dizCURSO #10
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Edição comemorativa
10ª Edição - 10 Anos NEDEQ
À conversa com Zita Henriques «Foi uma coisa natural para mim que fosse eu a candidata à AAC»
>páginas 6 e 7
dizcursojornal dos estudantes do departamento de engenharia química
fevereiro de 2011 ≈ ano IV ≈ número 10
edição: NEDEQ/AAC
Outros destaques
> Nova rubrica: Viagem às profundezas do DEQ
Capítulo 0
> À descoberta do Instituto Pedro Nunes
10 Anos, 10 Caminhos > página 5 e 6
O início desta odisseia à descoberta da vida no
piso –3 do nosso Departamento > página 9
Descobre o que o NEDEQ anda a
planear para os festejos do seu
aniversário em...
Parabéns ao NEDEQ!!!
O NEDEQ faz 10 Anos e o dizCURSO edita a sua 10ª edição “nesta data querida”!
Vê as surpresas que preparámos para ti…
10 Anos, 10 Actividades > página 17
Segue de perto o percurso de 10
pessoas que terminaram o Curso
no DEQ nos últimos 10 anos!
O dizCURSO foi investigar o porquê desta Incubadora de
Empresas andar na boca do Mundo... > página 15
10 Anos, 10 Edições > página 3
Conhece a história do dizCURSO
contada na primeira pessoa.
Zita: A Presidente da AAC que
estudou Engenharia Química
//2 INÍCIO
EDITORIAL
Caros colegas, Quando me foi “passada a pasta” do dizCURSO, pelo nos-
so ex-colega Pedro Martins, foi-me passada uma função. Foram-me passados ossos do ofício, documentos, histórias,
conselhos…
Mas aquilo que mais me fascinou foi o facto de o dizCUR-SO me ter sido deixado com vida, com ambição, com pro-
jectos que queriam sair da gaiola…
O facto de a 10ª Edição coincidir com o 10ª Aniversário do
Núcleo de Estudantes do Departamento de Engenharia Química (NEDEQ) fez com que algumas portas da gaiola
se abrissem...
Quis pôr em prática ideias arrojadas, acorrentadas em Edições anteriores pelo medo de não conseguir.
Quis estar À conversa com Zita Henriques para que o
DEQ conhecesse este exemplo de força e perseverança tão importante para o associativismo na Academia.
Quis explorar um pouco desta casa onde nos aperfeiçoam
as asas, fazendo Viagens às profundezas do DEQ. Quis deixar o dizCURSO voar mais um pouco e descobrir
o que é o E DEPOIS? para nós, futuros Engenheiros Quími-
cos, para que, quando já tivermos as asas bem formadas, possamos voar mais informados e com maior segurança.
Em suma, quis fazer uma Edição que me deixasse com um
brilhozinho nos olhos de orgulho pelo trabalho desenvolvi-
do quando, daqui a uns anos, a encontrasse nas recorda-ções do Curso.
Foi com grande alegria que, a propósito do artigo 10 anos,
10 Caminhos, tive a oportunidade de contactar com alguns dos antigos colegas, cujos olhos brilhavam ao falar
do NEDEQ e, em especial, do dizCURSO.
E sei que foi com grande entusiasmo que ajudaram a con-tar a história do Jornal em 10 anos, 10 Edições. O mesmo
entusiasmo com que fiquei quando descobri que é possível
abraçar o dizCURSO de tal forma que os olhos brilhem quando nele se fala.
Ao conhecer o trabalho desenvolvido pelos que me ante-
cederam, constatei que as adversidades são uma constante, e que haverá sempre alguém a questionar-se: “o Jornal
ainda existe?”, mas a ambição de tornar o dizCURSO mais
e melhor pelo DEQ sobrepõe-se Edição após Edição!
Neste 2º Semestre sob a Presidência de Anselmo Nunes, há 10 Anos, 10 Actividades que pretendem Dinamizar o
DEQ. É bom saber que, graças ao trabalho de todas as
gerações NEDEQ, o dizCURSO acompanha este dinamis-mo! Deixai-o voar até vós!
Saudações Académicas,
Mafalda Cardoso
(Coordenadora do dizCURSO)
ÍNDICE
> DESTAQUE páginas 6 e 7.
> DEPARTAMENTO páginas 8 a 11.
> FACULDADE página 12.
> ACADEMIA página 13.
> ENSINO SUPERIOR página 14.
> E DEPOIS? Páginas 15 e 16.
> AGENDA página 18.
> HUMOR E PASSATEMPOS página 19.
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
> 10 ANOS DEPOIS...
> 10 ANOS, 10 EDIÇÕES página 3
> 10 ANOS, 10 CAMINHOS páginas 4 e 5.
> 10 ANOS, 10 ACTIVIDADES página 17.
10 Anos, 10 Edições...
Ao longo dos quatro anos de existência do dizCURSO, quatro foram os coordenado-res deste Jornal: Ana Lourenço, Telma Matias, Pedro Martins e Mafalda Cardoso. O Jornal do Núcleo de Estudantes do Departamento de Engenharia Química (NEDEQ/AAC) surgiu no ano em que Ana Lourenço foi Coordenadora. A criação do dizCURSO surgiu da necessidade de apro-ximar o NEDEQ/AAC dos estudantes, motivando e apoiando estes da melhor forma possível. A primeira Coordenadora do dizCURSO defende que “um jornal que trouxesse as novidades e incluísse reporta-gens com a comunidade do DEQ seria uma óptima forma de o fazer”. A mais recente destes quatro foi a Mafalda, que começou o presente mandato do NEDEQ como Colaboradora e, após a mudança de curso de Pedro Martins, acei-tou o convite, com muito agrado, para ser Coordenadora do Jornal. Já o anterior e único homem Coordenador do dizCURSO tinha sucedido a Telma Matias, com uma passagem pela Secção de Jornalismo da AAC, tendo assim adquirindo experiência para o cargo. Pedro Martins acabou por propor um novo grafismo ao dizCURSO, criando assim um jornal mais chamativo. Telma Matias, diz sucintamente que partici-par na redacção e posterior coordenação do dizCURSO foi algo do qual gostou imenso e quando lhe propuseram, aceitou esse cargo, embora nunca tivesse trabalha-do nessa área. Ana Lourenço diz que foi uma escolha entre todos os elementos do NEDEQ/AAC e que ela própria se ofere-ceu para coordenar o jornal. Na minha opinião pessoal, o Jornal ficou bem entregue no mais recente mandato do NEDEQ, sendo que a Mafalda partiu do modelo já dinamizado pelos anteriores coordenadores e reestruturou a organiza-ção na recepção de material, criando tam-bém um e-mail para o facilitar. Em relação ao Pedro, no ano em que entrei no NEDEQ/AAC, não tive uma grande noção do trabalho que era feito no Jornal, mas um facto é que ele aparecia sempre feito e com a maior das eficiências. Em relação às duas primeiras coordenadoras, como não tive o prazer de trabalhar com elas, não posso comentar, mas é notável o trabalho contínuo que foi necessário para que o
10 ANOS DEPOIS... //3 dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
em relação à continuidade deste, após 10 edições, diz: “o sentimento de realização pessoal é um dos melhores que se pode ter e fiquei muito alegre quando vi que tinham continuado com o nosso projecto. Demos à luz um bebé para depois o ver crescer cada vez mais forte e isso é ópti-mo.” Na opinião de Pedro, neste momento, o dizCURSO está mais aberto a novos assun-tos, dentro e fora da Academia, e tornou-se mais do que um meio de comunicação do NEDEQ. Em relação a este tema, Telma Matias que o dizCURSO deveria “ser visto como uma fonte de divulgação do que se passa no Departamento, ou até mesmo na Faculdade, a nível de investigação e desen-volvimento”. Ana Lourenço diz que o Jor-nal, ao longo dos tempos, mudou um pou-co. Embora não tenha tido a oportunidade de ler todas as edições, constata e gosta do que vê, porque o Jornal “continua a dar importância aos alunos com as reportagens dos seus feitos” e tem a vantagem de “estar mais agradável à leitura”. Numa perspectiva de futuro, Pedro propõe a criação de mais artigos de opinião, não só de estudantes, como também de Professo-res e Investigadores, havendo, progressiva-mente, um maior envolvimento dos alunos do DEQ no dizCURSO. Telma diz: “não acho que seja necessário fazer grandes alterações”. Ana Lourenço, numa visão mais futurista deste Jornal, deixa o apelo para haver uma edição online do Jornal, de forma aos antigos alunos possam continuar a ver o trabalho do jornal e o que se passa no DEQ e na academia. Fazendo uma análise comparativa muito geral ao que foi este entrevista, foi que ao longo dos anos têm havido mais ideias e iniciativas para tentar melhorar, não só o dizCURSO num geral, mas também a liga-ção entre estudantes, docentes, NEDEQ/AAC e mesmo com as actividades da DG/AAC (Direcção Geral da Associação Aca-démica de Coimbra). Em suma, há que frisar que o dizCURSO tem ao longo dos anos tentando melhorar o dinamismo e que do pouco se faz muito.
João António Santos
jornal se mantivesse até hoje. Na opinião da mais recente Coordenadora, “coordenar o jornal requer a gestão simul-tânea de uma série de eventos e de um número de recursos humanos superior àquele com que costumava lidar até come-çar este trabalho. É uma actividade que exige trabalho e algum sacrifício pessoal, mas muito desafiadora e estimulante.”. Já Pedro frisa outros pontos, também impor-tantes, como por exemplo o de “ter os artigos em número suficiente e em data útil para fechar a edição”. A Telma, o dizCUR-SO não trouxe grandes problemas. Esta apenas pensa que “precisa de mais dedica-ção na altura em que o Jornal está para ser impresso”. Ana Lourenço, como primeira Coordenadora do dizCURSO, acha que foi díficil a conjugação da vida estudantil com as actividades extracurriculares e, por vezes, a agenda ficava muito preenchida. “Para além disso, como em qualquer novo projecto, há muitas arestas a limar, desde o design, à impressão em papel (que por muitas vezes correu mal) e à falta de finan-ciamento. Mas o que sempre tivemos de mais importante foi a forte motivação e a vontade de dar ao DEQ um jornal de quali-dade!” O dizCURSO tem vários objectivos para a população do DEQ, tentando não apenas fazer referência ao presente, mas também querendo mostrar o passado e o futuro, conseguindo abrir, na opinião da jovem Coordenadora do Jornal, novas portas: “para o passado, como referência e inspira-ção; para o presente, como informação e instrução e para o futuro, como oportuni-dade e ambição.”. Pedro realça o facto deste Jornal ter melhorado “a comunicação entre o Núcleo de Estudantes e a comuni-dade do DEQ, divulgando actividades e falando sobre temas de interesse relaciona-dos com a Engenharia Química, a Academia e o Ensino Superior”. Telma, por outro lado, acha que a linha de pensamento con-tinua a mesma, embora esteja com um ar mais apelativo do que no ínicio. Ana Lou-renço viu a primeira reacção ao dizCURSO e, na opinião dela, “foi muito bem recebi-do”, porque publicitaram Mapas de Exa-mes, actividades, notícias da Queima das Fitas,... Em suma, as notícias mais importan-tes para o estudante. Quando começou a trabalhar neste projecto, Ana Lourenço e a sua equipa, encontraram também alguns jornais do departamento, datados dos iní-cios dos anos 90. Ana Lourenço, sendo a pioneira no Jornal,
//4 10 ANOS DEPOIS dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
1o Anos…
O Núcleo dos Estudantes do Departamento de Engenharia Química foi criado há dez anos e, desde aí, recebeu muitos novos alunos e acom-panhou o estudo que levou à conclusão do Curso destes, por isso...
Quando terminei o curso, inscrevi-me num curso de especialização em Engenharia Bioquímica (duração de dois semestres). Entretanto, comecei a trabalhar na Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território do Centro (hoje CCDR - Centro) na área da gestão de resíduos industriais e da qualidade do ar, onde acabei por ficar quatro anos e meio. A seguir, comecei a trabalhar na Universidade de Coim-bra, na Divisão de Gestão de Edifícios, Equipamentos e Infra-estruturas (DGEEI) onde permaneço até aos dias de hoje. Aqui, o meu trabalho continua a ser na área do ambiente: gestão de resíduos, acompa-nhamento ambiental de obras, controlo das emissões gasosas, etc.. Desde que terminei o curso, continuei a frequentar, sempre que possível, formação na minha área de trabalho. Na altura em que acabei o curso, tinha idealizado que iria trabalhar na Indústria Química... algo que nun-ca veio acontecer. No entanto, confesso que gosto muito do meu actual trabalho e da área do ambiente onde acabei por me especializar. Gostei muito de ter tirado a Licenciatura de Engenharia Química, um curso muito exigente, mas que me deu bases sólidas para desempenhar o melhor possível as tarefas que tenho tido pela frente. Por agora, sinto-me concretizada com as opções que tenho tomado, mas acho que o caminho ainda não terminou. Todos os dias aprendo coisas novas e a evolução tecnológica é muito rápida. Estou à espera do que o futuro me reserva...
Inês Duarte Andrade
Ano de entrada: 1995
Ano de saída: 2001
Licenciatura em Engenharia Química
Imagem de uma simulação de uma mem-
brana
André Simões Ferreira
Ano de entrada: 2004
Ano de Saída: 2010
Mestrado Integrado em Engenharia Quími-
Poucos meses após ter terminado o curso, concorri a um bolsa de investigação relacionada com minha Tese de Mestrado. Des-de então, estou envolvido no projecto como Investigador. Apesar de ser um percurso ainda muito curto, tive a felicidade de começar a trabalhar numa área que gosto bastante, o que é muito motivador. Sempre me agradou a possibilidade de seguir uma vertente mais académica no "inicio de carreira". É uma experiência bas-tante enriquecedora, e onde se aprende muito.
Após ter terminado o curso e até à data, apenas trabalhei numa empresa PSA Peugeot Citroën em Mangualde. Trata-se de uma fábrica de construção de automóveis. Pode parecer estranho que alguém licenciado em Engenharia Química esteja a trabalhar neste tipo de indústria, mas este facto é a prova real da diversidade do nosso curso e de como podemos aplicar tudo o que aprendemos, pois acima de tudo APRENDEMOS A PENSAR… Apesar de o meu percurso ser relativamente curto, pois acabei o curso há pouco mais de dois anos, posso dizer que até à data estou satisfeita com o que faço. Como todos temos a noção, os empregos na área da Engenharia Química não favorecem grandes escolhas, assim considero que " fui escolhida em vez de ser eu a escolher..." , de qual-quer maneira temos que agarrar as oportunidades que nos surgem e dar o nosso melhor. Posso dizer que ainda não me sinto concretizada.
Andreia Ribeiro
Ano de entrada: 2002
Ano de saída: 2008
Mestrado Integrado em Engenharia Química
Como estava a trabalhar quando acabei o curso, mantive-me no call center em Coimbra durante mais um mês, e depois surgiu a oportunidade de efectuar um estágio na Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo e aproveitei - é onde me encontro neste momento. Não posso dizer que esteja realizado, no entanto sei que qualquer carreira se constrói: um passo de cada vez e este será apenas mais um passo. Estou também a acabar uma Pós-graduação que penso me pode valorizar para as etapas seguintes da minha carreira.
Nuno Vieira
Ano de entrada: 1996
Ano de saída: 2009
Mestrado Integrado em Engenharia Química
Patrícia Carvalho
Ano de entrada: 2004
Ano de saída: 2009
Mestrado Integrado em
Engenharia Química
Inicialmente, fui para a empresa onde ainda me mantenho para realizar um estágio auto-recreativo. Neste momento estou a trabalhar como Técnica da Qualidade, Ambiente e Segurança. Estou a frequentar o curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho (nível V) e, quando terminar, estou a pensar tirar uma pós-graduação na área da Gestão da Qualidade, o que faz sentido, tendo em conta a função que desempenho. Gostava de experimentar ou conhecer vários sectores e actividades para assim descobrir com qual me identifi-co mais. No entanto, em Portugal, pelo menos, o mercado de trabalho não está de acordo com isto e resta-me trabalhar para uma carreira que me incentive e me realize, onde possa estimular as minhas capacidades e adquirir novos conhecimentos. Espero, realmente, poder desenvolver ao máximo as minhas aptidões e ser reconhecida por isso.
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011 10 ANOS DEPOIS //5
… 10 Caminhos ….o dizCURSO foi tentar saber por que veredas andaram e andam estes Engenheiros Químicos que acabaram de se formar nos últimos dez anos.
Marta Nunes e Tiago Nóbrega
Sou, actualmente, estudante de Doutoramento na Universidade de Mons, Bélgica. Sinto-me satisfeito e concretizado com o percurso que fiz e com aquele que estou a fazer neste momento.
Pedro Almeida
Ano de entrada: 2004
Ano de saída: 2009
Licenciatura em Engenharia Química
Eu tive muita sorte porque, mal acabei o curso, surgiu a oportunidade de integrar uma bolsa de investigação na área em que tinha feito a dissertação e que é uma área em que gostava de fazer carreira. Entretanto, já concorri a outros cargos em empresas e, para ficarem com uma ideia, tive de fazer testes psicotécnicos e ir a entrevistas em que tive de resolver case-studies com apresentações de meia hora. Estou satisfeita com o meu percurso porque, pelo menos até agora, consegui manter-me na área de que gosto. É um emprego interessante porque, quando conseguimos avançar positiva-mente na investigação, apenas temos vontade de continuar a investigar com mais afinco. Mas como alguém disse, "investigação é 90% lixo e 10% de resultados bons", ou seja, é preciso pas-sar por muitos maus resultados para chegar a um que se aproveite. Já estou há cerca de ano e meio com uma bolsa de investigação no DEQ. Não posso dizer que seja um emprego ideal porque tenho um contrato a tempo limitado, o que não garante muita segurança para o futuro, mas estou a aprender imenso e espero poder vir a aplicar este conhe-cimento num emprego mais seguro no futuro.
Ana Filipa Lourenço
Ano de entrada: 2003
Ano de saída: 2009
Mestrado Integrado em Engenharia Química
Após ter terminado o Curso, tive um período de cerca de sete meses para conseguir o meu primeiro emprego na área. Esse primeiro emprego foi um estágio, de apenas três meses, numa empresa da área dos cosméticos. Lá, a minha função era fazer o Controlo da Qualidade. Depois desse pequeno estágio, voltei a ficar no desemprego por mais quatro meses. De seguida, surgiu a oportunidade de me inscrever no Programa Doutoral em Engenharia Química e decidi aproveitar essa oportunidade. Já a frequentar o Programa Doutoral no DEQ-FCTUC, fui selec-cionada para uma bolsa de investigação na Universidade Nova de Lisboa e, como na altura não tinha emprego, decidi aceitar e tentar conciliar as duas coisas. Na Universidade Nova de Lisboa estive apenas 15 dias, pois recebi a noticia de que uma bolsa para a qual tinha sido seleccionada em Março de 2010 iria finalmente ter inicio a Feve-reiro de 2011 no DEQ-FCTUC. Assim, deixei a bolsa de Lisboa pela de Coimbra, sendo-me agora mais fácil con-ciliar o Doutoramento com o trabalho. Por um lado, sinto-me satisfeita, pois tive a oportunidade de ver como era o mundo empresarial e agora estou a ter a oportunidade de ver como é o mundo da investigação, o que é bom. Por outro lado, senti as enormes difi-culdades que existem hoje em dia para que se consiga encontrar um emprego.
Telma Jesus Matias
Ano de entrada: 2004
Ano de Saída: 2009
Mestrado Integrado em
Engenharia Química
Fui Engenheiro de Processo na Iberol, tendo feito o controlo do Processo de Produção de Biodiesel durante três anos. Depois, fui Consultor da Altran Technologies and Innovation de Madrid para o cliente Airbus (equipa de melhoria contínua de Supply Chain Management da Airbus). De uma maneira geral, pode dizer-se que me sinto satisfeito com o meu percurso, uma vez que aprendi muito no meu primeiro trabalho e agora estou a aprender coisas totalmente diferentes. Neste momento, não me sinto concretizado porque não estou a gostar muito daquilo faço, mas é uma oportunidade única que vou aproveitar ao máximo!
Bruno Simões
Ano de entrada: 2001
Ano de saída: 2007
Licenciatura em Engenharia
Química
Inês Soares Romão
Ano de entrada: 2000
Ano de saída: 2008
Mestrado Integrado em Engenharia Química
Depois de acabar o Curso, fui trabalhar para um laboratório na Abo Akade-mi, na Finlândia (Universidade Sueca, curiosamente). Ao fim de dois meses, propuseram-me fazer um grau duplo (Doutoramento) entre a Abo Akademi, no Thermal and Flow Engineering Laboratory, e no DEQ. É importante referir que apenas segui o PhD pela situação do mercado de trabalho ser complicada. Ainda não estou concretizada. Quero fazer muito mais.
10, Anos, 10 Caminhos evidencia que a ferramenta que o Curso de Engenharia Química nos dá pode levar-nos por caminhos muitos
distintos. Eis que paira a questão: que coordenadas mostrará o teu GPS daqui por 10 Anos?
Ah… Do Chimico gua rdo mu i t a s recordações. Boas e más, como todos os meus colegas na altura: noitadas incansáveis a traba-lhar, ou então, quan-do fiz seminário. Foram muitas as noites no Chimico: umas a chorar, outras a rir e a can-tar; fizemos de tudo. Lembro os Profes-sores, obviamente,
os Funcionários, alguns que sempre foram adeptos das nossas causas e muitos amigos. Houve um momento culminante na vida do Chimico, na minha vida pessoal e na vida das pessoas que entraram no meu ano. Foi em Maio de 1992, quando encerrámos o Depar-tamento. Houve uma união de várias gera-ções que estavam há muitos anos sem se
//6 INÍCIO dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
À conversa com Zita Henriques — A Academia de Ontem
Nasceu a 10 de Setembro de 1979 em Travanca do Mondego, Penacova. Foi Presidente da Associação Aca-démica de Coimbra nos mandatos de 1995 e 1996. Licenciou-se em Engenharia Química na Universidade de Coimbra em 1998. Pelo caminho, criou os Núcleos de Estudantes e mudou mentalidades. Vem espreitar a primeira parte da conversa que o dizCURSO teve com este ícone da Academia. Daniel Marcos (DM): Comecemos por falar do Curso, pois foi por aí que tudo começou. O que a fez ingressar em Engenha-ria Química (EQ)? Eu, primeiro, ingressei em Eng. Mecânica e depois é que fiz a mudança de curso para EQ, de que me vim a arrepender amargamente. Na altura tinha uma ideia diferente dos cursos, mas EQ, na altura, desafiava-me. Eu gostava muito do processo fabril e da indústria. Fascinava-me imenso a área e a ciência e por isso escolhi EQ.
Mafalda Cardoso (MC): Foi em frente ao edifício do Laboratório Chimico que organizou uma greve, que foi a sua primeira grande acção. Quer falar-nos deste momento? Fizemos uma greve no dia 26 de Maio. E por incrível que pareça, passado um ano, como nada tinha mudado, fizemos um cartaz que dizia “Passou um ano. Você esqueceu? Nós não”. Na altura, para sermos admitidos a exame, tínhamos que fazer previamente um trabalho e ter aprovação nesse trabalho. Isso acontecia a Dinâmica de Sistemas, a Controlo Automático e Reac-tores Químicos I e II. Nós recusámos em bloco a fazer o trabalho de Reactores Químicos II, por-que o grau de dificuldade era de tal forma que se tornava incompatível com a carga curricular a que éramos sujeitos na altura. Na altura, o Projecto Industrial era outra das nossas reivindicações. Como não obtínhamos diálogo, encerrámos o departamento. Fechamos as várias entradas a cadea-
do, encontrámo-nos muito cedo e fizemos as nossas reivindicações: o curso tinha uma carga horária excessiva, os critérios de avaliação não eram bem definidos e fixados no início do semestre, os trabalhos não eram realizáveis no âmbito das disciplinas, as notas demoravam séculos para saírem e não tínhamos acesso, em algumas cadeiras, às provas corrigidas.
formarem. O curso era muito traumatizante, era feito quase sempre em 7 anos e isso fazia que muitas pessoas ingressassem no mercado de trabalho sem terminarem o curso. Encerrámos o departamento com
vários carta-zes, um dos quais eu tenho foto-grafia a dizer que abusa-vam mais de nós que os trabalhado-res japone-ses [risos]. Foi sempre
uma relação muito conflitual que eu tive com o departamento, principalmente a par-tir do meu 3º ano, e foi quando houve as eleições, a 1ª vez, para as comissões pedagó-gicas e para o concelho pedagógico da FCTUC. Quando nos revoltámos todos para não
fazer um trabalho e conseguimos em massa que todos os alunos de um ano não fizessem um trabalho de Reactores Químicos II, por exemplo, são coisas que nunca se esquecem. No 3º ano fui logo apelidada de Mafaldinha, pelo Professor Jorge Rocha e consta até na minha caricatura. Estaríamos aqui uma tarde inteira ou um dia inteiro a falar das recordações do Chimico, porque são muitas. Não posso esquecer, nunca, as duras discussões com o Professor Lélio Quaresma Lobo, com o Professor Almi-ro e Castro, entretanto já falecido, e com o Professor Portu-gal, que foi o 1º presidente da Comissão Peda-g ó g i c a d o Departamento.
DM: Na altura em que ingressou em EQ, o departamento era o Laboratório Chimico. Que recordações guarda do Chimico?
MC: Estas ideias foram uma grande parte dos motivos que a fizeram candidatar-se à Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC)? A minha vida tem uma história. Até esta altura eu era uma estudante anónima da licenciatura em EQ. Quando se inicia esta guerra, já tinha sido eleito António Vigário como presidente da AAC e prestam-nos imediatamen-te apoio a todas as nossas reivindicações. António Vigário, a lista I, convidou-me, devido ao que se tinha passa-do e à repercussão que aquilo tinha tido, convidaram-me para ir para a comissão coordenadora do Concelho Pedagógico da Faculdade. Em simultâneo eu comecei a trabalhar, devido a essa aproximação, com a AAC. Quando ele decidiu recandidatar-se eu já fui nesse organograma e a partir daí comecei a acompanhar todas as actividades da DG/AAC, Sem-pre muito ligada à pedagogia. Nesse ano ainda faço cadeiras, consigo conciliar minimamente o estudo e a AAC. É eleito como presidente o Tiago Magalhães e aí já fiquei como efectiva na AAC. Tinha vários pelouros à minha responsabilidade, um deles foi o fórum pedagógico, uma das iniciativas que na altura teve muita adesão por parte dos alunos e conseguimos que tivesse adesão também pela parte dos professores. Quando chega o período de aparecerem as candidaturas, foi uma coisa natural para mim e para muitos dos que me rodeavam, que fosse eu a candidata à AAC. Nesse ano, com o Tiago, já não fiz nenhuma cadeira da licenciatura. Faltavam-me quatro cadeiras para terminar a licenciatu-ra: Dinâmica de Sistemas, Controlo Automático, Reactores II e Efluentes Industriais [risos]. No ano em que foi presidente o Tiago, foi um
O regresso à
Lista Q, desta
vez para a
candidatura à
AAC no 1˚
Mandato
Zita a mostrar a Daniel
o pafleto da Lista Q de
Engenharia Química, na
qual era Efectiva na
Comissão Pedagógica.
Uma noite passada no
Chimico com um equipa-
mento de Termodinâmica
montado pelos alunos.
DM: Em que medida ser estudante de EQ a ajudou no desempe-nho das suas funções? Primeiro, sem EQ nada disto seria possível. Em segundo lugar, porque já levava um treino muito grande, um traquejo, nomeadamente em termos de discussão. Nós chegámos a estar fechados no anfiteatro do Chimico e eu perguntar ao professor que dava Dinâmica de Sistemas, o Professor Almiro, em plena aula, com o anfiteatro completamente cheio, se ele conseguia dor-mir à noite, se não tinha dores de consciência, o que pôs a sala toda comple-tamente em revolta “Meu Deus: é desta. É desta que ela é expulsa do cur-so” [risos]. Deu-me muito treino em termo de falar com os professores, muito treino em termos físicos, porque para mim era habitual estar quase 24h, infelizmente, sem ir à cama, quando estávamos naqueles períodos críti-cos dos trabalhos.
MC: Lemos que disse: “Se não fossem os meus pais, não me poderia ter dado ao luxo de ser presidente da AAC. Foram dois anos em que não fiz absolutamente nada no curso.”. Tal deveu-se à impossibilidade de conciliar a Presidência da AAC e o curso, ou foi uma decisão sua dedi-car-se por inteiro às causas da academia?
Era completamente impossível. A AAC, na minha altura, que não tínhamos a Queima das Fitas integrada, mexia com 1 milhão de contos. Nós somos muito jovens quando estamos na AAC e aquilo é uma empresa a sério. Na altura eram cerca de 50 funcionários. Tinha que se pensar que no final do mês tinha que haver dinheiro para pagar àqueles funcionários que muitas vezes eram familiares, marido e mulher. E aquilo é um trabalho, para ser levado a sério, é um trabalho de 24 horas sobre 24 horas. Eu não me esqueço de um 24 de Dezembro em que fui cha-mada porque estava a entrar água na AAC e poderia resultar um curto-circuito com a maior das facilidades. Tínhamos um problema tremendo com o quadro eléctrico e por-tanto, no dia 24 de Dezembro, ás “não-sei-quantas”, estava na AAC. Não é uma questão de opção e nem acho que fosse uma questão de incapacidade minha, de não conseguir compatibilizar as disciplinas. Mas é um trabalho de 24 horas. Ninguém pode pensar o contrário. Também me recordo, às 8h da manhã, estava-me a ligar a Dr.a Filomena, das relações internacionais: tinham caído em Coimbra, de repente, meia dúzia de estudantes do massacre de Santa Cruz de Timor, que estavam em Lisboa e tinham fugido para Coimbra e apareceram à porta das relações internacionais. E às 8h a Dr.a Filomena Matos de Carvalho a telefonar-me para eu a ir ajudar urgentemente com aque-les alunos. O trabalho de presidente da AAC, e isso aconteceu-me, tanto pode ser, de manha, entrar na AAC e varrer o lixo e à noite estar com o Presidente da República.
DESTAQUE //7 dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
DM: Foi a terceira mulher a ocupar o cargo de Presidente. Embora se tratasse de um meio estudantil e jovem, tal ainda era considerado um ponto negativo a seu favor? Não. Ser mulher, na altura, acho que não foi visto como ponto positivo nem como ponto negativo. Em pri-meiro lugar, nós somos a maioria na academia. Já o éramos na altura. Devo dizer que apenas tive um pequeno percalço com um Professor pelo facto de ser mulher. Tive um epi-sódio muito engraçado: a Tomada da Bastilha. Tinha que se saltar para o edifício da AAC, para trás das letras, tinha que se pôr uma escada junto ao edifício e quando o corso chegava ao edifício da AAC, o Presidente tinha que subir umas escadas e saltar o varandim e fazer um discurso daí. No meu 1º ano tive a desconfiança do meu Presidente do conselho fiscal e o meu responsável da política educativa, que não tinha condições para fazer isso, e obrigaram-me a fazer um ensaio, o que foi deveras humilhante [risos]. Era difícil e fui a primeira e única mulher a faze-lo: no tempo da Ana Paula isso não se fazia e a Clara Rocha não assumiu a presidência da AAC. Obviamente eles fizeram isso por mim, por serem meus amigos e por se preocuparem comigo: por eu ser tão pequenina, se tinha ou não perna para dar aquela alçada.
MC: Apesar de todos os sacrifícios pessoais que, cer-tamente, a Presidência da Associação de Estudantes implicou, faz um balanço positivo dessa experiência? Ah.. Muito positivo. A AAC é indissociável de mim e eu da AAC. A AAC transformou-me completamente. Foram tem-pos que recordarei sempre com saudade, tendo cautela com esta saudade. As coisas só se vivem uma vez e o meu tempo foi aquele e eu aproveitei o meu tempo; agora já passou. O actual já não é o meu tempo. Mas fiz muitos amigos, em que lutei muito e eu, em qualquer projecto em que me envolta, tem que ser um projecto em que eu sinta que esteja a lutar por alguma coisa e sentia-me a lutar por muitas coisas. Hon-ra-me muito o facto de a academia me ter escolhido duas vezes para liderar a AAC e é uma coisa que me vai ficar para toda a vida, com muita, muita alegria. Tento sempre recordar-me dos momentos bons e não daqueles que teriam sido menos bons.
ano de entrega total. O 1º ano de DG foi um ano muito dedicado a essas questões da qualidade do ensino. É um mandato onde começam algumas reivindicações do ponto de vista financeiro. Fizemos nesse ano uma campanha muito engraçada “Vamos encostá-los à parede”, em que convidávamos todos os candidatos a 1º Ministro. Promovemos, individualmente, no auditório da Reitoria, conversas com o auditório cheio. Foram debates bastante acompanhados em que a pergunta inevitável era: vai revogar ou não a lei das propinas actualmente em vigor? António Guterres promete no auditório da reitoria que repristinava a lei anterior e as propinas voltavam a 1200 escudos e é isso que acontece. Há uma coisa a salientar. É que nesta altura há uma cumplicidade muito grande entre o reitor, o professor Rui Larcão, o Dr. Lúzio Vaz, administrador dos SASUC e há uma cumplicidade com o próprio Senado. O próprio Senado aprovou moções contra a 1ª e a 2ª lei de propinas e o sub-financiamento do Ensino Superior (ES), posições muito fortes e mui-to críticas. E o Senado não teve quórum, algumas vezes, nestas alturas, não apenas porque faltassem os alunos, mas porque os próprios professores se manifestavam, também, contra a lei 20/92 e não iam. Em relação ao 2º mandato, decidi recandidatar-me porque continuavam em causa questões da política educativa e por-que tínhamos questões das finanças para arrumar. O 2º mandato é muito virado para isto, para os estatutos que per-mitem que sejam formalizados o Conselho Desportivo e o Concelho Cultural e também para que a existência dos Núcleos, que na altura estava reduzida ao Núcleo de Farmácia e ao Núcleo de Psicologia e Ciências da Educação, fosse uma realidade em todo o lado, porque já havia a percepção que a Universidade se iria dividir por vários pontos da cidade: a Pe. António Vieira mantém-se na Pe. António Vieira, mas os alunos não estão, na sua maioria, no Pólo I e, portanto, era necessário criar um elo de ligação. E os estatutos também foram uma das razões porque me voltei a candidatar, par dar o trabalho como findo, para acabar um ciclo.
Vê a Academia de Hoje pelos olhos de Zita Henriques na próxima edição do dizCURSO
Zita com os Pais no Cortejo da Queima das Fitas, com o
seu carro alegórico como pano de fundo.
O dia-a-dia de Zita como Presiden-
te: a trabalhar no gabinete da
AAC.
Movimento da Lista L
(2˚ Mandato) no telha-
do do edifício da AAC
Mafalda Cardoso e Daniel Marcos
//8 DEPARTAMENTO
No dia 11 de Novembro de 2010, no
Departamento de Engenharia Química,
não faltaram castanhas e jeropiga, ofere-
cidas com grande apreço pelo Bar de
Engenharia Química (BEQ), e que
estiveram muito ao agrado de todos.
Para além disso, os mais gulosos pude-
ram ainda degustar algumas sobremesas
e guloseimas trazidas por muitos dos
participantes.
Apesar de não ter havido que lume, a
boa disposição e o espírito de convívio
de quem conversa à volta de uma
fogueira não faltaram. Entre professo-
res, alunos e funcionários, a alegria e
convivência foram notáveis, tornando
este simples momento de São Martinho
numa tarde com bastante energia e, sem
dúvida, para recordar e quem sabe
repetir.
Desde já, o Núcleo agradece a todos os
participantes por tornarem este
momento mais especial e aos elementos
responsáveis pelo BEQ pela oportuni-
dade de realizar este evento, desta vez,
um pouco diferente. Que o Magusto do
DEQ se volte a repetir por muitos anos
e sempre com as mesmas vontade e
empenho de todos.
João Paulo Santos
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
Mais um jantar de Natal que passou, cheio
de diversão, de gargalhadas e de bom
humor por parte de docentes, alunos e
funcionários.
Este jantar foi um pouco diferente dos
outros anos. O Núcleo de Estudantes do
Departamento de Engenharia Química
(NEDEQ), com vista a mudar um pouco a
tradição desta actividade Natalícia do
Jantar de Natal do DEQ
As Fãs e o Pai Natal animaram um serão passado “em família”
Departamento, aceitou o convite do Bar
de Engenharia Química (BEQ), para
que este servisse a refeição a um preço
simbólico.
Esta festa de Natal contou com muitas
novidades, desde a actuação da Tuna
Feminina da Universidade de Coimbra (AS
FANS) até ao aparecimento do Pai
Natal (sim, devido à sua correria,
desde a Lapónia até Coimbra, para
nos dar os Presentes de Natal,
estava um bocado mais magro que
o habitual), passando pelo concurso Quem
quer ser Engenheiro, que animou alunos e
professores,
Dado o maior número de participantes
(comparativamente a anos anteriores) e o
S. Martinho entre Engenharia Química
Diz o ditado: “Dia de São Martinho, Lume, Castanhas e Vinho”. E assim foi.
óptimo ambiente vivido entre os partici-
pantes, o NEDEQ fez um balanço muito
positivo desta actividade!
João António Santos
DEPARTAMENTO //9
Viagem às Profundezas do DEQ
Capítulo 0
O dizCURSO desceu ao piso –3 do nosso Departamento para investigar o trabalho que lá se desenvolve… Para já, fica uma visão geral deste Mundo!
O dizCURSO chegou à conclusão que a
grande maioria dos alunos não sabe o que
acontece nos laboratórios do piso -3. Esta
nova rubrica surge, então, com o objectivo
de vos dar conhecer este “pequeno mun-
do” onde muito acontece. Para além da
máquina de café, é no piso -3 que se locali-
za o Centro de Investigação em Engenha-
ria dos Processos Químicos e dos Produ-
tos da Floresta (CIEPQPF). Este centro foi
fundado em 1994 e é lá onde se realiza
toda a actividade científica dos investigado-
res do DEQ. Este é constituído por vários
laboratórios e pela nave central
(Laboratório Prof. José Almiro e Castro).
Actualmente, o CIEPQPF é coordenado
pela Professora Doutora Margarida Figuei-
redo.
Sendo este o Capítulo 0 da “Viagem às
profundezas do DEQ”, decidimos abordar
aspectos mais gerais relacionados com o
CIEPQPF, como a sua estrutura e funcio-
namento, e transmitir alguma informação
relativa a cada área de investigação pre-
sente no DEQ.
O CIEPQPF é, actualmente, composto por
cinco grupos de investigação que, de segui-
da, apresentamos.
O grupo de Termodinâmica e Propriedades
Termofísicas de Fluidos, que engloba projec-
tos de investigação como por exemplo, o
estudo teórico do equilíbrio de fases de
substâncias puras, a medição de proprieda-
des termofísicas de fluidos puros, solubili-
dades gás-líquido em solventes orgânicos à
pressão atmosférica e temperatura
(GERSE), foca o desenvolvimento de estu-
dos experimentais e de modelação em
áreas direccionadas para processos de
separação. Actua na área da prevenção e
controlo da poluição, envolvendo proces-
sos catalíticos, processos de membrana e
de oxidação avançada e adsorção e troca
de iões. As metodologias utilizadas vão
desde a modelação e simulação ao projec-
to e desenvolvimento de novos processos.
Este Centro de Investigação foi classifica-
do como Excelente na última avaliação da
Fundação para a Ciência e Tecnologia
(FCT). Tem em curso cerca de 30 projec-
tos, incluindo projectos europeus, projec-
tos FCT, projectos QREN e projectos
financiados directamente pela Indústria.
Além disso, o CIEPQPF presta também
serviços ao exterior na realização de análi-
ses de rotina ou outros estudos mais ela-
borados.
A investigação científica é, sem dúvida,
importante no desenvolvimento económi-
co e social. A Universidade de Coimbra,
onde o DEQ está integrado, é extrema-
mente activa nesta matéria dando de si
todo o seu conhecimento que contribui
para o avanço da ciência.
Nas próximas edições, vamos abordar de
forma mais pormenorizada as áreas de
investigação mencionadas.
Joana Morgado e Tiago Nunes
ambiente e medições de densidade e vis-
cosidade de líquidos iónicos.
O grupo de Partículas, Polímeros e Tecnolo-
gia de Biomateriais debruça-se sobre as
seguintes temáticas: tecnologia da pasta e
do papel (que inclui estudos sobre bran-
queamento de pastas, caracterização e
modificação da superfície de papeis), pro-
cessos multifásicos (estudos de flocula-
ção), tecnologia de partículas e nanopartí-
culas, extracção supercrítica e polímeros e
biomateriais com aplicação farmacêuticas
e biomédicas.
No grupo Engenharia de Sistemas de Proces-
sos, a actividade de investigação enquadra-
se no domínio do Produto e da Engenha-
ria de Sistemas de Processos (PSE) e
abrange áreas como a estatística industrial,
modelação, supervisão e optimização dos
processos baseados em Estratégias de
Inteligência Artificial e Estatística Compu-
tacional, entre outras.
Computação, Estatística e Materiais (CEM),
versa essencialmente a pesquisa de novos
materiais designadamente a produção de
biodiesel e biocombustíveis. Envolve pro-
cessos de sol-gel com vista à produção de
aerogeis de sílica para aplicação na indús-
tria aeroespacial. O CEM empenha-se
também nos estudos de simulação e
modelação molecular e simulação da
estrutura de materiais, como o papel ou
têxteis não-tecidos, com base em redes
estocásticas.
Por último, o grupo de pesquisa de Reac-
ções, Separação e Engenharia Ambiental
nova rubrica
Na próxima edição do dizCURSO, não percas…
...Viagem às Profundezas do DEQ
Capítulo I
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
//10 DEPARTAMENTO dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
Balanço ao Primeiro Semestre
Quase um mês após o final dos exames da Época de Recurso do Primeiro Semestre no DEQ, o dizCURSO pôs os “Caloiros” a pensar. O objectivo deste momento de reflexão foi conhecer o balanço que as mais recentes aquisições do Mestrado Integrado em Engenharia Química fazem a esta primeira etapa do seu
Para o estudante comum foi apenas mais um, mas, para os novos alunos do Departamento, foi o primeiro semestre: o semestre de cho-
que, de mudança, de adaptação e de inicio de um novo ciclo que muito trouxe à bagagem destes novos tripulantes.
Após entrevistar três dos novos alunos nas mesmas condições, foi possível concluir que existem algumas discrepâncias no Balanço feito
ao Primeiro Semestre.
Marta Moura e João Costa
Tânia Morgado
18 anos
1ª Fase
Pedro Lucena
18 anos
1º Fase
Teresa Cernadas
18 anos
1ª Fase
Como correu o semestre?
Correu mais ou menos. Consegui fazer todas as disciplinas embora as notas tenham sido fracas.
O semestre correu bem. Penso que conse-gui, de uma forma geral, integrar-me den-tro da turma e também no restante Depar-tamento. Ao nível das aulas e das classifica-ções obtidas no final do semestre, penso que podiam ter sido melhores, no entanto tenho a perfeita consciência de que este primeiro semestre não foi mais que uma adaptação para nós, Caloiros, a esta nova fase da nossa vida.
O semestre correu bastante bem. Fazendo um balanço do primeiro semestre, todas as minhas expectativas foram superadas, con-segui fazer todas as cadeiras, fiz muitos amigos, conheci muita gente, diverti-me bastante, penso que não podia ter pedido melhor!
Consideras que a carga horária foi excessiva?
Sim, claramente. Muitas das vezes acabava as aulas tarde e não tinha tempo para estu-dar, ou o cansaço era tanto que só me apetecia ir para a cama. Penso que, se a carga horária fosse menor, eu teria obtido melhores resultados.
Existiram dias com maior carga horária que acabaram por ser bastante cansativos para os alunos, no entanto penso que se com-pensou com outros dias em que, por exemplo, haviam manhas/tardes livres. E por isso, acho que a carga horária foi relati-vamente adequada.
Não, eu no inicio do semestre tive muito cuidado a planificar um horário que fosse o mais razoável possível. E nunca achei que essa escolha exercesse uma carga horária em demasia.
Conseguiste equilibrar as actividades lúdicas e o estudo? Mais ou menos. No início foi-me bastante difícil gerir o tempo entre as actividades e o estudo, deixei de fazer algumas coisas de que gostava para me dedicar mais ao estu-do.
Sim, penso que consegui equilibrar da melhor forma o estudo com as actividades lúdicas. É tudo uma questão de gerir e organizar bem o tempo que dispomos.
Eu penso que sim. Entre os estudos, as actividades de integração e as saídas nunca houve problemas, sempre tive tempo para tudo! Acho que consegui conciliar tudo muito bem.
Notaste muita diferença entre os Ensinos Secundário e Superior?
Sim, sem dúvida. Notei muita diferença em relação aos professores e ao método de ensino. O ensino superior é bem mais exi-gente, o que é bom, pois prepara-nos para sermos bons profissionais e adquirirmos competências necessárias para enfrentar o mercado de trabalho, avaliações, etc..
Sim, bastante. Assim que entrei na Univer-sidade, notei uma grande diferença relativa-mente ao ensino secundário, quer ao nível do ensino (a forma como são dadas as aulas, bem como a exigência de alguns pro-fessores nas várias avaliações, etc.), quer ao nível da organização da própria Universida-de/DEQ.
O balanço ao primeiro semestre e a todo o processo de adaptação foi maioritariamente positivo para os caloiros. Se, em apenas um semes-tre, já há tanto para dizer, tantas recordações a engrossar o seu álbum da vida académica, resta imaginar o que haverá a dizer daqui a mais uns anos (não demasiados), no final do curso…
Em termos de ensino, nem por isso. Penso que não há tanto aquela proximidade e cumplicidade entre professores e alunos, mas tirando isso não há assim grandes dife-renças. Sempre estive habituada a uma certa distância entre alunos e docentes. Claro que as cadeiras necessitam de mais estudo e atenção, mas o primeiro semestre aborda muito assuntos e matérias já falados e estudados no secundário.
Reunião Geral de Alunos
Reunião Geral de Alunos O órgão máximo das decisões dos estudantes no nosso Departamento reuniu-se este mês. É uma oportu-nidade de esclarecimento e de nos unirmos em torno de ideais. Se faltaste a este Conselho de Alunos, não percas este resumo.
No passado dia 16 de Fevereiro de
2011, por volta das 14h30, foi realiza-
da no Anfiteatro C01 do Departamen-
to de Engenharia Química a 2ª Reunião
Geral de Alunos (RGA) do presente
ano lectivo 2010/2011, onde estiveram
presentes 36 alunos, tendo como ele-
mentos constituintes da mesa de ple-
nário Filipe Afonso (Presidente), Cláu-
dia Guilherme (Vice-Presidente) e
Lucy Henriques (Secretária). A RGA
teve início com a aprovação, pelos
presentes, da acta número um, da
RGA realizada a 15 de Setembro de
2010. Esta aprovação foi realizada com
26 votos a favor, nenhum contra e 1
abstenção. Tendo em conta que, ini-
cialmente, só estavam presentes 27
alunos.
Após aprovação da acta, Anselmo
Nunes, Presidente do NEDEQ/AAC,
tomou a palavra dirigindo-se à plateia
no que se refere às 10 actividades a
realizar pelos 10 anos de existência do
NEDEQ/AAC.
O assunto das camisolas de curso que
andam a circular pelo DEQ também
foi assunto de discussão, tendo sido
feita uma moção por parte do Presi-
dente do NEDEQ/AAC em que pro-
põe a atribuição da responsabilidade
pelas camisolas do curso inteiramente
do NEDEQ/AAC, com um regulamen-
to a definir. Esta moção foi aprovada
em RGA pelos presentes, com 28
votos a favor, nenhum contra e 2 abs-
tenções. No entanto, o regulamento
das camisolas a definir, ficou proposto
como próximo assunto a tratar numa
posterior RGA, a realizar.
O caso das bolsas de estudo também
foi um dos pontos tratados em RGA,
tendo tomada a palavra o Presidente e
Vice-Presidente do NEDEQ/AAC,
respectivamente, Anselmo Nunes e
Marta Nunes, que vieram informar os
presentes sobre o balanço positivo da
manifestação realizada no dia 17 de
Novembro de 2010, que levou a Lis-
boa cerca de 5000 estudantes da Uni-
versidade de Coimbra entre os quais
cerca de 40 alunos pelo DEQ, através
da qual se conseguiu a retirada do
Decreto-Lei 70/2010 referente a atri-
buição das bolsas de estudo.
Filipe Afonso e Jorge Rosa, como
representantes da Comissão Pedagógi-
ca, tomaram a palavra e deram a
conhecer aos estudantes presentes as
constituição e funções daquela entida-
de no que toca à elaboração dos
Horários e à calendarização de Mapa
de Exames, bem como aos métodos
de avaliação a implementar nas cadei-
ras leccionadas no DEQ.
O balanço às actividades de integração
aos novos alunos, que foram realizadas
no 1º semestre, também foi feito
durante a RGA, tendo sido feita uma
avaliação por parte de alguns novos
alunos presentes, bem como de
outros alunos presentes, relativamente
às últimas actividades realizadas.
A mesa do plenário agradece a pre-
sença de todos e salienta importância
da intervenção de todos os alunos do
departamento de engenharia química
neste tipo de actividades. O NEDEQ
apela a que, em futuras RGA’s, compa-
reça um maior número de alunos de
forma a manter a tendência à das últi-
mas, pois só juntos a nossa voz tem
valor.
O NEDEQ apela a que, em futu-
ras RGA’s, compareça um
maior numero de alunos
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011 DEPARTAMENTO //11
Filipe Afonso, Cláudia Guilherme e lucy Henriques
O caso das bolsas de estudo
também foi um dos pontos
tratados em RGA
Estiveram presentes na RGA 36
alunos, com Filipe Afonso a
presidir a mesa do Plenário
//12 FACULDADE
Inovações na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Sensewall: o fruto de três anos de investigação no Departamento de Engenharia Informática
No âmbito das tecnologias desenvol-
vidas pela Faculdade de Ciências e
Tecnologias da Universidade de
Coimbra (FCTUC), o destaque desta
edição do dizCURSO vai para a Sense-
wall, que foi desenvolvida ao longo
dos últimos três anos por investigado-
res do Departamento de Engenharia
Informática (DEI).
Do desenvolvimento deste projecto
já resultaram dois produtos: um pro-
duto utilizado para a demonstração
do Windows 7 pela Microsoft Portu-
gal, designado por Touchbloom, que
consiste numa superfície multi touch
facilmente transportável e um jogo
interactivo sobre a teoria de evolução
criado para o Museu da Ciência da
Universidade de Coimbra.
A Sensewall não é mais do que uma
parede interactiva baseada na interac-
ção multi-toque, que integra um con-
junto de tecnologias — vídeo, blue-
tooth, wifi, som, jogos, ferramentas de
desenho, RFID para sistemas de iden-
tificação por rádio frequência, entre
outras, num total de quarenta aplica-
ções desenvolvidas até ao momento,
permitindo a interacção com o ecrã
táctil por vários utilizadores em
simultâneo.
O funcionamento da Sensewall consis-
te numa camada de infravermelhos
que detecta as interferências geradas
pelo toque dos dedos do utilizador
no ecrã táctil e um computador que
processa em tempo real as imagens
captadas pelas duas câmaras situadas
na retaguarda desta parede interacti-
va. A dimensão deste ecrã táctil per-
mite a sua utilização por vários utiliza-
dores em simultâneo, sendo portanto,
possível a sua utilização em espaços
públicos, como estações de comboio,
hospitais, aeroportos, festivais, permi-
tindo o entretenimento e acesso à
internet pelos vários utilizadores. Se
queres conhecer mais de perto este
ecrã táctil basta dirigires-te ao bar
dos nossos vizinhos do DEI, onde se
encontra em exposição e eventual
utilização para os mais curiosos.
Lucy Henriques e Joana Morgado
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
ACADEMIA //13
Conhecer….
… a Secção de Astronomia, Astrofísica e Astronáutica da AAC
O dizCURSO foi bater à porta da Secção de Astronomia, Astrofísica e Astronáutica/AAC e vai deixar-te com a cabeça em órbita.
No dia 10 de Maio de 1989 nasceu a Sec-
ção de Astronomia, Astrofísica e Astro-náutica da AAC (SAC/AAC). O seu princi-
pal objectivo era divulgar a Astronomia.
Actualmente, Afonso Sousa é o Presidente e Cristiana Francisco é Colaboradora
desta Secção. Fomos falar com eles para
conhecer mais um pouco da SAC/AAC.
O que é a Astronomia e que utilida-
des práticas tem no dia-a-dia?
A Astronomia pode definir-se como a ciência que estuda os astros, baseando-se
em grande parte na observação. Esta é
uma ciência milenar com uma enorme contribuição no nosso dia-a-dia. É disso
exemplo o calendário, criado na antiga
Grécia. Não esquecer, também, que, nos Descobrimentos Portugueses, os mari-
nheiros se guiavam pelas estrelas.
Apesar de, abreviadamente, ser conhecida como Secção de Astrono-
mia, a SAC também incorpora a
Astrofísica e a Astronáutica. De que maneira estas ciências se relacionam
com a Astronomia?
A Astrofísica é o ramo da Astronomia que
estuda as características físicas do Univer-so, enquanto a Astronáutica é a ciência
que nos permite ter máquinas capazes de
viajar para fora do nosso planeta. O que pode a SAC oferecer de bom
a um estudante de Engenharia?
Os temas tratados pela SAC são do inte-resse de muitos dos estudantes de Enge-
nharia, e fazemos por ter actividades que
vão de encontro às necessidades de um futuro Engenheiro. Realizamos semestral-
mente cursos da área, leccionados por um
formador de fora, cursos bastante acessí-veis que têm como objectivo transmitir
informação simples mas, ao mesmo tem-
por parte da comunidade estudantil,
esperada? Os cursos da SAC procuram ser abertos à
comunidade em geral, apesar de direccio-
nados especialmente para os estudantes.
Até agora, já várias pessoas mostraram interesse em frequentar os nossos cursos,
e, de acordo com o tipo e o tempo de
antecedência da divulgação que foi feita, a adesão ao curso deixou-nos agradavel-
mente surpreendidos.
A SAC/AAC vê esta campanha de divulgação das Secções Culturais da
AAC como uma boa oportunidade
para aumentar o número de sócios e o número de participantes das activi-
dades?
Sim, claro! Qualquer campanha de divulga-ção que sirva para fazer chegar aos alunos
da nossa Universidade informação sobre o
que é a SAC e tudo aquilo que fazemos é
bem-vinda, pois permite fomentar o inte-resse na comunidade e trazer, com isso,
novos sócios.
Mafalda Cardoso e Daniel Marcos
po, valiosa no que diz respeito à formação
nesta área. Que trabalho poderia um Engenhei-
ro Químico desenvolver na área de
Astronomia? Há Engenheiros Químicos a trabalhar em
protótipos da NASA para processar a
atmosfera marciana, de modo a que seja possível habitar o planeta. Apesar de não
ser propriamente um trabalho de astrono-
mia, é um trabalho que contribui para o
avanço da conquista espacial. Há alguma actividade que tenha tido
particular sucesso?
Os cursos, por vezes, têm uma adesão superior à esperada, como no caso do
último curso organizado pela SAC. No dia
da primeira sessão, tínhamos apenas 5 inscritos confirmados, mas acabaram por
aparecer mais pessoas, e tivemos um total
de 28 pessoas nessa actividade. Quantos sócios tem a secção?
A Secção já existe há mais de vinte anos e
estão contados mais de duzentos e cin-quenta sócios. Mas, como acontece a
todas as Secções, sempre que uma Direc-
ção termina o seu mandato para dar lugar
a uma nova, o contacto entre Secção e os sócios que são angariados durante o man-
dato perde-se um pouco. Portanto, sócios
activos temos pouco mais de 20. As actividades que esta Secção Cul-
tural prepara e divulga têm a adesão,
rubrica
Não percas a próxima edição
do dizCURSO… ...e conhece uma outra
SECÇÃO DA AAC
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
//14 ENSINO SUPERIOR
Artigo de opinião
Vitória histórica dos Estudantes! No passado dia 17 de Novembro de 2010, deslocaram-se à capital
cerca de 4000 estudantes vindos de Coimbra. O motivo pelo qual
estes estudantes decidiram comparecer foi o direito à igualdade de
oportunidades no acesso e na permanência no Ensino Superior.
O Governo, com a publicação do Decreto-Lei 70/2010, no qual
constava o Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo, impu-
nha ainda mais barreiras para quem frequenta o Ensino Superior em
Portugal, pelo facto de se prever que este novo Regulamento iria
retirar a Bolsa de Estudo a uma percentagem bastante significativa
dos estudantes do Ensino Superior, isto porque iriam ser aplicadas,
por exemplo, novas regras de capitação do agregado familiar pas-
sando a fraccionar os seus elementos (ridículo). Contudo, o Decre-
to-Lei 70/2010 prevê uma atribuição de bolsas mais rigorosa, já que
tem em conta rendimentos capitais, o que também nos parece o
mais correcto, mas não é o que pesa mais na balança. A ausência deste apoio social causaria o abandono dos estudantes das Universida-
des e Politécnicos do País. Muita discussão houve à volta desta matéria, com o Governo sempre alheado às consequências negativas do
novo Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo, sendo que, o Sr. Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago,
nunca quis entrar nesta discussão, alegando que estava tudo bem com o novo Regulamento e que ninguém iria abandonar o Ensino Supe-
rior.
O que é certo, é que a manifestação de dia 17 de Novembro, onde estiveram reunidos, à frente da Assembleia da República, cerca de
5000 estudantes (4000 da UC), não passou despercebida e, de imediato, os grupos parlamentares se predispuseram a discutir a retirada
do Regulamento de Atribuição de Bolsas do 70/2010. Após várias reuniões e muito trabalho político, uma moção foi apresentada e apro-
vada na Assembleia da República e assim se alcançou uma vitória histórica para os estudantes.
Não podíamos deixar de salientar a grande acção de mobilização levada a cabo pela Associação Académica de Coimbra e pelos Núcleos
de Estudantes, que permitiu que a Manifestação tivesse o impacto que teve, e onde, mais uma vez, se mostrou quem é que dá cartas no
capítulo do associativismo estudantil.
Ora, estando o Regulamento fora do Decreto 70/2010, eis que surge outra enorme problemática que consiste no facto de alguns bolsei-
ros ainda não terem os seus processos analisados, pelo que, ainda estão a receber a bolsa mínima de 98 euros. Se, para alguns estudan-
tes, este valor dá para sobreviver (sim, sobreviver, e não viver) no Ensino Superior, com todas as despesas que este acarreta, calcula-se
que para outros terá sido mesmo o fim da linha, deixando então de frequentar o Ensino Superior. Falando em números concretos, cerca
de 600 estudantes da Universidade de Coimbra anularam a sua matrícula neste último Semestre, o que representa um abandono equiva-
lente a TODO o ano lectivo de 2009/10. Certamente que nem todos os casos de abandono se deveram à falta de apoio social, no entan-
to, os números não mentem e o Regulamento de Atribuição de Bolsas previsto no Decreto-Lei 70/2010, que entretanto já foi retirado,
provocou danos gravíssimos no Ensino Superior, etilizando-o com base nos recursos económicos de cada um.
Apesar dos danos que se verificaram, penso que um importante passo foi dado para evitar males maiores num Ensino Superior já de si
degradado por falta de apoios, e temos que agradecer a todo o movimento estudantil que se gerou em volta desta problemática permi-
tindo aos estudantes alcançar uma vitória histórica na igualdade de oportunidades, no que ao Ensino Superior diz respeito.
Queríamos ainda deixar uma palavra de apreço aos cerca de 45 alunos do Departamento de Engenharia Química que se deslocaram a
Lisboa com vista a que as reivindicações dos estudantes da Universidade de Coimbra fossem ouvidas.
Não se esqueçam, no entanto, caros colegas, de manter uma postura de alerta em relação aos vossos direitos e deveres, pois diariamen-
te há atropelos a esses mesmos direitos e, se não mantivermos essa mesma postura, poderão passar-nos ao lado alterações que nos
prejudicarão.
Viva a AAC! Viva o NEDEQ/AAC e todos os estudantes que representa!
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
Anselmo Nunes
(Presidente do NEDEQ/AAC)
Marta Nunes
(Vice-Presidente do NEDEQ/AAC)
E DEPOIS? //15
À descoberta do Instituto Pedro Nunes
O dizCURSO fez uma expedição ao IPN, a Incubadora de Empresas que foi galardoada a nível mundial com
o prémio Best Science Based Incubator no ano transacto.
O Instituto Pedro Nunes, habitualmente chamado IPN, foi criado nos anos 90 pela Universidade de Coimbra através da sua Facul-dade de Ciências e Tecnologia. Nesta edição, o dizCURSO partiu à descoberta de um dos mais importantes centros de inovação do nosso país. É em 1991 que surge na cidade de Coimbra uma nova Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia, o Instituto Pedro Nunes, assim chamado em homenagem ao famoso matemático do século XVI [ver caixa]. O projecto tem início com a necessidade crescente de criar uma interface entre a universida-de e a indústria, permitindo o desenvolvimento de projectos den-tro da academia com a possibilidade de aplicação no mundo real. Apoiada pela comunidade Europeia através do Programa Pedip, a Universidade de Coimbra, através da sua faculdade de Ciências e Tecnologia, cria nesse ano, o primeiro esboço do instituto consti-tuído pelos diferentes Laboratórios de Desenvolvimento Tecno-lógico que funcionavam como interface dos seus laboratórios de ciência e tecnologia financiados pelo Programa Ciência. Hoje em dia, podemos destacar seis com actividades bem definidas: o Laboratório de Automação e Sistemas (LAS), o Laboratório de Electroanálise e Corrosão (LEC), o Laboratório de Geotecnia (LABGEO), o Laboratório de Informática e Sistemas (LIS), o Laboratório de Estudos Farmacêuticos (LABPHARM) e o Labora-tório de Ensaios e Desgaste & Materiais (LED&MAT). Quem sabe de cor a história do IPN é a Professora Doutora Maria Teresa Viera, directora do LED&MAT, que é figura presente desde o início e que acompanhou o crescimento da instituição, afirmando que o seu laboratório é dos que possui mais projectos actualmen-te. “A Engenharia Química já teve um laboratório no instituto para a medição do tamanho e caracterização de partículas para utilização na indústria farmacêutica, o LABGRAM, que era dirigido pela Professora Doutora Margarida Figueiredo. Hoje em dia, faz parte do LED&MAT, mas existem vários professores do vosso curso a desenvolverem trabalhos no IPN”, diz, garantindo que todas as vertentes científicas estão bem representadas e que todos os projectos possuem áreas de interesse para os mais diversos cientistas e engenheiros inovadores. A outra faceta do IPN é a incubadora que funcionou primeiro no IPN onde hoje estão alguns laboratórios e a formação, mas em 2002 surgiu, com a Associação para o Desenvolvimento de Activi-dades de Incubação de Ideias e Empresas, sem fins lucrativos, um novo edifício de incubação, onde se promove a criação de empre-sas spin-offs, apoiando ideias inovadoras e de base tecnológica, oriundas dos laboratórios do IPN, de instituições do ensino supe-rior, em particular da Universidade de Coimbra, do sector priva-do e de projectos desenvolvidos com a indústria. O apoio é dado através da orientação técnica na fase de constituição e arranque da empresa, do acompanhamento no desenvolvimento do Plano
de Negócios, da dis-ponibilização de insta-lações e de serviços de logística, de liga-ções e contactos com diversos centros de
investigação nacionais e internacionais e fontes de financiamento, do acesso a acções de formação em diversas áreas, entre outras inúmeras vantagens. Qualquer pessoa com uma ideia nova e inte-ressante se pode candidatar à criação de uma empresa no IPN, que avalia a sua viabilidade e fornece os apoios necessários. Em 2010, a IPN – Incubadora foi galardoada com o prémio Best Science Based Incubator num concurso a nível mundial, onde houve a avaliação de uma combinação de indicadores de desem-penho da própria incubadora e das empresas aí incubadas, pelo Centre for Strategy and Evaluation Services (CSES). O instituto português destacou-se de entre mais de 50 incubadoras em com-petição, pertencentes a 23 países diferentes, e alcançou o 1º lugar graças aos seus excelentes resultados, referentes a: um modelo de negócio autosustentado com forte retorno de investimento público, uma taxa de sobrevivência das empresas incubadas supe-rior a 80% e à criação de mais de 1500 postos de trabalho direc-tos, muito qualificados, desde o início da sua actividade. Uma pro-va incontestável do sucesso do IPN enquanto incubadora é, sem dúvida, a existência de empresas cujo nome já é muito conhecido de todos nós, que se estabeleceram no mercado nacional e inter-nacional, mas que começaram por ser apoiadas neste instituto, como a Critical Software e a Crioestaminal. O Instituto Pedro Nunes, que começou por ser uma simples ideia de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Uni-versidade de Coimbra, é hoje uma associação de renome a nível internacional, sendo uma das mais importantes no desenvolvimen-to e apoio da ciência, tecnologia e inovação no nosso país. Como o próprio site indica: “Contribui para a transformação do tecido empresarial e das organizações em geral, promovendo uma cultu-ra de inovação, qualidade, rigor e empreendedorismo, assente num sólido relacionamento universidade/empresa e actuando em três frentes que se reforçam e complementam: investigação e desenvolvimento tecnológico, consultadoria e serviços especiali-zados; incubação de ideias e empresas; e formação especializada e divulgação de ciência e tecnologia.”.
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
P e d r o N u n e s ( 1 5 0 2 – 1 5 7 8 ) Nascido em Alcácer do Sal em 1502, estudou Filosofia e Matemática na Universidade de Lisboa, tendo alcançado em 1525 o grau de Bacharel em Medicina. Em 1544 foi nomeado professor na Universidade de Coimbra, cargo que ocupou até à sua jubilação em 1562. De entre as suas diversas contribuições científicas, podem-se destacar os seus estudos sobre a loxodromia, conceito que está na base do sistema de projecção de mapas de Mercator e que foi descoberto pelo matemático. Outro contributo importante foi a concepção do nónio, um instrumento teórico que permitiria medir fracções de grau em dois instrumentos náuticos de altura: o astrolábio e o quadrante. Morreu em Coimbra, em 1578.
Agradecimentos: Professora Doutora Maria Teresa Viera
Joana Martins
Para mais informações:
https://www.ipn.pt
//16 E DEPOIS? dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
O futuro da Engenharia em Portugal
Numa altura em que as alterações no Ensino Superior podem condicionar o estatuto de Engenheiro, é necessário estar atento. O dizCURSO, com a ajuda da Professora Doutora Maria Graça Rasteiro, aborda esta temática em voga na Ordem dos Engenheiros e que é do interesse de todos nós.
Nos últimos anos, o nosso país tem sido alvo de inúmeras alterações importantes no que toca ao reconhecimento profissional da Engenharia, devido à publicação de novas Normas Europeias, que têm exigido uma adaptação muito rápida por parte das insti-tuições de Ensino onde são leccionados cursos relacionados com esta área. A chancela da Ordem dos Engenheiros é, e sempre foi, a garantia de qualidade. No entanto, face às grandes alterações sofridas ao nível do Ensino Superior, que podem comprometer, de certa forma, o prestígio da Ordem, têm sido discutidas algumas alternativas a adoptar, em particular no que respeita ao estatuto de Engenheiro. Como futuros Engenheiros que vamos ser, é de todo o interesse termos conhecimentos neste domínio e, como tal, o dizCURSO decidiu, nesta sua décima edição, abordar este tema. Fomos falar com a Professora Doutora Maria Graça Rasteiro, docente no Departa-mento e Membro do Conselho Directivo da Ordem dos Engenheiros da Região Cen-tro, que nos deu a conhecer e esclareceu as polémicas questões associadas ao Pro-cesso de Bolonha e ao estatuto de Enge-nheiro, com uma visão do passado (Pré-Bolonha) e do presente. Actualmente (no Processo de Bolonha), os níveis de exercício da profissão de Enge-nheiro têm como base a Directiva Europeia 2005/36/CE que refere a existência de dois níveis, designados por nível 6 e nível 7. O nível 6 corresponde aos Engenheiros que têm apenas o 1º ciclo de estudos, os Licen-ciados ou, mais correctamente, Bacharéis. O nível 7 corresponde aos Engenheiros com o 2º ciclo de estudos, denominados de Mestres. Como é evidente, dado o diferen-te grau de instrução, a actividade de um Engenheiro de nível 7 difere da de um Engenheiro de nível 6. Em Portugal, o siste-ma nacional de qualificações segue a Porta-ria 782/2009, que transpõe esta Directiva Europeia. Antes de Bolonha, a Ordem dos Engenhei-ros nunca se questionou sobre a possibili-dade de incluir no seu seio estes dois níveis de exercício. Existia apenas um, o nível sete, que corresponde à antiga Licenciatu-ra. Foi pelo facto de a designação de Licen-ciado ser aplicada, tanto a um Engenheiro de nível 6 como a um Engenheiro do regi-me Pré-Bolonha, equivalente ao actual nível 7, que surgiu a necessidade de questionar a
admissão dos engenheiros à Ordem pois, segundo o Estatuto da Ordem de 1992, Artigo 7º, podem ser membros da Ordem os licenciados em Engenharia. Isto significa que poderão ser admitidos Engenheiros com qualificações inferiores, o que pode comprometer a chancela de garantia de qualidade da Ordem. Foi a partir de 1992 que se criou um meca-nismo de dispensa de exame com base na acreditação dos cursos com a qualidade requerida. A sujeição à acreditação era um acto voluntário de cada curso e era feita com base em entrevistas a professores, alunos, funcionários e pela submissão a um dossier à Ordem dos Engenheiros. A acre-ditação era concedida por um período limitado, no máximo de 6 anos. Muitos dos cursos que solicitaram esta acreditação foram recusados. Um caso bastante conhe-cido é o do curso de Engenharia Civil da Beira Interior que, inicialmente, foi recusa-do e, após algumas modificações, foi acredi-tado, o que demonstra, como foi referido pela Professora Dra. Graça Rasteiro, que as acreditações contribuíam também para melhoria do Ensino Superior. O curso de Engenharia Química do DEQ da FCTUC obteve sempre acreditação pela Ordem dos Engenheiros pelo período máximo. Com a implementação do processo de Bolonha em Portugal criou-se a A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior), cuja lei de base impôs que a Ordem deixasse de fazer acredita-ções. Deparamo-nos, então, com dois pro-blemas, sendo que o primeiro se prende com o facto de existirem dois níveis de exercício da profissão e o segundo se encontra relacionado com a lei que cria a A3ES. Apresentam-se duas questões que urge resolver: a primeira está relacionada com quem pode efectivamente integrar a Ordem e a segunda com o processo de admissão. Para o primeiro aspecto, encon-tram-se em discussão duas soluções: são admitidos Engenheiros apenas do nível 7 ou dos dois níveis de exercício (6 e 7), com a possibilidade de passagem do nível 6 para o nível 7 através de um mecanismo rigoroso de avaliação. Em princípio, esta decisão será tomada através da realização de um referendo aos membros da Ordem, dado que implica uma alteração substancial do estatuto. Para a segunda questão, foram apresentadas também duas soluções: a admissão é feita com exame mais estágio
ou apenas com estágio, sendo a primeira medida a mais apoiada. Porém, pode haver dispensa de exame, não através da acredi-tação que contraria a lei da A3ES, mas atra-vés da Marca de Qualidade EUR-ACE que está ligada com a FEANI e com um conjun-to de Associações de Engenharia Europeias. Para adquirir esta marca de qualidade é necessário satisfazer requisitos idênticos aos impostos nas acreditações dos cursos. Uma das vantagens desta marca de qualida-de é o cartão europeu de engenheiro que permite a sua circulação e o acesso à pro-fissão de engenheiro em qualquer país da União Europeia. A Ordem dos Engenheiros começou a dar a marca de qualidade EUR-ACE em Abril de 2009 e já existem 4 cur-sos que a possuem:
No que respeita à admissão na Ordem, a Professora Dra. Graça Rasteiro deixou claro que na sua opinião apenas deveriam ser admitidos engenheiros de nível 7 até porque já foi criada uma Ordem que acolhe engenheiros de nível 6, aprovada na genera-lidade na Assembleia da República, mas contestada pela Ordem dos Engenheiros. Embora já tenham terminado as reuniões de discussão de todas estas questões ainda não foi tomada nenhuma decisão. Estima-se que até ao final do próximo mês de Março esta seja tomada. Para alunos que estejam agora a terminar o curso, a admissão à ordem com dispensa de exame, para cur-sos acreditados pela ordem, como é o nosso caso prolongou-se até dia 31 de Julho de 2011. Os estudantes de cursos de Engenharia também se podem inscrever na Ordem dos Engenheiros como membros estudantes, com acesso a um conjunto alargado de regalias, como seja o acesso a acções de formação, para o que pagam apenas uma quota mensal de 1 Euro.
Lista de Cursos com a Marca de Qualidade EUR-ACE em Portugal
Estabelecimento Curso
Universidade de Aveiro
Mestrado Integrado em Engenharia Electrónica e de
Telecomunicações Universidade do
Porto Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
Universidade Técnica de Lisboa
Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica
Engenharia de Redes e Comunicações
Fonte: site da Ordem dos Engenheiros
Joana Morgado e Anselmo Nunes
Filmes de 2001
Sessão de cinema, na qual foi visualizado o filme
Uma Mente Brilhante que ganhou um Óscar
em 2001, ano da criação do NEDEQ.
10 ANOS DEPOIS... //17 dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
10 Anos, 10 Actividades... O Núcleo de Estudantes de Engenharia Química da Associação Académica de Coimbra (NEDEQ/AAC) comemora 10 anos este mês!
Foi em Fevereiro de 2001 que foi eleita a primeira direcção do Núcleo de estudantes de Engenharia Química, presidida por João Cruz
Pires. Desde então, várias direcções têm sucedido. Para comemorar os dez anos do Núcleo, ao longo deste semestre, propomos-te 10
actividades inseridas nas seguintes temáticas: Cultural, Desportiva, Social, Académica e Dinâmica. Estas actividades, além de comemo-
rarem o décimo aniversário do NEDEQ/AAC, irão Dinamizar o DEQ, levando à integração e convívio entre alunos. Desde já, convi-
damos todos os alunos a participar nas actividades que apresentamos de seguida!
Joana Sousa
Noite 10 Estrelas
Em colaboração com a Secção de Astronomia,
Astrofísica e Astronáutica, alunos acompanharão
pessoas de uma instituição carenciada de Coim-
bra numa noite diferente a olhar para as estrelas.
Tarde Solidária
Iremos a uma instituição de crianças ou idosos pas-sar uma tarde diferente, proporcionando a todos
um convívio diferente e divertido.
Tarde Lúdica
Irá ter lugar no DEQ e irá ser uma tarde dife-rente com jogos tradicionais, como o jogo do
lencinho e o jogo do mata, e uma luta de balões de água para todos participarem.
10
Anos
Workshop de divulgação de Estágios
Uma actividade útil para todos aqueles que estão
interessados em ocupar as suas férias de verão, parti-
cipando em estágios onde poderão exercer algumas
das skills que vão aprendendo ao longo do curso.
10
Anos
Vamos Pintar o DEQ
Uma actividade bastante interessante e que vai dar uma nova cara ao nosso Departamento. É objectivo
do NEDEQ que todos os membros do Departa-mento “dêm uma pincelada”, para assim ter um
local de trabalho e convívio mais bonito e alegre.
10
Anos
Workshop de técnicas de procura de emprego
Uma tarde em que todos alunos, quer estejam a terminar
o curso ou não, podem aprender e obter algumas dicas de
como arranjar emprego.
10
Anos
Gala Reactores de Ouro
Uma cerimónia cheia de glamour para a distribuição de pré-
mios aos mais ilustres (ou não...) do DEQ. Incluirá o Concur-
so Miss e Mister Caloiro, uma actividade divertida em que
os “Caloiros” serão avaliados por um júri de “Doutores”.
10
Anos
Tarde de Futebol
Para deixar o DEQ em forma!
10
Anos
Fica atento à divulgação
dos eventos pelo NEDEQ!
REALIZADA
10
Anos Actividade Cultural
Actividade Cultural
Actividade Desportiva
Actividade Desportiva
Actividade Social
Actividade Académica
Actividade Académica
Actividade Social
Fotografia do DEQ
Mais uma actividade para Dinamizar o DEQ!
Actividade Dinâmica
10
Anos
Actividade Dinâmica
10
Anos
10
Anos
//18 AGENDA
Mapa de Exames do Segundo Semestre Época Normal
Época de Recurso
Época Especial (Primeiro e Segundo Semestres)
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
HUMOR E PASSATEMPOS //19
KEN & KEN Regras:
Em cada bloco deve utilizar-se a operação que está indicada num dos seus quadrados (+ - x ÷) para que, usando os números que aí se colo-
carão (fazendo sempre a mesma operação entre eles), o resultado seja o algarismo indicado ao lado do sinal da operação. Devem usar-se
os algarismos desde 1 até ao número de linhas da grelha. Os algarismos podem repetir-se dentro do bloco, mas não na linha ou coluna.
RiaGente!
Porque é que o urso se dissolveu na água? R: Porque era polar.
Porque é que, quando o hexano foi preso, fugiu da cadeia? R: Porque a cadeia era aberta.
Fácil Difícil
dizCURSO • número 10 • fevereiro de 2011
Onde é que o electrão joga futebol? R: No campo electromagnético.
Porque é que se deve manter silêncio nos laboratórios? R: Para não desconcentrar os reagentes!
Novidade!
Soluções:
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http://www.eq.uc.pt/~nedeq
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sugestões para
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FICHA TÉCNICA
Edição, redacção e propriedade: Núcleo de Estudantes do Departamento de Engenharia Química da Associação Académica de Coimbra Departamento de Engenharia Química Pólo II – Pinhal de Marrocos 3030-290 Coimbra Tiragem: 120 exemplares
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