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DIRETORIA TÉCNICA RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007 - 2010

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DIRETORIA TÉCNICA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2007 - 2010

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DIRETORIA TÉCNICA - DTE

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007 – 2010

SUMÁRIO

Pág.

1. INTRODUÇÃO 2

2. APRESENTAÇÃO 3

3. O DESEMPENHO TÉCNICO DA DTE 2007-2010 12

3.1 DIVISÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS - DBIO 12

3.2 DIVISÃO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA 18

3.3 DIVISÃO DE ENSAIOS E TESTES TECNOLÓGICOS – DETEC 23

3.4 DIVISÃO DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA – DEXT 35

3.5 DIVISÃO DE INSPEÇÃO - DI 39

3.6 DIVISÃO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - DIA 41

3.7 DIVISÃO DE MARINGÁ - DMA 44

3.8 DIVISÃO DE METROLOGIA - DME 46

3.9 DIVISÃO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS - DTS 49

4. O FUTURO DAS UNIDADES DA DTE 61

AÇÕES FUTURAS/SUGESTÕES 61

5. CONCLUSÃO 64

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DIRETORIA TÉCNICA - DTE

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007 – 2010

1. INTRODUÇÃO

O Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR, empresa pública vinculada à Secretaria de

Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI, tem como missão, contribuir para a

sociedade brasileira com pesquisas e soluções inovadoras na fabricação de produtos para a saúde

humana e animal e prestação de serviços tecnológicos em todos os segmentos econômicos com

confiabilidade, qualidade e credibilidade.

A Diretoria Técnica – DTE, através de 9 (nove) Divisões Técnicas, têm prestado importante

apoio às indústrias e outros setores da economia do Paraná e de outros estados, através de uma

ampla infraestrutura voltada à área de serviços tecnológicos (avaliação da conformidade através de

ensaios, medições e calibrações) e pesquisas aplicadas para auxiliar na resolução de problemas,

colaborando na melhoria de produtos e processos, além de buscar soluções para barreiras técnicas,

com foco em exportações.

Os serviços tecnológicos e as pesquisas aplicadas têm uma importância ímpar para o país,

atendendo as crescentes exigências do mercado nacional e mundial quanto à adequação de

processos e qualidade de produtos. Dentro deste contexto, as atividades de metrologia,

normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade, desenvolvidas tradicionalmente

pelo TECPAR através de serviços tecnológicos e desenvolvimento de projetos específicos, são vitais

para vários segmentos, de modo a possibilitar o aumento da capacidade competitiva das empresas.

O mercado mundial exige cada vez mais uma padronização dos produtos, em observância às

normas técnicas internacionais e processos produtivos submetidos a rígidos controles da qualidade.

Neste cenário, os serviços tecnológicos constituem importantes estratégias para garantir a qualidade

de uma ampla gama de produtos e o desenvolvimento de novos itens, contribuindo para a inovação.

Entretanto, a rápida modificação dos cenários de C&T no país e no mundo, tem trazido tanto novas

oportunidades para o TECPAR, quanto ameaças dentro do seu campo de atuação, indicando a

necessidade de um verdadeiro choque de gestão, não somente nas unidades da DTE, mas na

instituição como um todo, além de um indispensável, criterioso e eficiente planejamento estratégico

para os próximos anos, visando a competitividade e sustentabilidade da instituição.

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A seguir é apresentada uma detalhada descrição das principais atividades das unidades de

negócio da DTE no período 2007 – 2010, bem como uma projeção de ações futuras, principalmente

no que diz respeito à gestão e sustentabilidade de tais unidades.

2. APRESENTAÇÃO

A atual estrutura organizacional da DTE é apresentada na Tabela 1, na qual são descritas as

Divisões e suas unidades laboratoriais, bem como os responsáveis e substitutos imediatos, até a

presente data. Ressalta-se que até o início de 2009, a unidade de Maringá estava ligada a

Presidência do TECPAR e a partir de abril de 2009, através da Resolução 002/2009 do Conselho de

Administração, passou a se denominar Divisão de Maringá, sob a coordenação desta DTE. Ainda

em 2009, o Setor de Inspeção de Produtos e Processos da Divisão de Inspeção foi desmembrado no

Setor de Inspeção de Produtos e no Setor de Inspeção de Processos. Em 2008 foram criados o

Laboratório de Calibrações Eletroanalíticas e Volumétricas – LAEV e o Laboratório de Confiabilidade

Metrológica da Divisão de Metrologia – DME.

As Tabelas 2 a 5 ilustram a força de trabalho atual da DTE. As Tabelas 2a a 2d incluem os

funcionários da DTE e as unidades nas quais encontram-se alocados. As Tabelas 3a e 3b

apresentam os estagiários das várias Divisões. Na Tabela 4 estão relacionados os bolsistas do

Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Fundação Araucária e finalmente na tabela 5 encontra-

se um resumo geral da atual força de trabalho da DTE, incluindo-se o número de colaboradores

temporários ligados ao Convênio mantido com a Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios – PR

Metrologia, que executaram diferentes atividades na DTE.

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Tabela 1. Estrutura Organizacional da Diretoria Técnica – DTE.

UNIDADE RESPONSÁVEIS LABORATÓRIOS OU SETORES RESPONSÁVEL Assessoria Técnica Não ocupada DTE NA

Divisão de Biocombustíveis - DBIO

▪ Elisa Maria Suchek (Wellington Wagner Dias Vechiatto)

CERBIO ▪ José Carlos Laurindo ▪ Bill Jorge Costa

Extensão Tecnológica ▪ Ana Cristina Francisco

Informação Tecnológica ▪ Marta Oliveira Mendes

Divisão de Extensão Tecnológica - DEXT

▪ Ana Cristina Francisco (Marilene Aparecida Boaron) Editoração do BABT

▪ Marilene Boaron

Laboratório de Calibrações Elétricas - LACE ▪ Gilberto Passos Lima Laboratório de Calibrações Eletroanalíticas e Volumétricas - LAEV ▪ Denise Luz

Laboratório de Confiabilidade Metrológica ▪ Humberto S. Torres Filho Laboratório de Calibrações Dimensionais -LACD ▪ Sylvio Marchioni M. Junior

Divisão de Metrologia - DME

▪ Maurício Giller

(Humberto Siqueira Torres Filho)

Laboratório de Calibrações Massa, Pressão e Força - LACM ▪ João Antonio Pedro V. Lima

Divisão de Inteligência Artificial - DIA

▪ Milton Pires Ramos (Julio César Zanoni)

DIA NA

Inspeção de Processos ▪ Nelson Tadashi Okuyama Inspeção de Produtos ▪ Eduardo Alexandre Correa

Divisão de Inspeção - DI

▪ Cláudio Rubens Busatto

(NelsonTadashi Okuyama) Inspeção Veicular ▪ Egon Germani Laboratório de Alimentos - LABA ▪ Maria Lenita de Rosso Laboratório de Microbiologia e Toxicologia - LAMT ▪Carmen E.K. Higaskino Laboratório de Fertilizantes e Calcários - LAFE ▪ Tobias Carlos Almeida Laboratório de Química Ambiental - LAQA ▪ Quelcy Barreiros Corrêa Laboratório de Pesticidas - LAPE ▪ Natalício Ferreira Leite Laboratório de Análises Químicas de Medicamentos - LAQM

▪ Maria Luiza Marques Halila

Laboratório de Química Industrial - LAQI ▪ Guilherme Wiegand Zemke Laboratório de Materiais Metálicos - LAMM ▪ Ladislau Nelson Zempulski

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos - DETEC

▪ Ladislau Nelson Zepulski (Maria Luiza Marques Halila)

Laboratório de Ensaios Mecânicos - LAEM ▪ Guaraci Antonio F. Robert Divisão de Educação Tecnológica - DET Divisão de Tecnologias Sociais - DTS

▪ Alexandre Akira Takamatsu (Anderson Sakuma)

DET/DTS NA

DIRETORIA

TÉCNICA

Divisão de Maringá - DMA

▪ Cliceu Spitzner (Sérgio Luis Biazono) DMA NA

* NA – Não Aplicável

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Tabela 2a. Funcionários alocados nas unidades da DTE.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES FUNCIONÁRIOS

Secretária Executiva Suelen de Oliveira Rotta DTE DTE Mauro Katsushi Nagashima

Divisão de Biocombustíveis - DBIO Laboratório e usina piloto de biodiesel

Daniele Cristina Adão Elisa Maria Suchek Florinda de Jesus Pinto Giuliano Fernandez Zagonel José Carlos Laurindo Leonardo Zelenski Alves (Licenciado sem venc.) Lorena Dambiski Delfino Marcos Maia Wellington Wagner Dias Vechiatto

Extensão Tecnológica

Ana Cristina Francisco Ana Victoria Dominguez Aveiro Elis Esmanhoto Elizabeth Martines Rogério Moreira de Oliveira

Informação Tecnológica Danilo Procopiak Marta Oliveira Mendes Neli Inez Batisti

Divisão de Extensão Tecnológica - DEXT

Editoração do BABT Marilene Aparecida Boaron

DME Maurício Giller

Laboratório de Calibrações Elétricas - LACE

Carlos Alberto Gonzáles Fernandes Geanesson Alberto de Oliveira Santos Gilberto Passos Lima João Luiz Amazonas Pimpão Paulo de Souza Lima Sandro Vasconcelos

Laboratório de Calibrações Eletroanalíticas e Volumétricas - LAEV

Denise da Luz Melissa Umata Lucato

Laboratório de Confiabilidade Metrológica - LACM Catarina Keiko Tamura Humberto Siqueira Torres Filho João Osmar Alves dos Santos

Laboratório de Calibrações Dimensionais - LACD Luiz Antonio de Moraes Sylvio Marchione Machado JT.

Divisão de Metrologia - DME

Laboratório de Calibrações Massa, Pressão e Força - LAMP

João Antonio Pedro Vaz de Lima Leandro Barco Nagore Luiz Gustavo Gusso Muller

Divisão de Inteligência Artificial - DIA DIA

Bruno Campagnolo de Paula Geraldo Boz Junior Julio Cezar Zanoni Milton Pires Ramos Nilton Barbosa Armstrong Junior

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Tabela 2b. Funcionários alocados nas unidades da DTE.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES FUNCIONÁRIOS

DETEC

Janaina Ariadne Neves da Cruz Deger João Carlos Paluch Ladislau Nelson Zempulski Lineu de Lima Wanderley Caldeira Matricardi

Laboratório de Alimentos - LABA

Ana Paula Gori Palka Heloisa Helena Kamarowski Nascimento Israel Mendes Lilian Santos Kisielewicz Lisandra Guesser Márcia Cristina Silva Nadalin Márcia de Souza da Silva Maria Lenita de Rosso Suzete Kulik

Laboratório de Microbiologia e Toxicologia - LAMT

Alceu Peixoto Pinto Carmen Etsuko Kataoka Higaskino Dalila Urbano da Luz Gasser Edson Furquim do Nascimento Eliane Joakimson da Silva Francolino Cardoso Grazielle Lopes de Lima Ibraim Lino da Silva Ivete Keiko Shimada Coimbra Izabel Cristina Figel José Antonio de Paula Guimarães José Diano de Souza Marcio José Furquim do Nascimento Maria Paula Assis Yamada Maristela Azevedo Linhares Marta Regina Tazoniero do Amaral Sirlene Francisca Nunes Figueiredo Siumara Costa da Cruz Almeida Vera Lúcia José Age

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos - DETEC

Laboratório de Fertilizantes e Calcários - LAFE

Alais Taborda Ribas Antonio Valdir Miranda de Oliveira Cintia Eliane Soave Fabiana Gavelaki Joel José do Nascimento Jucimara Baido Kawano Julio Cesar Favoretto Luiz Camargo de Oliveira Norberto Senia Cabral Tobias Carlos Almeida Wilton Fontes Ramos

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Tabela 2c. Funcionários alocados nas unidades da DTE.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES FUNCIONÁRIOS

Laboratório de Química Ambiental - LAQA

Amanda Beatriz Herrmann Clovis Oscar Lenz Eder José dos Santos Elaine Cristine Mendes Ribeiro Jackeline Stoski José Alfredo Videira Oginski Quelcy Barreiros Correa Ronei Ezequiel da Paixão Thiago Cacção Villa

Laboratório de Pesticidas - LAPE

Alex Fabiano Paulin Cesar Antonio Lenz Iracê Josefina Rocha José Antonio Turski dos Santos José Laurentino Ferreira Marcos Jerônimo Schilipack Natalício Ferreira Leite Orlando Delay Junior Rafael Ryosuke Ohi Vânia Persegona

Laboratório de Análises Químicas de Medicamentos - LAQM

Ana Elisa Wanczinski Carolina de Morares Kowalski Claudine Labiak Clélia Punheiro Lima Rubini Eva dos Santos Knopf Joel Joakimson Luzia Regina Rans Maria Luiza Marques Halila Roberto Sidnei Chiandotti

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos -

DETEC

Laboratório de Química Industrial - LAQI

Aroldo Andrade Junior Ernesto Pinheiro Lima Everton Machado Fabio da Silva Barbosa Schvenger Guilherme Wiegand Zemke Homero Rissetti Araújo Israel Tavera dos Santos João Carlos Rachadel Lenides Keretch Luciana Barreto Adad Lucio Bolognesi Marco Antonio Netzel Odilon Vidal Ricardo Tadeu Kaus Rosa Monica Franco de Souza Zélia Aparecida Bill

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Tabela 2d. Funcionários alocados nas unidades da DTE.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES FUNCIONÁRIOS

Laboratório de Materiais Metálicos - LAMM

João Carlos Ribeiro José Luiz Olkuszewski Josemar Tadeu Kloster Juliane Priscila Diniz Sachs Rogério Umberto de Andrade Sílvia Fátima Martins Rossetti

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos -

DETEC

Laboratório de Ensaios Mecânicos - LAEM

Daniel Jerszurki Everaldo Fonseca Leite Guaraci Anotonio Furtado Robert João Luiz Santos Juarez Gercheski Sebastião Luiz Santos

DI Cláudio Rubens Busatto Inspeção de Produtos Nelson Tadashi Okuyama Divisão de Inspeção -

DI Inspeção Veicular

Edison Luiz Brittes Egon Geremani Julsen Lysis Rios

Divisão de Educação Tecnológica - DET Divisão de Tecnologias Sociais - DTS

DET/DTS Alexandre Akira Takamatsu Anderson Cardoso Sakuma

Divisão de Maringá - DMA

DMA

Cliceu Spitzner Jessica Rodrigues Cardoso Kelly Snabe Pieroni Maisa Aparecida da Silva Araújo Marcio Cristiano da Silva Ronaldo Rodrigues Cardoso Sérgio Luiz Biazzono

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Tabela 3a . Estagiários alocados nas unidades da DTE.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES FUNCIONÁRIOS

DTE Secretaria Pamela Laurindo

Divisão de Biocombustíveis - DBIO Laboratório e usina piloto de biodiesel

Bruno Macedo Brito Michelle Aparecida Coelho Moreira Nayara Schwolk Fontan Sguassabia Pamela Jarenko Tiago Bogler Souza

Divisão de Extensão Tecnológica - DEXT

Extensão Tecnológica Jessica Christy de Lima

Laboratório de Calibrações Elétricas – LACE Filipe Boz Gonzalez Gislaine Andrade

Laboratório de Calibrações Eletroanalíticas e Volumétricas - LAEV Giselen Cristene da Rosa

Laboratório de Confiabilidade Metrológica - LACM Ismarlon Francis de Carvalho Rochele Aparecida de Brito

Divisão de Metrologia - DME

Laboratório de Calibrações Massa, Pressão e Força – LAMP

Celso Mauricio Mendes Junior Marlon Cercal da Silva

Divisão de Inspeção - DI DI

André Monteiro Michel Allana da Silva Vieira Paulo Ricardo Ferreira

Laboratório de Alimentos – LABA Ana Claúdia Graziani Silva André Guilherme Less Danielle Cristina Diano de Souza

Laboratório de Microbiologia e Toxicologia - LAMT Ana Maria Pereira Barreto Amorim Patrícia Sampaio Monteiro Rangel Hanze

Laboratório de Fertilizantes e Calcários - LAFE

Débora Gonçalves da Silva Elaine Cristina de Moraes Kelen Cristina de Oliveira Lilian Cristina Varaschin Luana Barzotto Godói Rosiane Duarte dos Santos

Laboratório de Química Ambiental - LAQA

Helen Stefany Militão Jamile Arielle França Karina Maria Cius Lauri Marcos da Silva

Laboratório de Pesticidas - LAPE Letícia de Oliveira Melo Mariana Guimarães Dias Thaina Grochewski

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos - DETEC

Laboratório de Análises Químicas de Medicamentos - LAQM Edinéia Durau

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Tabela 3b . Estagiários alocados nas unidades da DTE.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES ESTAGIÁRIOS

Laboratório de Química Industrial - LAQI

Débora Cabral Mendonça Denise dos Santos Pereira Suliane Andressa Ramos Amaral Willian Albuquerque Fntoura

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos -

DETEC Laboratório de Ensaios Mecânicos - LAEM Marcos Teruo Maeda Makita

Divisão de Educação Tecnológica - DET Divisão de Tecnologias Sociais - DTS

DET/DTS

Aline Brescovaine Pereira Camilla Lucas Sprung Gabriel Brandão Ribeiro de Souza Rafaela Check Roberta Holanda Justo Willian Ryuichi Mikami

Divisão de Maringá - DMA

DMA Mariana Ballielo Senci Murillo Sotti da Silva Rodrigo Rodrigues Cardoso

Tabela 4 . Bolsistas do Programa de Iniciação Científica da Fundação Araucária alocados na DTE.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES BOLSISTAS PBIC

Divisão de Biocombustíveis - DBIO Laboratório e usina piloto

Ramom Dall Agnon Bruna Pascoal Alves Fernanda Cristina Fonseca

Divisão de Inteligência Artificial - DIA DIA

Diego Szpíkula Cabral Isabela Agner D’ Aquino Henrique Tortato Zanon Naréu Simas de Carvalho Mariana Bedin Rafael Faria de Azevedo

Laboratório de Química Ambiental - LAQA Loana Mara Baika Arlene Bispo dos Santos

Laboratório de Pesticidas - LAPE Luana de Andrade Veloso Sarah Kruse Abrahams

Laboratório de Análises Químicas de Medicamentos - LAQM

Natasha Cristina Custódio Liliane Caprilhone Carniere Auwerter

Laboratório de Química Industrial - LAQI Hellen Cristina Calgaroto Oksana Mitsue Mori

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos -

DETEC

Laboratório de Microbiologia e Toxicologia - LAMT Andressa Mara Gonçalves

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Tabela 5 . Força de trabalho atual da DTE em 31/12/2010.

UNIDADE LABORATÓRIOS OU SETORES FUNCIONÁRIOS

COLABORADORES DO CONVÊNIO

PR-METROLOGIA

BOLSISTAS PBIC ESTAGIÁRIOS TOTAL

DTE DTE 2 0 0 1 3 Divisão de Biocombustíveis – DBIO

DBIO 9 1 3 5 18

Divisão de Extensão Tecnológica – DEXT

DEXT 9 17 0 1 27

DME 1 0 0 0 1 LACE 6 0 0 2 8 LAEV 2 1 0 1 4 LAMP 3 0 0 2 5 LACD 2 0 0 0 2

Divisão de Metrologia – DME

LACM 3 1 0 2 6 Divisão de Inteligência Artificial – DIA DIA 5 2 6 0 13

Divisão de Inspeção – DI DI 5 6 0 3 14

DETEC 5 0 0 0 5 LABA 9 2 0 3 14 LAMT 19 0 1 3 23 LAFE 11 1 0 6 18 LAQA 9 0 2 4 15 LAPE 10 2 2 3 17 LAQM 9 0 2 1 12 LAMM 6 0 2 0 8 LAEM 6 0 0 1 7

Divisão de Análises e Ensaios Tecnológicos – DETEC

LAQI 16 0 2 4 22 Divisão de Educação Tecnológica – DET Divisão de Tecnologias Sociais – DTS

DET/DTS 2 1 0 6 9

Divisão de Maringá – DMA DMA 7 0 0 3 3

TOTAIS 149 34 20 48

% 59,6 13,2 8,0 19,2

TOTAL GERAL

251

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3. O DESEMPENHO TÉCNICO DA DTE 2007-2010

3.1 DIVISÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS - DBIO

No ano de 2002 o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, deu início a uma série de ações

institucionalizadas no sentido de avaliar o uso do biodiesel como combustível alternativo para substituir

parcialmente o óleo diesel no país. Tais ações, culminaram inicialmente na formalização do Programa

Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico do Biodiesel - PROBIODIESEL, através de duas ações

conjugadas. Foram elas, a edição da Portaria 702 do MCT (outubro de 2002) e a liberação de recurso

inicial pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq em 2003, através de

proposta encaminhada via Fundo Setorial CT-Transporte. Em função de convênio de cooperação firmado

entre o MCT e o governo do Paraná (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SETI) e de

acordo com o Extrato de Convênio de Cooperação 01.0029.00/2002 publicado no D.O.U 216 de

07/11/2002, foi instituído o Centro Brasileiro de Referência em Biocombustíveis – CERBIO, para ser o

principal executor do projeto PROBIODIESEL.

O CERBIO teria a missão de atuar no desenvolvimento sócio-econômico com soluções

tecnológicas inovadoras no campo dos biocombustíveis, além de promover a pesquisa e o

desenvolvimento científico e tecnológico da produção e uso de biocombustíveis, avaliar a viabilidade e

competitividade técnica, econômica, social e ambiental do mercado, promover a divulgação de

conhecimentos e capacitar recursos humanos. O Centro iniciou sua operação em janeiro de 2003 no Bloco

C do campus CIC e desde então, tem dado apoio ao MCT em suas ações voltadas ao biodiesel,

desenvolvendo projetos sob encomenda daquele Ministério.

Ainda em 2003, foi instituído o Programa Paranaense de Bioenergia pelo Governo do Paraná,

através do Decreto Estadual 2101 de 10/11/03, com a finalidade de gerir e fomentar ações de pesquisa,

desenvolvimento, aplicações e uso de biomassa no território paranaense, bem como implantar no Estado

do Paraná o biodiesel, como um biocombustível adicional à matriz energética. Dentro do Programa

Paranaense de Bioenergia, coube a SETI, através do TECPAR a incumbência de promover o

desenvolvimento tecnológico do biodiesel. Em 2004, criou-se a Divisão de Biocombustíveis – DBIO, para o

atendimento das atividades do Programa Paranaense de Bioenergia, além da prestação de serviços

tecnológicos e atendimento de outras demandas externas.

Contando com uma infraestrutura laboratorial atuante em questões relacionadas à produção de

biodiesel, caracterização e controle da qualidade de óleos vegetais e biodiesel, o TECPAR teve sua

capacitação técnica aumentada com a inauguração da unidade de produção de biodiesel em escala semi-

industrial, exclusivamente para P&D da tecnologia de produção, projeto financiado com recursos do

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Fundo Paraná. Inaugurada em 23 de julho de 2007, a planta conta com uma unidade de pré-tratamento

de óleo vegetal bruto com capacidade de processar 100 litros/hora e a unidade de produção de biodiesel

com capacidade de produzir entre 500 e 1.000 litros do biocombustível por dia. Os investimentos

aportados no projeto foram da ordem de 1,2 milhões de reais, sendo originados do Fundo Paraná/SETI e

recursos próprios do TECPAR. O objetivo principal da unidade é estudar as diferentes matérias-primas

indicadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB através do Instituto

Agronômico do Paraná - IAPAR, como potenciais insumos para a produção do biodiesel. Os principais

fatores relevantes associados ao projeto e que tem sido explorados incluem:

1. Possibilidade de explorar os aspectos associados com a produção de biodiesel no Estado do Paraná,

com o aproveitamento de diversas matérias-primas regionais, basicamente óleos vegetais de

oleaginosas tais como a soja, o girassol, o algodão e o nabo forrageiro, gorduras animais, entre outras;

2. Propiciar orientação técnica adequada aos pequenos produtores agrícolas do Estado interessados em

participar de projetos na área;

3. Capacidade de estudar e dominar os processos tecnológicos de produção de biodiesel a partir de

diferentes matérias-primas sob variadas condições experimentais, de modo a se produzir um

biocombustível que atenda as especificações técnicas já estabelecidas no país;

4. Condição de produzir biodiesel para testes de aplicação em motores do ciclo diesel, notadamente

tratores e máquinas agrícolas de pequenos agricultores e veículos oficiais;

5. Oportunidade de oferecer treinamento de recursos humanos na operação de unidades de produção

de biodiesel, atendendo futuros produtores, além de propiciar aos pesquisadores e alunos de pós-

graduação das instituições de ensino e pesquisa do Paraná, a oportunidade de desenvolver trabalhos

relativos a produção de biodiesel em escala semi-industrial;

6. Servir de modelo para posterior implantação de outras unidades de pequeno porte no Estado, a

exemplo do Projeto Copel que visa a implantação de uma unidade no município de São Jorge D’Oeste

em conjunto com a Prefeitura local e cooperativas de agricultores familiares da região. O TECPAR teve

contribuição importante na formatação do projeto e atuará na sua implantação a partir de 2011.

7. Consolidar o TECPAR como Instituição de referência na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia do

biodiesel, complementando sua capacitação laboratorial já instalada;

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A DBIO no período 2007-2010 prestou diversos serviços tecnológicos para fabricantes de

biodiesel, cooperativas e outros clientes, bem como o atendimento da demanda de ensaios e análises

originadas do PR Bioenergia e de projetos do MCT, e a execução de atividades na usina piloto. Vários

ensaios e análises foram efetuados para alunos das universidades estaduais e federais do Paraná e de

outros estados, como contribuição na elaboração de trabalhos de mestrado e doutorado. A Tabela 6

mostra os serviços de ensaios e análises executados pela DBIO no período 2007-2010, envolvendo a

caracterização e controle da qualidade diversas matérias-primas (óleos vegetais, resíduos da biomassa) e

produtos acabados (biodiesel, etanol e outros biocombustíveis líquidos).

Tabela 6. Serviços de ensaios e análises executados pela DBIO no período 2007-2010.

ANO SERVIÇOS DE

ENSAIOS E ANÁLISES 2007 2008 2009 2010

TOTAL 2007-2010

Laboratório de Caracterização e Controle da Qualidade

2.973 2.684 1.087 1.147 7.891

Paralelamente aos serviços de ensaios e análises, diversos projetos de P&D foram executados

no âmbito das atividades desenvolvidas pela DBIO e das demandas do CERBIO. As Tabelas 7a e 7b

apresentam os principais projetos desenvolvidos no período 2007-2010 pela DBIO/CERBIO.

Tabela 7a. Projetos desenvolvidos no período 2007-2010 pela DBIO/CERBIO.

TÍTULO SITUAÇÀO SINOPSE

Implantação da unidade de produção de biodiesel do TECPAR em escala piloto

Concluído

Programa Paranaense de Bioenergia – Desenvolvimento Tecnológico do Biodiesel. Estudo da tecnologia de produção de biodiesel a partir de diferentes matérias-primas em escala laboratorial e semi-industrial.

Implantação de Mini-usina Comunitária de óleos vegetais Concluído

Programa Paranaense de Bioenergia – Estudo da obtenção de óleos vegetais em pequena escala e estudo da aplicação de óleos vegetais in natura, em misturas com diesel convencional, em motores do ciclo diesel.

Implantação do PROBIODIESEL Concluído

MCT/FINEP - Caracterização físico-química do biodiesel obtido de diferentes óleos vegetais e testes de aplicação de biodiesel puro em motores estacionários para geração de energia elétrica.

Capacitação Instrumental Complementar dos Laboratórios do INT, TECPAR e IPT

Concluído

MCT/FINEP - Complementar a capacitação dos laboratórios do INT, Tecpar e IPT voltados à caracterização e controle da qualidade de biodiesel, de modo a atender a legislação da ANP Co-executor em parceria com o INT e o IPT.

Testes e Ensaios em Motores com Biodiesel

Em fase de conclusão

MCT/FINEP - Testes de aplicação de biodiesel puro e suas misturas com diesel convencional em motores do ciclo diesel veiculares

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Tabela 7b. Projetos desenvolvidos no período 2007-2010 pela DBIO/CERBIO.

TÍTULO SITUAÇÀO SINOPSE

Projeto CELAB

Em andamento o processo de solicitação ao INMETRO de auditoria para a obtenção da acreditação.

MCT/FINEP – Realizar ações especializadas de capacitação e assistência aos laboratórios para a implementação de sistema de gestão laboratorial segundo a ABNT NBR ISO/ IEC 17025:2005.

Programa Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico do Biodiesel - PROBIODIESEL

Em execução

MCT/CNPq - Testes e ensaios em motores visando a avaliação técnica do aumento gradativo da adição do biodiesel ao óleo diesel, no âmbito do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel

Complementação da infra-estrutura laboratorial para avaliação da qualidade do biodiesel na região Sul.

Em execução

MCT/FINEP - Complementar e consolidar a rede de laboratórios de caracterização e controle da qualidade de biodiesel na região Sul, de modo a atender a legislação da ANP que especifica os parâmetros de qualidade do biodiesel produzido e comercializado no país. Co-executor em parceria com a UFPR, FURB, UFRGS, CIENTEC

Projeto Linha Verde Em execução

Controle da Qualidade do biodiesel utilizado nos ônibus da Linha Verde em Curitiba. Projeto de cooperação técnica entre Urbs – Urbanização de Curitiba S/A, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Auto Viação Redentor Ltda, Viação Cidade Sorriso Ltda, TECPAR, PROBIODIESEL, BsBios - Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil S/A, Volvo do Brasil, Scania Latin América e RDP Distribuidora de Petróleo Ltda.

Concluído

Teste de aplicação de óleo vegetal puro em um grupo gerador de energia elétrica equipado com um motor MWM 229-3, ao qual foi adaptado um kit da empresa alemã Bioltec. Foram realizados testes de 200 horas.

Testes com óleo vegetal em motores

Em execução

Programa Paranaense de Bioenergia – Testar misturas de óleo vegetal e diesel (OV-20) em tratores, sendo um da Case New Holland que está operando no Centro Paranaense de Referência em Agroecologia - CPRA e outro Massey Ferguson, operando na UEM.

Toxicidade de Biodiesel Início de execução

em 2011

Fundação Araucária-UEL – Avaliar os Impactos ambientais e a saúde do biodiesel. Envolve a determinação da presença de compostos tóxicos e com potencial alergênico. Co-executor.

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias para Produção e Uso do Biodiesel, Derivados de Óleos de Microalgas

Início de execução em 2011

MCT/FINEP - Desenvolver estudos científicos e tecnológicos que permitam conhecer e avaliar a cadeia de produção e uso do Biodiesel a partir de microalgas marinhas e dulcícolas. Co-executor com mais 9 instituições nacionais de ensino e pesquisa.

Implantação de usina de produção de biodiesel em São Jorge D’Oeste

Em execução

Copel – Implantar empreendimento de biodiesel e uso de coprodutos em parceria com cooperativas de agricultores familiares da região oeste do Estado. Co-executor.

Projeto Microalgas Início de execução

em 2011 Copel/Iapar – Estudar a produção de biodiesel a partir do óleo oriundo de microalgas. Co-executor.

Sibratec Serviços Tecnológicos: Rede de Biocombustíveis

Início de execução em 2011

MCT/FINEP – Tratar as todas as questões relativas à produção e a avaliação da conformidade de biodiesel.

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Em 2009, o TECPAR recebeu da Fundação Araucária 20 bolsas de Iniciação Científica para

apoio a projetos de pesquisa desenvolvidos por universitários das instituições de ensino superior do

Estado, tanto estaduais quanto federais. Na DBIO/CERBIO especificamente foram executados e

concluídos 7 projetos focando biocombustíveis, a seguir descritos.

1. Caracterização de óleos vegetais extraídos mecanicamente sob condições variadas;

2. Estudo da produção de biodiesel a partir de matérias-primas alternativas com potencial para o

Estado do Paraná;

3. Estudo da solubilidade de etanol anidro combustível em diesel com o uso de aditivo;

4. Estudo das propriedades fluidodinâmicas de óleos vegetais e biodiesel para uso em motores;

5. Estudo de caracterização e tratamento do efluente gerado na produção de biodiesel;

6. Purificação da fase glicerina - Subproduto da produção de biodiesel;

7. Uso de hidróxidos duplos lamelares - HDL na produção de biodiesel à partir de óleos vegetais.

Em 2010 foram iniciados mais 3 projetos de IC com bolsas concedidas pela Fundação Araucária, os

quais estão sendo executados e tem suas conclusões previstas para setembro de 2011.

1. Avaliação dos Processos Oxidativos Avançados na remediação dos efluentes gerados na

produção de biodiesel;

2. Estudo da purificação do biodiesel através de processo não tradicional utilizando adsorventes

sólidos;

3. Estudo de caracterização e tratamento do efluente gerado na produção de biodiesel.

.A unidade de produção de biodiesel em escala piloto, após sua inauguração em agosto de 2007,

passou por uma fase de testes iniciais de operação e ajustes. Na sequência iniciou-se as atividades

voltadas a P&D da tecnologia de produção de biodiesel a partir de óleos vegetais diversos cedidos pelo

Iapar. Até dezembro de 2007 foram processados 2.000 litros de óleo de girassol com a produção de

cerca de 1.500 litros de biodiesel, via rota etílica. O etanol anidro no processo foi doado pela Alcopar e o

catalisador (metilato de potásssio) pela BASF. Em apoio à formação de recursos humanos, foram

recebidos diversos alunos que efetuaram seus estágios obrigatórios no TECPAR. Em adição, a unidade

recebeu a visita de centenas de pessoas com interesse em biocombustíveis.

No período 2007-2010, foram tratados mais de 10 mil litros de óleos vegetais puros e residuais,

com a produção de aproximadamente 8.500 litros de biodiesel e 940 litros de fase glicerinosa. Foram

utilizados no período, aproximadamente 6 mil litros de etanol anidro no processo. O biodiesel foi utilizado

no motor diesel do grupo gerador da usina, o qual forneceu energias elétrica e térmica para a planta,

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tornando-a independente da rede elétrica da Copel, e em testes diversos de aplicação em motores.

Várias doações de pequenos volumes de óleos vegetais, biodiesel e fase glicerinosa foram efetuadas

para diversas universidades paranaenses, estaduais e federais e de outros estados (Universidade

Federal da Bahia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre outras), como forma de

contribuição do TECPAR para a capacitação de recursos humanos na área dos biocombustíveis. Nessa

linha, alunos da UFPR, UTFPR, UEM e outras universidades estaduais tem realizados seus estágios

obrigatórios nas dependências da usina piloto. A unidade piloto recebeu no período 2008-2010 mais de

300 visitantes, incluindo estudantes, professores, delegações estrangeiras, empresários e outros. O

destaque foi a visita do Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende em novembro de 2009.

Comentários

O TECPAR é hoje um destaque nacional na área de biocombustíveis por sua atuação histórica

nesse segmento, começando pelo PROÁLCOOL, e desde o início do Programa Nacional de Produção

e Uso de Biodiesel, participando inclusive de uma das coordenações do Grupo Temático de

Caracterização e Controle da qualidade do Biodiesel do MCT. Também participa como instituição

colaboradora no Mestrado Multi-institucional coordenado pela UEL com foco em biocombustíveis.

Durante o período 2007-2010, foram intensas as demandas por ensaios em biodiesel e suas

matérias-primas. Entretanto, esperava-se um decréscimo gradativo nos serviços de caracterização e

controle da qualidade efetuados pela DBIO, tendo em vista que as grandes fábricas de produção de

biodiesel começaram a implantar seus próprios laboratórios. Além disso, certo acomodamento do

cenário nacional de biodiesel também favoreceu tal decréscimo, que realmente foi observado. Com base

nessa observação, é importante que a DBIO reforce sua atuação nas pesquisas ora em

desenvolvimento e busque novas linhas de pesquisa na área de biocombustíveis, focando temas

emergentes como a produção de biocombustíveis de microalgas e de resíduos da biomassa, incluindo o

etanol de segunda geração, biogás e outros temas relevantes. A implantação de novos serviços

voltados especificamente ao etanol é também foco para ações futuras.

A redução de recursos humanos da unidade no segundo semestre de 2010, com a saída de 3

técnicos, prejudicou a atuação do laboratório de caracterização e controle da qualidade e principalmente

a operação da planta piloto de biodiesel. Assim, existe a necessidade de reposição dessas

competências em 2011, tendo em vista a participação do TECPAR no Projeto de Biodiesel da Copel,

Projeto Linha Verde (vide Tabela 7b), além de novas linhas de pesquisa e serviços que se pretende

implantar. Entre eles destaca-se o convite da Volvo do Brasil para participação do TECPAR no

desenvolvimento de um ônibus híbrido (biodiesel/eletricidade) que exigirá a criação de novas

competências.

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Em termos de estrutura física, existe a necessidade da modernização da planta piloto, com

melhor instrumentação de controle de processo e manutenção geral dos equipamentos da usina.

Também o projeto da construção do novo laboratório nas proximidades da planta piloto deve ser

retomado, tendo em vista a necessidade de se transferir a estrutura atual do Bloco C para outro local, e

liberar a área para o Instituto Carlos Chagas.

A complementação do conjunto de equipamentos do laboratório, visando os novos serviços e

projetos de pesquisa, exigirá a aquisição nos próximos anos de equipamentos específicos

(cromatógrafos e espectrômetro de massa por exemplo) para utilização em pesquisas mais refinadas e

serviços de maior valor agregado.

A acreditação do laboratório junto ao INMETRO de acordo com a Norma NBR ISO/IEC 17025

deve ter seu processo finalizado visto ser uma exigência da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural

e Biocombustíveis – ANP. A adequação da unidade para tal finalidade foi efetuada através do Projeto

CELAB, iniciativa do MCT e financiamento da Finep.

3.2 DIVISÃO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA – DET

A Divisão de Educação Tecnológica – DET foi criada com a missão de atuar na organização de

eventos da área tecnológica (cursos de curta duração, seminários, oficinas, treinamentos técnicos, etc.),

sempre que possível com a participação de técnicos da casa. Isto seria uma forma de prestação de

serviços da Divisão. Além disso, a produção de vídeos e documentários abordando aspectos

tecnológicos diversos foi outra atividade executada. As Tabelas 8, 9a e 9b apresentam as principais

atividades desenvolvidas pela DET no período 2007-2010.

Tabela 8a. Eventos na área tecnológica organizados pela DET no período 2007-2010.

EVENTO DATA LOCAL Vidros de Laboratório, produtos certificados ISO 9001 e Novos Tratamentos de Superfície 28/03/2007

Conferência Biodiesel BR 2007 24/08/2007 OHSAS 18001:2007 Saúde e Segurança Ocupacional 25/09/2007 Introdução à tecnologia de Salas limpas 09/10/2007 Soluções Varian em Cromatografia para o Controle de Qualidade em Biocombustível

06/11/2007

Ferramenta de Diagnóstico Sistêmico Aplicado ao Programa Adolescente Aprendiz

09/11/2007

Técnicas para a produção de Biodiesel 20/11/2007 Técnicas para a produção de Biodiesel 21/11/2007

TECPAR

6o. Congresso Estadual de Engenheiros Agrônomos. Palestra sobre Agroenergia: Desafios e tendências para o Estado de Santa Catarina 16/05/2008

Florianópolis - SC

Semana de Meio Ambiente da Fosfértil - Palestra sobre Mercado de Carbono e energias limpas

06/06/2008 Araucária - Fosfértil

Seminário Pipetas Gilson 29/07/2008 TECPAR

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Tabela 8b. Eventos na área tecnológica organizados pela DET no período 2007-2010.

EVENTO DATA LOCAL Conferência Biodiesel BR 2008 29/08/2008

Curso Superior em Tecnologia da Gestão Pública - EAD 09/2008 à

09/2010

Graduação em Tecnólogo em Gestão Pública - 1ª Turma 10/2008 à 12/2010

Graduação em Tecnólogo em Gestão Pública - 2ª Turma 02/2009 à 12/2011

Formação de Agentes Socioambientais 24/03/2009 CEASA Seminário de Produção Integrada de Leite 26 e 27/05/09 Seminário Internacional - Edição 2009 - Espectrometria de Massas 17/06/2009

TECPAR

Oficina de Fibras Vegetais 03/07/2009 Bandeirantes -

PR

Simpósio: Entendendo a Certificação na Pecuária 02 e 03/12/2010

TECPAR

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Tabela 9a. Vídeos e documentários produzidos pela DET no período 2007-2010.

TÍTULO DURAÇÃO (Minutos)

PARCEIROS CONCLUSÃO SINOPSE

Biossistemas Integrados na Suinocultura 11 - Dez/2007

Documentário de curta metragem que apresenta os fundamentos do Biossistema Integrado para a Suinocultura desenvolvido pelo TECPAR na região oeste do Paraná apresentando suas vantagens e retorno econômico

Overshoot - Excedendo os limites ambientais

3 - Mar/2008

Documentário de curta metragem produzido para concorrer em um concurso promovido pela Global Footprint Network com objetivo de apresentar o que é o conceito do Overshoot porquê é importante a sociedade saber disso e como evitar este fenômeno.

Orgânica 2008 - - Mar/2008 Flashes do Evento Orgânica 2008

Compostagem em Bituruna 6, 4

Sanepar; Município de Bituruna e IAP

Jun/2008

Documentário de curta duração realizado durante uma visita técnica no dia 25 de maio de 2008 ao processo de triagem de recicláveis e compostáveis no município de Bituruna - PR.

Produção Integrada de Leite 10 - Jul/2008

Documentário de curta duração que apresenta os fundamentos do projeto da Produção Integrada de Leite realizado na região dos Campos Gerais do PR e coordenado pelo TECPAR.

Conferência Biodiesel BR 2008 1 dia Revista Biodiesel BR

Ago/2008 Registro das principais palestras do evento.

Produção de Biodiesel 10,53 Cerbio Jul/2009 Documentário de curta duração que demonstra as etapas do processo de produção de biodiesel baseado na planta instalada no TECPAR.

Conferência Biodiesel BR 2009 1 dia - Jul/2009 Registro das principais palestras do evento

Apresentação dos gerentes em seu ambiente de trabalho 7,23 - Nov/2009

Vídeo utilizado para auxiliar na motivação durante o workshop Vestindo a Camisa com todos os gerentes realizado no dia 20/11/2009 no Hotel Estância Betânia.

Lançamento do selo de 70 anos do TECPAR

20,2 - Mar/2010 Cobertura do evento de lançamento do selo postal em homenagem aos 70 anos do TECPAR.

Produção Integrada de Leite - Estudo de caso

11,48 CNPq Jun/2010

Documentário de curta duração de um estudo de caso baseado na Fazenda Cananéia em Vassouras - RJ de implementação da certificação da Produção Integrada de leite.

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Tabela 9b. Vídeos e documentários produzidos pela DET no período 2007-2010.

TÍTULO DURAÇÃO (Minutos)

PARCEIROS CONCLUSÃO SINOPSE

Certificação de produtos da Agricultura Familiar 6,6

Seab; Emater e Pr Metrologia

Jul/2010

Documentário de curta duração que apresenta o projeto coordenado pelo TECPAR que visa a certificação de produtos oriundos da agricultura familiar.

Entrevista com Prof. Metry Bacilla 1,3 - - - Feira de Inovação Tecnológica FITEC

30 Intec - Registro das principais palestras do evento

Oficina de Capacitação em Projetos 2 dias APPI -

Gravação do curso para posterior realização de curso à distância.

Palestra sobre Transferência Tecnológica no Canadá

1 dia APPI - Filmagem do curso para posterior realização de curso à distância.

Posse do Diretor Presidente Luiz Fernando Ribas - - -

Cobertura do evento de posse do Diretor Presidente Luiz Fernando Ribas e Assinatura do Plano de Gestão de Competências para o TECPAR pelo Governador Orlando Pessuti.

Workshop dos gerentes do TECPAR - - -

Breve registro em imagens dos palestrantes e gerentes durante o workshop.

I Congresso Brasileiro em Gestão do Ciclo de Vida

3 dias UTFPR; IBQP; Inmetro e TECPAR

- Registro das principais palestras do evento

Tecnologias Sociais - RTS Em andamento Histórico do movimento das Tecnologias Sociais no Brasil contextualizado nas TS's desenvolvidas no TECPAR

Sistema Biológico de Tratamento da Fumaça

10 UTFPR e Devon's

Em andamento

Apresentação da Tecnologia desenvolvida e patenteada pela Divisão de Tecnologias Sociais para tratamento do cheiro proveniente de churrascarias

Documentário sobre a problemática do lixo

10 UTFPR Em andamento Vídeo que explora a idéia da inexistência do lixo e suas repercussões na sociedade

Avaliação do Ciclo de Vídeo 12 UTFPR Em andamento Vídeo visando a divulgação dos conceitos da técnica de avaliação do ciclo de vida

Coleta de Amostras em Aterro Sanitário de acordo com a NBR 10007

10 Sanepar Em andamento Demonstração da técnica de coleta de resíduos sólidos em aterros sanitários baseado na norma NBR 10007

Simulação da abrigada de incêndio do TECPAR

15 - Em andamento Filmagem da simulação de incêndio do Bloco B do TECPAR

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Comentários

Os eventos organizados pela DET deveriam focar no primeiro momento, um público externo mas

vários deles contaram com a participação de técnicos do TECPAR. Desta forma o papel da DET muitas

vezes foi confundido com a atuação do Setor de Capacitação de Pessoas do Instituto, que concentra

as questões de treinamento dos recursos humanos. Outra atividade similar é desenvolvida pela Agência

Paranaense de Propriedade Industrial – APPI, que promove treinamentos diversos voltados às questões

de propriedade intelectual, patentes, inovação, etc. Apesar de que na prática este fato não trouxe

grandes problemas, a questão de treinamentos, cursos técnicos e outros eventos de conteúdo técnico-

científico organizados pelo TECPAR deveriam estar concentrados em um único setor, de modo que a

máxima eficiência pudesse ser atingida. É importante ressaltar que a instituição conta com vários

profissionais que poderiam oferecer cursos de curta duração e treinamentos técnicos específicos em

muitas áreas de competência, o que não foi devidamente explorado pela DTE. Esta será uma opção

interessante para ser melhor estudada e praticada no futuro como forma de trazer mais recursos

financeiros para o TECPAR e mesmo justificar a existência da DET.

No período 2007-2008 foram efetuados investimentos para a aquisição de equipamentos

diversos de vídeo (câmera, ilha de edição, etc.) de modo que a produção de vídeos fosse executada

adequadamente. Apesar da indisponibilidade de recursos humanos para tais atividades, vários produtos

resultaram dos esforços da equipe da DET. Um exemplo está no vídeo que aborda a produção de

biodiesel nas instalações da DBIO, o qual foi utilizado para ilustrar um curso sobre biocombustíveis

ministrado pelo TECPAR na Universidade de Mato Grosso e outro durante a Conferência BiodieselBR

2009. Desta forma, tais vídeos constituem importante apoio para cursos e treinamentos técnicos que

venham a ser organizados pelo TECPAR. Outro exemplo está na entrevista do Dr. Metry Bacilla, antigo

funcionário do IBPT e renomado pesquisador paranaense, cujo depoimento trouxe importantes

informações sobre a história do instituto e agregou valor ao seu Projeto Iconográfico.

Apesar do bom número de vídeos e documentários efetuados, na sua grande maioria são

desconhecidos pelo corpo funcional do TECPAR, carecendo de uma divulgação interna mais forte de

modo que as pessoas tomem conhecimento e participem dessa importante iniciativa. A divulgação

externa desse trabalho é igualmente importante.

Concluindo, o futuro da DET exigirá inicialmente planejamento e um estudo crítico de viabilidade

e sustentabilidade, bem como investimentos que permitam disponibilizar uma infraestrutura e equipe

adequadas para projetos na área de educação tecnológica.

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3. 3 DIVISÃO DE ENSAIOS E TESTES TECNOLÓGICOS – DETEC

Atualmente, com um mercado altamente competitivo, a qualidade dos diversos tipos de produtos

e serviços está se tornando um quesito indispensável. Empresas que forneçam bens e/ou serviços com

baixa qualidade podem ser descartadas pelos consumidores. Logo, a qualidade transformou-se em uma

ferramenta básica para aumentar a competitividade das empresas e a redução de seus custos. Pode-se

adquirir um produto com a mesma qualidade em diferentes partes do mundo, pois a concorrência deixou

de ser local para se tornar mundial, onde quanto menor for a barreira protecionista, maior será a

concorrência e consequentemente a busca por novas técnicas e processos.

A Divisão de Ensaios e Testes Tecnológicos – DETEC executa uma ampla gama de serviços

tecnológicos para as indústrias do Paraná e de outros estados, contribuindo para a melhoria da

qualidade de vários produtos. Tais serviços incluem ensaios físicos, químicos e microbiológicos nas

mais variadas matrizes como alimentos, plásticos, metais, medicamentos, madeiras e outros.

Laboratório de Fertilizantes (LAFE):

Executa análises físicas e químicas de avaliação da qualidade com foco em adubos e corretivos

de solo (calcários e cales agrícolas e outros materiais com a mesma finalidade). Tais serviços atendem

preferencialmente a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná - SEAB, e visam identificar

adulterações nesses produtos, evitando que o agricultor adquira insumos de má qualidade. Desta forma

o Governo Estadual dá um importante suporte, principalmente para os pequenos produtores, para que

produzam com eficiência e qualidade. Também são atendidas pelo LAFE empresas misturadoras de

fertilizantes, cooperativas agrícolas e comerciantes de fertilizantes e corretivos de solo.

Comentários:

Em 2007 o LAFE encontrava-se em franco processo de sucateamento, com dificuldades em

equipamentos, falta de insumos e sérios problemas de recursos humanos. Tal cenário provocou a

queda na qualidade dos serviços prestados e o afastamento de vários clientes, além da insatisfação do

principal deles, a SEAB. Além da mudança da gerência da unidade, vários investimentos foram

efetuados em equipamentos, insumos e acessórios para o laboratório, visando corrigir as deficiências,

trazendo uma nova condição de trabalho. Foram minimizados os problemas de pessoal e

gradativamente tivemos o retorno de vários clientes e o reconhecimento da SEAB em relação à melhoria

dos serviços prestados. O surgimento de novos tipos de fertilizantes e as alterações na legislação

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referente ao controle da qualidade de tais produtos exigirá entretanto, novos investimentos em

equipamentos, para que o LAFE acompanhe o mercado adequadamente e seja mais competitivo.

Atualmente a demanda de serviços tem aumentado significativamente e a necessidade de

agregação de mais técnicos para o LAFE é evidente. Por outro lado, a atual área física não comporta

mais pessoas, apontando para uma expansão da área laboratorial. Entretanto, a ocupação atual do

Bloco B, efetuada nos últimos anos sem critérios de planejamento, não permite tal expansão. Uma

opção seria a construção/adaptação de um novo laboratório na estrutura existente na Granja Maria

Luiza em Araucária. Nessa estrutura, a atividade de análises de solos, descontinuada há vários anos no

TECPAR, poderiam ser retomadas, caso um estudo prévio e criterioso de viabilidade indicasse tal

medida. Uma ação futura e que ganha importância é a demanda do Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento – MAPA para que o laboratório seja acreditado de acordo com a Norma NBR ISO/IEC

17025.

Laboratório de Alimentos (LABA):

Avalia a qualidade de matérias-primas e alimentos industrializados, atendendo diversas

indústrias desse segmento, várias de outros Estados. Atende também demandas do governo estadual, a

exemplo da execução de análises químicas em amostras de leite do Programa Leite das Crianças,

garantindo que o produto consumido por milhares de crianças paranaenses atenda rígidas

especificações de qualidade. Outra atividade de impacto social consiste nos ensaios para a

determinação da presença de organismos geneticamente modificados – OGM em produtos tais como

grãos e farelo de soja, sopas e leite de soja para o Laboratório Central do Estado – LACEN e outros

órgãos fiscalizadores governamentais do Estado. O objetivo é cumprir o decreto 4.680, de 25/04/03, o

qual obriga a rotulagem tanto de alimentos quanto de ingredientes alimentares destinados ao consumo

humano ou animal que tenham sido produzidos a partir de OGMs. Os ensaios foram também

disponibilizados para produtores que desejam certificar a sua produção e/ou certificar somente os grãos

produzidos. No período 2007-2010, destaca-se ainda a atuação do LABA em apoio ao PROGEX da

DEXT e participação no Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Alimentos do

MAPA.

Comentários:

Em 2010, foi iniciada a construção do novo Laboratório de OGM, para que a área anteriormente

utilizada no Bloco C, ficasse disponível para o ICC. Apesar das grandes dificuldades encontradas nesse

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processo, a adequação de uma área no pavimento superior do Bloco B foi iniciada, mas não foi

concluída em 2010. A previsão de entrega da obra é fevereiro/2011.

A exemplo de outras unidades, o LABA teve necessidade de recursos humanos complementares

para atendimento de suas demandas, item que deve ser reconsiderado no próximo ano, bem como o

investimento em alguns novos equipamentos, de acordo com critérios de viabilidade e sustentabilidade.

Para minimizar a questão de pessoal, uma técnica oriunda do DER foi incorporada ao laboratório em

dezembro/2010.

A área de embalagens para alimentos é muito promissora e tem na atualidade poucos

concorrentes, devendo ser mais bem explorada. Encontra-se em andamento a validação de

metodologias para as determinações de metais em carnes e de aflatoxina AFLA M1. Em adição, a

manutenção, renovação e aumento de escopo de acreditação junto ao INMETRO foram objetos de

atenção no LABA, a exemplo dos ensaios de aflatoxina por HPLC em várias matrizes e o ensaio de

migração em embalagens de celulose.

Um incidente ocorrido no laboratório (incêndio) em fevereiro de 2010 obrigou a paralisação da

unidade por cerca de 30 dias, visto que instalações elétricas, alguns equipamentos (capelas), forro e

piso foram atingidos e foram integralmente substituídos. Foram reformadas totalmente três salas do

LABA, além da limpeza e teste de todos os outros equipamentos. Como resultado desse incidente,

vários serviços sofreram atrasos na entrega, mas gradativamente estão sendo atendidos, visto que

somente 2 clientes desistiram de efetuar serviços com o LABA devido ao incidente.

Laboratório de Pesticidas (LAPE):

Fatos econômicos e de saúde indicam a necessidade de pesquisas cada vez mais rigorosas

sobre as conveniências e os riscos para a população no uso de pesticidas. Atualmente está evidente a

importância de se monitorar de maneira eficaz o uso desses produtos em alimentos, passíveis de

conservarem resíduos tóxicos. São imprescindíveis relatórios técnicos que expressem a existência (ou

não) de resíduos de agrotóxicos nos produtos agrícolas. Tais relatórios, obviamente, decorrem de

análises laboratoriais competentes e corretas. Como o Brasil é um país de território extenso e possui

várias pequenas propriedades (82%), os agricultores geralmente recebem pouca ou nenhuma

informação sobre a utilização dos pesticidas e conseqüentemente sobre sua periculosidade. O LAPE

presta diversos serviços abrangendo a determinação de resíduos de pesticidas em vários alimentos,

destacando-se o monitoramento de arroz importado, produtos oriundos da agricultura orgânica e

matérias-primas destinadas a formulação de alimentos processados industrialmente. Um serviço que

começou a ser oferecido em 2007 envolve a detecção de antibióticos em leite.

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Comentários:

As atividades desenvolvidas pelo LAPE ganham gradativamente importância tendo em vista a

preocupação do governo federal com a qualidade dos alimentos consumidos no país. Exemplo disso é a

concepção da Rede de Detecção de Resíduos e Contaminantes em Alimentos, coordenada pelo MAPA

e da qual o laboratório é membro. Através de um projeto de capacitação de laboratórios de ensaios, a

Finep repassou recursos para vários deles, de modo que suas infraestruturas pudessem ser

complementadas. Deste modo dentro de certo período de tempo, estariam capacitados a atender as

demandas nacionais na identificação de contaminantes em alimentos, particularmente pesticidas no

caso do LAPE. Equipamentos de ponta foram adquiridos com os recursos Finep e uma reforma na área

física do LAPE foi efetuada pelo TECPAR em contrapartida. Além do LAPE, o LABA e o LAQA estão

também participando dessa iniciativa dentro das respectivas competências, tendo recebido

equipamentos e reformas em laboratórios.

Devido a essa participação do LAPE na Rede, a Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA

convidou o TECPAR a absorver alguns ensaios de controle e fiscalização envolvendo as determinações

de resíduos de macrolídeos e resíduos de aminoglicosídeos, betalactâmicos e tetraciclinas em tecido

animal. A transferência das metodologias será efetuada pelos LANAGROS do Rio Grande do Sul e de

Minas Gerais. Outra demanda crescente para o laboratório está nos ensaios de medicamentos

veterinários em alimentos de origem animal (músculo, fígado, rins, leite, mel, ovos, etc.), tendo em vista

o aumento de exportações de alimentos brasileiros.

O técnico César Lenz retornou em abril de 2010 de seu Pós-Doutorado na Universidade Técnica

de Munique – Alemanha, resultando na possibilidade de registro de patente abordando o tema “Síntese

de Padrões Analíticos Por Técnicas de Diluição Isotópica”. Uma apresentação do trabalho desenvolvido

foi efetuada para a Presidência do TECPAR em 1512/2010, que solicitou ao técnico a elaboração de

uma agenda contendo as etapas futuras desse projeto e sua devida discussão com a DTE e a gerência

da DETEC.

Atualmente a maior necessidade do LAPE está na complementação de sua equipe técnica

visando o atendimento crescente das demandas atuais e aquelas que ainda estão por vir. Um exemplo é

a futura solicitação do Laboratório Central do Estado – LACEN, relacionada a detecção de resíduos de

pesticidas em amostras de fiscalização. Como as unidades laboratoriais do LACEN serão fechadas para

reformas em suas instalações em 2011, deverá fazer uso de outros laboratórios capacitados para os

atendimentos dos serviços de vigilância sanitária no estado.

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Laboratório de Química Industrial (LAQI)

O LAQI presta serviços de avaliação da conformidade em uma ampla gama de matrizes.

Destacam-se os polímeros de engenharia, borrachas, plásticos, tintas para sinalização, vernizes, tubos

plásticos e cerâmicos para saneamento público, equipamentos de proteção individual, madeiras,

compensados, materiais correlatos e móveis, entre outros. Entre os variados serviços prestados para o

setor industrial do Paraná, de outros estados e órgãos públicos, os ensaios químicos e físicos em

materiais diversos a serem adquiridos pelo Estado e pelo Ministério Público auxiliam na avaliação de

processos licitatórios para compra de bens e insumos pelo Governo. Por exemplo, no caso de móveis

escolares destinados a escolas públicas, é testada a resistência de madeiras, compensados e

aglomerados.

Comentários:

O grande destaque no período 2007-2010 foi o desenvolvimento do projeto de construção do

Laboratório de Ensaios Tecnológicos em Madeira e Móveis do LAQI. Resultante de uma proposta

apresentada na Chamada Pública MCT/FINEP – Ação Transversal – TIB 06/205 – Linha 1, uma série de

equipamentos foi adquirida para compor a nova estrutura, sendo aplicados aproximadamente R$ 600 mil

do FNDCT. A edificação do laboratório foi custeada com recursos do TECPAR e do Fundo Paraná.

A obra foi inaugurada em novembro de 2009 pelo Governador do Estado e a presença dos

Ministros da Ciência e Tecnologia e do Planejamento e veio consolidar a atuação do TECPAR no

segmento de ensaios em madeiras e correlatos. Nessa atividade, a instituição mantém parceria com o

Instituto alemão WKI (Fraunhofer-Institut fuer Holzforchung, Wilhelm-Klauditz Institut), o qual reconhece

o LAQI como laboratório de referência para ensaios e auditorias na certificação de produtos que

realizam no Brasil. O TECPAR efetua as auditorias de acompanhamento da Certificação Européia CE

MARK.

Outro diferencial do laboratório são as análises químicas para determinação de formaldeído

liberado em produtos de madeira, sendo o único laboratório a realizar a determinação do formaldeído

liberado pelo método da câmara de gás (EN 717-2) no Brasil. Além disso, estabeleceu as determinações

de formaldeído pelos métodos Perforator (DIN EN 120) e Dessecator (DIN EN 717-3), metodologias

aplicadas à produtos como aglomerados, MDF (Médium Density Fiber) e OSB (Oriented Sawed Board),

para compensados.

Em função do grande número de solicitações de serviços, principalmente aqueles de inspeção

externas, o LAQUI também enfrentou problemas de recursos humanos complementares, os quais foram

minimizados pela incorporação de uma técnica transferida de outro setor do TECPAR, bem como de

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dois técnicos oriundos do DER. Em relação às inspeções externas de tubos plásticos e cerâmicos para

saneamento, em função da existência de um Setor de Inspeção de Produtos na DI, tais atividades

deveriam ser transferidas para o mesmo de modo a otimizar os serviços.

Laboratório de Materiais Metálicos (LAMM)

Efetua trabalhos de controle químico metalúrgico em metais não ferrosos e suas ligas utilizadas

na produção de variados itens, com atendimento das indústrias automobilísticas e metal-mecânicas da

Região Metropolitana de Curitiba e outras regiões do Estado, além de outros centros do país.

Importantes serviços são executados para o governo estadual na avaliação da conformidade de metais

e ligas utilizadas principalmente na confecção de móveis escolares adquiridos para a rede de escolas

públicas do Estado. Trabalhos de corrosão e tratamento de superfícies metálicas são também

executados.

Comentários:

O LAMM tem sua origem no Convênio Brasil-Japão, estabelecido nos anos 80 entre o Governo

do Paraná e a Japan International Cooperation Agency – JICA. Como resultado desse Convênio, o

TECPAR recebeu diversos equipamentos de ponta e insumos, passando a contar com o mais moderno

laboratório do sul do país no segmento de controle químico metalúrgico, na época. Além disso, técnicos

japoneses permaneceram no TECPAR orientando os recursos humanos nas atividades próprias do

laboratório e técnicos da instituição foram enviados para treinamentos no Japão.

Com o término do Convênio com a JICA e o decorrer do tempo, os equipamentos do LAMM

tornaram-se defasados tecnologicamente e alguns foram sucateados, a exemplo do Microscópio

Eletrônico de Varredura – MEV. Tais equipamentos não foram repostos por outros de tecnologias mais

avançadas e em conseqüência, a unidade passou a perder competitividade. Isto ficou particularmente

evidente quando da implantação do polo automotivo em Curitiba e região. Fábricas modernas e que

empregam tecnologias de produção e materiais avançados demandaram serviços tecnológicos

diferenciados e tempos de respostas muito mais reduzidos, o que nem sempre é possível com a atual

estrutura do LAMM. Assim, hoje a necessidade prioritária do LAMM é a modernização do seu parque de

equipamentos, paralelamente à agregação de novos técnicos e a disponibilização de área física mais

ampla e adequada. Nesse sentido, o projeto da construção do novo laboratório deve ser retomado. Esta

nova área estaria incluída no edifício que está previsto para abrigar, além do LAMM, os novos

laboratórios da DBIO e do LAEM. Com tais medidas, o LAMM poderá absorver novas demandas,

principalmente do setor automobilístico, e voltar a ser competitivo e destacado.

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Laboratório de Ensaios Mecânicos (LAEM)

As aplicações triviais e avançadas dos materiais exigem, entre outros parâmetros de qualidade,

excelentes propriedades mecânicas para que as peças com eles fabricadas exibam ótimo desempenho.

Tais materiais, quando em serviço, podem por exemplo, ser submetidos a forças elevadas, como é o

caso do eixo de um automóvel. Logo, em termos de durabilidade e segurança de peças submetidas a

grandes esforços, a resistência mecânica do material deve ser bem avaliada e conhecida. Assim, o

LAEM tem atendido principalmente o segmento de metal-mecânica do Paraná, oferecendo ensaios de

resistência mecânica à tração, compressão, flexão, dobramento, impacto, ensaios de dureza, ensaios

metalográficos/macrográficos e de rugosidade de superfícies, além de serviços de usinagem

convencional. Outros materiais também podem ser avaliados, a exemplo de plásticos de engenharia,

produtos médico-hospitalares (seringas, agulhas e cateteres)..

Comentários:

Similarmente ao LAMM, o LAEM também nasceu do Convênio com a JICA e igualmente sofreu

as conseqüências do sucateamento da maioria dos seus equipamentos, apontando para uma

necessária modernização da sua infraestrutura e seu parque de equipamentos para que serviços

especializados e de maior valor agregado possam ser ofertados. A indisponibilidade de um MEV, por

exemplo, tem levado alguns clientes a migrarem para outros fornecedores de serviços tecnológicos.

Apesar de perder algumas oportunidades, o LAEM tem mantido um desempenho satisfatório

devido à equipe reduzida, preços compatíveis com os do mercado, agilidade e confiabilidade dos

resultados. Assim, o investimento em novos equipamentos e nova área física devem contribuir para a

alavancagem do LAEM.

Dentro das novas linhas de atuação do laboratório está o Projeto MCT/FINEP Ação Transversal –

AVAPROS – Avaliação da Conformidade de Produtos Para a Saúde, Convênio FINEP 01.08.0141.00.

Consiste no apoio a laboratórios que realizem ensaios mecânicos em preservativos masculino de látex,

de modo a assegurar o desempenho de tais produtos de acordo com normas internacionalmente

aceitas. O TECPAR foi escolhido para juntamente com o Instituto Nacional de Tecnologia - INT e o

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT, a participar do esforço do governo

federal no controle da qualidade dos preservativos em tela.

Para isso estão sendo repassados ao TECPAR um conjunto de equipamentos no valor de

aproximadamente R$ 140 mil para a instalação no LAEM. Em contrapartida, o TECPAR efetuou a

adequação de uma área física no Bloco A para receber os equipamentos. Estes foram importados da

Austrália e encontram-se no Rio de Janeiro, devendo ser enviados a Curitiba em março/2011, quando

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será treinada a equipe. As etapas seguintes do projeto incluem a aquisição de equipamentos nacionais

e a acreditação dos novos ensaios junto ao INMETRO. Para que o projeto seja concluído com êxito e os

serviços possam ser prestados adequadamente, haverá a necessidade prioritária de se aumentar a

equipe técnica do LAEM em 2011, visto que as atividades relacionadas a esse segmento de atuação

serão bastante intensas a partir da operacionalização dessa nova atividade.

Laboratório de Química Ambiental (LAQA)

A Química Ambiental é a química do meio ambiente e diz respeito principalmente com os

aspectos químicos dos problemas que os seres humanos criaram no meio ambiente natural. Estuda os

processos químicos (mudanças) que ocorrem no meio ambiente, sejam elas naturais ou causadas pelo

homem e em alguns casos podem trazer sérios danos à humanidade. O LAQA disponibiliza diversos

serviços tecnológicos englobando a detecção de produtos nocivos a saúde humana em águas e

efluentes industriais, bem como a classificação de tais materiais de acordo com as legislações

ambientais vigentes no país. Águas superficiais e subterrâneas para consumo humano, água para

hemodiálise e efluentes de variadas indústrias foram objetos do LAQA. O laboratório tem sido indicado

pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA para a

realização de trabalhos analíticos em amostras ambientais, atendendo a demanda de várias empresa

paranaenses.

Comentários:

O LAQA sucedeu o antigo Laboratório de Química Inorgânica do TECPAR. Focando os ensaios

de caracterização de materiais inorgânicos tais como minérios e minerais diversos, matérias-primas

cerâmicas (argilas, feldspatos, calcários e outros), materiais de construção (cal, areia, cimento, etc.) e

cerâmicas brancas, este laboratório acabou defasado tecnologicamente e perdeu sua competitividade,

principalmente depois da implantação do Laboratório de Minerais – LAMIR da Universidade Federal do

Paraná em 1997. Nessa época, decidiu-se pela descontinuidade do laboratório, pois sem investimentos

para atualização dos equipamentos, a unidade não era mais viável. Apesar das oportunidades

oferecidas pelo segmento de minerais, não houveram iniciativas para a modernização e manutenção do

laboratório e o mesmo foi transformado no atual LAQA.

O LAQA concentrou sua atuação em ensaios físico-químicos de águas de diferentes fontes

(industriais, para abastecimento público, de poços, rios, etc.), além das determinações de metais em

várias matrizes (efluentes, lodos, etc). Vários deles são acreditados pelo INMETRO de acordo com a

NBR ISO/IEC 17025. Para isso conta com uma laboratório de espectrometria com equipamentos de

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espectrometria de plasma (ICP-OES e ICP-MS), atendendo também a demanda de todos os outros

laboratórios do TECPAR na detecção de metais em variadas matrizes. Isto justifica o elevado número de

ensaios executados pelo LAQA, de acordo com os dados da Tabela 10. Originalmente também contava

com um espectrômetro de absorção atômica que foi posteriormente transferido para o Laboratório de

Fertilizantes, principal usuário das análises químicas executadas nesse equipamento.

Apesar da grande amplitude abrangida atualmente pela Química Ambiental no mundo, o LAQA

não tem se aventurado em outras linhas de trabalho além das daquelas que envolvem ensaios físico-

químicos em determinadas matrizes. Existem várias atuações que poderiam ser exploradas dentro das

competências da QA. Alguns exemplos incluiriam a prestação de serviços de organização e gestão dos

meios e medidas de proteção ambiental com atividades tais como a elaboração e execução do

gerenciamento, tratamento e monitoramento de resíduos a participação em auditorias do meio ambiente

e a proposição de atuações em acidentes ambientais.

A prestação de serviços de controle de resíduos sólidos mostra-se também como uma opção

interessante incluindo a minimização dos resíduos sólidos de processos industriais, a inspeção dos

parâmetros do processo de tratamento de resíduos para assegurar o cumprimento das normas vigentes

e a supervisão de plantas de tratamento de resíduos. A identificação de novos serviços diferenciados

deve inicialmente passar por um levantamento de demandas potenciais e o valor agregado de tais

demandas de modo que os serviços implantados sejam rentáveis e diferenciados. Obviamente a

agregação de mais recursos humanos e sua devida capacitação é essencial para que novos desafios

sejam trabalhados.

Laboratório de Análises de Medicamentos (LAQM)

A qualidade dos medicamentos produzidos no país e sua eficácia no combate às doenças tem

sido preocupação constante do Ministério da Saúde, resultando na exigência de um rígido controle de

tais produtos por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. O LAQM tem atendido

tradicionalmente diversos fabricantes de medicamentos através de ensaios químicos para o controle da

qualidade, a exemplo do Laboratório Minancora, e ensaios de detecção de resíduos de óxido de etileno

em agulhas e seringas submetidas a esterilização para a Becton Dickinson. Tais ensaios são

igualmente utilizados por hospitais e clínicas médicas quando de processos licitatórios para a aquisição

de variados fármacos e avaliação da conformidade desses produtos às legislações pertinentes. Outro

serviço disponibilizado para as indústrias farmacêuticas é a validação ou co-validação de metodologias

analíticas utilizadas no controle da qualidade de medicamentos.

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Comentários:

O LAQM teve sua fase áurea até o ano 2.000 quando demandas do mercado em relação a

acreditações dos laboratórios envolvidos no controle da qualidade de medicamentos limitaram sua

atuação e vários clientes se afastaram buscando fornecedores de serviços que atendessem as

exigências do Ministério da Saúde na época. Muitos deles não voltaram a fazer uso dos serviços do

laboratório. Nesse período, não houveram esforços da alta direção da instituição para adequação do

LAQM, o qual perdeu competitividade. e receitas.

Além disso, quando da elaboração da Lei dos Genéricos em 1999, abriu-se uma grande

oportunidade de atuação do LAQM em função do grande número de fabricantes de tais medicamentos e

suas necessidades de avaliação da conformidade dos seus produtos com a nova legislação. Para

atender a demanda, havia a necessidade de investimento em alguns equipamentos e insumos e mais

uma vez não se fez esforço direcionado a adequar o laboratório de modo que pudesse ganhar uma fatia

de um enorme mercado que se abria. Nos anos seguintes, apesar de muitos investimentos terem sido

aplicados em alguns laboratórios da DETEC, o LAQM não recebeu a atenção devida, foi deixado em

segundo plano e não teve grandes transformações.

Atualmente existe a necessidade de se estudar novas alternativas para a unidade, a exemplo do

apoio ao Projeto da Plataforma de Biofármacos que começa a ser desenhado no TECPAR. A

identificação e implantação de novos serviços é necessária e deve ser baseada em um levantamento

prévio de demandas do mercado e a viabilidade econômica dos novos serviços para o aproveitamento

do grande potencial do LAQM.

Laboratório de Microbiologia e Toxicologia (LAMT)

Atestar a qualidade dos alimentos, medicamentos e outros produtos sob o ponto de vista

microbiano, detectando assim contaminação por microorganismos patogênicos que possam afetar a

saúde dos consumidores, é o foco principal do LAMT. Alimentos diversos (leite e derivados, sopas,

farinhas e outros) e água potável tratada e não tratada são avaliados, além de água destinada à

processos de hemodiálise. Matérias-primas para a produção de materiais odonto-médico-hospitalares

são também objeto de solicitações de análises microbiológicas, as quais apresentam demanda

crescente.

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Comentários:

Dentro da ampla gama de atuação do LAMT, o laboratório está participando, juntamente com o

LAEM, do Projeto MCT/FINEP Ação Transversal – AVAPROS – Avaliação da Conformidade de Produtos

Para a Saúde. Atuará na realização de ensaios microbiológicos em luvas de procedimentos e cirúrgicas

de látex, complementando o escopo do Projeto que abrange além desses itens, os preservativos

masculinos. Para a viabilização dessa atividade, uma área no pavimento superior do Bloco B foi

selecionada para abrigar o serviço em tela. A reforma dessa área, denominada de Laboratório de Saúde

e Ambiente, estava prevista até o final de 2010, tendo em função do Projeto acima citado e outras

atividades a serem implantadas. Apesar da disponibilidade de recursos financeiros do Fundo Paraná e o

projeto da obra pronto, trâmites burocráticos do governo acabaram impedindo a execução do trabalho, o

qual deverá ser prioritariamente retomado e concluído em 2011 para que o compromisso do TECPAR

com o Projeto AVAPROS seja integralmente cumprido.

Contando com a maior equipe de funcionários entre todos os demais laboratórios, o LAMT

solicitou periodicamente a complementação de recursos humanos, questão que deve ser reavaliada em

2011, com a identificação da necessidade de tal complementação.

A equipe do LAMT trabalha no momento para o aumento do escopo de ensaios acreditados pelo

INMETRO (citotoxicidade e microscopia em alimentos por exemplo) e em 09/11/2010 foi protocolada no

MAPA a solicitação de cadastro do laboratório para a realização de pesquisa de Salmonella spp e

contagem de coliformes totais e fecais termotolerantes em fertilizantes orgânicos, além da contagem de

células viáveis em inoculantes biológicos. Encontra-se em fase de validação o ensaio de hemólise para

que o mesmo seja ofertado a outros clientes além da empresa Becton Dickinson que já demanda este

tipo de serviço.

O LAMT tem prestado importante contribuição ao Programa PROGEX e ao Programa de

Certificação de Produtos Orgânicos da Agroindústria Familiar, executado pela Divisão de Certificação do

TECPAR, com recursos do Fundo Paraná, em parceria com a SEAB/EMATER. Além disso, o laboratório

colabora com o trabalho de elaboração e implantação de norma para a produção integrada de suínos e

com o projeto de acompanhamento das propriedades piloto de produção integrada de bovinos por meio

de ensaios laboratoriais de resíduos de pesticidas e medicamentos de uso veterinário, ambos projetos

CNPq/TECPAR.

O investimento em alguns equipamentos complementares deverá ser efetuado em 2011 para que

novos serviços possam ser implementados, a exemplo do ensaio de ecotoxicidade com Daphnia sp. Tal

investimento deve ser avaliado dentro de conceitos de viabilidade econômica, demanda e retorno ao

TECPAR.

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A Tabela 10 apresenta os números relativos aos serviços prestados pelas unidades laboratoriais

da DETEC no período 2007-2010 e as Tabelas 11a e 11b mostram os principais projetos nos quais as

unidades laboratoriais da DETEC estão envolvidas.

Tabela 10. Serviços de ensaios e análises executados pela DETEC no período 2007-2010.

ANO SERVIÇOS DE

ENSAIOS E ANÁLISES 2007 2008 2009 2010

TOTAL 2007-2010

LAFE 8.843 9.609 10.304 8.645 37.401

LABA 2.512 2.647 1.711 2.504 9.374

LAPE 611 682 880 674 2.847

LAQI 3.572 8.087 6.441 4.398 22.498

LAMM 2.753 2.227 2.149 3.371 10.500

LAEM 3.987 2.712 3.168 1.946 11.813

LAQA 23.811 27.611 26.612 23.529 101.563

LAQM 2.611 1.838 2.183 1.521 8.153

LAMT 4.299 3.444 3.183 2.947 13.873

TOTAL/ANO 52.999 58.857 56.631 49.535 TOTAL GERAL 218.022

Tabela 11a. Principais projetos das unidades laboratoriais da DETEC.

PROJETO UNIDADE

▪ Sibratec Serviços Tecnológicos: Rede Nacional de Alimentos (MCT/FINEP) ▪ Rede de Detecção de Resíduos e Contaminantes em Alimentos (MAPA/FINEP)

LABA

▪ Sibratec Serviços Tecnológicos: Rede de Monitoramento Ambiental (MCT/FINEP) ▪ Rede de Detecção de Resíduos e Contaminantes em Alimentos (MAPA/FINEP) ▪ Aprimoramento do Sistema da Garantia da Qualidade dos laboratórios da DETEC

LAPE

LAQA

▪ Sibratec Serviços Tecnológicos: 1. Rede Plásticos, 2. Rede Madeiras e Móveis (MCT/FINEP)

LAQI

▪ Sibratec Serviços Tecnológicos: Rede Produtos de Manufatura Mecânica Móveis (MCT/FINEP)

LAMM

▪ MCT/FINEP Ação Transversal – AVAPROS – Avaliação da Conformidade de Produtos Para a Saúde

LAEM

LAQM

LAMT

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Tabela 11b. Principais projetos das unidades laboratoriais da DETEC.

PROJETO UNIDADE

▪ Sistema Inteligente para apoio da cadeia produtiva do leite (CNPq/TECPAR – Apoio).

LAQA

▪ Sibratec Serviços Tecnológicos: Rede de Insumos Farmacêuticos e Cosméticos.

LAQM

▪ Sibratec Serviços Tecnológicos: Rede de Insumos Farmacêuticos e Cosméticos.

LAMT

▪ Avaliação, tratamento e adequação da utilização de água em agroindústrias familiares do Estado do Paraná (CNPq/TECPAR – Apoio). ▪ Sistema agropecuário de produção integrada de bovinocultura leiteira. (CNPq/TECPAR – Apoio). ▪ Elaboração e implantação de norma para a produção integrada de suínos(CNPq/TECPAR – Apoio). ▪ Desenvolvimento de sistema inteligente de análise correlacionando cor da folha forrageira com seu conteúdo bromatológico (CNPq/TECPAR – Apoio).

LAPE

LAQA

LAMT

3.4 DIVISÃO DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA - DEXT

A Divisão de Extensão Tecnológica – DEXT tem por objetivo a prestação de serviços

tecnológicos, nas áreas de informação e extensão. Responde pela editoração da revista científica

Brazilian Archives of Biology and Technology – BABT. O negócio da Divisão é apoiar e orientar clientes

internos e externos, empresas de todos os portes na busca da melhoria contínua de seus produtos e

serviços com soluções inovadoras, integradas e com a qualidade requerida. Coordena ainda diversos

projetos em suas áreas de atuação, para apoio direto às empresas ou para desenvolvimento e

disponibilização de produtos e serviços.

No segmento de informações tecnológicas, o destaque é a participação do TECPAR através da

DEXT no Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT. O SBRT é uma rede de informações, via

internet que fornece a empreendedores, micro, pequenas e médias empresas, de qualquer ponto do

país, informações para auxiliar a solução de seus problemas na área de tecnologia. É um serviço

prestado por especialistas de uma rede de instituições que elaboram gratuitamente respostas rápidas

para as mais diversas questões técnicas. Proporciona o acesso a um Banco de Respostas Técnicas,

que permite o compartilhamento de conhecimento e informações sobre problemas já solucionados, bem

como permite o atendimento a novas demandas apresentadas pelas empresas. No Paraná, os serviços

do SBRT são executados pelo TECPAR.

Internamente, a DEXT oferece a outras Unidades do TECPAR eventuais serviços denominados

Consultoria Técnica Especializada. Estes serviços são realizados quando ocorrem demandas internas

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específicas por competências técnicas especializadas existentes na Divisão, além da atualização e

aquisição de normas técnicas.

A prestação de serviços nas áreas de extensão, inovação e informação tecnológica visando

apoiar o desenvolvimento e o aumento da competitividade das empresas públicas e privadas foi uma

das principais atividades da DEXT no período 2007-2010, com apoio constante às empresas

paranaenses e incentivo ao desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais – APLs do Paraná. Os

principais trabalhos executados na área de Extensão Tecnológica são descritos a seguir. As Tabelas

12a e 12b apresentam, respectivamente, os números relativos aos Programas e Projetos de Extensão

Tecnológica executados pela DEXT no período 2007-2010.

Na tabela 13 são apresentados os Serviços de Informações Tecnológicas prestados no período

2007-2010 pela DEXT.

Tabela 12a. Programas de Extensão Tecnológica executados pela DEXT no período 2007-2010.

ANO SERVIÇO TECNOLÓGICO

2007 2008 2009 2010 TOTAL

2007-2010 Oficina Volante de Inclusão Sócio-Tecnológica Para o Setor de Confecção

- 330 333 898 1.561

Benchmarking Industrial - 1 - - 1 Juro Zero - 15 18 90 123 Extensão Tecnológica para MPMEs - Bens de Capital – MCT/PETEC Adequações Diagnósticos Préatendimenos

-

12 24 12

48

Extensão Tecnológica para MPMEs - Bens de Capital – MCT/PETEC Diagnósticos Pré-atendimentos

- -

45 -

9

5

46

36

100

41 Atendimentos PRUMO Plásticos Cerâmicas

37 -

62 -

25 -

150 15

274 15

Atendimentos PROGEX Dtpex Atpex Pré-atendimentos

32 32 -

46 28 -

27 29 17

93 41 19

208 130 36

TOTAL/ANO 101 539 497 1.400 TOTAL GERAL 2.537

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Tabela 12b. Projetos de Extensão Tecnológica desenvolvidos no período 2007-2010 pela DEXT.

TÍTULO SITUAÇÀO OBSERVAÇÕES

Projeto de integração e modernização da gestão do TECPAR – INTEGRAR/MODERNIT

Em execução

MCT/Finep - Promover a integração e a modernização da gestão, aprimorando o relacionamento com os clientes, a capacitação a partir das competências atuais e o acompanhamento da performance alcançada pelo instituto.

Estruturar e operar a Rede Paranaense de Tecnologias Sociais – TECSOL/PR

Suspenso

MCT/Finep - Desenvolver Tecnologias Sociais para comunidades em situação de vulnerabilidade social no Paraná, com vistas á inclusão social por meio de metodologia participativa e fomento a economia solidária

Readequação tecnológica do Laboratório e padaria experimental do APL da Mandioca de Paranavaí

Não iniciado. Em andamento processos

licitatórios, atraso de cronograma

SETI/UGF - Dar continuidade a dinamização sócio-econômica do APL da mandioca de Paranavaí. Próxima fase: adequar para novas instalações da padaria experimental e laboratório de análises físico químicas.

Adequação da infra-estrutura produtiva, para a Cooperativa de Produção dos Trabalhadores do Vestuário de Siqueira Campos - Coopersiq

Concluído. Relatório final em

elaboração

SETI/UGF - Adequar a infra-estrutura produtiva, a melhoria da qualidade dos produtos fabricados e o treinamento para atendimento a legislação vigente.

Universidade sem Fronteiras - Adequação Tecnológica de produtos e processos da Agricultura Familiar dos Municípios de Antonina e Morretes

Concluído

Trabalhar a competitividade do pequeno produtor rural, organizando-os na perspectiva de crescimento do faturamento ocasionado por melhorias na produção, atendimento aos requisitos da qualidade e á legislação.

Tabela 13. Serviços de Informações Tecnológicas prestados no período 2007-2010 pela DEXT.

ANO INFORMAÇÒES TECNOLÓGICAS 2007 2008 2009 2010

TOTAL 2007-2010

Atendimentos SBRT 971 1.020 792 484 3.267 Resposta Técnica: SEBRAE TECPAR

72 7

- 5

1 3

- 3

73 18

Monitoramento tecnológico - 1 - - 1 Consultoria técnica especializada 1 - 4 3 8 Dossiê técnico 9 23 37 28 97 Normas Técnicas: Atualizações Fornecimento

1

16

11 56

10 58

10 39

32 169

Recuperação de documentos (COMUT) 9 12 13 6 40

BABT: Assinaturas Separatas

- -

42 57

-

69

32 36

74 162

Comercialização de publicações - - - 1 1

TOTAL/ANO 1.086 1.227 987 642 TOTAL GERAL

3.942

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38

Comentários

A DEXT, através de sua atuação em extensão e informação tecnológica, tem prestado enorme

contribuição ao desenvolvimento das empresas paranaenses, com destaque para aquelas de micro,

pequeno e médio portes. Através da execução de programas do governo federal como o PROGEX,

SBRT, Juro Zero e PRUMO ou iniciativas estaduais de apoio aos APLs, a Divisão é referência nacional

em extensão e informação tecnológica, gozando de elevado conceito junto ao MCT e à FINEP pela

qualidade do trabalho que desenvolveu nos últimos anos.

Até 2009, a DEXT tinha suas atividades de extensão e informação tecnológica sob diferentes

coordenações. Os trabalhos de extensão estavam sob a responsabilidade de colaborador externo,

indicado pela Presidência do TECPAR na época e os assuntos de informação tecnológica eram

tratados pela gerente da DEXT. Tal situação persistiu até o início de 2009 quando ocorreu mudança na

Presidência do Instituto. Assim, a coordenação de todas as atividades retornou ao comando da

gerência, a qual elaborou um novo planejamento de atuação, resultando uma maior produtividade dos

serviços. Nessa ocasião a DEXT absorveu o Programa de Unidades Móveis – PRUMO, projeto de

extensão com âmbito nacional do MCT financiado pela FINEP, que se encontrava totalmente isolado

dentro do TECPAR. Apesar de pertencer ao escopo da DTE e da DEXT, seu coordenador da época a

ela não se reportava. Sob a coordenação da DEXT, os profissionais ligados ao PRUMO passaram a

executar outros atendimentos, por exemplo, no PROGEX, tendo em vista suas competências técnicas, e

o Programa passou a ser executado com maior eficiência. Outro fato de destaque foi que, dentro dessa

nova concepção da DEXT, algumas unidades laboratoriais da DETEC passaram a ser bastante

demandadas pela Divisão, com ênfase para os atendimentos do PROGEX, que receberam importante

apoio no segmento de ensaios e análises tecnológicas. Tal prática não era comum.

Em 2009 o governo federal através do MCT criou o Sistema Brasileiro de Tecnologia –

SIBRATEC, dividido em três modalidades: Extensão Tecnológica, Serviços Tecnológicos e Inovação

Tecnológica. No caso do SIBRATEC Extensão Tecnológica, as modalidades de atendimento serão as

mesmas executadas por programas como o PROGEX e o PRUMO, os quais foram encerrados e

deixaram de existir. Assim, atividades de apoio à exportação ou apoio de unidades móveis à empresas,

entre outras, passarão a ser desenvolvidas sob a égide do SIBRATEC. A operacionalização do

SIBRATEC Extensão se dará através de Redes Estaduais, sendo que no Paraná, o TECPAR é o

coordenador da Rede Paranaense de Extensão Tecnológica. Os recursos oriundos da FINEP já se

encontram disponíveis e os atendimentos terão início em 2011.

No período 2007-2010, a DEXT teve como principal limitação a insuficiência de recursos

humanos próprios para o atendimento das suas demandas. Os trabalhos de extensão, particularmente,

exigem a presença de profissionais (extensionistas) dentro da empresa atendida em algumas fases do

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39

serviço. Para suprir a deficiência de extensionistas no quadro de pessoal do TECPAR, vários

colaboradores ligados ao Convênio com a Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios foram utilizados,

sendo que a DEXT chegou a contar com cerca de 70% de tais profissionais em sua equipe. Desta

forma, para 2011 existe a necessidade de estudar a questão dos recursos humanos para a DEXT

criteriosamente, para que a atuação da unidade não seja prejudicada. Além do início dos atendimentos

via SIBRATEC, diversas outras atividades serão desenvolvidas, incluindo aquelas relacionadas aos

serviços de informação tecnológica que apresentam uma crescente demanda, com destaque para a

atuação do TECPAR dentro do SBRT.

3.5 DIVISÃO DE INSPEÇÃO - DI

A Divisão de Inspeção (DI), constituída pelos Setores de Inspeção de Produtos, Inspeção de

Processos e Inspeção Veicular é uma unidade relativamente nova dentro do TECPAR e tem nos últimos

anos buscado novos serviços, particularmente aqueles de maior valor agregado. No período 2007-2010,

disponibilizou inicialmente, os tradicionais serviços de inspeção de segurança veicular em veículos leves

e pesados, em veículos recuperados de sinistro, com sistema de GNV instalado, modificados ou

fabricados artesanalmente, serviços de padronização de carroçaria e outras inspeções de segurança

veicular dentro da sua área de atuação.

No Setor de Inspeção de Produtos foram desenvolvidas inspeções em equipamentos Emissores

de Cupom Fiscal – ECF e inspeção e análise de Programa Aplicativo Fiscal (PAF-ECF). O principal

demandante é a Receita Federal, a qual, através da inspeção de hardware e software dos equipamentos

em tela, assegura sua inviolabilidade, atendendo os requisitos dos processos de tributação fiscal. Neste

nicho de mercado, o TECPAR é o principal fornecedor dessa inspeção no país, tendo iniciado a oferta

desses serviços a partir de 2007. O Setor de Inspeção de produtos também executa inspeções em

produtos industriais, tais como; caldeiras, vasos de pressão, etc.

No Setor de Inspeção de Processos, uma atividade relativamente recente envolve inspeções em

Sistemas de Medição de Vazão (SMV), de envasadoras de cervejas e refrigerantes e empresas de todo

o Brasil vem sendo atendidas. A Receita Federal é igualmente o principal demandante dos

atendimentos, tendo em vista questões tributárias.

Inspeções e verificações de desempenho para atestar o grau de segurança que determinado

procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema produz também são efetuadas,

assegurando que atendam requisitos regulamentares.

A Tabela 14 apresenta os principais serviços executados pela DI no período 2007-2010

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Tabela 14. Serviços de inspeção executados pela DI no período 2007-2010.

ANO SERVIÇOS DE

INSPEÇÃO 2007 2008 2009 2010 TOTAL

2007-2010 Inspeções veiculares de segurança

2.432 1.696 1.338 1.647 7.113

Inspeções veiculares para a Receita Federal

- - - 384 384

ECF 8 8 13 1 30 PAF-ECF - - 105 102 207 SMV - 29 51 2 82 Relógio EletrônIco de Ponto (REP)

- - - 21 21

Outros serviços - - 2 - 2

TOTAL/ANO 2440 1733 1509 2157 TOTAL GERAL 7.839

Comentários

Os serviços de inspeção veicular da DI utilizaram as duas pistas equipadas e localizadas no

campus CIC para os atendimentos de veículos leves e pesados. Tais estruturas, ao longo dos últimos

anos, sofreram intervenções de melhoria periódicas, tanto na área física quanto nos equipamentos. Tais

melhorias visam atender as exigências do INMETRO/DENATRAN identificadas em auditorias anuais do

sistema de gestão da qualidade.

Ainda na linha de veículos, o TECPAR iniciou em 2010 um atendimento a Receita Federal,

efetuando inspeções em centenas de veículos irregulares apreendidos no Estado. É uma modalidade de

atendimento que tem um fluxo constante de solicitações. A DI também efetuou em 2010 a avaliação das

empresas fornecedoras de equipamentos controladores de velocidade que participaram de licitação

pública da URBS, para instalação dos equipamentos em Curitiba.

Em 2010 o TECPAR se habilitou para executar inspeções em relógios de ponto eletrônicos

(REP), em parceria com o Ministério de Trabalho - MTb. Esta atividade ainda não tem as

regulamentações técnicas totalmente definidas pelo governo federal e a instituição tem participado

ativamente dos fóruns de discussão do assunto, junto ao MTb e outras instituições nacionais. Salienta-

se que hoje apenas o TECPAR e outras três instituições estão habilitadas no país para a execução de

serviços de homologação de REP.

A implantação de novos serviços de inspeção de produtos e processos na DI tem esbarrado

principalmente na indisponibilidade de recursos humanos suficientes para atendimentos das demandas.

No caso das inspeções de ECF, PAF-ECF e recentemente REP, a complexidade de alguns serviços

exige técnicos capacitados e com certa experiência, pois tratam-se de equipamentos com tecnologias

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41

modernas. Em função da indisponibilidade de técnicos no quadro próprio do TECPAR, colaboradores

alocados pelo Convênio com a Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios tem sido utilizados para a

realização dos serviços. Entretanto, a situação ideal será o preenchimento dessas posições por pessoal

próprio do Instituto.

No caso das inspeções veiculares, uma opção interessante para o futuro será oferecer serviços

de inspeção veicular voluntária para empresas que possuem grandes frotas cativas para transporte de

pessoas e produtos, com a avaliação de itens importantes para a segurança dos veículos (suspensão,

freios, etc.) e proteção ao meio ambiente com medição das emissões regulamentadas.

3.6 DIVISÃO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – DIA

O TECPAR iniciou em 1990 o desenvolvimento de atividades de P&D em Inteligência Artificial –

IA. Situada no limiar entre a filosofia, a psicologia cognitiva, as ciências da computação e a informática,

a IA apresenta um grande potencial para a geração de inovações em praticamente qualquer área de

aplicação. Desde o seu início, o trabalho do TECPAR em IA foi orientado para as aplicações industriais,

tecnológicas e científicas, com destaque para o monitoramento de processos industriais e controle da

deterioração de equipamentos. Um exemplo marcante é a parceria com a Petrobrás desde 1992, com o

desenvolvimento de sistema inteligente para controle de processos de corrosão em unidades de refino

de petróleo. Desde o seu início, a Petrobrás tem sido um parceiro constante, com diversos sistemas

desenvolvidos para controle e monitoramento da corrosão em refinarias de Petróleo. Nestas aplicações,

os sistemas inteligentes, desenvolvidos exclusivamente pelo TECPAR, monitoram automaticamente as

variáveis criticas da planta, analisam estas variáveis, fazem um diagnóstico da corrosão e indicam aos

operadores da unidade as medidas corretivas a serem tomadas para evitar problemas com a corrosão.

Tudo isso a partir do conhecimento e experiência dos especialistas da própria Petrobras, adquirido e

representado nos sistemas.

A atividade de IA nasceu na antiga Divisão de Eletro-Eletrônica, tendo passado por diversas

unidades do TECPAR, estando atualmente na Divisão de Inteligência Artificial – DIA da DTE. A DIA tem

por objetivo desenvolver projetos de P&D em IA orientados para aplicações industriais, tecnológicas e

científicas complexas. Nesta linha de atuação, destacam-se os seguintes eixos:

• Engenharia do Conhecimento:

• Aprendizado Automático;

• Inteligência Artificial Distribuída/Sistemas Multi-agente;

• Sistemas Cooperativos;

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• IA Aplicada;

• Tecnologias de apoio à pesquisa em IA

• Tecnologia de sensores

As principais atividades da DIA, de acordo com os eixos acima descritos, são apresentados nas

Tabelas 15a e 15b.

Tabela 15a. Principais atividades da DIA, de acordo com seus eixos de atuação.

PROJETOS/CONTRATOS DE P&D EM ANDAMENTO

▪ Desenvolvimento, revisão, adequação e implantação de sistemas especialistas de monitoramento e controle da corrosão em plantas de processamento de petróleo na UN-REPAR. ▪ GALAXIS - Sistema Inteligente para apoio à cadeia produtiva do leite. Fonte de financiamento: CNPQ, parceria com APCBRH. ▪ Aplicação de Inteligência Artificial em Controle e Navegação de Robôs Industriais Fixos e Autônomos. ▪ Projeto SIMOC – Sistema integrado para movimentos controlados – eletro-estimulador baseado em lógica difusa para permitir que pessoas com deficiência motora executem movimentos predefinidos. (Parceria BioSmart (INTEC) e financiamento FINEP/SEBRAE). ▪ Sanidade Animal: Curso de Especialização para Técnicos de nível superior atuantes no Estado do Paraná. ▪ Avaliação da conformidade de produtos oriundos da agroindústria familiar. Fonte de financiamento: Fundo Paraná e SEAB. ▪ Desenvolvimento de um sistema inteligente de análise correlacionando cor da folha de forrageiras com o seu conteúdo bromatológico. Fonte de financiamento TECPAR/DIA

PROJETOS/CONTRATOS DE P&D NOVOS (INICIADOS EM 2010) ▪ Sistema inteligente de gestão integrada de alarmes e diagnóstico de falhas em redes de telecomunicações. Convênio assinado em 02/06/2010. Fonte de financiamento: COPEL Telecomunicações S.A.. ▪ Sistema especialista para gestão de ativos baseado na análise de parâmetros operacionais monitorados de uma unidade termoelétrica. Parceria com o LACTEC. Prazo 2 anos. Proposta aprovada e em início de desenvolvimento. ▪ Elaboração e implantação de norma para a Produção Integrada de Suínos - Processo nº processo 401657_2009-4.

OUTROS PROJETOS DE P&D ▪ Projeto 'GALAXIS Farm - Administrar uma propriedade leiteira, com foco na gestão de requisitos ambientais (reserva legal, mata ciliar, destinação de carcaças, tratamento de dejetos, etc.) - (apoio bolsas de IC da Fund. Araucária).Inicio de atividades do TECPAR no nicho dos Jogos Sérios/Educativos (Serious Games). ▪ CSCW-SD – Sistemas de apoio ao trabalho cooperativo para pequenas equipes de projeto. Parceiros – TECPAR/DIA, UTFPR, PUCPR e Universidade Tecnológica de Compiëgne (França) ▪ Projeto IA em Bioinformática. Parceiros – TECPAR/DIA, Fiocruz/ICC, PUCPR, Universidade do Porto (Portugal). (participação do projeto INCT INDI-Saúde). ▪ Projeto HOMECARE – Sistema de telemedicina à distância. Empresa principal HiTech. Financiamento FINEP/SEBRAE - 2009/2011.

COLABORAÇÀO EM PROJETOS DE P&D ▪ Quantificação de resíduos de medicamento anti-helmíntico nas fezes e nos tecidos de cordeiros produzidos em ambiente pastoril.", CNPQ, coordenação: Profa. Alda Lúcia Gomes Monteiro/UFPR.

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Tabela 15b. Principais atividades da DIA, de acordo com seus eixos de atuação.

COLABORAÇÀO EM PROJETOS DE P&D ▪ Sistema Agropecuário de produção integrada de bovinocultura leiteira na região agreste do Rio Grande do Norte", CNPQ, coordenação: Prof. Dr. Adriano Henrique do Nascimento Rangel/UFRN. ▪ Alimentos do Paraná - Programa para Agroindústrias. Projeto integrante do Programa Brasil Próximo – Cinco Regiões Italianas para o Desenvolvimento Local Integrado.", Ministério das Relações Exteriores e SEBRAE Paraná, coordenação: Júlio Cezar Agostini ▪ Validação e Transferência de Tecnologia da Produção Integrada de Leite. CNPQ, coordenação: Dra. Nívea Maria Vicentini / Embrapa Gado de Leite. ▪ Acompanhamento das propriedades piloto de produção integrada por meio de ensaios laboratoriais de resíduos de pesticidas, medicamentos de uso veterinário, microbiológico, requisitos de qualidade do leite e difusão dos conceitos de certificação e qualidade. CNPQ. ▪ Qualificação tecnológica da cadeia produtiva do leite: capacitação de recursos humanos na área técnica e operacional. CNPQ, coordenação: Jorge Schafhäuser Jr. / Embrapa Pelotas. ▪ Sistema especialista para gestão de ativos baseado na análise de parâmetros operacionais monitorados de uma unidade termoelétrica. Petrobras, coordenação: Dr. Eng. Alexandre Rasi Aoki/LACTEC. ▪ CSCW-SD – Uma Plataforma de Apoio ao Trabalho Colaborativo no Desenvolvimento de Software por Pequenas Equipes, coordenação: Prof. Dr. Cesar Augusto Tacla / UTFPR.

Comentários

A DIA é a única unidade da DTE cujas atividades estão concentradas quase que exclusivamente

em trabalhos de pesquisa e desenvolvimento. Conta com uma equipe jovem e coesa e com excelente

perfil para desenvolvimento de atividades em áreas estratégicas e complexas. Um fator importante

advindo da competência profissional da equipe, é sua capacidade de se adaptar a novos contextos,

podendo aproveitar as várias oportunidades que existem atualmente para o segmento de IA. Como este

é o recurso mais importante e também como é extremamente difícil de expandi-lo, a capacidade da DIA

de realização de projetos não é maior que o horizonte que tem para os próximos 2 anos, ou seja, 5 a 6

projetos/contratos. Daí a necessidade da agregação de outros profissionais a equipe da Dia para o

aproveitamento de oportunidades potenciais. Um fato preocupante é que a formação de profissionais

aptos a desenvolverem projetos complexos de IA, requer períodos ao redor de 4 anos.

Um exemplo de novas oportunidades é a aplicação de IA na área do Agronegócio que passou a

ser objeto de atuação da DIA a partir da transferência para a DIA da Dra. Roberta Mara Züge e Dra.

Carmen Neusa Martins Cortada, colaboradoras vinculadas ao Convênio com a PR Metrologia. Médicas

veterinárias, originalmente ligadas à Divisão de Certificação do TECPAR, estão contribuindo com suas

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competências em projetos específicos ligados ao agronegócio. É o caso do Projeto GALAXIS - Sistema

Inteligente para apoio à cadeia produtiva do leite, executado com financiamento do CNPq e em parceria

com a Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – APCBRH e o projeto de

Desenvolvimento de um sistema inteligente de análise correlacionando cor da folha de forrageiras com o

seu conteúdo bromatológico. Por outro lado, tais profissionais executam vários outros trabalhos

importantes ligados especificamente a assuntos da área agropecuária e certificação, conforme ilustram

as Tabelas 15a e 15b. Desta forma, suas alocações na DIA deveriam ser revistas e direcionadas a um

setor compatível com suas competências e conhecimento, sem prejuízo para os projetos colaborativos

com a Divisão.

Em termos de mercado, as instituições que concorrem com a Divisão são os centros de pesquisa

de universidades e institutos de pesquisa. Porém, estas organizações são também potenciais parceiras

em projetos de maior complexidade. O perfil dos grupos instalados em universidades é acadêmico, ao

contrário da DIA que foca sua atuação em pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico voltado

para sistemas industriais e aplicações complexas, não sendo identificadas empresas concorrentes.

As principais ameaças da DIA incluem o longo tempo de negociação de contratos, divulgação

incipiente dos serviços prestados, pouco investimento institucional em formação científica e grande

dificuldade na aquisição de certos insumos e equipamentos. A política de Tecnologia da Informação do

governo, por exemplo, limita a aquisição de certos softwares proprietários, indispensáveis para o

desenvolvimento de sistemas especialistas.

3.7 DIVISÃO DE MARINGÁ - DMA

A Divisão de Maringá originou-se do Centro de Tecnologia Industrial – CTA implantado em

Maringá em 12 de março de 1991. O CTA foi criado com o objetivo de atender o setor coureiro da

Região Noroeste do Paraná, mas, em função de problemas que afetaram os curtumes locais, uma

queda acentuada nas demandas desse segmento foi observada, com o fechamento de várias empresas.

Novas demandas originadas de outros segmentos da agroindústria surgiram e o laboratório

ampliou seus atendimentos, passando a oferecer serviços de controle da qualidade de fertilizantes,

alimentos, rações e efluentes. Em 2002, foram implantados os serviços de inspeção veicular para

veículos leves e pesados, de modo a se diversificar a atuação do Centro. Além dos serviços prestados

na infraestrutura disponível, outras demandas eram captadas em Maringá e região e repassados para

Curitiba, a exemplo de serviços analíticos em matrizes diversas e serviços de certificação.

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Originalmente vinculado à área técnica, em 2003 o CTA passou a pertencer à estrutura da

Presidência do TECPAR, assim permanecendo até 2009, quando foi novamente ligado à Diretoria

Técnica sob a denominação de Divisão de Maringá.

A Tabela 16 mostra os principais serviços da DMA executados no período 2007-20010.

Tabela 16. Serviços executados pela DMA no período 2007-2010.

ANO SERVIÇOS

2007 2008 2009 2010 TOTAL

2007-2010 Inspeções veiculares de segurança

266 434 368 337 1.405

Ensaios físico- químicos 1.936 1.389 430 925 4.680

TOTAL/ANO 2202 1823 798 1262 TOTAL GERAL

6.085

Comentários

O declínio da indústria de couros associado a outras questões internas e de mercado, levaram à

redução de serviços e arrecadação da unidade, particularmente no período durante a sua vinculação à

Presidência. Assim, a partir de 2009 a DTE, em conjunto com a Gerência da unidade, tem buscado

alavancar as atividades desenvolvidas em Maringá, com foco particular na implantação e oferta de

novos serviços do laboratório de ensaios físico-químicos, a atração de novos clientes para os serviços

de inspeção veicular, bem como uma atuação mais forte nos projetos de extensão tecnológica e de

certificação do TECPAR. Reuniões mensais têm sido efetuadas para se elaborar um planejamento

estratégico para a DMA, identificando as demandas potenciais da região e direcionando alguns

investimentos em equipamentos para alavancar a atuação da unidade.

No período 2009-2010 algumas melhorias foram efetuadas na infraestrutura de Maringá tais

como:

• Aquisição de uma estufa tipo Wagner para implantação de ensaios em adubos líquidos,

• Substituição de todos os computadores da Divisão por máquinas novas;

• Renovação de parte dos móveis do escritório da administração;

• Renovação dos veículos da Divisão, com 2 novos veículos;

• Aquisição de elevador elétrico (capacidade de 2.500kg), regloscópio – alinhador de faróis,

analisador de gases com registro de tempo real, paquímetro 150 mm; medidor de transparência

de vidros e equipamento de ar condicionado para a sala de clientes (inspeção veicular);

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46

• Aumento da pista de pesados em 5m e cascalhamento em brita do pátio da Divisão.

Está sendo negociada com a FAFIPAR, a cessão de uso de uma bomba calorimétrica que encontra-

se ociosa em Paranaguá, e possibilitará a implantação dos ensaios de Poder Calorífico Superior em

várias matrizes (amostras da biomassa como bagaço de cana, folhas e cascas árvores, etc.), etanol,

biodiesel e outros materiais. A DMA tem interagido com um projeto da FAFIPAR, executando ensaios

em couro de peixe e cedendo o uso de 2 fulões (equipamentos para processamento de couro) ociosos

em Maringá.

Para as inspeções veiculares, uma opção interessante para o futuro será oferecer serviços de

inspeção veicular voluntária para empresas que possuem grandes frotas cativas para transporte de

pessoas e produtos, com a avaliação de itens importantes para a segurança dos veículos (suspensão,

freios, etc.) e proteção ao meio ambiente com medição das emissões regulamentadas.

O mapeamento de outras demandas, particularmente aquelas que possam ser incluídas nos

atendimentos do SIBRATEC (Extensão e Serviços Tecnológicos) ou do Programa de Certificação de

Orgânicos, está incluído entre as ações que visam alavancar a atuação da Divisão de Maringá. A

aquisição de alguns equipamentos, tal como um espectrômetro de absorção atômica, vai possibilitar a

Implantação de novos serviços, envolvendo os ensaios de espectrometria para determinação de metais

em fertilizantes, alimentos, águas e outras matrizes. A complementação da equipe de laboratório

também será necessária para a implantação e oferta de novos serviços.

Dentro da necessidade da interiorização do TECPAR, conforme sinalizado pelo governo

estadual, a unidade de Maringá apresenta importância estratégica, em função do grande potencial da

região a ser explorado. Além disso, a DMA já conta com uma boa estrutura, a qual pode tornar-se ainda

mais atuante com alguns investimentos aplicados na unidade.

3.8 DIVISÃO DE METROLOGIA – DME

A metrologia é uma das bases fundamentais para a garantia da qualidade e confiabilidade de

produtos, processos e serviços. Os resultados de medições das grandezas dimensão, massa, pressão,

volume, temperatura, eletricidade, tempo e freqüência somente podem ser considerados confiáveis se

forem obtidos a partir de instrumentos calibrados. A Divisão de Metrologia do TECPAR - DME,

constituída pelo Laboratório de Calibrações de Massa, Pressão e Força; Laboratório de Calibrações

Elétricas; Laboratório de Calibrações Eletroanalíticas e Volumétricas; Laboratório de Confiabilidade

Metrológica e Laboratório de Calibrações Dimensionais, atendeu as empresas paranaenses dando

suporte nas áreas de calibrações dimensional, força, pressão, massa, eletricidade, tempo e freqüência,

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47

temperatura e volume. Uma das mais importantes atividades consistiu no trabalho de validação de

equipamentos diversos das unidades produtoras de imunobiológicos. Além dos serviços de calibração, o

TECPAR, em parceria com o PR Metrologia e outras instituições, ofereceu treinamentos e assistência

tecnológica em metrologia e em confiabilidade metrológica nas áreas em que atua. Durante o período

2007-2010, foram prestados os serviços apresentados na Tabela 17, pelas unidades da Divisão de

Metrologia:

Tabela 17. Serviços de calibração executados pela DME no período 2007-2010

ANO SERVIÇOS DE CALIBRAÇÃO 2007 2008 2009 2010

TOTAL 2007-2010

LACD 507 493 410 226 1.636

LACE 880 935 1.056 778 3.649

LAMP 994 1.009 1.068 868 3.939

LAEV 522 342 918 521 2.303

TOTAL/ANO 2.903 2.779 3.452 2.393 TOTAL GERAL

11.527 Comentários

A DME ao longo dos últimos 4 anos teve sua demanda de serviços gradativamente mais

direcionada ao atendimento das unidades laboratoriais da DTE, das unidades da Diretoria de Produção

e dos laboratórios Fiocruz/Instituto Carlos Chagas. Mais de 50% dos serviços de calibrações prestados

visaram desta forma os clientes internos. Entre os anos de 2003 e 2009, evidenciou-se um crescimento

médio da arrecadação e de serviços prestados pelos laboratórios da DME em torno de 10%. Vale

ressaltar que não houve nenhum reajuste nos preços dos serviços prestados ao longo desses anos.

Para o ano de 2010, entretanto, os valores arrecadados e a quantidade de serviços não acompanharam

essa tendência média de crescimento. Diversos fatores internos contribuíram no ano de 2010 para a

queda na arrecadação. Dentre eles, destaca-se a ineficiência dos processos de manutenção dos

sistemas de condicionamento climático dos laboratórios e dos processos internos de aquisição de bens

e insumos.

Existe uma dependência muito grande entre o laboratório e as atividades de manutenção e de

compra de peças de reposição do Instituto, pois, uma vez que as calibrações a serem executadas

dependem de que a temperatura e umidade estejam dentro de limites estabelecidos, as mesmas devem

ser interrompidas, caso esses limites não sejam mantidos. Desta forma, o laboratório não realiza

serviços (e consequentemente não arrecada) enquanto o sistema esteja em manutenção. Como regra, o

processo de manutenção corretiva dos sistemas de condicionamento climático é absurdamente

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demorado, pois envolve a compra de peças pelo setor de compras e são necessários vários meses para

que uma simples ventoinha seja adquirida. Desta forma, muitos clientes do TECPAR, ao solicitarem o

serviço, recebem a informação de que o laboratório está impedido de realizar as calibrações e procuram

outros laboratórios, deixando de retornar a adquirir nossos serviços em uma próxima vez. Esse

problema já ocorreu em anos anteriores no LACE, LAEV, LAMP e mais recentemente em 2010 no LACD

(grandeza dimensional), quando o laboratório paralisou suas atividades por 6 meses. Ressalta-se que os

equipamentos de ar condicionado são muito antigos e têm exigido constantes manutenções, com

tendências a ficarem ainda mais freqüentes.

Com o objetivo de solucionar esses problemas, desde 2005 tenta-se construir um novo edifício

para a DME, com sistemas de condicionamento climático mais eficientes e modernos. Entretanto,

apesar de todos os esforços institucionais e de contar com recursos garantidos pela UGF, não se

consegue homologar os processos de licitação junto aos órgãos estaduais competentes. Além dessas

questões, identifica-se outros fatores que levam à ineficiência da prestação de serviços pela Divisão que

podem causar a queda de arrecadação:

• Aumento da concorrência de mercado - em função de nossa natureza pública, não dispomos de

condições de competir com empresas privadas;

• Falta de suporte administrativo para a formação de preços e para monitorar as tendências do

mercado;

• Falta de suporte da área de TI ou de uma equipe técnica específica para automatizar as

atividades técnicas e gerenciais e agilizar os processos.

• Falta de recursos humanos em algumas áreas;

• Falta de investimentos em infraestrutura e em modernização dos equipamentos;

• Excessiva burocracia nos processos de aquisição de serviços simples como transporte,

necessitando que, muitas vezes, os técnicos da DME desloquem-se para Rio de Janeiro e São

Paulo para transportar padrões dos laboratórios a serem calibrados.

Diante de todas essas dificuldades, projeta-se uma atuação voltada para a realização de calibrações

com maior valor agregado. Para tanto, diversos investimentos devem ser realizados, dentre eles

investimentos em estrutura física. Outro aspecto importante é o atendimento à crescente demanda

interna de calibrações e validações. Voltar-se para o atendimento da demanda interna, torna-se

estratégico para a DME diante da baixa competitividade no mercado. Assim, a capacitação da DME para

atender a demanda interna, vai possibilitar na sequência a oferta desses serviços para o mercado

externo, com ênfase na validação de equipamentos.

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Concluindo, atualmente, a DME desenvolve atividades em projetos de pesquisa e desenvolvimento

no âmbito do Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC/FINEP. A Tabela 18 apresenta os projetos

do Sibratec Serviços Tecnológicos nos quais a DME participa, os quais se encontram em estado inicial

de desenvolvimento:

Tabela 18. Projetos da DME no Sibratec Serviços Tecnológicos em estado inicial de desenvolvimento.

PROJETO LABORATÓRIOS ENVOLVIDOS

RECURSOS PARA

EQUIPAMENTOS

SERVIÇOS PARA

CONSULTORIA SITUAÇÃO

Rede de Laboratórios de

Sangue e Hemoderivados -

REDSANG

LAEV e LACE R$ 52.300,00 - O convênio foi assinado em 2010 e as aquisições

foram iniciadas

Rede de Abastecimento e Saneamento de

Água - RESAG

LAEV R$ 28.600,00 R$ 11.800,00

O convênio foi assinado em outubro de 2010 e as

atividades começam a ser iniciadas

Rede de Produtos e Dispositivos

Eletrônicos DME R$ 0,00 R$ 0,00

O convênio foi assinado em 2010, mas a DME não foi contemplado com recursos, pois a

atividade de calibração será abrangida em outra

etapa Rede de

Instalações Prediais e

Iluminação Pública - REDIP

LACE R$ 334.000,00 - Em fase de assinatura do convênio

3.9 DIVISÃO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS – DTS

Em todo o Brasil, a sociedade civil, a iniciativa privada, as instituições de ensino e pesquisa e

governos – federal, estadual e municipal – estão reunindo esforços a fim de buscar soluções para

problemas socioeconômicos do país. Cada vez mais, as Tecnologias Sociais têm contribuído para a

redução da pobreza, geração de trabalho e renda, promoção do desenvolvimento local sustentável e

redução do analfabetismo, dentre outros desafios.

A Divisão de Tecnologias Sociais foi criada para potencializar as ações do TECPAR voltadas à

inclusão social por meio da tecnologia. As Tecnologias Sociais já se caracterizam como uma política

pública em todos os níveis governamentais (municipal, estadual e federal). Existe inclusive uma rede

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que congrega instituições de todo o país que já comungam desta filosofia de trabalho, a “Rede de

Tecnologias Sociais – RTS” (www.rts.org.br). A definição de Tecnologia Social adotada por esta rede é:

“Tecnologia Social compreende produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na

interação com a comunidade e que represente efetivas soluções de transformação social”

As áreas de atuação da DTS trabalham na complementaridade com outros setores do TECPAR,

assim como de outras instituições. A Divisão tem atuado em uma série de projetos, visando atender

diversas demandas em temas diversos, incluindo questões ambientais tais como:

• Aproveitamento e agregação de valor a resíduos:

- Reciclagem

- Bioenergia (aproveitamento de resíduos agroindustriais)

- Resíduos sólidos e Resíduos da construção civil

- Efluentes (saneamento ambiental)

- Emissões atmosféricas

- Bambu

• Consultoria: - Adequação ambiental e Educação ambiental

• Integração e agregação de valor dos serviços já prestados pelo TECPAR.

As Tabelas 19a a 19g apresentam os principais trabalhos executados pela DTS no período 2007-

2010.

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Tabela 19a. Trabalhos executados pela DTS no período 2007-2010 – Ações de apoio a políticas públicas.

PROJETO/AÇÃO DESCRIÇÃO DATA Acompanhamento da Reforma 08 à 12/01/2007 Andamento do Projeto 08 à 12/01/2007 Reforma e Montagem do Laboratório 12 à 16/02/2007 Acompanhamento do projeto 12 à 16/03/2007 Acompanhamento da Reforma e Montagem do Laboratório 26 à 30/03/2007 Andamento do Projeto 31/05/2007 Parceria na Gestão do Centro e andamento do Projeto 14/06/2007 Parcerias na Gestão do Centro (Unioeste), Assoc. Municipal de Piscicultores, Assoc. Municipal de Suinocultores e Sindicato dos Trabalhadores Rurais

08 a 10/08/2007

Adiantamento da vistoria no Centro de Referência e Nutrição e Piscicultura 17/08/2007

Centro de Referência em Nutrição e Pisicultura

Reunião com o Conselho de Desenvolvimento de Toledo 20 à 21/08/2007 Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho Comissão Julgadora 05/09/2007 Roberto Barbosa / Ass. Legislativa Inform. sobre Políticas Públicas p/ MDL GT Políticas Públicas p/ Juventude Reunião para Levantamento de dados e de Ações do Tecpar 14/09/2007 Deborah (Conv. Ohio-PR) Visita ao Proj. BSI-Toledo por Ohio 14/09/2007

Seminário de resíduos Sólidos Urbanos (RSU)

Reunião entre os segmentos da sociedade envolvidos com meio ambiente, para discussões para desenvolver maneira racional e eficaz para os problemas gerados por RSU

20/09/2007

Oficina Ferramenta de Diagnóstico Sistêmico Aplicado ao Programa Menor Aprendiz

Oficina voltada às pessoas ligadas diretamente aos menores (IASP e TECPAR)

09/11/2007

Participação de grupo Técnico do IAP para destinação e aproveitamento de RSU

Estudos e levantamentos de alternativas tecnológicas que subsidiem política estadual para destinação e aproveitamento de Resíduos Sólidos Urbanos

03/03/2008

Centro de Referência em Nutrição e Piscicultura

Reunião com PUC, Unioste e FUNTEC em Toledo para elaboração do Plano de Gestão para o projeto 14 e 15/05/2008

Reunião técnica com a SEMA - Fórum de Mudanças Climáticas e a empresa Branco sobre Política pública para projetos de MDL

Verificar viabilidade de se implantar um programa que beneficie pequenos e médios suinocultoras para que tenham acesso aos créditos de carbono através de projetos MDL.

27/05/2008

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Tabela 19b. Trabalhos executados pela DTS no período 2007-2010 – Ações de apoio a políticas públicas.

PROJETO/AÇÃO DESCRIÇÃO DATA

Reunião do Grupo de Compostagem Estudo da viabilização do uso da compostagem no Município de Curitiba e Região Metropolitana 10/06/2008

Visita ao Parque Anibal Curi - Almirante Tamandaré

Estudar a instalação de um Biodigestor para tratamento dos dejetos dos animais da Polícia

11/06/2008

Implementação de biodigestores para tratamento de dejetos animais em parques públicos em municípios da RMC

O Governo do Estado, através de várias instituições como a Sanepar, Comec, Lactec, Iap, Ecoparaná e diversas secretarias tem um projeto para implementação de vários parques na Região Metropolitana de Curitiba como o Anibal Cury (Almte. Tamandaré), Palmital (Pinhais)

23/07/2008

Palestra da Usina Verde Palestra ministrada por empresa do Rio de Janeiro sobre solução ecológica para RSU, acompanhamento do Grupo Técnico de RSU. 25/07/2008

Membro da comissão julgadora do concurso Aprender e Ensinar Tecnologias Sociais

Análise e avaliação dos 10 projetos finalistas do concurso, Aprender e Ensinar Tecnologias Sociais

11/12/2008

Formação de Agentes Socioambientais CEASA 24/03/2009

Tabela 19c. Trabalhos executados pela DTS no período 2007-2010 – Serviços tecnológicos.

DESCRIÇÃO CLIENTE PERÍODO Avaliação de geração de metano (CH4) com pinhão manso, torta, cinza e vinhoto

Conergy 02/03 à 17/04/2007

Avaliação de geração de metano (CH4) - Composição de amostras Conergy 28/05 à 02/07/2007

Avaliação de geração de metano (CH4) - Aterro sanitário de Cianorte

Sanepar 02/09 à 31/12/2010

Avaliação de geração de metano (CH4) – Usina hidrelétrica de Foz do Areia Copel Aguardando amostra

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Tabela 19d. Trabalhos executados pela DTS no período 2007-2010 – Propriedade intelectual.

TÍTULO TIPO (MARCA/PI/MU/DI)

DATA DEPÓSITO DATA CONCESSÃO

TITULARES

Solução Tensoativa Utilizada no Processo de Reciclagem de Plásticos, para Limpeza e Separação do Alumínio

PI 15/12/2000 - TECPAR

Biodigestor de Fluxo Ascendente com Manta de Lodo e Selo Hidráulico para Tratamento de Esgoto

PI 17/07/2002 - TECPAR

Processo de Separação de Camadas em Embalagens Laminadas

PI 10/10/2002 - TECPAR e

Fundação Banco do Brasil

Implementação e Difusão de Biossistemas Integrados na Suinocultura

Marca 04/11/2002 15/05/2007 TECPAR

Neociclagem - Aproveitamento Total de Embalagens Laminadas Marca 04/11/2002 15/05/2007 TECPAR

Sistema Biológico Automatizado para Tratamento de Emissões Gasosas de Atividades Comerciais Poluidoras

PI 09/08/2010 - TECPAR e UTFPR

Tabela 19e. Trabalhos executados pela DTS no período 2007-2010 – Palestras e cursos.

TÍTULO DA PALESTRA/CURSO EVENTO DATA

Manejo, Tratamento e Utilização de Dejetos: A Tecnologia do Biodigestor Semana de Atualização do CEEP Toledo 01 à 03/09/2004

Capacitação para montagem de geodésia Prefeitura de Maringá 17 à 21/01/2007

Discussões sobre um mundo ambientalmente correto Seminário realizado em Ponta Grossa - PR 19/04/2007

Biossistemas Integrados na Suinocultura 8a. Conferência Internacional de Permacultura 15 à 19/05/07

Aquecimento Global e alterações climáticas SIPAT 2007 - Copel - Ponta Grossa 10 e 13/07/2007

A qualidade do biodiesel e suas implicações XLV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia 23/07/2007

Conferência BiodieselbBR 2007 Conferência BiodieselBR 2007 24/8/2007

Tecnologias Sociais Missão Técnica - Negócios Ambientais 30/08/2007 Perpectivas de integração entre bioenergia e outras ações ambientais: Os créditos de carbono I Seminário Catarinense de Bionergia 05/11/2007

Atuação do Gerente Ambiental no meio industrial Semana Acadêmica de Gestão Ambiental e Processos Químicos

6/11/2007

Gestão Ambiental: Perspectivas e desafios Semana de Gestão ambiental do Curso de Tecnologia e Gestão Ambiental

08/12/2007

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Tabela 19f. Trabalhos executados pela DTS no período 2007-2010 – Palestras e cursos.

TÍTULO DA PALESTRA/CURSO EVENTO DATA

Tecnologias Sociais no Estado do Paraná Colégio Militar de Curitiba 12/05/2008

Palestra sobre Agroenergia: Desafios e tendências para o Estado de Santa Catarina

6o. Congresso Estadual de Engenheiros Agrônomos.

16/05/2008

Mercado de Carbono e Energias Limpas Sipat Fosfértil 06/06/2008

Sustentabilidade ambiental: O que isto tem a ver comigo ? FIEMA 30/06/2008

Integrated biosystems: going beyond biogas WasteNet International Seminar 5/3/2009

Curso de Formação de Agentes Socioambientais Energias Renováveis: Perspectivas Tecnológicas 23 à 27/03/2009

Saúde e Segurança do trabalhador rural Semirário da Produção Integrada do Leite 26 e 27/05/2009

Levantamento ambiental na produção Integrada Seminário da Produção Integrada de Leite 27/05/2009

1ª Oficina de Fibras Vegetais: Bananeira e Bambu Projeto "O Atesanato em Fibra de Bananeira como renda adicional aos artesãos no Norte do Paraná"

02 e 03/07/2009

Oficina de Fibras Naturais XIV Feira de Ciências do Colégio Militar de Curitiba 5/11/2009

Desenvolvimento de Tecnologias Sociais para o Fortalecimento de Grupo de Artesãos de Fibra de Bananeira de Morretes - PR

4º Seminário sobre Sustentabilidade 11 à 13/11/2009

Avaliação da Utilização de Efluentes de Biodigestor Cultivo de Microalgas de Cultura Mista

4º Seminário sobre Sustentabilidade 11 à 13/11/2009

Oficina da Agricultura Familiar - Produção de fio a partir da fibra de bananeira

Oficina da Agricultura Familiar - Produção de fio a partir da fibra de bananeira

22 e 23/02/2010

Segurança no Trabalho Oficina da Agricultura Familiar 22 e 23/02/2010

1º Encontro 4R Recicla Seti 31/5/2010

Biossistemas Integrados na Suinocultura Semana de atualização do CEEP Castro 24/06/2010

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Tabela 19g. Trabalhos executados pela DTS no período 2007-2010 – Orientação de trabalhos.

TÍTULO ORIENTADO ORIENTADORES INSTITUIÇÃO

Desenvolvimento de Adesivo de Poliuretano a partir de óleo de mamona Tássia Viol Moretti

Lívia Mari Assis (Orientadora)/ Alexandre Akira Takamatsu (Co-orientador)

UTFPR

Mudanças Climáticas no Sul do Brasil Ana Cecília de Luca Campos

Valma Martins Barbosa (Orientadora)/ Alexandre Akira Takamatsu (Co-orientador)

UTFPR

Estágio de Observação sobre Mudanças Climáticas Laís Soares Rodrigues Alexandre Akira Takamatsu

PUC - PR - Curso de Biologia

Aproveitamento energético no tratamento de dejetos suínos por meio de biodigestores

Marcos Francisco G. de Oliveira

Carlo Giuseppe Filippin (Orientador)/ Alexandre Akira Takamatsu (Co-orientador)

UFPR - Curso de Engenharia Mecânica

Compostagem como tratamento de resíduos orgânicos produzidos na Copel sub-sede km 3

Fernando Cesar Alves da Silva

Alexandre Akira Takamatsu

UFPR - Pós-graduação em MBA

em Gestão Ambiental

Proposta de Sistema de Baixo Custo para Cultivo de Microalgas

Camila Agner D'Aquino e Luiza Schroeder

Marcelo Real Padro (Orientador) e Alexandre Akira Takamatsu (Co-orientador)

UTFPR - Tecnólogo em Química Ambiental

Avaliação da Eficiência de um Sistema Biológico para o Tratamento de Emissões Atmosféricas Camilla Lucas Sprung e

Willian Ryuichi Mikami

Marcelo Real Padro (Orientador) e Alexandre Akira Takamatsu (Co-orientador)

UTFPR - Tecnólogo em Química Ambiental

Automação de Sistema Biológico para Eliminação do Odor das Emissões Gasosas de Atividades Comerciais Poluidoras

Geanfranco Pasqualotto Alexandre Akira Takamatsu (Co-orientador)

UTFPR - Tecnólogo em Automação

Industrial

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Comentários

A DTS apresenta características bastante diferenciadas em relação às demais unidades da DTE.

Seus principais clientes incluem os Governos federal, estadual e municipal, Empresas estatais como a

Copel, Sanepar, Banco do Brasil, Ceasa, Organizações de produtores, artesãos, ONGs, cooperativas.

Os serviços prestados, dentro do conceito de Tecnologia Social, compreendem basicamente P&D de

produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis e desenvolvidas na interação com a comunidade e que

representam efetivas soluções de transformação social. A produção de fios a partir da fibra de

bananeira para agricultores familiares do litoral ou o desenvolvimento de uma prensa para catadores de

latas de alumínio são exemplos.

Apesar do impacto social que as atividades desta Divisão podem resultar, uma de suas maiores

dificuldades é que seus projetos são geralmente desenvolvidos a partir ou para instituições sem

recursos para financiá-los. Quando os projetos partem de grandes empresas estatais ou públicas o

pressuposto é que o TECPAR deve financiar sua participação no projeto. Isto é, além de prover a

solução tecnológica para o projeto o Instituto tem que prover seu financiamento. Desta forma, os

indicadores de desempenho da DTS não envolvem números sobre retorno financeiro e devem ser

diferenciados pois refletem benefícios intangíveis que o trabalho desenvolvido pode trazer para os

demandantes (possibilidade de gerar renda ou melhoria de qualidade de vida por exemplo). Nestes

casos, existe a necessidade do TECPAR estabelecer uma política para custeio de tais projetos, dentro

do conceito de responsabilidade social.

Paralelamente às atividades envolvendo tecnologias sociais, a DTS tem trabalhado com

questões ambientais diversas, a exemplo do aproveitamento energético de dejetos suínos, evitando seu

descarte no meio ambiente ou o tratamento de resíduos orgânicos através de compostagem. Tal

vertente, em função da competência da DTS não foi devidamente explorada e pode ser um dos

principais focos de atuação da DTS.

A abordagem dos temas ambientais e outros tem esbarrado em algumas dificuldades entre as

quais a mais crítica é a falta de recursos humanos. Além disso, a falta de laboratórios adequados e

inexistência de um planejamento de atuação da unidade limitam suas iniciativas e o aproveitamento de

oportunidades. No início do segundo mandato do governo que agora se encerra (2007), muitas ações

eram executadas na informalidade e sem a devida priorização. Com o trabalho iniciado internamente

sobre o planejamento estratégico das unidades da Diretoria Técnica, atenção foi direcionada a tais

questões e deve ter continuidade agora dentro do Planejamento Estratégico do TECPAR que está sendo

elaborado por um grupo de trabalho específico.

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Desta forma, somente o Planejamento Estratégico vai mostrar pela viabilidade da manutenção

e/ou expansão das atividades da DTS, as quais apresentam um volume considerável de iniciativas,

conforme ilustram as Tabelas acima apresentadas e tem importância inquestionável.

Um projeto em particular da DTS merece uma longa e particular reflexão: a implantação do

Centro de Referência em Nutrição e Piscicultura na cidade de Toledo, oeste do Paraná.

Originalmente o projeto envolvia vários objetivos, entre os quais se destacam a difusão de

tecnologia em pesca, a pesquisa e capacitação de técnicos, produtores rurais, estudantes de

Engenharia de Pesca, Nutrição e Biologia, objetivando a difusão de tecnologias destinadas à melhoria

da qualidade do pescado e seus derivados e a estruturação de laboratório de nutrição, através de

equipamentos para análise da qualidade do pescado e dos alimentos derivados oriundos da produção

local das fazendas de piscicultura da região.

Concebido no período 1999-2000, o projeto era coordenado por uma equipe de um programa do

Governo Estadual denominado “Paraná Agroindustrial”, o qual foi sediado nas instalações do TECPAR-

CIC. Com a entrada do novo Governo em 2003, a extinção do Paraná Agroindustrial e a desmobilização

da equipe, o projeto passou a ter a participação efetiva de técnicos da casa em seu desenvolvimento a

partir de 2004, de modo a viabilizar a implantação do Centro, prestar suporte técnico dentro das

competências da instituição e depois repassar sua gestão e operacionalização para uma coordenação

local.

Uma das primeiras ações foi o ajuste do plano de aplicação dos recursos destinados pelo MAPA

ao projeto através da Caixa Econômica Federal - CEF, os quais passaram de uma destinação exclusiva

para despesas de custeio, para investimentos em bens e equipamentos. Tal medida propiciou uma

grande visibilidade ao trabalho, permitindo a correta rastreabilidade dos processos de aquisição e obras

civis, facilitando as auditorias do projeto efetuadas pelo MAPA e/ou CEF.

Um Termo de Cooperação Técnica e Administrativa foi firmado em 2006 entre o TECPAR e a

Prefeitura Municipal de Toledo por intermédio da Fundação Para o Desenvolvimento Científico e

Tecnológico de Toledo – FUNTEC. Tal documento estabeleceu a atuação dos signatários no sentido de

desenvolver as atividades relacionadas ao Centro de Referência em Nutrição e Piscicultura de acordo

com planos de trabalho específicos.

Para o TECPAR, as responsabilidades seriam contratar, executar e fiscalizar obras e reformas na

área física destinada ao Centro, adquirir os equipamentos previstos, bem como realizar sua manutenção

e reposição quando danificados pelo uso por integrantes do seu quadro de pessoal. Finalmente, previa

promover a cessão de uso à FUNTEC dos equipamentos adquiridos. Assim, no período 2005-2007, o

Instituto trabalhou na aquisição de equipamentos e bens, sendo todos os processos conduzidos dentro

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das legislações vigentes, assim como providenciou a execução de obras e reformas no edifício que

abrigaria o Centro em Toledo.

As responsabilidades da FUNTEC incluíam o acompanhamento das obras e reformas

pertinentes, a elaboração de documentos de fiscalização de tais obras, visando atender exigências da

CEF, apoiando o TECPAR. O reparo de equipamentos danificados por integrantes do seu quadro de

pessoal, assim como a comunicação ao TECPAR a ocorrência de fato superveniente para que

providências cabíveis pudessem ser tomadas junto aos intervenientes executores também eram ações

previstas. Além disso, a FUNTEC deveria disponibilizar profissionais qualificados e/ou habilitados para

uso e gerenciamento dos equipamentos do projeto, arcando com os custos trabalhistas dos profissionais

envolvidos. Entre tais profissionais seriam designados um ou mais técnicos para a coordenação,

acompanhamento, apoio e execução das atividades a serem realizadas dentro dos planos de trabalho

previstos.

Em 2007 tivemos a conclusão da instalação dos equipamentos e a finalização das obras civis

que permitiriam a execução de trabalhos laboratoriais diferenciados com o uso dos equipamentos

adquiridos e na época, somente algumas análises de solo eram executadas no Centro por um químico e

uma bióloga ligados à FUNTEC. A não disponibilização do número de profissionais adequado para

serem treinados pelo Instituto, e na sequência planejar e prestar os serviços técnicos previstos aos

demandantes da região, dificultou o processo. Logo, a utilização da infraestrutura laboratorial do Centro

foi mínima e particularmente os equipamentos mais sofisticados permaneciam ociosos por falta de

operadores habilitados. Em função do exposto, o TECPAR iniciou esforços no sentido de encontrar

meios de suplantar tais dificuldades e operacionalizar o Centro, apesar dessa responsabilidade estar

bem definida como sendo da FUNTEC.

Em julho de 2007, se promoveu uma reunião em Toledo com entidades interessadas, de modo a

discutir uma estratégia para que a infraestrutura do Centro fosse devidamente utilizada e o projeto

atingisse seus objetivos originais. Na ocasião estiveram presentes representantes da Associação

Toledana de Aqüicultura, Sindicato Rural de Toledo, Sadia e PUC/PR Campus Toledo. Foi apresentado

o potencial dos laboratórios e dos equipamentos instalados, com ênfase a ampla gama de serviços que

poderiam ser prestados. Na sequência, foram recebidas algumas manifestações de tais entidades

expressando interesse no Centro, mas a iniciativa não evoluiu favoravelmente.

Em 2008, houve o envolvimento da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SETI

nesse processo, e outra reunião foi efetuada em Toledo para a discussão do assunto. Nessa

oportunidade, esteve presente o Prof. Aldi Feiden, da UNIOESTE, na ocasião desenvolvendo atividades

na SETI/Unidade de Gestão do Fundo Paraná – UGF. A reunião foi efetuada em 24 de abril de 2008 nas

dependências da UNIOESTE Campus Toledo e contou principalmente com a presença de entidades de

ensino como a UNIOESTE, a UTFPR e a PUC/PR, além de representantes da FUNTEC

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Na sequência, foi efetuada outra reunião de técnicos do TECPAR com representantes das

entidades em tela e a FUNTEC em 14 de maio de 2008. A pauta da reunião foi a seguinte:

• Apresentação de um histórico do projeto do Centro de Referência em Nutrição e Piscicultura;

• Visita às instalações do Centro incluindo laboratórios, salas de aula, sala de técnicos e outras;

• Discussão sobre a elaboração de um Plano de Gestão que estaria incluído em um convênio a ser

firmado entre as instituições interessadas no Centro;

• Levantamento das características e interesses específicos de cada instituição, bem como suas

prováveis atuações no Centro;

• Discussão sobre as potencialidades e demandas regionais que norteariam a utilização conjunta

da infraestrutura do Centro pelas instituições.

O plano de gestão pretendido acabou não evoluindo e em dezembro de 2008 foi enviado à SETI um

modelo de Plano de Gestão para ser utilizado mas também não ocorreu evolução no assunto.

Em 2009, foi recebida a informação que a FUNTEC entrara em processo de extinção,

comprometendo ainda mais as ações previstas no Termo de Cooperação que deveriam ser executadas

pela Fundação, prejudicando novamente o desenvolvimento do projeto como um todo. Neste ano, não

surgiram novos fatos até que a Presidência do TECPAR retomou o assunto e iniciou conversações com

a UNIOESTE, instituição que mantinha seu interesse na utilização das instalações e equipamentos do

Centro. As negociações que se desenvolveram ao longo do ano, resultaram em um Protocolo de

Intenções firmado entre o TECPAR, a UNIOESTE e a Prefeitura de Toledo, com a chancela da SETI. Tal

Protocolo, assinado em 10 de março de 2010, objetivava fortalecer a articulação institucional entre as

partes, visando estabelecer condições institucionais para o funcionamento, manutenção e

gerenciamento do Centro. Caberia ao TECPAR, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Toledo, criar

as condições legais para viabilizar a operacionalização do Centro, incluindo tomar providências junto ao

MAPA para que a UNIOESTE fosse autorizada a geri-lo, operá-lo e mantê-lo.

A continuidade das ações propostas no Protocolo de Intenções sofreu uma pausa no início de

2010 em função das alterações ocorridas na área política do Estado, quando foram empossados o novo

Governador, o novo Secretário de Ciência Tecnologia e Ensino Superior e o novo Diretor Presidente do

TECPAR. No momento em que era iniciado um movimento para a retomada do processo de elaboração

de um plano de gestão para o Centro, a instituição recebeu uma solicitação de informações por parte do

MAPA, a qual foi prontamente respondida e enviada em 15 de junho./2010.

Em 17 de junho de 2010, uma reunião foi efetuada com representantes da UNIOESTE e

FUNTEC na cidade de Toledo de forma a se dar sequência às iniciativas para solucionar a questão do

Centro. Simultaneamente, técnicos designados por esta DTE inspecionaram as instalações do Centro,

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fazendo um levantamento das condições da área física e dos equipamentos. Um relatório foi elaborado

e verificou-se que os laboratórios estavam totalmente inoperantes. As salas/laboratórios encontravam-se

sujas, com infestação de insetos nos pisos e várias caixas vazias ou com componentes espalhadas por

alguns ambientes. O sistema de alarme havia sido arrancado do edifício, o qual não contava mais com a

presença da guarda municipal, fragilizando a segurança. No pavimento superior, foi colocado um

revestimento cerâmico sobre o piso pintado com tinta epóxi, o qual se encontrava todo danificado.

A UNIOESTE ratificou seu interesse em assumir a gestão do Centro, principalmente pela sua

necessidade de ampliar a área física para alguns dos seus principais cursos e pela oportunidade de

contar com equipamentos não disponíveis na Universidade. O representante da FUNTEC deixou claro

que o atual prefeito pretendia fazer o repasse do Centro até o final do seu mandato, tendo inclusive

baixado um decreto em 24/03/10, concedendo permissão de uso de bens móveis e equipamentos à

UNIOESTE.

O TECPAR reiterou sua intenção de viabilizar o funcionamento adequado do Centro de

Referência em Nutrição e Piscicultura de Toledo, de modo que os investimentos públicos trouxessem os

resultados previstos para a comunidade local e para o Estado do Paraná. Em função da

responsabilidade do TECPAR, o instituto não teria a simples iniciativa de repassar a gestão para a

UNIOESTE ou outra entidade, mas também dar apoio técnico e monitorar o atendimento das metas

originalmente propostas. Entretanto, ressalta-se que qualquer iniciativa só poderia ser tomada após o

MAPA se pronunciar a respeito, visto que a maior parte dos recursos aportados para a aquisição de

bens tinham vindo desse Ministério.

Foi solicitado que fossem enviados ao TECPAR os nomes de dois representantes da UNIOESTE

e da FUNTEC para passarem a tratar desse assunto deste ponto em diante. Apenas a UNIOESTE fez a

indicação dos nomes. A viabilização do repasse da gestão do Centro para a UNIOESTE permeia

algumas questões prioritárias que deverão ser tratadas pela instituição:

• Disponibilizar investimentos para recuperação da área física e manutenções corretivas e

preventivas dos equipamentos, há um longo tempo ociosos.

• A operacionalização diária dos laboratórios também exigirá investimentos. Uma estimativa

efetuada pelo TECPAR em outubro de 2007 mostrava que o custo mensal para

operacionalização do Centro com a implantação de ensaios físico-químicos e análises

microbiológicas em matrizes diversas para fins de prestação de serviços à comunidade local,

seria da ordem de R$ 21.000,00 (vinte e hum mil reais).

• Reposição imediata do sistema de alarme e segurança para o edifício.

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• Verificar a questão dos registros dos bens e equipamentos no patrimônio de uma única entidade

pois temos itens patrimoniados no TECPAR, na FUNTEC e alguns itens do CNPq.

A partir do envio das respostas relativas ao questionamento do MAPA em junho/2010, Processo

21034.003465/2010-85, seguidos contatos foram efetuados com o Ministério para o conhecimento sobre

o posicionamento em relação às informações prestadas para em seguida solicitar uma autorização para

o repasse da gestão do Centro para a UNIOESTE ou outra decisão ser tomada. Até o presente,

nenhuma resposta foi enviada, mas apenas a informação de que o assunto estava em discussão. O

último contato com o MAPA foi efetuado em 29/12/2010 com o Sr. Diego, da Secretaria de

Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo – SDC/MAPA (61-3128-2442), sem qualquer

definição.

Concluindo, a atuação do TECPAR ao longo do desenvolvimento do projeto tem sido transparente e

esforços não foram medidos para a concretização dos planos de trabalho inerentes ao mesmo.

Entretanto, percalços foram encontrados ao longo dos vários anos de execução do trabalho, os quais

extrapolaram a área técnica. Desta forma, a retomada dessa questão em 2011 é prioritária.

4. O FUTURO DAS UNIDADES DA DTE

AÇÕES FUTURAS/SUGESTÕES As observações a seguir constituem indicações e sugestões relativas à sustentabilidade e

competitividade futuras, das unidades da DTE, tendo em vista o cenário atual da ciência e tecnologia no

Brasil e em outros países, e a própria situação da instituição.

Inicialmente, a elaboração, execução e monitoramento do Planejamento Estratégico de todas as

Divisões mostram-se essenciais à sobrevivência das unidades de negócio, de modo a se definir os

horizontes futuros de cada uma e assegurar suas competitividades. Nos últimos anos, o surgimento de

diversos concorrentes para os serviços tecnológicos prestados pelo TECPAR tem constituído uma

ameaça constante ao desempenho da área técnica. Assim, uma revisão criteriosa no portfólio de

serviços prestados, bem como a identificação de novos nichos de mercado, mostra-se como essenciais

para que cada unidade preste apenas serviços de alto valor agregado e se diferencie de outros

concorrentes que ofertam o mesmo tipo de serviço com menores tempos de resposta e menores preços.

Isto exigirá um estudo criterioso do ambiente externo, bem como investimentos internos em

infraestrutura, equipamentos formação e agregação de recursos humanos e incentivo maior à PD&I

conforme extensivamente discutido neste documento. O Planejamento Estratégico de cada Divisão

constituirá o desdobramento do PE do TECPAR que começou a ser formatado pelo grupo de

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representantes de todas as áreas da instituição e exigirá o esforço e comprometimento do maior número

possível de colaboradores, de modo a refletir o pensamento coletivo.

Existem alguns tópicos prioritários a serem imediatamente abordados e que demandam alguns

investimentos: A construção do Depósito de Inflamáveis e Resíduos é urgente e indispensável, além da

regularização das licenças ambientais do TECPAR, as quais estão sendo frequentemente solicitadas por

clientes da instituição. A Divisão de Metrologia, cujas atividades atualmente são concentradas em

grande parte nos clientes internos, pode ter uma atuação externa bastante diferenciada de seus

concorrentes caso disponha de instrumentos e recursos humanos suficientes. Na Divisão de Inspeção, o

gargalo também está na indisponibilidade de técnicos suficientes para o atendimento da demanda. A DI

gradativamente se concentra em serviços especializados e de alto valor agregado. Finalmente, na

Divisão de Extensão Tecnológica, que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento das

empresas paranaenses com sua atuação em extensão e informação tecnológica, igualmente apresenta

uma grande deficiência de pessoal capacitado para atendimento de empresas que buscam a melhoria

de seus processos e produtos.

Algumas mudanças na estrutura das Divisões, incluindo a renovação de várias gerências é fator

importante para que novas linhas de atuação, novas idéias e novas motivações sejam desenvolvidas.

Vários gerentes encontram-se ocupando a posição há 8-12 anos. Não se procurou ao longo dos últimos

anos formar novos gestores para assumirem gerências específicas. Como conseqüência, algumas

unidades pouco evoluíram. Em relação a tais mudanças, os casos da Divisão de Educação Tecnológica

e Divisão de Tecnologias Sociais merecem ser primeiramente discutidos.

A disponibilidade de recursos humanos tem sido o ponto crítico da DET/DTS, sendo que sua

força de trabalho em 31/12/10 era constituída, além de um grupo de estagiários, por apenas 2

funcionários da casa: Alexandre Akira Takamatsu, gerente de ambas e Anderson Sakuma. Em função

de um novo projeto de vida, Alexandre deve se afastar do TECPAR no final de janeiro/2011, restando,

portanto apenas o funcionário Sakuma. Neste cenário, não existe a princípio, justificativa para a

manutenção de duas Divisões nessa situação e a tendência seria a extinção de ambas. Por outro lado, a

competência criada nas atuações da DET/DTS nos últimos anos, não deve ser perdida em hipótese

alguma. Logo, um estudo criterioso deve ser elaborado no sentido de que as experiências prévias e bem

sucedidas sejam preservadas e novos projetos possam ser concebidos.

Parte do problema pode ser solucionada pela absorção das atividades relacionadas às questões

ambientais (biodigestores, produção de biogás, ensaios de geração de metano, experimentos com

microalgas com fins energéticos entre outras) pela Divisão de Biocombustíveis – DBIO. Focada em

biocombustíveis, a DBIO igualmente necessita a incorporação de novas linhas de pesquisa abordando,

além do biodiesel, novos biocombustíveis oriundos da biomassa, seus processos de produção e

utilizações, além de outras formas de bioenergia. A Divisão poderia ampliar sua atuação e mesmo vir a

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ser denominada Divisão de Bioenergia e Meio Ambiente. Nessa nova concepção, haveria a absorção do

Laboratório de Química Ambiental, resultando uma unidade mais forte e grande potencial para ser

competitiva nesses segmentos específicos. No que diz respeito à atividade de elaboração pela DET de

vídeos de cunho científico, sua importância foi comentada anteriormente. É uma atividade que deve ser

mantida e incentivada, mas para isso, é essencial primeiro o planejamento criterioso dos projetos a

serem desenvolvidos e segundo, a formação de uma equipe própria para que o TECPAR obtenha reais

benefícios.

Na linha de pensamento voltada para o fortalecimento das unidades da DTE e aumento de suas

competitividades, a criação de uma Divisão de Materiais Industriais surge como bastante interessante e

potencial. Englobando o Laboratório de Materiais Metálicos - LAMM, o Laboratório de Ensaios

Mecânicos – LAEM, o Laboratório de Química Industrial - LAQI e o laboratório de espectrometria que

hoje faz parte do LAQA, esta nova unidade concentraria as maiores competências do TECPAR na

avaliação da conformidade de uma ampla gama de matrizes diferentes e de uso constante de indústrias

das mais variadas áreas. Um estudo com essa finalidade é desta forma sugerido, visto a grandeza que a

unidade proposta pode vir representar para o TECPAR.

Outra sugestão, ainda com foco no fortalecimento da DTE, seria a criação de uma Divisão

Agroindustrial que absorveria os Laboratórios de Pesticidas – LAPE, Laboratório de Fertilizantes –

LAFE, Laboratório de Alimentos – LABA, as atividades relacionadas à agropecuária que atualmente

estão sediadas na Divisão de Inteligência Artificial – DIA (produção integrada de leite, produção

integrada de suínos, avaliação de produtos orgânicos da agricultura familiar e outras) e novas linhas de

atuação dentro do agronegócio, importante segmento econômico do Paraná e do Brasil na atualidade.

Muitas novas oportunidades poderão ser exploradas por essa nova estrutura.

Em adição, tendo em vista os projetos de atuação futura do TECPAR dentro da proposta do

Governo Federal do Complexo Industrial da Saúde, a concepção de uma Divisão de Saúde, absorvendo

o Laboratório de Análises Químicas de Medicamentos – LAQM, o Laboratório de Microbiologia e

Toxicologia – LAMT e outras competências a serem devidamente desenvolvidas, complementa um

conjunto de mudanças consideradas importantes para a alavancagem da área técnica do TECPAR.

Obviamente são mudanças que envolvem um choque de gestão, um grande impacto na

instituição e que certamente trarão fortes reações contrárias, principalmente por parte daqueles que

hoje estão em “zonas de conforto” e que não percebem ou desejam mudanças no instituto, resistindo à

mudanças bruscas em seus ambientes.

De qualquer forma ficam aqui registradas estas sugestões e indicações as quais, certamente

demandarão estudos criteriosos e desprendidos, visto que deverão ser executados no médio e longo

prazos e exigirão investimentos financeiros para que se viabilizem. Muitos outros aspectos podem ser

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abordados no ambiente da DTE e as reflexões acima apresentadas não esgotam absolutamente o

assunto.

CONCLUSÃO

Após 70 anos de importantes serviços prestados ao Estado do Paraná e ao Brasil, o TECPAR,

iniciará em 2011 um novo período de trabalho e de consolidação do seu papel como prestador de

relevantes serviços tecnológicos à sociedade. Com uma história brilhante e um futuro repleto de

oportunidades, o Instituto necessita o esforço e o trabalho de todos os seus colaboradores mais do que

nunca.

O ambiente científico e tecnológico atual é cada vez mais destacado pelo intercâmbio disciplinar,

parcerias entre público e privado, mudanças tecnológicas acontecendo numa velocidade fantástica.

Nesse ambiente, a identificação das linhas de atuação dos organismos oficiais de pesquisa como o

TECPAR, passa a exigir uma visão exata das necessidades do universo empresarial, uma avaliação

realista dos serviços tecnológicos que podem ser prestados, uma aproximação cada vez maior com a

qualidade e um esforço permanente de avaliação dos resultados.

A busca de competitividade, em todos os segmentos e o surgimento de novos modelos para o

relacionamento entre ciência, tecnologia e indústria, têm sido a causa principal da rápida transformação

no desenvolvimento de PD&I nos últimos anos. Paralelamente, a ação governamental neste campo vem

aumentando de modo dramático, por conta da globalização do comércio e da atividade industrial, do

aumento da complexidade de produtos e serviços e da preocupação crescente com a saúde, com a

segurança no trabalho e proteção ao meio ambiente.

Tudo isso está trazendo enormes desafios para o TECPAR, mas também oportunidades

importantes para a instituição. Tais desafios e oportunidades exigem laboratórios credenciados,

equipados com instrumentos rastreáveis a padrões metrológicos confiáveis e pessoal técnico de elevada

competência, entretanto seus custos são compensados pelos benefícios indiretos decorrentes do bem

estar do consumidor e da sociedade paranaense e brasileira.

Curitiba, 31 de Dezembro de 2010.

Dr. Bill J. Costa Diretor Técnico