Discussão interativa de caso clínico
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Discussão interativa de caso clínico
Apresentador: Haroldo Heitor Ribeiro Filho
Debatedores: Januário de Pardo Mêo Neto,
Carlos Antonio Abunader Kalil,
Guilherme Fenelon,
Adalberto Menezes Lorga Filho
História Clínica
• DSPJ, masculino 42 anos, casado, procedente deCampinas – SP
• Paciente com antecedente de ventriculosseptoplastiapor CIV aos 3 anos, com crises de palpitações desde2014, sendo medicado com atenolol no período.Procurou hospital Santa Casa de Valinhos em30/03/2019, devido a crise mais persistente eintensa, sem maiores repercussões hemodinâmicas,sendo constatada a seguinte arritmia:
Pergunta 1
O diagnóstico mais provável é:
A) Taquicardia atrial
B) Flutter atrial típico
C) Taquicardia ventricular septal
D) Taquicardia supraventricular com aberrância
E) Taquicardia ventricular fascicular
Pergunta 2
Qual seria a melhor conduta em sala de emergência?
A) Massagem do seio carotídeo ou adenosina IV
B) Impregnação de amiodarona IV
C) Cardioversão elétrica sincronizada
D) Dose de betabloqueador IV
E) Dose de BCC IV
Pergunta 3
Qual seria a próxima conduta em sala de emergência?
A) Massagem do seio carotídeo
B) Impregnação de amiodarona IV
C) Cardioversão elétrica sincronizada
D) Dose de betabloqueador ou BCC IV
E) Repetição de dose de adenosina
Pergunta 4
O diagnóstico mais provável é:
A) Taquicardia atrial
B) Flutter atrial típico
C) Taquicardia ventricular septal
D) Taquicardia paroxística supraventricular
E) Taquicardia ventricular fascicular
Antecedentes
• Realização de ventriculosseptoplastia por comunicaçãointerventricular aos 3 anos;
• Implante de marcapasso ventricular epicárdico definitivo aos4 anos;
• Fratura de eletrodo ventricular com passagem de novoeletrodo endocárdico e mudança de sítio de marcapasso há30 anos;
• Trocas de gerador de marcapasso em 2001 e 2010;
• Nega alergias ou vícios;
• Em uso de atenolol 50 mg 12/12 hs
• Exame físico sem maiores particularidades
Avaliação eletrônica
• MP unicameral ventricular
• Bateria 2,75V -> 5-7 anos para ERI
• Modo VVIR 70 / 160
• EVD 2,5x0,4 / onda R 2,3-3,6 mV / imp 407 / limiar 1,00x0,4
• VP 57%
• Escape ventricular com ritmo regular e FC em torno de 50 bpm
Exame Resultado
Hb 16,1
Ht 47,6%
Leucograma 6500
Plaquetas 200000
INR 1,03
Ttpa (relação) 1,02
TSH 4,15
HbA1C 5,8%
Cr 1,13
Ur 36
TGO 30
TGP 38
Colesterol total 174
HDL 51
LDL 100
Triglicérides 126
Glicose 85
Exames complementares
• Ecocardiograma transtorácico: AE 41 (vol: 53,0mL) VE 52x37 SIV 9 PPVE 9 FEVE 55%. IMi eIAo leves. PSAP 30. Cabo de marcapasso emcâmaras direitas. POt de correção de CIV combom resultado
Pergunta 5
Qual seria a melhor conduta?
A) Associar amiodarona
B) Substituir beta-bloqueador
C) Acrescentar bloqueador de canal de cálcio
D) Indicar estudo eletrofisiológico
E) Aumentar dose de atenolol
Evolução
• Iniciado edoxaban 60 mg/dia e mantidoatenolol
• Encaminhado paciente para estudoeletrofisiológico e possível ablação porRF
Estudo Eletrofisiológico
• Ao término do procedimento:
- Duplo potencial no ICT de 174 ms;
- Intervalos eletrofisiológicos normais. Ponto de Wenckenbach nodal e tempos de recuperação de nó sinusal normais;
- Paciente mantido em ritmo sinusal
Pergunta 6
Como você reprogramaria o marcapasso?
A) Reduziria a frequência cardíaca mínima
B) Manteria a programação inicial
C) Desabilitaria o dispositivo
D) Desligaria o sensor de resposta de frequência cardíaca
E) Manteria dispositivo em modo assíncrono
Evolução pós-EEF
• Ajustado marcapasso para modo VVI 50. Mantido edoxaban por 01 mês e suspenso atenolol
• Paciente retorna em consulta referindo dispnéia aos esforços habituais
• Avaliado MP, sendo observada FC fixa em 50 bpm. Retornada programação para modo VVIR 70/160 com resolução dos sintomas