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ELIANE KELLY RIBEIRO

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: CAPACITANDO MULTIPLICADORES DE PLANEJAMENTO FAMILIAR EM DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE AMAMBAI.

AMAMBAI-MS2011

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ELIANE KELLY RIBEIRO

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: CAPACITANDO MULTIPLICADORES DE PLANEJAMENTO FAMILIAR EM DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE AMAMBAI.

Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível especialização em Atenção Básica em Saúde da Família.Orientadora: Prof. Esp. Michele Batiston Borsoi

AMAMBAI-MS2011

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RESUMO

O presente trabalho de intervenção baseou se em dados obtidos pelo Sistema de

Informação em Atenção Básica (SIAB) das áreas adscritas da Estratégia Saúde da Família

(ESF) Limeira e Estratégia Saúde da Família (ESF) Mangay onde apresentam um elevado

número de adolescentes grávidas, respectivamente 12 e 16 no ano de 2010. O projeto contou

com a participação de 12 professores, que lecionam nas escolas adscritas nestas ESFs, estes

participaram de uma capacitação a respeito dos métodos contraceptivos disponíveis pelo

Sistema Único de Saúde (SUS), com o intuito de se tornarem multiplicadores em

planejamento familiar. Observou se que em 50% dos professores da escola A conheciam

cinco ou mais métodos contraceptivos e 33,33 % da escola B detinham o mesmo

conhecimento. Percebe se que as opiniões acerca do projeto se diferem entre os participantes

das escolas em questão, porém é consenso a preocupação com a gravidez e suas

conseqüências durante a adolescência.

PALAVRAS CHAVE: Gravidez. Adolescência. Multiplicadores. Métodos Contraceptivos.

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ABSTRACT

This intervention study was based on data obtained from the Basic Attention

Information System (BAIS) from the ascribed areas of Family Health Strategy (FHS) Limeira

and the Family Health Strategy (FHS) Mangay which they have a high number of teenage

pregnancies, 12 and 16 respectively in 2010. The project had the participation of 12 teachers

who teach in schools ascribed these FHS, they participated in a training about the

contraceptive methods available through the Unified Health System (UHS), in order to

become multipliers in family planning. It was observed that in 50% of the teachers at ‘A’

school knew five or more contraceptive methods and 33.33% from school ‘B’, they had the

same knowledge. They realize that opinions differ about the project among the participating

schools in question, but the consensus concerns about pregnancy and its consequences during

the adolescence.

KEYWORDS: Pregnancy. Adolescents. Multipliers. Contraceptive Methods.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................52 OBJETIVOS.........................................................................................................................11

2.1 OBJETIVO GERAL:......................................................................................................112.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:........................................................................................11

3 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................114 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO:.........................................................................145 CONCLUSÃO......................................................................................................................17REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................18APÊNDICES...........................................................................................................................22

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1 INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, a

adolescência compreende a fase da vida que vai dos 10 anos aos 19 anos, já para o estatuto da

criança e do adolescente está faixa etária é estabelecida entre 12 a 18 anos (UFMS, 2011).

Em relação ao desenvolvimento físico, as alterações ocorrem rapidamente na

adolescência. A maturação sexual ocorre com o desenvolvimento das características sexuais

primárias e secundárias. As primárias são alterações físicas e também hormonais

imprescindíveis à reprodução, e as secundárias distinguem-se externamente, sendo estes o

sexo masculino e o feminino (POTTER; PERRY, 2006).

Enquanto parte essencial do ciclo de vida humano, a adolescência possui

características próprias, o qual a diferencia das outras faixas etárias. Este é um período

duvidoso, de incoerências, de desenvolvimento da identidade e de sua auto-estima. É neste

momento que se formam os processos psicológicos que evoluem da fase infantil para adulta,

abarrotado de responsabilidades e exigências, mundo este tão almejado pela sensação de

liberdade a ser adquirida, ao mesmo tempo tão temido, onde se evoluem de um estado de

dependência para outro de relativa autonomia (MOREIRA et al., 2008) e nesse trajeto às

modificações que ocorrem vem acompanhadas de situações sociais diferentes (DIAS;

AQUINO, 2006).

Portanto, é na adolescência que a sexualidade se manifesta mais intensamente, ela é

vivida pelo adolescente por meio de práticas sexuais desprotegidas, além do pouco

conhecimento relativo aos métodos. Sendo assim, as atividades de planejamento familiar para

os adolescentes devem ser compostas por ações preventivas e educativas, pela garantia do

acesso igualitário às informações, métodos e técnicas disponíveis para regulação da

fecundidade, levando em consideração que esse grupo etário, muitas vezes já está em

atividade sexual (MENDES et al, 2011).

Alteração no modelo comportamental de adolescentes, na prática de sua sexualidade,

tem demandado maior cuidado e atuação por parte de profissionais de saúde, uma vez que os

resultados podem ser desastrosos, dentre elas uma gravidez na adolescência, principalmente

quando não desejada (SOUSA et al., 2006).

Porém existe uma dificuldade de avaliar as práticas sexuais e reprodutivas na

adolescência, pois em nossa sociedade o tema sexualidade encontra-se envolvido por enigmas

e como algo proibido, dificultando a discussão do assunto até mesmo dentro dos lares o que

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faz com que os adolescentes procurem informações em lugares não adequados muitos vezes

não fornecendo informações necessárias sobre o assunto, contribuindo dessa forma para a

prática do sexo não seguro (SOUSA et al., 2006).

Pesquisas realizadas em diversos países têm observado a interferência de diferentes

fatores no acréscimo da fecundidade nesta população, dentre elas a iniciação sexual precoce,

combinada com a falta de conhecimento sobre questão reprodutiva e também métodos

contraceptivos, devido à falta de orientação da família, da escola e dos serviços de saúde, o

tipo de envolvimento afetivo do momento, a questão financeira, acesso aos métodos

contraceptivos e o nível de liberdade e de autonomia que o adolescente julga ter nesta fase

(BRUNO et al., 2009; TEIXEIRA et al., 2006).

Também é citado por Sabrosa (2004) que a menarca vem ocorrendo cada vez mais

cedo nos últimos anos e isso também tem contribuído para gestações precoces.

Alguns estudos relatam que a não preocupação dos adolescentes sobre a possibilidade

da gravidez quando vão ter uma relação sexual, está relacionada com a não programação da

gravidez, a eventualidade das suas relações, bem como com a iniciação sexual precoce, pois

quanto mais cedo ela acontece, menores são as chances de uso de métodos contraceptivos

(MENDES et al, 2011).

Entretanto, Berlofi et al. (2006) em seu estudo descritivo relata que a antecipação do

início da atividade sexual entre os jovens faz com que as adolescentes procurem os métodos

contraceptivos no intuito de prevenir uma gravidez não desejada, sendo preferência a

camisinha masculina aliada a outro método de maior eficácia, sendo escolhido o método

contraceptivo hormonal.

Porém pesquisas evidenciam que os adolescentes conhecem alguns métodos

contraceptivos, como a camisinha. Porém conhecê-los não é suficiente, pois não significa usá-

los (MAIA, 2004; apud GUIMARÃES; WITTER, 2007).

No Brasil, estima-se que um milhão de adolescentes dá à luz todo ano, isto

corresponde a 20% do total de nascidos vivos. As estatísticas vêm comprovando que cresce o

número de gestações de meninas cada vez mais jovens em todo o mundo, a cada década

(BERLOFI et al., 2006).

Hoje em dia, os indicadores de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS)

evidenciam o aumento do número em internações para atendimento obstétrico nas faixas

etárias de 10 a 14, 15 a 19 e 20 a 24 anos. Sendo que as internações por gravidez, parto e

puerpério correspondem a 37% das internações entre mulheres de 10 a 19 anos nos hospitais

conveniados pelo SUS (BRASIL, 2006a).

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Têm sido mencionadas implicações negativas na qualidade de vida dessas

adolescentes que engravidam, com danos no seu crescimento pessoal e profissional

(YAZLLE, 2006). Segundo Chalem et al. (2007), a gravidez na adolescência está vinculada

com o aumento na taxa de evasão escolar e com isso avança a probabilidade de perdurarem os

problemas econômicos e sociais. Essas jovens abandonam os estudos, porque se torna

efetivamente mais difícil prosseguir com os mesmos, pois as adolescentes, além de cuidarem

dos bebês, muitas vezes precisam ingressam no mercado de trabalho (DIAS; TEIXEIRA,

2010).

À gravidez na adolescência, pode ser influenciada por fatores internos e externos.

Como exemplo pode ser citado o tipo de relacionamento familiar, especialmente entre mães e

filhas, que propicia alguns comportamentos. Certas pesquisas citam que a maioria das

adolescentes que engravidam, são filhas de mães que também engravidaram durante a

adolescência (PERSONA et al., 2004).

Outras pesquisas apontam que são vários os motivos para que ocorra uma gravidez na

adolescência: pode surgir da vontade da adolescente ter um filho, para segurar o namorado,

para sair da casa dos pais ou até mesmo da escola, para dar maior sentido a uma vida sem

propósitos, ou também devido à vontade de se sentir mais madura, portando a gravidez na

adolescência nem sempre é um fato não desejado, pois muitas vezes pode ser bem planejado

inclusive fruto de um relacionamento estável (MELO; COELHO, 2011).

Outro fato que também desperta a atenção é o fato que a maioria destes nascimentos

está ocorrendo fora de uma relação conjugal (BRANDÃO; HEILBORN, 2006.)Segundo Brandão os argumentos sobre o tema, baseados majoritariamente em investigações junto às camadas populares, enfatizam a desinformação juvenil, dificuldades de acesso aos métodos contraceptivos, a pobreza e as situações de marginalidade social que circundam tais eventos. A gravidez na adolescência é apresentada como uma perturbação à trajetória juvenil, inserida em um discurso alarmista, moralizante e normativo.

Quanto ao desenvolvimento da gestação na adolescência, existem menções a maior

incidência de anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, desproporção

céfalo-pélvica, infecção urinária, prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer,

sofrimento fetal agudo intra-parto, complicações no parto (lesões no canal de parto e

hemorragias) e no puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para

amamentar, entre outros) (YAZLLE, 2006).

Outro problema que pode ocorrer e que tem despertado a preocupação do ministério

da saúde é o aborto e este tem se destacado como um problema que pode implicar em

conseqüências físicas e também psicológicas, pois tem aumentado o número de abortos

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clandestinos, apenas uma, em cada quatro mulheres que abortam recorrem depois ao hospital

(VIEIRA et al, 2007; SANTOS; CARVALHO 2006). Segundo Villela e Doreto (2006)

O número de internações por aborto incompleto entre meninas de 10 a 19 anos vem aumentando nos últimos cinco anos, tendo sido registrados 181 óbitos por esta causa entre meninas de 10 a 20 anos de 1998 a 2003. Ressalte-se também que quase 50% das meninas que recorrem a aborto não punível têm menos de 20 anos, apontando a conexão entre gravidez na adolescência e abuso sexual, e, possivelmente, entre o trabalho sexual de menores e a gravidez na adolescência.

Parece haver consenso no reconhecimento de que uma gravidez, nessa situação,

configura-se como um assunto de grande interesse social e até como um problema de saúde

pública, uma vez que pode causar complicações obstétricas, com danos para a mãe e o recém-

nascido, bem como problemas psico-sociais e econômicos, necessitando desta forma de

atendimento diferenciado nos serviços de saúde (SILVA; TONETE, 2006).

Pois as adolescentes têm raramente procurado os serviços de saúde, segundo estudos

há uma resistência muito grande em que as mesmas o façam e ainda quando o fazem é para

questões curativas e raramente para prevenção, por outro lado também há uma elevada

resistência dos serviços de saúde em acolher essas adolescentes conforme suas necessidades

(CARVACHO et al., 2008).

Raramente adolescentes tem sido priorizados nos estabelecimentos de saúde e acabam

sendo a minoria da parcela atendida em uma unidade básica, pois há um errôneo conceito de

que eles não necessitam dos serviços de saúde e desta forma tem pouco a lhes proporcionar,

principalmente os serviços que estão voltados para a forma preventiva dos cuidados,

esquecendo de trabalhar a promoção e prevenção em saúde (ROSA et al, 2007).

É preciso orientar as adolescentes sobre o significado da gravidez e suas implicações

como também o momento de planejá-la. Diante da necessidade de intervenção para redução

da gravidez na adolescência, os profissionais devem adotar ações educativas para mudar esta

situação. De modo especial, os de enfermagem devem agir como educadores, criando

possibilidades e oportunidades de incitar a formação de grupos de pais e mães adolescentes,

para que estes sejam devidamente informados (ARCANJO et al., 2007).

Nesse fim, é pertinente a abrangência de estratégias com equipe multiprofissional, que

tenham como objetivos a redução do número de gravidezes precoces e não planejadas entre

adolescentes. Há a necessidade de criar oportunidades para retomar e repensar seu papel

social, de cidadã, de mulher e de mãe. Uma maneira de ajudá-la é mediante o apoio da auto-

estima, com objetivo de alcançar uma melhor expectativa de um futuro para sua vida

(ARCANJO et al., 2007).

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Segundo o Ministério da Saúde (2004, apud Moura et al, 2007), baseado na lei do

planejamento familiar (Lei no. 9.263/96), os profissionais de saúde possuem competência

para assistir em concepção e contracepção, devendo portanto empenhar-se em informar os

indivíduos sobre as opções para as duas finalidades, dando ênfase a oferta dos métodos

anticoncepcionais autorizados e disponíveis no Brasil, sendo os seguintes métodos: muco

cervical ou Billings; tabelinha; temperatura basal; sintotérmico; camisinha masculina e

feminina, diafragma, espermicida, dispositivo intra-uterino (DIU), hormonais orais e

injetáveis, laqueadura e vasectomia.

Todavia a respeito do conjunto de informações sobre o planejamento familiar o

Ministério da Saúde (2002; apud Costa 2006) relata que;

“Planejamento familiar é o direito que toda pessoa tem à informação, à assistência especializada e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e conscientemente por ter ou não ter filhos. O número, o espaçamento entre eles e a escolha do método anticoncepcional mais adequado são opções que toda mulher deve ter o direito de escolher de forma livre e por meio da informação, sem discriminação, coerção ou violência”.

A disponibilidade de informações sobre métodos contraceptivos remete a opções de

escolha gerando segurança, adesão, melhor utilização do método e consequentemente vida

sexual segura e satisfatória (BERLOFI et al., 2006).

De acordo com o dicionário o multiplicador como o próprio nome já diz, multiplica;

faz crescer em número; torna mais veemente; reproduz. Segundo Marra e Fleury (2005)

podemos capacitar, instrumentalizar e qualificar pessoas que não são especialistas em

determinado saber, para atuar como multiplicadores; esta qualificação é o suporte que as

mesmas necessitam para iniciar sua função de agente social de mudança, através da visão

compartilhada do problema e movimento construtivo.

A escola é um local privilegiado para promoção da saúde, ela exerce papel

fundamental na formação do cidadão crítico, estimulando a autonomia, o exercício de direitos

e deveres, o controle das condições de saúde e qualidade de vida, com opção por atitudes

corretas e mais saudáveis. As iniciativas de promoção da saúde escolar constituem ações

efetivas, almejando objetivos diversos, assim como a adesão ao planejamento familiar e ainda

algo pode ser potencializado através da participação ativa das equipes de saúde da família em

conjunto com as equipes de educação. (BRASIL, 2009).

A educação sexual na escola e nos serviços de saúde se difere de outras experiências já

vividas pelo sujeito no âmbito de sua vivencia social, com a família, no trabalho, na mídia, ou

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nos momentos de lazer. Isto se dá porque constitui uma ação intencional, continua e

planejada, que visa resultados. (BRASIL, 2006b).

Na pesquisa de Souza (2001) sobre a prevenção da gravidez precoce realizada pelas

escolas e o seu papel na orientação sexual, citado por Guimarães e Witter (2007), evidenciou

que é preciso adotar novos meios de abordar esse tema na escola e que seja de maneira

efetiva, contemplando os anseios, necessidades e os sentimentos dos adolescentes, porém,

dentro dos seus programas e de acordo com os Parâmetros Nacionais de Currículo.

Partindo do pressuposto que a prevenção da gravidez na adolescência precisa se

estabelecer em uma ação coletiva e multiprofissional e não apenas centrada na

responsabilidade individual, o objetivo deste estudo foi criar multiplicadores que fossem

professores com quem os adolescentes compartilhavam informações e diálogos sobre assuntos

relativos à sexualidade e gravidez, uma vez que esses educadores necessitam serem

acrescentados como participantes nas ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva desses

adolescentes. (BORGES et al., 2006).

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL:

Formar multiplicadores de planejamento familiar.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Capacitar professores do oitavo e nono ano das escolas municipais Julio

Manvailler e Flavio Derzi, inseridas nas áreas adscritas das ESFs Mangay e Limeira, por meio

de encontro educativo sobre os métodos contraceptivos disponíveis para serem

multiplicadores de planejamento familiar aos alunos do oitavo e nono ano do ensino

fundamental para prevenção e redução da gravidez na adolescência.

Nos anos seguintes serão monitoradas as atividades desenvolvidas pelos

multiplicadores e acompanhamento da redução nos índices de gravidez na adolescência

através dos sistemas de informação disponíveis na atenção básica.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

Este projeto de intervenção realizado em duas escolas municipais de Amambai, Estado

de Mato Grosso do Sul, teve por finalidade capacitar multiplicadores para prevenção da

gravidez na adolescência, já que esta se encontra elevada nas ESFs Mangay e Limeira.

O público alvo foram professores do oitavo e nono ano do ensino fundamental destas

escolas. Estes educadores participaram do treinamento com o intuito de se tornarem

multiplicadores de planejamento familiar e assim ampliar a divulgação dos métodos

contraceptivos existentes no mercado e os disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde

(SUS) no município.

No entanto o projeto tornou se possível devido ao comprometimento dos

coordenadores das escolas, professores e enfermeiras com a problemática, tendo em vista que

a gravidez na adolescência além de freqüente, tem dificultado e comprometido a educação

desses jovens.

Foram doze professores do oitavo e nono ano do ensino fundamental das escolas

escolhidas que participaram do treinamento. Estes se dispuseram a participar do projeto de

forma voluntária, tendo como critério de inclusão ser educador do oitavo e nono ano das

escolas em questão.

O projeto de intervenção foi desenvolvido em quatro fases distintas e subseqüentes.

A primeira fase correspondeu ao diálogo com os coordenadores e diretores das escolas

selecionadas, para apresentação do projeto e avaliação da aceitação da equipe educacional em

relação ao plano. Neste momento foi estabelecido retorno para conhecermos o quantitativo de

voluntários interessados na capacitação e as datas para a implementação.

A segunda fase se concretizou, e foi estabelecido pelas instituições escolares as datas

para o treinamento. Foi determinado que a mesmas não poderiam ser transferidas pois para a

participação efetiva dos professores, os alunos destas escolas iriam participar de atividades

extra classe nas respectivas quadras de atividades esportivas.

A terceira fase, de caráter educativo correspondeu à mesa redonda com enfermeiras e

professores do oitavo e nono ano do ensino fundamental das escolas escolhidas, onde foram

trocados conhecimentos necessários, através da exposição dos métodos de planejamento

familiar disponíveis no mercado e na rede de atenção básica.

Os recursos didáticos expositivos, estão disponíveis em nível local para educação em

saúde, sendo eles: um álbum seriado sobre os métodos contraceptivos; exposição de métodos

disponíveis de barreira, hormonais e cirúrgicos, tais como: DIU, diagrama, camisinha

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masculina e feminina; pílula e injeção contraceptiva; vasectomia e laqueadura. Foi utilizado o

recurso áudio visual onde os professores assistiram a um breve filme sobre sonhos e anseios

de adolescentes e planejamento familiar.

Durante o treinamento houve troca de idéias sobre a maneira de abordar este assunto

com os adolescentes pois este assunto faz parte da grade curricular de ensino e veem sendo

trabalhado em sala de aula na disciplina de ciências. Neste momento as dúvidas geradas

referente aos métodos contraceptivos apresentados foram sanadas.

No término do encontro foi entregue questionário com questões de múltipla escolha e

abertas (modelo anexo) com intuito de avaliar o grau de satisfação dos participantes, quanto

aos recursos utilizados e desempenho das enfermeiras durante o treinamento. Um segundo

questionário foi entregue somente aos professores de ciências, para conhecer as atividades

desenvolvidas sobre planejamento familiar, sendo este retido com o professor e entregue em

data pré-estabelecida.

A data da entrega deste questionário correspondeu a quarta fase do treinamento, neste

momento foi possível conhecer as atividades desenvolvidas em âmbito escolar.

Será possível avaliar a contribuição deste projeto na prevenção da gravidez na

adolescência nos anos subseqüentes através do monitoramento do número de gestantes

adolescentes por meio dos indicadores disponíveis pelo Sistema de Informação em atenção

básica (SIAB) e SIS Pré-natal, das áreas que abrangem as ESFs onde o trabalho foi realizado,

em conjunto com as atividades desenvolvidas pelos multiplicadores de planejamento familiar.

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4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO

No ano de 2010 foram atendidas no ESF Limeira 12 adolescentes grávidas, a menor

idade observada entre as adolescentes durante os pré natais, foi de 12 anos de idade.

Através da âmnamenese realizada durante os pré natais, foi relatado pelas adolescentes

que a gestação tem dificultado seus estudos, e contribuindo para a evasão escolar.

O trabalho de capacitação de multiplicadores de planejamento familiar nas duas

escolas municipais contou com a participação de 12 professores de diversas disciplinas e de

múltiplos saberes sendo estes matemática; história; ciências; espanhol, português e química.

Estes educadores são preocupados com as conseqüências da gravidez na adolescência, e

referem que o contexto familiar onde o jovem esta inserido pode contribuir pela decisão de

uma gravidez, na esperança de uma vida melhor ao lado do parceiro.

O tema abordado tem sido trabalhado em sala de aula, pois esta inserido na grade

curricular de ensino. De acordo com os professores capacitados, o planejamento familiar

desperta o interesse de alguns alunos, outros não se interessam pelo tema tendo em vista que

já detêm algum conhecimento sobre o assunto porem podem ser correto ou não em relação à

contracepção.

Em relação aos dados obtidos durante a avaliação da aula expositiva percebemos

que o grau de satisfação se difere entre os professores. Na escola A 50% (03) dos professores

conheciam cinco ou mais métodos contraceptivos; 33,33 % (02) conheciam dois métodos e

16,66% (1) conheciam um método apenas; já na escola B 33,33% (02) dos professores

conhecia cinco ou mais métodos; 66,66 % (4) conheciam quatro métodos.

Os métodos mais conhecidos entre os professores capacitados são a camisinha e a

pílula, no entanto há uma diversidade de métodos contraceptivos disponíveis no mercado, a

divulgação dos mesmos e a capacitação de multiplicadores de planejamento familiar podem

contribuir para a redução da gravidez na adolescência.

Quanto a conhecimento obtido durante o treinamento 100% (06) dos participantes

da escola A referem que a aula expositiva proporcionou lhe novos conhecimentos sobre o

tema; e na escola B 83,33% (05) concordaram com a opinião dos participantes da escola A,

contra 16,66 % (01) participante que referiu não ter proporcionado conhecimento além dos já

possuídos.

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Figura 1Escolas Proporcionou novos

conhecimentosNão proporcionou

novos conhecimentos

Escola A 100% ---

Escola B 83,33% 16,66%

Fonte: Dados da pesquisa, 2011.

Sobre a oportunidade de reformular conceitos e ponto de vista que tinham sobre o

assunto os participantes de ambas as escolas conceituam como muito bom 66,66% (04);

16,66% (01) excelente e 16,66% (01) bom.

De acordo com Marra e Fleury (2005) o multiplicador tem sua visão ampliada e

expandido seu horizonte ele fica comprometido em expandir o horizonte de outros em relação

ao novo conhecimento. Suas ações visam transformar a realidade, sendo este considerado

agente social de mudanças.

Sobre a aplicação do conteúdo utilizado aos multiplicadores 83,33% dos

participantes da escola A concordam que pode ser aplicado em sala de aula contra apenas

16,66% que referem ter muito pouca utilização em seu cotidiano de trabalho. Mas na escola B

100% dos capacitados afirmaram que o material didático de planejamento familiar tem

aplicação em sala de aula.

Figura 2

Fonte: Dados da pesquisa, 2011.

Em análise quantitativa 100% dos participantes das escolas A e B avaliaram o

material didático utilizado como suficiente para capacitação de multiplicadores. Referente a

qualidade do material foi considerada muito boa por 66,66 % ( 04) dos participantes da

escola A e por 50% ( 03 ) dos participantes da escola B. Ambas escolas concordam que a

Escolas Aplicação em sala de aula

Não tem aplicação em sala de aula

Escola A 83,33% 16,66%

Escola B 100% ---

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qualidade do material é boa 33,33 % (02) e 16,66% (01) de participantes da escola B avaliam

o conteúdo do material didático razoável .

Quanto a avaliação da aula expositiva pelos participantes da escola A 50% (06)

consideraram excelente; 33,33% (02) muito bom e 16,66% (01) bom e na escola B 66,66%

(04) consideraram excelente; 16,66 % (01) muito bom e 16,66% (01) regular.

A dinâmica do treinamento ficou pautada na apresentação dos métodos

contraceptivos autorizados e disponíveis no país através de recursos teóricos e visuais.

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5 CONCLUSÃO

A gravidez na adolescência está presente no cotidiano das ESFs de Amambai.

Viabilizar meios para redução nestes números foi a proposta desenvolvida através da

capacitação de multiplicadores de planejamento familiar tendo como público alvo professores

de duas escolas municipais adscritas na área das ESFs.

No entanto é sabido que os profissionais de enfermagem não detêm de todo

conhecimento sobre planejamento familiar, mas possuem o compromisso de informação e

educação em saúde, cabendo lhes a função de multiplicar seus conhecimentos, e com isso

formar agentes sociais de mudança.

O contato mais próximo com os professores ocasionou discussões importantes

para a redução da gravidez na adolescência, assim como revelou possíveis situações que

favorecem a gravidez precoce entre as adolescentes, como o uso errôneo dos métodos

contraceptivos, a idéia de que a gravidez não ocorrerá, a fuga dos problemas familiares com a

crença de que a gravidez proporcionará um futuro melhor ao lado do parceiro. No entanto

enfermeiras e professores concluíram que os adolescentes têm conhecimento sobre

contracepção, porém não utilizam os métodos de maneira correta e eficaz.

A capacitação de multiplicadores de planejamento familiar estreitou o vínculo

entre ESFs e educação, e o trabalho conjunto contribuirá para a redução da gravidez na

adolescência nas áreas destes ESFs que serão observados através do monitoramento das

atividades desenvolvidas e do acompanhamento dos indicadores disponíveis pelo Sistema de

Informação em atenção básica (SIAB) e SIS Pré-natal.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA AULA EXPOSITIVA

1. Quais métodos contraceptivos você conhecia?

2. A aula expositiva realizada: ( ) Não proporcionou conhecimentos além dos já possuídos( ) proporcionou-lhe novos conhecimentos sobre o assunto

3. Durante a aula expositiva tive a oportunidade de reformular conceitos e pontos de vista que tinha a respeito do assunto.( ) regular( ) bom( ) muito bom( ) excelente

4. No meu entender: ( ) muito pouco do que se falou tem aplicação em sala de aula( ) grande parte do que se falou tem aplicação em sala de aula

5. O material didático utilizado foi:

( ) suficiente( ) insuficiente

6. A qualidade (conteúdo) do material didático foi:

( ) deficiente( ) razoável( ) boa( ) muito boa

7. Classifico, de um modo geral, a aula expositiva como:

( ) regular( ) bom( ) muito bom( ) excelente

8. Utilize o espaço abaixo para apresentar, livremente, sugestões ou críticas que julgar necessárias: