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DINÂMICAS NA EDUCAÇÃO EM REDE: TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS EDUCACIONAIS E MÍDIAS SOCIAIS Luziana Quadros da Rosa 1 , Lucyene Lopes da Silva 2 , Ana Elisa Pillon 3 , Márcio Vieira de Souza 4 1 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), [email protected] 2 Instituto Federal Catarinense (IFC), [email protected] 3 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), [email protected] 4 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), [email protected] Resumo – As tendências para inovação tecnológica na educação superior, destacadas na prévia do NMC Horizon Report 2018 apontam as tecnologias emergentes e os desafios que vão gerar impactos nos processos de ensino aprendizagem e investigação criativa. Neste sentido, este artigo pretendeu trazer um panorama sobre Educação em Rede e Metodologias Ativas com base na relação das tendências tecnológicas e das mídias sociais. Como metodologia da pesquisa, realizou-se uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL). A coleta de dados e análise dos resultados mostram a identificação de seis publicações selecionadas, nas quais três categorias analíticas foram verificadas, indicando que a relação das tendências tecnológicas e das mídias sociais se dá por meio de (1) espaços para letramentos, (2) territórios de diálogos e (3) imersões ao conhecimento. Na amplitude e complexidade da era digital se mostra coerente uma compreensão do que é tendência em termos tecnológicos de educação com base na realidade vivenciada pelos aprendizes. Como parte das considerações finais, indica-se que futuras pesquisas possam investigar outras relações possíveis, neste contexto, considerando os movimentos tecnológicos que estão por vir na educação. Palavras-chave: Educação em Rede. Metodologias ativas. Tendências tecnológicas educacionais. Mídias Sociais. Abstract – Trends in technological innovation in higher education, highlighted in the NMC Horizon Report 2018 emerging technologies and the challenges which will generate impacts in the processes of teaching learning and creative research. In this sense, This article intends to bring a panorama on the Network Education and Active Methodologies based on the relation of technological trends and social media. As a research methodology, a Systematic Literature Review (SLR) was performed. The data collection and analysis of the results show the identification of six selected publications, in which three analytical categories were verified, indicating that the relation of technological trends and social media is given by (1) spaces for literacies, (2) territories of dialogues and (3) immersions to knowledge. In the breadth and complexity of the digital age, an understanding of the technological tendency of education based on the reality experienced by apprentices is coherent. As part of the final considerations, it is indicated that future research may investigate other possible relationships, in this context, considering the technological movements that are to come in education. Keywords: Network Education. Active methodologies. Educational technology trends. Social media.

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DINÂMICAS NA EDUCAÇÃO EM REDE: TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS EDUCACIONAIS E MÍDIAS SOCIAIS

Luziana Quadros da Rosa1, Lucyene Lopes da Silva2, Ana Elisa Pillon3, Márcio Vieira de Souza4 1Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), [email protected]

2Instituto Federal Catarinense (IFC), [email protected]

3 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), [email protected]

4 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), [email protected]

Resumo – As tendências para inovação tecnológica na educação superior, destacadas na prévia do NMC Horizon Report 2018 apontam as tecnologias emergentes e os desafios que vão gerar impactos nos processos de ensino aprendizagem e investigação criativa. Neste sentido, este artigo pretendeu trazer um panorama sobre Educação em Rede e Metodologias Ativas com base na relação das tendências tecnológicas e das mídias sociais. Como metodologia da pesquisa, realizou-se uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL). A coleta de dados e análise dos resultados mostram a identificação de seis publicações selecionadas, nas quais três categorias analíticas foram verificadas, indicando que a relação das tendências tecnológicas e das mídias sociais se dá por meio de (1) espaços para letramentos, (2) territórios de diálogos e (3) imersões ao conhecimento. Na amplitude e complexidade da era digital se mostra coerente uma compreensão do que é tendência em termos tecnológicos de educação com base na realidade vivenciada pelos aprendizes. Como parte das considerações finais, indica-se que futuras pesquisas possam investigar outras relações possíveis, neste contexto, considerando os movimentos tecnológicos que estão por vir na educação.

Palavras-chave: Educação em Rede. Metodologias ativas. Tendências tecnológicas educacionais. Mídias Sociais.

Abstract – Trends in technological innovation in higher education, highlighted in the NMC Horizon Report 2018 emerging technologies and the challenges which will generate impacts in the processes of teaching learning and creative research. In this sense, This article intends to bring a panorama on the Network Education and Active Methodologies based on the relation of technological trends and social media. As a research methodology, a Systematic Literature Review (SLR) was performed. The data collection and analysis of the results show the identification of six selected publications, in which three analytical categories were verified, indicating that the relation of technological trends and social media is given by (1) spaces for literacies, (2) territories of dialogues and (3) immersions to knowledge. In the breadth and complexity of the digital age, an understanding of the technological tendency of education based on the reality experienced by apprentices is coherent. As part of the final considerations, it is indicated that future research may investigate other possible relationships, in this context, considering the technological movements that are to come in education.

Keywords: Network Education. Active methodologies. Educational technology trends. Social media.

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1. Considerações IniciaisTecnologias como a IoT (Internet of Things) são tendências emergentes por estarem presentes na sociedade em todos os lugares, e também, em uma educação sem diferença de modalidades, nas quais a educação a distância, a educação presencial e a educação híbrida se interligam, em uma Educação em Rede, na denominada sociedade do conhecimento (NUNES et al., 2016). No entanto, não só essas, mas outras tendências despontam neste cenário no qual os atores sociais formam uma sociedade conectada em rede.

Em 2018, uma prévia do documento NMC Horizon Report, apresenta seis tendências, seis desafios e seis tecnologias que vão estar presentes nos próximos cinco anos impactando os processos de ensino, aprendizagem e investigação criativa na educação superior, na visão de 71 especialistas da comunidade Horizon Expert Panel, em um convênio da EDUCAUSE Learning Initiative (ELI). As tecnologias destacadas no relatório se referem aos grandes dados, por meio das Analytics Technologies, bem como menciona Makerspaces, espaços nos quais os estudantes desenvolvem a criatividade, e ainda, destacam–se as tecnologias de aprendizagem adaptativa e a Inteligência Artificial (IA), bem como fala-se na Realidade Mista (RM), em uma intersecção das realidades virtuais e físicas, com tecnologia de visualização 3D e dispositivos holográficos, e no design e aplicação de robôs, na educação (NMC HORIZON REPORT PREVIEW, 2018).

As tendências para inovação tecnológica na educação superior, destacadas no NMC Horizon Report Preview (2018) vão desde o avanço da cultura de inovação, passando pelo aumento de novas formas de estudos interdisciplinares ao redesenho dos processos de aprendizagem. Tais tendências apontam que há um foco crescente para avaliação da aprendizagem, a proliferação dos Recursos Educacionais Abertos (REA), e a Colaboração Interinstitucional e Intersetorial entre faculdades e universidades.

Os desafios revelados, no relatório supracitado, para introdução dessas tecnologias educacionais inovadoras demonstram que na área acadêmica faltam experiências autênticas de aprendizado, nas quais os estudantes possam vivenciar situações e solucionar problemas da vida real; implicando também, no modo como as instituições educacionais se organizam para oferta de seus projetos, de forma que possam adaptar de modo flexível suas estruturas e políticas internas; passando pelas pressões econômicas e políticas, externas. Da mesma forma, os especialistas, do documento citado, destacam questões sobre as dificuldades relacionadas à alfabetização digital e o avanço da equidade digital, bem como sobre a mudança do papel dos professores para que saibam utilizar de modo dinâmico essas tecnologias na oferta de metodologias de aprendizado ativas.

Deste modo, considerando uma sociedade do conhecimento e a necessidade de processos educativos dinâmicos, o objetivo geral do artigo é apresentar um panorama sobre Educação em Rede e Metodologias Ativas com base na relação das tendências tecnológicas e as mídias sociais.

Nesse sentido, após essa seção introdutória, de considerações iniciais, segue o referencial teórico da pesquisa, na segunda seção, abordam-se os conceitos sobre

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Educação em Rede e Metodologias Ativas. Já na seção três, referente à metodologia desta pesquisa, apresentam-se as etapas da Revisão Sistemática da Literatura (RSL), em que se buscou identificar as publicações, no Portal de Periódicos da Capes, que relacionam as tendências tecnológicas educacionais e as mídias sociais. Os resultados apresentados estão descritos na quarta seção e mostram as publicações selecionadas, bem como as discussões, na qual se convergem a análise qualitativa das temáticas apresentadas. Na quinta seção, apresentam-se as considerações finais.

2. Educação em Rede e Metodologias AtivasNa atual contemporaneidade reflexos da era do conhecimento, utilização das tecnologias da informação, sociedade digital e crescente globalização têm sido percebidos nos caminhos trilhados pela educação. Inicialmente apontada como “bancária”, enfatizando um processo onde o professor apenas “depositava” o conhecimento em seus estudantes, hoje temos a perspectiva de uma educação que precisa acompanhar as nuances da nossa evolução. Os estudantes já não possuem as características passivas de outrora, convivem cada vez mais com um espaço educacional inovador. A partir deste cenário então, surgiu, e está em evolução, este processo dinâmico denominado “Educação em Rede”.

O termo Educação em Rede foi inicialmente divulgado através das publicações de Margarita Victoria Gomez. Gomez utilizou esta denominação para apresentar uma educação que ocorre em um espaço diferenciado ─ o ciberespaço ─ enfatizando que, desta forma, a escola deixa de ser o único espaço físico possível para que o processo ensino-aprendizagem seja concretizado. Reforça ainda, a autora, que, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são responsáveis por mediar este importante processo (GOMEZ, 2004). Um dos grandes aportes deste modelo salientados pela autora refere-se à autonomia dos estudantes que, através de relações mediadas pelas tecnologias, alcançam o seu conhecimento.

A base da teoria de Gomez segue o que é defendido por Paulo Freire, autor referência na educação. Segundo Kira et al. (2017) Paulo Freire apresenta o princípio da autonomia enfatizando que o homem pode assumir um posicionamento crítico, modo através do qual ele dialogicamente pode direcionar a sua própria história.

Uma das tarefas mais importantes da prática educativa-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar. (FREIRE,2000, p.46).

Dias (2012) complementa tal afirmação apontando que fazer parte desta sociedade da aprendizagem e do conhecimento em rede exige uma postura ativa, seja individual ou coletiva, em que a participação de todos seja embasada no objetivo de construir o sentido de pertencimento e identidade na rede. Desta forma, o conhecimento criado em rede resultará na representação individual alicerçada pela dimensão coletiva, criada com base em seus processos criativos, contextos de

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experiência e narrativa.

Segundo Souza (2015) devido as atuais características e potencialidades da nossa sociedade ─ dentre elas a globalização, informação, inovações tecnológicas e avanço das TIC, o conhecimento e a forma como ele é transmitido também sofreram mutações. Os autores apontam que, em decorrência destes fatores, como também, do crescimento da utilização das redes por todos, ocorre o que eles denominam Educação em Rede, ou seja, uma educação que se estende por toda a rede, sendo ela física e/ou virtual, e tem como base as mídias digitais interativas.

Dias (2012) corrobora deste posicionamento ao afirmar que a rede, por tratar-se de espaço onde são efetivadas as partilhas entre conteúdos e representações, tem importante papel no acesso à educação e diferentes contextos do processo ensino-aprendizagem. O autor reforça ainda que, em decorrência da alteração deste cenário, novas práticas de interação entre os indivíduos e, também, entre eles e os contextos de aprendizagem e conhecimento têm sido constantes, criando principalmente diferenciais na educação.

Neste sentido, de acordo com Souza (2015) esta gama de estímulos que permeiam a educação, como novas tecnologias e diferentes formas de compartilhamento, serão as responsáveis por criar experiências em ambientes inovadores de aprendizagem, que estarão respaldados por uma educação híbrida (presencial e a distância) e interativa.

Conforme nos apresenta Zanotto et al. (2014) as universidades em geral têm percebido a necessidade de examinarem suas práticas pedagógicas aplicadas nos cursos de graduação, buscando favorecer o engajamento dos estudantes em seu processo de aprendizagem e, é neste momento, que o modelo híbrido tem sido utilizado.

Moran (2015) defende que o ensino híbrido ─ ou blended learning ─ não só pode ser considerado um diferencial como trata-se de uma tendência promissora para a educação, tendo em vista as transformações sociais que podem estar envolvidas neste processo. Segundo o autor, neste modelo a educação, diferentemente de um modelo tradicional, promove atividades que tenham por objetivo fortalecer as competências referência na sociedade multicultural em que nos encontramos inseridos. Além disso, neste tipo de ensino, o aluno deve se tornar o próprio protagonista da sua aprendizagem e, com isso, o professor deixa de ser um simples “transmissor” de conhecimento, passando a assumir o papel de “facilitador” nesta aprendizagem considerada mista.

De acordo com os dados disponibilizados no Censo EAD.BR 2016 o modelo híbrido vem sendo adotado por um maior número de instituições do que nos anos anteriores. Neste Censo foi apontado que 30% oferecem as modalidades EaD, híbrida e presencial; 12% oferecem apenas EaD; 5% tem cursos híbridos e presenciais; e, 1% oferecem somente cursos híbridos. Porém, o mesmo documento destaca as principais dificuldades percebidas pelas instituições analisadas e, um dos itens apontados por instituições que atuam neste âmbito ─ presencial, a distância e híbrido ─ refere-se à necessidade de inovar quando se trata de abordagens pedagógicas. Para suprir esta deficiência, então, este documento salienta que, como

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forma de aprimorar sua performance, as instituições devem utilizar cada vez mais as “metodologias ativas”, tais como, aprendizagem baseada em problemas – PBL, aprendizagem baseada em projetos, gamificação, sala de aula invertida, design thinking, peer instruction, entre outras (CENSO EAD.BR 2016, 2017).

O tópico, Metodologias Ativas, apontado pelo Censo EAD.BR 2016, foi identificado no estudo de Cardoso et al. (2017). Os autores salientam que, devido ao crescimento do ensino superior no país, as instituições precisam buscar a utilização de metodologias que promovam o melhor aprendizado dos estudantes, tornando-os capazes de exercer um papel ativo na sociedade que, com seus avanços, procura cada vez mais por profissionais capazes de utilizar de forma eficaz os conhecimentos adquiridos. Neste sentido, os autores supracitados reforçam a utilização das metodologias ativas como um diferencial.

Por fim, adotou-se nessa pesquisa a perspectiva de Berbel (2011) que define as “metodologias ativas” como formas diferenciadas de desenvolver o aprendizado a partir do oferecimento de experiências, sejam reais ou simuladas, e dos desafios decorrentes das atividades práticas, na qual os estudantes possam, em diferentes contextos, solucionar os problemas propostos. A autora ressalta ainda, o papel do professor é primordial no importante processo de promoção da “autonomia” do estudante. Já o estudante, através da participação nesse tipo de metodologia, pode ter despertada a sua percepção sobre a capacidade de agir/pensar criativamente frente a uma problemática, aprimorando sua motivação autônoma. Além disso, quando o professor acata e valoriza as contribuições trazidas por estes estudantes surgem como reflexo o sentimento de engajamento, percepção de competência, pertencimento, persistência nos estudos, entre outros.

3. MetodologiaComo metodologia da pesquisa, realizou-se uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), seguindo as etapas propostas por Fagundes, Bentacourt e Bastos (2017). Nesse sentido, a RSL representa “um processo formal para construção de novos conhecimentos a partir de conhecimento prévio registrado na literatura” e a seleção da estratégia de busca agrega valor à investigação proposta (FAGUNDES; BENTACOURT; BASTOS, 2017, p. 1).

Inicialmente, na RSL elabora-se uma questão que atenda o objetivo proposto da investigação. Deste modo, a questão elaborada foi a seguinte: Quais publicações da última década relacionam as tendências tecnológicas educacionais e as mídias sociais?

Os descritores chave utilizados para busca foram "tendências tecnológicas" AND “educação” OR "mídias sociais", no Portal Periódicos da Capes, por se tratar de uma base que indexa conteúdos interdisciplinares em diferentes áreas do conhecimento, no qual, neste estudo, restringiu-se aos tópicos “Education”, “Internet”, “Social Networks”, “Facebook” e “Social Media”. A busca inicial resultou em 32 publicações, em que três se repetiam, considerando as publicações de 1º de janeiro de 2010 até 30 de junho de 2018.

Em seguida, se iniciou a leitura dos títulos, resumos e palavras-chave dos 29

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artigos selecionados, e determinou-se os critérios de inclusão e exclusão dos artigos. Com base nas recomendações de Fagundes, Bentacourt e Bastos (2017), estabeleceu-se como Critérios de Inclusão: (i) determinar Mídia Social como um tópico chave; (ii) ter como objetivo a relação entre as tendências tecnológicas e as mídias sociais; e (iii) ser uma publicação revisada por pares; bem como os Critérios de Exclusão adotados foram os seguintes: (i) trabalhos anteriores ao ano 2010; e (ii) livros, capítulos de livros, recursos textuais, resenhas e outros.

Finalmente, na coleta de dados se identificou seis publicações, nas quais foram lidas seus conteúdos na íntegra. O quadro 1 ilustra as informações gerais dos estudos selecionados nessa fase, com as seguintes informações: periódico e ano, título, autores e número de citações.

Quadro 1: Publicações identificadas na RSL

Periódico e Ano da Publicação

Título Autores Número de citações

Movimento Revista de Educação Física da

UFRGS 2012

Os usos da mídia em aulas de Educação Física escolar: possibilidades e dificuldades

Irlla Karla dos Santos Diniz, Heitor de Andrade Rodrigues, Suraya Cristina Darido

10

Revista e-Curriculum PUC-SP

2016

O discurso de ódio nas mídias sociais: a diferença como letramento midiático e informacional na aprendizagem

Marcelo Andrade, Magda Pischetola

2

The Brazilian Journal of Information Science:

Research Trends - UNESP 2016

Internet, mídias sociais e as unidades de informação: foco no ensino-aprendizagem

Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque

2

Revista Gestão Universitária na América

Latina - GUAL - UFSC 2012

Mídias sociais como estratégia de comunicação em uma instituição de ensino: perspectivas e desafios

Daniel Augustin Pereira, Martha Kaschny Borges

1

Revista Interdisciplinar INTERthesis

UFSC 2017

Identidade, pertencimento e engajamento político nas mídias sociais

Pedro Simonard, Anny Rochelly Vieira Santos

0

Fonte: Autores, 2018.

4. ResultadosNesta seção, se dá seguimento à análise qualitativa dos resultados, como parte da Revisão Sistemática proposta. Nessa fase, como mencionado anteriormente, houve a leitura detalhada das publicações encontradas, em atendimento ao objetivo geral da pesquisa, que se propôs apresentar um panorama sobre Educação em Rede e Metodologias Ativas com base na relação das tendências tecnológicas e das mídias sociais.

Nesse sentido, inicialmente foi evidenciado um quadro teórico para contextualizar o conceito de Educação em Rede. Para os autores à luz do referencial exposto, considera-se à Educação em Rede como uma educação ubíqua

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e híbrida que se utiliza de tecnologias digitais e metodologias ativas para conectar, empoderar e incluir pessoas à cidadania, por meio das redes, em espaços e tempos diferentes de modo inovador, não se limitando apenas a uma modalidade de ensino específica e a um único local formal para que ocorra a aprendizagem.

Desse modo, a proposta não se deteve em identificar, nas publicações pesquisadas, as tecnologias mais relevantes para que este processo dinâmico e inovador da educação ocorra, em rede, pois isto já foi identificado por renomados especialistas, não apenas nesta publicação prévia do NMC Horizon Report 2018, mas em outras edições anteriores deste mesmo relatório. Mas, justificadamente na pesquisa, a discussão dos resultados busca a identificar como essa relação, de tendências tecnológicas e de mídias sociais, aparecem nas publicações nacionais pesquisadas, de modo a promover uma Educação em Rede, na era do conhecimento, por meio da convergência entre pedagogias e tecnologias.

Para tanto, três categorias análiticas foram verificadas, a partir das publicações selecionadas, e metaforicamente denominadas, mostrando que a relação das tendências tecnológicas e das mídias sociais se dá por meio de (1) espaços para letramentos, (2) territórios de diálogos e (3) imersões ao conhecimento. Dessa forma, a mídia que inicialmente é visualizada apenas como uma canal de comunicação, ganha status de mídia do conhecimento.

Assim, quais aspectos ponderar em uma relação de “espaços de letramentos” considerando uma Educação em Rede? Primeiramente, na rede as pessoas precisam saber lidar com as informações. E, propriamente, sobre o desenvolvimento de habilidades informacionais é que os autores Andrade e Pischetola (2016) e Gasque (2016) focam seus estudos.

Para Andrade e Pischetola:

O desenvolvimento de habilidades de uso de redes sociais é percebido por meio do letramento midiático e informacional, no qual a possibilidade de aquisição da habilidade ocorre no momento em que se busca informações e se constrói um senso crítico e compartilhado; bem como, quando se aprende a respeitar e valorizar as diferenças em sociedades plurais; e, por fim, se articula, em uma perspectiva da ética filosófica, as concepções de “mínimos de justiça” e “máximos de felicidade”1 (ANDRADE; PISCHETOLA, 2016, p. 1377).

Os autores supracitados falam das mudanças através da mídia e da internet, em diferentes esferas da vida, incluindo a escola e os currículos, em que os sujeitos são percebidos não apenas como “consumidores” da informação, mas como “produtores” da informação. E, são esses autores que vão destacar um significado de letramento, dentro deste contexto:

O significado do conceito de “letramento”, para (...) incluir outros registros e habilidades, além da leitura e da escrita de textos, tais como: (i) seleção, interpretação e elaboração de conteúdos em diferentes formatos e linguagens; (ii) reconhecimento das fontes de informação; (iii) discernimento

1Na visão dos autores, com base na Adela Cortina (1996), a “igualdade” seria representada como um ideal de “mínimo de justiça”; e as

“diferenças identitárias” seriam a representação de “máximos de felicidade”, dentro de uma perspectiva ética filosófica.

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e análise crítica; (iv) habilidades de expressão e comunicação; (v) práticas de colaboração nos diferentes espaços de interação (ANDRADE; PISCHETOLA, 2016, p. 1378).

Gasque (2016) também menciona oito tendências, dentre 19, para as bibliotecas do futuro e identificadas pela Associação das Bibliotecas Americanas, no ano de 2016. Tais tendências, evidenciadas pela autora demonstram um estreito vínculo entre as mídias sociais e a internet, considerando a mídia social como uma relevante ferramenta de letramento informacional, a saber:

A questão do anonimato e da ética; a aprendizagem cada vez mais conectada; o lidar com dados coletados de diversos dispositivos; a compreensão da cultura dos nativos digitais e oferecimento de serviços e produtos; o uso de drones que ampliará mais ainda a conexão virtual; o uso das estratégias de game para ensinoaprendizagem; o movimento maker e a economia compartilhada endossam o argumento sobre a necessidade de incorporação das funções de ensinoaprendizagem no que concerne à busca e ao uso da informação (GASQUE, 2016, p. 19).

Desse modo, seja a biblioteca, a escola, o currículo ou outro tipo de espaço educacional, este necessita ser configurado como um espaço de letramento. Espaço este, em que se dimensionam os movimentos dos sujeitos nas redes, também “a partir da ideia de que as tecnologias transcendem a relação sujeito-objeto e modificam a estrutura de conhecimento” (GASQUE, 2016, p. 14), e, ainda, para que se evitem discursos intolerantes nas redes sociais, os discursos de ódio, a favor de “uma proposta educacional aberta às diferenças”. (Andrade; Pischetola, 2016). As exigências da vida real de um aprendiz, necessitam de soluções educacionais coerentes com a realidade e como a tecnologia vai interferir nessas condições.

A tecnologia desempenha um papel importante no avanço da disponibilidade de ensino superior para populações de estudantes sub-representadas e na garantia de acessibilidade de materiais da web para alunos com deficiências. O aprendizado on-line é possibilitado pelo acesso de alta velocidade à Internet, enquanto o uso de recursos educacionais abertos pode proporcionar redução de custos aos alunos (NMC HORIZON REPORT PREVIEW, 2018).

Assim, também, é importante refletir sobre o papel das instituições públicas em uma relação de “territórios de diálogos”, na Educação em Rede. Para os autores Simonard e Santos (2017, p. 14) as mídias sociais são como “territórios de pertencimento”, em que ocorre a possibilidade de governos estabelecerem mecanismos de controle de políticas públicas mais democráticas e participativas devido à interação virtual. Nessa direção, Pereira e Borges (2012, p. 218) percebem que às mídias sociais se tornam relevantes para a comunicação entre uma instituição educacional e a comunidade na qual esta instituição está inserida, num sentido de que “as pessoas e as instituições têm prestado cada vez mais atenção às novas tecnologias ligadas à comunicação, principalmente às mídias sociais”.

Os sujeitos se conectam nas redes, justamente por que existe um sentimento de pertencimento e interesse comum, formando comunidades, que faz com que eles naveguem e produzam um sentido (simbólico, social ou afetivo), permitindo um engajamento mais ativo para a política (SIMONARD; SANTOS, 2017). Os autores

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utilizam o termo “interagente” para mencionar justamente sobre sujeitos ativos e produtores de conteúdos na internet, e não apenas usuários que absorvem informações, mas que possam dar sua contribuição visando políticas públicas mais flexíveis e menos burocráticas, em uma comunicação colaborativa (SIMONARD; SANTOS, 2017), e cujas interações demonstram evidências das mudanças e demandas desta época, pois “com a expansão do acesso à internet, novas formas de pensar, de agir, de se comunicar, de produzir conhecimento emergem no ciberespaço, possibilitando mudança” (PEREIRA; BORGES, 2012, p. 235).

Cabe aqui ressaltar dois aspectos relevantes, observados por Simonard e Santos (2017), informando sobre uma exclusão social e um controle governamental a partir das interações nas mídias sociais; pois, grupos marginalizados não estão possibilitados dos acesso à internet e aderentes às comunidades ativas atuantes democraticamente. E ainda, em relação ao segundo aspecto, são produzidos milhares de dados, dos interagentes dos conteúdos governamentais que estão disponíveis na internet, e que fornecem informações importantes, tais como conteúdos mais acessados, gráficos e perfil destes usuários.

Mas, se temos na rede essa lacuna que separa os “sem acesso” dos “cidadãos ativos politicamente”, pois de acordo com a UNESCO enquanto 3,2 bilhões de pessoas em todo o mundo estão usando a Internet, apenas 41% das pessoas que vivem em países em desenvolvimento estão on-line (NMC HORIZON REPORT PREVIEW, 2018), nesse sentido, refletimos como o ativismo nas mídias sociais representará de fato as políticas cidadãs, como um território de diálogo entre instituições e sociedade, pois nem todos cidadãos podem atuar ou estão devidamente letrados para essas condições.

Finalmente, chegamos a categoria da relação “imersões ao conhecimento”, com os estudos dos autores Diniz, Rodrigues e Darido (2012) e Pitanga et al. (2015). Esses autores supracitados mostram em suas investigações modos pelos quais a mídia influencia a aprendizagem. Assim, temos uma mídia que modifica a realidade, por meio, de imagens, sons e informações (DINIZ, RODRIGUES E DARIDO, 2012), e se torna prática pedagógica no ensino (PITANGA et al., 2015).

No primeiro estudo, o conhecimento é disseminado, pois para os autores Diniz, Rodrigues e Darido (2012) é necessário criar estratégias didáticas para utilizar as mídias, nas quais se otimiza o aprendizado, em uma maior interação entre professores e alunos, com uma visão de cultura da mídia, como algo a ser analisado e refletido, considerando seus produtos mensagens e discursos. Para estes autores, a mídia inserida em um cenário de aprendizagem representa uma leitura crítica da realidade, como um recurso relevante para a disseminação da informação. Portanto, a escola deve acompanhar essas transformações, mesmo que inicialmente, para professores trabalharem com materiais midiáticos isso represente um desafio ou uma dificuldade, em situações em que “os recursos possam até ser mal utilizados, desperdiçando um avanço no aprimoramento das técnicas de ensino” (DINIZ, RODRIGUES E DARIDO, 2012, p. 186). Este aspecto implicaria em mudanças, seja na preparação prévia do professor, que assume o papel de mediador do conhecimento trazido externamente pelos alunos, ou seja na escola, que oferece ao aprendiz um espaço legítimo de discussão, reflexão e

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aprendizagem.

As mídias ocupam um papel tão revolucionário na sociedade que transformaram a maneira como as pessoas enxergam e atuam no meio em que vivem. Este impacto tem causado interferências inclusive na concepção que os indivíduos possuem de realidade, bem como nos relacionamentos interpessoais e valores (DINIZ, RODRIGUES E DARIDO, 2012, p. 186).

A mídia como prática pedagógica considera a atuação dos sujeitos nas redes sociais, via internet, mas comumente não é considerada pelos professores (Pitanga et al. 2015). Os autores recorrem ao preceito freiriano para justificar que docentes que não compreendem o uso das TIC, em um contexto de perspectiva crítica da educação, deixam de se comprometer com uma formação crítica e emancipadora dos alunos (Pitanga et al. 2015). Pois, Gomez (2005, p. 29) já nos diz que “os espaços criados na internet como esferas de cultura” são favoráveis para permitir que ações de fala, leitura e escrita ocorram em sua dimensão emancipadora, no entanto, segundo a autora, isso só inicia com a compreensão crítica da alfabetização, aquela que dura ao longo da vida, e que pela educação incorpora formas mais complexas de ler e escrever, além do caderno, do quadro negro e da escola.

Pitanga et al. (2015) exemplificam em seu estudo que uma mídia, como o site facebook, pode favorecer uma valiosa interação em um elemento de construção do conhecimento; mas ressaltam que essa construção depende do modo em que cada indivíduo vai agir, no seu ritmo específico, ou na colaboração com a sua equipe, exigindo do docente uma mediação ativa, presencial e virtual. Pois, para Medeiros (2003, p. 4). “em uma educação em rede os indivíduos competentes implementariam uma pedagogia cooperativa personalizada, suplantada numa cultura ciberespacial cuja informação virtual perfaz as pilastras do desenvolvimento cognitivo” , ou seja, a informação como base para o conhecimento da comunidade.

Neste sentido, que neste estudo enxergam-se as imersões ao conhecimento, ou seja, aquelas que pedagogicamente possibilitam as construções do conhecimento via redes sociais, mídias digitais, metodologias ativas e tecnologias. Do mesmo modo, em que se identificam os espaços para letramentos e territórios de diálogos, cenários construídos por meio de ações de letramento emancipadoras via tecnologias, que transformam interações da sociedade, do governo e do mercado.

5. Considerações FinaisNa amplitude e complexidade da era digital se mostra coerente uma compreensão do que é tendência em termos tecnológicos de educação com base na realidade vivenciada pelos aprendizes. Neste sentido, este artigo denota a respeito do panorama sobre Educação em Rede e Metodologias Ativas contextualizando os temas sobre tendências tecnológicas e das mídias sociais.

A pesquisa trouxe como resultados a análise qualitativa de seis publicações que evidenciam três categorias de relações das temáticas supracitadas. Primeiramente, se observou as relações de “espaços para letramentos”, para retratar a importância de habilidades e letramentos dos produtores de conhecimento nas mídias sociais; já a segunda relação foi denominada de “territórios de diálogos”,

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pois possibilita visualizar um caminho mais ativo à cidadania, considerando nas redes os diálogos e inclusão que ocorre entre sociedade e instituições educacionais e políticas; e a última relação, trata sobre as relações de “imersões ao conhecimento”, na qual se visualiza exemplos de metodologias ativas, via mídias sociais, como reflexo das transformações sociais.

O dinamismo dessas relações é intenso, e isso que foi descrito e apresentado hoje, em termos de educação e tecnologia, pode não ser válido futuramente, requerendo investigação constante dos movimentos das pessoas nas redes físicas e virtuais. Pois, no engessamento de processos educativos é que se perdem as oportunidades, ou as tendências, de se usar as tecnologias para criação de espaços críticos voltados ao letramento digital, considerando o saber usar, se comunicar e socializar via mídias sociais. Sob este prisma, apontamos o papel das instituições de ensino como agentes participativos deste processo híbrido, conscientizando suas comunidades pela produção, identificação e o uso ético de informações para disseminar conhecimento, em uma visão de rede, em transformação da educação tradicional para uma Educação em Rede.

Por fim, em virtude da limitação de buscas do estudo, sugere-se que futuras pesquisas possam investigar em outras bases, assim como se fez nessa revisão, publicações que estabeleçam relações possíveis, considerando os movimentos tecnológicos que estão por vir na educação.

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