Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado •...

67
Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM INFUSÃO SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS Thaís Araújo Brito Galarraga

Transcript of Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado •...

Page 1: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

Dissertação

EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM

INFUSÃO SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO

SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS

RANDOMIZADOS

Thaís Araújo Brito Galarraga

Page 2: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL/

FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA

Programa de Pós-Graduação em Medicina:

Área de concentração: Cardiologia e

Ciências da Saúde

EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM IN FUSÃO

SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁ LISE DE

ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS

Autor: Thaís Araújo Brito Galarraga

Orientador: Profª. Drª. Lucia Campos Pellanda

Dissertação submetida como requisito para

obtenção de grau de Mestre ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde, área de

Concentração: Cardiologia, da Fundação

Universitária de Cardiologia / Instituto de

Cardiologia do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre

2011

Page 3: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

Bibliotecária Responsável: Marlene Tavares Sodré da Silva

CRB 10/1850

Page 4: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

Aos meus pais, Odisnei e Maria Beatriz, que

sempre foram meu porto seguro e nunca me

faltaram, e ao meu eterno amor, Alexandre,

que sempre me apoiou com estímulo e

compreensão para que eu trilhasse mais este

caminho.

Page 5: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Odisnei e Maria Beatriz, por me ensinarem o valor do estudo e

da perseverança, ao meu marido, Alexandre, pelo carinho, amizade e paciência e,

especialmente, a minha avó Alda por todo incentivo;

À Profa Dra Lucia Pellanda, orientadora desta dissertação, - exemplo de

profissional, professora e pesquisadora - pelos ensinamentos, confiança e incentivo na

realização deste trabalho;

À Profa. Dra. Vera Lucia Portal por sua ajuda, interesse e pela confiança em

mim depositada;

À Msc. Graciele Sbruzzi, por sua decisiva contribuição na realização desta

metanálise, determinante para o sucesso desta empreitada;

À bolsista Fernanda dos Reis por sua presteza, dedicação, competência e

auxílio na coleta de dados; tornando factível a realização deste trabalho;

Às minhas amigas e colegas, Ana Harb, Bruna Pontin e Denise Zaffari, que

estiveram presentes e foram fundamentais nesta trajetória, me aconselhando e

incentivando com carinho e dedicação;

Ao Msc. Rodrigo Antonini Ribeiro pela colaboração nas análises estatísticas;

Às bibliotecárias - Lílian Flores e Marlene Tavares - pelo apoio, atenção e

ajuda na busca e aquisição dos artigos;

A todos os funcionários da Secretaria Geral e Unidade de Pesquisa, pelas

informações prestadas;

Aos colegas e aos professores do curso por todo aprendizado;

A todos que participaram deste estudo, de forma direta ou indireta, meus

sinceros agradecimentos;

Muito Obrigada!

Page 6: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ....................................................................... I

BASE TEÓRICA ............................................................................................................ 1

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 2

2 OBESIDADE ........................................................................................................... 3

2.1 PREVALÊNCIA ................................................................................................ 3

2.2 CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO EM ADULTOS ......................................... 4

2.3 ETIOLOGIA ...................................................................................................... 6

2.4 ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E OBESIDADE ..... 11

3 CHÁ VERDE ......................................................................................................... 12

3.1 COMPOSIÇÃO E BIODISPONIBILIDADE ................................................. 12

3.2 POLIFENÓIS E REDUÇÃO DE PESO – PROVÁVEIS MECANISMOS .... 13

3.3 CHÁ VERDE E REDUÇÃO DE PESO: EVIDÊNCIAS ................................ 16

4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 21

4.1 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................... 21

5 HIPÓTESE ............................................................................................................ 22

6 OBJETIVOS .......................................................................................................... 23

6.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 23

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 23

7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 24

8 ARTIGO ................................................................................................................. 32

8.1 ABSTRACT ..................................................................................................... 34

8.2 INTRODUCTION ........................................................................................... 35

8.3 METHODS ...................................................................................................... 36

8.4 RESULTS ........................................................................................................ 39

8.5 DISCUSSION .................................................................................................. 42

8.6 REFERENCES ................................................................................................ 45

8.7 TABLES .......................................................................................................... 48

8.8 FIGURES ......................................................................................................... 51

8.9 APPENDICES ................................................................................................. 56

Page 7: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

I

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

• %BF - Percent of body fat

• µmol – Micromol

• acetil-CoA – Acetilcoenzima A

• AMPc - Adenosina monofosfato cíclico

• BMI – Body mass index

• CA – Circunferência abdominal

• CI – Confidence interval

• cm – Centímetros

• COMT - Catecol-o-metiltransferase

• EC – Epicatequina

• ECG – Epicatequina 3 galato

• EGC – Epigalocatequina

• EGCG – Epigalocatequina 3 galato

• g - Grama

• GT – Green tea

• GTC – Green tea catechins

• GTE – Green tea extract

• HDL-C - High density lipoprotein cholesterol

• IMC – Índice de massa corporal

• kg – Quilograma

• l – Litro

• LDL-C - Low density lipoprotein cholesterol

Page 8: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

II

• m2 – Metros ao quadrado

• mg – Miligrama

• ml – Mililitros

• NE – Norepinefrina

• OMS – Organização Mundial de Saúde

• RCQ – Relação cintura-quadril

• RCT – Randomized controlled trial

• RNAm - Ácido ribonucléico mensageiro

• SNS – Sistema nervoso simpático

• USA – United States of America

• VEGF – Fator de crescimento endotelial vascular

• WC – Waist circumference

• WHR - Waist-to-hip ratio

• wk – Week

• WL – Weight loss

• WMD - Weighted mean differences

• β – Beta

Page 9: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

BASE TEÓRICA

EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM INFUSÃO

SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE

ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS

Page 10: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

2

1 INTRODUÇÃO

A obesidade é uma doença crônica definida como um acúmulo excessivo de

tecido adiposo – ocasionando aumento de tamanho e/ou multiplicação das células

adiposas – num nível que compromete a saúde dos indivíduos1.

As consequências para a saúde associadas a este fator vão desde condições

debilitantes que afetam a qualidade de vida – como osteoartrite, dificuldades

respiratórias, problemas músculoesqueléticos, problemas dermatológicos e infertilidade

– até condições graves como doença coronariana, diabetes tipo 2 e certos tipos de

câncer2-3.

Estudos têm demonstrado que a ingestão de chá verde (bebida com alto teor de

polifenóis) está associada a uma diminuição do peso e da gordura corporal por aumentar

a termogênese4-8. No mesmo sentido, sua suplementação contendo alto teor destas

substâncias poderia ser uma alternativa para o tratamento não farmacológico do

sobrepeso e da obesidade.

Porém, até o presente momento, nenhuma revisão sistemática foi conduzida com

a finalidade de analisar qual das diferentes formas de consumo do chá verde é mais

efetiva na perda de peso corporal.

Com o intuito de preencher esta lacuna do conhecimento, o presente trabalho se

propõe a analisar, mediante uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos

randomizados, se o chá verde consumido em infusão diferencia-se daquele em cápsulas,

quando utilizados como forma terapêutica de emagrecimento, em indivíduos adultos

com excesso de peso.

Page 11: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

3

2 OBESIDADE

2.1 PREVALÊNCIA

A prevalência de sobrepeso e de obesidade vem aumentando rapidamente no

mundo, considerada um grave problema de saúde pública em países desenvolvidos

como nos em desenvolvimento9.

Este problema decorre da alteração dos padrões de vida (sedentarismo e

consumo alimentar inadequado), agravando outros fatores, tais como genéticos e

socioeconômicos.

No mundo, a prevalência de obesidade quase dobrou desde 1980, segundo

importante estudo que incluiu 9,1 milhões de participantes, em 199 países. Os autores

estimaram que, em 2008, aproximadamente 1,46 bilhão de adultos possuiriam índice de

massa corporal (IMC) maior ou igual a 25kg/m2 – deste total, os obesos representariam

205 milhões homens e 297 milhões de mulheres10.

No Brasil, as mudanças demográficas, socioeconômicas e epidemiológicas ao

longo do tempo propiciaram a ocorrência da denominada transição nos padrões

nutricionais, com a redução progressiva da desnutrição e o aumento da obesidade11.

Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008/2009 revelaram que, na

população adulta, o excesso de peso afeta 50,1% dos homens e 48% das mulheres,

sendo considerados obesos 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres. Pode-se, portanto,

considerar a obesidade como o fator de risco de comorbidades mais comumente

encontrado nos países industrializados e nos em desenvolvimento11.

Page 12: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

4

2.2 CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO EM ADULTOS

Dentre a diversidade de indicadores antropométricos para estimar a obesidade, a

escolha norteia-se em função dos seguintes critérios: população estudada, sexo, idade e,

principalmente, as evidências baseadas em pesquisas populacionais ou em intervenções

clínicas12.

O IMC é o indicador epidemiológico para o diagnóstico de sobrepeso e de

obesidade. A classificação adaptada pela Organização Mundial da Saúde (OMS),

apresentada na tabela 1, baseia-se em padrões internacionais desenvolvidos para

indivíduos adultos descendentes de europeus13.

Tabela 1 – Classificação de peso pelo IMC

Classificação IMC (kg/m2) Risco de comorbidade

Baixo peso <18,5 Baixo

Peso normal 18,5-24,9 Médio

Sobrepeso 25,0 a 29,9 Aumentado

Obesidade I 30,0 a 34,9 Moderado

Obesidade II 35,0 a 39,9 Grave

Obesidade III ≥40,0 Muito grave

Adaptado de Organização Mundial de Saúde, 2000.

Entretanto, a relação entre IMC e risco de morbidades pode ser afetada pela

distribuição da gordura corporal14. Note-se que as principais complicações da obesidade

estão associadas ao maior acúmulo de gordura abdominal, independentemente do peso

corporal15-18.

Page 13: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

5

Nesse sentido, a relação cintura-quadril (RCQ) poderia ser um bom preditor de

risco para a saúde, e uma RCQ elevada (> 1,0 em homens e > 0,85 em mulheres)

indicaria um acúmulo de gordura abdominal19-20. No entanto, o uso da RCQ tem sido

contestado por diversas razões, entre elas, o fato de a medida permanecer constante

quando o peso do indivíduo aumenta ou diminui21-22.

A aferição da circunferência abdominal (CA), de outro lado, feita no ponto

médio entre o rebordo costal inferior e a crista ilíaca, é o método antropométrico que

reflete de forma indireta o conteúdo de gordura visceral. Entretanto, os valores de

circunferência abdominal – que determinam o risco cardiometabólico – variam,

dependendo da população estudada23.

As primeiras recomendações norte-americanas estabeleceram os valores de 102

cm para homens e de 88 cm para mulheres como pontos de corte24. Em outras

populações, níveis menores – 94 cm para homens e 80 cm para mulheres – têm sido

considerados mais apropriados25. Na população brasileira, alguns estudos indicam que

estes níveis são bons preditores de risco para doenças metabólicas, principalmente

hipertensão arterial26.

Portanto, a combinação da medida da CA com o IMC oferece uma boa

alternativa para a determinação de riscos e ajuda a diminuir as limitações de cada uma

das avaliações isoladas17, 25-27.

A tabela 2, proposta pela OMS13, resume a avaliação de risco efetuada com a

combinação dessas medidas.

Page 14: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

6

Tabela 2 – Combinação das medidas da circunferência abdominal e do IMC para avaliar obesidade e risco para diabetes 2 e doença cardiovascular

Circunferência abdominal

Risco de

complicações

metabólicas

IMC (kg/m2)

Homem: 94-102 >102

Mulher: 80-88 >88

Baixo peso <18,5 - -

Peso saudável 18,5-24,9 - Aumentado

Sobrepeso 25-29,9 Aumentado Alto

Obesidade ≥30 Alto Muito Alto

Fonte: Organização Mundial de Saúde, 2000.

No entanto, vale ressaltar que não existe consenso sobre qual índice deve ser

aplicado universalmente para definir obesidade28.

2.3 ETIOLOGIA

A etiologia da obesidade é multifatorial, envolvendo interações complexas entre

herança genética, hormônios e diversos fatores sociais e ambientais, tais como

sedentarismo e hábitos alimentares pouco saudáveis13. A tabela 3 relaciona os principais

fatores que podem evitar o ganho de peso e a obesidade, conforme sugerido pela

OMS29.

Page 15: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

7

Tabela 3 – Resumo da força da evidência nos fatores que podem prevenir ou evitar ganho de peso e obesidade

Força da

evidência Risco diminuído Risco aumentado

Convincente Atividade física regular

Alta ingestão de fibras

Vida sedentária

Grande ingestão de alimentos de

alta densidade energética

Provável

Ambiente escolar e doméstico

que suportem escolhas de

alimentos saudáveis para crianças

Aleitamento materno

Condições socioeconômicas

adversas nos países em

desenvolvimento

Possível Alimentos de baixo índice

glicêmico

Aumento no tamanho das porções

Alta proporção de comida

preparada fora de casa (países em

desenvolvimento)

Alternância de padrões

alimentares (rígidas

restrições/desinibições

periódicas)

Insuficiente Aumento da frequência das

refeições Consumo de álcool

Adaptado de Organização Mundial de Saúde, 2003.

Page 16: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

8

A transição nutricional, como resultado da urbanização e da abundância de

recursos, tem sido considerada a principal causa da epidemia de obesidade29. Estudos

têm demonstrado uma mudança radical no padrão alimentar mundial29-30. As alterações

dietéticas incluem uma dieta de alta densidade energética, rica em gorduras

(principalmente a saturada, de origem animal) e açúcares adicionados aos alimentos e

pobre em carboidratos complexos, fibras, frutas e vegetais29-32.

Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que, nos últimos 100 anos, o

consumo de gorduras tenha aumentado em 67% e o de açúcar, em 64%. Já o consumo

de verduras e legumes diminuiu em 26% e o de fibras, em 18%. Em grande parte este

aumento do consumo calórico parece dever-se ao crescimento progressivo das porções

de alimentos ao longo das últimas décadas33.

Também nos países em desenvolvimento observa-se uma tendência à

deterioração dos hábitos alimentares. Estudando padrões de consumo da população

brasileira, Sichieri e colaboradores34 relataram uma redução do consumo de arroz com

feijão de 30%, enquanto o consumo de refrigerantes aumentou em 268%, no Rio de

Janeiro34.

Esta transição dietética faz parte de uma modificação do estilo de vida que

reflete uma redução da atividade física no trabalho, enquanto os momentos de lazer

estão dominados pela televisão e outros passatempos inativos30, 35. A esse respeito, há

trabalhos que demonstram que a atividade física insuficiente é um dos importantes

fatores de risco para a obesidade36-38.

A desigualdade social, resultado do atual panorama econômico, é também

considerada uma das prováveis causas do excesso de peso.

Uma revisão publicada em 200939 indica que o acesso desigual aos alimentos

saudáveis, determinado por fatores socioeconômicos, pode influenciar a dieta e a saúde

Page 17: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

9

de uma população. Nesse sentido, alimentos altamente energéticos e pobres em

nutrientes se tornam a melhor opção de grupos de baixo poder aquisitivo para obter

calorias diárias a um custo acessível. Por outro lado, alimentos nutritivos e de qualidade

não apenas custam mais como também são consumidos por indivíduos de classes

econômicas mais elevadas39.

A falta de acessibilidade às escolhas saudáveis e a propaganda que direciona o

consumo de alimentos altamente energéticos catalisam esse problema de saúde

pública40-41.

Observa-se, nas últimas décadas, um aumento no número de pesquisas a respeito

dos efeitos sobre o ganho de peso resultantes da interação entre fatores ambientais,

predisposição genética e comportamento individual28.

A esse respeito, a denominada “interação gene-ambiente” refere-se a uma

situação em que a resposta ou a adaptação a um agente ambiental, a um comportamento,

ou a uma mudança de comportamento é dependente do genótipo do indivíduo42. Por

outro lado, evidências observacionais têm demonstrado que a suscetibilidade à

obesidade é determinada, em grande parte, por fatores genéticos, mas o ambiente pode

conduzir à expressão fenotípica28.

Um ambiente adverso durante o período intrauterino ou pós-natal também tem

sido sugerido como uma possível causa para o desenvolvimento da obesidade,

indicando que a nutrição da mãe ou o estilo de vida perinatal podem afetar a

programação do desenvolvimento do feto28.

O conceito de programação na vida fetal ou pós-natal é, em primeiro lugar,

estabelecido a partir de estudos experimentais em animais. Evidências em estudo com

animais demonstraram que o excesso alimentar materno, durante a gestação, está

Page 18: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

10

associado com risco aumentado de obesidade e de desordens metabólicas na vida

adulta43.

Resultados de estudos epidemiológicos e de pesquisas experimentais em

humanos também apoiaram a hipótese de que a nutrição intrauterina ou pós-natal pode

predispor à obesidade na vida adulta43-44. Em uma revisão, Martorell e colaboradores44

mostraram que o excesso de alimentação intrauterina – intimamente ligado ao peso de

nascimento elevado e/ou ao diabetes gestacional – está associado à subsequente

adiposidade, enquanto o aleitamento materno tem um efeito protetor sobre o

desenvolvimento da obesidade44.

Em contraste, a evidência de que a má nutrição na infância é um fator de risco

para o aumento da adiposidade na vida adulta ainda é inconclusiva28.

Desta forma, o combate a essa epidemia deve ser realizado através de trabalho

multidisciplinar, desde a gestação até a terceira idade, com reeducação e mudança de

hábitos, especialmente na alimentação e na adoção de atividades físicas regulares.

Page 19: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

11

2.4 ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E OBESIDADE

O sistema nervoso simpático (SNS) tem sido considerado um componente

essencial do sistema nervoso autônomo e desempenha um papel importante na

manutenção e na homeostase de energia, por controle hormonal e neural45. Além disso,

o SNS tem sido descrito como um sistema complexo de regulação, envolvendo efeitos

diretos dos nervos simpáticos - que fornecem a maioria dos tecidos do corpo - e efeitos

indiretos das catecolaminas: epinefrina e norepinefrina (NE)45.

A atividade simpática de órgãos efetores do metabolismo, como músculos e

glândulas, é considerada um fator chave para a manutenção do peso corporal. Os efeitos

neurais implicam efeitos termogênicos devido ao aumento da atividade simpática, bem

como a regulação do metabolismo de gordura45.

Na obesidade, o equilíbrio do balanço energético do SNS parece ser afetado

negativamente. Em indivíduos propensos à obesidade, a baixa atividade nervosa

simpática muscular de repouso (um indicador de atividade reduzida do SNS) pode estar

relacionada com um gasto energético reduzido, responsável pelo ganho de peso. Além

disso, um balanço energético negativo pode ser associado a uma redução da atividade

simpática muscular, que diminui o gasto energético de repouso45-46.

Portanto, um fator – tal como o chá verde – que estimule a atividade do SNS,

incrementando a termogênese, poderia aumentar o gasto energético em repouso de

indivíduos com excesso de peso, auxiliando no combate à obesidade.

Page 20: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

12

3 CHÁ VERDE

3.1 COMPOSIÇÃO E BIODISPONIBILIDADE

O chá verde, extraído das folhas recém-coletadas e imediatamente estabilizadas

da planta Camellia sinensis, apresenta-se como a segunda bebida mais consumida no

mundo (120ml/dia, per capta), à frente do café, da cerveja, do vinho e das bebidas

carbonatadas47.

A composição das folhas do chá depende de uma variedade de fatores, incluindo

clima, sazão, processo utilizado na horticultura, além do tipo e da idade da planta.

Os polifenóis constituem os mais importantes componentes das folhas, cerca de

30%, particularmente os flavonoides48.

Nesse sentido, os flavonoides mais importantes pertencem à classe das

catequinas e incluem a epigalocatequina 3 galato (EGCG, que representa 59% do total

de catequinas), a epigalocatequina (EGC, que representa 19% do total de catequinas), a

epicatequina 3 galato (ECG, que representa 13,6% do total de catequinas) e a

epicatequina (EC, que representa 6,4% do total de catequinas)48-49.

Outros compostos encontrados na Camellia Sinensis são: vitamina C, vitamina

K, vitamina B (B1 e B2), minerais e bases púricas – cafeína e carotenoides –, entre

outros48-49.

Note-se que os polifenóis estão presentes em produtos de origem vegetal, tais

como frutas, verduras, grãos, sementes, castanhas, condimentos, ervas, vinhos, sucos de

uva, chás. Dentre os diversos tipos de chás, o chá verde é amplamente reconhecido

como importante fonte destes compostos fenolicos50-51 e por ser um produto não

oxidado e não fermentado45.

Page 21: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

13

A concentração de catequinas na bebida varia de acordo com a preparação do

chá, mas de forma geral o chá verde preparado em uma proporção de 1 grama de folhas

para 100 ml de água, por 3 minutos de fervura, contém cerca de 35-45 mg/100ml de

catequinas e 6 mg/100ml de cafeína, dentre outros constituintes52.

Segundo Hasler53, uma xícara de 240 ml de chá verde pode conter,

aproximadamente, 200mg de EGCG53.

3.2 POLIFENÓIS E REDUÇÃO DE PESO – PROVÁVEIS MECANISMOS

A EGCG, catequina mais abundante no chá verde, tem merecido especial

atenção por ser um potencial agente antiobesogênico. Além disso, algumas evidências

sugerem que os extratos de chá verde podem afetar favoravelmente o peso e a gordura

corporal54-55.

As catequinas do chá verde inibem a enzima catecol-o-metiltransferase

(COMT), que está presente em quase todos os tecidos e degrada os compostos

catecólicos, como a NE56-58.

Uma vez que a NE não pode ser degradada completamente na fenda sináptica,

permanece circulante por mais tempo. O SNS, por sua vez, passa a ser estimulado de

forma contínua, devido à presença desta catecolamina, que se une aos β-

adrenorreceptores, provocando aumento no gasto energético e lipólise no tecido adiposo

46, 59.

Ainda, estudos in vitro utilizando o extrato de chá verde contendo 25% de

catequinas têm mostrado, de forma significativa, a sua capacidade – em condições

semelhantes às fisiológicas – de inibir as lipases gástrica e pancreática. Além disso, os

trabalhos mostraram também que o extrato de chá verde interfere no processo de

Page 22: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

14

emulsificação da gordura, que ocorre antes da ação enzimática, reduzindo a absorção

intestinal de lipídios60.

A EGCG parece exercer, ainda, mecanismos diferentes na prevenção do

sobrepeso e da obesidade, pois atua na modulação de fatores angiogênicos durante o

desenvolvimento do tecido adiposo. Sabe-se que os fatores angiogênicos são elevados

em indivíduos com excesso de peso, pois o crescimento do tecido adiposo é dependente

de novas vascularizações, à semelhança do crescimento e da organogênese de outros

tecidos20.

Sob essa ótica, a inibição da angiogênese pode ser mais um caminho na

prevenção do desenvolvimento da obesidade. Mecanismos com efeitos antiangiogênicos

podem envolver a inibição da proliferação de células endoteliais em resposta à

estimulação de fatores de crescimento angiogênicos. Isso pode ser obtido através da

inibição de receptores do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e da

supressão da caderina endotelial vascular, além da fosforilação da proteína quinase B20.

Além disso, a EGCG também pode inibir a produção do VEGF, do fator de

crescimento de fibroblasto básico e da interleucina-820.

A partir do estudo de Lin et al.61, verificou-se que a EGCG inibe a adipogênese

e causa apoptose em células adiposas maduras. Em adição, esta catequina suprime de

maneira dosedependente o acúmulo de lipídios nos pré-adipócitos. Esses resultados

mostram que a EGCG pode atuar diretamente inibindo a diferenciação de pré-adipócitos

e induzindo a apoptose em adipócitos maduros, podendo constituir importante adjuvante

no tratamento da obesidade61.

Por outro lado, a cafeína é uma metilxantina presente no chá verde que afeta a

regulação da temperatura corporal (termogênese) por inibir o complexo enzimático

fosfodiesterase. Esta enzima degrada a adenosina monofosfato cíclico (AMPc),

Page 23: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

15

promovendo um prolongamento do seu efeito na célula52. O AMPc é o segundo

mensageiro intracelular para a termogênese, mediado pela noradrenalina62.

Nesse sentido, a fosfodiesterase inativada aumentará a atividade do SNS e

ativará a lipase hormônio sensível inativa, promovendo a lipólise63.

Além da inibição da fosfodiesterase, a cafeína também afeta a termogênese

através da estimulação de ciclos de substrato, como o ciclo de Cori – que converte a

glicose em lactato – e o ciclo dos ácidos graxos livres46, 59.

Portanto, processos termogênicos hepáticos, desencadeados pela formação de

lactato e pela reesterificação de triglicerídios, podem explicar a contribuição da cafeína

para o efeito termogênico.

Porém o fato de o chá verde estimular a termogênese não pode ser

completamente atribuído ao seu conteúdo de cafeína. O tratamento com cafeína em

quantidades equivalentes às encontradas no extrato de chá verde não teve efeito sobre o

gasto energético, segundo Dulloo et al.56. Os autores afirmam que o chá verde promove

a termogênese e a oxidação de gordura independentemente do seu teor de cafeína56.

Logo, o chá verde pode atuar em diferentes passos do percurso modulatório da

NE e, deste modo, exercer um efeito termogênico e, consequentemente, antiobesidade.

Page 24: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

16

3.3 CHÁ VERDE E REDUÇÃO DE PESO: EVIDÊNCIAS

O estudo de Ito et al.64 publicado em 2008 avaliou, durante três semanas, o

efeito das catequinas do chá (1 e 5g/l em líquido potável) em ratos Wistar alimentados

com uma dieta normal em gordura (10%). O grupo tratado com uma solução contendo

0,5% de catequinas mostrou redução significativa do peso corporal em comparação com

o grupo controle, que recebeu somente água. Ambos os grupos que receberam

catequinas apresentaram menores níveis séricos (dosedependentes) de colesterol, de

trigliceridios e de ácidos biliares comparados com o grupo controle. Lipídios hepáticos

e mesentéricos também foram reduzidos de forma dosedependente em comparação com

os observados nos controles. Assim, o estudo sugere que as catequinas podem modular

o metabolismo lipídico em indivíduos não obesos64.

Kajimoto et al.65 avaliaram a redução da gordura corporal em indivíduos

eutróficos e com sobrepeso quando consumiram líquidos contendo catequinas. Para

tanto, durante 12 semanas, observaram três grupos que receberam bebidas com

diferentes concentrações de catequinas: a) grupo controle (41,1mg/dia); b) grupo com

baixa dose de ingestão (444,3mg/dia); c) grupo com alta dose de ingestão

(665,9mg/dia). Os resultados do estudo revelaram significativo decréscimo no peso

corporal, no IMC, na circunferência da cintura e na relação cintura-quadril em ambos os

grupos que ingeriram baixas e altas doses de catequinas. A medida da cintura indicou

significativa redução na área total de gordura, bem como na área de gordura visceral,

em ambos os grupos65.

No estudo conduzido por Nagao et al.7., 240 japoneses obesos foram tratados

com uma bebida de chá verde enriquecida com catequinas (583 mg catequinas/340ml

dia) ou com uma bebida controle de chá verde (96 mg catequinas/340ml dia), durante

12 semanas. Os participantes do grupo intervenção tiveram significativa diminuição no

Page 25: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

17

peso corporal (2,3%), na área total de gordura (4,9%), na gordura visceral (9,4%), no

percentual de gordura corporal, nas circunferências da cintura e do quadril e no LDL-C

(low density lipoprotein cholesterol), em comparação aos valores basais. Todas essas

diferenças foram maiores no grupo que recebeu alta concentração de catequinas, em

relação ao grupo controle7.

Resultados semelhantes também foram relatados em uma pesquisa realizada com

japoneses portadores de diabetes tipo 2, que receberam bebidas com diferentes

concentrações de catequinas (96 mg catequinas/340 ml dia – grupo controle; ou 583 mg

catequinas/340 ml dia – grupo intervenção)66. Após um período de 12 semanas, os

participantes do grupo intervenção exibiram significativa diminuição da circunferência

da cintura (3,67%) e da pressão arterial sistólica (4,34%), em relação aos valores basais.

Além disso, houve significativa redução nos níveis séricos de triglicerídios (19,1%) e de

colesterol total (2,4%), além de aumento na insulina (37,0%), em comparação com o

observado no grupo controle66.

Nos dois estudos de Nagao et al.7, 66, a quantidade de cafeína nas bebidas foi

mantida constante (72,3 a 75 mg/340 ml dia) nos grupos de comparação, enquanto que a

concentração de catequinas foi variada (96 mg e 583 mg/340 ml dia)7, 66. Isto apoia

fortemente a hipótese de que as catequinas afetam os marcadores de obesidade.

Bose et al.67 relataram que o tratamento com 7,0 µmol/g de EGCG por 15

semanas reduziu o ganho de peso corporal (33-41%) de camundongos alimentados com

uma dieta rica em gordura, quando comparados com o grupo controle de mesmo padrão

alimentar. Além disso, os ratos tratados com EGCG tiveram significativa diminuição do

peso do tecido adiposo, dos níveis plasmáticos de jejum de glicose, de colesterol e de

alanina aminotransferase. No mesmo sentido, maiores concentrações de lipídios fecais

foram verificadas quando comparadas às dos ratos do grupo controle. Note-se que

Page 26: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

18

houve forte correlação inversa entre o teor de lipídios nas fezes e o ganho de peso

corporal, o que sugere que a modulação da gordura da dieta mediada pela EGCG

poderia explicar a redução do peso corporal observada no grupo intervenção67.

Segundo os mesmos pesquisadores, em curto prazo (4 semanas), o tratamento de

camundongos obesos com EGCG (7,0 µmol/g) tende a reduzir o ganho de peso corporal

em comparação com o verificado nos controles. Embora a diminuição no ganho de peso

corporal não tenha sido significativa, houve redução significativa no peso do tecido

adiposo mesentérico (36%) e na glicemia de jejum (22%) dos ratos tratados com

EGCG, em comparação com os controles67.

Por outro lado, Dulloo et al.56 investigaram se o extrato do chá verde, em razão

do alto conteúdo de cafeína e catequina, poderia aumentar a energia despendida durante

24 horas e a oxidação de gorduras de homens jovens eutróficos. Assim, cada

participante deveria passar 24 horas em uma câmara respiratória, em três momentos

diferentes, tendo recebido, aleatoriamente, cápsulas contendo: a) 50 mg de cafeína e 90

mg de EGCG, b) 50 mg de cafeína, ou c) placebo constituído de celulose. A pesquisa

demonstrou aumento de 4% na energia despendida e um decréscimo no quociente

respiratório de 0,88 para 0,85, durante as 24 horas. Portanto, o extrato de chá verde pode

exercer controle na composição corporal, via ativação simpática da termogênese e

oxidação de gordura, ou por ambas56.

Wolfram et al.55 demonstraram o efeito da Teavigo® (extrato de chá verde que

contém 90% de EGCG) sobre a obesidade. O tratamento de camundongos de padrão

alimentar rico em gorduras e em açúcares com 10 mg/g de Teavigo® resultou

emdiminuição do ganho de peso, da glicemia pós-prandial, dos triglicerídios e da

leptina plasmática quando comparados com os dos controles. No mesmo trabalho, os

Page 27: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

19

autores relataram que a suplementação de Teavigo® por quatro semanas pode reduzir o

ganho de peso e o peso da gordura corporal em ratos obesos55.

Ainda, estudos de expressão gênica revelaram que o tratamento com Teavigo®

diminuiu os níveis de RNAm adiposo, de ácido graxo sintase e de acetil-CoA

carboxilase-1, ambas enzimas-chave na síntese de novo dos ácidos graxos. Estas

observações sugerem que os polifenóis do chá podem modular a obesidade, inibindo a

lipogênese de novo55.

Contudo, os resultados dos estudos sobre chá verde e redução de peso e de

gordura corporal nem sempre são universalmente positivos.

Por exemplo, a eficácia do extrato de chá verde (GTE) foi analisada em

camundongos obesos com deficiência de leptina68. Os animais foram alimentados com

uma dieta rica em gordura e suplementada com 0,5 mg/g de GTE (55% de EGCG, 15%

de EGC, 21% de ECG e 8% de EC), durante 12 semanas. O tratamento com GTE

resultou em significativa redução no peso dos tecidos adiposo perirrenal e branco; em

comparação com os dos ratos do grupo controle, somente alimentados com alto teor de

gordura. Além disso, os ratos do grupo GTE tiveram incremento do colesterol HDL

plasmático e redução dos triglicerídios hepáticos. Estes efeitos na homeostase lipídica

foram correlacionados com a diminuição da expressão adiposa e hepática da glicose-6-

fosfato desidrogenase e da enzima málica, duas enzimas envolvidas na síntese de ácidos

graxos. Curiosamente, não houve nenhum efeito significativo do GTE sobre o peso

corporal68.

Da mesma forma, em um estudo integrado por 60 indivíduos tailandeses com

sobrepeso ou obesidade, a ingestão de cápsulas contendo 250 mg de GTE (33,6 mg

EGCG), 3 vezes ao dia por 12 semanas, resultou em significativa diminuição no peso

corporal (3,9%) em comparação com os valores basais e com os do grupo controle

Page 28: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

20

(placebo), mas não houve efeito significativo no IMC, na relação cintura-quadril, ou no

percentual de gordura corporal69.

Resultado similar foi observado em uma pesquisa da qual participaram 46

mulheres holandesas, com sobrepeso70. O tratamento por 87 dias com GTE (1206 mg

catequinas/dia), em combinação com uma redução nas calorias da dieta não resultou em

efeito significativo no IMC, na relação cintura-quadril, ou no percentual de gordura

corporal70.

As doses das catequinas do chá utilizadas nestes estudos foram ligeiramente

inferiores às empregadas nos trabalhos que relataram efeitos positivos.

Logo, apesar de existir um melhor controle sobre a quantidade de catequinas

ingeridas, nem sempre a suplementação traz resultados favoráveis na redução do IMC,

do percentual de gordura e de outras medidas antropométricas. Portanto, pode-se inferir

que a dosagem não seja o único elemento a ser considerado na administração do chá

verde.

Por conseguinte, surge a questão sobre qual a melhor forma de ministrar o chá

verde (em infusão ou em cápsulas) para se obterem melhores resultados na perda de

peso e na diminuição do percentual de gordura.

Page 29: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

21

4 JUSTIFICATIVA

Existem diversas pesquisas que mostram os benefícios do chá verde no peso

corporal e nas medidas antropométricas, contudo as avaliações não levam em conta se a

forma de consumo/preparo se reflete nos resultados obtidos.

A melhor maneira de sintetizar os resultados disponíveis é mediante revisão

sistemática (selecionando os artigos pertinentes) e metanálise (conjugando os resultados

estatisticamente), permitindo – assim – uma visão global e comparativa dos achados.

Portanto, considerando a grande quantidade de trabalhos sobre os efeitos do chá

verde, há necessidade de condensar, numa análise estatística, os seus resultados,

justificando o presente trabalho na busca da resposta ao problema formulado.

4.1 PROBLEMA DE PESQUISA

A forma de consumo do chá verde (cápsulas ou infusão) pode ter reflexos sobre

as medidas antropométricas (peso, circunferência da cintura, relação cintura-quadril,

percentual de gordura e índice de massa corporal)?

Page 30: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

22

5 HIPÓTESE

A forma de administração do chá verde (cápsulas ou infusão) influencia

diretamente os resultados positivos já observados no peso e na composição corporal de

indivíduos adultos com excesso de peso.

Page 31: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

23

6 OBJETIVOS

6.1 OBJETIVO GERAL

Comparar, através de uma revisão sistemática com metanálise, os efeitos das

diferentes formas de consumo de chá verde (infusão e cápsulas) sobre o peso corporal

de indivíduos adultos com excesso de peso, dislipidêmicos ou não, quando comparado

com o peso dos controles - em ensaios clínicos randomizados.

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar os efeitos das diferentes formas de consumo de chá verde (infusão e

cápsula) nas seguintes medidas corporais: circunferência da cintura, relação cintura-

quadril, percentual de gordura e índice de massa corporal.

Page 32: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

24

7 REFERÊNCIAS

1. World Health Organization. Obesity. 2011 [cited 2011 February, 7th]; Available

from: http://www.who.int/topics/obesity/en/

2. Haslam DW, James WP. Obesity. Lancet 2005; 366(9492):1197-209.

3. Pi-Sunyer FX. Health implications of obesity. Am J Clin Nutr 1991; 53(6

Suppl):1595S-603S.

4. Dulloo AG, Seydoux J, Girardier L, Chantre P, Vandermander J. Green tea and

thermogenesis: interactions between catechin-polyphenols, caffeine and

sympathetic activity. Int J Obes Relat Metab Disord 2000; 24(2):252-8.

5. Hase T, Komine Y, Meguro S, et al. Anti-obesity Effects of Tea Catechins in

Humans. J Oleo Sci 2001; 50:599-605.

6. Nagao T, Komine Y, Soga S, et al. Ingestion of a tea rich in catechins leads to a

reduction in body fat and malondialdehyde-modified LDL in men. Am J Clin Nutr

2005; 81(1):122-9.

7. Nagao T, Hase T, Tokimitsu I. A green tea extract high in catechins reduces body

fat and cardiovascular risks in humans. Obesity (Silver Spring) 2007; 15(6):1473-

83.

8. Wolfram S, Wang Y, Thielecke F. Anti-obesity effects of green tea: From bedside

to bench. Mol Nutr Food Res 2006; 50(2):176-87.

9. International Association For The Study Of Obesity. About obesity. 2009 [cited

2009 July, 3th]; Available from: http://www.ioft.org

10. Finucane MM, Stevens GA, Cowan MJ, et al. National, regional, and global trends

in body-mass index since 1980: systematic analysis of health examination surveys

and epidemiological studies with 960 country-years and 9.1 million participants.

Lancet 2011; 377(9765):557-67.

Page 33: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

25

11. IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índice de Preços, Pesquisa de

Orçamentos Familiares. 2008-2009.

12. Almeida RT, Almeida MM, Araujo TM. Abdominal obesity and cardiovascular

risk: performance of anthropometric indexes in women. Arq Bras Cardiol 2009;

92(5):345-50.

13. World Health Organization. Obesity : preventing and managing the global epidemic

: report of a WHO consultation. Geneva, Switzerland: WHO technical report series

- 894 2000.

14. Glaner MF. Índice de massa corporal como indicativo da gordura corporal

comparado às dobras cutâneas. Rev Bras Med Esporte 2005; 11:243-6.

15. Despres JP, Allard C, Tremblay A, Talbot J, Bouchard C. Evidence for a regional

component of body fatness in the association with serum lipids in men and women.

Metabolism 1985; 34(10):967-73.

16. Deurenberg P, Deurenberg Yap M, Wang J, Lin FP, Schmidt G. The impact of

body build on the relationship between body mass index and percent body fat. Int J

Obes Relat Metab Disord 1999; 23(5):537-42.

17. Rexrode KM, Carey VJ, Hennekens CH, et al. Abdominal adiposity and coronary

heart disease in women. JAMA 1998; 280(21):1843-8.

18. Taylor RW, Keil D, Gold EJ, Williams SM, A. G. Bodymass index, waist girth, and

waist-to-hip ratio as indexes pf total and regional adiposity in women: evaluation

using receiveroperating characteristic curves. Am J Clin Nutr 1998; 67:44-9.

19. Bjorntorp P. The associations between obesity, adipose tissue distribution and

disease. Acta Med Scand Suppl 1988; 723:121-34.

Page 34: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

26

20. Han TS, Seidell JC, Currall JE, Morrison CE, Deurenberg P, Lean ME. The

influences of height and age on waist circumference as an index of adiposity in

adults. Int J Obes Relat Metab Disord 1997; 21(1):83-9.

21. Ashwell M. Obesity risk: importance of the waist-to-height ratio. Nurs Stand 2009;

23(41):49-54; quiz 5.

22. Wang JW, Hu DY, Sun YH, et al. Obesity criteria for identifying metabolic risks.

Asia Pac J Clin Nutr 2009; 18(1):105-13.

23. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Diretrizes brasileiras de obesidade 2009/2010 / ABESO - Associação Brasileira

para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 3 ed. Itapevi, SP: AC

Farmacêutica 2009.

24. Pischon T, Boeing H, Hoffmann K, et al. General and abdominal adiposity and risk

of death in Europe. N Engl J Med 2008; 359(20):2105-20.

25. Alberti KG, Zimmet P, Shaw J. Metabolic syndrome--a new world-wide definition.

A Consensus Statement from the International Diabetes Federation. Diabet Med

2006; 23(5):469-80.

26. Carneiro G, Faria AN, Ribeiro Filho FF, et al. [Influence of body fat distribution on

the prevalence of arterial hypertension and other cardiovascular risk factors in

obese patients]. Rev Assoc Med Bras 2003; 49(3):306-11.

27. Molarius A, Seidell JC, Sans S, Tuomilehto J, Kuulasmaa K. Varying sensitivity of

waist action levels to identify subjects with overweight or obesity in 19 populations

of the WHO MONICA Project. J Clin Epidemiol 1999; 52(12):1213-24.

28. Chan RS, Woo J. Prevention of overweight and obesity: how effective is the current

public health approach. Int J Environ Res Public Health 2010; 7(3):765-83.

Page 35: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

27

29. Joint WHO/FAO Expert Consultation on Diet Nutrition and the Prevention of

Chronic Diseases. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases: report of a

joint WHO/FAO expert consultation. Geneva, Switzerland: WHO technical report

series - 916 2002.

30. Popkin BM. The nutrition transition and obesity in the developing world. J Nutr

2001; 131(3):871S-3S.

31. Madanat HN, Troutman KP, Al-Madi B. The nutrition transition in Jordan: the

political, economic and food consumption contexts. Promot Educ 2008; 15(1):6-10.

32. Zhai F, Wang H, Du S, et al. Prospective study on nutrition transition in China.

Nutr Rev 2009; 67 Suppl 1:S56-61.

33. Young LR, Nestle M. The contribution of expanding portion sizes to the US obesity

epidemic. Am J Public Health 2002; 92(2):246-9.

34. Sichieri R, Castro JF, Moura AS. [Factors associated with dietary patterns in the

urban Brazilian population]. Cad Saude Publica 2003; 19 Suppl 1:S47-53.

35. Poskitt EM. Countries in transition: underweight to obesity non-stop? Ann Trop

Paediatr 2009; 29(1):1-11.

36. Baba R, Iwao N, Koketsu M, Nagashima M, Inasaka H. Risk of obesity enhanced

by poor physical activity in high school students. Pediatr Int 2006; 48(3):268-73.

37. Brock DW, Thomas O, Cowan CD, Allison DB, Gaesser GA, Hunter GR.

Association between insufficiently physically active and the prevalence of obesity

in the United States. J Phys Act Health 2009; 6(1):1-5.

38. Yang X, Telama R, Leskinen E, Mansikkaniemi K, Viikari J, Raitakari OT. Testing

a model of physical activity and obesity tracking from youth to adulthood: the

cardiovascular risk in young Finns study. Int J Obes (Lond) 2007; 31(3):521-7.

Page 36: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

28

39. Drewnowski A. Obesity, diets, and social inequalities. Nutr Rev 2009; 67 Suppl

1:S36-9.

40. James WP. The fundamental drivers of the obesity epidemic. Obes Rev 2008; 9

Suppl 1:6-13.

41. Jones N, Furlanetto DL, Jackson JA, Kinn S. An investigation of obese adults'

views of the outcomes of dietary treatment. J Hum Nutr Diet 2007; 20(5):486-94.

42. Bouchard C. Childhood obesity: are genetic differences involved? Am J Clin Nutr

2009; 89(5):1494S-501S.

43. McMillen IC, Rattanatray L, Duffield JA, et al. The early origins of later obesity:

pathways and mechanisms. Adv Exp Med Biol 2009; 646:71-81.

44. Martorell R, Stein AD, Schroeder DG. Early nutrition and later adiposity. J Nutr

2001; 131(3):874S-80S.

45. Westerterp-Plantenga MS. Green tea catechins, caffeine and body-weight

regulation. Physiol Behav 2010; 100(1):42-6.

46. Diepvens K, Westerterp KR, Westerterp-Plantenga MS. Obesity and thermogenesis

related to the consumption of caffeine, ephedrine, capsaicin, and green tea. Am J

Physiol Regul Integr Comp Physiol 2007; 292(1):R77-85.

47. Mukhtar H, Ahmad N. Tea polyphenols: prevention of cancer and optimizing

health. Am J Clin Nutr 2000; 71(6 Suppl):1698S-702S; discussion 703S-4S.

48. U.S. Department of Agriculture. USDA Database for the Flavonoid Content of

Selected Foods. Beltsville, Maryland: USDA 2003.

49. McKay DL, Blumberg JB. The role of tea in human health: an update. J Am Coll

Nutr 2002; 21(1):1-13.

Page 37: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

29

50. Matsubara S, Rodriguez-Amaya DB. Conteúdo de miricetina, quercetina e

kaempferol em chás comercializados no Brasil. Ciência e Tecnologia de Alimentos

2006; 26:380-5.

51. Ross JA, Kasum CM. Dietary flavonoids: bioavailability, metabolic effects, and

safety. Annu Rev Nutr 2002; 22:19-34.

52. Balentine DA, Wiseman SA, Bouwens LC. The chemistry of tea flavonoids. Crit

Rev Food Sci Nutr 1997; 37(8):693-704.

53. Hasler CM. Functional foods: benefits, concerns and challenges-a position paper

from the american council on science and health. J Nutr 2002; 132(12):3772-81.

54. Kao YH, Chang HH, Lee MJ, Chen CL. Tea, obesity, and diabetes. Mol Nutr Food

Res 2006; 50(2):188-210.

55. Wolfram S, Raederstorff D, Wang Y, Teixeira SR, Elste V, Weber P. TEAVIGO

(epigallocatechin gallate) supplementation prevents obesity in rodents by reducing

adipose tissue mass. Ann Nutr Metab 2005; 49(1):54-63.

56. Dulloo AG, Duret C, Rohrer D, et al. Efficacy of a green tea extract rich in catechin

polyphenols and caffeine in increasing 24-h energy expenditure and fat oxidation in

humans. Am J Clin Nutr 1999; 70(6):1040-5.

57. Shixian Q, VanCrey B, Shi J, Kakuda Y, Jiang Y. Green tea extract thermogenesis-

induced weight loss by epigallocatechin gallate inhibition of catechol-O-

methyltransferase. J Med Food 2006; 9(4):451-8.

58. Westerterp-Plantenga MS, Lejeune MP, Kovacs EM. Body weight loss and weight

maintenance in relation to habitual caffeine intake and green tea supplementation.

Obes Res 2005; 13(7):1195-204.

59. Westerterp-Plantenga M, Diepvens K, Joosen AM, Berube-Parent S, Tremblay A.

Metabolic effects of spices, teas, and caffeine. Physiol Behav 2006; 89(1):85-91.

Page 38: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

30

60. Cabrera C, Artacho R, Gimenez R. Beneficial effects of green tea--a review. J Am

Coll Nutr 2006; 25(2):79-99.

61. Lin J, Della-Fera MA, Baile CA. Green tea polyphenol epigallocatechin gallate

inhibits adipogenesis and induces apoptosis in 3T3-L1 adipocytes. Obes Res 2005;

13(6):982-90.

62. Cornelis MC, El-Sohemy A, Campos H. Genetic polymorphism of the adenosine

A2A receptor is associated with habitual caffeine consumption. Am J Clin Nutr

2007; 86(1):240-4.

63. Acheson KJ, Gremaud G, Meirim I, et al. Metabolic effects of caffeine in humans:

lipid oxidation or futile cycling? Am J Clin Nutr 2004; 79(1):40-6.

64. Ito Y, Ichikawa T, Morohoshi Y, Nakamura T, Saegusa Y, Ishihara K. Effect of tea

catechins on body fat accumulation in rats fed a normal diet. Biomed Res 2008;

29(1):27-32.

65. Kajimoto O, Kajimoto Y, Yabune M, et al. Tea catechins with a galloyl moiety

reduce body weight and fat. J Health Science 2005; 51(2):161-71.

66. Nagao T, Meguro S, Hase T, et al. A catechin-rich beverage improves obesity and

blood glucose control in patients with type 2 diabetes. Obesity (Silver Spring)

2009; 17(2):310-7.

67. Bose M, Lambert JD, Ju J, Reuhl KR, Shapses SA, Yang CS. The major green tea

polyphenol, (-)-epigallocatechin-3-gallate, inhibits obesity, metabolic syndrome,

and fatty liver disease in high-fat-fed mice. J Nutr 2008; 138(9):1677-83.

68. Kim HJ, Jeon SM, Lee MK, Jung UJ, Shin SK, Choi MS. Antilipogenic effect of

green tea extract in C57BL/6J-Lep ob/ob mice. Phytother Res 2009; 23(4):467-71.

Page 39: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

31

69. Auvichayapat P, Prapochanung M, Tunkamnerdthai O, et al. Effectiveness of green

tea on weight reduction in obese Thais: A randomized, controlled trial. Physiol

Behav 2008; 93(3):486-91.

70. Diepvens K, Kovacs EM, Nijs IM, Vogels N, Westerterp-Plantenga MS. Effect of

green tea on resting energy expenditure and substrate oxidation during weight loss

in overweight females. Br J Nutr 2005; 94(6):1026-34.

Page 40: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

32

ARTIGO

EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM CÁPSULAS OU EM INFUSÃO

SOBRE O PESO CORPORAL: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE

ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS

Page 41: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

33

ARTICLE TO BE SUBMITTED TO THE INTERNATIONAL JOURNAL OF OBESITY 1

2

EFFECT OF GREEN TEA CONSUMPTION IN CAPSULES OR INFU SION ON 3

BODY WEIGHT: SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS OF 4

RANDOMIZED CONTROLLED TRIALS 5

6

Running title: Green tea in capsules or infusion: meta-analysis 7

8

Thaís Araujo Brito Galarraga1, MSc; Fernanda Bereta dos Reis2; Graciele Sbruzzi1, MSc; 9

Rodrigo Antonini Ribeiro1, MSc; Vera Lúcia Portal1, PhD; Lucia Campos Pellanda1,2, PhD. 10

11

Corresponding author: 12

Lucia Campos Pellanda – Unidade de Pesquisa 13

Av. Princesa Isabel, 370 – Santana 90.620-000 14

Porto Alegre, RS – BRASIL 15

[email protected] / [email protected] 16

17

1 Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ Fundação Universitária de Cardiologia

(IC/FUC), Porto Alegre, RS, Brasil. 2 Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Porto Alegre.

RS, Brasil.

Page 42: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

34

ABSTRACT 18

Background: Epidemiological evidence and randomized controlled trials (RCTs) have shown 19

an inverse relationship between habitual green tea (GT) consumption and levels of body fat 20

(BF) and waist circumference (WC), but the effects of different forms of consumption of GT - 21

infusion and capsules - on body weight (BW) of overweight and obese adults remain unclear. 22

Objectives: To compare the effects of different forms of GT consumption (infusion and 23

capsules) on BW of overweight and obese, dyslipidemic or non dyslipidemic adults. Data 24

sources: A systematic and structured search of Medline, EMBASE and the Cochrane Library, 25

references from included studies and reviews (from inception to December 2010). Study 26

selection: Studies that tests the efficacy of GT in RCTs for weight reduction in overweight or 27

obese (BMI≥ 24.9kg/m2) adults (≥18 years) for at least 8 weeks were included. Data 28

Extraction: Two reviewers independently abstracted data on methodological quality, study 29

characteristics, intervention components and treatment effects. Data Analysis: Random-30

effects meta-analyses, I2 for inconsistency and subgroup analyses (capsules vs infusion) for 31

each examined outcome. Data Synthesis: From 223 articles, 11 studies (n =1123) were 32

included. In subgroup analysis, GT infusion revealed a small but statistically different 33

decrease in % BF (p=0.05) compared to capsules. GT infusion significantly decreased WC (-34

1.39cm; 95% CI: -2.42, -0.37) and % BF (-1.15%; 95% CI: -2.04, -0.26) compared to 35

controls. GT capsules showed no significant reduction compared to infusion or to control. GT 36

significantly decreased BW (-1.24 kg; 95% CI: -2.41, -0.07), BMI (-0.43kg/m2; 95% CI: -37

0.84, -0.02) and WC (-1.14cm; 95% CI: -2.06, -0.23) compared to controls. Conclusions: GT 38

infusion may positively affect % BF when compared with the same tea in capsules, but the 39

magnitude of the effect is small, and the effect deserves further investigation. 40

Keywords: Green tea, weight loss, infusion, capsules, systematic review, meta-analysis. 41

42

Page 43: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

35

INTRODUCTION 43

The prevalence of overweight and obesity is increasing rapidly and constitutes a 44

serious public health problem for both developed and developing countries1. There are several 45

dietary and pharmacological strategies which have been shown to affect energy balance in a 46

manner that results in successful weight reduction2. 47

Epidemiological evidence and randomized controlled intervention trials have shown 48

an inverse relationship between habitual tea consumption (predominately green tea) and 49

levels of body fat and waist circumference3, 4. 50

The anti-obesity effects of green tea (GT) are mainly attributed to its polyphenol 51

content, in particular, epigallocatechin-3-gallate (EGCG)5, which is the most abundant 52

catechin found in GT5. It is thought to be the most biologically active compound in GT and 53

has been shown to have weight-reducing effects such as increasing energy expenditure and 54

metabolism6, decreasing body weight and body fat7, decreasing energy absorption and 55

increasing fat oxidation8, enhancing insulin activity9 and increasing sympathetic nervous 56

system activity by inhibition of catechol-O-methyl transferase, the enzyme responsible for the 57

breakdown of noradrenaline10. 58

Randomized controlled trials (RCTs) have been conducted in order to analyze the 59

effects of green tea on weight loss, but without uniformly taking into account mode of 60

administration (capsules or infusion). Capsules are more easily administered experimentally, 61

but infusion would be closer to “real life”. Therefore, we performed a systematic review and 62

meta-analysis of randomized clinical trials to examine if green tea consumed as an infusion 63

would yield different weight loss results when compared to capsules in overweight and obese, 64

dyslipidemic or non dyslipidemic adults. 65

66

Page 44: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

36

METHODS 67

This review was conducted according to the methods proposed by the Cochrane 68

Collaboration, and this report is in concordance with the PRISMA checklist11. 69

70

DATA SOURCES 71

A systematic literature search was conducted through December 2010 in the following 72

databases: MEDLINE (beginning 1950), EMBASE (beginning 1990) and Cochrane 73

CENTRAL (indexed April 2009). 74

75

SEARCH STRATEGY 76

A search strategy was performed combining the following terms (used both as text 77

words and Medical Subject Headings): “Camellia Sinensis” OR “Camellia sinenses” OR 78

“Sinenses, Camellia” OR “sinensis, Camellia” OR “Thea sinensis” OR “Thea sinenses” OR 79

“sinenses, Thea” OR “sinensis, Thea” OR “green tea” OR “catechin” OR “catechins”, AND 80

"Dyslipidemias"[Mesh] OR Dyslipidemia OR Dyslipoproteinemias OR Dyslipoproteinemia 81

OR Cholesterol OR Epicholesterol OR Hypercholesterolemia OR Hypercholesterolemias OR 82

Hypercholesteremia OR Hypercholesteremias OR overweight OR obesity; and associated 83

with a list of terms with high sensitivity to the search for RCTs, developed by Robinson and 84

Dickersin12. No language restrictions were imposed. 85

In addition, we supplemented the database search with manual review of the reference 86

lists of included articles and review articles. Two reviewers (T.G. and F.R.), working in 87

duplicate and independently, screened all abstracts and titles as well as all full text 88

publications for eligibility. In cases of disagreement between the reviewers, a third member of 89

the research team not involved in the initial assessment (G.S.) adjudicated the study after 90

reviewing the stated reasons for the initial assessment and the full text of the report. 91

Page 45: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

37

STUDY SELECTION 92

To be considered for inclusion, studies had to test the efficacy of GT on weight 93

reduction in overweight or obese (BMI≥ 24.9kg/m2) adults (≥18 years). 94

In addition, trials were included in the analysis if they were randomized and evaluated 95

the use of green tea catechins (GTCs) as infusion or as capsules for at least 8 weeks (wk) and 96

reported data on at least one of the following endpoints: 1) body mass index (BMI), 2) body 97

weight (BW), 3) waist circumference (WC), 4) waist-to-hip ratio (WHR) or 5) percent of 98

body fat (%BF). Both parallel and crossover trials were eligible for inclusion. In trials with 99

multiple publications, the data were accounted once but were referenced multiple times as 100

necessary. 101

Trials were excluded if patients used any tea other than green tea (such as oolong tea) 102

or a combination of substances with green tea (such as bioactive supplement or chitosan). 103

104

QUALITY ASSESSMENT 105

Working independently and in duplicate, reviewers (T.G and F.R.) ascertained the 106

reported quality of eligible RCTs. The major quality issues assessed were the following: 107

concealment of the allocation list, intention to treat analysis, blinding of participants and 108

outcomes assessors and description of losses and exclusions. Studies without a clear 109

description concerning the use of an intention to treat analysis were considered as not filling 110

this criterion. The lack of a description of how the allocation list was concealed was judged as 111

absence of allocation concealment. 112

113

DATA ABSTRACTION 114

Various characteristics were extracted from the original reports using a standardized 115

data extraction form. We recorded the duration of the treatment phase (in weeks), whether the 116

Page 46: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

38

study used an infusion or capsules, and the age range, average BMI and gender of the 117

participants in each study. Moreover, for each condition, we recorded the dosage of GT 118

administered (in mg per day). 119

For each analysis, the mean change in BMI, BW, WC, WHR and %BF from baseline 120

were treated as continuous variables, and the weighted mean differences (WMDs) were 121

calculated as the differences between the mean in GT and control groups. 122

For one study13 in which the medians and interquartile ranges were reported, values 123

were assumed to approximate means and 95% CIs14. 124

Negative values for the mean change, therefore, indicate weight loss (WL), a value of 125

zero indicates no change, and positive values indicate an average increase of body mass. 126

Finally, we collected outcome data [end of study (preferred) or change from baseline] 127

on each anthropometric variable for the longest period of follow-up for which data were 128

available. We calculated missing data using standard procedures recommended in the 129

Cochrane Handbook14. We contacted authors and requested information when data were 130

measured but not adequately reported. Response rate from author contact was approximately 131

29%. 132

133

STATISTICAL ANALYSIS 134

We determined the effect size (standardized mean difference) and 95% CI for the 135

difference between arms (treatment vs. control) for each of the outcomes, as implemented in 136

Review Manager (RevMan) version 5.0, using a random-effects model. 137

A p value ≤0.05 was considered statistically significant for all analyses. Statistical 138

heterogeneity was assessed using the I2 statistic. Values of 25%, 50% and 75% were 139

considered to have low, medium and high statistical heterogeneity, respectively15. 140

Page 47: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

39

We performed subgroup analysis to assess which of the different forms of GT 141

(infusion vs. capsules) was more effective in reducing weight and body measurements. 142

Sensitivity analyses were carried out considering methodological characteristics of the 143

studies (blinding, intention to treat and allocation concealment), where meta-analysis 144

calculations were remade including only studies meeting the quality criteria. Separate 145

calculations were made considering each characteristic. 146

147

RESULTS 148

SEARCH RESULTS 149

Of the 179 citations retrieved through the search strategy, 50 full-text articles were 150

identified for detailed evaluation [fig. 1]. 151

From the overall pool of full-text articles, 12 did not have a minimum of 8 wk, 3 were 152

not RCTs, 4 did not have overweight or obese participants, 7 did not evaluate GTCs, 6 had 153

insufficient information and 4 were unavailable in databases. Three studies reported 154

anthropometric outcomes16-18 but were considered nonrelevant because both investigated 155

weight maintenance subsequent to a low-calorie diet and exercise program rather than weight 156

loss resulting from GTCs. No studies were excluded because of lack of randomization [see 157

appendix 1]. 158

A total of 11 trials (n =1123) met the inclusion criteria [table 1]. Of the 11 trials 159

included, 5 trials13, 19-22 (n =282) evaluated GTCs as capsule supplementation and 6 trials23-28 160

(n =841) evaluated GTCs as infusion. No eligible crossover trials were identified. 161

Two articles by Japanese authors were obtained through personal communication26, 27. 162

They had an English abstract and were written in Japanese. These articles were sent to us with 163

an English translation, as we contacted the author (Hideto Takase), after finding their study in 164

another review. 165

Page 48: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

40

In all but one study28 subjects were randomly assigned to two groups, with eight 166

studies13, 19-23, 26, 27 using a true placebo group and the remaining two studies24, 25 comparing a 167

high with a low dose of an EGCG and caffeine mixture. 168

The study by Wang et al.28 contained three treatment groups that received different 169

catechin dosages. For this study, the intervention groups were combined into a single sample 170

size, as described in the Cochrane Handbook - chapter 7.7.3.814. 171

172

METHODOLOGICAL QUALITY 173

Table 2 describes the methodological quality of included trials. Most reports did not 174

fulfill all quality criteria – only three. Of the 11 included, 4 (36%) studies contained a 175

description of allocation concealment and intention to treat analysis, 11 (100%) had blinding 176

of participants, 10 (91%) had blinding of outcome assessors, and 11 (100%) presented losses 177

and exclusions. 178

179

QUANTITATIVE DATA SYNTHESIS 180

Green tea infusion versus green tea capsules 181

Subgroup analyses were made only for BW, BMI, WC and % BF, because only one 182

study with infusion evaluated WHR25. 183

In the subgroup analysis, no effect (p>0.05) was observed on BW [fig. 2], BMI [fig. 3] 184

or WC [fig. 4] and there was a low degree of heterogeneity (I2 =0%, I2 =0%, I2 =10.9% 185

respectively). 186

The GT infusion group showed a small but significant decrease of % BF (p=0.05) [fig. 187

5] – when compared with GT capsules – with high statistical heterogeneity (I2 =73.3%). 188

Page 49: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

41

Excluding the study by Brown et al.20 (the only one with less than 12 wk of 189

intervention), no statistically significant subgroup difference was observed on % BF (p=0.26) 190

and statistical heterogeneity decreased (I2 =20.1%). [appendix.3] 191

192

Green tea infusion and green tea capsules versus control 193

The GT infusion group showed a statistically significant decrease of WC (-1.39 cm; 194

95% CI: -2.42, -0.37; p<0.01) [fig. 4] and % BF (-1.15 %; 95% CI: -2.04, -0.26; p=0.01) [fig 195

5] when compared with controls. 196

The GT capsules group showed no statistically significant difference in any of the 197

outcomes when compared to controls. 198

199

Green tea catechins versus control 200

In the meta-analysis of studies evaluating GTCs compared with a placebo group, the 201

GTC group showed statistically significant reductions in BW (-1.24 kg; 95% CI: -2.41, -0.07; 202

p=0.04) [fig.2], BMI (-0.43 kg/m2; 95% CI: -0.84, -0.02; p=0.04) [fig. 3] and WC (-1.14 cm; 203

95% CI: -2.06, -0.23; p=0.01) [fig.4], with no statistically significant effect on % BF [fig. 5] 204

and on WHR [appendix 2]. Statistical heterogeneity was low for body weight, WC and BMI 205

(I2 =0%, I2 =0%, I2 =21%, respectively), but a moderate degree of heterogeneity was present 206

for percent of body fat (I2 =44%) and high degree for WHR (I2 =67%) analyses. 207

Excluding the study by Brown et al.20 (< 12 wk of intervention), the GTC group 208

showed statistically significant reductions in % BF (-0.85 %; 95% CI: -1.53, -0.18; p=0.01), 209

WC (-1.27 cm, 95% CI: -2.22, -0.32; p<0.01) and BMI (0.52 Kg/m2, 95% CI: -0.94, -0.09; 210

p=0.02) [appendix.3]. In addition, statistical heterogeneity decreased for % BF (I2 =2%) and 211

BMI (I 2 =18%) [appendix.3]. 212

213

Page 50: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

42

DISCUSSION 214

In this systematic review of randomized controlled trials, we sought to compare the 215

effects of different forms of GT consumption (infusion and capsules) on body weight and 216

anthropometric measures of overweight and obese adults. 217

Statistical pooling of data from the 9 trials showed that ingesting a GT infusion – at a 218

dose ranging from 539.7 to 886mg/d over 8 wk – had a small but statistically significant 219

decrease in % BF when compared to capsules, with no effect on BW, WC and BMI. 220

However, the inclusion of only one study with an 8 week duration may have 221

contributed to this result of borderline statistical significance in % BF and to a high statistical 222

heterogeneity. In addition, the wide range of GTC doses evaluated may also have contributed 223

to the heterogeneous results. 224

Indirect evidence from intervention trials suggests that GTC may alter fat metabolism 225

by promoting lipolysis from specific fat storages. The fat storage in the abdomen appears to 226

be more responsive to norepinephrine induced lipolysis than those in other storage areas29. 227

For example, Nagao et al.24 evaluated the effects of a brewed green tea beverage with 228

added GTC (583 mg) as compared to a control beverage (96 mg GTC) in Japanese men and 229

women. At the end of the 12 week intervention period, participants in the intervention group 230

had a significant decrease in body weight (-1.7 kg) in the total fat (-16 cm2), in visceral fat (-231

10.3 cm2), in the percentage of body fat (-2.5%) and in waist circumferences (-2.5 cm) 232

compared to baseline. All these differences were greater in the group receiving a high 233

concentration of catechins in relation to the control group24. 234

On the other hand, Hill et al.22 failed to show differences in abdominal fat in 235

overweight and obese women consuming 300 mg/d EGCG capsules for 12 weeks compared 236

to a placebo. 237

Page 51: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

43

In this meta-analysis, the GT infusion group – compared with the control over 8 weeks 238

– provided an average loss of WC (-1.39 cm, p<0.01) higher than the GT capsules group (-239

0.17 cm, p>0.05). However, anthropometric measurements of WC made by trained 240

professionals can vary by 1.5 to 2.1 cm between measurements30. Therefore, 2 cm reductions 241

in WC cannot be ruled out as chance and should be interpreted with caution. 242

The capsules are more easily administered experimentally (better control over the 243

quantity and quality of ingested catechins) than infusion (closer to "real life"), but - contrary 244

to expectations - GTC capsules appear to have a slightly worse result in reduced 245

anthropometric measures (WC, BMI,% BF) – and a slightly better one in weight loss – than 246

infusion. 247

Despite the statistical significance achieved in one of the analyses with GT infusion 248

(%BF), our results are underpowered (limited by few studies with small sample sizes) so we 249

cannot affirm that this form of tea administration is better than the capsules for weight and 250

anthropometric measures reductions in overweight and obese adults. 251

On the other hand, our focused review question, comprehensive and systematic 252

literature search aided by the collaboration of a multidisciplinary team of specialists, explicit 253

and reproducible eligibility criteria, and focused protocol-driven analyses contribute to the 254

validity of study findings. 255

Most of the observed reporting bias was overcome as a result of the responses 256

provided by the authors who answered the data queries, allowing us to retrieve most of the 257

missing data. 258

In contrast to other previously published meta-analyses3, 16 this study included only 259

overweight or obese adults without comorbidities, which may have contributed to a low 260

heterogeneity observed in some results. 261

Page 52: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

44

The evidence from RCTs suggests that the administration of GT infusion may 262

positively affect % BF when compared with the same tea offered in capsules and GT infusion 263

seems to have a better effect on WC when compared to controls. However, the magnitudes of 264

these effects over 8wk are small and not likely to be clinically relevant. The observed effect 265

deserves further investigation. 266

267

ACKNOWLEDGEMENTS 268

We thank Dr Hideto Takase for his assistance in translating the Japanese articles. 269

270

CONFLICT OF INTEREST 271

The authors declare no conflict of interest. 272

273

Page 53: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

45

REFERENCES 274

275 1. International Association For The Study Of Obesity. About obesity. In, 2009. 276 277 2. Bray GA. Lifestyle and pharmacological approaches to weight loss: efficacy and 278

safety. J Clin Endocrinol Metab 2008; 93(11 Suppl 1): S81-8. 279 280 3. Phung OJ, Baker WL, Matthews LJ, Lanosa M, Thorne A, Coleman CI. Effect of 281

green tea catechins with or without caffeine on anthropometric measures: a systematic 282 review and meta-analysis. Am J Clin Nutr 2010; 91(1): 73-81. 283

284 4. Wu CH, Lu FH, Chang CS, Chang TC, Wang RH, Chang CJ. Relationship among 285

habitual tea consumption, percent body fat, and body fat distribution. Obes Res 2003; 286 11(9): 1088-95. 287

288 5. Graham HN. Green tea composition, consumption, and polyphenol chemistry. Prev 289

Med 1992; 21(3): 334-50. 290 291 6. Dulloo AG, Seydoux J, Girardier L, Chantre P, Vandermander J. Green tea and 292

thermogenesis: interactions between catechin-polyphenols, caffeine and sympathetic 293 activity. Int J Obes Relat Metab Disord 2000; 24(2): 252-8. 294

295 7. Wolfram S, Raederstorff D, Wang Y, Teixeira SR, Elste V, Weber P. TEAVIGO 296

(epigallocatechin gallate) supplementation prevents obesity in rodents by reducing 297 adipose tissue mass. Ann Nutr Metab 2005; 49(1): 54-63. 298

299 8. Klaus S, Pultz S, Thone-Reineke C, Wolfram S. Epigallocatechin gallate attenuates 300

diet-induced obesity in mice by decreasing energy absorption and increasing fat 301 oxidation. Int J Obes (Lond) 2005; 29(6): 615-23. 302

303 9. Anderson RA, Polansky MM. Tea enhances insulin activity. J Agric Food Chem 2002; 304

50(24): 7182-6. 305 306 10. Lu H, Meng X, Yang CS. Enzymology of methylation of tea catechins and inhibition 307

of catechol-O-methyltransferase by (-)-epigallocatechin gallate. Drug Metab Dispos 308 2003; 31(5): 572-9. 309

310 11. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. Preferred reporting items for systematic 311

reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Ann Intern Med 2009; 151(4): 312 264-9, W64. 313

314 12. Robinson KA, Dickersin K. Development of a highly sensitive search strategy for the 315

retrieval of reports of controlled trials using PubMed. Int J Epidemiol 2002; 31(1): 316 150-3. 317

318 13. Chan CC, Koo MW, Ng EH, Tang OS, Yeung WS, Ho PC. Effects of Chinese green 319

tea on weight, and hormonal and biochemical profiles in obese patients with 320 polycystic ovary syndrome--a randomized placebo-controlled trial. J Soc Gynecol 321 Investig 2006; 13(1): 63-8. 322

Page 54: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

46

14. Higgins JP, Green S. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. 323 In: The Cochrane Collaboration, 2011. 324

325 15. Higgins JP, Thompson SG, Deeks JJ, Altman DG. Measuring inconsistency in meta-326

analyses. BMJ 2003; 327(7414): 557-60. 327 328 16. Hursel R, Westerterp-Plantenga MS. Green tea catechin plus caffeine supplementation 329

to a high-protein diet has no additional effect on body weight maintenance after 330 weight loss. Am J Clin Nutr 2009; 89(3): 822-30. 331

332 17. Kovacs EM, Lejeune MP, Nijs I, Westerterp-Plantenga MS. Effects of green tea on 333

weight maintenance after body-weight loss. Br J Nutr 2004; 91(3): 431-7. 334 335 18. Westerterp-Plantenga MS, Lejeune MP, Kovacs EM. Body weight loss and weight 336

maintenance in relation to habitual caffeine intake and green tea supplementation. 337 Obes Res 2005; 13(7): 1195-204. 338

339 19. Auvichayapat P, Prapochanung M, Tunkamnerdthai O, Sripanidkulchai BO, 340

Auvichayapat N, Thinkhamrop B et al. Effectiveness of green tea on weight reduction 341 in obese Thais: A randomized, controlled trial. Physiol Behav 2008; 93(3): 486-91. 342

343 20. Brown AL, Lane J, Coverly J, Stocks J, Jackson S, Stephen A et al. Effects of dietary 344

supplementation with the green tea polyphenol epigallocatechin-3-gallate on insulin 345 resistance and associated metabolic risk factors: randomized controlled trial. Br J Nutr 346 2009; 101(6): 886-94. 347

348 21. Diepvens K, Kovacs EM, Vogels N, Westerterp-Plantenga MS. Metabolic effects of 349

green tea and of phases of weight loss. Physiol Behav 2006; 87(1): 185-91. 350 351 22. Hill AM, Coates AM, Buckley JD, Ross R, Thielecke F, Howe PR. Can EGCG reduce 352

abdominal fat in obese subjects? J Am Coll Nutr 2007; 26(4): 396S-402S. 353 354 23. Maki KC, Reeves MS, Farmer M, Yasunaga K, Matsuo N, Katsuragi Y et al. Green 355

tea catechin consumption enhances exercise-induced abdominal fat loss in overweight 356 and obese adults. J Nutr 2009; 139(2): 264-70. 357

358 24. Nagao T, Hase T, Tokimitsu I. A green tea extract high in catechins reduces body fat 359

and cardiovascular risks in humans. Obesity (Silver Spring) 2007; 15(6): 1473-83. 360 361 25. Nagao T, Meguro S, Hase T, Otsuka K, Komikado M, Tokimitsu I et al. A catechin-362

rich beverage improves obesity and blood glucose control in patients with type 2 363 diabetes. Obesity (Silver Spring) 2009; 17(2): 310-7. 364

365 26. Takase H, Nagao T, Otsuka K, Meguro S, Komikado M, Tokimitsu I. Effects of Long-366

term Ingestion of Tea Catechins on Visceral Fat Accumulation and Metabolic 367 Syndrome Risk in Women with Abdominal Obesity. Jpn Pharmacol Ther 2008; 36: 368 237-45. 369

370

Page 55: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

47

27. Takeshita M, Takashima S, Harada U. Effects of long-term consumption of tea 371 catechins-enriched beverage with no caffeine on body composition in humans. Jpn 372 Pharmacol Ther 2008; 36: 767-76. 373

374 28. Wang H, Wen Y, Du Y, Yan X, Guo H, Rycroft JA et al. Effects of catechin enriched 375

green tea on body composition. Obesity (Silver Spring) 2010; 18(4): 773-9. 376 377 29. Tentolouris N, Liatis S, Katsilambros N. Sympathetic system activity in obesity and 378

metabolic syndrome. Ann N Y Acad Sci 2006; 1083: 129-52. 379 380 30. Nadas J, Putz Z, Kolev G, Nagy S, Jermendy G. Intraobserver and interobserver 381

variability of measuring waist circumference. Med Sci Monit 2008; 14(1): CR15-18. 382

Page 56: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

48

TABLES 383

384

Table 1. Characteristics of randomized controlled trials included in meta-analysis. 385

Author, year n (I, C) Type of

Intervention

Intervention time

(weeks) % Male Population

Intervention group

Control group Mean age (I / C)

Auvichayapat, 2008

60 (30,30) Capsules 12 30 Thai M 40-60y; W> 1y postmenopausal;

BMI>25Kg/m2 250mg GT 3x/d Cellulose capsule

48,53 ± 5,5 / 48,9 ± 5

Brown, 2009 100 (46,42) Capsules 8 100 40-65y;

BMI>28Kg/m2 400mg EGCG

2x/d 400mg lactose

2x/d 52,15±6,43 / 50,6

± 6,5

Chan, 2006 34 (18,16) Capsules 12 0 25-40y;

BMI≥28Kg/m2; PCOS

540mg EGCG/d NR 34,8±4,2 *

Diepvens, 2006 46 (23,23) Capsules 12 0 19-57y; BMI 25-

31Kg/m2 134mg cat 3 capsules 3x/d

Maltodextrin 3 capsules 3x/d

41,7±8,6 / 41,6 ± 10

Hill, 2007 42 (19,19) Capsules 12 0 45-70y; BMI 25-

39,9Kg/m2 150mg EGCG

2x/d Lactose capsule 45-70 *

Maki, 2009 132 (65,63) Infusion 12 50,7 21-65y; BMI 25-

40Kg/m2 WC >87cm (W) or >90cm (M)

625mg cat + 39mg caf (500ml/d)

39mg caf (500ml/d)

47±10,48 / 49 ± 10,3

Nagao, 2007 270

(123,117) Infusion 12 58,3

Vobes 25-55y, BMI 24-30Kg/m2

582,8mg cat + 72,3mg caf (340ml/d)

96,3mg cat + 75mg caf (340ml/d)

41,7±9,9 *

Page 57: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

49

Nagao, 2009 52 (23,20) Infusion 12 34,6 T2DM without

insulin, BMI>24Kg/m2

582,8mg cat + 72,3mg caf (340ml/d)

96,3mg cat + 75mg caf (340ml/d)

64,9±1,6

Wang, 2010 205 (139,43) Infusion 13 NR

18-55y, WC >85cm + >25%F (M) and

WC>80cm + >30%F (W), BMI 24-

35Kg/m2

GT1: 458mg cat+104 caf; GT2: 468mg cat+126 caf; GT3: 886mg cat+198 caf

30mg cat + 10mg caf

GT1: 36,6±9,1; GT2: 37,3±10,1; GT3:37,5±9,1

Takase, 2008 101 (44,45) Infusion 12 0 40-55y,BMI 25-

30Kg/m2, Vfat>85cm2

539,7mg cat + 40mg caf (500ml/d)

40mg caf (500ml/d)

47,7±5,5

Takeshita, 2008 81 (40,40) Infusion 12 100 20-65y, BMI 25-

35Kg/m2 548mg cat+ 0mg

caf (500ml/d) 0mg caf

(500ml/d) NR

I =intervention, C=control, GT=green tea, M=men, W=women, PCOS=polycystic ovarian syndrome, BMI=body mass index, WC=waist 386 circumference, d=day, T2DM=type 2 diabetes mellitus, EGCG=epigallocatechin gallate, Vobes= visceral obesity, Vfat=visceral fat, %F=% body 387 fat, cat=catechin, caf=caffeine, NR=not reported 388 * Mean age of total n 389

390

Page 58: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

50

Table 2. Methodological Quality of Included Studies. 391

Author, year Sequence of random

generation

Allocation

concealment

Blinding of

participants

Blinding of outcome

assessors

Losses and

exclusions

Intention to

treat

Auvichayapat, 2008 No No Yes No Yes No

Brown, 2009 Yes Yes Yes Yes Yes No

Chan, 2006 Yes Yes Yes Yes Yes Yes

Diepvens, 2006 No No Yes Yes Yes No

Hill, 2007 No No Yes Yes Yes No

Maki, 2009 No No Yes Yes Yes Yes

Nagao, 2007 No No Yes Yes Yes No

Nagao, 2009 No No Yes Yes Yes No

Wang, 2010 No No Yes Yes Yes No

Takase, 2008 Yes Yes Yes Yes Yes Yes

Takeshita, 2008 Yes Yes Yes Yes Yes Yes

392

Page 59: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

51

FIGURES 393

394 Figure 1 - Flow diagram of studies included in the review. 395

396 397

Page 60: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

52

Figure 2 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 398

compared to placebo on body weight. 399

400 401

Page 61: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

53

Figure 3 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 402

compared to placebo on body mass index. 403

404 405

Page 62: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

54

Figure 4 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 406

compared to placebo on waist circumference. 407

408 409

Page 63: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

55

Figure 5 - Forest plot depicting the effect of green tea (infusion versus capsules) when 410

compared to placebo on percent of body fat. 411

412 413

Page 64: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

56

APPENDICES 414

APPENDIX 1 415

416 Table - reasons for paper exclusion. 417

Author, year Reason for exclusion Basu, 2010 Incomplete data Batista, 2009 Incomplete data Belza, 2009 Intervention < 8 weeks Belza, 2007 Type of intervention (bioactive supplement) Belza, 2005 Type of intervention (bioactive supplement) Boschmann, 2007 Intervention < 8 weeks Di Pierro, 2009 Incomplete data Dulloo, 1999 Intervention < 8 weeks Eichenberger, 2009 Intervention < 8 weeks Esmaillzadeh, 2008 Not randomized controlled trial Ernst, 2009 Not randomized controlled trial Frank, 2009 Intervention < 8 weeks Gregersen, 2009 Intervention < 8 weeks Hossein Zadeh, 2009 Incomplete data Hsu, 2008 Type of participants (16 to 60 years old) Hursel, 2009 Not relevant outcome (weight maintenance) Kovacs, 2003 Not relevant outcome (weight maintenance) Westerterp-platenga, 2005

Not relevant outcome (weight maintenance)

Lonac, 2010 Intervention < 8 weeks Maki, 2010 Not randomized controlled trial Penugonda, 2009 Incomplete data Reinbach, 2009 Intervention < 8 weeks Rondanelli, 2009 Type of intervention (phosphatidylethanolamine). Schulz, 2009 Unavailable in databases Suzuki, 2009 Unavailable in databases Thielecke, 2010 Intervention < 8 weeks Tsai, 2009 Type of intervention (chitosan and selenium) Unno, 2005 Intervention < 8 weeks Venables, 2008 Intervention < 8 weeks Yun, 2010 Intervention < 8 weeks

Zenk, 2007 Type of intervention (calcium citrate, vitamin C, chromium,

vitamin D3 and 3-acetyl-7-oxo-dehydroepiandrosterone. Matsuyama, 2008 Type of participants (6 to 16 years old) Nagao, 2005 Type of intervention (oolong tea) Tsuchida, 2002 Type of participants (BMI 24–30kg/m2) Hase, 2001 Unavailable in databases Nagao, 2001 Type of intervention (oolong tea) Kozuma, 2005 Unavailable in databases Maron, 2003 Incomplete data Fukino, 2005 Type of participants (BMI 24–30kg/m2)

418

Page 65: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

57

419

APPENDIX 2 420

421

Figure - Forest plot depicting the effect of green tea on WHR. 422

423 424

Page 66: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

58

425

APPENDIX 3 426

427

Figure - Forest plots depicting the effect of green tea on BMI, WC and % of body fat 428

without Brown et al20. 429

Body mass index 430

431 432

433

Waist circumference 434

435 436

Page 67: Dissertação EFEITO DO CONSUMO DE CHÁ VERDE EM …§ão... · • m2 – Metros ao quadrado • mg – Miligrama • ml – Mililitros • NE – Norepinefrina ... consumo de gorduras

59

Percent of body fat 437

438