinheiro, ninguém vence uma eleição desta. Essa combi-nação de fatores desta vez me dará a vitória.

lAuRO DE FREITAs

“São muitos partidos, muitas vaidades”

“FAZER POlÍTICA E sE CANDIDATAR COM uMA sECRETARIA NAs MÃOs, ChEIA DE EMPREGOs, é FáCIl. QuERO VER FAZER IssO sEM Os BENEFÍCIOs DA MáQuINA”

ROBéRIO F. CARVAlhO, EMPREsáRIO DO RAMO

DE MEDICAMENTOs E CONsTRuçÃO

CIVIl - CAsADO COM suIANNE CARVAlhO,

PAI DA PEQuENA AlICE, DE 5 ANOs - é POPulARMENTE

CONhECIDO COMO BEBEl CARVAlhO, ANDA sEMPRE DE

BOM huMOR E TEM A POlÍTICA COMO hOBBy E PAIXÃO.

TENDO OCuPADO NOs úlTIMOs OITO ANOs

CARGOs DE DEsTAQuE DENTRO DO PARTIDO

REPuBlICANO PROGREssIsTA,

COMO sECRETáRIO E PREsIDENTE,

BEBEl CONVIDOu A DIFERENTE MAGAZINE

PARA uM CAFé DA MANhÃ, ONDE BATEu

uM lONGO PAPO sOBRE As ElEIçõEs QuE sE APROXIMAM. 

Foto

: Die

go

Mira

nda

Page 13: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 13

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

Page 14: Diferente Magazine 01 - Parte 02

14 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

MANOEl CARlOs, Ou CARluChO,

COMO é MAIs CONhECIDO, TAMBéM

é PRé-CANDIDATO A PREFEITO DO

MuNICÍPIO. O PsB DIsPONIBIlIZOu O sEu NOME ENTRE

Os PARTIDOs DE AlICERCE DA

PREFEITA MOEMA. O VEREADOR ADMITE A

PRé-CANDIDATuRA.

Diferente Magazine - Você é mesmo pré-candidato?Carlucho – Sim, sou pré-can-didato. A decisão foi alinhada dentro no meu partido, numa convenção realizada no início do mês de outubro, com a presença da nossa senadora Lídice da Mata; do secretário de Turismo do Estado, Domingos Leonelli; da prefeita Moema; do vice-prefeito e de demais amigos e lideranças da cidade. Nesse evento foi suscitado meu

nome para ser o pré-candidato do PSB no município.

DM - Será que sua pré-candi-datura poderá arranhar a liga-ção do seu partido com o PT de Moema?C - Eu acredito que não. O nosso nome estará no tabuleiro, não vamos impor nada. Mas se for o desejo da sociedade, esta-rei pronto para cumprir essa missão. Faço política no mu-nicípio há muitos anos, fui um

dos fundadores do PSB em 1985, deste modo, sou um sol-dado do meu parti-do e o que for deci-dido estarei pronto para cumprir.

DM – Você par-ticipou de todo o processo eleitoral para a escolha de Moema em 2004. Como se deu essa escolha?C – O projeto de esquerda de Lauro de Freitas não começou em 2004 com Moema. Na verdade, foi a consequência de um projeto que começou em 2002, através da realiza-ção do Fórum dos

Partidos Progressistas, que con-tou com a participação do PSB, PCdoB, PDT e PT. Todo o pro-cesso foi iniciado nesse período e, inclusive, as discussões do projeto de governo para 2004. Naquele período, alguns nomes se apresentaram e dentre todos escolhemos o de Moema. Mas tudo começou dessa forma, com a participação dos partidos da nossa cidade.

DM - Já se passaram quase oito anos com o PT. Você não acha que já está na hora de dar opor-tunidade para outro partido da base disputar as eleições de 2012?C - Em 2008 a gente não poderia pensar em ter candidatos, pois era preciso continuar o projeto com Moema, que fez um belís-simo trabalho e mudou a cara da cidade. Mas agora em 2012, Moema não é mais a prefeita e o nosso partido tem o direito de se colocar a disposição. O PSB contribuiu para o sucesso dessa gestão. Não estamos presos ao PT, somos aliados. Mesmo eu sendo vereador da base faço minhas criticas, utilizando, evi-dentemente, a democracia, para apontar o que está certo ou er-rado dentro do governo. Por conta disso, eu posso afirmar: o PSB tem autonomia em Lauro de Freitas, apesar de sermos aliados.

“EM 2008 A GENTE NÃO PODERIA PENsAR EM TER CANDIDATOs, POIs ERA PRECIsO CONTINuAR O PROJETO COM MOEMA, QuE FEZ uM BElÍssIMO TRABAlhO E MuDOu A CARA DA CIDADE. MAs AGORA EM 2012, MOEMA NÃO é MAIs A PREFEITA E O NOssO PARTIDO TEM O DIREITO DE sE COlOCAR A DIsPOsIçÃO”

Carlucho alerta: “sou da base e quero ser prefeito”

lAuRO DE FREITAs

Texto e foto: Márcio Wesley

Page 15: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 15

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

Page 16: Diferente Magazine 01 - Parte 02

16 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Diferente Magazine - Você foi candidato a deputado estadual em 2010. Valeu a experiência?Chico Franco – Toda experiên-cia é valida. Confesso que amadureci bastante nesta últi-ma campanha. Não fui eleito, mas tenho noção de que as pes-soas acreditam na nossa pro-posta, tanto que obtive mais de 22 mil votos. Só aqui em Lauro de Freitas foram quase 11 mil.

DM – Depois do sucesso nas urnas e de ser considerado o candidato a deputado com maior destaque na cidade, porque você optou em mudar

de partido?CF - O PDT foi um partido im-portante na minha vida, mas todo partido deve ter um pro-jeto de poder, ou seja, o PDT não tinha um projeto para viabilizar uma candidatura para prefeito. Então, aceitei o convite do PCdoB, para repre-sentar o partido numa possível candidatura.

DM – Você faz parte da base aliada do PT, mas é notório que você almeja ser prefeito. Since-ramente acredita que Moema apoiará sua candidatura?CF – Existe uma discussão em

torno desse assunto e Moema sabe disso. O nosso partido está preparado e tem um con-junto de propostas impor-tantes para a nossa cidade. O que precisamos saber é o seguinte: quais serão os cri-térios utilizados para esco-lher o próximo candidato da base? Sou pré-candidato pelo PCdoB, mas, evidentemente, haverá um consenso entre os partidos para escolher o próxi-mo candidato da base.

DM - Se você não for o candi-dato indicado corre o risco de romper com o grupo?CF – Vai depender de como será escolhido o próximo can-didato e os critérios utilizados. Digo sempre o seguinte: im-posição eu não aceito nem de meu pai.

DM – Você aceitará ser vice-prefeito?CF – Não fazemos política para sermos vice, mas para ser pre-feito, Ser vice será uma con-sequência. A política é como nuvem, muda toda hora. Por-tanto, não posso dizer nem sim nem não. Mas não posso negar que tenho o desejo de ser can-didato a prefeito da terra que eu nasci e fui criado.

“Sou pré-candidato a prefeito e quero o apoio do PT”

ChICO FRANCO REsPIRA POlÍTICA DEsDE CEDO. sEu

PAI, PROFEssOR FRANCIsCO FRANCO, FOI O DEsBRAVADOR

POlÍTICO NO sEIO FAMIlIAR E ATé hOJE é uMA PERsONAlIDADE IMPORTANTE NO

CENáRIO POlÍTICO. O VEREADOR FAusTO

FRANCO (PDT), IRMÃO DE ChICO,

TAMBéM ENVEREDOu PElO MEsMO

CAMINhO. POlÍTICA é, PORTANTO, uM

AssuNTO CONsTANTE NA VIDA FAMIlIAR

DOs FRANCOs.

“NÃO FAZEMOs POlÍTICA PARA

sERMOs VICE, MAs PARA sER PREFEITO.

VICE sERá uMA CONsEQuêNCIA”.

lAuRO DE FREITAs

Texto e foto: Márcio Wesley

Page 17: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 17

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

Avenida Luiz Tarquinio Pontes, 600, UNIME - Lauro de Freitas Telefone: 71 3378-8996 / Celular: 71 8727-6550 Email: [email protected]

Na Agência Experimental do curso de Publicidade e Propaganda da UNIME, o principal combustível é a criatividade. Ela alimenta ideias, conceitos e soluções para você ter

satisfação na divulgação do seu bem mais precioso: Sua empresa.

Page 18: Diferente Magazine 01 - Parte 02

18 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Membro do diretório do PSC em Lauro de Freitas, Helinel-son é homem de confiança do grande líder do partido, o suplente de senador Eliel Santana. Sinho e sua família são Cristãos protestantes da Assembleia de Deus, de uma família tradicional da denomi-nação no Estado da Bahia. Há Cinco anos em Lauro de Frei-tas, o filho do Pastor Elinel-son Santana e da Irmã Marize Lombardo Santana hoje é Se-cretário Geral do seu partido, o PSC – Partido Social Cristão e acaba de assumir a Coordena-ção Executiva (Sub-Secretaria) da SMTT – Secretaria Munici-pal de Trânsito e Transporte, onde vem mostrando diferen-ça na gestão, juntamente com o novo secretário, Abraão Barros Reis.

GEsTÃO DA sMTTSinho elege como prioridade a promoção da mobilidade sustentável, buscando trazer

efetivamente uma melhoria na qualidade de vida do ci-dadão laurofreitense, não res-tringindo a gestão da pasta estritamente à fluidez do trân-sito. Os desafios buscam ain-da trazer a atenção do poder público à importância que a pasta exerce para sua estru-tura, haja visto que, sob todos os aspectos humanos, físicos e financeiros, “estamos muito aquém do que realmente con-sidero ideal para colocar em prática tudo que almejamos para fazer de Lauro de Frei-tas uma cidade decididamente mais humana”, afirma. “Isto porque, quando nos referimos a trânsito e transporte, princi-palmente de uma cidade nas condições peculiares de Lau-ro, não podemos nos referir apenas a veículos e pedestres, mas sim, a todos os entes que compõem o sistema de Trân-sito. Falamos assim da rotina das famílias em seus trajetos cotidianos”, completa.

O PsC E A suCEssÃOComo membro do Diretório Municipal do PSC ocupando a Secretaria Geral do partido, Helinelson tem sido cauteloso quando o assunto é a candi-datura que será indicada pela prefeita Moema Gramacho. O partido, dono de uma grande popularidade, tem enorme respeito social e uma legião de seguidores e essa força vem da atuação religiosa, pois a As-sembléia de Deus com seus sessenta templos, não poderia deixar de mandar um recado aos governantes, é como se dis-sesse “nós estamos aqui e que-remos nosso espaço”. A cúpula do partido, com liderança local do presidente Osny Bonfim, tenta não utilizar desta prer-rogativa, de que o partido e a igreja compartilham objetivos comuns em busca de recon-hecimento e destaque, porém é notória que a força do PSC está exatamente na credibi-lidade que a Igreja endossa. O partido, assim como os outros aliados locais do PT, aguarda o posicionamento da prefeita. Helinelson destaca: “como in-tegrantes da base seguimos fiéis aos nossos propósitos, nos consideramos parte funda-mental na sucessão, pois con-tamos em nosso quadro com membros capazes de compor a majoritária”. Ele acrescenta: “a primeira eleição da prefeita Moema só se tornou viável e real, graças à candidatura do PSC que naquela oportunidade (eleições de 2004) mostrou a força popular do partido”. He-linelson se refere a candidata do partido que obteve cerca de 10 mil votos. Nesta referida eleição, Moema derrotou os “leões” com uma diferença in-ferior a essa votação do PSC.

A juventude ganha espaço no governo de Moema

hElINElsON lOMBARDO sANTANA

(28), NATuRAl DE AlAGOINhAs,

ADVOGADO, CAsADO COM A

FIsIOTERAPEuTA GEuZIVANA DE sOuZA BAsTOs sANTANA (32) E PAI DOs PEQuENOs

GlEIDsON E MARIA FERNANDA, VEM sE

DEsTACANDO EM lAuRO DE FREITAs, COMO uM GRANDE

EMPREENDEDOR POlÍTICO. O JOVEM, CARINhOsAMENTE CONhECIDO COMO

sINhO PElOs AMIGOs, TEM sE PORTADO

COMO uMA DAs FIGuRAs FORTEs DA

PREFEITA MOEMA GRAMAChO.

lAuRO DE FREITAsFo

to: D

ivul

gaç

ão

Page 19: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 19

Diferente Magazine – O PT de Lauro de Freitas passou a ter mais notoriedade com sua ida para o partido?Lula Maciel – O PT já exis-tia antes da minha militância dentro dele, mas, sem falsa modéstia, quando verdadei-ramente comecei a militar no início dos anos 90, acredito que o PT começou a ser visto com outros olhos. Sempre fui uma pessoa de comunidade e um defensor da igualdade so-cial. Então, foi um momento importante para que o partido começasse a ser percebido de uma forma diferenciada, den-tro do contexto social e mais próximo das pessoas.

DM – Qual a sua avaliação com o governo de Moema?LM – Se compararmos com todos os outros governos que passaram pela cidade posso dizer que Moema fez um gov-erno muito bom. Mas poderia ter sido melhor. Para ser do PT, ser bom é pouco. Nós do PT estamos acostumados com a

excelência.DM – Como você avalia um tu-cano no ninho das estrelas?LM – A vinda de João Oliveira para o partido eu vejo com muita naturalidade. João tem seus valores, suas qualidades e seus motivos para estar no PT. Acredito que sua filiação pode-ria ter sido um pouco mais dis-creta. Mas foi na véspera do final do prazo de filiação partidária, pelo menos deu a entender uma intenção eleitoral. Mas vamos aparar todas as arestas com o intuito de marcharmos juntos e unificarmos todas as forças para fortalecer cada dia mais o nosso partido aqui na cidade.

DM – Se João for o escolhido da prefeita para representar o PT nas próximas eleições você abandonará sua intenção de pré-candidato?Lula Maciel – Com o PT é dife-rente, as coisas não acontecem de cima para baixo. Não é a prefeita que vai indicar o candidato, mas, o partido avaliará todos os outros nomes existentes. João será uma

das opções, assim como eu tam-bém sou.

DM– Qual sua opinião sobre a verticalização?LM – Só para termos uma idéia, teve uma empresa que se instalou na Estrada do Coco e funcionou com o auxílio de um gerador por muito tempo. Isso aconteceu porque não te-mos um plano diretor de ener-gia elétrica para a nossa região. Assim também acontecerá com o abastecimento de água. Temos apenas um reservatório que foi construído há quase 20 anos lá no Caji. Precisa-mos criar soluções urgentes para sanar esses problemas de infraestrutura que já estão a-fetando a nossa cidade.

“Minha pré-candidatura tem legitimidade”

MuITA GENTE AssOCIA A FIGuRA

DO VEREADOR lulA MACIEl COM O DEsPONTAR DO PT NO MuNICÍPIO, PRINCIPAlMENTE

ENTRE Os MAIs JOVENs. DEsDE A

DéCADA DE 90, lulA é uM MIlITANTE FERVOROsO NO

PARTIDO DOs TRABAlhADOREs.

VEREADOR PElO sEGuNDO MANDATO,

MACIEl DIZ EsTAR PREPARADO PARA

ENCABEçAR A CANDIDATuRA NAs

PRóXIMAs ElEIçõEs.

“NÃO é A PREFEITA QuE VAI INDICAR O CANDIDATO, MAs, O PARTIDO AVAlIARá TODOs Os OuTROs NOMEs EXIsTENTEs”.

ElEIçõEs 2012

Texto e foto: Márcio Wesley

Foto

: Div

ulg

ação

Page 20: Diferente Magazine 01 - Parte 02

20 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Page 21: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 21

ElEIçõEs 2012

Diferente Magazine – Quan-do você começou sua carreira política em Lauro de Frei-tas e por que escolheu o mu-nicípio?Dr. Márcio Paiva- Na verdade não entendo a política como uma carreira, mas sim como o resultado de quem tem uma vida em comunidade e está atento aos problemas da so-ciedade. É justamente esta in-serção que faz surgir atuação política. A minha carreira de fato é a medicina. Sou filho de uma família simples, com mui-to esforço me formei em me-dicina e foi em Lauro de Freitas que pude constatar que a saúde é, de fato, o bem mais precioso e desejado pelas pessoas, pois sem saúde nada mais tem sen-tido e com saúde tudo pode ser alcançado. Assim posso dizer que foi através da saúde que escolhi, há 15 anos, esta cidade pra viver e trabalhar. Em Lauro de Freitas posso construir, com as pessoas, um projeto político capaz de promover saúde e qualidade de vida pra todos.

DM - Você foi um dos vereadores mais votados na cidade, o que garantiu essa expressiva votação e quantos votos obteve?MP - Na política aprendi que, em primeiro lugar, está o res-peito à vontade do povo e o político que não respeita o povo, além de ter vida curta na política, não serve para a democracia. Tenho alegria e autoridade para afirmar que cada um dos votos que obtive (2.399) é resultado direto do meu trabalho e conseqüente-mente, do reconhecimento do

povo. Entendo e re-speito a sabedoria do povo. Observe que ao me eleger como o vereador mais votado entre todos os vereadores, o povo mostrou, de forma inteligente, através das urnas, que eu teria a re-sponsabilidade de fiscalizar o governo que aí está, pois é através do vereador que o povo acom-panha e fiscaliza as ações do Execu-tivo. Neste sentido, tenho a consciência do dever cumprido, e esta certeza vem do fato de que nosso partido, o PP, tem candidato próprio ao governo municipal no próximo ano. Esta aliança está sendo bem construída. O povo pede, ouço nas ruas, no contato com as pessoas, nos meios de comuni-cação este chamado. O PP terá candidato, o povo não acredita mais neste modelo de gestão que aí está. Vamos construir juntos a cidade que queremos.

DM – Como você avalia o atual governo municipal?MP - Na condição de vereador, tenho obrigação de acompa-nhar que tipo de cidade estamos recebendo do governo que aí está. Não faço política raivosa, mas política consequente. A primeira coisa que todo gestor reclama é da condição para reali-zar, ter recursos: dinheiro, numa linguagem popular. E neste caso, podemos dizer que dinheiro tem! Em 2005, a arrecadação

girava em torno de 90 milhões /ano, hoje passa dos 290 milhões/ano, além do fato de que o Gov-erno Federal bancou as obras que vieram para a cidade, como o saneamento básico. Assim fica a pergunta: pra onde foi o din-heiro? Como vereador, posso dizer que boa parte dele está no Diário Oficial, com as constan-tes nomeações de cargos e mais cargos de confiança, e na ma-nutenção dos 21 partidos da base aliada da prefeita. O povo não quer isso! O governo não se entende, cada um caminha para um lado. A prefeita tem dificuldade de promover a integração dos partidos com o seu partido e sofre críticas pesadas dos seus companhei-ros. Prova disso é a dificuldade para escolher um nome para a sua sucessão. Está todo mundo apreensivo e quem perde com isso é o povo. Governar oito anos e com tantos partidos deveria, em tese, garantir tranqüilidade

ao governo, mas o que se vê é briga pelo poder, por cargos e interesses pessoais. O modelo da prefeita faliu, a cidade foi prejudicada e o povo é quem perde com isso. Mas vamos mudar esta realidade.

DM - Você acredita que se for eleito vai fazer o diferencial no município e de que forma?MP - Quando se está na oposição, tudo é mais difícil, os espaços de atuação são pequenos, ainda mais quando a situação tem poder muito grande, compra tudo com o poder de barganha, além de usar o rolo compressor para calar a oposição. Se, neste con-texto tão difícil, consegui fazer a diferença e ser reconhecido como médico do povo, tam-bém não pouparei esforços para também ser reconhecido como prefeito do povo, e não ficar refém de alianças, como vemos hoje, em nossa cidade.

Dr. Márcio Paiva: um médico que desafia a prefeita e seus 20 aliados Texto: Edmilson Pereira

Foto: Marcelo Aragão

Page 22: Diferente Magazine 01 - Parte 02

22 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Diferente Magazine - Pelo fato do senhor ser uma das pessoas de confiança de Moema, isso foi um dos motivos que levou o senhor sair do PSDB para começar a militar no PT?João Oliveira – Acredito que confiança está ligada direta-mente ao princípio da lealdade e a responsabilidade com que trato o meu compromisso com Lauro de Freitas. Eu creio que a prefeita, na sua sabedoria, percebeu que somos parceiros, independente de questão partidária. Costumo dizer que a minha mudança do PSDB para o PT é uma história de coincidências. Todo mundo sabe que não comecei minha vida política dentro do Partido dos Trabalhadores ou em parti-dos de esquerda. Mas a minha vida sempre foi marcada por lu-tas, conquistas e muitas dificul-dades, assim como a história do Partido dos Trabalhadores. Por esse motivo, a prefeita e outras lideranças me convidaram para

fazer parte do partido. DM - O senhor é de fato pré-candidato a prefeito de Lauro de Freitas? JO – É lógico que sou. Pri-meiro pela minha história, segundo pela minha experiên-cia de gestão e terceiro pela relação que temos com o mu-nicípio. Caso o meu nome seja homologado pelo meu partido, eu não tenho dúvida que iremos fazer um trabalho positivo e ex-pandiremos ainda mais o pro-jeto da prefeita Moema aqui em Lauro de Freitas.

DM– O senhor é o pré-candi-dato da prefeita Moema Gram-acho?JO – Quem vai escolher o candi-dato é o partido, mas existe uma simpatia e um aceno da prefeita

com o meu nome. Mas diante dessa pergunta, só quem pode respondê-la é a própria Moema. Porém, a prefeita sabe que sou pré-candidato e olha com bom gosto o nosso nome.

DM - Como o senhor pretende administrar as pretensões dos outros candidatos da base governista e, inclusive, do seu próprio partido para as próxi-mas eleições?JO – Acho que são pretensões justas, legítimas e normais den-tro do mundo da política. Mas caberá para cada um fazer o seu próprio convencimento. Nós somos integrantes de um projeto político, contudo, de-verá sobressair quem tiver efe-tivamente condições de levar o projeto até a vitória. Estou na política de Lauro de Freitas há quase 25 anos e sei bem quais são as dificuldades da nossa gente e como conduzí-las para uma vida mais justa.

“A prefeita sabe que sou pré-candidato e olha com bom gosto o meu nome”

JOÃO OlIVEIRA CONFIRMA QuE O sEu NOME EsTá à

DIsPOsIçÃO E QuE TEM MuITO QuE

CONTRIBuIR PARA A CIDADE CAsO

sEJA O EsCOlhIDO PElO PT. OlIVEIRA

COMEçOu suA VIDA POlÍTICA COMO

VEREADOR EM 1988, QuANDO FOI ElEITO PElA PRIMEIRA VEZ. E NÃO PAROu MAIs,

FOI PREsIDENTE DA CâMARA DE

VEREADOREs POR TRês VEZEs, PAssOu

PElO PMDB, PsDB E hOJE CAMINhA NO PT.

lAuRO DE FREITAs

A MINhA MuDANçA DO PsDB PARA O PT é uMA hIsTóRIA DE COINCIDêNCIAs.

Foto

: Div

ulg

ação

Page 23: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 23

DIFERENTE MAGAZINE – Vamos começar fazendo um balanço de quando o senhor foi prefeito da cidade. Marcelo Abreu – No meu período de quatro anos fizemos 107 salas de aula e construímos a maior escola de Itinga, a Escola João Leão, que atualmente se chama Escola Dois de Julho. Im-plantamos o ensino infantil na cidade, trouxemos o Mé-todo Positivo para o mesmo e computadores adaptados para a escola Renasce a Es-perança, no bairro de Portão. Na saúde, implantamos o primeiro Centro Cirúrgico Municipal da Bahia, no Hos-pital Jorge Novis. Mas muitas outras coisas foram realiza-das no nosso governo. Eu me orgulho de ter sido prefeito e tenho no meu currículo todas essas realizações.

DM – O senhor já é pré-can-didato a prefeito de Lauro de Freitas?MA - Já coloquei o meu nome à disposição, mas essa decisão não será tomada por mim, mas pelo presidente municipal do partido, o vereador Bitinho, por quem tenho enorme re-speito. E no âmbito estadual, dependerá do nosso presiden-te, o senador César Borges.

DM – O que o senhor acha do atual governo municipal?MA – Como ex-prefeito sou suspeito para falar, porém, dentro da situação atual de ar-

recadação e com o fim de to-das as isenções que existiam no passado, era para cidade estar bem melhor. Em dezem-bro de 2004, o município tinha uma arrecadação média em torno de R$ 6,7 milhões por mês. Hoje, a cidade arrecada cerca de R$ 24 milhões men-salmente. Com essa arrecada-ção era para o município es-tar bem melhor. Além disso, existem, ainda, os inúmeros investimentos federais, pelo menos é o que vejo a mídia divulgando. Nesses últimos oito anos, não fizeram nada de substancial para prevenir o caos viário que virá junto com a verticalização e os mais de 15 mil imóveis e milhares de novas famílias com seus automóveis. Até agora, não vemos nenhuma solução de projetos viários ou sanitários para suportar a verticalização em Lauro de Freitas.

Marcelo Abreu deseja disputar as eleições em 2012

MARCElO ABREu INICIOu suA VIDA PúBlICA EM 1989, COMO ChEFE DE

GABINETE DO EX-PREFEITO JOÃO lEÃO.

POsTERIORMENTE, FOI CONVIDADO

PARA sER O sECRETáRIO

DE GOVERNO NA GEsTÃO DE

OTáVIO PIMENTEl E sECRETáRIO

DA FAZENDA NO GOVERNO DE

ROBERTO MuNIZ. NO ANO 2000,

MARCElO FOI ElEITO PREFEITO DE lAuRO

DE FREITAs COM 69,7% DOs VOTOs DA

CIDADE. ATuAlMENTE é sECRETáRIO DE

sERVIçOs PúBlICOs DA PREFEITuRA DE sAlVADOR E

CAsO sEu PARTIDO CONCORDE,

PRETENDE sER CANDIDATO A

PREFEITO DE lAuRO DE FREITAs.

“O CAOs VIáRIO VIRá JuNTO COM A VERTICAlIZAçÃO E Os MAIs DE 15 MIl IMóVEIs, MIlhAREs DE NOVAs FAMÍlIAs E AuTOMóVEIs EM lAuRO DE FREITAs”.

ElEIçõEs 2012

Texto e foto: Márcio Wesley

Foto

: Div

ulg

ação

Page 24: Diferente Magazine 01 - Parte 02

24 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

Page 25: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 25

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

A invasão das drogas tem causado dife-rentes transtornos na vida da popu-

lação mundial. Entorpecentes de baixo custo aliados à fac-ilidades na aquisição, as drogas estão nas esquinas das cidades, nas mãos dos jovens, sejam eles ricos ou pobres, brancos ou ne-gros, homens ou mulheres.O fato é que as drogas, sobretu-do o crack, se alastram dia a dia e este já se tornou, de fato, um caso de saúde pública. Estudos mostram que, no Bra-sil, o percentual de assassinatos na faixa etária de 15 a 24 anos

é de 170% maior que em qual-quer outra faixa etária. A proba-bilidade de um jovem brasileiro morrer assassinado é 30 vezes maior que a de um jovem eu-ropeu e 70 vezes maior que a de um jovem morador da Ingla-terra, da Áustria ou do Japão. A questão é: grande parte desses assassinatos está ligada, direta ou indiretamente, ao submundo das drogas. Na Bahia, as cidades com os maiores índices de risco de jo-vens nessa faixa etária serem as-sassinados são Itabuna, Simões Filho, Lauro de Freitas e Porto Seguro, devido ao envolvimento

com atividades ligadas ao trá-fico. Mesmo com todo o aparato de viaturas, homens de preto - de elite ou não - o fato é que o Estado briga contra um ini-migo silencioso. Uma pesquisa realizada pela empresa Perfil Estatística em agosto de 2011, mostra que a maior preocupa-ção da população de Lauro de Freitas esta ligada ao aumento da violência.Para a delegada Patrícia Nuno, plantonista da 23ª Delegacia de Lauro de Freitas, a ausência da família na educação infanto-juvenil está diretamente ligada à entrada precoce dos jovens

“ESTÁ FALTANDO ATUAÇÃO DA FAMÍLIA”, ALERTA O GOVERNADOR

“DEssA MANEIRA QuE A DROGA AVANçA

NO BRAsIl, NÃO CONsEGuIREMOs

REsOlVER O PROBlEMA NEM

sE COlOCARMOs uM POlICIAl

POR CIDADÃO!” , AFIRMOu WAGNER.

NA FOTO ACIMA, O GOVERNADOR

DIsCuRsA EM VIsITA AO QuARTEl DA POlÍCIA

DE ChOQuE DE lAuRO DE FREITAs

sEGuRANçA PúBlICAM

anu

Dia

s/A

GE

CO

M

Page 26: Diferente Magazine 01 - Parte 02

26 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

no mundo do crime. “É pre-ciso cobrar da população as responsabilidades em relação aos princípios de família, res-peito aos pais, aos mais velhos, dedicação aos estudos, união da família, e claro, a religião deve também estar presente no dia a dia dessas famílias”. Essa é também a opinião do governador da Bahia, Jaques Wagner. “Está faltando atu-ação da família. Dessa maneira que a droga avança no Brasil, não conseguiremos resolver o problema nem se colocarmos um policial por cidadão”. Foi as-sim que o governador se referiu à problemática, ao tentar justificar o avanço da violência no Brasil. Essa frase foi dita por ele no en-contro de prefeitos promovido pela UPB (União das Prefeitu-ras da Bahia) ocorrido no dia 10 de outubro de 2011. A simplici-dade com a qual o chefe maior do Estado se referiu à violência arrancou aplausos dos prefeitos,

vereadores, deputados, jornalis-tas e convidados ali presentes.A delegada Patrícia Nuno acredita que a violência urbana poderá ser melhor combatida no momento em que o Estado, como gestor da segurança, tratar seus policiais com salários dignos, incentivos de carreira compatíveis com os aplica-dos nos estados da União que melhor remuneram seus servi-dores. “Outro tópico importante que não posso deixar de citar é a preocupação que o Estado deve ter com a reintegração do ex-detento na sociedade, depois que eles pagam sua dívida com, passam a merecer um novo em-prego, uma nova vida e o Es-tado, neste caso, poderia atuar de maneira mais contundente”, afirma Patrícia. Estatísticas demonstram que o Estado da Bahia em relação à remuneração de seus policiais militares é o 15º, e em relação à polícia civil é o penúltimo da

Região Nordeste, ganhando apenas para o Estado de Sergipe (Fonte: www.papodepm.com).

O “CRACK”Ao tratar o sal de cocaína com bicarbonato, aparece um bloco sólido, mais conhecido como “crack”. O nome advém do ba-rulho produzido neste pro-cesso de solidificação e na que-bra deste bloco em pequenos pedaços. Ele também pode ser preparado a partir da pasta de cocaína. Esta forma é pouco solúvel em água, mas se sublima quando aquecida, sendo fumada em cachimbos.O fato é que nossos jovens, prin-cipalmente na periferia, estão cada dia mais cedo sendo re-crutados pelo mundo do crime. O Estado precisa combater o problema de maneira “globa-lizada”. Não adianta apenas ser tratado como um problema de segurança pública, com viatu-ras, seis mil homens a mais no

efetivo, helicópteros, grampos autorizados. Faz-se necessária a integração com as Secretaria de Saúde e principalmente de Edu-cação. Tudo isso aliado, é claro, à dinâmica familiar, que através de uma educação rigorosamente planejada, evita a entrada pre-coce de menores no ciclo das drogas.

lAuRO DE FREITAs E O TOQuE DE RECOlhERRoubos, furtos e assassinatos tornaram-se freqüentes, deixan-do a população em desconforto, medo e insatisfação em Lauro de Freitas. O aumento assusta-dor do consumo de drogas na região trouxe para a população um sentimento de insegurança. Município localizado na Zona Metropolitana de Salvador, com extensão territorial de apenas 59km2, sendo a terceira menor cidade da Bahia em tamanho geográfico, possui localidades que presenciam dramas semel-hantes àqueles vivenciados em grandes áreas periféricas, a e-xemplo das favelas do Rio de Ja-neiro, constantemente presenteS nos noticiários nacionais. No bairro de Portão, por exem-plo, os traficantes determina-ram o “toque de recolher”, após a chacina ocorrida no dia 09 de outubro deste ano, que vi-timou três pessoas, sendo que uma quarta foi encontrada no dia seguinte. Policiais que tra-balham no caso, afirmam que esta quarta vítima pode ter sido ferida no mesmo tiroteio e ao tentar fugir, foi baleada, sendo encontrada morta no matagal próximo a área onde ocorreram as outras mortes. Crimes dessa natureza deixam a população em constante estado de alerta.

Div

ulg

ação

/ D

EA

Page 27: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 27

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

Combater o tráfico de drogas, res-tabelecer a ordem e a segurança pública, são exigências de todos no município. Ainda que a segurança pública seja um problema diretamente ligado à instância estadual, buscar conter essa criminali-dade, criar um policiamento eficaz, melhorar a iluminação pública e criar estratégias que tragam de volta a paz, são tare-fas difíceis que os governantes têm pela frente. A insatisfação dos moradores de Lauro de Freitas está refletida no co-tidiano das ruas. Pais que não deixam seus filhos brincarem livremente, consumo de drogas nas praças e becos, assaltos a coletivos, roubo de carros, uma serie de crimes que preocupam e assustam a população.``Não devemos apenas pren-der o praticante de um crime, devemos educá-los, fazer um trabalho social em grande es-cala, buscar na população os princípios da família, abrir as portas da delegacia, ser solidário e não apenas punir. Criar um cidadão do bem, em

seus princípios, na sua cultura e no seu ambiente”, afirma a dele-gada Patrícia Nuno, que ressalta ainda a importância de fomen-tar na população, a eficiência resultante do trabalho em con-junto com os órgãos de segu-rança, instruindo e difundindo o uso do dique denuncia, fer-ramenta que vem se mostrando eficaz na captura de foragidos da justiça. Apesar das autoridades policiais não confirmarem o toque de re-colher em Portão, determinado pelos traficantes, o fato é de que ele existe e vem deixando apa-vorados os comerciantes locais. O Sr. Luis (nome fictício por questões de segurança) morador e comerciante do bairro a mais de 30 anos, lamenta: “Se eu pudesse e tivesse pra onde ir, tiraria meus filhos daqui”, diz o senhor de 57 anos, que completa: “São quatro, sendo que os dois adolescentes, de 15 e 17 anos, já são usuários de drogas, ambos com pas-sagem pela polícia. Fracassei como pai com os dois mais ve-lhos e não posso errar de novo com os mais jovens”.

A FORçA EFETIVA DA GuARDA MuNICIPAl Com um efetivo acima de 300 homens e mulheres, a Guarda Municipal de Lauro de Freitas tem como objetivo controlar e fiscalizar o trânsito, apoiar ativi-dades de socorro, garantir o fun-cionamento de serviços públi-cos e a proteção aos serviços de transporte coletivo e terminais viários, entre outros.Em conjunto com as policias, está em funcionamento o Pro-grama Nacional De Segurança Publica com Cidadania (PRO-NASCI). O município dispõe de

câmeras de vigilância e monito-ramento distribuídos nos bair-ros de Itinga, Portão, Centro, Ipitanga, Vilas do Atlântico, Areia Branca, Caji, Buraquinho, Capelão, Vida Nova e Jambeiro. Esse serviço visa contribuir para o monitoramento das áreas críti-cas, fornecendo dados e iden-tificando as ações criminosas levando a possível captura de criminosos. Esse projeto tem como objetivo em médio e longo prazo a erradicação da violência nas áreas mais criticas, trazendo assim, mais segurança para toda a população.

Mat

eus

Per

eira

/sec

om

Page 28: Diferente Magazine 01 - Parte 02

28 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

ClAssIFICADOs

Page 29: Diferente Magazine 01 - Parte 02

DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011 | 29

ANuNCIE NA TV DIFERENTE E NA DIFERENTE MAGAZINE: 71 3024-5224

Page 30: Diferente Magazine 01 - Parte 02

30 | DIFERENTE MAGAZINE | NOVEMBRO/2011

ClAssIFICADOs

Page 31: Diferente Magazine 01 - Parte 02