Docência no ensino superior

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Slides da disciplina Docência do Ensino Superior.

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DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Prof. Orvandil Moreira Barbosa

B log: www.padreorvandil.blospot.com

[email protected]

Orkut: Prof. +Orvandil, Cartas e Reflexões Proféticas

Telefones: 62 – 9141 – 6655 e 8216 - 4922

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PLANO DE AULAS

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EMENTA:

O Ensino Superior e sua função social. Concepção de docência no ensino superior. Sociedade da informação e do conhecimento e o trabalho docente enquanto prática social.

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ANÁLISE E REFLEXÃO DAS E SOBRE AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR, INCLUSIVE OS PROCEDIMENTOS DE AVALIÇÃO, PERMITINDO REPENSAR O FAZER DOCENTE, DE FORMA CRÍTICA, VALORIZANDO A INOVAÇÃO E A CRIATIVIDADE.

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OBJETIVOS:

Refletir sobre os princípios norteadores da prática no ensino superior frente as exigências atuais;

Discutir a função do ensino superior contemporânea e conjunturalmente;

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Refletir sobre às práticas pedagógicas tradicionais, inclusive a avaliação no ensino superior;

Compreender a sala de aula como espaço e tempo de aprendeizagem e de troca de experiências;

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Discutir a função do ensino superior contemporânea e conjunturalmente;

Refletir sobre às práticas pedagógicas tradicionais, inclusive a avaliação no ensino superior;

Pensar as pessoas dos/as próprios/as docentes.

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19/03 pela manhã- sábado: Quem é o/a educador-pessoa?

Texto “Que marca deixarás?” 1.Qual a marca do prof. De ensino religioso e seus desdobramentos no futuro doutor?

2. Qual é o significado de teu nome e a história de tua pessoa? 3. Por quê a escolha da docência? 4. Qual tua marca construída nas vidas de teus/tuas alunos/as?

• Técnica A e B com relatos a todos buscando pensar vidas que movem docentes.

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À tarde - sábado: Ensino superior, concepções de docência, função e prática sociais.

Organizar grupos para estudos e avaliação no domingo à tarde.

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20/03 pela manhã-domingo: Sociedade de informação, do conhecimento enquanto ideologia. Análise crítica e relfexiva das práticas pedagócicas no ensino.

20/03 à tarde: organização dos estudos dos textos em grupos, avaliação e apresentação.

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ENSINO SUPERIOR

Concepações:

a)terceiro grau: após ensino médio com o objetivo de preparar para a vida, para a sociedade e para o mercado;

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b)composto de alunos/as diferentes, de professores/as com curso de pós-graduação, de conteúdos, de pesquisas, de filosofias e objetivos pedagógicos, da pressão social e política, conjunturalmente;

c)de instituições públicas e particulares, com propostas diferenciadas histórica e economicamente;

d)com desafios filosóficos, científicos e ideológicos.

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PARADÍGMAS

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a)Verticalista: define-se como imposição de informações de cima para baixo em forma de comunicado, de modo autoritário;

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b)Centralizador: o/a docente é centralizador do conhecimento e do ensino. Os/as alunos/as são ouvintes/espectadores. Ensinar predomina em relação ao aprender: ênfase nos métodos, nos recursos e no/a professor/a

PROFESSORES/AS

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c)democratista: o/a docente deixa correr “livre”, à deriva, sem orientar claramente o conteúdo e os/as alunos/as. Falsa concepeção de democracia, anarquia...;

d)democrático: superação da dicotomia ensino aprendizagem. O/a professor/a é orientador/a e organizador/a das situações de ensino – a aprendizagem é central.Selma Garrido Pimenta o denomina de ENSINAGEM.

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CARACTERÍSTICAS DA ENSINAGEM:

1. finalidade da docência: relação e diálogo com outros campos do conhecimento. Ensinar e aprender acontecem juntas. Compreende as dimensões política - como prática social transformadora; científica - como revelação das leis reais das condições concretas em que se manifestam e técnica – como orientações da prática em situações concretas específicas.

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Quatro tipos de conteúdos: 1. fatuais; 2. procedimentais; 3. atitudinais e 4. aprendizagem de conceitos e princípios.

Destaca-se na aprendizagem os papeis do/a professor/a e do/a aluno/a.

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DO/A PROFESSOR/A:

Organizar as atividades de ensino e as da aprendizagem, marcadas pela parceria e pela solidariedade.

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DO/A ALUNO/A:

Algumas categorias podem orientar sua atividade: 1.significação: vínculos, nexos do conteúdo a ser desenvolvido; 2.problematização: recuperação da origem do conhecimento como problema; 3. práxis: ação do sujeito sobre o objeto a ser conhecido; 4. criticidade: visão crítica da realidade; 5. continuidade – ruptura: síntese de conhecimento mais elaborado; 6. historicidade: história, contexto e superação pela humanidade; 7. totalidade: combinar síntese, análise, conhecimento e realidade, determinantes e nexos internos.

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2.PROFESSOR/A E ALUNO/A: CIÊNCIA, CONHECIMENTO E SABER ESCOLAR

Superação da fragmentação do “especialismo”;

Superação do dualismo, assumindo todos os pressupostos implicados;

Superação do método único, mas dialogar com todas as ciências, métodos, com a razão e com o sensível.

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3. DOCÊNCIA E ENSINO: ENSINAR A QUEM?

1. alunos/as que se evadem da escola;2. centralização no professor/a;3. aluno/a ouvinte;4. faixa etária entre 18-19 com as

seguintes características: falta de motivação; passividade e individualismo; falta de disciplina e hábitos de estudos insuficientes; problemas com a escolaridade anterior

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nível de conhecimento insuficiente para a graduação; dificuldades para interpretação; dificuldade de raciocínio e falta de criticidade; heterogeneidade nas classes e diversidade de maturidade; interesse na nota para passar de ano e obter diploma; falta de tempo para estudar, com pouco contato extra-classe; aluno/a trabalhador/a; ausência de clareza da área do conhecimento e da vida; falta de informações sobre o curso que quer fazer etc.

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PROFESSORES/AS E ALUNOS/AS 1. MEMBROS SOCIAIS: Os modelos de ensino

provêem de sistemas políticos adotados pela sociedade ou por grupos dominantes:

a)ditadura militar: expansionismo bélico estadunidense;

b)neobiliberalismo: controle político e econômico pelo mercado= mais mercado menos estado;

c)democracia com desenvolvimento nacional: busca de autonomia nacional com investimentos sociais (destacar educação).

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MUDANÇAS NO ESNINO

1. no mundo do trabalho: passagem de uma sociedade de acúmulo econômico e político para a distribuição de renda e democracia política com justiça social;

2. transformação de Estado controlado pelo mercado para o de Estado desenvolvimentista regulador de investimentos e de direitos humanos dos professores/as e de alunos/as.

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CRISE DE IDENTIDADE DO/A PROFESSOR/A

“Toda profissão afirma uma identidade e esta, por sua vez, “não é um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e de conflitos, é um espaço em construção de maneiras de ser e de estar na profissão. Por isso, é mais adequado falar em processo identitário, realçando a mesma dinâmica que caracteriza a maneira como cada um se sente e se diz professor” (Nóvoa, 1996).

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“Crise de identidade do professor significa, portanto, uma crise da maneira de ser na profissão, isto é, uma crise no ato de professar e que implica em dificuldades na interação social; descontentamento na realização das suas atividades; descrença no seu papel social etc.”

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“As causas da crise de identidade são diversas: conflitos na instituição de trabalho; baixos salários; pouco reconhecimento social; sentimentos de incerteza ou insegurança. Por outro lado, deve-se considerar que tal crise não é alheia à distinção entre o eu pessoal e o eu profissional.”

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“...é difícil desmembrar um modo de ser pessoal – crenças, valores morais, posturas ou aspectos do caráter – de tudo aquilo que compõem o modo de ser professor – crenças a respeito da educação, valores pedagógicos e posturas didáticas. Por maior que seja a semelhança das trajetórias profissionais de professores e as suas origens de classe, cada um desenvolve uma forma própria (pessoal) de organizar as aulas, de movimentar-se em sala, de dirigir-se aos alunos, de abordar didaticamente um certo tema ou conteúdo e de reagir diante de conflitos” (http://espacoacademico.wordpress.com – Prof. PAULO MEKSENAS)

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FORMAÇÃO CONTINUADA DOS/AS PROFESSOPRORES/AS PROTAGONISTAS “Estabelecendo laços entre inovação e formação é

fundamental buscar formas alternativas de aperfeiçoamento docente, colocando em prática novas propostas teórico-pedagógicas por meio das quais seja possível, além de superar a distância das disciplinas dos cursos e dos professores em relação a realidade do Ensino... [em todos os níveis], aproximar alunos e professores e levá-los a construir também com o auxílio dos recursos da tecnologia uma abordagem inter e multidisciplinar para os problemas da prática social concreta”(Zainko, Maria Amélia Sobbag – Desafio da Universidade Contemporânea, p. 187)

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SOCIALIZAÇÃO

“Socialização ... pode ser definida como o processo sociopsicológico que objetiva a formação da personalidade individual através da interação com outros indivíduos e grupos. Quando esta socialização adquire caráter de franca intencionalidade e se faz através de processos formais, socialmente sancionados, falamos em educação” (Moema Toscano – Introdução à Sociologia Educacional . Vozes)

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QUESTÕES CULTURAIS

Definição: o antropólogo inglês Edward B. Taylor define cultura como “aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade” (apud , Toscano Moema, p. 39). É tudo o que recebeu transformação pelo homem como fruto de seu esforço para dominar a natureza a seu serviço.

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Colere: cultivo do solo intelectual e espiritual;

Modus vivendi: pessoas e grupos são alteridades culturais;

Modus operandi: todos os recursos intelectuais, científicos e tecnonológicos.

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EDUCAÇÃO, POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO

O que vem primeiro, a educação ou o desenvilvimento?

Os educadores devem ser políticos?

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Política vem de polis – grego= cidade e cidadania. “O homem isolado ou é um deus ou uma besta”, dizia Aristóteles.

“...seria desejável que os professores, enquanto responsáveis pela herança cultural de sua sociedade, tivessem condições de plena conscietização do processo sociopolítico de que são, a um tempo, sujeito e objeto” (Toscano, Moema, p. 123).

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“O desenvolvimento ...é um processo de transformação global. No processo de desenvolvimento, o aspecto econômico é preponderante” e acontece através do “crescimento do padrão de vida da população no seio da qual ocorre o desenvolvimento”(Toscano, p. 166). No desenvolvimeto ou no seu contrário envolvem-se os fatores econômico, político e social.

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1. “Nenhum país do mundo contemporâneo se desenvolveu a partir do aperfeiçoamento puro e simples de suas instituições educacionais...”

2. ...não se sabe, até hoje, de um país ou região que, havendo deflagrado, de modo decidido e autônomo, seu processo de crescimento, tenha conseguido manter as velhas estruturas educacionais rígidas ou congeladas;

3. a educação é uma condição necessária, mas não sufuciente para o desenvolvimento. Pensar o contrário é contribuir para cristalizar uma atitude conservadora... A respeito das transformações sociais e das áreas prioritárias de ação e decisão políticas” (Toscano, p. 179).

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POSSIBILIDADES 1. CONSTRUÇÃO DE SABERES DE

ALUNOS/AS E DE PROFESSORES/AS

2. SOCIALIZAÇÃO CULTURAL

3. ENFRENTAR POLÍTICAS DOMINANTES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS PARA CONSTRUIR SABERES DE DOCÊNCIA EMANCIPATÓRIA COM AS MARCAS DE POLÍTICA HORIZONTAL DA CIDADANIA, COMUNITARIEDADE COM AUTONOMIA E SOLIDARIEDADE.

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ESCLARECIMENTOS

As notas serão construídas a partir das presenças, participações em aula, na entrega de relatórios e de trabalho escrito no penúltimo dia de aula. O tema fica a escolha de cada pessoa ou grupo.

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QUESTÕES IMPORTANTES REFERENTES A DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Enfrentaremos juntos, durante 4 encontros, algumas questões que nos preocupam no Ensino Superior. Verificar no Plano cada uma e todas...

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PROPOSTA DE TRABALHO PARA HOJE:1. Nos dois períodos iniciais integrar a turma a partir de micro-grupos: praticar esforço para sintetizar experiências docentes com o estudo e debate de cada item do texto “Do ensinar à ensinagem”, de Pimenta e Anastasiou: 1.1. Do ensinar à ensinagem – finalidades da docência (p. 204); 1.2. Professor e aluno: ciência, conhecimento e saber escolar (p. 218); 1.3. Docência e ensino: ensinar a quem? (p. 226)

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2. APÓS O INTERVALO NOS ÚLTIMOS PERÍODOS

Os micro-grupos relatam suas conclusões, geram esclarecimentos, debates e entregam relatórios para avaliação.

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A) RETOMADA DAS AULAS ANTERIORES:

a)Primeira aula: ensino e ensinagem: debate experimental com base na noção de ensinagem;

b)Segunda aula: questões em grupo: 1. Do ensinar à ensinagem; 2. Professor e aluno: ciência, conhecimento e saber escolar; 3. Docência: ensinar a quem?

c)construção em grupos: possibilidades e dificuldades.

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B)AULA DE HOJE: MUDANÇAS A PARTIR DO MUNDO DO TRABALHOTexto de Acácia Zeneide Kuenzer

“O QUE MUDA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA UNIVERSITÁRIA COM AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO?”

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METODOLOGIA DA AULA DE HOJE

Técnica de dinâmica de grupo: grade progressiva.

QUESTÕES:1. A que mudanças no mundo do trabalho o texto se refere)? (conceituar) (p. 15)

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QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

2)Quais são “as mudanças que ocorrem na sala de aula a partir das mudanças que vêm ocorrendo no mundo do trabalho?” (p. 16)

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QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

3)a)O que quer significar a frase “profissões de nível superior, com foco no mercado, eram rigorosamente delimitadas, para o que concorriam as corporações, por meio da regulamentação das atividades profissionais”?

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QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

3)b)O que é rigidez taylorista/fordista na educação, suas conseqüências curriculares e seu caráter ideológico? (p. 16 – 21)

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QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

4)Qual a contradição entre a flexibilização de conteúdos e a falta de investimentos num País que renunciou a sua soberania? (p. 20 – 23)

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QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

5)Definir o conceito de Estado e distinguir as noções de Estado regulador, de Estado controlado pelo mercado e as conseqüências de cada noção para a educação e os direitos dos alunos (p. 23 – 26)

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QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

6)O que se entende por superar os limites do conhecimento dos produtos a favor da retomada da dialética conteúdo – método na perspectiva do trabalho de destruição das condições de exploração e construção de outra sociedade, germinando a semente da transformação? (p. 26 – 28)

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DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Profª. Ms. Isabel Ana de Moraes

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PERSPECTIVAS ATUAIS PARA O ENSINO SUPERIOR

FUNÇÃO SOCIAL

A Universidade constitui-se em local de convivência entre educadores e educandos.

É o locus por excelência da inter-relação, onde imperam os aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos da sociedade como um todo.

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As perspectivas atuais para a universidade encontra-se numa encruzilhada:

divididas entre diretrizes para a reestruturação e revalorização do ensino superior público e força de mercado

uma força de mercado que tenta transformar o processo de ensino e aprendizagem, em mais uma mercadoria passível de valor de troca

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Atribuições do ensino superior como um processo de busca, de construção científica e de crítica ao conhecimento produzido:

propiciar um conjunto de conhecimentos, métodos e técnicas científicos, que assegurem o domínio científico e profissional do campo específico e devem ser ensinados criticamente;

Conduzir a uma progressiva autonomia do aluno na busca de conhecimentos;

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Considerar o processo de ensinar/aprender como atividade integrada à investigação;

Desenvolver a capacidade de reflexão;

Substituir a simples transmissão de conteúdos por um processo de investigação do conhecimento;

Integrar, vertical e horizontalmente, a atividade de investigação à atividade de ensinar do professor, o que supõe trabalho em equipe;

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Criar e recriar situações de aprendizagem;

Valorizar a avaliação diagnóstica e compreensiva da atividade mais do que a avaliação como controle;

Conhecer o universo cultural e de conhecimentos

Desenvolver, com base nos alunos, processos de ensino e aprendizagem interativos e participativos.

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CONCEPÇÃO DE DOCÊNCIA NO ENSINO SUPEIOR

A docência no ensino superior é entendida como:

Processo de relação entre professor/aluno e professor/professor e de formação contínua

Prestação de um serviço à sociedade mediante a profissão de professor

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Aspectos do mundo contemporâneo que impulsionam o desenvolvimento profissional do professor universitário:

1. transformação da sociedade, de seus valores e de suas formas de organização de trabalho

2.O avanço exponencial da ciência nas últimas décadas;

3.A consideração progressiva de uma Ciência da Educação

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Configuração da docência como um campo de conhecimentos específicos:

• conteúdo das diversas áreas do saber e do ensino (campo das ciências humanas e naturais, da cultura e das artes);

• conteúdos didático-pedagógicos, diretamente relacionados ao campo da prática profissional;

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• conteúdos relacionados a saberes pedagógicos mais amplos do campo teórico da prática educacional;

• conteúdos ligados à explicitação de sentido da existência humana individual, com sensibilidade pessoal e social.

A identidade do professor é também profissional; ou seja, a docência constitui um campo específico de intervenção profissional na prática social

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ELEMNTOS CONSTITUTIVOS DA PRÁTICA DOCENTE

Formação acadêmica Conceitos

• Conteúdos específicos Ideal

Objetivoso Regulamentação Código de Ética

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A docência no ensino superior é profissão que tem por natureza constituir um processo mediador entre sujeitos essencialmente diferentes, professor e alunos, no confronto e na conquista do conhecimento.

Na construção da identidade da profissão docente, é essencial considerar a importância da criatividade na solução de cada nova situação vivenciada.

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CARACTERÍSTICAS DA PROFISSÃO DOCENTE

A singularidade A incerteza A novidade

O dilema O conflito

A instabilidade Imprevisibilidade

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DOCÊNCIA

Aspectos relativos aos sujeitos presentes no universo da docência:

• o professor como pessoa e a pessoa do professor como profissional;

• o aluno como sujeito do processo cognitivo;

• processos cognitivos compartilhados entre os diferentes sujeitos.

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DOCÊNCIA

Aspectos relativos aos determinantes do processo educativo:

• Projeto político-pedagógico institucional e sua inserção no contexto social;

• projeto dos cursos e os dados da realidade institucional;

• Teoria didática praticada e a desejada na sala de aula;

• a responsabilidade com a atuação técnica e social do profissional no mercado de trabalho.

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IDENTIDADE PROFISSIONAL DO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

Dilemas da identidade profissional dos docentes do ensino superior:

tendência a construção da identidade e ao desenvolvimento do trabalho docente de forma individual, desintegrada, ou em grupos fechados – Individualismo/Coordenação.

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Incidência da dialética pesquisa/docência no progresso pessoal e profissional dos docentes do ensino superior;

tendência à especialização dos estudos e dos perfis profissionais – Generalista/Especialista - alimentada pela compartimentalização dos conteúdos disciplinares, da formação ;

Ensino/Aprendizagem - O que faz um professor ser bom professor, ensinar bem ou formar bons alunos? Até onde chega o trabalho docente? Até onde chega a responsabilidade como docente e começa a responsabilidade dos estudantes? Como conseguir equilibrar o eixo disciplinar (explicar bem os conteúdos) com o eixo pessoal (ajudar os alunos para que aprendam o que lhes ensinam?)

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Segundo Ramsden (1992, p.89), o equilíbrio no desempenho da docência, o bom ensino universitário caracteriza-se por:

desejo de compartilhar com os estudantes seu amor pelos conteúdos da disciplina;

habilidade para fazer com que o material que deve ser ensinado seja estimulante e interessante;

facilidade de contato com os estudantes e busca de seu nível de compreensão;

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capacidade de explicar o material de maneira clara;

compromisso de deixar absolutamente claro o que se aprendeu, em que nível e por quê;

demonstração de interesse e respeito pelos estudantes;

responsabilidade de estimular a autonomia dos estudantes;

capacidade de improvisar e de se adaptar às novas demandas;

uso de métodos de avaliação comparativo;

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uso de métodos de ensino e tarefas acadêmicas que exijam dos estudantes o envolvimento ativo na aprendizagem, assumindo responsabilidades e trabalhando cooperativamente;

visão centrada nos conteúdos-chave dos temas e nos erros conceituais dos estudantes antes da tentativa de dominar, a todo custo, todos os temas do programa;

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AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO SUPERIOR

Segundo Villas Boas (2004), as pesquisas constatam o que tem acontecido sobre a avaliação do trabalho pedagógico do docente do ensino superior: nem sempre o professor elabora um plano de curso; o plano existe somente para cumprir a finalidade burocrática, de atender às exigências do departamento;

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os alunos não reivindicam maiores informações do e sobre o plano de ensino, contentam-se com as que recebem;

os planos omitem os critérios a serem utilizados na avaliação;

avaliação tratada de forma autoritária;

avaliação usada com mais freqüência para classificar e não para diagnosticar;

o trabalho começa com a perspectiva do fracasso e não com a do sucesso;

desarticulação entre a avaliação e o trabalho pedagógico (desvinculação entre a avaliação, os conteúdos, os objetivos)

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ALGUMAS POSSIBILIDADES DE CAMINHOS PARA A PRENDIZAGEM

MAIS CRIATIVAPara Wechsler (1996), as características que descrevem um professor criativo são, dentre muitas: abertura a novas experiências; ousadia e idealismo; confiança em si mesmo e postura de facilitador; curiosidade; humor; preferência por arriscar-se; estar apaixonado por sua área de ensino;

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encorajar os estudantes a realizar seus

próprios projetos; permitir que os alunos tenham idéias

diferentes das do professor.

A proposta de um ensino criativo, segundo alguns estudiosos e pesquisadores, depende da mudança de postura do professor, que deve sempre cuidar para que exista um clima criativo na sala de aula.