DISCALCULIA

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DISCALCULIA Ana Patrícia Oliveira Arycleide Francisca Janaína Bezerra Maria Danielle Ciríaco Raniere Ferreira Robelly França Rozânia Santos Vivian Baldow Aprendizagem da Leitura e Escrita e Suas Dificuldades Professora: Maria do Carmo Silva RESUMO A matemática nos rodeia de tal forma, que encontra-se inserida nos mínimos detalhes de nossas vidas. Ela está no tempo que passamos no espaço que ocupamos, na distância que percorremos e em todas as referências de contagens e comparações que possamos imaginar. Todos esses conceitos devem ser adquiridos na infância e aperfeiçoados durante o período escolar. Caso essas habilidades não ocorram, encontramos um distúrbio de aprendizagem denominado: discalculia. Neste trabalho a discalculia é retratada através de pesquisas bibliográficas. O reconhecimento da discalculia, como um distúrbio de aprendizagem bem como a capacidade de lidar com ela nos ambientes mais diversos, são as melhores formas de inserir as crianças em seus grupos, resgatando sua autoestima para um convívio mais harmonioso. Oferecendo o apoio e a confiança que elas necessitam para se organizar no tempo e no espaço, é parte dessa nossa meta educacional. Palavras-chave: Discalculia; Distúrbio de Aprendizagem; Matemática

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Discalculia - Resumo

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DISCALCULIA

Ana Patrícia Oliveira

Arycleide Francisca

Janaína Bezerra

Maria Danielle Ciríaco

Raniere Ferreira

Robelly França

Rozânia Santos

Vivian Baldow

Aprendizagem da Leitura e Escrita e Suas Dificuldades

Professora: Maria do Carmo Silva

RESUMO

A matemática nos rodeia de tal forma, que encontra-se inserida nos mínimos detalhes de nossas vidas.

Ela está no tempo que passamos no espaço que ocupamos, na distância que percorremos e em todas as referências de contagens e comparações que possamos imaginar.

Todos esses conceitos devem ser adquiridos na infância e aperfeiçoados durante o período escolar.

Caso essas habilidades não ocorram, encontramos um distúrbio de aprendizagem denominado: discalculia.

Neste trabalho a discalculia é retratada através de pesquisas bibliográficas.

O reconhecimento da discalculia, como um distúrbio de aprendizagem bem como a capacidade de lidar com ela nos ambientes mais diversos, são as melhores formas de inserir as crianças em seus grupos, resgatando sua autoestima para um convívio mais harmonioso. Oferecendo o apoio e a confiança que elas necessitam para se organizar no tempo e no espaço, é parte dessa nossa meta educacional.

Palavras-chave: Discalculia; Distúrbio de Aprendizagem; Matemática

INTRODUÇÃO

O presente estudo trata sobre a Discalculia que é pouco conhecida entre os professores. Ela está relacionada à matemática disciplina que é de grande importância na vida do educando. Por esse motivo surgiu à problemática: Será que o educador está preparado para trabalhar com uma criança que apresenta essa limitação?

Diante das dificuldades que alguns alunos apresentam em aprender matemática surgiu à necessidade de abordar o tema. A relevância dessa pesquisa no âmbito educacional é a de garantir que os educadores possam conhecer um deles, o déficit conhecido como discalculia.

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Este trabalho teve como objetivo geral compreender de que forma a discalculia interfere no processo de aprendizagem do educando. De forma específica conceituar e caracterizar a discalculia como o transtorno de aprendizagem, verificar como é realizado o diagnóstico da mesma e verificar a forma de trabalho pedagógico com crianças discalcúlicas.

Nesse contexto acredita-se que foi importante a contribuição de teóricos, aqui apresentados, como: Ferreira (2000), Smmith e Strick (2001) e Silva (2008) na pesquisa bibliográfica.

O trabalho a partir desse instrumento de introdução segue dividido em tópicos: definição, causas, formas de identificar e como o professor / pedagogo / psicopedagogo devem atuar com indivíduos que apresentem esse transtorno de aprendizagem.

Dada à importância do assunto, consideramos poder contribuir com os professores e profissionais da área de educação, sobretudo, da educação matemática.

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O termo dyscalculia (palavra oriunda do grego e do latim respectivamente: dis= mal; calculare = calcular). É um disturbio neuropsicológico que caracteriza a dificuldade em realizar e aprender cálculos matemáticos. Pelo fato de ser considerado um transtorno, Ferreira(2000) diz que significa desorganizar, atrapalhar ou ainda, desarranjar.

As crianças portadoras de discalculia não conseguem identificar sinais matemáticos (-/+), construir operações matemática, não consegue seguir uma sequencia lógica, etc..

Diferente da acalculia que ocorre quando o indivíduo, após sofrer lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico, perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.

Dependendo do grau da imaturidade neurológica da criança, a discalculia pode ser considerada em distintos graus:

1- Leve - discalcúlico reage favoravelmente à intervenção.

2 - Médio - configura o quadro da maioria dos que apresentam dificuldades específicas em matemáticas.

3- Limite – quando apresenta lesão neurológica,gerando algum déficit intelectual.

2.1 TIPOS DE DISCALCULIA

Segundo Ladislav Kosc existem seis tipos de discalculias. As mesmas serão descritas abaixo:

Discalculia léxica: a pessoa apresenta dificuldade em ler símbolos matemáticos.

Discalculia verbal: neste caso a pessoa apresenta dificuldade em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos.

Discalculia gráfica: problemas para escrever símbolos matemáticos.

Discalculia operacional: dificuldades de realizar operações e cálculos numéricos.

Discalculia practognóstica: dificuldade para enumerar, manipular e comparar objetos reais ou em imagens.

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Discalculia ideognóstica: dificuldade em realizar operações mentais, bem como para compreender conceitos matemáticos.

2.2 CAUSAS DA DISCALCULIA

De acordo com alguns estudos a discalculia pode ter várias causas. Vamos descrever alguns:

Neurológicas: a pessoa tem um nível de imaturidade elevado que dificulta algumas funções como: lateralidade, ritmo, etc.

Linguísticas: compreensão e nomeação de termos.

Psicológicas: alterações psíquico/emocional, interferindo na memorização, atenção, etc..

Genéticas: relacionas a determinado gen. Pode ocorrer através da herança de perturbação do discalculo. Mas, não é um estudo que está finalizado. São apenas pesquisas.

Pedagógicas: estão relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem e às metodologias aplicar para ensinar matemática.

2.3 FORMAS DE IDENTIFICAR UMA PESSOA QUE APRESENTA DISCALCULIA. (CARACTERÍSTICAS)

Existem para identificar se um indivíduo apresentar discalculia ou não. Segundo Smmith e Strick (2001, como citado por Almeida, 2006), no que diz respeito aos aspectos relativos aos alunos, são consideradas a memorização, a atenção, a atividade perceptivo-motora, a organização espacial, as habilidades verbais, a falta de consciência e as falhas estratégicas, todas como fatores responsáveis pela diferença na execução de atividades matemáticas.

De acordo com (Silva, 2008), o indivíduo que pode apresentar discalculia tem dificuldade em contar para trás, de contar de dois em dois ou de três em três, ressaltando que eles possuem dificuldade em compreender ordem e estrutura numérica. Os indivíduos que apresentam discalculia podem apresentar dificuldade mental em julgar as dimensões de um objeto ou de uma distância e também dificuldade em julgar a passagem do tempo e de ler relógios analógicos.

2.4 COMO O PROFESSOR/PEDAGOGO/PSICOPEDAGOGO DEVE ATUAR COM ESSES INDIVÍDUOS (CRIANÇAS/ADOLESCENTES).

O professor deve estar atento ao desenvolvimento do aluno, principalmente em relação ao desenvolvimento do mesmo, nas de cálculos. O trabalho com esse aluno, identificado como discalculo, deve ser feito de forma adquirida, pois se assim não for poderá causar prejuízos ao desenvolvimento escolar do aluno. O professor deverá procurar atividades que possam ser realizadas com o aluno, sem que o mesmo sinta-se excluído do grupo no qual estiver inserido.

Para ajudar o aluno com discalculia, a Associação Brasileira de Discalculia indica aos professores:

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Permitir o uso de calculadora e tabelas de tabuada;

Adotar o uso de caderno quadriculado;

As provas devem ser elaboradas de forma clara e objetiva;

Aplicar provas orais, para que o aluno possa se expressar mentalmente;

A quantidade de atividades para casa não dever ser muita.

O professor precisa saber que nada é óbvio para os discálculicos, como é para os demais alunos.

Mesmo com todas estas recomendações, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (PCNEF), diz que deve existir uma reflexão sobre o ensino da matemática, considerando de fundamental importância que, o professor deve conhecer, por exemplo, a história de vida dos alunos, suas condições sociológicas e culturais. (BRASIL, 1998, p.36).

Além do professor, outros profissionais podem ajudar ao aluno que tem discalculia. O professor quando observar algumas características que evidenciem a discalculia no seu aluno pode chamar os pais da criança/adolescente para conversar e encaminhá-lo a um psicopedagogo para que ele possa descobrir qual o melhor método de ensino/ aprendizagem a ser utilizado com aquela criança/adolescente.

O psicopedagogo poderá utilizar recursos como jogos no computador, por este equipamento chamar bastante atenção das crianças, jogos para ajudar nas habilidades psicomotoras e espaciais. Esse profissional poderá pedir encaminhamento para um neurologista ou um neuropsicologista (profissional que observa as alterações do comportamento do paciente e sua relação com as possíveis áreas cerebrais envolvidas. Malloy/Diniz, 2010).

Para uma criança/adolescente que apresenta discalculia é necessário uma equipe multidisciplinar para apoiar e orientar o trabalho com os familiares e a própria criança/adolescente.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho de pesquisa foi de fundamental importância para nos respaldar acerca de um tema tão relevante que é a discalculia, conhecer seus tipos e causas, e constatar ao mesmo tempo o quanto o tema é desconhecido entre os profissionais de educação, nos foi possível compreender a importância de se ter um olhar mais sensível para as dificuldades dos nossos educandos e que tais dificuldades podem ter uma relação com algum distúrbio especifico da aprendizagem dentre tantos a discalculia, que uma vez diagnosticada é imprescindível um acompanhamento multidisplinar e conhecimento técnico, para minimizar os impactos cognitivos na vida desses indivíduos, facilitando com isso o seu convívio social, educacional e afetivo, o professor tem um papel muito importante nesse processo, pois são a partir da sensibilidade e observação dele que podem surgi evidências de algum distúrbio. Em um mundo onde a matemática está inserida em tudo que nos rodeia, a discalculia cria uma barreira para a aprendizagem e como consequencia promove o desinteresse e muitas vezes aversão a ciência exata que é indispensável para nossa vida.

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REFERÊNCIAS

LOUREDO, P. Discalculia, sintomas, causas e tratamento. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/doencas/discalculia.htm>. Acesso em 13 de Set. de 2015.

SILVA, W. Discalculia: Uma abordagem a luz da matemática. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/MATEMATICA/Monografia_Silva.pdf>. Acesso em 13 de Set. de 2015.

MELDAU, D. Discalculia. Disponível em: <http://www.infoescola.com/pedagogia/discalculia/>. Acesso em 13 de Set. de 2015.

Lena. Como Identificar a discalculia. Disponível em: <http://discalculia-lena.blogspot.com.br/2010/05/como-identificar-discalculia.html>. Acesso em 13 de Set. de 2015.

SAMPAIO, Simaia. Discalculia. Disponível em: <http://psicopedagogavaleria.blogspot.com.br/2009/04/discalculia.html>. Acesso em 13 de Set. de 2015.