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MARCELINO FREIRE, escritor.
ATÉ CHEGAR, DIGAMOS, A ESTE SARAU: VOLTO AO BURRO. E VOLTO AO GRITO. MINCHONI SOLTA O VERBO NO COMEÇO DO EVENTO. JUMENTO CHAMANDO PARA A LUTA. A TURMA, ALI, SENTADA NO CHÃO DA SALA DA GALERIA. TODOS PIPOCAM POEMAS, CONTÍCULOS. TRECHOS DE ROMANCE. TEM QUEM CANTE. TEM QUEM SÓ ABRA OS OUVIDOS. DA ALMA. FEITO EU. FIQUEI QUIETO, ALI, NO PRIMEIRO - E ÚNICO - ENCONTRO. GOSTO DE ACOMPANHAR A ARTE DE CADA UM. CONHECER NOVOS CORAÇÕES À FLOR. ATÉ QUE O MINCHONI ME CONVOCOU. AÍ EU DISSE UNS CANTOS. CISQUEI UNS CISCOS. E FIZ OUTROS AMIGOS. GOSTO DISTO: DE IR FAZENDO COMPANHEIROS DE GUERRA. COMO BEM FAZ O MINCHONI. NESSA MILITÂNCIA, NESSA DANÇA. MARCELINO FREIRE, ESCRITOR
org. DANIEL MINCHONI
O SARAU DO BURRO
é um espaço para livre experimentação
poética que ocorre toda primeira
terça-feira de cada mês na A7MA.
organizado por MINCHONI em parceria
com o COLETIVO 132, o evento reúne
artistas de diferentes expressões sempre
pautados pela poesia das ruas.
entrada e palavras francas.
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DoBurroEdições Maloqueiristasegunda edição. 2012
berimba de jesus brunon berkeras bruno pastore caco pontes carolina moreiracena7 dan mabe danilo zamai donanena enivo emerson alcaldefreddy gagaringiovanni baffogegê moreirageraldo laderajerry batista leila monsegurluciana araújoluís alexandre lobotmagrela mc brejeiro do cajado makarrão nast pique priscylla de cássiaroberto bietorocha sammir mauad sinhá sola tinho tché zinho trindade zumi
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© BURRO, livro do sarauDoBurro / Org. Daniel Minchoni São Paulo: Edições Maloqueirista / Jovens Escribas 2011
DoBurro2a edição - 2012
Coordenação editorialBerimba de Jesus / Daniel Minchoni
Projeto GráficoVictor Meira / Daniel Minchoni
CapaVine / Enivo
Edições Maloqueiristaedicoesmaloqueirista@gmail.compoesiamaloqueirista.blogspot.com
Jovens Escribas www.jovensescribas.com.br
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“VAMOS DAR VALOR A QUEM TRABALHA. VAMOS DAR VALOR A QUEM DÁ MURRO. O BURRO É QUEM MERECE UMA MEDALHA. O BURRO É QUEM TRABALHA. O BURRO É QUEM DÁ MURRO.
O BURRO É QUE TRABALHA DE VERDADE. BOTA ÁGUA NA CIDADE. TRABALHA NA CONSTRUÇÃO. NO MEU BURRO NÃO TEM DIANEM TEM HORA. SAIO PELO MUNDO FORA PROCURANDO DIVERSÃO. EU SEI VOCÊS TODOS RECONHECEM QUE O BURRO É QUEM MERECE TER NO PEITO UM MEDALHÃO.”
“VOCÊ DISSE QUE É BRABO NASCIMENTO VOCÊ CORTOU O RABO DO JUMENTO EU NÃO QUERO PAGAMENTO, NASCIMENTO EU QUERO É OUTRO RABO NO JUMENTO.”
Elino Julião
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à rua, minha mãeaos poetas, minha vozao sola, meus pésao coletivo 132, meu corpo
a todos, minhas partes
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QU
EM V
AI LER
ESTA M
ERD
A?
quando idealizei o sarau do burro não pensei que fosse ter esse espírito indomado. de povo de rua. quando comecei a fazer, 2009, não sabia nem no que ia dar. quando comecei a formatar fazendo, dar cara a prêmio, não imaginava que, hoje, olhando pra trás, fosse julgar possível essa bagunça organizada. auto gestão. hoje sinto que mais que um espaço pra livre experimentação o sarau se tornou um dos poucos espaços poéticos abertos ao diálogo. o formato sem microfone e sem inscrição, coisa insana em sampaulo, permite que se dialogue uma poesia com outra. simples assim. se um poeta fala alguma coisa que fere firme ou foge, é possível responder na lata. sem deixar a rima esfriar, sem ter que remeter a uma poesia remota, que faltou há 30 minutos atrás. no sarau do burro a lira é pesada, e a resposta direta, sem titubear. quem tem boca fala, quem tem língua vai. a entrada e as palavras são francas. o sarau do burro é vírgula, não é ponto final.
burro drummond de assumpçãopoeta e doutor em literatura
quem não guenta joga mário.
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8JO
SÉ HEN
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tu co e aca come e acaba do come e aca beçatud o caba eçatu com e aca abeça
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QU
EM V
AI LER
ESTA M
ERD
A?
o coletivo 132 é uma obra nascida da amizade selada entre os amantes da arte – portanto, poetas –jerry batista ( jerry), marina josefovic (zumi), marcelo d’alia (tché), marcus vinícius teixeira (enivo), guilherme provenzano e marília rosa. embalados pelos preceitos do graffiti, eles co-criam com outros artistas e colaboradores um processo que tem origem na vontade de fazer germinar boas ideias, sustentadas por incessantes pesquisas individuais e coletivas, e desemboca na presença de praticantes dos mais variados estilos artísticos na cultura paulista, nacional e internacional.
as palavras desse poema são expressas pelos integrantes do coletivo 132 por meio da arte-educação de crianças e jovens, de eventos para exposição de obras próprias e de outros artistas, dos projetos voltados à descoberta, valorização e reconhecimento de talentos, de trabalhos comerciais, de ações fundamentadas em causas culturais, educacionais e sociais – que também permeiam os conceitos, motivos e intenções de suas criações – e do compartilhamento de desafios e conquistas. toda essa empreitada se encerra na colheita de frutos como este livro, oferecido pelas mãos de daniel minchoni. a ele, nosso agradecimento. de coração.
o coletivo 132
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tudo come e acaba cabe
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tudo começa e acaba na cabeçaricardo aleixo
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12
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tinho
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opçõesuns usam a força,outros a fraqueza.os que tomam a decisão corretase fodem!
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em sana realidade.dentro da clínica, a realidade é diferente.
a realidade é mais real.mas, nem todos percebem.e esses poucos que percebem.vão perceber que é melhor não questionar.
- vai tomar o medicamento?- ou vamos ter que te amarrar?
- a gente não gosta de “galinho de briga”, é bom você se comportar.
- “consigliere”, temos um problema.
- quando “eu achar” que você está “bem”, poderá nos deixar.
- é esse “seu olhar”.- enfermeiro, pode sedá-lo.- é para ele se “acalmar”.
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BUR
RO
UN
T gegê m
oreira
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a batalhaquantas vezesnão me senti um nada,um mísero nada.um cigarro queimando,morrendo lentamente.são nesses momentosque derrubamos o goliasque nos habita.
d: tché p: zinho trindade
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18
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lobot
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DO
CH
ICO
d: brunon berkeras p: danilo zamai
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DO
BUR
RO
T giovanni baffo
domingonão desfira seu venenoem meu terno amarelose você não percebeuo domingo está belo
vamos sair sorrir ao solvamos olhar pipas no céuvem que esqueço o futebol…
lavar o carro a doisfazer churrasco acémvem me alegrar, meu bem.
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DO
JUM
ENT
O geraldo ladera
em dobroela pensa o que fazer em dobroeu acho que to ficando doidoela é séria em seus contornos
eu ainda comemoro os gols do gordo
eu sofro um poucoela chega tarde, eu passo o dia morto
eu sou pedro, mas ela não é o loboeu fotografo com celularela é fotógrafa de lomo
ela é lenore, eu sou o corvoeu fui indicado, ela foi eleita pelo povo
ela ladra quando eu não mordoela socorre e eu só corro
ela é minha vacina, eu sou o seu soroeu trago prensado, ela deixa ele soltoeu sou seu fusca azul, ela é meu soco
eu tiro as pedradas que saem do fornoela lança os grooves que me botam torto
eu espalho meus tags, ela registra seus logosela é meu pagamento em dia, eu sou seu subornoela é toda regata e sainha, eu sou casaco e gorro
eu sou seu haikai de 3 linhas, ela é meu poema longo
ela não pergunta por que, eu não pergunto comomas todos os dias são pra gente. é o suficiente, ponto.
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DO
JUM
BAIO
d: zumi p: caco pontes
tendênciase ele tem casaeu moro de aluguelse ele tenta ser docesou o próprio melte chama pra beber no bar mais carocomigo, é conhaque fiadoe churrasco no bairroé carona no busão, banho de cachoeiracarona na estrada, dormir abraçados na esteiraescapar à rotina é a nossa diversão.e de uma coisa pode ter certeza, baby:que nesta matilha, eu sou o rei leão!
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d: leila monsegur p: priscylla de cássia
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quis por quererabrigo, corpo, mãos e calor.quis por quererantes, depois, durante e durante amor.mas você tanto fez,que agora tanto faz.
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DO
ASN
O priscylla de cássia
embo
ra e
u te
nha
acab
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de a
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hece
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eus
olho
s no
ite.
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das
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s.
beijo
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ulso
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s fec
hado
s. es
queç
o. o
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esso
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osto
por
si
mes
mo.
há
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ade.
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pen
sam
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s po
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ção.
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ão e
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bora
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acab
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man
hece
r m
eus
olho
s no
ite.
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sola
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DO
NK
EY`S em
erson alcalde
atentado poéticoal. alto. al. aljazira. al qaeda. al qaldeolha que louco mano, os muçulmanos estão comemorandoe eu ateu não to me conformandonão consegui nesse pico deixar meu nome assinadose tivesse lançado seria o pixador mais caçado meu retrato falado ia tá espalhadooferecendo recompensadestacaria na capa da imprensafugiria sem deixar pistaos repórteres falariam: essa obra é de algum esquerdista! refugiado na periferiachamariam a swat e a cia.pra me prendersem provas culpariam o pcc mas quando acontecesse a retaliaçãonão estaria sozinho, estaria com meus irmãosdevotos, seguidores que só vão parar quando pixar todas as torresos moleques foram treinados, largados, mal alimentadoso sofrimento foi frenéticopra se tornar terrorista e cometer o atentado poético e com a gravação de um vídeo feito em celularpostaria na internet e assim iria pronunciar:vocês me criaram, me educaramcom seus filmes, desenhos e seriados que aqui sempre passarampor isso, borrei sua paz de vermelhoo símbolo mais alto, assim como um espelhomeu nome lá no alto vai refletire só assim, pra vocês, eu passo a existir
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DO
JEGU
E carolina moreira
clichê moderno.nunca deixei saberem dos meus vazios
dos espaços em branco do exíguo da minha mentea solidão é um prato cheio para minha dor
aprendi desde cedo que tirar amor nos versosé sinal de fraqueza.
aprendi com o mundo que sonhos são irreaisno denso instante em que parei de sonhar.
minha angústia descrevo em palavrasque timbro com sentimentos imaginários
tentando passar para quem sentelê minhas utopias e mente
conseguir entrar em meu mundoe compreender meu pecado.
tachado de calores capricornianosvou buscando a luz que me consuma
em estradas onde sobreviventes engolem a féde quem ainda acorda
para descansar nos braços santosque nunca os acolhem como o combinado.
busco principalmente a poesiade poeta otário
que cansou de ser sozinhapois é clichê poeta ser só triste
e solitário.
quem mente dizendo o que senteperde a risca do que realmente é errado.
- e sabe.
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DELE enivo
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DO
AN
ALFA
BET
O piquequanto tempo dura a partida entre duas partes?
idas e vindas divididas em dívidas de bar doce lar
do quinto dia inútil do mês à espera da sobra do almoço
e da sorte no jogoo maço amassado no bolso
e o café fraco no gosto da boca alheia ao beijo
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DO
BUR
RIC
O rocha
antônimo de mauricinho é maloqueiro sinônimo de estelionatário é banqueiroantônimo de favela é condomínio sinônimo de polícia é extermínioantônimo de maconha é pedra de cracksinômino de viciado é piripaqueantônimo de americano é iraquianosinônimo de hipocrisia é vaticanoantônimo de israel é palestina sinônimo de ouro branco é cocaínaantônimo de adolf hitler é malcolm x sinônimo de mãe chorando é giroflex
antônimo de maradona é rei pelésinônimo de africanismo é candombléantônimo de alisado é cabelo blacksinônimo de pé de pato é pé de brequeantônimo de toneladas é mililitrossinônimo de 7 palmos é 9 milímetros antônimo de heavy metal é samba raizsinônimo de salário mínimo é povo infelizantônimo de feira preta é fashion week sinônimo de favelado é bolchevique
antônimo de emocore é hip hopsinônimo de tiroteio é globocopantônimo de conte lopes é beira marsinônimo de traficante é super starantônimo de fusquinha é lamborghini sinônimo de kassab é mussolini antônimo de george bush é hugo chavezsinônimo de haibusa é aeronavesantônimo de b.b.c é al jazeera sinônimo de poka grana é muita iraantônimo de duque de caxias é zumbi dos palmaressinônimo de melhorias é tudo pros ares!
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DO
TÉC
NIC
O Q
UA
ND
O PER
DE d: enivo p: donanena
introspecção, uma viagem ao eternoideias póstumas plantadas no velho vaso. enraizadas. frutos frescos de velhos esquecimentos-adubos. a independência da cabeça regada de mentes. naturais mentes. mentem com naturalidade.
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DO
JERIC
Ó d: dan m
abe p: berimba de jesus
tragédia paulistanajabaquara conheceu conceição
que foi apresentada por são judas o qual dizem que é santo
os dois com saúde trabalharam na praça da árvorena santa cruz se casaram
e foram morar na vila mariana.conceição pariu ana rosa e tudo foi um paraíso,
só que conceição conheceu vergueiroque foi apresentado por são joaquim
o qual também dizem que é santo.e ela traiu jabaquara na liberdade na cara larga.
pra se vingar jabaquara foi a um puteiro e conheceu a sé, que foi apresentada por são bento, o qual, também dizem que é santo.
e a sé deu a luz a tiradentes e armênia.
jabaquara discutiu com conceição pelas bandas do tietê e injuriado matou conceição afogada.
foi parar no carandiru. santana, irmão de jabaquara,
ficou com a sé, assumindo ana rosa, tiradentes e armênia, e foram todos morar no jardim são paulo.
mas num belo passeio de domingo pela parada inglesa, todos morreram atropelados na linha um azul do metrô,
e foram enterrados como indigentes no tucuruvi.
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DO
TR
ABA
LHA
DO
R D
E CA
RG
A zinho trindade
cotidiano, começa o dia, maria e zé levantam às 5pois é, com fé tomam um café, 2 vezes passado,pra aproveitar o pó, né. molha o pão de antes de ontemamolecido fica, como é o coraçãopai nosso, ave maria a reza de cada diameu pai ilumine mais uma batalha da vidaum novo dia, mais uma correriabeijo nas crianças, a mais velha tá na responsao ponto tá daquele jeito, o campo tá minadopaga conta, pega fila ônibus lotado, imagine o tremlotação também é o vai e o vematravessando a ponte, observo meus irmãos apertadosmuitos angustiados, eu tomei meu café e o guerreiro ao meu lado? uns vem em pé, outros sentadosda janela que estou, vejo um carro importadouma madame, com um poodle, com um latido bem chatodeve estar indo ao shopping, é claroo marido deve ser empresário, ou deputadoum senhor acende uma bituca de cigarroo moleque, no farol, ganha seu trocadoa prostituta faz seu ponto, não é nada fácilna quebrada, tá moiado os polícia colaram e saíram com o camburão estrumbado sô trabalhador, senhor, leva que é pra cumprir o mandato dei sorte hoje, amanhã pode tá embaçado é época de eleição, quer fazer bonitopros bacana, pra ser o próximo candidatoquer limpar a cidade, devia começar pelo outro ladoé lá que ficam os safados, colarinho engomadolixo tóxico que explora o busão lotadoestou à margem, mas eles que são os marginalizadoseu, eu sou um simples trabalhador, ganho o meu suadoobservando da janela do busão lotadoapenas sonho para que esse lixo todo seja mudadoe os meus filhos não precisem molhar o pão no café fracoquero ser livre, sentir a leve brisa do meu barracoe não me sentir um escravo, sendo maltratado por capitães do mato que enquadram, matam e são engravatados.observo tudo da janela do busão lotado e apertadoé mais um dia de trabalho.
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sola
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quem não sente dordilacera língua
perde dedose dentes
fica em pedaçosanestesiado
num corpo-nada.
quero minha dor.
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....tirei as facasaumentei e amenizei minha frenteolhar antepassado vi o filho de frenteencarnei o rachointeriorizei esse exú
olhar as gravuras e guardá-lase expor um chifre em areté....
41
DO
CU
L d: bruno pastore p: sinhá | bruno pastore
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DO
AN
AR
FA pique
coloque palavras na minha bocaseis colheres de sopa cheiasde apetite e disfarce.teimosa evidênciaem fino envoltório de formaquebradiça aparênciaborra os detalhes apaga o que não encaixarabisca aquilo que não rasga
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seriatodanoiteentrevelasteu corporessuscitando inexpugnável se possível
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DO
INH
Ó d: zum
i p: berimba de jesus
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vidro virtualnão aguento mais olhar pra tua cara de vidrome irrito, xingo e lembro...essa tela não pesa nadasó não a quebropois sei que vai demorar muito pra te ver ao vivo.
DO
RU
ÇO
d: magrela p: cena7
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DO
BESTA
freddy gagarin
saúdehoje me deu uma vontade imensa de fumar um
cigarro mas eu resisti, tomei uma garrafa de café, dois copos de vodka e uma porção de torresmo
e a vontade de fumar passou. fico muito orgulhosode como eu consigo cuidar bem da minha saúde.
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o balsâmicomijo do mendigode segunda a domingomesma meta seta e alvoo mundo mudo muda e passao líquido seca
nunca cessae naquele cantinho o bálsamo curtindo...tem vez que sólido virae irritaquem frequenta a praçateu lar das épocas de boa praçahaja paciência pra entenderque a culpa circundaanulando o verdadeiro atingidoque deitado em crack e cachaçaanuncia quando passapaga micosendo o mendigo facebooko mais curtido.
DO
ING
UIN
OR
AN
TE d: m
akarrão p: cena7
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caí no pé do pecado.ele veio assim, me olhando de lado.
no momento propício levou até o último pedaço.
falou de regras, desejos e submissão.entregou um molde menor que meu tamanho.
marcou a coxa com dois riscos cruzados.
procurei sua voz e seus olhos, silenciaram.virei o corpo, rosto e larguei sua mão.
ficamos na intenção de sermos dois.
DO
DA
CO
R D
E QU
AN
DO
FOG
E d: makarrão p: m
agrela
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DO
QU
AD
RÚ
PEDE d: m
akarrão p: leila monsegur
tempestademinha invenção, minha criação é você a construção da minha memóriaa memória da minha pele o esquecimentoa saudade dos teus olhos nos meus olhos o instante vazio na minha cabeça as horas que habitam teu nome cada partícula do ar que respiroo labirinto onde caminho finalcomeço confusãoés aquilo fora de mim e que só percebo mergulhando nessa tempestade que chamam razãoamor vocêcanção cada rocha na praiacada risco na areia te devolve a mimem marejadas me amarrando a tua lembrançacomo quem perdido em alto mar teme esquecer o aroma da terra.
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jerry batista
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DO
ESTÚ
PIDO
caco pontes
perdizesquase me perdiprocurando por tiem ladeirasdas perdizesó, minha flor e diretrizbela e audaciosacomo marlene dietricha última vez que te vifoi na esquina da mtvtomando cervejaencantando todos ao seu redorquando penso em vocêchego a sentir dóde mim mesmoque ultimamenteanda tão só,querendo às vezesalgo mais do que apenasconversare tendo como desculpacinema cult para comentarquase me perdiprocurando por tiem ladeirasdas perdizesó, minha flor e meretriz
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DO
TEIM
OSO
mc brejeiro
yasmim (parte 1) carolah.. yasmim, ah..ah...yasmim
por que por que faz tão bem tão bempra mim tua auréola tem perfume dourado
yasmim é perfumada como talcoyasmim, vou me empenhar por você
no palco
yasmim só quero a semana inteirapassear contigo na joão cachoeira
lá na lorena , yasmim de mãos dadascom minha pequena
tão serenayasmim que linda morena
sou de yasmim, simseu novo poema,
viajando e surfando , yasmimpor todo o sistema
com harpas yasmim e oboésminha cantiga diz que és
yasmim , ah... yasmimpor que tão boa tu és para mim?
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DO
MU
LO m
c brejeiro
yasmim (parte 2) carolyasmim yasmimé puro teu coraçãoés a menininha da consolaçãoyasmim , yasmim simyasmim me gustadesfila prada lána rua augusta
yasmim yasmimé puro teu coraçãoé a menininha da consolaçãoyasmim yasmimsimyasmim me gustadesfila prada na rua augusta
yasmim é dela um poema simcomo sou dela entãopego pra mimyasmim
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PERISSO
DÁ
TILO
carolina moreira
o sabor do âmago na língua. quis de tudo ser teu apelomais profundo e profano
saborear teu sexocom meu desejo insanobanhar-me em teu calorsuor amargo de mulherfazer-te ser quem quer
na carícia de meus braçosignorar teus dramas
dar-te todos meus abraçosamassos
numa noite de frio e luar.
quis ser o teu medo de percaa mudança de espírito
ligação entre o ar e a terraquis criar mil artifícios
para te segurar nas minhas garrasinventar todas as mentiras
e você cair nas minhas tramasfazer-te minha para sempre.
e na contagem irregular dos meus númerosmudar as linhas anuais
que entrei em contato com tua almaquis que você criasse meu sonho
e não fizesse um pesadelo.
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roberto bieto
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erson alcalde
oqueelatinhaa senhora estava andando pela rua quando caiuo que ela tinha?tonturas, dores, fome, frio?oqueelatinha?não se sabia. ela não dizia o que tinhanossa! você viu?mas o que ela tinha? lá, tinha um cãozinho deitado tremendo de frio.latia, lambia a tia.a multidão parou pra perguntar o que ela tinhao que ela tinha?antes as pessoas não perguntavam o que ela tinhamas agora todos querem saber O QUÊ ela tinha lá tinha si tinha dó tinha ré tinha fá tinha sol tinhaPRE tinhamas afinal o que é latinha?uma lata pequena - o antônimo de latão?não! não? não!?a senhora morreu deitada no chãoabraçada com a única coisa que tinha;suas latinhas
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LINH
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como cromossomos somos:::como cromo, somos... somos...cromossomos! somos... como?
cromo somos?... cromossomos...como somos?... cosmos somos...
cosmos cronos?... cronos somos...cromossomos, cosmos somos!...
somos cosmos?... cronos sôo...sôo como?... cronos cromos...
cronos somos... cromossomos!...como cronos???...
cronos como cosmos somos!...... cromo?... como cromossomos somos...
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geraldo ladera
conserve-senão num estacionamento vinte quatro horas gratuito,essa conversa não serve.conserve-senão com a fé de quem sabe até onde a água da pé,e se muda a maré?
conserve-setemos falta de tempo e conhecimento de sobratemos o suficiente em cimento e vontade pra obratemos um retrovisor e espaço pra manobratemos um desfibrilador pra um coração que assopra conserve-setomem goles, tomem sustos, tomem notatomem gosto pela cena, tomem com a cara na portahoje em dia é comprometimento e andar pela cordatantos bambas pra quantas rodas enquanto santas são pelas corjas familiaresé o cotidiano conserve-sedigamos que a hérnia nesse disco riscadoseja devido a desvios posturais que a falta de atitude acarreta.então com tantas retas, queremos curvaspara respostas certas, queremos dúvidasteremos obstetras para partos sem luvasnão bastam pernas abertas, nós as queremos úmidas.
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e quando passar esse tempoqualquer que seja o segundoque eu me perca em seus temposignorando os contratempos do mundo
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ETA c: nast p: donanena
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IK luciana araújo
sobre o lixo na cidade, o lixo da populaçãosobre o lixo na cidade, o lixo da população. o amor que eu procuro. meu amparo absoluto de estado, de noção, de desconforto.sobre o medo.ai! que susto! e continua o movimento daquela cidade onde todos daquela cidade tinham o mesmo pai!e o caos, e a cor.tudo era tão magnífico e brilhante que o fascínio impera!e esconde todo o esgoto. que corre, que me instiga, e que responde a muitas questões dessa sociedade.tá ventando! uh, meu olho!flutuam edificações recortadas de seu espaço necessário.e fragmentavam realidades particulares, onde o egoísmo cega o amargo, adoça o luxuoso e massageia tantos egos...que a merda fede, e o perfume não anula.
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em casa de menino de ruao último a dormir
apaga a lua
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S d: sinhá p: giovanni baffo
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berimba de jesus é poeta, comunicador, editor da revista não funciona e integrante do coletivo poesia maloqueirista. publicou diversos livretos entre os anos de 2001 e 2005, os livros “feito a mão” (independente, 2006), apanágio (independente, 2007) e “encarna” (annablume, 2008).
brunon berkeras é mc cogumelado, dj nas horas vagas, ex-graffiteiro e master em web designer de paint brush.
bruno pastore nasceu onde a literatura ainda é possível: numa rua num ponto extremo de guarulhos e de lá caminha rumo ao exílio. eremita ancorou no graffiti e na poesia, além de ser pai, educador social e suspeitar profundamente de tais posições.
caco pontes é poeta, ator, produtor cultural e ex-estelionatário. pai de martim, autor de o incrível acordo entre o silêncio & o alter ego (annablume, 2008), prepara sensacionalíssimo, a sair pelo selo poesia maloqueirista, faz vocal, percussão, corpo e letras nos projetos musicais arrimo e experimento prosótypo. participa do projeto barrafonda, com a cia. são jorge de variedades.
carolina moreira é autora de poesia engavetada, escreve para transformar, sede de degustar, vomitar, experimentar, com voracidade ou doçura, todas coisas que este universo pode oferecer à sua mente que é pura palavra.
cena7, como michel prefere ser chamado, se mistura com arte desde os 15, artista plástico, poeta e produtor cultural, agora com 26 é um dos idealizadores do sarau do fórum de hip hop, é do coletivo povo (pessoas organizadas vencem opressão) mas, foi sempre pelas ruas com sprays e latex que trilhou seu caminho.
dan mabe é artista plástico, já expôs seu trabalho em lisboa, londres, frankfurt, é integrante do coletivo 132. atualmente seus trabalhos tratam de temáticas ligadas ao cotidiano urbano.
danilo zamai é poeta e escritor guarulhense que se envereda pelos caminhos da literatura.
donanena é marina cintra, paulistana caótica expulsando pensamentos de 28 anos de sobrevivência.
enivo é graffiteiro e faz parte do coletivo132.
emerson alcalde é ator, arte-educador, dramaturgo e poeta. morador de cangaíba. membro da cia extremos atos.
freddy gagarin é agente funerário, cantor de rap e escritor de poesia nas horas vagas. tem 27 anos e mora em guarulhos, sp.
giovanni baffo só curte poema curto.
gegê moreira (sub.comandante-chefe dark scouts) cursou gestão ambiental, escreve, pinta e faz esculturas de bambu, escoteiro-punkado das ideias, desenvolve projetos de educação ambiental e produz hortaliças orgânicas.
geraldo ladera. 30 anos. natural desaguador de ideias. distribuidor de assuntos aleatórios. tonto.
ivan de oliveira (mc brejeiro do cajado) é brasileiro. rapper. escritor. poeta. networking. cuidador. dramaturgo. diretor e empresário da finivan.financiamento e investimento, empréstimos desconto em folha de pagamento. 14/08/1967 são bernardo do campo.
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jerry batista - artista plástico e arte-educador especializado na linguagemdo graffiti brasileiro.
leila monsegur. artista multidisciplinar, mergulha no universo onírico a partir dos elementos sinestésicos das diferentes vertentes artísticas. integra o coletivo de performance multidisciplinar “membrana experimental fiat lux”.
luciana araújo é atriz e cineasta. desenvolve um projeto de livre improvisação com poesia no grupo marco nalesso e a fundação. integrante do coletivo de performance urubus e do projeto de livre improvisação entre música e pintura: cuidado tinta fresca. formada em cinema pela faap.
luís alexandre lobot é graffiteiro, desenhista , operador de frequências sonoras e diretor da turma da janela no sarau do burro.
magrela é uma intensa paulistana.
makarrão é artista de rua e arte educador.
nast adora papéis de diversas cores, texturas, épocas, e os trata como se fossem palavras. e assim, cria suas poesias visuais, misturando o brasil e o mundo, sonho e realidade.
pique é carango sá.
priscylla de cássia é fotógrafa, idealizadora do projeto gracias a la vida.
roberto bieto, 30 anos, formado em publicidade e propaganda (caspér líbero). integrante do coletivo urubus e do cuidado tinta fresca e do grupo marco nalesso e a fundação.
rocha é rapper do grupo da zona leste de são paulo q.i. alforria e da banca audácia, escreve desde dos 12 anos de idade e tem como características a brincadeira com palavras e rimas que misturam política e malandragem das ruas.
samir mauad, paulistano, 32anos, casado, reservista, escritor de rua, poeta, repentista, pichador, há 8 anos escreve odeie seu ódio e ou ame seu amor.
sinhá quer o sagrado das ruas e a calma de estar em si. longe da frieza dos mundos. amor por tintas e palavras.
sola tem como livro de cabeceira: escolha o título ( jovens escribas, 2006).
tinho ou walter nomura, tem 38 anos, formado em artes pela faap,faz graffiti desde pequenininho e ainda teima em continuar.
tché é graffiteiro e faz parte do coletivo132.
zinho trindade é poeta, ator e mc free style. herdou a tradição familiar na pesquisa e divulgação da cultura popular afrobrasileira. autor do livro de poesias tarja preta, participou do pelas periferias vol 4 e hip hop: dentro do movimento. sua banda é zinho trindade e o legado de solano e seu programa é hip hop cozinha.
zumi é graffiteira e faz parte do coletivo132.
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tu co e aca come e acaba do come e aca beçatud o caba eçatu com e aca abeçatudo come e acaba cabe
tudo começa e acaba na cabeça ricardo aleixo
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MARCELINO FREIRE, escritor.
ATÉ CHEGAR, DIGAMOS, A ESTE SARAU: VOLTO AO BURRO. E VOLTO AO GRITO. MINCHONI SOLTA O VERBO NO COMEÇO DO EVENTO. JUMENTO CHAMANDO PARA A LUTA. A TURMA, ALI, SENTADA NO CHÃO DA SALA DA GALERIA. TODOS PIPOCAM POEMAS, CONTÍCULOS. TRECHOS DE ROMANCE. TEM QUEM CANTE. TEM QUEM SÓ ABRA OS OUVIDOS. DA ALMA. FEITO EU. FIQUEI QUIETO, ALI, NO PRIMEIRO - E ÚNICO - ENCONTRO. GOSTO DE ACOMPANHAR A ARTE DE CADA UM. CONHECER NOVOS CORAÇÕES À FLOR. ATÉ QUE O MINCHONI ME CONVOCOU. AÍ EU DISSE UNS CANTOS. CISQUEI UNS CISCOS. E FIZ OUTROS AMIGOS. GOSTO DISTO: DE IR FAZENDO COMPANHEIROS DE GUERRA. COMO BEM FAZ O MINCHONI. NESSA MILITÂNCIA, NESSA DANÇA. MARCELINO FREIRE, ESCRITOR
org. DANIEL MINCHONI
O SARAU DO BURRO
é um espaço para livre experimentação
poética que ocorre toda primeira
terça-feira de cada mês na A7MA.
organizado por MINCHONI em parceria
com o COLETIVO 132, o evento reúne
artistas de diferentes expressões sempre
pautados pela poesia das ruas.
entrada e palavras francas.
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