Discordâncias

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS CIÊNCIA DOS MATERIAIS FRANCINÉ ALVES DA COSTA NATAL/RN 2009.2

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DISCORDÂNCIAS COMO ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA ORIGINAL DO MATERIAL MOLECULARMENTE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

CIÊNCIA DOS MATERIAIS

FRANCINÉ ALVES DA COSTA

NATAL/RN

2009.2

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DISCORDÂNCIAS E MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA

OBJETIVOS:

Estudar as características das discordâncias e o seu envolvimento em um processo de deformação plástica e no aumento da resistência de metais.

Adicionalmente, verificar como ocorrem os processos de recuperação, recristalização e crescimento de grão de metais submetidos a deformação plástica.

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Comportamento externo do metal (vista macroscópica)

Propriedades Mecânicas Deformação Discordâncias

Comportamento interno do metal (vista microscópica)

Aula passada Aula de hoje

MetaisDefeitos Cristalinos (Discordâncias);

Mecanismos de aumento de Resistência;

Meios para retorno da estrutura ao seu estado original;

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INTRODUÇÃO

A deformação plástica é permanente, e a resistência e a dureza são medidas da resistência de um material a esta deformação.

A deformação plástica corresponde ao movimento líquido ou global de um grande número de átomos em resposta à aplicação de uma tensão.

Nos sólidos cristalinos, a deformação plástica envolve na maioria das vezes o movimento de discordâncias, as quais são defeitos cristalinos lineares.

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DEFEITOS CRISTALINOSClassificação dos Defeitos CristalinosDefeitos puntiformes (associados com uma ou duas posições atômicas); Ex: vacâncias, interstícios.

Defeitos de linha (defeitos unidimensionais); Ex: discordâncias.

Defeitos bidimensionais (fronteiras entre duas regiões com diferentes estruturas cristalinas ou diferentes orientações cristalográficas); Ex: contornos de grão, interfaces, superfícies livres, contornos de macla.

Defeitos volumétricos (defeitos tridimensionais); Ex: poros, trincas e inclusões.

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CONCEITOS BÁSICOS

Discordâncias:

Defeito cristalino linear ao redor do qual existe um desalinhamento atômico.

Existem dois tipos fundamentais de discordâncias:

Em linha (aresta)

Em hélice (espiral)

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DISCORDÂNCIAS EM LINHA OU ARESTA

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O circuito e o vetor de Burgers

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DISCORDÂNCIAS EM ESPIRAL OU HÁLICE

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DISCORDÂNCIAS MISTAS

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DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO MECÂNICA

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O processo pelo qual a deformação plástica é produzida mediante o movimento de uma discordância é chamado de escorregamento.

A deformação plástica macroscópica é na verdade uma deformação permanente resultante do movimento de discordâncias ou escorregamento em resposta à aplicação de uma tensão de cisalhamento.

densidade de discordâncias = comprimento total de discordâncias unidade de volume

103 mm-2 cristais metálicos cuidadosamente solidificados

109 a 1010 mm-2 metais altamente deformados

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MOVIMENTO DAS DISCORDÂNCIAS

Metal deformado pode ter sua densidade de discordância diminuída até uma ordem de 105 a 106 mm-2

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CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS

Compressão

Tração

Cisalhamento

Características

Campos de deformação ao redor das discordâncias –

determinam a mobilidade e sua habilidade de se multiplicar

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CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS

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SISTEMA DE ESCORREGAMENTO

CFC e CCC – metais dúcteis + sistemas de escorregamentoHC – materiais frágeis pouco sistemas de escorregamento

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Tensões de cisalhamento resolvidasESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS

+ λ ≠ 90º

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Um sistema de escorregamento apresenta a orientação mais favorável, ou seja, possui a maior tensão de cisalhamento resolvida.

R(máx) = (cos cos λ)máx

O monocristal se deforma ou escoa

R(máx) = tcrc

A tensão aplicada necessária para dar início ao escoamento é dada por

e = (cos cos λ)máx

tcrc

ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS

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A tensão cisalhante resolvido crítica é o valor máximo, acima do qual o cristal começa a cisalhar, escoar.

No entanto, os valores teóricos são muito maiores do que os valores obtidos experimentalmente.

Esta discrepância só foi entendida quando se descobriu a presença das discordâncias.

As discordâncias reduzem a tensão necessária para o cisalhamento, ao introduzir um processo seqüencial, e não simultâneo, para o rompimento das ligações atômicas no plano de deslizamento.

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DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DE MATERIAL POLICRISTALINO

Monocristais;

Planos;

Direções.

Maior complexidade no comportamento de deformação do material.

Metais policristalinos são + resistentes que os monocristais, o que significa > tensão exigida para iniciar o escorregamento e conseqüente escoamento.

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ESCORREGAMENTO

Discordâncias vistas em um material através do TEM

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Movimento das Discordâncias

Discordâncias vistas em um material através do MEV

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Defeitos Bidimensionais

Interface: contorno entre duas fases diferentes.

Contornos de grão: contornos entre dois cristais sólidos da mesma fase.

Superfície Livre: superfície entre o cristal e o meio que o circunda.

Contorno de macla: tipo especial de contorno de grão que separa duas regiões com uma simetria tipo ”espelho”.

Fronteiras entre duas regiões com diferentes estruturas cristalinas ou diferentes orientações

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Fronteiras de Grão (Defeitos Bidimensionais)

Um material poli-cristalino é formado por muitos mono-cristais

em orientações diferentes.

A fronteira entre os monocristais é uma parede, que

corresponde a um defeito bi-dimensional.

Este defeito refere-se ao contorno que separa dois pequenos

grãos (ou cristais), com diferentes orientações cristalográficas,

presentes num material poli-cristalino.

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Fronteiras de Grão (Defeitos Bidimensionais)

A B

C D

A: Formação de pequenos núcleos de cristalização (cristalitos)

B:Crescimento dos cristalitos

C: Formação de Grãos, com formatos irregulares, após completada a solidificação.

D: Vista, num microscópio, da estrutura de Grãos (as linhas escuras são os contornos dos Grãos)

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Contorno de Grão:

No interior do grão todos os átomos estão arranjados segundo um “único modelo” e “única orientação”, caracterizada pela célula unitária.

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A macla é um tipo de defeito cristalino que pode

ocorrer durante a solidificação, deformação plástica,

recristalização ou crescimento de grão.

Tipos de macla: maclas de recozimento e maclas de

deformação.

A maclação ocorre em um plano cristalográfico

determinado segundo uma direção cristalográfica

específica. Tal conjunto plano/direção depende do tipo de

estrutura cristalina.

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MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA

O importante para a compreensão dos mecanismos de aumento de resistência é a relação entre o movimento das discordâncias e o comportamento mecânico dos metais.

A habilidade de um metal para se deformar plasticamente depende da sua habilidade de movimentação das discordâncias.

Dureza e resistência depende Deformação Plástica induzida pela mobilidade das discordâncias.

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Redução no Tamanho de grão

Solução Sólida

Encruamento

Restringir ou impedir o movimento de discordâncias

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Por Redução no Tamanho de Grão

Propriedades Discordâncias Contorno de grão Tamanho de grão

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Por Redução no Tamanho de Grão

Para muitos materiais o e depende do tamanho de grão segundo a relação

e = o + ked-1/2

Onde d representa o diâmetro médio do grão, enquanto o e ke são constantes para cada material específico. Essa expressão é conhecida por Equação de Hall-Petch.

Ela não é válida para materiais policristalinos com grãos mistos.

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Por Redução no Tamanho de Grão

Contornos de macla bloqueiam o escorregamento e resistência do material.

Contornos entre fases diferentes impedem o movimento das discordâncias.

Tamanho de grão resistência e a tenacidade de muitas ligas.

Fig. A influência do tamanho do grão sobre o limite de escoamento de uma liga de latão com composição 70Cu-30Zn.

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Por Solução Sólida (Defeito Pontual)

Formação de ligas com átomos de impurezas através de solução sólida substitucional ou intersticional.

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Por Solução Sólida (Defeito Pontual)

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Por Solução Sólida

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Por Solução Sólida

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Estrutura Deformada a Frio

A deformação plástica que é realizada numa

região de temperatura, e sobre um intervalo de tempo

tal que o encruamento não é aliviado, é chamada

trabalho a frio (deformação a frio).

O nº de discordâncias é aumentado durante a

deformação plástica, e devido às suas interações

provocam um estado de elevadas tensões internas.

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A maior parte da energia gasta na deformação de

um metal por trabalho a frio é convertido em calor.

Todavia, cerca de 10% da energia gasta são

armazenados na estrutura causando um aumento na

energia interna.

A grandeza da energia armazenada aumenta com

o ponto de fusão do metal e com a adição de soluto.

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Para um dado metal, a quantidade de energia

armazenada depende do tipo de processo de

deformação (trefilação ou tração).

A maior parte da energia armazenada é devida à

geração e à interação das discordâncias durante o

trabalho a frio.

Falhas de empilhamento e maclas são

provavelmente responsáveis por uma pequena fração

da energia armazenada.

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A energia de deformação elástica contribui

apenas para uma insignificante parte da energia

armazenada.

Encruamento

Definição: é o fenômeno pelo qual um metal dúctil se

torna mais duro e mais resistente quando ele é

submetido a uma deformação plástica.

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Também pode ser chamado de endurecimento

por trabalho ou por trabalho a frio.

%TF = (A0 – Ad / A0) x 100Grau de deformação

Encruamento ou trabalho a frio é um importante

processo industrial que é usado para endurecer ligas ou

metais que não são sensíveis a tratamento térmicos.

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Normalmente, a taxa de encruamento é menor

para metais H.C. do que para metais cúbicos.

O aumento da temperatura de deformação pode

também diminuir a taxa de encruamento.

O trabalho a frio produz a elongação dos grãos

na direção principal de trabalho. Então, grandes

deformações produzem uma reorientação dos grãos

numa orientação preferencial.

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Além das mudanças das propriedades em tração,

o trabalho a frio produz também mudanças em outras

propriedades físicas.

Normalmente ocorre uma pequena redução na

densidade, uma diminuição apreciável da

condutividade elétrica e um pequeno aumento do

coeficiente de expansão térmica.

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Devido ao aumento da energia interna no estado

de trabalho a frio, a reatividade química é também

aumentada.

Isto leva a uma diminuição geral na resistência à

corrosão e, em certas ligas, introduz a possibilidade do

aparecimento de trincas de corrosão sob tensão.

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Densidade de discordâncias com deformação ou encruamento, devido a

formação de novas discordâncias.

As interações de deformação discordâncias- discordâncias são repulsivas.

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MEIOS PARA RETORNO DA ESTRUTURA DO MATERIAL AO SEU ESTADO ORIGINAL

A deformação plástica produz alterações

microestruturais e mudanças nas propriedades dos

materiais:

Alteração na forma do grão;

Endurecimento por deformação plástica a frio, e

Aumento na densidade das discordâncias.

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Recozimento de Metais Trabalhados a Frio

O estado de trabalho a frio é uma condição de

maior energia interna do que o material não-deformado.

Embora a estrutura celular de discordâncias do

material trabalhado a frio seja mecanicamente estável,

ela não é termodinamicamente estável.

O recozimento é comercialmente muito

importante porque restaura a ductilidade de um metal

que tenha sido severamente encruado.

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O processo de recozimento pode ser dividido em

três processos distintos:

- Recuperação;

- Recristalização; e

- Crescimento de Grão.

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Recuperação

É normalmente definida como a restauração das

propriedades físicas do metal trabalhado a frio sem

que ocorra alguma mudança visível na microestrutura.

Liberação de uma parte da energia interna de

deformação armazenada;

Redução do número de discordâncias;

Configurações de discordâncias com baixas

energias de deformação.

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Fig. 1 Desenho esquemático indicando a recuperação, recristalização, crescimento de grão e as mudanças importantes nas propriedades em cada região.

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Recristalização

É o processo de formação de um novo conjunto

de grãos livres de deformação e que são equiaxiais,

com baixas densidades de discordâncias, e com

característicos das condições anterior ao processo de

trabalho a frio.

Nucleação crescimento do núcleo formação

do grão crescimento de grão

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A recristalização é facilmente detectada por

métodos metalográficos e é evidenciada por uma

diminuição da dureza ou da resistência e um aumento

na ductilidade.

A densidade de discordâncias diminui

consideravelmente na recristalização e todos os efeitos

do encruamento são eliminados.

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A energia armazenada no trabalho a frio é a

força motriz tanto para a recuperação quanto para a

recristalização.

Se os novos grãos livres de deformação forem

aquecidos a temperaturas maiores que a requerida para

causar a recristalização, ocorrerá um crescimento

gradativo no tamanho de grão.

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A força motriz para o crescimento de grão é a

diminuição da energia livre resultante da diminuição da

área de contorno de grão devido ao crescimento de

grão.

O processo de recristalização consiste na

nucleação de uma região livre de deformação, cujo

contorno pode transformar a matriz deformada em um

material livre de deformação conforme vai se movendo.

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As variáveis mais importantes que influenciam o

comportamento da recristalização são:

1. quantidade de pré-deformação: é necessário uma

quantidade mínima de deformação para provocar a

recristalização;

2. temperatura: quanto menor o grau de deformação,

maior a temperatura requerida para provocar a

recristalização;

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3. tempo: o aumento do tempo de recozimento diminui

a temperatura de recristalização. Todavia, a

temperatura é muito mais importante do que o tempo.

Dobrar o tempo de recozimento equivale

aproximadamente a aumentar a temperatura de

recozimento de 10ºC.

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4. tamanho de grão inicial: o tamanho de grão final

depende grandemente do grau de deformação e, em

menor escala, da temperatura de recozimento. Quanto

maior o grau de deformação e menor a temperatura de

recristalização, menor é o tamanho de grão

recristalizado;

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O crescimento de grão irá ocorrer lentamente

em temperaturas nas quais a recristalização ocorre

imediatamente devido à força matriz para o

crescimento de grão ser apreciavelmente mais baixa

do que a força motriz para a recristalização.

O crescimento de grão é fortemente dependente

da temperatura e será logo alcançada uma região de

crescimento de grão na qual os grãos aumentam de

tamanho muito rapidamente.

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Metais puros recristalizam a temperatura de 0,3Tf.

Em algumas ligas comerciais, ela pode alcançar 0,7Tf.

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Nível crítico de deformação plástica a frio abaixo do qual a

recristalização não ocorre (entre 2 e 20% de TF)

Fig 7.23 A variação da temperatura de recristalização em função do percentual de trabalho a frio para o ferro. Para deformações menores do que a crítica (próximo de 5%TF), a recristalização não irá ocorrer. (Callister, 2002).

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Crescimento de Grão

Para muitos materiais policristalinos, o diâmetro do grão d varia

em função do tempo t de acordo com a relação

dn - don = kt

Onde do representa o diâmetro inicial do grão em t = 0, e k e n são

constantes independentes do tempo (n é geralmente = ou > 2).

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Efeito Bauschinger

No estudo do encruamento de monocristais

observou-se que geralmente a tensão necessária para

reverter a direção de deslizamento num certo plano de

deslizamento é mais baixa do que a necessária para

continuar o deslizamento na direção original.

A direcionalidade do encruamento é chamada

de efeito Bauschinger.

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Fig. Efeito de Bauschinger e circuito de histerese.

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A quantidade do efeito Bauschinger pode ser

descrita pela deformação de Bauschinger β, que

expressa a diferença na deformação entre as curvas de

tração e compressão numa dada tensão.

O efeito Bauschinger pode ter importantes

conseqüências na conformação de metais.

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Pode ser importante no dobramento de placas

de aço, e resulta num amolecimento quando metais

severamente trabalhados a frio são submetidos a

cargas de sinal contrário.

O melhor exemplo disto é o desempenho de

barras estiradas ou folhas laminadas pela passagem

através de rolos que aplicam no material tensões de

dobramento alternadas.

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ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS

PROB-EXEMPLO 7.1

Considere um monocristal de ferro com estrutura CCC

orientado de tal modo que uma tensão de tração seja aplicada ao

longo de uma direção [010]. (a) Calcule a tensão de

cisalhamento resolvida ao longo de um plano (110) e em uma

direção [1-11] quando é aplicada uma tensão de tração de 52

MPa. (b) Se o escorregamento ocorre em um plano (110) e em

uma direção [1-11] e a tensão de cisalhamento resolvida crítica é

de 30 MPa, calcule a magnitude da tensão que deve ser aplicada

para dar início ao escoamento.

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ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS

PROB-EXEMPLO 7.1

Considere um monocristal de prata que está orientado de

tal modo que uma tensão de tração é aplicada ao longo de uma

direção [001]. Se ocorre escorregamento em um plano (111) e

em uma direção [-101], e o escorregamento é iniciado quando é

aplicada um tensão de tração de 1,1 MPa, calcule a tensão de

cisalhamento resolvida crítica.

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ENCRUAMENTO OU TRABALHO A FRIO

PROB. – EXEMPLO 7.2 CALLISTER

Calcule o limite de resistência à tração e à ductilidade (AL%) de

um bastão cilíndrico de cobre quando ele é trabalhado a frio de

tal modo que o seu diâmetro seja reduzido de 15,2 mm para 12,2

mm.