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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A INFLUÊNCIA DA MIDIA NA VIDA DOS ADOLESCENTES Por: Fabio Medeiros de Oliveira Orientador Prof. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A INFLUÊNCIA DA MIDIA NA VIDA DOS ADOLESCENTES

Por: Fabio Medeiros de Oliveira

Orientador

Prof. Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A INFLUÊNCIA DA MIDIA NA VIDA DOS ADOLESCENTES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de especialista

em Terapia de Família.

Por: Fabio Medeiros de Oliveira

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AGRADECIMENTOS

Agradeço а minha esposa, Maria Evangelista Ximenes de

Oliveira e minha orientadora Fabiane Muniz, qυе dе forma

especial е carinhosa mе dеυ força е coragem, mе apoiando

nоs momentos dе dificuldades, quero agradecer também aos

meus filhos, Layssa Evangelista Ximenes de Oliveira е

Kayke Ximenes de Oliveira, qυе embora nãо tivessem

conhecimento disto, mаs iluminaram dе maneira especial оs

meus pensamentos mе levando а buscar mais conhecimentos.

Е nãо deixando dе agradecer dе forma grata е grandiosa

meus pais, Luís de Oliveira (imemorial) е Rita Medeiros de

Oliveira а quem еυ rogo todas às noites а minha existência.

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DEDICATÓRIA

Por final, a aquele, que me permitiu tudo isso, ao

longo de toda a minha vida, e, não somente neste

ano como pós-graduando, ao Senhor meu DEUS,

obrigado, reconheço cada

vez mais em todos os meus momentos, que

Senhor é o maior mestre, que uma pessoa pode

conhecer e reconhecer!

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RESUMO

A influência dos programas de TV começa desde cedo, na infância, sequer espera,

não se restringe à adolescência. Não é de se espantar que sejam realizadas inúmeras

pesquisas por grupos de estudo, instituições internacionais, pela Igreja e missionários que

tentam desvendar qual a influência dos programas televisivos no comportamento dos

jovens, defendendo teses de que a TV passa uma mensagem oculta de incentivo ao sexo,

violência, homossexualismo e, até mesmo, para os mais radicais, apologia ao “DEMO”.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em outubro de 1998, foi

realizado uma pesquisa sobre os desenhos animados transmitidos pela televisão brasileira

com o objetivo de medir a quantidade de violência passada para as crianças.

O resultado foi assombroso, pois de acordo com a pesquisa, uma criança brasileira que

assista a duas horas diárias de desenho animado estará exposta a 40 cenas de violência

explícita, já em um mês, seriam 1.200 cenas e, num ano, pasmem, seriam 14.400 cenas de

pura violência sendo produzidas dentro da própria sala de estar das nossas casas.

Dentro deste cenário o que mais nos tem estarrecido ao analisarmos o

comportamento do jovem, não é apenas a influência direta da mídia no comportamento

violento dos adolescentes ou a atividade sexual precoce, que começa desde a infância

como acima exposto, mas sim a incansável busca por um lugar no mundo dos famosos,

como se este fosse o passo final para a felicidade.

De acordo com as pesquisas a mídia exerce uma forte influencia na vida dos

adolescentes, evidenciando a necessidade de uma maior atenção e atuação para com este

grupo, pois somente assim será possível visualizar uma redução significativa desta

influência.

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METODOLOGIA No presente trabalho foi utilizado o método de pesquisa bibliográfico com a

utilização de livros e sites que abordam de forma direta e indireta esse tema, filtrando,

assim os dados obtidos nos mesmos sempre buscando relevância a fim de fundamentar

teoricamente este trabalho.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------08.

1 – O ESTUDIO E SEUS BASTIDORES

1.1 – Afinal, o que é mídia ---------------------------------------------------------10. 1.2 – O adolescente e a mídia ao longo da historia -----------------------------12. 2 – A ESTRUTURA INVISIVEL DA MIDIA E SEUS EFEITOS

2.1 – Os que são consumismo ------------------------------------------------13. 2.2 – Adolescente mídia e consumo -----------------------------------------14. 3 – A INFLUENCIA DA TELEVISÃO E OS VALORES PERDIDO

3.1 – O sequestro da subjetividade ...........................................................21.

CONSIDERAÇÕES FINAIS -----------------------------------------------------------26.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------28.

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INTRODUÇÃO

A indústria cultural se apresenta como um instrumento de grande poder, onde

através da sua influência na formação de nossa identidade, acaba por alterar e enfraquecer

a nossa autonomia, através de um processo de alienação. Existem diversos veículos desta

poderosa indústria, entre os quais os mais utilizados atualmente são a televisão e a internet.

Estes recursos da mídia são bem utilizados para adquirir a atenção de todos, para dominar

as mentes e passar o que é o “melhor”, o ter e o ser um corpo idealizado.

Entre os adolescentes está sendo uma maneira de tentar fazer com que eles fiquem

dentro de casa o maior tempo possível, fazendo com que percam o senso crítico, social e

político, e passam a discutir qual a cor mais bonita da sandália da “moda”, qual o carro

mais veloz, qual creme deixa a pele mais bonita, que blusa te deixa mais forte, itens esses

totalmente dominados pela poderosa indústria cultural. Os jovens mostram-se atentos à

imagem que têm, não tratam a roupa e o corpo de uma forma ingênua e desavisada. Têm

consciência de que esta pode permitir o trânsito pelos espaços que querem freqüentar, ou

impedir a circulação. O jovem da atualidade não absorve um estilo por tradição, mas faz

uma escolha de estilos. (CASTRO, 2001)

Porém, esquecem dos riscos da má utilização destes recursos, de tal forma que

diversas doenças estão diretamente ligadas a essa indústria, dentre as quais uma novidade

se apresenta a Oneomania que é a doença do consumismo exagerado.

Esta doença foi identificada primeiramente em adultos, porém pesquisas revelam

que a partir da adolescência já existem indícios da manifestação da doença. Através da

mídia os adolescentes se inspiram e já sentem necessidade de comprar compulsivamente,

seja para sentirem-se superior em relação aos colegas ou pelo simples fato de comprar. Os

índices da doença já são tão alarmantes que já existem grupos de ajuda, para quem sofre

desse mal.

O conhecimento e a ressignificação dos códigos culturais, tem sido uma grande

estratégia de uma ideologia voltada para transformação de pessoas em consumidores, estas

intervenções tem criado inúmeras patologias, tais como a bulimia, anorexia, vigorexia, e

em especifico a oneomania, que tem uma forte relação com os jovens e a mídia, que no

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papel de mediadora acaba por agravar estas patologias tão propaladas nesta sociedade

contemporânea.

Em 1995 foi criada na Austrália a Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e

adolescentes “World Summit on Media for children Foundation. A Summit reúne a cada

três anos profissionais da indústria audiovisual, pesquisadores, governos, representantes da

sociedade organizada, crianças e adolescentes. Todos empenhados em refletir sobre a

qualidade das produções infanto-juvenis veiculadas pela televisão, rádio, internet e demais

mídias eletrônicas. O UNICEF e a ANDI criaram, na Internet, o fórum de discussão Vozes

da Juventude para os adolescentes debaterem sobre a mídia.

O artigo 17 da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e do

Adolescente reconhece a importância dos meios de comunicação de massa e assegura o

direito do público infanto-juvenil de ter acesso a “informações e dados de diversas fontes

nacionais e internacionais, especialmente os voltados á promoção de seu bem-estar social,

espiritual e moral, e saúde física e mental”. Alguns fatores relevantes quanto a influencia

da mídia, especificamente a Tv, são de ordem da auto-referência (o modo como a TV fala

de si mesma através de diferentes produtos); A repetição (imagens e estruturas que

retornam, propiciando tranquilidade, prazer e identificação).

O aval de especialistas (para a legitimação das verdades narradas); A informação

didática (colocando o espectador na posição de quem deve ser cotidianamente ensinado).

A opção por um vocabulário "facilitado", traduzido, especialmente quando

relacionado a termos técnicos; a reiteração do "papel social" da TV (o veículo

apresentando-se como denunciador dos problemas sociais e, igualmente, como fonte das

soluções possíveis em suma, como um lugar "do bem"); a caracterização da TV como

lócus da "verdade ao vivo",

da "realidade" (especialmente, nas transmissões ao vivo e na busca de imagens que

"reproduzam o real", mesmo em comerciais e telenovelas); a transformação da vida em

espetáculo (seja nas produções ficcionais, seja nos materiais informativos stricto sensu); a

caracterização da TV como o "paraíso dos corpos" (particularmente, dos corpos jovens e

belos); a reprodução na TV de práticas e normas nitidamente "escolarizadas.

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O ESTUDIO E SEUS BASTIDORES

A final, o que é mídia?

Em comunicação, mídia são os canais ou ferramentas usadas para armazenamento e

transmissão de informação ou dados. Mídia muitas vezes é usada como sinônimo de meios

de comunicação de massa ou agências de notícias, mas pode se referir a um único meio

utilizado para comunicar os dados para qualquer finalidade.

A mídia afeta o que as pessoas pensam sobre si mesmas e como elas percebem as

outras pessoas. O que pensamos sobre nossa auto-imagem e que imaginamos que os outros

deveriam ser, vem através da mídia.

A mídia esta cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. Todos os dias

pessoas estão lendo jornais, revistas, ouve radio, assiste televisão, utilizam computador...,

todas as pessoas estão envolvidas de uma forma global por cenário midiático. Mas será que

elas já se perguntaram, oque é mídia? Para que serve a mídia?

Mídia no dicionário significa conjunto de meios de comunicação usados para atingir o

público. Em outras palavras: é tudo aquilo que diz respeito à comunicação e, por isso, é

cada vez mais importante para vida da sociedade. Através da mídia podemos ver o mundo

e saber tudo o que esta acontecendo.

Segundo Rubim1 (2007), destaca que a conformação do que ele acha de “idade

mídia” aconteceu através da enorme expansão da contaminação, da proliferação das mídias

e da implantação das redes sociais, primeiramente televisivas (anos 1970 em diante) e

depois, de modo mais contundente a da informática (anos 1990).

Hoje em dia, com a era moderna, a ampliação do acesso a mídia, em suas diversas

forma, torna cada vez mais fácil a comunicação entre pessoas nas diversas parte do mundo.

Com a ampliação do acesso a internet, está conectada e um valor.

De acordo com este mesmo autor, para os adolescentes, está conectado é o que

diferencia de que é excluído de quem é incluído no universo digital. Essa é a condição

1 Antônio Albino Rubim é professor doutor em sociologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especialista em política cultural.

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essencial para quem quer ganhar o mundo. Considera que quase todos os adolescentes de

hoje já nascem e se socializam, imersos a este ambiente cultural.

De acordo com Paul Virilio2 (2010), para além de sua preocupação com as

velocidades, percebeu de modo tênue este caráter compósito da atualidade, não sem

introduzir uma gradação de real e realidade, por certo, complicada. O desequilíbrio

crescente entre a informação direta e a informação indireta, fruto do desenvolvimento de

diversos meios de comunicação, tende a privilegiar indiscriminadamente toda informação

midiatizada em detrimento da informação dos sentidos, fazendo com que o efeito de real

pareça suplantar a realidade imediata. (Virilio, 2010)

A tecnologia da mídia tem tornado a comunicação cada vez mais fácil. Hoje as

crianças são incentivadas a utilizar meios de comunicação na escola e devem ter uma

compreensão geral das diversas tecnologias disponíveis. A internet é sem dúvida uma das

ferramentas mais eficazes na mídia de comunicação. Ferramentas como o e-mail, MSN,

Face book, whatsapp, instagram e twitter, tornaram as pessoas mais próximas e criaram

novas comunidades online.

No entanto, alguns podem argumentar que certos tipos de mídia podem dificultar a

comunicação pessoal e, portanto, podem resultar em complicações como a fraude de

identidade. Numa sociedade largamente consumista, os meios eletrônicos (como a TV) e a

mídia impressa (como jornais) são importantes para a distribuição da mídia de propaganda.

As sociedades mais tecnologicamente avançadas têm acesso a bens e serviços

através de meios de comunicação mais novos que as sociedades menos avançadas

tecnologicamente. A mídia, através dos meios de comunicação e psicologia, ajudou a

interligar diversas pessoas de longe e de perto. Também contribuiu para os negócios on-

line e outras atividades que têm uma versão on-line.

Todos os meios destinados a afetar o comportamento humano são iniciados através

da comunicação e o comportamento esperado tem fundamento na psicologia, portanto, a

compreensão da psicologia dos meios de comunicação e da mídia é fundamental para a

2 Paul Virilio (Paris, França, 1932) é um filósofo, urbanista francês, arquiteto, polemista, pesquisador e autor

de vários livros sobre as tecnologias da comunicação.

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compreensão dos efeitos sociais e individuais da mídia. O campo em expansão da

psicologia dos meios de comunicação e da mídia combina estas disciplinas estabelecidas

de uma forma inovadora. As mudanças no timing baseadas na inovação e na eficiência

podem não ter uma correlação direta com a tecnologia.

A revolução da informação é baseada em avanços modernos. Durante o século

XIX, o boom da informação surgiu através dos avanços nos sistemas postais, o aumento na

acessibilidade aos jornais, assim como da fundação das escolas modernas. Estes avanços

foram apenas possíveis porque aumentou o número de pessoas alfabetizadas e educadas.

A metodologia da comunicação, contudo, mudou e dispersou-se em várias direções

conforme os motivos do seu impacto sociocultural. O chamado "efeito sócio

psicomidiático", cunhado pela mídia e pelo psicólogo Bernard Luskin, aplica-se às

implicações socioculturais dos meios de comunicação na sociedade e no comportamento

humano.

O adolescente e a mídia ao longo da historia

Desde o inicio do século XX, a mídia vem influenciando a vida dos adolescentes.

Claro que diferente dos dias atuais, ela influenciava menos e não chegava atingir todos os

jovens como na atualidade.

Ao logo da história os jovens sempre foram foco de políticos e governo visando

convence-los de certas “verdades”, que determinadas politicas eram corretas e que algumas

filosofia eram certas. Para atingir maior público possível, políticos e governos usavam as

rádios e o jornal e principalmente o radio para fazer propagandas votadas a politicas.

Adolf Hitler3 usava jornal para espalhar as ideias nazistas e também usava o

público infantil para difundir o regime nazista e formar o exercito alemão. Ele utilizou o

modelo dos escoteiros para formar um grande exercito infantil, a juventude nazista de

Hitler aprendia desde cedo os princípios do ódio deste pensamento, os jovens orgulhosos

vestiam mine fardas e desfilavam pelas ruas de Berlim e era a imagem da intolerância e

3 Adolfo Hitler - foi um militar e político, líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães,

também conhecido por Partido Nazi ou Nazista.

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muitos se convertiam em verdadeiros espiões dentro de casa, chegando denunciar os

próprios pais (GARCIA4, 2002).

“Ei-los: os senhores professores estão aprendendo a macha. O pequeno nazista

puxa-lhes as orelhas e lhes ensina a posição de sentido. Cada aluno um espião. Não precisa

saber nada do mundo ou do universo. Mais é interessante informar: o que, de quem e

quando. Ai vem as criancinhas. Elas buscam o carrasco o trazem para casa. Delatam os

próprios pais, chamam-no de traidor. E ficam olhando, quando o velho de mãos e pés

algemados” (BRECHT5, 2010).

Brasil Getúlio Vargas6 usa a mídia para falar do seu governo e do país. Esses

liderem cesurava a mídia e só usava para os seus próprios interesses políticos e promover

suas imagens.

Na china os jovens constituíram o verdadeiro braço armado de Mao Tsé Tung na

época da revolução cultura de 1949. Eles eram denominados de os “Guardas vermelhos do

Presidente Mao”. Os primeiros guardas vermelhos foram os filhos das autoridades locais,

pois eles estavam acostumados a viverem dentro do mundo políticos. Mao transformou

este adolescente em uma tropa de choque, porque eles eram dotados de qualidades

juventudes, eram rebeldes, destemidos, sedentos de aventura e fáceis de manipular. Mao

Tse Tung7 conseguiu manipular jovens, deixando no imaginários deles que ele era um

Deus e devia ser seguido.

Ao longo da história o ser humano tem sofrido mudanças em todas as dimensões.

Inácio Brandl Neto (1998, p.28) enfatiza que “A dominação sempre teve como base

o corpo. Quando se domina o corpo, fica mais fácil atuar sobre ele. O poder sempre agiu

4 Nelson Jahr Garcia (Atibaia, 1947 São Paulo 6 de novembro de 2002) foi um professor, sociólogo,

advogado e historiador brasileiro. 5 Bertolt Brecht é uma dramaturgo e poeta alemão . Foi escrita entre 1935 e 1938, fazendo uso de recortes

de jornal, notícias recebidas da resistência – Brecht vivia então na Dinamarca –, rádio, ou qualquer forma que pudesse levar a informação além das fronteiras do Reich. É um panorama da sociedade alemã sob o domínio nazista. Uma coleção de instantâneos saída de casas operárias e cortes judiciais, de trabalhadores socialistas e comunidades judaicas, de campos de concentração e aulas da juventude hitlerista. Mais do que retratar uma década mergulhada em equívocos, Brecht nos força a enxergar a decadência de toda uma sociedade, sufocada pelo terror. 6 Getúlio Vargas (1883-1954) foi presidente do Brasil. Criou inúmeras leis trabalhistas, entre elas, o salário mínimo e as férias remuneradas. 7 Mao Tsé-Tung - foi um político, teórico, líder comunista e revolucionário chinês. Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador da República Popular da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976.

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assim. Não permitiu ao corpo se manifestar”. Salientando “que quando o fez,” foi marcado

por grandes lutas, conquistas e tragédias”.

Esses exemplos onde a adoração cega acabou, muitas vezes, se convertendo em

fanatismo, serve para demostra o quanto a mídia a serviço da ideologia pode manipular a

opinião dos jovens adolescentes. Nesses exemplos os jovens eram e são usados com

publico alvo de politica e produtos, por serem fácil de convencer, e por conta disso,

aceitam facilmente alguns tipos de influencias, fosse elas de propaganda ou ideologia.

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A ESTRUTURA INVISIVEL DA MIDIA E SEUS EFEITOS O que é consumismo?

Refere-se a um modo de vida orientado por uma crescente propensão ao

consumo de bens ou serviços, em geral supérfluos, em razão do seu significado simbólico

(prazer, sucesso, felicidade), frequentemente atribuído pelos meios de comunicação de

massa.

A etimologia8 da palavra "consumismo ou consumo" vem do

latim consumere (esgotar) e é formada por com, mais suemere (apoderar-se, gastar,

agarrar). Há outras definições também um pouco assustadoras: gastar ou corroer até a

destruição, anular e destruir. O termo descreve uma forma aparentemente irracional e

confusa de comportamento econômico.

A sociedade de mercado faz um enorme esforço para "fidelizar" esse consumidor

por meio de inúmeras propostas, explicitas ou não, para suas atrações. Nesse sentido, é

preciso criar um consumidor como uma "cultura" especifica.

O filósofo Michel Foucault9, em uma entrevista dada em 1973 a revista Manchete,

cujo tema é Prisões e revoltas nas Prisões diz o seguinte:

Hoje, as pessoas não são mais enquadradas pela miséria, mas pelo consumo. Tal como no século XIX, mesmo se é sob outro modelo, elas continuam capturadas em um sistema de crédito que as obriga (se compraram uma casa, móveis...) a trabalhar todo o santo dia, a fazer hora extra, a permanecer ligadas (...). (Em Ditos e Escritos IV, Revista Manchete nº.1104 de 16 de Junho de 1973)

O que diria o filósofo quase 40 anos depois? Na sociedade de mercado, os

consumidores se oferecem constantemente como objeto do conhecimento: o que preferem,

quando preferem e como preferem. Os interesses são perscrutados para melhor satisfazer

uma subjetividade consumista instaurando, assim, um circuito que se pretende eficiente.

8 Etimologia é o ramo da Linguística que estuda a origem das palavras. Através da etimologia aprendemos

porque tal e qual vocábulo têm tal e qual significado. 9 Michel Foucault (1926-1984) foi um historiador e filósofo francês, associado à estruturalistas e pós-

estruturalista movimentos. Ele teve grande influência não apenas (ou até principalmente) na filosofia, mas também em uma ampla gama de humanística e social disciplina científicas.

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Para Zygmunt Bauman10 na sua obra “Vida para o consumo – a transformação das

pessoas em mercadoria” ele trás uma breve reflexão sobre o capitulo intitulado “Consumo

versus Consumismo”. Segundo o autor, o fenômeno do consumo tem raízes tão antigas

quanto os seres vivos (...) é parte permanente e integral de todas as formas de vida (...).

Bauman afirma ainda que o “consumismo” é um tipo de arranjo social resultante

das reciclagens de vontades, desejos e anseios humanos rotineiros (neutros quanto ao

regime), transformando-os e transmutando-os na principal força propulsora e operativa da

sociedade (vida para consumo,2008).

O pensador Stephen Bertman11 cunhou os termos ‘cultura agorista’ e ‘cultura

apressada’ para denotar a maneira como vivemos atualmente: “O consumismo líquido-

moderno é notável, mais do que por qualquer outra coisa, pela (até agora

singular) renegociação do significado do tempo”. Ser feliz? Só se for para já!

Mesmo os que encontram uma real necessidade de algo, “logo tendem a sucumbir

às pressões de outros produtos ‘novos e aperfeiçoados’”. Vem-nos à mente a imagem do

cão correndo em círculos, a perseguir o próprio rabo. E, ao “sentir a infinidade da conexão,

mas não estar engatado em coisa alguma”, sobrevém sorrateira melancolia, o que Bauman

aponta como sendo a aflição genérica do consumidor.

Adolescente, mídia e consumo.

Podemos dizer que a fase da adolescência é uma das mais polêmicas, complexas,

considerada idade da crise, "fase inquieta e conturbada", "período tenso", entre outros

conceitos, e ousamos a dizer quase impossível de ser compreendidas pelos próprios e pelos

adolescentes.

A adolescência como a própria origem da palavra diz, é a condição, processo, etapa e

um ser em desenvolvimento vive ("ad" = "em direção a" + "olescer" = desenvolver/ tornar-

se jovem, autônomo"). 10

Zygmunt Bauman (Poznań, 19 de novembro de 1925) é um sociólogo polonês que iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia, onde teve artigos e livros censurados e em 1968 foi afastado da universidade. 11

Stephen Bertman é doutor em literatura grega e latina pela Universidade de Colúmbia, além de especialista em estudos clássicos pela Universidade de Nova York e em estudos judaicos e sobre o Oriente Médio pela Universidade Brandeis. Atua também como professor, consultor educacional e palestrante e dedicou sua vida a construir pontes entre os mundos do passado e do presente.

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Nos dicionários, "o período que se estende da terceira infância até a idade adulta,

caracterizado psicologicamente por intensos processos conflituosos e persistentes esforços

de auto-afirmação. Corresponde à fase de absorção dos valores sociais e elaboração dos

projetos que impliquem plena integração social (FERREIRA12, 2011).

Pesquisadores como Stanley Hall (1904), consideram a adolescência como um novo

nascimento, um período dramático marcado por conflitos e tensões.

Estes adolescentes apresentam como objetivo curtir a vida se divertir, aproveitar o

máximo o seu tempo livre, viver a sociabilidade com os amigos, e usufruir diferentes

formas de lazer, e dos produtos da cultura de massa aparecem como os elementos que mais

fortemente definem a condição dos adolescentes.

O que faz com o tempo livre, raramente esteja ligado com atividades que possam

desenvolver neles um senso critico a respeito da manipulação a qual estão submetidos,

usam e abusam do seu tempo livre a serviço do fortalecimento das idéias propagadas pela

indústria cultural, sendo estas consideradas como "miséria cultural", e que ganham força

nas praticas da juventude, que até já ganhou o título de "geração shopping center", sendo

orientada de certa maneira pelo consumismo pelo modismo, dominada pela televisão.

Pode-se dizer que muitos adolescentes apresentam a preocupação com a estética, o

culto ao corpo é presente cada vez mais cedo na vida desses meninos e meninas.

Os hábitos saudáveis estão sendo deixados de lado por estarem virando obsessão.

Inicialmente era uma maneira de manter ou recuperar a vitalidade e o bem estar físico,

agora virou uma fixação, onde o que era cuidado acabou virando idolatria do corpo, e a

este “culto” convencionou-se chamar de Corpolatria (culto exagerado ao corpo).

Meninos sonhando com aqueles músculos, os chamados “sarados” e as meninas

tendo sempre aquela ilusão do corpo perfeito, magérrimo, “corpo de modelo”, assim todos

ficam felizes.

12 Aurélio Buarque Holando Ferreira foi um critico literário, lexicógrafo, filólogo, professor, tradutor e ensaísta brasileiro.

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Muitas vezes para conseguir esse corpo ideal, passam por cima de outros aspectos

indispensáveis para resultados saudáveis, às vezes por falta de informação ou por

negligencia dos profissionais ligados a área, começam a frequentar academias sem a idade

adequada, sem acompanhamento medico, utilizando-se de produtos prejudiciais a saúde.

Um corpólatra, nunca está satisfeito com o que vê diante do espelho, e acha que

sempre tem algo para aperfeiçoar. O número de adolescentes que buscam emagrecer de

formas variadas, muitas das vezes sem consulta médica, tomando medicamentos por conta

própria, vem crescendo cada vez mais no país, devido a busca incessante para alcançar o

“padrão” idealizado por estas mídias, acabam recorrendo às cirurgias plásticas, gastos

excessivos com roupas e tratamentos estéticos, abuso da musculação e uso de

anabolizantes, entre outros recursos.

Vale citar os adolescentes que fazem cirurgias plásticas por vaidade. Um público cada

vez maior e, principalmente, bem mais diversificado recorre aos consultórios dos

principais cirurgiões em busca, antes de qualquer outra coisa, de um maior “bem estar”

com o próprio corpo. Os homens, que há cinco anos eram apenas 5% dos operados, estão

contribuindo para engrossar as estatísticas. Hoje já representam 30% do total.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia os jovens também estão recorrendo à

plástica no Brasil como em nenhum outro país. Pacientes menores de 18 anos já chegam a

13% do total, a estatística é de que no ano 2010.

Existe uma relação destes números com o que a grande mídia televisiva apresenta

diariamente envolvendo a estética, uma vez que muitas adolescentes ficam na frente desta

caixinha mágica de cores, e passam a querer ter o que chamam de padrão estético, dito

“ideal”, que são explorados dentro da programação televisiva o tempo todo, onde

dificilmente é possível ver um artista fora destes padrões.

Quando um adolescente chega num grupo hoje e não está “antenado”, como eles

dizem passa a ser considerada carta fora do baralho.

Você ter o tênis, roupa, bolsas, acessórios de maneira geral de forma um indivíduo

completo, tendo todos os olhares em volta de si.

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Ao assistirmos televisão, não conseguimos admirar a parte artística e cultural que

está incluída neste veiculo da indústria cultural, pois tudo foi programado para isso mesmo,

devido a velocidade e intensidade destas imagens, a fisiologia ótica humana não está apta a

alcançar tal rapidez, deixando que certas informações não sejam percebidas, e por outro

lado, temos mensagens subliminares, que parecem não serem vistas porem sem

percebermos sofremos influencias.

As imagens projetadas pela TV, arte consumida calçando meias e servindo café em

confortáveis poltronas, é que se transportam para o deserto árido que se tornou a mente

humana. A velocidade de sucessão destas imagens não permite contemplações, o olho

cansa-se inutilmente em tentar fixar alguma cena (BENJAMIN13, 1983).

Pode-se considerar que a televisão é como, "a vida que falta em nossas vidas"

(MORIN14, 1997).

O espectador passa a transferir seus desejos, vontades, para aquela caixinha bem a

sua frente, uma ilusão, como intuito de fugir da realidade.

Segundo Bauman (2004), o indivíduo da modernidade líquida se constitui por

inúmeros mal-estares, sentimentos de aflição, insegurança, depressão, ansiedade; já que

são constantemente ameaçados pela possibilidade de se tornarem supérfluos: lixo.

Na teoria da modernidade líquida pode ser observado um fato de extrema

importância que está ocorrendo atualmente, que é a chamada oneomania (consumo

exacerbado), uma doença que vem se verificando cada vez mais presente na sociedade

contemporânea. O distúrbio pode atingir qualquer pessoa, independente de classe social,

religião ou formação intelectual. Pode ser tratado por terapeutas, psicólogos, psiquiatra ou

especialistas. O sexo feminino é o mais afetado por esta psicopatologia.

13 Walter Benedix Schönflies Benjamin foi um ensaísta, critico literário, tradutor, filósofo e sociólogo judeu alemão. 14 Edgar Morin, é um sociólogo e filósofo francês. Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. É considerado um dos principais pensadores sobre a complexidade.

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A doença pode estar associada a problemas de ansiedade, humor, dependências de

substâncias psicoativas (álcool, drogas e medicamentos), transtornos alimentares (anorexia

e bulimia) e descontroles impulsivos.

Com tudo o que vivemos, não só os adultos, como os adolescentes também passam

a ser acometidos por alguns desses tipos de patologias, sem muitas vezes nem perceberem.

A oneomania, conhecida como a “mania de comprar”, pode apresentar um primeiro

sintoma quando a pessoa acredita que precisa, necessita de certas coisas que na verdade

não precisa.

Essa doença é considerada como um vício, como os alcoólatras, é algo que precisa

de tratamento, e quanto mais cedo melhor. Enquanto está comprando, a pessoa sente alívio

e prazer dos sintomas, que passado um tempo voltam rapidamente. O efeito do ato de

comprar é semelhante ao de tomar uma droga.

A oneomania pode estar relacionada a diversos fatores que sirvam para aliviar

sentimentos de grande frustração, vazio e depressão, em um desejo de possuir, de ter

poder, que fica reprimido. Ao não conseguir dar vazão ao seu desejo, a pessoa sofre uma

enorme pressão interna que a leva à necessidade de possuir coisas novas como única forma

de prazer.

O fator essencial para o controle desta psicopatologia é a organização financeira,

saber quanto se ganha e quanto se gasta é a chave para o controle.

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A INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO E OS VALORES PERDIDO O sequestro da subjetividade

Subjetividade é o que se passa no intimo do individuo. É como ele vê, sente, pensa

à respeito sobre algo e que não segue um padrão, pois sofre influências da cultura,

educação, religião e experiências adquiridas. (AURELIO, 2011).

Segundo o Pe. Fabio de Melo no seu livro quem me roubou de mim, O sequestro da

subjetividade é o roubo daquilo que temos de mais valioso, como a liberdade de escolha

(2013).

Mídia refere-se aos meios de comunicação em geral, que atingem a grande massa,

abrigando, pois, os grandes veículos com reconhecida influência sobre as pessoas. O

termo mídia está vinculado aos processos de produção, circulação e recepção de

mensagens. A criação da mídia, como meio de comunicação em massa, representa um

aspecto constitutivo do nascimento da sociedade de massa no fim do século XIX (Silveira,

2004).

A mídia na contemporaneidade engloba os veículos de notícias, o campo da

publicidade, a produção de filmes, novelas e minisséries. Aparece, ainda, no campo da rede

virtual, sobretudo na internet.

A contemporaneidade tem-se caracterizado pelas relações de produção e de

consumo permeando as interações sociais. Temos acompanhado mudanças nas relações

estabelecidas entre adultos e crianças, bem como o surgimento de uma nova produção da

subjetividade em função da organização do cotidiano pela mídia e o modo como a

experiência das crianças, dos jovens e dos adultos vem se transformando na sociedade de

consumo. Portanto, crianças, adolescentes e adultos alteram suas relações intersubjetivas a

partir das influências que a mídia e a cultura do consumo exercem sobre todos nós.

Postman (1999) sustenta que, na sociedade americana a linha divisória entre a

infância e a idade adulta está desaparecendo rapidamente. Acredita o autor que, da mesma

forma que a prensa tipográfica criou essa categoria, a mídia eletrônica está fazendo com

que ela desapareça. Essas considerações de Postman podem ser estendidas mais

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amplamente às culturas ocidentais contemporâneas, pois identificamos em nosso contexto

social os mesmos sinais que o autor apreendeu da sociedade americana, como por

exemplo: crianças se vestem cada vez mais como adultos; as brincadeiras se modificam

(especificamente as brincadeiras de rua nos grandes centros urbanos); há um aumento da

incidência de crimes envolvendo menores; meninas de 12, 13 anos fazem sucesso na

carreira de modelo etc. Além dos aspectos mencionados, vale acrescentar que a rotina da

criança tem-se transformado, ou seja, pais de classe média se preocupam com a inserção de

seus filhos no mercado de trabalho e, em função disso, os introduzem, cada vez mais cedo,

em cursos de inglês, informática, esportes.

O tempo compartilhado entre pais e filhos é cada vez mais escasso: trabalha-se cada

dia mais para o aumento do poder aquisitivo (e consequentemente do consumo), e a mulher

tem uma contribuição crescente na fatia produtiva da população, ficando bastante tempo

fora de casa. Pais chegam tarde em casa, crianças atarefadas, refeições solitárias ou feitas

fora do lar. A família se reúne cada vez menos para conversar sobre o cotidiano... Podemos

identificar também como uma característica de nossa sociedade as múltiplas formas de

conjugalidade: famílias monoparentais, descasamentos, recasamentos, assim como a

crescente incidência de filhos únicos.

Sarlo (1997) sinaliza que a infância é uma experiência que praticamente

desapareceu, pois se encontra espremida por uma adolescência bastante precoce e uma

juventude que se prolonga até os 30 anos. Pelo menos um terço da vida recebe o rótulo de

juventude! Alguns autores buscam uma explicação para esse fato a partir das

transformações radicais que vêm sendo operadas no cotidiano pela circulação das

informações e o acesso crescente às novas formas de tecnologia em permanente expansão.

Segundo Postman (1999), tais mudanças trouxeram conseqüências para a infância,

retirando da família e da escola o controle da informação, alterando o tipo de acesso das

crianças e dos adolescentes à informação. A imagem da televisão, por exemplo, está

disponível a todos, independente da classe ou idade. “Na TV, tudo é para todos” (p. 93).

Não há distinção criança/adolescente/adulto/idoso ou indiferenciação quanto a seu acesso.

É só ligar a televisão.

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A mídia invade nosso cotidiano. A criança e o adolescente de hoje não conheceram

o mundo de outra maneira - nasceram imersas no mundo com telefone, fax, computadores,

televisão, etc. TVs ligadas a maior parte do tempo, assistidas por qualquer faixa etária,

acabam por assumir um papel significativo na construção de valores culturais. A cultura do

consumo molda o campo social, construindo, desde muito cedo, a experiência da criança e

do adolescente que vai se consolidando em atitudes centradas no consumo.

“Quando a sociedade se interroga de um modo mais geral sobre a

publicidade, é sempre, ao que parece, de um ponto de vista moral ou estético.

Ora a publicidade é acusada de pactuar com o capitalismo e de constituir um

daqueles meios abusivos de persuasão que Platão já denunciara entre os sofistas

e os retóricos, ora – e isto não exclui aquilo – é lançada no descrédito geral a que

se relega toda a cultura de massa, uma vez que essa cultura, por não escolher,

desinteressa-se dos imperativos do gosto ou da inteligência e ignora a

intolerância que pode nascer da repetição e da invasão de palavras e imagens”

(BARTHES, 2005).

O antropólogo Geertz (1989) é citado por Soares e Ewald (2007) quando explica e

justifica a importância e a influência da cultura na formação da subjetividade:

A cultura fornece o vínculo entre o que os homens são intrinsecamente capazes de

se tornar e o que eles realmente se tornam, um por um. Tornar-se humano é tornar-se

individual, e nós nos tornamos individuais sob a direção dos padrões culturais, sistemas de

significados criados historicamente em termos dos quais damos forma, ordem, objetivo e

direção às nossas vidas.

No cenário contemporâneo as relações têm sido marcadas pela fluidez, pela

volatilidade por vínculos passageiros, efêmero, termos estes utilizados por Bauman (2007)

e Lipovetsky (2007) quando asseguram ser o momento atual de uma sociedade líquido-

moderna. Liquidez esta que caracteriza a instabilidade e a mutabilidade nas relações

sociais e afetivas, ’ outro fato importante é a necessidade de comprimir o tempo e o espaço

a fim de aproveitar tudo sempre com a maior intensidade possível.

Além disso, a descartabilidade tanto de objetos quanto de pessoas também se

tornou algo “comum”, “normal” na sociedade contemporânea. É o que afirma Bauman

(2007).

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Lipovetsky (2007) destaca os efeitos da sociedade hiperconsumidora sobre os

indivíduos e os estilos de vida: “A sociedade de hiperconsumo funciona como uma

sociedade de desorganização psicológica que é acompanhada por numerosos processos de

“recuperação” ou redinamização subjetiva.”

Saraiva (2003) ao tratar do consumo e dos seus efeitos sob a vida psíquica nos diz

que: “Consumir, além de anestesiar a dor própria ao existir, dá sustentação ao sistema

econômico, permitindo assim a perpetuação de sua hegemonia.”. Corroborando com esta

reflexão encontramos Campbell (2006) que afirma: “(…) o consumo pode nos confortar

por nos fazer saber que somos seres humanos autênticos – isto é, que realmente existimos.

Nesse caso, o slogan “compro, logo existo” deve ser entendido em seu sentido literal.”.

Mancebo et. al (2002) ao tratarem da questão do consumo e da subjetividade

destacam a contribuição dos pensadores da escola de Frankfurt principalmente a Herbet

Marcuse pela suas contribuições ao pensar a questão da alienação e do consumo, bem

como as reflexões que o autor aponta para a questão dos efeitos do consumismo sobre a

subjetividade.

Assim pensa também o antropólogo italiano Canevacci (2007,) que em entrevista

ao Caderno Dinheiro do Jornal Folha de São Paulo ratificou: “O consumidor

contemporâneo é performático e protagonista do consumo. O desafio contemporâneo é

justamente subjetivar o produto. A subjetivação é uma fetichização. O produto não é mais

um produto, mas um ser.”. E, é nessa fetichização que os produtores da literatura de auto-

ajuda se aproveitam do momento do homem-consumidor para se propagar, vender, lucrar,

expandir-se enquanto um segmento do mercado.

Esse cenário da sociedade de consumo é bastante propicio para que psicólogos

preocupados com os modos de ser contemporâneos possam estar atentos para os diferentes

tipos de patologias questão sendo produzidas na contemporaneidade.

Dentre estes tipos de patologias estão a bulimia, a anorexia, o culto aos aspectos

estéticos, o consumismo compulsivo, a busca incessante da felicidade, a frustação e há

também a dificuldade de escolher o que comprar diante do excesso de ofertas como diz

Bauman (2001,).

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Nesse sentido Debord (2007,) ao discutir a mercadoria e o espetáculo da sociedade

de capitalista ratifica que: “O consumidor real toma-se um consumidor de ilusões. A

mercadoria é esta ilusão efetivamente real, e o espetáculo a sua manifestação geral.”.

Concordando com este posicionamento Mancebo (2002, p.) ratifica: “A mercadoria

apresenta-se envolta por características de conforto e bem-estar, passando a dominar o

homem, retira-lhe as questões existenciais, para transformá-las em relações associativas e

opressivas de signos-objetos, fazendo com que o Ter seja mais importante que o Ser.”.

Sobre subjetivação Bernardes (2007) propõe que ela seja um objeto pra uma

psicologia comprometida com o social. Visão esta também compartilhada por Mancebo

(1999) e Gonzaléz Rey (2001). Por isso, ao tratar da subjetividade e das influências da

hipermodernidade, do hiperconsumo, do dinheiro e do valor da mercadoria e seu respectivo

fetiche sob o ser humano, a Psicologia preocupa-se sim com a subjetividade e com o social

resgatando tudo aquilo que se relaciona a ele diretamente já que o homem, enquanto ser-

no-mundo é um ser social.

Dentre os autores pesquisados escolhi Feathestone (1995) para demonstrar suas

idéias sobre da cultura do consumo, já que este autor escreveu um capítulo para apresentar

as teorias da cultura do consumo em três perspectivas fundamentais. A primeira concepção

diz que a cultura de consumo parte da expansão da produção capitalista de mercadorias que

segundo o autor originou-se da acumulação de cultura material de bens a fim de aumentar

o lazer e as atividades de consumo nas sociedades contemporâneas. A segunda concepção

é estritamente sociológica e trata do jogo do sistema que proporciona a satisfação e o

status, assim como o uso das pessoas como mercadoria, a fim de criar vínculos ou

estabelecer distinções sociais. Por fim, a terceira e a última concepção discutida pelo autor

trata dos prazeres emocionais do consumo, dos sonhos e desejos celebrados no imaginário

cultural consumista. (FEATHERSTONE, 1995)

Freire Filho (2007), em seu texto "Sociedade do espetáculo à sociedade da

interatividade", revela que a mídia na internet promete turvar ou dissolver a separação

entre produtor e consumidor. O sujeito pode assistir ao anúncio de um produto e no mesmo

site comprar o produto. Propaganda e consumo associados na mesma rede da internet,

disponível para capturar os desejos e os sujeitos. Podemos afirmar que a mídia da internet é

ainda mais eficiente no processo de produção de subjetividades.

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A subjetividade contida nesses comerciais mexe com a gente. A estima da

juventude vai a mil, os cofres da empresa também. Criamos um laço emotivo e financeiro

simultaneamente, por isso, fica difícil separá-los no momento em que recebemos toda esta

informação. Este é o objetivo dos publicitários! Não dar tempo pra gente pensar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A mídia pela internet promove mudanças em noções fundamentais e constitutivas

da subjetividade, e modifica a relação com o próprio corpo, com o tempo, com o espaço e

com a idéia de autonomia. Para Megale e Teixeira (1998), na virtualidade surge um"novo

ordenamento das relações entre os indivíduos, extremamente marcado por uma prevalência

da imagem e por uma desnecessária participação dos indivíduos em efetivas relações"

(Megale & Teixeira, 1998, p. 49).

Para estes autores a mídia virtual pode produzir um tipo de subjetividade

ilusoriamente marcada por uma individualidade e um sentimento de auto-suficiência.

A cena virtual apresenta um campo de possibilidade infinita de comunicação que

convida o sujeito a se retirar dos limites de seu corpo e navegar pelo ciberespaço em

tempos e espaços ilimitados.

Segundo Megale e Teixeira (1998) a nova mídia, ou seja, a internet pode produzir

sujeitos desencarnados, sem história que os conecte com os outros no cotidiano da vida.

Este trabalho pretendeu oferecer uma base sólida para uma compreensão mais

profunda das implicações éticas de nossas atitudes no cotidiano. Contamos, assim, com

muitas vozes - fragmentos das falas de adultos, crianças e jovens, além de reflexões

teóricas retiradas de diversos autores - para orquestrar nossas indagações, e esperamos ter

desencadeado no leitor o desejo de participar deste diálogo e de construir novas

visibilidades para o tema em questão.

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Esta proposta visa à elaboração de um discurso mais sistematizado sobre a mídia e

a cultura do consumo, pautado nos textos escritos e falados que circulam entre nós, e a

partir daí oferecer subsídios para conquistarmos uma compreensão cada vez mais sólida e

reflexiva sobre a constituição da subjetividade de crianças, jovens e adultos na

contemporaneidade.

Na medida em que a construção do saber se dá sempre na interlocução entre

diferentes vozes que se posicionam no mundo e sobre o mundo, este texto pretende ser

mais uma oportunidade de diálogo e conhecimento para elucidar os desafios da nossa

época, transformando nosso pensamento crítico em ação na e para a vida.

CONCLUSÃO

Na época em que vivemos, há muito tempo a educação não ocorre apenas na família na

escola. Os meios de comunicação têm ampla e fortíssima atuação na educação

das crianças, e já que não é possível isolar seus efeitos, é necessário fazer com que que

essas instâncias educativas – família, escola e mídia – passem a cooperar.

N ã o ad i a n t a ap e n as c r i t i ca r a i n f lu ên c i a d a mí d i a na e d u c a çã o das

c r i an ç a s . A cu l t u r a p o pu l a r é , a c im a de t ud o , u ma c u l tu r a d o p r az e r , e

n ã o s e po d e s im p le s me n t e ignorá-la ou eliminá-la de nossas vidas. É necessário

que se conheça suas potencialidades e a maneira como atua, de modo a minimizar seus

efeitos negativos e aperfeiçoar os positivos.

Para que isso seja possível, os pais devem procurar conhecer os programas

que os filhos assistem, para analisar os valores e as idéias que são veiculados,

e tentar formar o e s p í r i t o c r í t i c o e d im in u i r a p as s iv id ad e d i an t e dos

m ei os d e com un i c aç ã o .

Em s um a, a família necessita assumir-se como principal responsável pela

educação de seus filhos, e d e v e m t o m a r p a r a s i a t a r e f a d e o r i e n t á -

l o s p a r a a v i d a e t r a n s m i t i r - l h e s o s v a l o r e s

fundamentais.

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Nenhuma família pode se entregar ao desânimo diante dessa tarefa. A escola, por sua

vez, deve abrir mão de sua auto-imagem de retentora única

des c o n h e c i m e n t o p a r a s e t r a n s f o r m a r e m u m e s p a ç o d e

i n t e r a ç ã o e t r o c a s , d e e n s i n o a prendizagem em duas vias (professor-aluno e

aluno-professor).

A escola deve ser um local onde se discute, debate e critica, onde se constroem

significados e posturas ativas diante do bombardeamento de informações e de ideologia a

que todos estamos submetidos.

C oo p er a t i v a me n t e , f a mí l i a e e s co l a dev e m se em p en har em p r omo v e r

v a lo r es , atitudes e comportamentos humanistas e espiritualistas, que sirvam

como uma alternativa v i áv e l a o s up e r f i c i a l i sm o q u e a c u l t u ra po pu l a r

f a z r e i na r en t r e n ós , e qu e n ós t em os comodamente aceito.

Segundo Shirley R. Steinberg, co-autora de Kinderculture , o b r a j á citada,

“devemos utilizar nossa força pessoal e coletiva para transformar a variedade

deformas pelas quais o poder das grandes corporações, obtido através de seu acesso à

mídia, nos oprime e nos domina” (STEINBERG, 1997)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

1 – O ESTUDIO E SEUS BASTIDORES

1.1 – Afinal, o que é mídia 10

1.2 – O adolescente e a mídia ao longo da historia 12

2 – A ESTRUTURA INVISIVEL DA MIDIA E SEUS EFEITOS

2.1 – Os que são consumismo 13 2.2 – Adolescente mídia e consumo 14. 3 – A INFLUENCIA DA TELEVISÃO E OS VALORES PERDIDO

3.1 – O sequestro da subjetividade 21

CONSIDERAÇÕES FINAIS 26.

1. CONCLUSÃO 27

2. BIBLIOGRAFIA 28