Direcao Ofensiva

download Direcao Ofensiva

of 22

Transcript of Direcao Ofensiva

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    1/22

    Visite nosso site: www.grupojocemar.com.br

    Visite nosso site: www.grupojocemar.com.br

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    2/22

    NDICE

    Introduo............................................................................................................. 03Terminologias....................................................................................................... 03

    1 - Deslocamento natural - preveno ativa......................................................... 04

    2 - Possveis emboscadas.................................................................................... 05

    2.1 Pessoas solicitando auxlio.......................................................................... 05

    2.2 Acidentes de trnsito................................................................................... 05

    2.2.1 Envolvendo terceiros................................................................................ 05

    2.2.2 Envolvendo a viatura sem vtimas............................................................ 06

    2.2.3 Envolvendo a viatura com vtimas............................................................ 062.3 Blitz policial.................................................................................................. 06

    3 Deparando-se com suspeitos......................................................................... 07

    3.1 - Veculos........................................................................................................ 07

    3.2 Pessoas....................................................................................................... 07

    4 - Condutas ofensivas em combate ou emergncias.......................................... 08

    4.1 Abalroamento lateral.................................................................................... 08

    4.2 Abalroamento traseiro.................................................................................. 09

    4.3 Entrechoque lateral traseiro......................................................................... 09

    4.4 Choque frontal.............................................................................................. 10

    4.5 Emprego de subterfrgio.............................................................................. 11

    5 Manobras evasivas.......................................................................................... 11

    5.1 Cavalo-de-pau.............................................................................................. 11

    5.2 Reverse ou cavalo-de-pau de r................................................................... 13

    5.3 Direo evasiva............................................................................................. 14

    5.3.1 Deslizamento lateral................................................................................... 16

    5.3.2 Aquaplanagem........................................................................................... 17

    5.3.3 Excesso de velocidade............................................................................... 17

    5.3.4 Quebra de pra-brisa................................................................................. 18

    5.3.5 Esvaziamento de pneu............................................................................... 18

    5.4 Tcnicas de curvas........................................................................................ 19

    5.5 Parada do veculo.......................................................................................... 20

    5.6 Retrovisores e pontos cegos......................................................................... 20

    6 - Posicionamento do motorista............................................................................ 22

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    3/22

    INTRODUO

    As tcnicas que seguem objetivam transmitir a voc uma noo geral de comodeve ser executado o servio de segurana e transporte de executivos.

    Partimos do princpio que todas as tcnicas de direo defensiva so exercitadasdiariamente; todavia, surge situaes onde h fundadas suspeitas ou na iminncia deagresses, ser necessrio colocar os princpios da segurana ofensiva.

    No emprego da segurana ofensiva necessrio priorizar a segurana doexecutivo (VIP ou dignitrio); do pblico em geral (outrem); a prpria integridade doagente (segurana ou motorista) e finalmente a do agressor. No se admite colocar a

    vida do povo em risco.

    TERMINOLOGIAS

    Agente = segurana; guarda-costa; motorista; etc.Central de operaes= local ou pessoal que presta auxlio nas emergncias (polcia,famlia, equipe de segurana, empresa de segurana, etc.)Equipe = agentes que participam de uma proteo de executivo.

    Executivo= VIP; dignitrio; principal; autoridade; etc.Viatura = Veculo utilizado para transportar o executivo e os agentes. Geralmente umveculo especial com pra-choques reforados, blindagem, motor potente, arcondicionado, insulfilm, pneus especiais, etc.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    4/22

    1 - DESLOCAMENTO NATURAL - PREVENO ATIVA

    Geralmente quando ocorre uma interceptao de veculo os marginais j fizeram o

    levantamento das informaes espionagem. Se o motorista estiver atento ele conseguedesestimular os criminosos nesta fase. Caso eles passem pela espionagemdespercebidos e iniciam a execuo do crime, a ltima chance que omotorista/segurana tem para evitar um sinistro, que pode ser fatal, utilizando apreveno ativa, que consiste em adotar atitudes preventivas e ostensivas, detectandoatitudes, ainda que aparentemente normais, possam trazer algum dano ou risco aoexecutivo VIP ou dignitrio. Dicas: observar se a viatura est sendo seguida por algum, seja por moto ou veculo de

    pequeno ou grande porte; pessoas em janelas de prdios ou condutores de veculos utilizando rdio de

    comunicao HT, celulares, mquinas fotogrficas, filmadoras, etc.; atentar aos diversos carros sua frente e retaguarda, bem como seus

    componentes; existem carros que merecem cuidado redobrado, como: sem placas, tipo furgo,

    insulfilmes excessivamente escuros. Carros de luxo e/ou com motor de altapotncia so utilizados em fugas; o mesmo acontece com motos por ter umaagilidade considervel;

    obstrues do trfego que podem danificar, parar ou obrigar a viatura a desviarsua rota, esquivar-se sem descer da viatura;

    cuidado com acidentes simulados, falsa blitz policial ou pessoas pedindo ajuda; veculos com motor de alta potncia na retaguarda da viatura, no fazendo a

    ultrapassagem, uma forte suspeita; evitar aproximao exagerada de veculos de grande porte, na dianteira e

    retaguarda, principalmente em tneis, pontes, ruas estreitas sem opes de fuga; evitar transitar em locais ermos, excessivamente congestionados e zonas sem

    opo de fuga; controlar a velocidade para no precisar ficar parado em sinaleiros; estacionar sempre de r, ou seja, com a frente direcionada para a sada; deixar espao para fuga sempre que precisar parar em preferenciais ou sinaleiros;

    guardar distncia dos demais veculos, quando em trnsito, para manobraevasiva; ter uma opo extra de comunicao como: monitoramento via satlite, celular,

    HT, alarmes mveis; qualquer anormalidade informar imediatamente a central de operaes via rdio; ao desconfiar de veculos seguindo, com naturalidade e calma, mudar o trajeto,

    vrias vezes se necessrio, para ter certeza de sua desconfiana. Casoafirmativo, tomar imediatamente atitudes ofensivas que sero passadas a seguir.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    5/22

    2 - POSSVEIS EMBOSCADAS

    Sabemos que um atentado contra um executivo, principalmente se tiver uma

    equipe de segurana, sempre ser antecedido por aes de espionagem. Isto estabelecea necessidade de ateno ininterrupta para poder detectar a ao criminosa em sua fasepreliminar (espionagem).

    Logo, os criminosos trabalham em torno de informaes conquistadas atravs decorrupo, espionagem, furtos, roubos, seqestros, ameaas, vazamento de informaesde forma culposa ou dolosa (voluntria ou involuntria), envolvimento de pessoasconhecidas, etc.

    Com a posse de informaes vitais para perpetrar a ao hostil, os marginaisfazem o possvel para que o local do crime parea natural como de costume at o inciodo ataque, mas alguns truques j so mais conhecidos que o conto-do-vigrio. A equipedeve ter discernimento, reflexo e sabedoria para agir em situaes anormais. Nos itens

    subseqentes alguns exemplos.

    2.1 PESSOAS SOLICITANDO AUXLIO

    Uma pessoa fardada passa credibilidade a muitas outras. natural estarefetuando a segurana e ser surpreendido por algum pedindo informaes. Semprelembrar que marginais podem usar este artifcio para colocar a equipe em xeque-mate.Sabendo disso, convm que o agente de segurana no deixe pessoas chegarem pertode si, orientando-as a pedir auxlio outra pessoa, sem arrogncia ou estupidez.Lembre-se de estar sempre pronto para uma resposta ofensiva, se necessrio.

    Pessoas aparentando terem sido vtimas de atropelamento, agresso ou at

    mesmo segurando crianas nestas situaes podem aparecer pedindo socorro.Desembarcar da viatura ou parar para socorrer expondo o executivo no meio do trajeto negligncia com a segurana; entretanto, omitir socorro infringir o Art. 135 do CdigoPenal. O que fazer?

    responsabilidade do chefe-de-equipe sanar este problema com sabedoria,informando a central de operaes da ocorrncia para que a mesma solicite auxlio daautoridade competente, ou solicitar o auxlio da autoridade pblica diretamente, comoprev a Lei.

    2.2 ACIDENTES DE TRNSITO

    Acontecem com freqncia, tanto em rodovias como em centros urbanos, nestassituaes algumas medidas de segurana devem ser adotadas:

    2.2.1 ENVOLVENDO TERCEIROS

    A equipe deve manter distncia de todo tipo de aglomerao, se a passagem pelolocal do acidente for inevitvel, avisar a central de operaes da ocorrncia e manter ocontato durante todo tempo em que estiver passando pela rea de risco. Se o local foraltamente suspeito, abortar a misso, evacuar-se do local imediatamente, ficando emalerta mximo, avisar a central. Diante da impossibilidade de abortar a misso, escolheritinerrio alternativo.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    6/22

    2.2.2 ENVOLVENDO A VIATURA SEM VTIMAS

    Informar a Central de Operaes; Se houver suspeitas, retirar-se do local. Anotar placa, modelo, cor do veculo,

    quantidade e caractersticas dos ocupantes, local e horrio do ocorrido. Informar acentral urgente, esta dever providenciar algum para resolver a ocorrncia.

    2.2.3 ENVOLVENDO A VIATURA COM VTIMAS

    Se houver fundada suspeita, retirar-se do local procedendo como explicado noitem anterior;

    Pedir socorro para vtima urgentemente, seja para Central, SIATE, Corpo deBombeiro, Ambulncia, Polcia...

    No havendo perigo iminente, dentre a tripulao o mais hbil em primeiros

    socorros desembarcar, desarmado, para socorrer a vtima; O executivo deve ser retirado do local imediatamente, com a viatura ou com outro

    veculo. O executivo no deve se expor para resolver a ocorrncia; O socorrista deve atentar aos mandamentos bsicos de primeiros socorros

    (solicitar a sinalizao do local, remover a vtima em ltimo caso, mant-larespirando, estancar os vazamentos sangneos comprometedores, etc.);

    Se necessrio acompanhar a vtima at o hospital; Providenciar a guarda de seus pertences; Se for necessrio transportar a vtima, na ausncia de ambulncia, utilizar carros

    leves como txi, veculos de terceiros. Este veculo deve efetuar o transporte comtotal segurana e rapidez, pisca-alerta, faris, alarmes, sirenes e buzinas devem

    ser acionados.

    2.3 BLITZ POLICIAL

    No foram poucas as vezes que marginais se passaram por policiais civis,militares ou federais, com o intento de cometer delitos, principalmente o seqestro.Geralmente simulam uma blitz policial.

    Para evitar estas situaes, a melhor estratgia utilizar um batedor, ou seja,algum vai na frente (com moto ou carro) para executar a segurana precursora (efetuara varredura o itinerrio). Como estratgia secundria, vale ter um excelenterelacionamento com as autoridades que executam blitzes em sua regio; isto tornar fcil

    o reconhecimento dos participantes da operao, logo, torna-se mais fcil identificar se ablitz ou no um blefe. Ao avistar uma blitz, avisar urgentemente, a Central de Operaes para que ela

    entre em contato com a base responsvel pela operao (batalho da polcia,delegacia da polcia civil ou federal ou rgo municipal) e confirme a fidelidade daoperao. Aps confirmao a central deve retornar o contato para certificar-se deconformidade;

    Ao ser parado em blitz: preparar-se imediatamente para fuga e atitudes ofensivasse necessrio e possvel.

    Nenhum integrante da equipe deve desembarcar e a porta deve permanecerfechada.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    7/22

    3 DEPARANDO-SE COM SUSPEITOS

    Se durante a preveno ativa a equipe se deparar com algum elemento suspeita,

    deve-se adotar uma srie de atitudes: avisar a central de operaes (monitoramento eletrnico, famlia, polcia, vigilncia

    patrimonial da empresa ou residncia, enfim, o que j estiver pr-estabelecido); adotar postura e atitudes ticas que inibam o possvel agressor. Sempre

    lembrando da Lei constrangimento ilegal ameaa; designar um elemento da equipe para anotar as caractersticas gerais, para tanto,

    todos devem ter consigo constantemente caneta e papel rascunho.

    3.1 - VECULOS

    DADOS PRIMRIOS: modelo, cor, placa, quantidade de ocupantes e suas

    caractersticas; DADOS SECUNDRIOS: existncia de amassados, adesivos ou sinais

    particulares que o difere dos demais, acessrios como: roda, calota, insulfilm,faris de milha, etc.

    3.2 PESSOAS

    ESTATURA:alta, mediana, baixa; COMPLEIO: gordo, robusto, forte, magro; IDADE:velho, meia-idade, moo;

    COR:branco, pardo, moreno, preto; SEXO:masculino, feminino; NARIZ:grosso, adunco, chato, fino; ORELHAS:grandes, mdias, pequenas; OLHOS:pretos, castanhos, verdes, azuis; CABELOS:preto, castanho, louro, crespo, encaracolado, ondulado, liso; CALVCIE:frontal, total, coronal; BARBA:rala, cheia; VOZ:grossa, rouca, fina, sotaque; INDUMENTRIA : roupa, sapatos, relgios, correntes; DETALHES:cicatrizes, tatuagens, cacoetes, forma de andar.

    Tendo em vista que os marginais deturpam sua imagem (usando perucas, barbaou bigode postios), importante anotar uma grande quantidade de feies paraposteriormente fazer o reconhecimento ou retrato falado se necessrio.

    Devido grande quantidade de itens e detalhes a serem anotados em momentosde turbulncia, tanto a polcia quanto alguns executivos utilizam micro-cmeras nasviaturas ou mquinas fotogrficas. No esquecer de anotar data, horrio e local exato dofato.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    8/22

    4 - CONDUTAS OFENSIVAS EM COMBATE OU EMERGNCIAS

    Quando a equipe tiver certeza de sinistro iminente, deve iniciar as condutas

    ofensivas imediatamente. Agora a lei do co, quem pode mais, chora menos. OEXECUTIVO TEM QUE SER PROTEGIDO. O primeiro mandamento, que jamais deve faltar ou falhar a comunicao.

    Comunicar urgentemente e manter o contato com a central de operaes, dando-lhe cincia do fato e solicitando auxlio;

    A central de operaes deve providenciar assistncia imediata, seja da polcia,empresas de segurana privada, resgate, etc;

    Se houver possibilidade de entrar em fuga, sem confronto, melhor, porm se oconfronto for inevitvel deve-se poupar populares e inocentes de leses;

    Destruir o agressor sem infringir o pargrafo nico do art. 21- Cdigo Penal: Oagente que exceda culposamente os limites da legtima defesa, responde pelo

    fato, se este punvel como crime culposo.

    4.1 ABALROAMENTO LATERAL

    Esta manobra visa paralizar o veculo do agressor arremessando-o contra algumobstculo. Caso a manobra no seja feita corretamente, preferencialmente com o uso doelemento surpresa, o veculo agressor pode antecipar-se a ao e colocar em risco oveculo da segurana; seja atravs do mesmo tipo de manobra ofensiva ou por meio deuso de armas de fogo.

    Este tipo de manobra realizado pela viatura escolta, nunca com a viatura quetransporta o executivo.

    1 - O primeiro passo alinhar a rodadianteira da viatura com a ponta dianteira doveculo agressor. veculo agressor s podeabalroar o espao entre as duas rodas daviatura; caso ele bata nas extremidades, aviatura que sar da pista.

    2 - Golpeia-se o veculo agressordecididamente, forando-o ininterruptamentecontra determinado obstculo.

    Providenciar a reduo de marchas evelocidade de acordo com a necessidade.

    3 - Fora o veculo agressor at suaparada total. Aps a imobilizao a viaturaprossegue com a conduta mais adequada asituao (priso dos criminosos ou evaso),geralmente evade-se do local e aciona asautoridades.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    9/22

    4.2 ABALROAMENTO TRASEIRO

    Para realizar este tipo de abalroamento necessrio ter uma viatura com pra-choque traseiro reforado. O Objetivo imobilizar o veculo agressor, danificando seusistema de arrefecimento.

    utilizado quando o veculo est nos perseguindo.A viatura deve desenvolver a velocidade razoavelmente boa (80 ou 100 km/h),

    depende das condies da via de circulao.

    Quando o veculo perseguidor se aproximar, o condutor da viatura pisabruscamente no freio para que o carro perseguidor bata na traseira da viatura earrebente o radiador, ou ao menos fique com suas rodas imobilizadas em razo do

    amassamento da lataria.

    Caso o veculo perseguido consiga frear e no bata, a viatura engata a marcha re causa o estrago almejado j foi explicado no pargrafo anterior.

    4.3 ENTRECHOQUE LATERAL TRASEIRO

    Esta manobra objetiva imobilizar o veculo agressor, fazendo com que seucondutor perca totalmente a dirigibilidade do seu veculo. Tmbm importante que aviatura tenha um reforo adicional na dianteira.

    O primeiro passo aproximar a frente da viatura da retaguarda do carro agressor.

    4 Caso a viatura seja projetada contra a roda traseira do veculoagressor, forando-o ininterruptamente, este capotar. Todavia, para estamanobra, a viatura dever ter pra-choque frontal reforado para no danificarseu radiador.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    10/22

    Em seguida a viatura bate fortemente no canto traseiro do veculo agressor;acelerar a viatura. Quando o veculo agressor perder o controle a viatura deve frear, paraevitar danos indesejveis a viatura.

    Se o motorista do veculo agressor (no caso da figura abaixo) virar o volante paraa esquerda o carro dele rodopiar na pista. Se ele manter o volante reto, ele vai rodar ebater contra o acostamento. Neste caso o objetivo j foi atingido.

    Caso ele tente endireitar o veculo, girando o volante para a direita, o veculo

    jogar a traseira para o outro lado (pndulo). Neste momento a viatura repete aoperao, ou seja, d mais uma batida; mas agora do outro lado do veculo. Isso sersuficiente para ele perder o controle.

    Agora a viatura deve frear para evitar outra coliso, pois o veculo agressorcomear a rodopiar. Conforme as condies do piso, ele poder capotar.

    4.4 CHOQUE FRONTAL

    Em caso de bloqueio de via, nunca se deve bater a viatura perpendicularmenteem relao ao veculo bloqueio.

    O abalroamento nunca poder acontecer entre as rodas. Mas sim nasextremidades, ou seja, no espao entre o pra-choque dianteiro e a roda dianteira(menos recomendado em face ao peso do motor), ou, entre o pra-choque traseiro e aroda traseira (porta-malas mais recomendado por ser a parte mais leve).

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    11/22

    No caso de bloqueio de via por dois veculos, o motorista da viatura deve analisarse o choque no acertar as duas rodas dianteiras ou traseiras do veculo bloqueio.Como explicado enteriormente, o choque s poder ocorrer nas extremidades dosveculos.

    4.5 EMPREGO DE SUBTERFRGIO

    A viatura de segurana deve ter em seu interior alguns dispositivos de seguranaque possam ser utilizados para imobilizar veculos perseguidores. Estes dispositivosbloqueadores de veculos podem ser: leo diesel, dispositivos tipo arame farpado degarras longas, armas, granadas de fumaa, luzes ou refletores de alta potncia, etc.

    Tais dispositivos imobilizam o veculo agressor causando efeitos variados: deslizamentodo veculo; ofuscao de viso do motorista; esvaziamento dos pneus; etc.

    Quando for lanado produtos em via pblica para causar o deslizamento doveculo agressor, ou ainda para furar seus pneus, a cental deve ser avisadaimediatamente para poder sinalizar e corrigir o problema.

    5 MANOBRAS EVASIVAS

    Tanto nas manobras evasivas, como nas condutas ofensivas, a probabilidade deocorrer um acidente aumenta consideravelmente, isso quer dizer que o evento morteest presente.

    Caso o agente de segurana no esteja totalmente preparado e treinado paraexecutar as manobras necessrias, no deve se atrever, pois o segundo erro (reao)pode ser maior do que o primeiro (falha na preveno). Diante da inaptido, a melhorcoisa a se fazer ficar quieto.

    5.1 CAVALO-DE-PAU

    O cavalo-de-pau uma manobra utilizada para fugir de bloqueios criminosos.Recomenda-se esta manobra somente em vias de mo dupla, ou em vias de mo nicaonde no haja movimentao de veculos (no momento) e tiver uma rua de escape bem

    SEQNCIA

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    12/22

    prxima de onde foi necessrio executar a manobra (para no precisar andar longadistncia na contramo, pois isso pode causar acidentes gravssimos).

    O efeito do cavalo-de-pau a inverso do sentido de trfego da viatura, ou seja, a

    viatura trafega em um sentido, seu condutor executa tal manobra para iniciar o trfegoem sentido oposto, isto : girar a viatura 180 de uma forma muito rpida (em uma smanobra.

    Para executar o cavalo-de-pau, pela esquerda, proceda da seguinte forma:

    1. Desenvolva uma velocidade adequada, 60 km/h (pode ser mais ou menos, dependedas condies da via; todavia 60 km/h um referencial que pode ser executado comsegurana na maioria das situaes);

    2. Posicione sua mo esquerda na parte inferior do volante, preparando-se para gir-lo

    180. (giro rpido executado de uma s vez). Ao mesmo tempo, posicione sua modireita no freio-de-mo, preferencialmente com o dedo polegar no boto trava dofreio-de-mo. At o momento a viatura continua andando em linha reta, e voccontinua acelerando, mantendo a velocidade de 60km/h, geralmente em 2. marcha.

    3. Chegou a hora de dar o giro de 180.Simul taneamente:

    A PISE NA EMBREAGEM;

    B PUXE TOTALMENTE O FREIO DE MO;

    C GIRE O VOLANTE 350.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    13/22

    Pronto. A viatura dar um giro de 180.

    4. Soltar o freio de mo, engatar a primeira marcha e sair rapidamente do local.

    5.2 REVERSE OU CAVALO-DE-PAU DE R

    O reverse, ou cavalo-de-pau de r, ou ainda o retorno, tambm executado parafugir de bloqueios criminosos. Logo, os objetivos e as recomendao preventivas (quanto

    ao local) so as mesmas do cavalo-de-pau. Seqncia do reverse:

    Pronto. A viatura dar um giro de 180, conforme seqncia ilustrativa que segue:

    1 Motoristaavistou obloqueio 1 Veculo

    bloqueio

    1 Motoristapara a viatura

    Chegou a hora de dar o giro de 180.Simul taneamente:

    A PISE NA EMBREAGEM; (NO acione o freio)

    B GIRE O VOLANTE 350 para que a viatura gire de 180

    1 Motoristadesloca-se emmarcha r na maiorvelocidade possvel.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    14/22

    5.3 DIREO EVASIVA

    Em segurana h um princpio onde nqo se enfrenta riscos que podem ser

    evitados. Sempre que a equipe de segurana puder evadir-se de um local suspeito, deveevadir-se sem hesitao. O vencedor da batalha sempre ser aquele que conseguiuevit-la.

    Caso suspeite que est sendo seguido, o agente de segurana deve, comnaturalidade, mudar o trajeto, contornar quateiro ou rotatria. Se a suspeita forconfirmada, avisar a central e desencadear as demais medidas de direo evasivaimediatamente.

    A fuga deve ter destino certo (posto policial, delegacia, quartel militar, empresa desegurana, batalho militar, ou qualquer outro local capaz de oferecer algum tipode segurana e proteo); no h sentido entrar em fuga sem saber onde estindo, andar em um local sem saber o nome/localizao, percorrer uma rodoviasem saber seu nome e quilmetro atual;

    Durante a evaso do local, a viatura pode ziquezaguear (para no ser imobilizado

    por tiros no motorista, pneus, tanque de combustvel, etc.);

    Se for bloqueio de trnsito, tentativa de encurralamento com veculos leves ouutilitrios, utilizar o armamento e a prpria viatura (escolta) para abrir caminho,arremessar ou destruir o veculo agressor, observe que no foi mencionado para

    ceifar vidas, atirar contra algum, apenas para reduzir o poder de agresso doinimigo (imobilizar o veculo do agressor ou seus equipamentos de ataque). Deve-se atentar a alguns detalhes:A manter a viatura em movimento;B disparar buzinas, sirenes, pisca-alerta, faris, alarme;C agredir partes que param o veculo do inimigo: radiador, tanque decombustvel, pneus. Em ltimo recurso atingir o motorista;D se o veculo agressor estiver aparelhado com a viatura tentando fech-la,tentar jog-lo contra canteiros, outros veculos ou obstculos presentes no local;

    Veculosuspeito

    Viatura detectoususpeito

    Viatura inverteuo itinerrio

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    15/22

    E jamais bater a viatura perpendicularmente, ngulo de 90, no meio das portasdo veculo bloqueio, isto o arrastaria e pararia a viatura, exatamente o que osmarginais querem rever as tcnicas de choque frontal;

    F sempre que for arremessar a viatura contra outro veculo, este deve seratingido em sua parte mais leve (traseira), afim de arremess-lo ao lado e abrircaminho; j aquela deve estar em um ngulo de 45 rever as tcnicas de choquefrontal;G em caso de bloqueio pode-se tambm reduzir a velocidade como se fosseparar, engrenar marcha pesada, subir com uma roda sobre a calada para desviardo obstculo;H em troca de tiros, priorizar a neutralizao de criminosos que estiveremusando armamento pesado;I pode ocorrer situaes delicadssimas como: bloqueio de trnsito com duas oumais carretas/caminhes + fuzilamento e queima dos pneus + utilizao de

    granadas/artefatos explosivos + rajadas de metralhadoras/fuzis nosvidros/carroceria. E a? O que fazer? importante identificar o objetivo do ataque (vingana, assalto, seqstro); Geralmente assalto ou seqstro; logo, o objetivo no matar ningum,

    principalmente o executivo; Para um assalto ter sucesso necessita ser executado em pouco tempo, 7

    minutos no mximo; Se foi cumprido o primeiro mandamento da segurana, comunicao precisa

    com a central de operaes, o socorro est chegando. Se necessrio, diminuaseu alvo em relao ao marginal deitando-se no assoalho da viatura;

    Na iminncia de exploso, incndio criminoso de grande monta ou uso de gs

    por parte dos criminosos, estando a equipe desprovida da mscara antigs,poder ser efetuado a evacuao ou abandono da viatura, todavia observaralguns preceitos:o abrir uma das portas da viatura para simbolizar rendio, aguardar poucos

    segundos para certificar-se de que os agressores no atiraro;o desembarcar devagar, um a um, com as mos para o alto, o ltimo fecha a

    porta. Se houver possibilidade, entrar em fuga p, desde que no hajaexcessivo risco. Assim a equipe se esquivar de possveis torturas, quepodero advir dos criminosos, pois podero estar furiosos;

    o como j foi feita a comunicao solicitando socorro e os marginais (paraobterem xito) necessitam concluir a operao em no mximo sete

    minutos, ficar complicadssima a situao (para eles), se houver fuga.Nunca deixe que o veculo perseguidor bata no canto traseiro da viatura, pois este

    tipo de coliso tira completamente a estabilidade de veculo agredido.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    16/22

    Durante o deslocamento evasivo, pode ocorrer diversos problemas comodeslizamento lateral, aquaplanagem, quebra de pra-brisas, estouro ou esvaziamento dopneus, etc. Vamos ver como deve ser o comportamento do motorista nestas situaes de

    emergncia.

    5.3.1 DESLIZAMENTO LATERAL

    Suponhamos que o agente esteja executando manobras evasivas em ziguezaguepara fugir de injusta agresso. Durante a manobra a viatura comea a deslizar a traseiradevido ao leo presente no leito da pista.

    Para corrigir tal problema o agente dever girar o volante no mesmo sentido emque est ocorrendo o deslizamento, conforme segue:

    Quando o condutor fizer a primeira correo, a trazeira do veculo ser projetadapara o lado oposto do que est sendo deslizado, ou seja, se o deslizamento era para olado direito, ele passar a ser pelo esquerdo. O condutor far novamente a correo,diminuindo o desvio lateral at que o carro volte a trafegar em linha reta.

    Se o deslizamento for em curva a situao se complica. De acordo com ascondies do local (espao, sentido do trfego, fluxo de veculos, barreiras existentes naextremidade da curva) o motorista deve desencadear a manobra que lhe for maisfavorvel. Vejamos algumas hipteses:

    Na situao acima exposta, no h carro atrs do veculo que perdeu o controle;nem carro vindo em sentido contrrio. No h precipcio na extremidade da curva, masuma barra de proteo feita de ao.

    1. Se o condutor no fizer nada, certamente ele bater na barra de proteo e ficar nacontra-mo de direo; ou ao menos ficar com o carro atravessado no meio da pista;

    Deslizamento para a direita,gira o volante para a direita

    Deslizamento para a esquerda, gira ovolante para a esquerda.

    Sentido da via.

    Veculo que perdeu o controle.Deslizamento lateral traseiro paraa esquerda.

    Barra de rote o em a o.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    17/22

    2. Se ele tentar acertar a derrapagem girando o volante para a esquerda, ele tambmbater na barra de proteo e ficar na contra-mo de direo; pois, no havertempo para corrigir a derrapagem. Caso no houvesse barra de proteo, mas um

    acostamento seguido de um canteiro, esta seria a manobra mais indicada.3. O condutor no poder pisar no freio;4. Se o carro for trao dianteira ele poder pisar levemente no acelerador mantendo a

    direo do volante no sentido do trfego; se for trao traseira, no acelerar;5. Se o condutor puxar o freio de mo, pisar na embreagem e girar o volante para a

    direita o carro dar um cavalo-de-pau e provavelmente ficar de frente para o sentidoem que ele trafegava at o momento.

    5.3.2 AQUAPLANAGEM

    Aquaplanagem ou hidroplanagem a perca de contato dos pneus com o solo

    devido uma determinada quantidade de gua na pista. Logo, os trs principais fatoresque contribuem para a ocorrncia da aquaplanagem so:

    1. Excesso de gua na pista;2. Excesso de velocidade, ou velocidade acima de 50 km/h;3. Pneus com profundidade dos sulcos abaixo de 1,6mm

    Durante uma aquaplanagem o carro fica desgovernado ele comea a deslizarsobre a gua; a direo fica levssima e o veculo no responde nenhum tipo demanobra que se deseja executar.

    Sendo assim, a sada :1. Tirar o p do acelerador;

    2. No frear;3. Segurar o volante em linha reta, pois se as rodas estiverem viradas quando o

    pneu retomar o contato com o solo, o motorista poder no conseguir controlar ocarro.

    5.3.3 EXCESSO DE VELOCIDADE

    Durante a direo evasiva torna-se comum e necessrio ultrapassar os limites develocidades estabelecidos para a via. Portanto, se o condutor no tiver um bom reflexoou se ele no tiver o treinamento adequado, recomendvel no se atrever nestamodalidade de direo, pois poder causar acidentes fatais. As principais

    recomendaes so:

    1. Olhar para a frente concentrar-se nos pontos bons, ou seja, nos locais por onde aviatura passar. Olhar sempre as condies do trfego a curta, mdia e longadistncia; desta forma poders prever as manobras com segurana e rapidez;

    2. Olhar constantemente nos retrovisores (a cada 30 segundos) e ininterruptamentepara a pista. Nunca perder tempo olhando horas, rdio, partes internas do veculo,propagandas, paisagens ou acontecimentos extra pista;

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    18/22

    3. Procurar sempre ter total viso de tudo que acontece em sua frente; no permaneceratrs de veculos maiores que o seu tipo furgo;

    4. Trafegar sempre com os faris acesos; se necessrio e preciso, acionar sirene, pisca-alerta, buzina ou alarmes para solitar passagem;

    5. Manter a rotao do motor elevada; trabalhar com o motor entre 2.500 e 5.000 giros(rpm);

    6. Transitar com os vidros fechados e ar condicionado desligado;

    7. No executar esta modalidade de direo se a presso psicolgica dos agressoresafetarem sua capacidade ou habilidade para desencadear as manobras evasivas;

    8. Preventivamente, deve-se: calibrar corretamente os pneus; revisar a viaturaperiodicamente; manter o tanque de combustvel sempre com mais de de suacapacidade; usar cinto de segurana; nunca transitar com peso ou cargadesnecessria; nunca transitar sem condies fsicas (de sade); evitar transitar ondehaja condies adversas para o trnsito. Treinar periodicamente a direo evasiva(em local adequado autdromo ou outro local permitido pelas autoridades); osexerccios podem ser: slalom, estacionamento rpido, desvio de bloqueios,passagem por locais estreitos, frenagens em pistas secas e molhadas, desvios deobjetos em curvas, etc.

    5.3.4 QUEBRA DE PRA-BRISA

    Quando o pra-brisa for atingido por algum objeto, a ponto de quebrar, duassituaes podero ocorrer:1. Se ele for temperado haver o estilhaamento em centenas de pedaos pequenos. O

    motorista perder completamente a visibilidade. Para recupera-la, dever ser abertoum buraco no vidro atravs de um impacto (pode ser um soco). Parar a viatura emseguida para remover o pra-brisas por completo. Para dirigir sem o pra-brisa, oucom ele quebrado, feche todos os vidros. Isso cria um colcho de ar dentro do carro,reduzindo o efeito do vento.

    2. Se ele for laminado haver apenas rachaduras, sem desprendimento de estilhaos.No haver perca da visibilidade. Entretanto, torna-se necessrio a substituio do

    pra-brisa o mais breve possvel.

    5.3.5 ESVAZIAMENTO DE PNEU

    Para evitar que um pneu estoure ou fure na hora em que voc mais precisa docarro, importante manter todos os pneus em boas condies.

    Contudo, se um pneu esvaziar durante um deslocamento o motorista no poderfrear bruscamente. Dever manter o carro em linha reta (ele tender a virar para o ladodo pneu afetado); a velocidade dever ser reduza gradativamente.

    Providenciar o estacionamento do veculo; no esquecer de sinalizar a manobrade estacionamento e o pisca alerta do veculo.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    19/22

    5.4 TCNICAS DE CURVAS

    A capacidade de contornar uma curva rapidamente e eficientemente uma das

    habilidades mais importantes da direo evasiva. nas curvas que se notam asdiferenas entre o condutor bom e o meia-roda.

    A velocidade na curva (tanto de entrada, como de sada) fator determinante paradespistar o condutor do veculo perseguidor.

    A recomendao mais comum para executar uma curva : transformar a curva emuma semireta. Para tanto deve-se entrar na curva pela parte exterior passar pela parteinterior (clmax da curva) sair pela parte exterior, conforme ilustrao abaixo.

    Porm existem outros detalhes para serem observados:

    Reduzir a velocidade antes de entrar na curva. Engrenar a marcha adequada avelocidade reduzida, de forma que o carro retome a velocidade facilmente ao pisarno acelerador;

    Deve-se evitar pisar no freio no meio de curvas. Entretanto, se o condutorperceber que a velocidade para aquela curva est excessiva, pisar no freiolevemente e uniformemente;

    Caso o condutor perceba que a velocidade para aquela curva est baixa, elepoder acelerar levemente;

    Ao passar pelo interior da curva (climax), iniciar a acelerao (posio 3).

    Entrada ela arte exterior da curva

    Passa em elo interior da curva

    Sada ela arte exterior da curva

    1

    2

    3

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    20/22

    5.5 PARADA DO VECULO

    Como j dissemos, durante a execuo da direo ofensiva ou evasiva, comum

    desenvolver uma velocidade acima da mdia. Para que o motorista consiga evitaracidentes e tenha um bom desempenho em sua ao, ele dever saber diminuir avelocidade corretamente (frear na hora e do jeito certo). O primeiro passo nunca deixar que as rodas travem (os veculos com sistema de

    freios ABS fazem isso automticamente). Se as rodas travarem o motorista perdea dirigibilidade do veculo, ou seja, ele gira o volante e o carro continua na mesmadireo;

    Para no travar as rodas, o motorista deve pisar no freio bombando, ou seja,pisar no freio, quando as rodas forem travar, aliviar a presso e pisar novamentecom uma fora um pouco menor;

    Procurar frear em linha reta, pois a frenagem com as rodas viradas (em curvas)

    comprometem a eficincia de travagem; Reduzir as marchas na medida em que a velocidade diminui, ou seja, ajudar a

    parar o veculo com o freio motor; Treinar periodicamente com o seu carro a frenagem brusca em linha reta (com

    pista seca, molhada, com areia e pedregulhos) nas velocidades de 60, 80 e 110km/h dever ser em local apropriado e com o veculo que voc mais transita.

    5.6 RETROVISORES E PONTOS CEGOS

    Os retrovisores do veculo so de vital importncia em todos os tipos dedeslocamentos motorizados (preventivos, defensivos, evasivos e ofensivos); tratam-se

    de dispositivos chaves tanto para a segurana no trnsito, como para a seguranapessoal.

    Contudo, os retrovisores s tero sua devida serventia se o motorista tiverposicionado corretamente no veculo e com todos os retrovisores bem ajustados. Damesma forma em que o motorista no pode desecostar as costas do banco para girar ovolante, ele tambm dever manter tal posicionamento para olhar em todos osretrovisores. Estes devem ser ajustados de acordo com a lotao do veculo e sempredepois que o motorista est a posto com o cinto de segurana.

    Os espelhos devem ser regulados para visualizao de ngulos diferentes. Oespelho interior deve enquadrar a viso da parte traseira do carro e deve ser ajustadopara cobrir toda a janela traseira. Sua finalidade no para visualizar o assento traseiro

    ou os passageiros do banco de trs.Os espelhos do lado esquerdo e direito devem ser ajustados de modo a que

    mostrem apenas o seu lado respectivo do carro. Cabe lembrar que no direcionadopara o cu ou para os fios de energia (o objetivo no caar passarinhos), muito menospara o cho (alguns colocam para facilitar o estacionamento), pois, no hora de caarformiga. Quando estes espelhos so ajustados perfeitamente, passa a ser possvelvisualizar o veculo em nossa retaguarda pelo espelho interior; quando ele inicia umaultrapassagem, sem perd-lo de vista, passamos a v-lo pelo espelho esquerdo e depoisa nossa frente. Temos contato com todos os veculos que transitam em nossa frente eretaguarda a todo instante.

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    21/22

    importante ressaltar que todo veculo possui um ponto-cego, ou seja, um nguloem que no h viso do que acontece. Para diminuir a rea do ponto-cego, recomenda-se o uso de retrovisores especiais. Todavia, o motorista deve estar treinado e lembrar

    que tais retrovisores do uma noo de distncia diferente da real (geralmente maislnge); caso o motorista no atente para este detalhe, ele poder causar acidentes.

    Observe figura abaixo:

    Procure olhar para os trs espelhos a cada 30 segundos em mdia. Issoconceder ao motorista uma noo global do trfego, permitindo a realizao demanobras evasivas com muito mais segurana.

    AZUL viso do condutorBRANCO viso atravs dos retrovisoresVERMELHO ponto cego

  • 7/25/2019 Direcao Ofensiva

    22/22

    6 - POSICIONAMENTO DO MOTORISTA

    O motorista dever atentar para a posio das mos e do corpo em relao ao

    volante e aos pedais de comando, pois o posicionamento de extrema importncia paraa segurana, eficincia, conforto e reduo da fadiga do condutor.

    O primeiro passo ajustar a posio do corpo em relao ao volante. Os braosno podero permanecer nem muito esticados, nem muito dobrados; mas descontrados,extendidos e confortveis de maneira que o ante-brao e o brao formem um ngulo de45 e o cotovelo faa um ngulo de 90. O condutor deve estar perto do volante onecessrio para conseguir girar o volante 360. sem ter que desencostar a omoplata dobanco. Outra dica esticar os braos sobre o volante, de forma que o punho encoste novolante e os ombros permaneam encostados no banco, conforme figura abaixo:

    A posio das mos no volante tambm importante. A posio mais utilizada adez para s duas 10-2, ou seja, imagine que o volante um relgio, imagine tambmque este relgio esteja marcando 1h50min (faltanto dez minutos para duas horas), est

    seria a posio das mos: em cima do dez, vai a mo esquerda; em cima do dois, vai amo direita.

    Tambm h outras posies 15-3 (quinze para s trs); 20-4 (vinte para squatro); direo espalmada (girar o volante com apenas uma mo nas curvas com baixa

    velocidade; entretanto no convm abordar os detalhes de cada posio, pois hdiversos fatores positivos e negativos (de cada posio) a serem considerados.

    Em segurana de executivos a viatura utilizada como dispositivo preventivo, deproteo e ofensivo. Os agentes devem conhecer as tticas de uso deste dispositivo;recomendo a leitura da apostila de Tcnicas de Interveno Policial, principalmente ostpicos referentes ao Uso Ttico da Viatura; Proteo Oferecida por um Veculo; Erros noUso de Veculo como Abrigo e Posicionamento da Viatura durante a Abordagem.