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As misturas de substâncias não nascem todas iguais. Por exemplo, quando dissolvemos açúcar no chá, o açúcar já não se separa espontaneamente do chá, nem mesmo usando

filtros extremamente finos ou centrifugadoras

extremamente potentes. As estas misturas chamamos

soluções.

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Por outro lado, o sumo de laranja recém

espremido é também uma mistura

aparentemente homogênea. Porém, se

esperarmos um pouco, a polpa da laranja

deposita-se no fundo do copo sob a ação da gravidade. A estas

misturas chamamos suspensões.

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Existe ainda um terceiro tipo de misturas, onde as substâncias não

se separam sob a ação da gravidade, mas onde é possível

separá-las usando filtros extremamente finos ou

centrifugadoras extremamente potentes.

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O leite é uma dessas misturas. A este tipo

de misturas chamamos colóides. A diferença está no

tamanho das partículas

suspensas. Esse tamanho das

partículas é usado como critério na

definição dos colóides.

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Nos colóides as partículas dispersas estão em movimento constante e errático devido às moléculas do fluido estarem

constantemente colidindo umas contra as outras.

É por esta razão que as partículas dispersas não se

depositam no fundo do recipiente sob a ação da gravidade.

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Os colóides dispersam fortemente a luz, pois as partículas dispersas têm tamanhos semelhantes ao comprimento de onda da

luz visível. Este fenômeno é chamado efeito de Tyndall e permite distinguir as soluções verdadeiras dos colóides, pois as soluções verdadeiras são transparentes, ou seja não

dispersam a luz.

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Coloides

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• Atômicos ( átomos estão dispersos)

• Moleculares(moléculas dispersas)

• Ionicos (Ions dispersos)

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Tipos de Coloides

• Aspecto de solução = Sol

• Aspecto gelatinoso = Gel

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Disperso Dispersante Nome Comun Exemplo

Sólido Sólido Sol Vidros e pedras preciosas, etc.

Liquido Sólido Gel Geleias, gelatinas e queijos, etc.

Gasoso Sólido Espuma Pedra polmes, carvão

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Disperso Dispersante Nome Comun Exemplo

Sólido Líquido Sol - Solido Proteinas, detergentes com água, etc.

Liquido Líquido Emulsão Maionese, manteiga, etc.

Gasoso Liquido Espuma liquida Espuma de barbear, clara em neve, etc

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Disperso Dispersante Nome Comum Exemplo

Sólido Gás Aerossol sólido Poeira, fumaça

Liquido Gás Aerossollíquido

Neblina.

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Aerossóis líquidos e sólidos Aerossóis líquidos e sólidos

Os aerossóis líquidos (exemplos: neblina,

nuvens e sprays) são bastante comuns,

assim como os aerossóis sólidos

(exemplos: poeira e fumaça) apesar de por vezes só nos apercebemos da

presença deles devido ao efeito de Tyndall.

Catedral de Saint Germain (Paris).

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Menos conhecidos, são os aerogéis, onde a fase sólida dispersa no ar é também contínua. Os aerogéis são literalmente feitos de quase nada!

Aerogel composto de 96% de ar e 4% de sílica

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Smog Fotoquímico

• Um dos grandes problemas que atingem as grandes cidades?

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O que o Smog Fotoquimico?

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As espumas líquidas (exemplos: chantilly, espuma da cerveja e espuma de barbear) e

espumas sólidas (exemplos: pipocas, farofas e espuma de poliuretano também conhecida por

esponja) são exemplos banais de colóides.

Chantilly e a sua estrutura microscópica

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Emulsões (líquidas) e emulsões sólidas O leite e a maionese (meio contínuo: água, fase dispersa: gordura) assim como a manteiga e a margarina (meio contínuo: óleo, fase dispersa:

água) são exemplos de emulsões (líquidas).

Estrutura microscópica do leite, onde são visíveis os glóbulos de gordura (cinzento) e micelas de caseína (preto), as quais são responsáveis pela estabilidade do leite

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O queijo (meio contínuo: proteínas, fase dispersa: gordura) assim como o gelado

(meio contínuo: água, fase dispersa: gordura) são exemplos de emulsões sólidas.

Fatias de queijo cheddar e na respectiva microfotografia da direita (escala: 1 µm) podemos ver os glóbulos de gordura (amarelo) num meio contínuo de proteínas (azul).

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A gelatina (meio contínuo: água, fase dispersa: proteínas) antes de arrefecer é um exemplo de um sol (líquido). Porém quando arrefece transforma-se num gel, onde a fase

dispersa passa também a ser contínua.

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No estado gel as proteínas da gelatina formam um agregado fractal auto-semelhante.

Na microfotografia da direita (escala: 1 µm) podemos ver um gel de lisozina (uma proteína)

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As pérolas (meio contínuo: proteínas, fase dispersa: placas de aragonite) assim como o aço ao carbono (meio contínuo: ferro, fase dispersa:

carbono) são exemplos de sóis sólidos.

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Estrutura de uma pérola, onde as placas de aragonite (mineral) têm cerca de 10 µm de diâmetro e 0.5 µm de espessura.

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Estabilidade dos Colóides

A estabilidade dos colóides depende em grande medida das propriedades da fase

dispersa, nomeadamente se esta é liofílica ou liofóbica.

O termo lio refere-se ao meio dispersante. Os termos mais familiares fóbico (do grego, "ter medo") e fílico (do grego, "gostar") servem para indicar se as partículas dispersas têm

uma afinidade fraca (liofóbica) ou forte (liofílica) com o meio dispersante.

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Um exemplo comum de sistema liofílico é o sabão disperso na

água. O óleo suspenso na água, pelo uso de uma técnica de

dispersão por ultra-sons, por exemplo, representa um colóide

liofóbico típico. A rigidez inerente dos colóides não fluidos, tais como

as espumas sólidas ou os sóis sólidos é, naturalmente, o fator principal que determina a sua

estabilidade.

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Exemplos comuns deste tipo de moléculas são o sabão e os

detergentes, os quais têm uma cabeça hidrofílica e uma cauda hidrofóbica. O

mecanismo da estabilização baseia-se na formação de micelas:

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Algumas aplicações tecnológicas