Do arranjo a articulação em rede: diretrizes para o cuidado em dependência química. Geisa F....
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Do arranjo a articulação em rede: diretrizes para o cuidado em dependência química.
Geisa F. Calvert Sabino
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POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS
• Uso de álcool e outras drogas Problema Social Objeto de Intervenções governamentais/ políticas de segurança pública.
• Uso de álcool e outras drogas Problema de Saúde Pública Objeto de Política de Saúde
• Processos complexos, envolvem múltiplos fatores.
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Segundo MACHADO (2005) na atualidade diferentes concepções e discursos sobre drogas coexistem.
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Análise comparativa das políticas de saúde na área de drogas: A Política do MS e a PNAD MS -Objetivo: Reduzir o nível de
problemas relacionados ao consumo de álcool e outras drogas que são vivenciados pela sociedade
- Tratamento: Criar/articular rede de atenção (UBS/PSF/CAPS I/CAPS II ad/ SHR ad) / Criação de possibilidades de financiamento desses serviços no SUS.
- Principais dispositivos assistenciais: rede SUS
PNAD -Objetivo: Buscar atingir o ideal
de uma sociedade livre do uso de drogas ilícitas e do uso indevido de drogas lícitas
- Tratamento: Incentivar articulação de intervenções para tratamento e recuperação de usuários de drogas e dependentes químicos, incluídas as organizações voltadas para reinserção social e ocupacional / Não há formas de financiamento definidas.
- Principais dispositivos assistenciais: comunidades terapêuticas,Grupos de mútua –ajuda .
Ana Regina Machado(2005)
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Análise comparativa das políticas de saúde na área de drogas: A Política do MS e a PNAD MS - Tratamento ou outras
ações de saúde devem se basear em uma lógica ampliada da redução de danos.
- Ações incluídas em sistema em construção (SUS).
- Norteadores: princípios do SUS/ da reforma psiquiátrica e da redução de danos (superação de uma concepção que enfatiza o julgamento moral da questão).
PNAD - Reconhecimento das ações
de redução de danos como estratégia de saúde pública para reduzir riscos e danos.
- Ações não credenciadas com o SUS.
- Norteadores: princípios da Constituição Brasileira, acordos internacionais (inclui o compromisso com a repressão ao uso e ao tráfico de drogas).
Ana Regina Machado 2005
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Programa Nacional de Atenção Integral a usuários de álcool e outras drogas
Diretrizes
• Reversão para um modelo assistencial que reduza a exclusão e a falta de cuidados, evitando internações desnecessárias.
• Incorporação da lógica de redução de danos na prevenção e atenção.
• Expansão e consolidação da rede de CAPS ad. • Priorização de cursos sobre álcool e drogas no Programa de Formação Permanente.
• Integração da Rede Especializada à Rede Assistencial em Saúde Mental, aos Hospitais Gerais, à Rede Básica e à Rede de Suporte Social.
• Revisão e construção de um suporte legal e normativo.
• Construção de uma política especificamente voltada para o álcool (GTI).
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O que DEVE ser uma política para álcool e outras drogas
• Visão integral, de saúde pública, articulando prevenção, tratamento, integração social• Perspectiva abrangente e intersetorial• Sensibilidade para o fator cultural• Combate ao estigma e à intolerância• Defesa intransigente dos direitos individuais e
coletivos• Pragmatismo: metas claras e atingíveis• Concepção de redução de danos
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QUEBRA DE PARADIGMA
TODO TRATAMENTO/
ABORDAGEM
DEVE BUSCAR A
ABSTINÊNCIA
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QUEBRA DE PARADIGMA
SE VOCE QUER PARAR DE USAR DROGAS O PROBLEMA É NOSSO,
SE VOCE QUER CONTINUAR USANDO DROGAS O PROBLEMA É SEU
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O ESTADO É RESPONSAVEL PELO
CIDADÃO/Ã QUER ELE/A
QUEIRA PARAR DE USAR
DROGAS OU NÃONOVO PARADIGMA
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O CONTRÁRIO DA DEPENDÊNCIA NÃO É A ABSTINÊNCIA
O CONTRÁRIO DA DEPENDÊNCIA É A LIBERDADE
NOVO PARADIGMA
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AUTONOMIA
DEPENDÊNCIA
NOVO PARADIGMA
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O modelo definido embora no seu texto trouxesse a integralidade e a inserção na rede SUS como pressupostos básicos, na prática gerou predominantemente abertura de CAPS ad.
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“ Além de possibilitar o reconhecimento dos CAPS ad como eixo central da política nacional de saúde mental para o setor das drogas lícitas e ilícitas, indicou caminhos importantes para a consolidação de um modelo de atenção mais flexível, ampliado e inclusivo para a população usuária do SUS”.FANTASIA DO EQUIPAMENTO ONIPOTENTE
M. Saúde. 2004.
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OUTRO OLHAR
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UDCMC
CC
CAPS ARD
RC
HC/HP/UPA
PROPOSTA DE REDE DE ATENÇAO INTEGRAL
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COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
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Construção de Redes
CAPS ADCAPS III
Leito em hospital geral
Projetos de Geração de Renda
Centros de Convivencia
Centros de Saúde
Casas de ApoioCasas de Passagem
Grupos de ApoioComunidades Terapêuticas
NASFs
Redutores de danos
Gruposde famíliaConsultórios
De rua
CAPS Infantil
Programa deSaúde da Família
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Desafios para a Implementação das Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas
• Falta de recursos humanos e materiais, bem como de medicamentos ( CREMESP,2010; MOTA,2011)
• Desarticulação entre os CAPS ad e outros serviços da rede- “ Oferta de recuperação pontual e insuficiente e as práticas de prevenção e reinserção social não são sistematizadas (MOTA,2011)
• Questionamentos da efetividade dos CAPS ad, como dispositivo na atenção e também como articulador da rede (CREMESP,2010);
• Outros estudos apontam que os obstáculos encontram-se na organização dos serviços e na implantação das Políticas de saúde em geral ( Cunha&Vieira da Silva,2010; Spedo 2009).
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• “ SOBRE A INTERSETORIALIDADE HÁ UM CONSENSO DISCURSIVO E UM DISSENSO PRÁTICO”
Andrade(2004)
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INSTUTO RAID - 2008
E NO ENTANTO,
É PRECISO
SONHAR
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SENDO ASSIM...PODEMOS APOSTAR:
MATRICIAMENTO DE EQUIPES DOS PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE : apoio presencial sistemático às equipes que oferte suporte técnico à condução do cuidado em saúde por meio de discussões de casos e do processo de trabalho, atendimento compartilhado, ações intersetoriais no território, e contribua no processo de cogestão e corresponsabilização no agenciamento do projeto terapêutico singular
PT 854/2012 (Brasil, 2012)
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GERENCIAMENTO DE CASOS: PROCESSO COLABORATIVO QUE COORDENA A
UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL PARA USUÁRIOS QUE DELES NECESSITAM, ATRAVÉS DE UM AGENTE DESIGNADO COMO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DOS CUIDADOS NECESSÁRIOS. Bertolotti(2010)
O gerenciamento de caso popularizou-se sem um protocolo específico.
O que se faz/ não como se faz! Figlie NB & Laranjeira R
(2004)
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CRIAÇÃO DE PROTOCOLOS DE RASTREAMENTO PARA DETECÇÃO PRECOCE e INTERVENÇÕES BREVES NA ATENÇÃO BÁSICA FACILITANDO OS ENCAMINHAMENTOS E ATUANDO NO CAMPO DA PREVENÇÃO. FERRAMENTA DE ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO AOS USUÁRIOS ( MOTA, 2010)
“ OS RESULTADOS SATISFATÓRIOS DA APLICAÇÃO DE TERAPIAS DE INTERVENÇÃO BREVE FORAM COMPROVADAS, INCLUSIVE, QUANDO ELAS SÃO REALIZADAS POR PROFISSIONAIS NO CONTEXTO REAL DE SUA ROTINA DE TRABALHO, EVIDENCIANDO SUA EFETIVIDADE .”
(VIANNA,2008)
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Possibilidades• 1. Aumentar a cobertura dos serviços de atenção e
cuidado INTEGRAL.• 2. Fortalecimento da rede (múltiplos pontos de
acolhimento).• 3 . Aumentar a flexibilidade dos serviços (baixa
exigência).• 4. Busca ativa (ações extramuros).• 5. Análise permanente das barreiras de
acesso/adesão ao tratamento.• 6. Novas formas de acolhimento• 7. Capacitação profissional• 8. Investimento financeiro
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Responsabilização compartilhada
• Corresponsabilidades no curso da ação entre os distintos operadores das políticas (redes) e distintos sujeitos implicados na ação trabalhadores/indivíduos/comunidades.
• Devem-se criar espaços para construção conjunta: canais de articulação abertos com base na lógica da rede ampliada - abordar os casos a partir de sua dimensão territorial.
• Parceiros devem compartilhar saberes e construir respostas conjuntas – até porque elas não estão prontas.
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Sujeito de direitos e deveres
Integralidade
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“A necessidade da articulaçãoda política de saúde com outraspolíticas que possam contribuirpara a conquista dos direitos sociais e de uma vida maisdigna, de maneira que caso aescolha pelas drogas ocorra,seja uma escolha, mas não aúnica ou umas das poucasescolhas possíveis”
Ana Regina Machado
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“Ninguém cometeu um erro maior do que aquele que não
fez nada só porque podia fazer muito pouco”