DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua...

58
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA EVOLUÇÃO NO USO DO CARTÃO DE CRÉDITO NO BRASIL Por: Fernando Antônio Gonçalves Lidington Orientadora Profª: Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua...

Page 1: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

EVOLUÇÃO NO USO DO CARTÃO

DE CRÉDITO NO BRASIL

Por: Fernando Antônio Gonçalves Lidington

Orientadora

Profª: Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

Page 2: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

EVOLUÇÃO NO USO DO CARTÃO

DE CRÉDITO NO BRASIL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Finanças e Gestão

Corporativa.

Por: Fernando Antônio Gonçalves Lidington

Page 3: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

3

AGRADECIMENTOS

Aos meus amigos, professores,

orientadores e especialmente à minha

querida namorada Sandra Baldo que

me incentivou e apoiou durante toda a

minha jornada no Curso.

Page 4: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, que

não estão mais neste plano, mas que

durante toda a vida que convivemos

juntos, me educaram, com muito amor e

carinho e sempre me incentivaram a

buscar novos conhecimentos e

aprendizado constante.

Page 5: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

5

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo verificar a evolução do uso de

cartões de crédito no Brasil, analisando o crescimento deste meio de

pagamento, considerando também sua influência e penetração nas classes

sociais menos favorecidas.

Já é sabido que nos últimos anos o comportamento do consumidor

modificou-se consideravelmente, incorporando novos hábitos e mesmo novas

“necessidades” de consumo. As mudanças observadas ocorreram em vários

aspectos, seja na escolha do produto, seja na forma como se efetua o

pagamento e também nas novas tecnologias disponíveis.

É realidade também a evolução da nova classe C com maior poder

de compra proporcionado principalmente pela possibilidade de parcelamento

das compras através do uso de cartão de crédito.

Page 6: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

6

METODOLOGIA

O assunto foi estudado tendo como fundamento a verificação de

textos, artigos e obras condizentes ao tema pesquisado, sendo utilizados

também dados estatísticos publicados nos periódicos e revistas especializadas

no assunto.

Além da consulta a livros, conforme mencionado na bibliografia,

foram utilizados dados disponíveis em vários sites, pois, este é o meio de

obtenção de dados atualizados diariamente sobre o assunto, também todos

devidamente mencionados.

Page 7: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Noções Históricas dos

Meios de Pagamento 10

CAPÍTULO II - Conceitos e Considerações

Referentes ao Mercado de Cartões 15

CAPÍTULO III – Aspectos Legais na Utilização

do Cartão de Crédito 22

CAPÍTULO IV – A Evolução no Uso do

Cartão de Crédito 27

CAPÍTULO V – O Uso do Cartão de Crédito

Pelas Classes Menos

Favorecidas 40

CONCLUSÃO 45

ANEXOS 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55

WEBGRAFIA PESQUISADA 56

ÍNDICE 57

Page 8: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

8

INTRODUÇÃO

Atualmente no Brasil, verifica-se que as formas de pagamento mais

utilizadas para aquisição de produtos e serviços são cartões de crédito, cartões

de débito, cartões de lojas, cheque e dinheiro. O trabalho ora apresentado teve

foco no cartão de crédito, por este ser o instrumento de maior representação

entre as modalidades de cartão existentes, segundo dados publicados pela

ABECS.

A utilização de cheques como forma de pagamento sofreu redução

considerável nos últimos anos, de acordo com informações do Banco Central.

O cartão de crédito, por sua vez possibilita ao usuário ou portador

realizar compras ou pagar por serviços de forma eletrônica, possuindo limite de

crédito definido por sua instituição financeira, a qual garante o pagamento ao

estabelecimento comercial.

O estabelecimento que efetua a venda tem a vantagem de receber o

pagamento com segurança e o cliente tem a vantagem de possuir uma linha

de crédito “pré-aprovada”, evitando procedimentos burocráticos e muitas vezes

demorados.

A popularização do acesso à internet e o fenômeno conhecido como

“bancarização” também contribui para a crescente substituição do papel

moeda pelo “dinheiro de plástico”, sendo utilizado inclusive pelas classes

menos favorecidas.

Através dos capítulos que compõem o presente trabalho pretende-

se mostrar como vem ocorrendo esta expansão.

No primeiro capítulo apresentamos a história dos meios de

pagamento e os aspectos históricos dos cartões de pagamentos,

demonstrando como surgiu, onde surgiu e a evolução na sua utilização.

Page 9: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

9

O segundo capítulo, por sua vez, apresentamos alguns conceitos

referentes ao mercado de cartões, possibilitando assim uma melhor

compreensão do assunto tratado.

No terceiro capítulo são considerados, de forma superficial, alguns

aspectos legais no uso dos cartões, demonstrando a relação existente entre

portador do cartão e o emissor do mesmo.

No capítulo seguinte é apresentada a evolução, propriamente dita,

do seu uso, demonstrada através de tabelas publicadas pela Associação

Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços – ABECS,

considerando também o fenômeno chamado bancarização.

O quinto e último capítulo demonstra a utilização do cartão de

crédito pelas classes menos favorecidas, seus aspectos positivos e seus

eventuais problemas.

Page 10: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

10

CAPÍTULO I

NOÇÕES HISTÓRICAS DOS MEIOS DE PAGAMENTO

De acordo com dados publicados no livro "As Muitas Faces da

Moeda" do Centro Cultural do Banco do Brasil, analisaremos a evolução dos

meios de pagamento ocorrido ao longo da história:

No início ocorria a simples troca de mercadoria, sem equivalência de

valor, isto é, o chamado escambo. Quem tivesse algum alimento sobrando

trocava por outro e assim por diante. Esta forma rudimentar de comércio

acompanhou o início da civilização e, se tem notícia, que até hoje é praticado

em regiões remotas, de difícil acesso e economia primitiva.

Com o passar do tempo algumas mercadorias passaram a ter mais

procura que outras, surgia aí a moeda-mercadoria. Neste caso o gado bovino,

foi largamente utilizado para tal fim, havia a vantagem da locomoção própria,

porém ocorriam também doenças e morte.

Neste processo o sal teve grande importância, pois era difícil de ser

obtido no interior e muito utilizado na conservação dos alimentos. O sal era

utilizado inclusive como pagamento por serviços prestados e aí está a origem

da palavra “salário”, utilizada até hoje.

No Brasil, as principais “mercadorias moedas” foram: o pau-brasil, o

açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, ,

sendo comercializado de diversas formas como : novelos, meadas e tecidos.

Devido ao fato de as mercadorias serem perecíveis e não

fracionáveis, tornaram-se inconvenientes ao longo dos anos, pois não

permitiam o acúmulo de riquezas.

Diante deste cenário o metal passou a ser utilizado, pois havia a

possibilidade de ser acumulado, além da praticidade no seu transporte. O

Page 11: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

11

metal foi utilizado de diversas formas como objeto de troca, além de seu

estado natural, era também utilizado em forma de barras e objetos como anéis

e braceletes.

Com o passar do tempo, o metal recebeu marca indicativa do seu

valor, agilizando a comercialização, pois dispensava a pesagem e análise do

grau de pureza no momento da transação.

As primeiras moedas com características das atuais surgiram na

Grécia, no século VII a.C. As peças de metais apresentavam peso e valor

definidos, além do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e que

garantia seu valor.

Alexandre, o Grande, da Macedônia é provavelmente a primeira

figura histórica que teve sua efígie cunhada em uma moeda, por volta do ano

de 330 a.C.

Os primeiros metais utilizados para cunhar moedas foram o ouro e a

prata, os quais foram empregados durante muito tempo. O cobre, por sua vez,

era utilizado em moedas de menor valor. O níquel e outras ligas metálicas só

começaram a ser utilizadas no final do século 19, quando então, as moedas

passaram a valer pelo número cunhado em sua face, independente do metal

utilizado na sua fabricação.

O papel moeda, por sua vez, passou a ser utilizado no Brasil a partir

de 1.810, emitido pelo Banco do Brasil, possuía valor preenchido a mão,

semelhante a um cheque usado nos dias atuais.

Com o tempo, os governos passaram a conduzir a emissão de

cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento.

Os primeiros cheques emitidos, acredita-se que sejam de 1762,

impressos por Lawrence Childs na Inglaterra, o qual foi considerado o primeiro

banqueiro moderno.

Page 12: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

12

No Brasil, quando o Banco Comercial da Bahia foi fundado, em

1.845 surgiu o primeiro cheque com a denominação de “cautela”. Foi no ano

de 1893, pela Lei 149-B, que surgiu a primeira citação referente ao cheque, no

seu art. 16, letra "a", vindo o instituto a ser regulamentado pelo decreto 2.591,

de 7 de agosto de 1912.

Para que o uso cheque apresente benefício, é necessário que

existam leis rigorosas para punir os emitentes de documentos sem fundos.

Nos dias atuais, a utilização de cheques, cédulas de papel e

moedas está perdendo espaço para os cartões de plástico, ou seja, os cartões

de crédito. Lojas, Bancos e instituições financeiras oferecem a seus clientes

cartões que possibilitam realizar compra de grande número de bens e serviços,

incluindo aí o comércio virtual, tendência que vem crescendo ano após ano,

atingindo também as classes menos favorecidas. Os cartões podem ser

considerados uma espécie de crédito imediato, pois cedo ou tarde a despesa

efetuada terá que ser paga. Com a possibilidade de dividir o valor das compras

em um número considerável de parcelas, podemos dizer que se trata de uma

“poupança invertida”, ou seja, primeiro o bem é adquirido e após sua aquisição

é necessário que se disponha de meios para pagá-lo.

Na década de 20, o cartão de crédito surgiu nos Estados Unidos,

como forma de “premiar” os clientes mais fiéis. Começaram a ser oferecidos

pelos postos de combustível, hotéis e outras firmas, assim os clientes

poderiam efetuar despesas sem usar dinheiro ou cheque.

O primeiro cartão de crédito moderno foi criado pelo Diners Club em

1950. Era também símbolo de “status social”, pois inicialmente era aceito

somente em poucos e bons restaurantes americanos e utilizado por

importantes homens de negócios. Inicialmente confeccionado em papel cartão,

trazia o nome do associado de um lado e dos estabelecimentos filiados em

outro. O Diners passou a usar o plástico em sua fabricação a partir de 1955.

Page 13: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

13

A American Express lançou seu cartão em 1958. Os bancos, ao

perceberem que estavam perdendo o controle do mercado para essas

instituições começaram a lançar seus cartões. No mesmo ano o Bank of

America introduziu o seu Bank Americard e, em 1977, o Bank Americard passa

a denominar-se Visa. O Visa, torna-se na década de 90, o maior cartão com

circulação mundial, sendo aceito em milhões de estabelecimentos.

Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua

monografia:

Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento, com a introdução do cartão de crédito Diner’s Club, emitido como cartão de crédito não-bancário, originando-se outros cartões, sendo os mesmos emitidos com a participação de bancos, tais como o Cartão Nacional, administrado pelo Banco Unibanco; o cartão Elo, pelo Bradesco; Ourocard, associado ao sistema Visa e o American Express.

E ainda, conforme o autor Fausto Pereira de Lacerda Filho:

O Brasil foi o primeiro a introduzir o sistema de cartão de crédito na América do Sul. Esse fato ocorreu por volta dos anos 50, quando o Diner’s club se associou à família Klabin para implantar o seu sistema. Durante muito tempo, o cartão Diner’s reinou absoluto no mercado brasileiro. Com a saída da família Klabin da sociedade formada com Diner’s, o cartão Diner’s perdeu a aura de cartão de elite. Posteriormente, formou-se uma nova sociedade com a entrada do Banco Sul Brasileiro S/A. Mais tarde, o cartão Diner’s teve seu título negociado com a Credicard, associada ao gigante Mastercard, que já explorava um cartão com seu nome.

LACERDA FILHO, Fausto Pereira. Op. Cit. p. 40

Embora nosso objeto de estudo seja o cartão de crédito, não

podemos deixar de citar que existem cartões que não possuem poder de

compra, simplesmente ajudam a usar e a obter formas conhecidas de dinheiro.

Page 14: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

14

São os cartões utilizados para efetuar saques de dinheiro, e fazer pagamentos

em caixas automáticos, etc.

Considerando também que o comércio vem criando seus próprios

cartões com objetivo de facilitar a compra e eliminar a burocracia na abertura

de crédito.

Podemos citar como um dos avanços tecnológicos, em termos de

cartão, “smart card”, o cartão inteligente. Destinado à realização de compras

de pequeno vulto, ele vem com um chip que pode ser carregado com uma

determinada soma em dinheiro. Assim que o portador for utilizando, seu saldo

é eletronicamente descontado. O cartão pode ser carregado com uma nova

quantia quando seu saldo tornar-se insuficiente.

É fato comprovado que os cartões vêm se multiplicando,

direcionados cada vez mais para os diversos nichos de mercado. São cartões

de afinidade, que apoiam campanhas sociais e ecológicas; cartões para

atender jovens e universitários; ou cartões de negócios destinados a altos

funcionários de empresas.

A moeda, assim como o cartão de crédito, surgiu de uma

necessidade e sua evolução reflete, a cada momento, a vontade do homem de

adequar seu instrumento monetário à realidade de sua economia.

Page 15: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

15

CAPÍTULO II

CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO

MERCADO DE CARTÕES

...Deus é maior que todos os obstáculos.

O cartão de crédito é um meio que possibilita o pagamento à vista

ou parcelado de produtos e serviços, obedecidos os requisitos pré-

determinados, tais como, validade, abrangência, limite do cartão, etc. Foi

criado com a finalidade de promover o mercado de consumo, facilitando as

operações de compra (PROCON/SP, 2009).

Listaremos abaixo um glossário simplificado com os termos

utilizados neste mercado, com base nos dados publicados pela ABECS -

Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços e pela

CNDL - Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas:

Cartão de Crédito: É um meio de pagamento eletrônico que

possibilita o portador adquirir bens e/ou serviços, pelo preço à vista, nos

estabelecimentos credenciados e realizar saques de dinheiro em

equipamentos eletrônicos habilitados. O cartão pode ser emitido para

pessoas físicas ou para pessoas jurídicas. No caso de pessoa jurídica, os

cartões serão emitidos em nome dos sócios e/ou funcionários, podendo

constar o nome da empresa que assume a responsabilidade perante o

emissor. O pagamento dos bens e/ou serviços adquiridos com o cartão de

crédito, ocorrerá, na data de vencimento da fatura, escolhida pelo portador

titular, de acordo com as opções oferecidas pelo emissor.

Page 16: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

16

Na maioria dos casos o cartão contém as seguintes características:

Nome do portador;

Número do cartão;

Data de validade;

Espaço para assinatura;

Itens de segurança (hologramas e outros sinais específicos);

Tarja magnética e/ou “chip”;

Identificação do emissor e da bandeira.

Nas palavras de J. M. Othon Sidou:

O contrato de cartão de crédito é uma convenção

trilateral complexa em que uma das partes (emitente), se

obriga a embolsar a outra (fornecedor), das quantias

correspondentes às notas assinadas por um terceiro

(usuário), adquirir mercadorias ou bens ou ajustados

serviços, mediante a exibição do cartão individual que o

identificará de pronto, e para indenização posterior ao

emitente de uma só vez ou parceladamente.

Ainda nas palavras dos autores Nelson Abrão e Waldo Fazzio,

respectivamente:

Um documento comprobatório de que seu titular goza de

um crédito determinado perante certa instituição

financeira, o qual o credencia a efetuar compras de bens

e serviços a prazo e saques de dinheiro a título de mútuo.

Um conjunto de relações jurídicas instrumentais

destinadas a otimizar os negócios pela simplificação e

segurança que confere às transações: facilita a compra e

garante o fornecedor.

Page 17: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

17

Portadores de cartão - o portador titular é aquele que contrata o

cartão de crédito e o possui para adquirir bens e/ou serviços em

estabelecimentos credenciados. Pode ainda indicar pessoas para fazerem uso

de cartões adicionais, porém como seus dependentes.

Emissores e administradoras - são as pessoas jurídicas

responsáveis pela emissão do cartão e pelo relacionamento com o portador

para qualquer questão decorrente da posse, uso e pagamento das despesas

do cartão. As instituições financeiras emitem e administram os cartões

(funções de crédito e/ou débito) com rede própria ou de terceiros e concedem

financiamento aos portadores. Já as administradoras são pessoas jurídicas

não financeiras que emitem ou administram cartões próprios e/ou de terceiros,

mas não financiam diretamente os portadores.

Quando não há o pagamento integral da fatura, as administradoras

de cartão de crédito em sentido estrito que atuam como emissoras

representam o portador do cartão perante uma instituição financeira, que

assume a posição de credora na relação jurídica do contrato de mútuo.

Credenciadoras - podem receber o nome também de adquirentes.

São as empresas que credenciam estabelecimentos para aceitação dos

cartões como meios eletrônicos de pagamento na aquisição de bens e/ou

serviços. O credenciador também tem a responsabilidade de fazer a captura,

transmissão, processamento e liquidação financeira das transações com os

cartões.

Credenciados - são os estabelecimentos comerciais interessados

em aceitar os cartões. Você poderá identificá-los no dia a dia por normalmente

serem identificados com as marcas dos cartões de crédito e débito que

normalmente ficam estampados em suas vitrines ou no interior da loja.

Page 18: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

18

Redes ou Bandeiras - pessoas jurídicas que oferecem à

organização, estrutura e normas operacionais necessárias ao funcionamento

do sistema de cartão. A rede licencia o uso de sua logomarca para cada um

dos emissores e credenciadoras. Viabiliza a liquidação dos eventos financeiros

decorrentes do uso dos cartões e a expansão da rede de estabelecimentos

credenciados.

Processadoras - prestam serviços operacionais relacionados à

administração de cartões e respectivas transações, como emissão da fatura,

processamento das transações e atendimento aos portadores e

estabelecimentos.

Bases operacionais de cartões – são as alternativas de captura de

dados que os estabelecimentos podem utilizar para efetivar as transações de

cartão de crédito, débito e outras. URA, POS, POS wireless, POS GPRS, PDV

TEF, Mini Caixa, m POS.

Cartões co-branded – Bandeira compartilhada (cartões de lojas em

parcerias com bandeiras). Ex. Cartão C&A com bandeira VISA;

Private Labels – são empresas que emitem e administram cartões

de loja, ou seja, aqueles de uso restrito nos estabelecimentos da empresa

emissora. Ex. Cartão Carrefour;

Open private – cartão private label credenciado pela criadora do

cartão em outros tipos de estabelecimentos diferentes do dela e próximos

especialmente a ela, de maneira a ampliar as possibilidades de uso do cliente

e a não canibalizar o negócio da empresa original. Ainda chegando a ser uma

bandeira. Ex. Leader Card;

POS Terminais Eletrônicos – Point of sale, maquinetas de captura

de transações, conhecidas tecnicamente como POS;

Page 19: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

19

POS GPRS – É um terminal POS sem fio que permite que as

vendas com cartões sejam realizadas na frente do cliente, pois o terminal vai

até ele, utiliza transmissão via celular GSM com tecnologia GPRS ou EDGE.

POS Wireless - É um terminal POS sem fio como o acima mas que

utiliza conexão wireless, via internet sem fio, mais veloz e com alcance limitado

a área de atuação do access point;

TEF –Transferência Eletrônica de Fundos. É um software que

possui interface com a automação comercial, permite o acesso à captura de

transações vinculados a várias bandeiras, torna o PDV compatível com todas

as modalidades de transações hoje disponíveis e vinculado ao ECF (Emissor

de Cupom Fiscal);

2.1. Como Ocorrem as Transações com Cartão de Crédito:

Vantagens e Desvantagens na Visão dos Lojistas.

Segundo a Cartilha de Cartão de Crédito publicada pela

Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, o cartão de crédito é obtido

geralmente por intermédio de um banco, em parceria com administradoras, ou

podendo também ser emitido diretamente por uma administradora.

Suas operações são autorizadas, compensadas e liquidadas por

meio de redes mantidas por organizações de cartões ou por instituições

financeiras a elas associadas. Elas podem ser on-line ou off-line.

O processamento das transações on-line, por sua vez, é simultâneo

a todas as partes envolvidas na transação, ou seja, titular, emissor,

credenciado e credenciadora.

Page 20: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

20

Quando a operação ocorre no modo off-line requer contato

telefônico do credenciado junto à central de atendimento da credenciadora

para obter a autorização de venda do bem ou serviço. Esse tipo de operação

vem caindo em desuso devido à expansão da conectividade em tempo real.

As bandeiras com maior representatividade no Brasil são: Visa e

Mastercard, as quais, ainda segundo dados da Confederação Nacional de

Dirigentes Lojistas, representam 91% do mercado de cartões ativos. A

bandeira Visa é mais utilizada e a Mastercard está em segundo lugar.

Vale destacar a importância que as empresas credenciadoras

possuem um papel muito importante no processo do uso de cartões de crédito

e de débito. Elas que fornecem a famosa “maquininhas de processamento”

que os lojistas mantém em suas lojas para viabilização das transações

eletrônicas.

A empresa líder de mercado de credenciadoras, no Brasil, é a Cielo,

antiga Visanet, que juntamente com a Redecard, que credenciam a bandeira

Visa e Mastecard, respectivamente, são responsáveis pelo credenciamento

dos estabelecimentos comerciais, além da captura, transmissão,

processamento e da liquidação financeira das transações que são realizadas

com os “Plásticos”, como são conhecidos os Cartões de crédito e débito.

As principais fontes de receitas dessas credenciadoras são oriundas

dos serviços mencionados no parágrafo anterior, além das receitas geradas

com aluguel de POS e as motivadas pela antecipação de recebíveis (créditos)

aos seus clientes.

Para o lojista existe a vantagem da segurança no recebimento,

dispensando a análise de fichas cadastrais e o consumidor tem a vantagem da

facilidade, rapidez e segurança na obtenção do crédito.

Page 21: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

21

Os custos elevados das taxas cobradas pelas administradoras é

considerado como ponto negativo para os lojistas que operam com cartão de

crédito, tendo como gastos também aluguel das máquinas e taxa de

antecipação. Estes gastos comprometem a rentabilidade das operações, pois

os preços cobrados devem ser os mesmos no pagamento com dinheiro,

cheque e cartão. Ocorre aí a perda na margem de lucro, uma vez que, no

Brasil, as taxas de administração são em média 4% e no restante do mundo

este percentual gira em torno de 2%.

Para os micro empreendimentos, mesmo o aluguel das máquinas

representa um custo considerável, além do tempo médio de 33 dias após as

vendas para o repasse dos valores pelas administradoras.

Mas, as taxas de administração são de grande importância para que

as empresas participantes da indústria do cartão de crédito tenham sempre a

responsabilidade e interesse de estarem buscando inovações tecnológicas no

mercado eletrônico visando contribuir cada vez mais para o crescimento da

economia global, consequentemente aumentando sua participação no

mercado e alavancando as vendas dos lojistas.

Page 22: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

22

CAPÍTULO III

ASPECTOS LEGAIS NA UTILIZAÇÃO DO

CARTÃO DE CRÉDITO

Após aquisição do direito de uso enviado pela administradora do

cartão de crédito, inicia-se o sistema contratual. Quando adquire algum

produto ou serviço, o titular do cartão deve apresentá-lo ao estabelecimento,

juntamente com documento de identificação.

A administradora de cartão de crédito é quem controla

economicamente todo o sistema, pois compete a ela selecionar seus titulares,

credenciar fornecedores e estabelecer as regras contratuais entre as partes.

Conforme artigo publicado na Revista Virtual Direito Brasil – Volume

4 – nº 1 – 2010, pela Dra. Maria Bernadete Miranda, mestre e doutora em

Direito das Relações Sociais:

O sistema de cartão de crédito é um contrato complexo, composto de diversas sub modalidades contratuais, sejam elas: a) de financiamento pelo emissor do cartão ao credenciar o usuário; b) de compra e venda pelo usuário; c) de cessão de crédito pelo fornecedor à emissora do cartão; d) de prestação de serviços do emissor ao usuário e ao fornecedor.

De acordo com as submodalidades contratuais descritas acima,

surgem diversas obrigações, pois o emissor deverá pagar as dívidas

contraídas pelos titulares dos cartões, mesmo correndo o risco do não

reembolso.

O emissor, por sua vez tem o direito de cobrar do titular do cartão de

crédito a dívida contraída e este tem a obrigação de pagar o valor das compras

efetuadas através do cartão.

Page 23: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

23

E, ainda de acordo com Maria Bernadete Miranda:

Na verdade, tais obrigações constituem uma promessa de aquisição de créditos futuros, onde é permitido ao empresário fornecedor, ingressar em juízo contra o emissor do cartão de crédito caso esse recuse o devido pagamento, e também é permitido ao emissor ingressar em juízo contra o titular do cartão de crédito quando este se tornar inadimplente. Trata-se de um contrato misto e um documento comprobatório que gera direitos e obrigações, pelo fato de aglutinar vários contratos.

Vejamos nas palavras do autor Fausto Pereira de Lacerda Filho:

Constitui, também, uma espécie de contrato de crédito – Contrato de uso de crédito eventual – cumprindo uma função correlata, independentemente de formalizar-se de modo bilateral ou trilateral (quando intervém a empresa especializada), ou, ainda, plurilateral, quando se manifesta a intermediação bancária ou financeira. O instituto constitui uma espécie de contrato de crédito – um contrato de uso eventual de um crédito previamente aberto e aprovado – cumprindo essa finalidade independentemente da espécie de cartão de que se esteja tratando, seja bilateral, trilateral ou plurilateral, com características bancárias ou não-bancárias, dado à intervenção ou não da empresa especializada e da instituição financeira.

LACERDA FILHO, Fausto Pereira. Ibidem. p. 52-53

Nas palavras de Nelson Abrão, o cartão de crédito é definido como

sendo documento comprobatório de que o titular detém o direito, perante quem

o emitiu, para realizar compra de bens e utilizar-se de serviços mediante sua

apresentação e, na realidade, o fornecedor satisfaz no ato as exigências do

comprador, como se o cartão moeda fosse, com a diferença de que, com sua

aceitação, o vendedor constitui a administradora automaticamente em

devedora.

Page 24: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

24

A administradora disponibiliza ao titular do cartão, um certo limite de

crédito pessoal, para ser utilizado em estabelecimentos credenciados pelo

prazo de 30 dias. Findo este período o titular deverá quitar a parcela gasta

deste limite de crédito, assim o crédito retornará ao valor limite.

Caso o titular opte pelo crédito rotativo, poderá quitar apenas uma

parcela da dívida, porém incidirá juros sobre o valor da parcela não quitada.

Neste sentido, é obrigação do emissor do cartão de crédito transmitir

aos seus usuários as condições gerais da avença. Dentre as informações mais

relevantes figuram o custo do contrato, as taxas, as conseqüências do

inadimplemento, ou do atraso no pagamento de suas faturas e obrigações ao

longo da duração do contrato, como se processa a renovação; qual sua

abrangência territorial, entre outras.

O usuário também deverá ser informado sobre as

responsabilidades caso ocorra o extravio ou a utilização indevida do cartão por

terceiros, incluindo nestas informações também as formas de extinção do

contrato além do seu limite de crédito

É necessário que o usuário receba informações sobre os bônus,

seguros, eventuais programas de recompensas e canais de atendimento.

O titular deve estar ciente das vantagens e desvantagens de aderir a

este ou aquele cartão de crédito. Quando a administradora age com clareza e

transparência, presume-se a boa fé na relação de consumo.

Vejamos o que diz o Artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor,

in verbis:

Artigo 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade,

Page 25: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

25

quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. [...] § 3º Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.

Trazendo para análise o Artigo 54 do Código de Defesa do

Consumidor, in verbis:

Artigo 54. O contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. [...] § 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.

E ainda conforme o Artigo 46 do Código de Defesa do Consumidor,

in verbis :

Artigo 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance

Considerando, que o sistema de cartão de crédito não depende de

autorização governamental para sua contratação, pois quem idealiza as

normas de funcionamento é o próprio mercado de cartões, ou seja, a própria

empresa que o controla.

E, por derradeiro, quanto à extinção do contrato, a ocorrência de tal

fato é assim considerada pela autora Fran Martins:

[...] Pode, entretanto, o contrato ser denunciado, a qualquer tempo, por iniciativa de qualquer das partes. Um período suplementar, posterior à denúncia do contrato, pode ser estabelecido, durante o qual o

Page 26: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

26

fornecedor, mesmo que haja pedido de rescisão do contrato, se obriga a aceitar os cartões do sistema, ficando, naturalmente, com o direito de receber do emissor as despesas dos clientes. Também é motivo de extinção do contrato a falência ou concordata do emissor ou do fornecedor. O contrato de cartões de crédito é sempre feito por prazo determinado, renovável periodicamente, e assim se extingue quando atingido esse prazo e não renovado. Pode, porém, extinguir-se, antecipadamente, pela vontade unilateral de cada uma das partes, sem necessidade de justificação. O emissor pode, ainda, cancelar o cartão, dando por findo o contrato, se forem violadas cláusulas contratuais, como, por exemplo, quando o cartão é usado indevidamente e quando o titular não paga, na época convencionada, as despesas feitas.

Page 27: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

27

CAPÍTULO IV

A EVOLUÇÃO NO USO DO CARTÃO DE CRÉDITO

Segundo dados pesquisados em diversas fontes, principalmente os

pulicados pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e

Serviços – ABECS, os meios de pagamento para compras de bens e serviços

utilizados pela população brasileira nos últimos anos, vem mudando de forma

contínua e acelerada. Os dados sobre a utilização de cartões de crédito

levantados pela ABECS são surpreendentes.

A citada Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito

e Serviços - ABECS, é uma entidade brasileira que, desde 1971, trabalha junto

ao poder público e às organizações privadas, contribuindo para o

desenvolvimento gradativo do mercado de meios eletrônicos de pagamento. O

crescimento deste meio de pagamento é motivado principalmente pela

segurança que ele proporciona ao comércio, o qual tem o recebimento das

vendas garantido, eliminando custos com o crediário próprio e a necessidade

de cobrança de atrasados.

Ainda, de acordo com Dangelo Dalla Rosa em sua monografia:

As possibilidades que o avanço tecnológico nos meios de pagamento proporcionam, impulsionam a aceitação do cartão de crédito por parte dos clientes dos bancos e associados de cooperativas de crédito. Além da utilização dos cartões de crédito, considerada uma evolução do uso de cheque e crediário, a tecnologia permite que este instrumento, o cartão de crédito, aumente ainda mais suas vantagens. As compras pela Internet crescem, novos equipamentos são criados, como os Caixas Eletrônicos, os home banking ganham utilidade, todos estes fatores e muitos outros colaboram para que os meios de pagamento evoluam num ritmo intenso.

Na sequência apresentaremos uma série de dados que demonstram

a evolução no uso do cartão de crédito como meio de pagamento, todos os

Page 28: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

28

dados demonstrados abaixo foram extraídos de tabelas e estudos publicados

pela ABECS e BACEN, os quais estão disponíveis em suas páginas

eletrônicas.

Para a correta interpretação dos dados transcreveremos abaixo a

informação disponibilizada no site da ABECS no seguinte endereço eletrônico:

http://www.abecs.org.br/abecs-indicadores, mantendo inclusive a formatação

original encontrada no site:

Indicadores do Mercado de Cartões -

Metodologia

As séries do Monitor Abecs, a partir de 2013, passaram a considerar novos conceitos e critérios incorporando as principais mudanças no setor nos últimos anos. O Monitor ABECS Consolidado é um resumo mensal do número de cartões habilitados, valores transacionados e número de transações mensais nas modalidades crédito e débito. Os dados aqui contidos são apresentados em duas visões: Gastos de brasileiros, referentes às transações de brasileiros dentro e fora do país e Gastos no Brasil, que inclui transações de estrangeiros no país (Visão Credenciadoras). Os dados divulgados não incluem os cartões pré-pagos (benefícios) nem saques em ATM ou rede bancária.

Cartões de Crédito

Os cartões de crédito abordados pela ABECS nesta categoria são das bandeiras: American Express, Aura, Diners, Elo, MasterCard e Visa, além de bandeiras como Hipercard, Sorocred, Sicredi, Cred-System.

Cartões de Débito

Os cartões de débito são os que dão acesso direto às contas bancárias (corrente, poupança, etc.) com as bandeiras Banricompras (função débito), Elo (Elo Débito), MasterCard (Maestro e Redeshop) e Visa (VisaElectron).

Cartões Híbridos e Múltiplos

Cartões híbridos são aqueles que possuem, no mesmo plástico, as funções de private label (loja) e crédito. Cartões múltiplos possuem, no mesmo plástico, as funções de débito e crédito. Para efeito de contabilização do número de cartões, estes cartões são

Page 29: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

29

considerados em ambas as modalidades das funções que possuem. Para transações e faturamento, estes cartões são considerados segundo a função de uso no momento da transação.

Número de Cartões

O número de cartões apresentado no monitor é estimado com base principalmente nos dados que são divulgados nos relatórios trimestrais de alguns dos mais importantes bancos, redes e lojas. Considera-se o número de cartões habilitados. Conforme destacado, cartões múltiplos ou híbridos são contados mais de uma vez, nas respectivas modalidades.

Periodicidade de Indicadores

As informações de transação e faturamento são atualizadas trimestralmente com os dados mensais obtidos através dos principais Credenciadores (American Express, Cielo, Hipercard, Redecard e Santander/GetNet). Nesta atualização, são divulgados os valores de fechamento do mercado para os 3 meses anteriores e os valores estimados para os 4 meses seguintes ao da divulgação. Além dos dados mensais, são divulgados, desde o início do ano, os indicadores estimados para o ano (estes valores podem ser atualizados ao longo do período).

Outras informações

Além do número de cartões, transações e faturamento, são divulgados os valores de ticket médio, gasto por cartão e transações por cartão. O percentual de variação é calculado para cada indicador tomando como referência o mesmo período do ano anterior. Para efeito de contabilização, o pagamento parcelado é considerado como uma única transação, no mês em que ela ocorre.

Monitor ABECS Segmentado

O Monitor ABECS Segmentado apresenta dados mensais referentes a transações em estabelecimentos brasileiros (por brasileiros ou estrangeiros) com cartões de crédito e de débito segundo alguns segmentos como região do país na qual se encontra o estabelecimento receptor, regiões, capitais, ramos de atividade do estabelecimento, etc. Neste monitor não há informações sobre a quantidade de cartões de crédito e débito. Assim como no Monitor ABECS Consolidado, são divulgados os valores de fechamento do mercado para os 3 meses anteriores e os valores estimados para os 4 meses seguintes ao da divulgação, além das estimativas para o ano.

Monitores ABECS Consolidado vs. Monitor ABECS

Segmentado

A diferença entre os Monitores ABECS quanto aos valores apresentados para a modalidade crédito é que o Monitor ABECS Segmentado apresenta apenas os dados de transações em estabelecimentos brasileiros (inclusive gastos de estrangeiros). Com base em dados divulgados pelo Banco Central de valores transacionados por brasileiros no

Page 30: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

30

exterior e de estrangeiros no Brasil utilizando-se cartão de crédito, é possível calcular o valor e o número de transações de brasileiros, que são apresentados no monitor consolidado na visão Gastos de brasileiros. Esses valores do Banco Central são apresentados no Monitor ABECS Consolidado visão Gastos de brasileiros, junto aos demais indicadores, já convertidos para o real (através de cotação média do mês divulgada pelo Banco Central).

Page 31: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,
Page 32: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,
Page 33: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

33

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2014

Transações - milhares 301.584 292.774 317.887 320.901 332.326 316.835 314.848 323.462 309.621Variação % ano anterior 11,0% 12,1% 4,4% 13,0% 11,8% 11,6% 4,9% 5,1% 4,5%

Valor Transacionado - R$ milhões 22.944 22.165 23.652 24.019 24.722 23.316 24.512 24.983 24.166Variação % ano anterior 17,2% 19,7% 8,8% 17,2% 15,1% 13,8% 12,7% 10,9% 12,4%

Ticket Médio - R$ 76,1 75,7 74,4 74,8 74,4 73,6 77,9 77,2 78,1Variação % ano anterior 5,5% 6,8% 4,2% 3,7% 2,9% 2,0% 7,4% 5,5% 7,6%

Transações - milhares 70.030 65.200 66.813 69.393 79.310 71.388 90.264 92.523 88.185Variação % ano anterior 8,9% 11,7% -2,2% 4,4% 8,8% 3,9% 23,9% 26,3% 30,0%

Valor Transacionado - R$ milhões 24.676 22.395 23.114 23.507 26.668 23.368 26.411 27.042 26.582Variação % ano anterior 17,8% 24,2% 8,4% 8,7% 15,4% 7,9% 12,5% 13,3% 18,5%

Ticket Médio - R$ 352,4 343,5 346,0 338,7 336,2 327,3 292,6 292,3 301,4Variação % ano anterior 8,1% 11,2% 10,8% 4,1% 6,1% 3,9% -9,2% -10,3% -8,9%

Observações sobre as séries de faturamento e transações:Os números apresentados refletem a consolidação dos dados das adquirentes: Cielo S/A; Redecard S/A; Banco Santander do Brasil S/A; Hipercard Banco Multiplo; e Banco Bankpar S/A

Indicadores mensais segundo forma de parcelamento: cartão de crédito - 2014

À v

ista

Pa

rcel

ado

Page 34: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

34

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2013

Transações - milhares 806.923 760.060 812.305 803.366 852.163 811.252 848.352 878.046 839.011Variação % ano anterior 14,3% 16,2% 7,4% 13,2% 13,2% 10,9% 9,9% 10,9% 11,1%

Valor Transacionado - R$ milhões 75.652 69.895 73.888 74.299 80.845 74.113 79.794 81.537 78.724Variação % ano anterior 20,0% 23,7% 11,2% 16,6% 18,6% 12,1% 14,2% 13,3% 15,4%

Ticket Médio - R$ 93,8 92,0 91,0 92,5 94,9 91,4 94,1 92,9 93,8Variação % ano anterior 5,0% 6,5% 3,5% 3,0% 4,8% 1,1% 3,9% 2,2% 3,9%

Transações - milhares 60.437 57.663 62.990 62.553 66.756 64.253 66.982 69.071 66.269Variação % ano anterior 13,0% 14,1% 6,5% 12,3% 13,8% 9,7% 8,5% 9,3% 9,8%

Valor Transacionado - R$ milhões 5.768 5.365 5.829 5.924 6.521 5.909 6.360 6.394 6.176Variação % ano anterior 21,0% 22,9% 11,7% 18,8% 28,6% 11,4% 13,6% 11,0% 14,9%

Ticket Médio - R$ 95,4 93,0 92,5 94,7 97,7 92,0 95,0 92,6 93,2Variação % ano anterior 7,0% 7,7% 4,9% 5,8% 13,0% 1,6% 4,7% 1,6% 4,7%

Transações - milhares 103.556 93.677 98.631 97.828 105.229 101.901 106.015 108.276 103.325Variação % ano anterior 13,0% 15,1% 5,7% 10,0% 11,3% 10,9% 8,0% 10,0% 9,0%

Valor Transacionado - R$ milhões 11.148 9.600 9.843 9.804 10.940 10.299 10.943 11.051 10.644Variação % ano anterior 21,7% 24,0% 11,8% 14,7% 18,1% 15,2% 11,3% 13,3% 13,7%

Ticket Médio - R$ 107,7 102,5 99,8 100,2 104,0 101,1 103,2 102,1 103,0Variação % ano anterior 7,7% 7,8% 5,8% 4,3% 6,1% 3,9% 3,1% 3,0% 4,3%

Transações - milhares 23.987 22.855 25.012 24.469 26.645 25.889 27.002 27.730 26.010Variação % ano anterior 26,0% 27,6% 20,0% 25,5% 26,2% 24,3% 24,0% 24,8% 23,2%

Valor Transacionado - R$ milhões 2.659 2.460 2.599 2.550 2.871 2.695 2.946 2.987 2.817Variação % ano anterior 31,7% 33,6% 22,2% 26,1% 29,9% 23,1% 26,6% 25,2% 27,4%

Ticket Médio - R$ 110,8 107,6 103,9 104,2 107,8 104,1 109,1 107,7 108,3Variação % ano anterior 4,5% 4,7% 1,8% 0,4% 2,9% -1,0% 2,1% 0,4% 3,4%

Transações - milhares 507.669 483.371 515.086 511.375 541.394 514.306 536.300 557.499 534.184Variação % ano anterior 14,8% 16,7% 7,3% 13,4% 13,1% 10,9% 10,2% 10,9% 11,5%

Valor Transacionado - R$ milhões 45.881 43.196 45.668 45.958 49.308 45.175 48.746 50.351 48.851Variação % ano anterior 18,6% 23,3% 10,3% 15,5% 15,8% 11,0% 13,7% 12,9% 15,4%

Ticket Médio - R$ 90,4 89,4 88,7 89,9 91,1 87,8 90,9 90,3 91,4Variação % ano anterior 3,3% 5,7% 2,8% 1,8% 2,3% 0,0% 3,2% 1,8% 3,4%

Transações - milhares 111.275 102.494 110.586 107.143 112.138 104.903 112.053 115.471 109.223Variação % ano anterior 12,0% 13,7% 7,5% 12,9% 12,1% 8,5% 8,0% 9,9% 9,3%

Valor Transacionado - R$ milhões 10.197 9.274 9.948 10.062 11.205 10.034 10.799 10.753 10.236Variação % ano anterior 21,5% 23,0% 11,7% 20,3% 24,1% 11,9% 16,7% 13,6% 15,0%

Ticket Médio - R$ 91,6 90,5 90,0 93,9 99,9 95,6 96,4 93,1 93,7Variação % ano anterior 8,5% 8,1% 3,9% 6,6% 10,7% 3,1% 8,0% 3,4% 5,2%

No

rte

Su

des

teS

ul

Indicadores mensais segundo regiões brasileiras: consolidado - 2013

Bra

sil

Cen

tro

-Oes

teN

ord

este

Page 35: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

35

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2014

Transações - milhares 371.614 357.974 384.699 390.293 411.636 388.222 405.112 415.984 397.806Variação % ano anterior 10,6% 12,0% 3,2% 11,4% 11,2% 10,1% 8,6% 9,2% 9,3%

Valor Transacionado - R$ milhões 47.619 44.561 46.766 47.525 51.390 46.684 50.922 52.025 50.748Variação % ano anterior 17,5% 21,9% 8,6% 12,8% 15,3% 10,8% 12,5% 12,1% 15,5%

Ticket Médio - R$ 128,1 124,5 121,6 121,8 124,8 120,3 125,7 125,1 127,6Variação % ano anterior 6,2% 8,8% 5,2% 1,3% 3,6% 0,6% 3,6% 2,7% 5,7%

Transações - milhares 26.699 26.210 28.805 29.244 30.989 29.591 30.406 31.190 29.845Variação % ano anterior 8,5% 9,4% 2,0% 10,1% 12,5% 8,7% 6,6% 6,7% 6,5%

Valor Transacionado - R$ milhões 3.311 3.090 3.275 3.320 3.628 3.353 3.631 3.668 3.538Variação % ano anterior 17,7% 19,7% 7,9% 13,1% 27,0% 10,6% 10,7% 9,9% 13,4%

Ticket Médio - R$ 124,0 117,9 113,7 113,5 117,1 113,3 119,4 117,6 118,6Variação % ano anterior 8,4% 9,4% 5,8% 2,7% 12,9% 1,8% 3,9% 2,9% 6,5%

Transações - milhares 59.989 55.310 58.106 59.144 63.309 61.169 62.860 64.040 61.144Variação % ano anterior 8,1% 9,7% 0,7% 6,1% 7,6% 9,1% 5,1% 7,1% 5,5%

Valor Transacionado - R$ milhões 7.809 6.773 6.890 6.960 7.799 7.318 7.770 7.849 7.588Variação % ano anterior 19,5% 21,6% 9,1% 10,8% 15,0% 14,0% 9,7% 11,5% 12,0%

Ticket Médio - R$ 130,2 122,5 118,6 117,7 123,2 119,6 123,6 122,6 124,1Variação % ano anterior 10,5% 10,9% 8,4% 4,4% 6,8% 4,5% 4,4% 4,1% 6,2%

Transações - milhares 11.325 11.191 12.262 12.379 13.272 12.691 12.970 13.234 12.546Variação % ano anterior 17,5% 20,2% 12,2% 20,4% 19,8% 19,7% 17,8% 17,0% 16,5%

Valor Transacionado - R$ milhões 1.540 1.454 1.529 1.528 1.707 1.577 1.706 1.734 1.658Variação % ano anterior 25,3% 28,9% 16,2% 19,5% 23,4% 19,0% 20,3% 18,4% 23,2%

Ticket Médio - R$ 136,0 129,9 124,7 123,4 128,6 124,3 131,5 131,0 132,1Variação % ano anterior 6,7% 7,3% 3,5% -0,7% 3,0% -0,6% 2,1% 1,2% 5,7%

Transações - milhares 225.808 220.185 236.234 240.300 253.017 237.544 248.561 256.085 245.486Variação % ano anterior 11,7% 13,1% 3,4% 12,5% 11,8% 10,5% 9,8% 9,7% 10,5%

Valor Transacionado - R$ milhões 29.057 27.816 29.271 29.861 31.995 28.815 31.650 32.528 31.942Variação % ano anterior 16,4% 22,3% 8,1% 12,6% 13,4% 9,5% 13,4% 12,0% 16,4%

Ticket Médio - R$ 128,7 126,3 123,9 124,3 126,5 121,3 127,3 127,0 130,1Variação % ano anterior 4,2% 8,2% 4,5% 0,1% 1,4% -0,9% 3,3% 2,1% 5,3%

Transações - milhares 47.793 45.077 49.293 49.226 51.049 47.227 50.315 51.436 48.786Variação % ano anterior 8,7% 9,7% 3,6% 11,5% 10,1% 8,1% 6,5% 9,2% 7,9%

Valor Transacionado - R$ milhões 5.902 5.428 5.802 5.856 6.261 5.621 6.165 6.246 6.021Variação % ano anterior 18,4% 20,0% 9,0% 14,9% 17,1% 11,1% 11,1% 12,9% 14,7%

Ticket Médio - R$ 123,5 120,4 117,7 119,0 122,7 119,0 122,5 121,4 123,4Variação % ano anterior 9,0% 9,3% 5,2% 3,1% 6,4% 2,8% 4,3% 3,4% 6,3%

No

rte

Su

des

teS

ul

Indicadores mensais segundo regiões brasileiras: cartão de crédito - 2014

Bra

sil

Cen

tro

-Oes

teN

ord

este

Page 36: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

36

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 2014

Transações - milhares 435.309 402.086 427.605 413.073 440.527 423.030 443.240 462.062 441.204Variação % ano anterior 17,7% 20,1% 11,5% 14,9% 15,1% 11,6% 11,0% 12,4% 12,8%

Valor Transacionado - R$ milhões 28.033 25.334 27.122 26.773 29.456 27.428 28.872 29.512 27.976Variação % ano anterior 24,7% 26,9% 16,0% 24,0% 24,9% 14,5% 17,2% 15,5% 15,3%

Ticket Médio - R$ 64,4 63,0 63,4 64,8 66,9 64,8 65,1 63,9 63,4Variação % ano anterior 5,6% 4,0% 7,9% 8,6% 2,5% 5,6% 2,7% 2,2%

Transações - milhares 33.738 31.453 34.185 33.309 35.767 34.662 36.577 37.881 36.424Variação % ano anterior 16,9% 18,4% 10,7% 14,2% 14,9% 10,6% 10,2% 11,5% 12,7%

Valor Transacionado - R$ milhões 2.457 2.275 2.555 2.604 2.893 2.556 2.730 2.727 2.637Variação % ano anterior 25,6% 27,5% 16,9% 26,9% 30,6% 12,5% 17,7% 12,6% 17,0%

Ticket Médio - R$ 72,8 72,3 74,7 78,2 80,9 73,7 74,6 72,0 72,4Variação % ano anterior 7,5% 7,7% 5,6% 11,1% 13,7% 1,7% 6,8% 1,0% 3,8%

Transações - milhares 43.567 38.366 40.525 38.684 41.919 40.732 43.154 44.236 42.181Variação % ano anterior 19,8% 23,3% 13,2% 16,7% 17,4% 13,8% 12,4% 14,4% 14,5%

Valor Transacionado - R$ milhões 3.339 2.827 2.953 2.844 3.141 2.981 3.173 3.202 3.056Variação % ano anterior 27,4% 30,2% 18,8% 25,7% 26,8% 18,2% 15,5% 18,0% 18,1%

Ticket Médio - R$ 76,6 73,7 72,9 73,5 74,9 73,2 73,5 72,4 72,5Variação % ano anterior 6,3% 5,6% 4,9% 7,7% 7,9% 3,9% 2,8% 3,1% 3,1%

Transações - milhares 12.662 11.663 12.750 12.089 13.373 13.198 14.032 14.496 13.464Variação % ano anterior 34,6% 35,5% 28,5% 31,3% 33,3% 29,2% 30,4% 32,8% 30,2%

Valor Transacionado - R$ milhões 1.119 1.006 1.070 1.022 1.165 1.118 1.240 1.253 1.160Variação % ano anterior 41,7% 40,8% 31,8% 37,4% 40,8% 29,3% 36,5% 36,1% 34,0%

Ticket Médio - R$ 88,3 86,2 84,0 84,5 87,1 84,7 88,3 86,4 86,1Variação % ano anterior 5,3% 3,9% 2,6% 4,6% 5,6% 0,1% 4,7% 2,5% 2,9%

Transações - milhares 281.861 263.187 278.852 271.075 288.377 276.762 287.739 301.414 288.698Variação % ano anterior 17,5% 19,9% 10,9% 14,3% 14,3% 11,3% 10,5% 11,9% 12,4%

Valor Transacionado - R$ milhões 16.824 15.380 16.397 16.098 17.313 16.360 17.096 17.823 16.908Variação % ano anterior 22,7% 25,2% 14,6% 21,3% 20,4% 13,7% 14,3% 14,4% 13,4%

Ticket Médio - R$ 59,7 58,4 58,8 59,4 60,0 59,1 59,4 59,1 58,6Variação % ano anterior 4,5% 4,4% 3,3% 6,1% 5,3% 2,1% 3,4% 2,3% 0,9%

Transações - milhares 63.482 57.417 61.294 57.916 61.089 57.676 61.737 64.035 60.437Variação % ano anterior 14,8% 17,2% 10,9% 14,1% 13,8% 8,9% 9,3% 10,6% 10,4%

Valor Transacionado - R$ milhões 4.295 3.846 4.147 4.206 4.944 4.413 4.635 4.507 4.215Variação % ano anterior 26,1% 27,5% 15,7% 28,7% 34,3% 12,9% 25,1% 14,7% 15,3%

Ticket Médio - R$ 67,7 67,0 67,7 72,6 80,9 76,5 75,1 70,4 69,7Variação % ano anterior 9,8% 8,8% 4,3% 12,8% 18,0% 3,7% 14,5% 3,7% 4,5%

No

rte

Su

des

teS

ul

Indicadores mensais segundo regiões brasileiras: cartão de débito - 2014

Bra

sil

Cen

tro

-Oes

teN

ord

este

Page 37: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

Ao analisarmos as tabelas apresentadas acima, percebemos um

crescimento constante na utilização dos cartões para efetuar compras, saques,

etc. Alguns meses apresentam uma pequena variação negativa, se

comparado ao mesmo período do ano anterior, porém a variação positiva,

conforme pode ser constatado é maior.

Embora o cartão de débito, especificamente, não seja nosso objeto

de estudo, não podemos deixar de considerar que o fenômeno da utilização do

“dinheiro de plástico” estende-se também a esta modalidade de cartão. A

tabela que demonstra a utilização do cartão de débito, deixa claro que o seu

uso apresenta consideráveis variações positivas, se comparadas ao mesmo

período do ano anterior.

As tabelas apresentadas são fechadas por trimestre, conforme nota

explicativa apresenta pela ABECS, transcrita acima, por este motivo, até a data

da pesquisa os dados do ano de 2014 estão consolidados até o mês de

setembro.

O motivo principal que explica o aumento no número de cartões de

crédito emitidos e sua consequente utilização provém do fenômeno chamado

bancarização.

De acordo com o conceito da Febraban – Federação Brasileira de

Bancos: a bancarização não é a simples posse de uma conta corrente, é o

nível de acesso a serviços financeiros e o grau de uso destes serviços que a

define. Ainda de acordo com a Febraban: o processo de bancarização é

essencial ao desenvolvimento econômico da população, o qual deve ocorrer de

forma adequada, contribuindo com sua qualidade de vida.

A evolução da bancarização é alavancada pelo crescimento do

número de contas correntes e poupança, e dentre os fatores que contribuem

para este crescimento, podemos citar a conjuntura econômica e acesso aos

meios digitais como Internet Banking e Mobile Banking, mais acessíveis a toda

Page 38: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

38

população, além do crescimento do número de agências bancárias nas regiões

Norte e Nordeste, segundo estudo publicado pela Febraban.

A seguir listamos alguns dados disponibilizados no estudo intitulado:

Pesquisa FEBRABAN de tecnologia bancária 2013 - O Setor Bancário em

Números, disponível em sua página eletrônica na internet. Os dados

apresentados abaixo referem-se aos anos de 2008 a 2012:

1. O volume de transações cresceu 78% de 2009 a 2012, fortemente

impulsionado pelo Internet Banking e POS;

2. Internet Banking é o canal preferencial do cliente bancário e representa

39% do total de transações;

3. O crescimento das transações em Internet Banking e POS é próximo de

25% ao ano, muito superior ao dos canais mais tradicionais;

4. As agências tem o menor crescimento do número de transações com

3% ano a ano, perdendo participação de 18% para 11% no volume total

de transações desde 2008;

5. A facilidade de uso dos meios digitais, associadas ao perfil dos usuários

faz com que a sociedade tenha cada vez mais um comportamento

virtualizado;

6. No ano de 2012, as transações realizadas pelos meios virtuais já

ultrapassam as realizadas pelos meios tradicionais;

7. Observamos uma transferência de transações tradicionais para mais

virtualizadas, principalmente em operações menos complexas como:

aumento da participação de transferências em relação aos depósitos em

cheque ou em dinheiro;

8. Por outro lado, operações mais complexas como contratação de crédito,

ainda necessitam de uma atuação presencial. Entretanto, a participação

em contratações não presenciais vem aumentando ao longo dos últimos

5 anos;

Page 39: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

39

9. O uso do Internet Banking cresce mais do que o número de usuários de

internet. Isso é uma evidência de que uma maior parcela dos usuários

de internet estão usando o Internet Banking;

10. O volume de transações em Internet Banking aumentou 23,7% ao ano,

indicando uma maior inclusão digital da população;

11. Bancos devem investir na maximização do uso do Internet Banking,

prover uma experiência do consumidor cada vez mais amigável neste

canal e ofertar produtos e serviços que melhor se encaixam neste meio;

12. Brasil mostra-se como um participante relevante do setor de tecnologia

para Bancos, com investimentos intensivos;

13. Os gastos com TI das instituições financeiras representam 15% da

totalidade das indústrias do país;

14. Os bancos brasileiros têm o desafio de planejar este investimento de

forma adequada, balanceando eficiência e experiência do consumidor

por meio de uma plataforma integrada de canais e ofertas aos clientes.

Page 40: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

40

CAPÍTULO V

O USO DO CARTÃO DE CRÉDITO PELAS CLASSES

MENOS FAVORECIDAS

De acordo com estudo publicado pelo Jornal O Estado de São

Paulo, Sessão Economia na data de 25 de março de 2.014,

os consumidores que compõem as classes C, D e E ampliaram sua presença

no mercado de cartões de crédito e detinham 60% dos plásticos ativos no

Brasil ao final do ano de 2.013. Um aumento de 10% em relação a 2.010.

Em contrapartida, a classe A diminuiu sua participação, passando

de 10% em 2010 para 3% atualmente. No caso da classe B”, o percentual foi

reduzido de 42% para 37%, na mesma base de comparação.

Nas palavras de Milton Maluhy, diretor executivo da área de cartões

do Itaú Unibanco:

Com os novos instrumentos, sobretudo contas pré pagas,

os consumidores já começam a ter experiência no mundo

de cartões e têm apetite maior para produtos desta

natureza, começando a se habituar a produtos digitais.

Com o tempo, esse cliente deve migrar das contas pré-

pagas para cartões. Essa migração importante deve

continuar aumentando a representatividade das classes

C, D e E em cartões de crédito.

Segundo o Banco Itaú, o gasto médio por cartão de crédito no

Brasil, cresceu 23% entre 2.010 e 2.013, passando de R$ 566,00 para R$

699,00 mensais. Sobre o perfil dos usuários de cartões, o Banco identificou

redução de 5 pontos percentuais na quantidade de usuários de cartões

inadimplentes e endividados - consumidores que parcelam a fatura ou fazem o

pagamento mínimo, passando de 14% em 2.010 para 9% 2.013.

Page 41: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

41

Outro dado divulgado é que as mulheres aumentaram sua presença

no mercado de cartões de crédito. A presença do público feminino foi de 53%

em 2.013 ante 48% em 2.010. Já o número de clientes de cartões de crédito

pessoa física que afirmou ter usado o plástico nos últimos dias avançou 4% no

período de referência, passando de 60% para 64%.

As perspectivas de crescimento do mercado de cartões (crédito e

débito) deverão crescer em média 17% ao ano até 2016, segundo o estudo. O

maior crescimento, segundo o Itaú, deve vir dos plásticos de débito que devem

avançar 20%. Já o aumento dos cartões de crédito deve ser de 15%.

5.1. Características dos Consumidores Pertencentes a Nova

“Classe C”

Ainda, de acordo com dados divulgados no documento “Workshop

Classe C” disponibilizado pelo Banco Itaú, a população brasileira cresceu 10%

de 2.002 a 2.012, mas a classe média, cresceu 30% e a maior parte destes

consumidores, cerca de 80% conta com algum tipo de serviço bancário e mais

da metade, 51% possui cartão de crédito.

As principais características de consumo da classe C, apontadas

pelo mesmo estudo foram:

1. Principais anseios: automóvel, eletrodomésticos, celular, internet,

televisão a cabo e viagens;

2. A ideia é “consumir”, os investimentos ficam em segundo plano;

3. Parar de consumir é deixar de se “incluir”;

4. A ideia de patrimônio financeiro não dialoga com o imediatismo de seu

comportamento;

5. Costumam estocar produtos que encontraram em promoção;

6. Esperam pagar totalmente um parcelamento, antes de entrar em outro;

Page 42: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

42

7. Cartão de crédito é o produto com maior vocação para bancarização da

Classe C.

5.2. Cartão de Crédito – Fator de Inclusão Social

Maria Angeluce Soares Perônico Barbotin e Anderson Moebus

Retondar, ambos doutores em Sociologia e professores universitários,

apresentaram estudo dos hábitos de consumo das classes populares, no VII

Encontro Nacional de Estudos do Consumo, realizado em setembro de 2.014

no Rio de Janeiro.

Os professores desenvolveram estudo através de pesquisa

etnográfica junto a consumidores populares da Comunidade de São Rafael

(João Pessoa – Paraíba). Foram realizadas entrevistas e observações com o

grupo, num total de 34 pessoas com renda máxima de 4 salário mínimos. O

trabalho foi focado na utilização do cartão de crédito para satisfazer as

necessidades imediatas em detrimento da poupança para “necessidades

futuras”.

Apresentamos aqui as conclusões a que chegaram os

pesquisadores através do estudo :

1. Uma das potencialidades do cartão de crédito é viabilizar a satisfação

de necessidades imediatas, que antes precisavam esperar tempo

demais para se concretizarem ou eram consideradas inviáveis pela

impossibilidade de crédito junto a estabelecimentos comerciais.

Portanto, a possibilidade de antecipar o consumo, tornando possível

ao indivíduo a concretização de um objetivo que só seria viável

através de um grande esforço pessoal, no sentido de abrir mão de

muitas coisas, parece ser a maior potencialidade do cartão para os

participantes da pesquisa;

2. Outra potencialidade desse instrumento financeiro é conceder poder

ao consumidor, evitando o medo de “passar vergonha” na hora do

Page 43: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

43

pagamento da compra, principalmente no supermercado, foi

identificado como fator importante para o grupo. O uso do cartão evita

que essas pessoas tenham que “calcular” se a quantidade de itens

colocados em seu carrinho de compras é compatível com valor

monetário carregado em seus bolsos, caso contrário uma situação de

constrangimento será gerada no momento do pagamento no caixa;

3. Identificou-se sentimentos de poder, inerente a quem possui essa

ferramenta financeira e efetiva suas compras através da mesma;

4. Verificou-se também que os indivíduos tem consciência dos riscos

inerentes ao uso do cartão do cartão de crédito, assim como sabem

também, que na maioria das vezes, acabam pagando mais por um

produto;

5. O medo do endividamento é questão presente nos indivíduos do

grupo estudado, segundo os pesquisadores, pois muitos participantes

da pesquisa já tiveram a experiência de extrapolar o uso do cartão.

Grande parte dessas experiências negativas diz respeito ao fato de

seu titular ter aceitado o pedido de terceiros para que comprasse algo

em seu cartão de crédito. Assim os portadores agem como “avalistas”

da capacidade financeira de terceiros (parentes e amigos próximos) e

aceitam ou não “financiar” suas compras. O risco de endividamento

através da solidariedade é muito grande e levou alguns indivíduos a

desistirem do cartão;

6. Paralelo à capacidade de aumentar o poder do consumidor popular e

fortalecer os vínculos de solidariedade na comunidade, o cartão de

crédito traz o risco de gerar um comportamento financeiro

descontrolado que pode levar o indivíduo a uma situação bastante

difícil. Se, num primeiro momento, o cartão é capaz de diminuir o

risco de constrangimentos no momento do pagamento das compras,

uma vez que possibilita “comprar tudo o que precisa” ele também é

capaz de gerar um constrangimento de conseqüências maiores, o

Page 44: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

44

endividamento, o que impede o indivíduo a continuar consumindo

através do uso do cartão de crédito.

7. Os indivíduos estudados, embora considerem a poupança algo

importante para o futuro, orientam-se pela lógica do consumo

imediato, ou seja, acabam praticando a “poupança invertida”

Page 45: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

45

CONCLUSÃO

Conclui-se que o uso do cartão de crédito no Brasil vem

aumentando nos últimos anos, tal fenômeno deve-se à estabilidade da moeda,

ao fenômeno da bancarização” e ao aumento das vendas pela Internet.

Sua maior expansão ocorreu juntamente à nova Classe C, a qual

teve uma taxa de crescimento superior à média de crescimento populacional

do Brasil na última década. Pessoas que viviam à margem do consumo foram

incluídas no mercado consumidor e o cartão de crédito teve fundamental

importância na mudança deste cenário.

Funcionando como uma “poupança invertida” permite a aquisição de

bens pelas classes menos favorecidas, os quais eram considerados

inacessíveis antes da expansão deste meio de pagamento. Neste interim,

percebe-se que o cartão deixou de ser exclusividade das classes mais altas e

tornou-se ferramenta de inclusão social.

Diante do estudo apresentado, percebemos também que ocorrem

problemas com seu uso indevido, ou seja, falta de controle na sua utilização.

Porém, mesmo com os problemas que este meio de pagamento possa,

eventualmente apresentar, consideramos como positiva sua expansão e

utilização pelas pessoas pertencentes às classes menos favorecidas.

Page 46: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

46

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Cartilha Cartão de Crédito.

Page 47: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

47

ANEXO 1

INTERNET

http://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/cartilha.pdf

Page 48: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

48

O uso do cartão vem crescendo ao longo dos anos, acompanhando

o aumento da renda e os avanços em geral conquistados pela

sociedade brasileira. Facilidade, segurança e ampliação das

possibilidades de compras são pontos que agradam à população

Page 49: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

49

na hora de efetuar seus pagamentos com o cartão.

Para tornar as regras mais claras na prestação desse serviço, o

Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, em 25 de novembro

de 2010, pela edição da Resolução nº 3.919, que, entre outras

mudanças, padroniza a cobrança de tarifas sobre cartões de crédito.

Assim, a partir de 1º de junho de 2011, com a entrada em vigor

dessas novas regras para uso do cartão de crédito, só poderão ser

cobradas cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão

de crédito. As regras sobre o pagamento mínimo da fatura também

mudam e, a partir dessa data, o pagamento mensal não poderá ser

inferior a 15% do valor total da fatura.

Como você precisa estar bem informado sobre essas alterações, o

Banco Central do Brasil (BCB) elaborou esta cartilha, que irá ajudá-lo

a conhecer melhor o tema.

1) O que é cartão de crédito básico?

É o cartão de crédito exclusivo para o pagamento de compras, contas

ou serviços. O preço da anuidade para sua utilização deve ser o

menor preço cobrado pela emissora entre todos os cartões por ela

oferecidos. As instituições financeiras, no processo de negociação

com os clientes, estão obrigadas a oferecer o cartão básico, que pode

ser nacional e/ou internacional. Esse cartão não pode ser associado

a programas de benefícios e/ou recompensas.

2) Existe outro tipo de cartão?

Sim. O cartão de crédito que, além de permitir o pagamento de compras,

está associado a programas de benefícios e recompensas, é definido

como cartão diferenciado. O preço da anuidade do cartão diferenciado

deve abranger, além da utilização do cartão para o pagamento

de compras, também a participação do usuário nos programas de

benefícios e recompensas associados ao cartão. É opção do cliente a

contratação de cartão básico ou de cartão diferenciado, observando

que os cartões básicos terão as menores tarifas de anuidade dentre

todos os cartões ofertados pelos emissores.

3) Quais tarifas podem ser cobradas pela emissora do cartão

de crédito?

É admitida a cobrança de cinco tarifas, válidas tanto para os cartões

Page 50: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

50

básicos quanto para os diferenciados. São elas:

a. anuidade;

b. para emissão de 2ª via do cartão;

c. para retirada em espécie na função saque;

d. no uso do cartão para pagamento de contas; e

e. no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.

4) A limitação do número de tarifas a cinco já está valendo para

todos os cartões de crédito?

Não. Essa limitação será obrigatória para os cartões de crédito que

forem emitidos a partir de 1º/6/2011. Para quem já tem cartão de

crédito hoje ou adquirir um até 31/5/2011, as cinco tarifas admitidas

passam a valer a partir de 1º/6/2012. Esses prazos valem também

para as regras sobre cartão básico e cartão diferenciado.

5) O que deve constar na fatura do cartão de crédito?

Além das tarifas, a fatura deve ter informações, pelo menos, a respeito

dos seguintes itens:

a. limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação

de crédito passível de contratação;

b. gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando

parcelados;

c. identificação das operações de crédito contratadas e respectivos

valores;

d. valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma

separada de acordo com os tipos de operações realizadas com

o cartão;

e. valor dos encargos a serem cobrados no mês seguinte, no caso de

o cliente optar pelo pagamento mínimo da fatura; e

f. Custo Efetivo Total (CET), para o próximo período, das operações

de crédito passíveis de contratação.

6) Qual é o valor mínimo exigido para pagamento da fatura?

Com o objetivo de diminuir o risco de superendividamento, o Conselho

Monetário Nacional determinou que, a partir de 1º/6/2011, o valor

mínimo da fatura de cartão de crédito a ser pago mensalmente não

pode ser inferior a 15% do valor total da fatura. A partir de

1º/12/2011, o valor do pagamento mínimo sobe para 20%do valor

total da fatura. Atenção: a previsão de que tal percentual se elevaria para 20% a partir

Page 51: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

51

de 1º.12.2011 foi revogada pela Circular 3.563, de 11.11.2011

7) O que acontece no caso do pagamento do valor mínimo da fatura

ou de apenas parte do valor total?

O contrato firmado entre o cliente e a instituição emissora de cartão

de crédito deve prever os procedimentos a serem adotados nessas

situações. É usual a previsão de contratação automática de operação de

crédito em valor correspondente ao saldo não liquidado. As operações

de crédito estão sujeitas à incidência de encargos financeiros.

8) Quais são os encargos financeiros incidentes na operação de

crédito decorrente do não pagamento do valor total da fatura do

cartão de crédito?

Assim como as demais operações de crédito, as operações

decorrentes do uso do cartão de crédito estão sujeitas à cobrança de

juros. As taxas de juros são livremente pactuadas entre o cliente e a

emissora do cartão.

9) A instituição financeira emissora do cartão de crédito pode

enviar um cartão sem que tenha sido solicitado?

Não. A regulamentação proíbe a remessa do cartão de crédito sem

prévia solicitação.

10) O que deve ser feito em caso de recebimento indevido de um

cartão de crédito?

O cartão não deve ser utilizado. O cliente deve entrar em contato com

a instituição que emitiu o cartão para registrar a ocorrência e solicitar

o seu cancelamento. Essas providências podem ser tomadas nas

agências da instituição financeira emissora do cartão de crédito e nos

serviços de atendimento ao consumidor (SAC) disponibilizados pelos

bancos por telefone e/ou pela internet.

Se essas tentativas de solução não funcionarem, é necessário entrar

em contato com a ouvidoria da instituição financeira emissora do

cartão de crédito. A lista das ouvidorias dos bancos, com os nomes

dos ouvidores e contatos das ouvidorias, pode ser obtida no site

do Banco Central (www.bcb.gov.br), no Perfil Cidadão, Bancos e

Ouvidorias dos Bancos.

11) O que fazer ao perceber que está havendo cobrança indevida

de tarifas do cartão de crédito?

O cliente deve procurar primeiramente a agência responsável por

Page 52: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

52

seu atendimento e buscar a solução do problema com o gerente

responsável por sua conta.

Caso não consiga, deve recorrer aos serviços de atendimento ao

consumidor (SAC) disponibilizados pelos bancos por telefone e/ou

pela internet.

Se as tentativas de solução pelos canais indicados não funcionarem,

o cliente deve entrar em contato com a ouvidoria da instituição

emissora do cartão de crédito.

Por fim, caso o cliente não consiga solução, poderá apresentar

sua reclamação aos órgãos de defesa do consumidor ou ao Banco

Central, contribuindo, dessa forma, com subsídios para o processo

de fiscalização das instituições supervisionadas.

12) Qual a punição para as instituições financeiras emissoras de

cartão de crédito no caso de descumprimento da regulamentação?

As instituições financeiras emissoras de cartões de crédito são

reguladas pelo Conselho Monetário Nacional e supervisionadas pelo

Banco Central, estando sujeitas às sanções previstas na Lei nº 4.595,

de 31 de dezembro de 1964. Entre as punições possíveis estão, por

exemplo, advertência e multa.

13) Como o Banco Central realiza a fiscalização das operações

com cartões?

O Banco Central realiza ações de supervisão contínuas, por meio de

procedimentos previamente agendados e periódicos, em que um dos

módulos de fiscalização diz respeito à avaliação do cumprimento das

disposições regulamentares que disciplinam o relacionamento entre

instituições financeiras e seus clientes. O foco do Banco Central, no

tratamento de denúncias e reclamações recepcionadas, é a verificação

do cumprimento das normas específicas de sua competência, para

que as instituições supervisionadas atuem em conformidade às leis e

à regulamentação.

As operações com cartões de crédito realizadas por instituições

financeiras integram ainda o escopo dos trabalhos de fiscalização

do grupamento das operações de crédito, tendo em vista o objetivo

de se avaliar o risco, imediato ou potencial, que essas operações

representam para a situação patrimonial e econômico-financeira da

instituição emissora do cartão.

Page 53: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

53

14) Como fazer reclamação no Banco Central?

O Banco Central recebe as reclamações pelos seguintes canais de

atendimento:

Atendimento presencial

Na sede do Banco Central, em Brasília, de segunda a sexta, das 8h

às 18h. Endereço: Setor Bancário Sul (SBS) – Quadra 3 – Bloco B –

Edifício-Sede.

Nas cidades onde o Banco Central mantém representação, de

segunda a sexta, das 9h às 16h. Endereços:

Belém – Boulevard Castilhos França, 708

Centro.

Belo Horizonte – Av. Álvares Cabral, 1.605

Santo Agostinho.

Curitiba – Av. Cândido de Abreu, nº 344

Centro Cívico.

Fortaleza – Av. Heráclito Graça, 273

Centro.

Porto Alegre – Rua 7 de Setembro, 586

Centro.

Recife – Rua da Aurora, 1.259

Santo Amaro.

Rio de Janeiro – Av. Presidente Vargas, 730

Centro.

Salvador – Av. Garibaldi, 1.211

Ondina.

São Paulo – Av. Paulista, 1.804

Bela Vista.

Atendimento por telefone

0800-979-2345, das 8h às 20h, de segunda a sexta.

Atendimento pela internet

Na página do Banco Central (www.bcb.gov.br), acessar: Perfis,

Cidadão, Banco Central do Brasil, Atendimento ao Público e

Reclamações.

Atendimento por correspondência

Recebimento de correspondência nos endereços relacionados no atendimento presencial.

Page 54: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

54

Page 55: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

55

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

KAMIO, G. Sob medida para a baixa renda. Revista Exame, ano 39, n. 12, p.

79-80, 2005.

PARENTE, J. G; BARKI, E. E. R; KATO, H. T. Consumidor de baixa renda:

desvendando as motivações no varejo de alimentos. In: ENCONTRO

NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 29., 2005, Brasília. Anais... Rio de

Janeiro: ANPAD, 2005

SCHIFFMAN, Leon G, KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do Consumidor.

Rio de Janeiro : LTC, 2000;

MORAES, Rosélia Pereira. Cartão de crédito e alguns aspectos polêmicos.

2004. p. 11;

MARTINS, Fran. Cartões de crédito natureza jurídica. 1976. p. 87;

ROSA, Dangelo Dalla. Cartão de crédito – Evolução no Uso. 2009. p. 18;

BARBOTIN, Maria Angeluce Soares Perônico, RETONDAR, Anderson

Moebus. 1 “Eu tenho fé em Deus que eu vou fazer um cartão pra mim”:

Representação Social da Poupança e do Cartão de Crédito para Indivíduos

das Classes Populares. In VII ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS DO

CONSUMO, PUC, Rio de Janeiro, 2014

FAZZIO JR. Waldo. Manual de direito comercial. São Paulo: Atlas. 2004, p.

532.

MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais. Rio de Janeiro:

Forense. 2002, p. 507

Page 56: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

56

WEBGRAFIA PESQUISADA

Tipos de cartão de credito o que você sabe sobre eles Disponível em:

http://www.financaspraticas.com.br /. Acesso em janeiro de 2015.

Itau classes c, d, e e detem 60% dos cartões de crédito. Disponível em:

http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios/ Acesso em janeiro de 2015.

Arquivosestaticos/Itau/PDF/marcos-magalhaes-classe-c.pdf. Disponível em:

http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios/ Acesso em janeiro de 2015

Pesquisa de Tecnologia Bancária .Disponível em : http://www.febraban.org.br/

Acesso em janeiro de 2015;

Cartilha de Cartão de Crédito .Disponível em : http://www.bcb.gov.br /

Acesso em janeiro de 2015;

Indicadores de Mercado. Disponível em :http://www.abecs.org.br/indicadores-

de-mercado/ Acesso em janeiro de 2015;

http://www.cndl.org.br/ Acesso em janeiro de 2015;

http://www.direitobrasil.adv.br/arquivospdf/revista/revistav41/artigos/cc.pdf/

Acesso em janeiro de 2015;

http://jus.com.br/artigos/22489/administradoras-de-cartoes-de-credito-em-

sentido-estrito-conceito-e-fiscalizacao-pelos-entes-reguladores-do-sistema-

financeiro-nacional#ixzz3QcHJQYUA / Acesso em janeiro de 2015.

Page 57: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

57

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

NOÇÕES HISTÓRICAS DOS MEIOS DE

PAGAMENTO 10

CAPÍTULO II

CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES REFERENTES

AO MERCADO DE CARTÕES 15

2.1 – Como Ocorrem as Transações com Cartão

de Crédito: Vantagens e Desvantagens na Visão

dos Lojistas 19

CAPÍTULO III

ASPECTOS LEGAIS NA UTILIZAÇÃO DO

CARTÃO DE CRÉDITO 22

CAPÍTULO IV

A EVOLUÇÃO NO USO DO CARTÃO DE CRÉDITO 27

CAPÍTULO V

O USO DO CARTÃO DE CRÉDITO PELAS CLASSES

MENOS FAVORECIDAS 40

Page 58: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO …Conforme menciona Rosélia Pereira de Moraes em sua monografia: Já no Brasil, os cartões de crédito tiveram um grande desenvolvimento,

58

5.1 – Características dos Consumidores Pertencentes

a Nova “Classe C” 41

5.2 – Cartão de Crédito – Fator de Inclusão Social 42

CONCLUSÃO 45

ANEXOS 46

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55

WEBGRAFIA PESQUISADA 56

ÍNDICE 57