Divulga Ciência - Abril/2013

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O trabalho é desenvolvido pelo Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais há 33 anos. Os pesquisado- res usam técnicas que permitem “ver” a floresta em 3D Jornal do Inpa Manaus, Abril 2013 - Ano V - Ed.31- ISSN 2175-0866 www.inpa.gov.br Inpa realiza I Encontro Internacional sobre Vespas Edição especial do Circuito da Ciência comemora 18 anos do Bosque da Ciência Inpa e parceiros, por meio de concurso, dão nome a filhote de Gavião-real Inpa e Universidade de Kyoto mapearão genoma de peixe-boi pela primeira vez Bosque da Ciência do Inpa terá R$ 1,8 milhão para ampliação da estrutura visando a Copa Além da ampliação, está prevista a construção do viveiro das ariranhas e a total acessibilidade para pessoas com deficiência Projeto do Inpa já catalogou mais de 1,4 mil espécies de árvores no Amazonas Pág. 02 Pág. 02 Pág. 02 Pág. 04 Pág. 03 Curso promovido por Inpa e Axonal esclarece fundamentos para o uso de patentes Pág. 07 “Após o mapeamento será possível realizar pesquisas com mais precisão e rapidez, diagnosticando doenças com mais facilidade, além de obter informações sobre a dieta desses animais no seu habitat natural”, explicou a pesquisadora do LMA/Inpa, Vera Silva Foto: Daniel Jordano O curso, que busca esclarecer quais fundamentos e ações estratégicas são eficazes para o uso de patentes no setor farmacêutico, foi ministrado pelo sócio diretor da Axonal Consultoria Inpa lamenta o falecimento da pesquisadora Lúcia Yuyama Pág. 05 Foto: Anselmo D´Fonseca Pág. 06 Foto: Tabajara Moreno Foto: Eduardo Gomes Entomologia médica: doenças transmitidas por insetos na Amazônia Boa Leitura Pág. 02

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Jornal de divulgação científica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

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O trabalho é desenvolvido pelo Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais há 33 anos. Os pesquisado-res usam técnicas que permitem “ver” a floresta em 3D

Jornal do Inpa

Manaus, Abril 2013 - Ano V - Ed.31- ISSN 2175-0866www.inpa.gov.br

Inpa realiza I Encontro Internacional sobre Vespas

Edição especial do Circuito da Ciência comemora 18 anos do Bosque da Ciência

Inpa e parceiros, por meio de concurso, dão nome a filhote de Gavião-real

Inpa e Universidade de Kyoto mapearão genoma de peixe-boi pela primeira vez

Bosque da Ciência do Inpa terá R$ 1,8 milhão para ampliação da estrutura visando a Copa

Além da ampliação, está prevista a

construção do viveiro das ariranhas e a

total acessibilidade para pessoas com

deficiência

Projeto do Inpa já catalogou mais de 1,4 mil espécies de árvores no Amazonas

Pág. 02

Pág. 02

Pág. 02

Pág. 04

Pág. 03

Curso promovido por Inpa e Axonal esclarece fundamentos para o uso de patentes

Pág. 07

“Após o mapeamento será possível realizar pesquisas com mais precisão e rapidez, diagnosticando doenças com mais facilidade, além de obter informações sobre a dieta desses animais no seu habitat natural”, explicou a pesquisadora do LMA/Inpa, Vera Silva

Foto: Daniel Jordano

Cubiu: aspectos agronômicos e nutricionais -reúne informações nutricionais do fruto

Pág. 02

O curso, que busca esclarecer quais fundamentos e ações estratégicas são eficazes para o uso de patentes no setor farmacêutico, foi ministrado pelo sócio diretor da Axonal Consultoria

Inpa lamenta o falecimento da pesquisadora Lúcia Yuyama

Pág. 05

Foto: Anselmo D´Fonseca

Boa Leitura

Pág. 06

Foto: Tabajara Moreno Foto: Eduardo Gomes

Entomologia médica: doenças transmitidas por insetos na Amazônia

Boa Leitura

Pág. 02

O Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa/MCTI), por meio da

Coordenação de Biodiversidade (CBio)

realiza, pela primeira vez no Brasil, um

encontro internacional com o intuito de

verificar o estágio atual de conheci-

mento sobre vespas, além de desper-

tar vocações em estudantes e promo-

ver maior intercâmbio entre as institui-

ções locais com outras do país e exteri-

or.

De acordo com o coordenador do

evento no Inpa, o pesquisador Marcio

Oliveira, as expectativas para a realiza-

ção da primeira edição são boas.

“Esperamos ser capazes de avaliar em

que nível estão os estudos com vespas

em solo brasileiro e também estimular

os estudantes locais a se interessarem

em estudar esse insetos”.

Página 02 - Abril 2013

Assessor de Comunicação: Daniel Jordano (SRTE - 518/AM) - Editora Chefe: Fernanda Farias - Repórteres: Daniel Jordano, Josiane Santos e Raiza Lucena Editoração Eletrônica: Denys Serrão - Revisão: Fernanda Farias - Fotos: Eduardo Gomes, Daniel Jordano, e Tabajara Moreno Tiragem: 1000 - Edição 31 - Abril - ISSN 2175-0866. Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.

Anselmo D´Fonseca

+55 92 3643-3100 / 3104 [email protected] ascom_inpa

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA/MCTI

Expediente Fale com a redação

Ministério daCiência e Tecnologia e Inovação

Tome Ciência

Inpa realiza I Encontro Internacional sobre Vespas

Os organizadores do concurso “Dê

um nome ao gavião-real filhote fêmea

do Ninho São José, Linha 9, Cacoal –

RO”, promovido pelo Programa de

Conservação do Gavião-real (PCGR)

do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa/MCTI), divulgou em

Cacoal (RO) o nome escohido.

O vencedor foi o estudante do sétimo

ano do ensino fundamental da Escola

Estadual Izidoro de Souza Meirelles,

Jeriel Suruí. O nome sugerido por ele

foi “Walet abikãr”, que na linguagem

Tupi-Mondé significa “mulher que

busca melhor qualidade de vida”.

Além do Inpa, o Instituto Federal de

Rondônia (IFRO), Secretaria Municipal

de Educação de Cacoal (SEMED),

Coordenação Regional de Educação,

e outras instituições.

Inpa e parceiros, por meio de concurso, dão nome a filhote de Gavião-real

Edição especial do Circuito da Ciência comemora 18 anos do Bosque da Ciência

Trazendo informações valiosas ao que diz respeito às doenças transmitidas por insetos

na Amazônia, a cartilha de entomologia médica, da Editora Inpa, procura esclarecer dúvidas

importantes de maneira bem simples sobre os insetos e seus estágios, seus parasitas e da

doença agindo no corpo, com fotos ilustrativas e textos dinâmicos.

O autor, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Eloy Guillermo

Castellón, que estuda insetos há 41 anos, abordou sobre várias doenças, entre elas: a doen-

ça de chagas, leishmaniose, miíases, vírus oropouche, dengue, malária, febre de tifo, entre

outras, além de explicar seus causadores. A obra informa, ainda, sobre cuidados básicos

que se deve ter para a não-contaminação, como, por exemplo, não deixar água parada em

alguns locais, lavar bem as frutas e ter um cuidado especial com a higiene pessoal.

O livro é destinado aos estudantes do ensino fundamental e médio, e toda população

interessada. Quem quiser adquirir é só entrar em contato com a Editora Inpa, através do

número 3643-3223 ou pelo e-mail: [email protected].

Foto: Eduardo Gomes

Um dos instrumentos de aproximação

do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa/MCTI) com a socieda-

de, o Bosque da Ciência recebeu dia 6,

em comemoração aos 18 anos de exis-

tência, a primeira edição deste ano do

projeto Circuito da Ciência.

Segundo o coordenador do Bosque

da Ciência e do projeto Circuito da Ciên-

cia, Jorge Lobato, aproximadamente

1,5 milhão de pessoas já visitaram o

local nesses 18 anos. Recentemente,

o espaço passou por reformas estrutu-

rais com o objetivo de atender pessoas

com necessidades especiais. Por isso,

o coordenador, disse que o instituto

busca novos investimentos para aten-

der a todo o público já visando a Copa

do Mundo de 2014, já que está inserido

com um dos 10 pontos turísticos.

Entomologia médica: doenças transmitidas por insetos na Amazônia

Foto: Divulgação banner Foto: Acervo pesquisador

com o ministro Marco Antônio Raupp

para tratar desse apoio já que o Bosque

da Ciência foi eleito um dos dez melho-

res locais para se visitar em Manaus

dentro do contexto turístico e científi-

co. Foi um esforço institucional que

envolveu o diretor do Inpa, Adalberto

Val, o ministro e o parlamento”, disse.

Além da ampliação das estruturas já

existentes, afirma Lobato, o Bosque da

Ciência será totalmente acessível a

pessoas com deficiências. O coorde-

nador de extensão do Inpa, Carlos

Bueno, afirma que as obras previstas

irão permitir um novo espaço de visita-

ção. “Vamos ter a revitalização do lago

amazônico, com ambientes lúdicos.

Haverá também um passeio no entorno

do Bosque como um todo criando outro

circuito para levar as pessoas com

deficiência, ou seja, a área de visitação

será ampliada”, destacou.

Abril 2013- Página 03Divulga Ciência

Bosque da Ciência do Inpa terá R$ 1,8 milhão para ampliação da estrutura visando a Copa de 2014

Além da ampliação, está prevista a construção do viveiro das ariranhas e a total acessibilidade para pessoas com deficiência

|Daniel JordanoDa equipe do Divulga Ciência

O Bosque da Ciência do Instituto Naci-

onal de Pesquisas da Amazônia

(Inpa/MCTI) deverá contar com R$ 1,8

milhão para ampliar a estrutura física

visando a Copa do mundo de 2014. Os

recursos serão utilizados para a

melhoria dos espaços já existes

e a construção da cobertura dos

tanques dos peixes-bois, do

viveiro das ariranhas e revitaliza-

ção do lago amazônico.

Do total de recursos R$ 1,5

milhão é do Ministério da Ciên-

cia, Tecnologia e Inovação

(MCTI) e os outros R$ 300 mil

são provenientes de uma emen-

da parlamentar da senadora

Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM). Os

investimentos no Bosque da Ciência

foram anunciados na quinta-feira (25)

pelo coordenador, Jorge Lobato, após

uma reunião em Brasília que ocorreu

na de quarta-feira (24).

De acordo com Lobato, os recursos

são fruto de um esforço institucional

com o objetivo de garantir as melhorias

necessárias para atender as deman-

das durante a Copa. Ainda de acordo

com ele, os recursos deverão estar

disponíveis em 60 dias. “Nós fizemos

toda uma articulação via senado onde

a senadora solicitou uma audiência

Bosque da Ciência

O Bosque da Ciência do Inpa foi cria-

do em 1995 com o objetivo de aproxi-

mar a sociedade das pesquisas para a

socialização do conhecimento. No

Bosque podem ser encontrados: trilhas

educativas, tanques de peixes-boi da

Amazônia e viveiro das ariranhas

(no Parque Robin C. Best, dentro

do Bosque), Casa da Ciência,

Ilha da Tanimbuca, condomínio

das abelhas, Paiol da Cultura,

viveiro dos jacarés, entre outros.

O horário de funcionamento do

Bosque da Ciência é de terça-

feira a sexta-feira, das 9h às 12h

e 14h às 17h; e sábados, domin-

gos e feriados das 9h às 16h. Na

segunda-feira o Bosque é fecha-

do para manutenção.

A compra de ingresso pode ser feita

pela manhã nos horários de 9h as

11h30 e tarde de 14h as 16h. O valor do

ingresso é R$ 5, crianças de até 12

anos e idosos a partir de 65 anos não

pagam.

Visitas de grupos escolares terão

entrada franca, porém é necessário

realizar uma solicitação por meio de

ofício pelos telefones (92) 3643-3192/

3643-3312 / 3643-3293.

‘‘ ‘‘Nós fizemos toda uma articulação via senado

onde a senadora solicitou uma audiência

com o ministro

Foto: Daniel Jordano

Página 04 - Abril 2013

Inpa lamenta o falecimento da pesquisadora Lúcia Yuyama

Cartilha reúne estudos sobre doenças transmitidas por insetos na AmazôniaA cartilha “Entomologia médica: doenças transmitidas por insetos na Amazônia” traz informações sobre doenças como dengue e malária| Raiza LucenaDa equipe do Divulga Ciência

A pesquisadora atuava no Inpa há 26 anos na área de ciência dos alimentos e nutrição

|Da redação da AscomDa equipe do Divulga Ciência

Divulga Ciência

O pesquisador do Instituto Nacional

d e P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a

(Inpa/MCTI), Eloy Guillermo Castellón,

reuniu com pesquisadores colaborado-

res do Instituto, do Instituto Lêonidas e

Maria Deanne da Fiocruz/Manaus, da

Universidade Federal do Amazonas

(Ufam) e da Fundação de Medicina

Tropical de Manaus (FMT), uma carti-

lha com as principais doenças transmi-

tidas por insetos na Amazônia.

A cartilha Entomologia médica: doen-

ças transmitidas por insetos na Amazô-

nia de acordo com Castellón, foi escri-

ta com uma linguagem simples e tam-

bém apresenta fotos ilustrativas dos

insetos e seus estágios, seus parasitas

e da doença agindo no corpo, tudo para

despertar o interesse do leitor.

Destinada aos estudantes do ensino

fundamental e médio, e à população

interessada, o pesquisador notou, em

viagens para o Alto Rio Negro no Ama-

zonas (AM), a falta de informação sobre

o contágio das doenças: “A população

geralmente tem o conhecimento das

doenças, mas não sabem como elas

são causadas. Vendo essa falta de

informação, pensei em produzir uma

cartilha no intuito de os professores

passarem a informação aos estudantes

e eles repassarem essa informação em

casa”, afirmou o pesquisador.

O autor, que estuda insetos há 41

anos, aborda sobre a doença de cha-

gas, leishmaniose, miíases, vírus oro-

pouche, dengue, malária, febre de tifo,

entre outros, além de seus causadores.

Ele Informa, ainda, sobre cuidados

básicos que se deve ter para a não-

contaminação, como, por exemplo não

deixar água parada em alguns locais,

lavar bem as frutas e ter um cuidado

especial com a higiene pessoal.

A cartilha, disponibilizada também

por meio eletrônico, foi editada pelo

Projeto Fronteira e financiado pela

Financiadora de Estudos e Projetos

(Finep/MCTI).

”,

desenvolvimento da Amazônia. Além

deste, recebeu 16 prêmios e homena-

gens.

A pesquisadora publicou 66 artigos

em periódicos especializados, 221

trabalhos em anais de eventos e 17

em revistas de divulgação além de

possuir 19 capítulos de livros e 1 livro

publicado.

Ela participou também do desenvol-

vimento de 13 produtos tecnológicos e

93 eventos no Brasil. Lucia Yuyama

orientou 2 teses de Doutorado, 17

dissertações de Mestrado, 47 traba-

lhos de Iniciação Científica e 17 traba-

lhos de Iniciação Científica Jr.

Lucia Yuyama foi Coordenadora

Geral de Pesquisas do Inpa de 2006 a

2011. O diretor do Inpa, Adalberto Val,

afirmou que Lucia Yuyama deixa um

legado para a ciência na Amazônia.

“A ausência de Lucia, profissional

exemplar, dedicada às causas da Ama-

zônia, abre uma lacuna significativa

nos quadros de pesquisadores da

região e do Brasil. Ela era uma lideran-

ça muito respeitada no Inpa. Como

colega e amiga, sua ida é irreparável.

Contudo, tenho absoluta certeza que

seu legado técnico e fraterno a mante-

rá entre nós", afirmou o diretor.

A pesquisadora do Instituto Nacio-

nal de Pesquisas da Amazônia

(Inpa/MCTI), Lucia Kiyoko Ozaki Yuya-

ma, faleceu no dia 24, na cidade de

Barretos (SP) em decorrência de um

câncer.

De acordo com a família, o enterro

ocorreu no dia 25, em Guaíra, municí-

pio no interior de São Paulo.

Lúcia Yuyama trabalhou no Instituto

desde 1987, avaliando o potencial

nutricional e funcional dos recursos

alimentares oriundos da biodiversida-

de Amazônica, principalmente as fru-

tas da nossa região, como meio de

promover a segurança alimentar e

nutricional com o intuito de contribuir

com as políticas públicas de promoção

da alimentação saudável e melhoria

da qualidade de vida.

A pesquisadora colaborou ainda na

Secretaria de Ciência e Tecnologia

para a Inclusão Social (Secis) do

Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação (MCTI); com o Ministério da

Saúde (MS); e com o Ministério de

Desenvolvimento Social e Combate a

Fome (MDS).

Em 2012, o Inpa homenageou a

pesquisadora com a Menção Honrosa

Rio Negro pelo reconhecimento do

trabalho e dedicação à ciência e

Foto: Tabajara Moreno

Abril 2013 - Página 05Educação e Sociedade

O curso, que busca esclarecer quais fundamentos e ações estratégicas são eficazes para o uso de patentes no setor farma-

cêutico, foi ministrado pelo sócio diretor da Axonal Consultoria Tecnológica Ltda, Henry Suzuki, no Auditório da Ciência no

Inpa

Curso promovido por Inpa e Axonal esclarece fundamentos para o uso de patentes

Conceitos, uso estratégico, ferra-

mentas e técnicas de busca e análises

de patentes foram assuntos abordados

no dia 25, no curso “Busca, análise e

uso estratégico de patentes com foco

no setor farmacêutico”, promovido pela

Coordenação de Extensão Tecno-

lógica e Inovação (CETI) do Insti-

tuto Nacional de Pesquisas da

Amazônica (Inpa/MCTI).

Henry Suzuki apresentou, con-

ceitos básicos de patentes – o que

é ou não patenteável -; uso estra-

tégico de patentes e informações

patentárias; ferramentas e técni-

cas de busca e análise de informa-

ções patentárias; fontes de infor-

mações, sistemas de busca e

análise comerciais e gratuitos; e

estudo de caso hipotético.

De acordo com a coordenadora da

CETI, Rosângela Bentes, a proposta é

sempre realizar esse tipo de evento

introduzindo informações básicas

desde o que é uma patente até infor-

mações mais estratégicas. “Esse

curso especialmente vai fornecer ao

público uma visão do que é uma paten-

te e de como utilizá-la de forma estraté-

gica. Dos participantes do curso, têm

os que já trabalham com esse tipo de

informação, como aqueles que vem

para se capacitar. Nós temos essa

missão e desafio de sempre disponibi-

lizar esses cursos justamente para

socializar a informação, capacitar

recursos humanos e ter essa cultura

não só dentro da instituição, mas com

toda a sociedade”, ressaltou.

Na opinião de Suzuki, o Brasil deve-

ria estimular as pessoas a depositarem

melhores patentes e não somente

pensar em número de patentes, pois

isso não significa que o país é inova-

dor. “O que faz um país ser inovador é

como aquilo tem retorno financeiro e

social para o país. Eu posso ter um

país que não tem patente nenhuma,

mas que exporta para o mundo todo.

Essa história de número de patentes,

embora seja utilizada no mundo todo

como indicador, é só estatística, não é

sinônimo de inovação”, explicou.

“Em geral, o que acontece muito no

Brasil e em outros países – mesmo

países desenvolvidos – é que as pes-

soas usam ainda pouca informa-

ção patentária no seu negócio.

As pessoas conhecem muito

bem literatura científica, mas

não dá muito valor das informa-

ções que são depositadas em

patentes. E no mundo comerci-

al, as empresas não fazem pro-

dução científica, elas procuram

se proteger depositando paten-

tes. Os pesquisadores ainda

não enxergam o mundo paralelo

que é o ‘mundo das patentes’. À medi-

da que enxergarem isso e acoplarem à

todo conhecimento técnico, a chance

de conseguir fazer inovações realmen-

te relevantes com potencial comercial

aumenta”, ressaltou.

‘‘ ‘‘O que faz um país ser inovador é como aquilo tem retorno financeiro e social

para o país

| Josiane SantosDa equipe do Divulga Ciência

Foto: Eduardo Gomes

Página 06 -Abril 2013 Pesquisa

Por meio de um acordo de coopera-

ção entre o Laboratório de Mamíferos

Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional

d e P e s q u i s a d a A m a z ô n i a

(Inpa/MCTI) e o Centro de Pesquisa

de Vida Selvagem (WRC – sigla em

inglês), da Universidade de

Kyoto (Japão), será realizado,

pela primeira vez, o mapea-

mento do genoma do peixe-boi

da Amazônia.

A ideia do projeto, pioneiro

com mamíferos aquáticos no

Brasil, é sequenciar o genoma

do peixe-boi utilizando um

equipamento de sequencia-

mento de DNA de nova gera-

ção da Universidade de Kyoto,

que permitirá aos pesquisadores

obterem mais informações e amplia-

rem o conhecimento sobre a espécie.

A pesquisadora da Coordenação

de Biodiversidade (CBio/Inpa) e do

LMA, Vera Silva, explica os procedi-

mentos da coleta: “O sangue de dois

peixes-bois machos vivos do plantel

(Lote de animais) do Inpa foi coletado

pelo veterinário do LMA e os pesqui-

sadores japoneses vieram ao Inpa,

no laboratório temático de genética, e

extraíram o DNA que vai ser utilizado

para sequenciar o genoma do peixe-

boi, isto é, toda a sequência do código

genético ou da informação hereditária

de um organismo codificada em seu

DNA, que forma o animal”.

Segundo a pesquisadora, o equipa-

mento de sequenciamento tem

o potencial de acelerar as pes-

quisas biológicas e biomédicas permi-

tindo uma completa análise do geno-

ma. O equipamento funciona como se

fosse uma triagem do próprio peixe-boi.

“Depois do mapeamento do genoma

vamos conseguir ampliar ainda mais o

nível de pesquisas e conhecimento

sobre a biologia e ecologia do animal

no seu ambiente natural, como identifi-

car com mais facilidade doenças”,

explanou.

Parceria

A parceria entre o Inpa e a Universi-

dade de Kyoto foi concretizada em

2012, quando o diretor do Inpa, Adal-

berto Val, selou formalmente os con-

vênios com a instituição japonesa.

Ainda em 2012 aconteceu no Inpa o

“1st International Workshop on Tropi-

cal Biodiversity Conservation in Brazil

(The JSPS Core to Core Program)”.

“O workshop foi uma atividade do

projeto dessa cooperação internacio-

nal que o Japão fez entre Brasil, Índia

e Malásia, com foco voltado para o

estudo de animais de grande porte,

onde tivemos uma grande troca de

informação com os pesquisadores

desses países”, lembrou Silva.

Com base nessa cooperação, o pes-

quisador/colaborador da Associação

Amigos do Peixe-boi (Ampa), Diogo

Souza, juntamente com o biólogo Thia-

go Pires, participaram do intercâmbio,

em outubro de 2012, entre o WRC e o

LMA, que também recebeu alunos

japoneses neste período.

| Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência

Inpa e Universidade de Kyoto mapearão genoma de peixe-boi pela primeira vez

“Após o mapeamento será possível realizar pesquisas com mais precisão e rapidez, diagnosticando doenças com mais facilidade, além de obter informações sobre a dieta desses animais no seu habitat natural”, explicou a pesquisadora do LMA/Inpa, Vera Silva

‘‘‘‘Depois do mapeamento do genoma vamos conseguir ampliar

ainda mais o nível de pesquisas

Foto: Anselmo D´Fonseca

Ainda de acordo com o pesquisador

o recenseamento das árvores é feito a

cada cinco anos e envolve, além das

árvores grandes, o monitoramento de

árvores menores (arvoretas). Ao todo

178 mil arvoretas são monitoradas.

”Acompanhando o monitoramento,

conseguimos saber a dinâmica da

floresta. Os dados são importantes

para saber qual é a velocidade de

reposição de árvores na floresta,

qual a taxa de mortalidade e de cresci-

mento”, afirmou.

Monitoramento 3D

Além das árvores há o monitoramen-

to de aves, que segundo o pesquisa-

dor, ajuda a entender a dinâmica da

fauna em relação à fragmentação da

floresta.

‘‘ ‘‘

Acompanhandoo monitoramento,

conseguimos saber a dinâmica da floresta

Abril 2013 - Página 07Meio Ambiente

Projeto do Inpa já catalogou mais de 1,4 mil espécies de árvores no Amazonas

O trabalho é desenvolvido pelo Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais há 33 anos. Os pesquisadores usam técnicas que permitem “ver” a floresta em 3D

Um dos projetos mais antigos

desenvolvidos pelo Instituto Nacional

d e P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a

(Inpa/MCTI), em convênio com o Insti-

tuto Smithsonian (nos Estados Uni-

dos), o Projeto Dinâmica Biológica de

Fragmentos Florestais (PDBFF) já

conseguiu catalogar até agora mais de

1.400 espécies de árvores nas

florestas de terra-firme ao Norte de

Manaus. Os estudos, que já duram

mais de 30 anos, têm a finalidade

de determinar as consequências

ecológicas do desmatamento e da

fragmentação florestal sobre a

fauna e flora na Amazônia.

De acordo com o coordenador

científico do projeto, José Luís

Camargo, a área estudada é de 94

hectares distribuídos em uma rede

de parcelas permanentes. Aproxima-

damente 45 mil árvores são monitora-

das na área. “Não há outra ação de

monitoramento em longo prazo como

fazemos. Monitoramos pensando na

consequência da fragmentação flores-

tal, mas nas áreas contínuas fazemos

o mesmo monitoramento para saber o

que está mudando nessas florestas”.

De acordo com Camargo, uma das

técnicas usadas pelo aluno de doutora-

do e biólogo brasileiro Karl Mokross,

que atua no projeto, consiste em com-

binar GPS para definir a área que ban-

dos mistos de pássaros ocupam na

floresta com imagens produzidas por

uma técnica chamada pelos cientistas

de LIDAR (Light Detection and Ran-

ging) que possibilita visualizar a estru-

tura florestal em três dimensões.

Os resultados

Camargo destacou o papel

dos estudos para a região e

disse que a partir do acúmulo de

informações ao longo dos 33

anos de atuação é possível iden-

tificar padrões da dinâmica flo-

restal que não seria possível

obter em curto prazo.

Dentre os resultados já obti-

dos o pesquisador afirmou que nas

áreas degradadas é possível identifi-

car a perda de espécies de aves e a

morte lenta de árvores principalmente

nas bordas da floresta. “Uma das pri-

meiras evidências é que grandes árvo-

res tendem a morrer”, destacou.

| Da equipe do Divulga CiênciaDaniel Jordano

Foto: Tabajara Moreno

Página 08 -Abril 2013

Inpa participa de discussão sobre pesquisas e tecnologias que possam ser aplicadas no setor primário do AM

Com o tema “Reunião de trabalho sobre o setor primário nas zonas periurbanas e rural no município de Manaus” o segundo encontro visa ter mais elementos para construir planos de ação e parcerias para elaborar políticas públicas de desenvolvimento do setor

O Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (Inpa/MCTI) sediou no dia 5,

no Auditório da Ciência, o 2º encontro

com órgãos do setor primário com o

objetivo de apresentar pesquisas

desenvolvidas pelos institutos e cen-

tros de pesquisas e universidades

que possam ser aplicadas no setor

primário, tornando-o autossuficiente

no Estado do Amazonas.

De acordo com a coordenadora de

Tecnologia Social (COTS) do Inpa,

Denise Guitierrez, o primeiro encon-

tro teve um resultado positivo em

conhecer a área que cada Instituto

desenvolve. “O primeiro encontro

teve uma reação bem produtiva no

sentido das pessoas conhecerem o

potencial do Instituto, e ficaram estimu-

ladas com o que o Inpa poderia desen-

volver. Ao mesmo tempo identificamos

várias convergências com parceiros e

propostas de juntar forças”, destacou.

No primeiro encontro, ocorrido no dia

22 de março, a pesquisadora do Inpa

Elizabeth Gusmão apresentou as tec-

nologias desenvolvidas pelo Instituto

na área industrial, empresarial e social.

Ao final desta reunião a Secretaria Munici-

pal de Empreendedorismo e Abasteci-

mento de Manaus (Sempad) irá propor a

formulação de uma carta com as contribui-

ções de todas as instituições para o

setor produtivo.

Instituições envolvidas

Treze instituições de pesquisa e

ensino, além do Inpa, participam do

encontro: Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embrapa), Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(Mapa), Ministério de Desenvolvimento

Agrário (MDA), Secretaria do Estado de

Produção Rural (Sepror) e Instituto de

Desenvolvimento Agropecuário e Flores-

tal Sustentável do Estado do Amazonas

(Idam), Secretaria de Estado do Meio

Tecnologia e Inovação

| Da redação da AscomDa equipe do Divulga Ciência

‘‘ ‘‘O primeiro encontro teve uma reação bem produtiva

no sentido das pessoas conhecerem o potencial do

Instituto

Ambiente e Desenvolvimento Sus-

tentável (SDS), Agência de Desen-

volvimento Sustentável do Amazo-

nas (ADS), Companhia Nacional de

Abastecimento (Conab), Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural da

Federação de Agricultura e Pecuá-

ria do Estado do Amazonas

(SENAR/FAEA), Serviço Brasi-

leiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas (Sebrae),

Instituto Nacional de Coloniza-

ção e Reforma Agrária (Incra),

Universidade Federal do Ama-

zonas (Ufam), Superintendên-

cia da Zona Franca de Manaus

(Suframa) e Universidade do

Estado do Amazonas (UEA).

Entre as ações da Coordenação

de Tecnologia Social do Inpa esta:

promover tecnologia social desen-

volvidas no Inpa, visando proporcio-

nar inclusão social; contribuir com

políticas públicas que promovam a

inclusão social; divulgar e promover

as técnicas e processos desenvolvi-

dos no Inpa, entre outros.

COTS/Inpa

Foto: Eduardo Gomes