DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · da empresa, de forma vertical e horizontal....
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AUDITORIA INTERNA COMO FERRAMENTA DE CONTROLES
INTERNOS.
Solon Gomes Castro Martins
ORIENTADOR: Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Auditoria e Controladoria. Por: Solon Gomes Castro Martins
AUDITORIA INTERNA COMO FERRAMENTA DE
CONTROLES INTERNOS.
Rio de Janeiro 2016
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, minha esposa e aos meus pais
por este momento.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa e aos meus
pais, pois vocês foram a minha força e fonte de
inspiração para que eu pudesse chegar até aqui.
Muito obrigado. Amo vocês.
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RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo tratar sobre a importância da
auditoria interna dentro de uma empresa e o método de como pode ser
aplicada e os seus benefícios para organização. Dando uma breve atenção no
primeiro capítulo, aos controles internos executados na instituição, possuindo
diversas maneiras e métodos de controles internos. Se faz necessário verificar
se os controles aplicados são adequados ou não para o negócio visando
aumentar a eficiência das operações e a segurança das informações geradas
pela empresa. Destacando que a auditoria interna é indispensável para
alcançar o sucesso da empresa, visto que as organizações precisam de
ferramentas que auxiliem no seu processo de gestão, de forma preventiva,
detectando possíveis falhas na avaliação e no exame das atividades
desempenhadas da empresa.
Palavras-chave: auditoria interna; controles internos; processo de gestão.
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METODOLOGIA
Com caráter bibliográfico em sua organização, o trabalho foi
desenvolvido e teve como base a pesquisa de materiais publicados nos últimos
20 anos. Através da coleta de livros sobre o assunto em questão, dentre outras
fontes de pesquisa, destaca-se os autores: Willian Attie, nos temas
relacionados a auditoria, Silvio Crepaldi e Marcelo Almeida nos temas
relacionados a gestão e controladoria.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Controle Interno e Auditoria 10
CAPÍTULO II
Auditoria Interna 18
CAPÍTULO III
Procedimentos de Auditoria Interna e o seu Auxílio no Processo de Gestão 25
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA 32
ÍNDICE 33
ÍNDICE DE FIGURAS 35
ANEXOS 36
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INTRODUÇÃO
Planejar é importante para qualquer empresa, pois, só assim, pode-
se ter uma visão melhor do futuro com intuito de se antecipar de possíveis
obstáculos e oportunidades.
A auditoria interna é uma das mais importantes ferramentas para o
controle administrativo das empresas. A ausência de controles internos
adequados para as organizações acaba por expor as mesmas, a inúmeros
riscos, tornando-as mais suscetíveis aos erros e tendo como consequência
possíveis prejuízos.
No Brasil, é recente a importância dada aos métodos de auditoria
interna, que equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação dos
controles internos, normalmente executados por um departamento
especializado.
A pesquisa tem por objetivo, mostrar que a auditoria interna pode ser
usada como uma ferramenta auxiliar de gestão e de tomada de decisão
apresentando também a sua capacidade de eficiência e auxílio nos controles
internos.
O estudo é dirigido aos gestores e empresas, que não fazem o uso
da auditoria interna em seus processos e nas atividades, a fim de provar a
importância desta ferramenta em sua gestão.
O trabalho elaborado tem o intuito de responder o seguinte
questionamento: Qual a importância da auditoria interna, usada como
ferramenta de melhoria para controles internos?
No primeiro capítulo, será abordado o conceito de controle interno e
suas características e objetivos na empresa, fazendo uma relação entre a
auditoria interna e por fim apresentando os conceitos de auditoria. O segundo
capítulo retrata os conceitos e a importância da auditoria para as organizações,
assim como o seu planejamento, plano e papéis de trabalho, bem como a sua
execução. Por fim, o terceiro e último capítulo, abordará sobre a relevância de
determinar os procedimentos de auditoria para a sua aplicação na organização,
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tratando de forma breve, sobre o conceito de medição e da elaboração do
relatório de auditoria, finalizando com a importância da auditoria interna no
processo de gestão das empresas.
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CAPÍTULO I
CONTROLE INTERNO E AUDITORIA
As organizações possuem diversas maneiras e métodos de
controles internos, mas, se faz necessário verificar se os controles aplicados
são adequados ou não para o negócio visando aumentar a eficiência das
operações e a segurança das informações geradas pela empresa.
A importância do controle interno fica patente a partir do momento
em que se torna impossível conceber uma empresa que não disponha de
controles que possam garantir a continuidade do fluxo de operações proposto.
(Attie, 2011).
Não há como dizer sobre a auditoria interna, sem antes mencionar a
importância do controle interno das operações e atividades da instituição, ação
essencial para a eficácia do trabalho de auditoria.
1.1. Características de um sistema de controle interno.
O controle interno é citado por Almeida (1996, p. 25):
O controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com o objetivo de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
A definição do autor atesta que um sistema de controle se aplica
além das questões relacionadas com as funções do setor financeiro e de
contabilidade. Contudo, sem o devido conhecimento do que foi planejado, se
torna improvável a aplicação de um controle interno adequado.
Um sistema de controle interno bem estruturado pode incluir o
controle orçamentário, custos-padrão, relatórios operacionais periódicos,
análises estatísticas, programas de treinamento do pessoal e pode também
por conveniência, abranger atividades em outros campos da empresa.
Attie (2011, p. 186) define que os controles podem ser peculiares
tanto à contabilidade como à administração:
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• Controles contábeis: compreendem o plano de organização e
todos os métodos e procedimentos diretamente relacionados,
principalmente com a salvaguarda do patrimônio e a
fidedignidade dos registros contábeis. Geralmente incluem os
seguintes controles: sistema de autorização e aprovação;
separação das funções de escrituração e elaboração dos
relatórios contábeis daquelas ligadas às operações ou
custódia dos valores; e controles físicos sobre estes valores.
• Controles administrativos: compreendem o plano de
organização e todos os métodos e procedimentos que dizem
respeito à eficiência operacional e à adesão à política traçada
pela administração. Normalmente, se relacionam de forma
indireta aos registros financeiros.
Sendo assim, cabe a empresa de acordo com suas particularidades
a classificação dos métodos e procedimentos em contábeis ou administrativos.
Ainda segundo o autor (2011, p. 187), as características de um eficiente
sistema de controle interno compreendem:
• Plano de organização que proporcione segregação de
funções apropriada das responsabilidades funcionais;
• Sistema de autorização e procedimentos de escrituração
adequados, que proporcionem controle eficiente sobre o ativo,
passivo, receitas, custos e despesas;
• Observação de práticas salutares no cumprimento dos
deveres e funções de cada um dos departamentos da
organização;
• Pessoal com adequada qualificação técnica e profissional
para a execução de suas atribuições.
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1.1.1. Objetivos do controle interno.
Nota-se que os controles internos possuem grande relevância no
auxílio da realização dos trabalhos de auditoria, pois facilitam o acesso dos
auditores às informações dos setores da organização, nos quais irão
disponibilizar informações para que o profissional possa avaliar a necessidade
e o volume de análises a serem realizados.
Um sistema de controle interno que funcione corretamente não
depende apenas do planejamento efetivo da empresa e da eficiência dos
procedimentos e práticas aplicadas, mas também da competência de todo o
pessoal envolvido, para levar adiante, de forma eficiente e econômica, os
procedimentos.
Na visão de Attie (2011, p. 189), há uma regra geral, o controle
interno tem quatro objetivos básicos:
• a salvaguarda dos interesses da empresa;
• a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios
contábeis, financeiros e operacionais;
• o estímulo à eficiência operacional;
• a aderência às políticas existentes.
Os objetivos do controle interno citado pelo autor visam à
configuração de segurança adequada às atividades que são praticadas dentro
da empresa, de forma vertical e horizontal. Entretanto, é preciso levar em conta
na implantação dos próprios procedimentos de controle, o custo da aplicação e
o benefício que pode trazer.
1.1.2. Determinação do controle interno.
O sistema de controle interno deve estar sujeito a contínua
supervisão. A administração da empresa é responsável pelo planejamento,
instalação e revisão do sistema de controle adequado. Qualquer sistema,
independentemente de sua solidez, pode deteriorar se não for revisto de
maneira periódica.
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1.1.3. Relação do controle interno com a auditoria
interna.
Podemos definir a auditoria interna como uma atividade de avaliação
independente dentro da empresa, para a revisão das finanças, contabilidade e
de outras operações para servir de informação à administração. É um controle
administrativo que mede e avalia a eficiência de outros controles.
Attie (2011, p. 205), afirma que:
As normas usuais de auditoria relativas ao âmbito do trabalho asseguram que a auditoria interna deve proceder ao exame e avaliação da adequação e eficácia do sistema de controle interno e da qualidade do desempenho na realização do trabalho.
A revisão da adequação do sistema de controle interno tem por
finalidade de determinar se ele estabelece a segurança de que os objetivos da
instituição são cumpridos de maneira eficiente e econômica e assegurar
também, se o sistema de controle funciona como deve, atingindo os objetivos
da empresa.
Segundo o autor, quanto à revisão do auditor interno para atingir o
seu objetivo, ele executa as seguintes funções:
• revista e avalia a eficiência, adequação e aplicação dos
controles contábeis, financeiros e operacionais;
• verifica se estão sendo cumpridas, corretamente as políticas,
os procedimentos e os planos estabelecidos;
• examina o grau de confiabilidade das informações contábeis e
outras obtidas dentro da organização;
• avalia a qualidade de desempenho das tarefas delegadas.
Concluímos com a observação breve dos objetivos e funções da
auditoria interna, a relação e o seu importante papel desempenhado no que diz
respeito ao exame, fortalecimento e constante na melhoria do controle interno.
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1.2. Conceito de Auditoria
A origem do termo auditoria, que vem de audire (ouvir), foi ampliado
pelos ingleses como auditing, denominando a tecnologia contábil da revisão.
Visando atender a globalização de uma sociedade moderna composta pelas
grandes organizações, com o desenvolvimento econômico dos países, gerando
crescente complexidade na administração dos negócios, onde as transações
são contabilizadas em tempo real, sujeitas às determinações fiscais e legais, e
devido à criação de normas regulamentadoras da profissão, o conceito de
auditoria vem se ampliando e ganhando força ao longo do tempo.
A auditoria caracteriza-se por ser uma forma simples de
levantamento, estudo e avaliação dos procedimentos, ou também definida
como uma revisão das demonstrações contábeis, registros e operações
financeiras de uma empresa, com a finalidade de se enquadrar às normas
pertinentes à legislação.
Alguns autores ganham destaque definindo o conceito de auditoria,
como na visão de Hoog (2007, p.65):
Auditoria é o procedimento científico relativo à certificação dos elementos da riqueza aziendal, normalmente contabilizados nas fundações, associações, sociedades empresária e simples. Assegurando a credibilidade das informações das peças contábeis e a integridade do conjunto de bens e obrigações e da situação líquida, visa a minimização ou eliminação dos riscos fiscais, societários, ambientais, trabalhistas, previdenciários, sistêmicos ou não da ambiência.
Franco (2001, p. 18) por sua vez, define:
A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros, e das demonstrações contábeis deles decorrentes.
Mellen e Costa (2012, p. 22) , definem:
Auditoria é o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação desses informes contábeis. São exames que permitem ao auditor obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações apresentadas em parecer ou relatório.
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1.2.1 Classificação de Auditoria
Classifica-se a auditoria em externa e interna.
A auditoria externa é a inspeção detalhada das operações contábeis
e administrativas das empresas, com o intuito de revisar os procedimentos de
controles internos nas áreas e departamentos da instituição, assim como a
verificação da fidedigna das demonstrações contábeis do patrimônio e de
resultados, apresentando, ao final do trabalho, o respectivo parecer de
auditoria. É realizada por profissional liberal, sem vínculo de emprego com a
organização auditada.
A auditoria interna é a atividade vinculada à alta administração, cujo
objetivo primordial é acompanhar os negócios da empresa, de forma
permanente, com um departamento de auditores voltados exclusivamente aos
trabalhos dessa organização, fornecendo os recursos técnicos necessários
para a execução das tarefas.
1.2.2. Inter-relacionamento da auditoria interna com a auditoria
externa.
Attie (2011, p. 15), diz:
O trabalho realizado pela auditoria interna é plenamente idêntico àquele executado pela auditoria externa. Ambas utilizam as mesmas técnicas; ambas têm sua atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas e ambas modificam a extensão do seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiência dos sistemas de controles internos existentes.
Entretanto, apesar de ambas as funções da auditoria cobrirem
algumas atividades similares, a ênfase e a forma de abordá-las variam. A
administração da empresa costuma confundir as funções realizadas pela
auditoria interna e externa, temendo a duplicidade de atuação e duplicação de
custos.
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A função da auditoria interna está voltada para as atividades
detalhadas da empresa, relacionadas com o andamento de cada função, área,
departamento, setor e operação.
Para Attie (2011, p. 15), a auditoria interna, por orientação gerencial
da alta administração da empresa, tem de examinar cada ramificação e os
segmentos, em períodos regulares de tempo. Observando a aderência às
políticas, à legislação, à eficiência operacional e aos aspectos tradicionais de
controle e salvaguarda da empresa.
Contudo, as funções da auditoria externa diferem da interna, embora
existam áreas similares como as de salvaguarda de ativos, precisão e
confiabilidade. Cabe à auditoria externa, a revisão de maneira geral das
atividades ou de aspectos específicos e, por consequência, de maneira menos
detalhada.
A auditoria externa considera a auditoria interna como parte
integrante do sistema de controle de uma empresa e, por este motivo, se
sentirem que atividade é sadia e podem reduzir a extensão dos seus trabalhos,
Attie (2011, p. 16).
Recomenda-se que haja integração permanente entre as duas
auditorias para se determinar que todas as áreas consideradas prioritárias
sejam examinadas a intervalos de tempo regulares e com extensão adequada.
No capítulo a seguir, vamos abordar os conceitos e a importância da
auditoria para as organizações, assim como o seu planejamento, plano e
papéis de trabalho.
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CAPÍTULO II
AUDITORIA INTERNA
A instituição, visando resguardar e salvaguardar seus interesses,
constitui, por política, a área de auditoria interna que tem por finalidade
fornecer aos administradores, em todos os níveis, informações que os auxiliem
a controlar as operações e atividades pelas quais são responsáveis.
2.1. A importância e responsabilidade da auditoria interna.
O mercado se torna cada vez mais dinâmico com o crescimento das
empresas e a diversificação de suas atividades, surgindo a necessidade de
uma atividade que estivesse atenta nas rotinas de trabalho, com intuito de
avaliar e verificar se estão sendo executadas de forma correta.
Segundo o IIA a auditoria interna é importante por que:
• Fornece uma avaliação sobre a governança da organização,
gestão de risco e processos de controle para ajudar a
organização a atingir seus objetivos estratégicos,
operacionais, financeiros e de conformidade.
• É um catalisador para a melhoria da eficácia e da eficiência
da organização, fornecendo uma percepção e
recomendações com base em análises e avaliações de
dados e processos de negócios.
• Compromissada com a integridade e prestação de contas,
fornece valor aos órgãos de governo e a alta administração
como uma fonte objetiva de consultoria independente.
Attie (2011, p. 19), diz:
Cabe à auditoria determinar que todas as organizações, inclusive a das empresas ligadas, sejam revisadas a intervalos regulares de tempo, assegurando-se que estas cumpram suas funções de planejamento, contabilização, custódia e controle, conforme instruções recebidas e segundo as políticas e
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procedimentos instituídos, de acordo com os altos padrões de prática administrativa.
A responsabilidade da auditoria interna é desenvolver suas tarefas
em todas as empresas ligadas e controladas, em caráter permanente, e em
todos os locais analisando as políticas, procedimentos, usos e costumes,
documentação, sistemas e métodos, para buscar a eficiência, o aprimoramento
e a padronização dos controles das operações e atividades das empresas.
2.2. Planejamento do trabalho de auditoria.
Para se iniciar o trabalho de auditoria, antes, devemos realizar
diversos passos, cujo desenvolvimento requer ordem e planejamento.
O planejamento, em auditoria, determina de forma previa quais
procedimentos serão aplicados, bem como a extensão e a distribuição desses
procedimentos no tempo e a determinação de quem executará os trabalhos.
Para Attie (2011, p. 229), os objetivos do planejamento do trabalho
de auditoria são os seguintes:
• permitir a realização de exame adequado e eficiente, que
facilite a consecução dos objetivos do auditor dentro de um
espaço de tempo razoável;
• facilitar o controle sobre o desenvolvimento do trabalho e
sobre o tempo que se gasta nele;
• estabelecer racionalmente a extensão dos diversos
procedimentos de auditoria;
• evitar a sobrecarga de trabalho.
O autor (2011, p. 230), ressalta, que um planejamento em auditoria
deve envolver as seguintes considerações:
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• conhecimento prévio das atividades;
• pesquisa de fontes alternativas;
• definição do trabalho;
• assistência e colaboração da área auditada;
• orçamento de horas;
• período de execução;
• pessoal envolvido;
• plano de auditoria.
Concluímos, que o planejamento e a revisão da estrutura
organizacional, e o conhecimento das funções e responsabilidades básicas das
pessoas ligadas ao objeto de exame, proporcionam ao auditor melhor
entendimento de como se processam e desenvolvem as operações inerentes.
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2.3. Plano de auditoria.
O plano de auditoria tem por função, detalhar os processos a serem
auditados, os dias de auditoria e outras informações específicas de cada
auditoria.
O plano de auditoria auxilia na comunicação dos objetivos a todo o
pessoal envolvido no trabalho, de forma a uniformizar o pensamento e o
raciocínio norteando o caminho a ser percorrido no processo de auditoria.
Attie (2011, p.237), recomenda que o plano de auditoria contemple o
detalhamento de padrões, princípios, conceitos e parâmetros de forma a
encaminhar par o objetivo precípuo do trabalho.
2.4. Papéis de trabalho.
Os papéis de trabalho formam o conjunto de formulários e
documentos usados pelo auditor e contêm as informações e apontamentos
obtidos durante o exame, contendo também, as provas e descrições dessas
realizações.
Os papéis de trabalho constituem a evidência do trabalho executado
e o fundamento da sua opinião, Attie (2011, p. 169).
Geralmente, os papéis de trabalho são padronizados para facilitar
seu uso, entendimento, arquivo e sobretudo a arquitetura da evidência do
exame praticado. Dessa maneira, eles são o espelho da pessoa do auditor que
os preparou, colocando, de forma escrita, seus sentimentos e pontos de vista
acerca da matéria examinada.
Os papéis de trabalho representam o estilo de vida e o modus vivendi da pessoa do auditor.Nem sempre o que é claro e suficiente a um também o é a outros. O auditor deve perceber esse sentimento e relatar o que for necessário e claro a todos em geral.
Entre os aspectos fundamentais dos papéis de trabalho, podem-se
destacar os seguintes:
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• os papéis de trabalho necessitam ser completos por si sós;
• os papéis de trabalho necessitam ser objetivos e demonstrar
os caminhos trilhados pelo auditor para a sua condução;
• os papéis de trabalho precisam ser concisos de forma que
todos entendam, sem ser necessária a presença de quem os
preparou;
• os papéis de trabalho devem ser elaborados segundo o
raciocínio lógico, apresentando a sequência natural dos fatos
e o objetivo a ser atingido.
Como exemplo de papéis de trabalho do auditor, seguem abaixo
dois modelos sugeridos pelo Portal de Auditoria.
A figura a seguir exibe um plano de teste, que tem como objetivo,
verificar se existem padrões definindo as regras e procedimentos mais
relevantes de um determinado setor da empresa.
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Figura 1 - Plano de teste - Mapeamento de processos.
Fonte: Portal de Auditoria.
A segunda figura a seguir, mostra um modelo de relatório, que tem
como objetivo, descrever os procedimentos atuais da área que está sendo
auditada com o intuito de identificar os riscos decorrentes a execução da
atividade, apontando melhorias para o processo e definindo prazos para
adequação do processo se for o caso.
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Figura 2 - Relatório de processos.
Fonte: Portal de Auditoria.
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2.5. Execução do trabalho de auditoria.
Na execução do trabalho de auditoria, os conhecimentos do auditor
são colocados à prova, pois envolve todos os conhecimentos técnicos e
administrativos do profissional.
Neste momento, o uso da experiência, a imaginação e a criatividade
permitem ao auditor a prática de um trabalho mais abrangente e de melhor
qualidade.
Quando o auditor finalmente se der por satisfeito poderá com segurança afirmar ao administrador que a deficiência constatada é real, existe, e quais as consequências específicas geradas, demonstrando com conhecimento de causa e suportado pelos papéis de trabalho.
A execução do trabalho de campo compreende o conhecimento e a
documentação, em papéis de trabalho, dos procedimentos definidos e o
contato direto e pessoal com as áreas e os responsáveis.
No último capítulo, será abordado sobre a relevância de determinar
os procedimentos de auditoria para a sua aplicação na organização, tratando
de forma breve, sobre o conceito de medição e da elaboração do relatório de
auditoria, finalizando com a importância da auditoria interna no processo de
gestão das empresas.
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CAPÍTULO III
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA E O SEU
AUXLIO NO PROCESSO DE GESTÃO
Com o grande crescimento e expansão da economia nos últimos
anos, a busca por informações confiáveis e precisas tem levado os gestores a
buscarem o auxílio da auditoria interna, com intuito de minimizar os riscos e
consequentemente gerenciando de maneira adequada a organização e os
seus procedimentos.
3.1. Determinação dos procedimentos de auditoria.
Segundo Attie ( 2011, p. 240), cada exame revela circunstâncias que
requerem a doação de maior ou menor grau de procedimentos de auditoria,
que devem ser aplicados, e a maneira em que devem ser utilizados.
A determinação dos procedimentos e da extensão de aplicação
deles depende de uma série de fatores como:
• existência de variações significativas na área ou
atividade a ser revista, cuja natureza e alcance possam
afetar as atividades da empresa;
• aplicação de diferentes procedimentos e controles
internos entre as diversas atividades da empresa;
• ocorrência de mudanças nos procedimentos;
• conhecimento prévio de problemas específicos.
O autor afirma, que para o auditor se satisfazer quanto o alcance
dos objetivos de auditoria, pode decidir pela utilização de várias técnicas e
procedimentos que estão ao seu alcance, considerando:
• o objetivo específico do trabalho e o grau de
confiabilidade e precisão necessários;
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• a importância do objetivo específico em relação ao
objetivo global, visando à formação de uma opinião
adequada;
• as características e confiabilidade de comprovação que
se obterá na verificação de documentos;
• o custo que representa o esforço da auditoria para
obter a comprovação em relação ao valor envolvido ou
atendimento aos objetivos da auditoria.
As considerações podem afetar a seleção dos procedimentos
normais de auditoria e também as técnicas que são utilizadas.
3.1.2 Conceito de medição.
A medição tem um significado de grande relevância para o auditor,
após compreensão do conceito de medição, o profissional pode, com sucesso,
examinar qualquer operação da empresa.
Não cabe ao auditor apenas e tão-somente observar um processo e simplesmente decidir se é bom ou ruim, mas olhar o fato em termos de unidades de medida e padrões. As unidades de medida são elementos que se aplicam nas operações, como por exemplo, valores, dias, graus, pessoas, documentos, máquinas ou outras coisas quantificáveis - e através das quais podem ser objetivamente aferidos. Os padrões são aquelas qualidades de aceitabilidade com as quais as coisas medidas serão comparadas. Attie ( 2011, p. 244).
Para o auditor, não ha como aplicar o método da medição sem ter o
conhecimento profundo do objeto em exame. Na execução dessa tarefa o
profissional é obrigado a concentrar todos os seus esforços para observação,
questionamento, análise, verificação e investigação.
Para o auditor, observar significa ver e conhecer, o que implica
cuidadoso exame de pessoas e coisas.
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Questionar é a técnica primordial do auditor, bem aplicada quabdo
está revisando operações, possibilitando conduzir o exame de forma completa
Na análise o intuito é de descobrir qualidades, causas, defeitos,
motivos e possibilidades, sendo muitas vezes base para uma investigação ou
julgamento.
Na verificação coloca-se em cheque a verdade, precisão ou validade
do objeto em exame.
A investigação tem a possibilidade de ocorrer como uma parte ou
como o resultado de outras técnicas de auditoria.
Segundo Attie (2011, p. 246), investigar é um termo que geralmente
se aplica a um inquérito que tem por objeto a descoberta de fatos e o
estabelecimento da verdade, implicando a busca de pistas que o auditor deseja
descobrir ou precisa saber.
3.1.3 Relatório de auditoria.
Quando é concluído as constatações e observações do trabalho
após as discussões com os interessados e envolvidos nos processos, surge a
necessidade de formalizar em relatório de auditoria.
O relatório de auditoria é a formalização do trabalho realizado pelo
auditor, com a intenção de mostrar a alta administração, o serviço executando
destacando à organização, ponto de vista e sugestões. É uma grande
oportunidade que o auditor tem, de mostrar à administração o que a auditoria
pode oferecer para a melhoria da empresa.
3.1.4. Elaboração do relatório de auditoria.
O auditor que elabora o relatório, tem um parecer a transmitir aos
administradores de forma clara e precisa. O documento para Attie (2011, p.
254), está relacionado com uma das três espécies de informação a saber:
• tratar da natureza do exame sobre o qual se baseia;
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• oferecer sugestões para aperfeiçoamento do controle
interno ou de procedimentos operacionais;
• explicar a importância de fatos ou valores observados
durante o curso do trabalho.
3.1.5. Formas de relatórios de auditoria.
Não existe um padrão universal que determine o formato que o
relatório de auditoria deve ser escrito. Entretanto, cada auditoria interna
emprega um modelo de relatório que mais convém com as sua necessidades e
às dos administradores.
Attie ( 2011, p. 270), descreve as formas mais comuns de relatórios
utilizados: de forma breve, forma longa, síntese de relatório e relatório
progressivo.
O relatório de auditoria de forma breve pode ser utilizado quando o
exame não revelar aspectos fundamentais que devam ser divulgados a
terceiros.
Existe uma enorme variedade e possibilidades na elaboração de
relatórios de auditoria de forma longa, devido a isso, se torna impossível um
modelo padrão a ser seguido ou modo a ser relatado.
Quando os trabalhos de auditoria indicam muitas informações e
aspectos que precisam ser comentados, uma sínteses dos relatórios de
auditoria é indicada, esclarecendo, de forma resumida, os principais aspectos
neles contidos, é uma forma eficaz de esclarecer os resultados da auditoria.
O relatório progressivo é de extrema validade quando os trabalhos
de auditoria demandam muito tempo, pois estes relatórios fornecem uma visão
ampla acerca do andamento e encaminhamento das tarefas.
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3.2. A importância da auditoria interna no processo de gestão
das organizações.
A auditoria vem conquistando o seu espaço nas organizações,
deixando de ser uma ferramenta de investigação, como era vista no passado, e
assumindo o seu papel com uma ferramenta auxiliar de gestão de tomada de
decisão.
Dentro do novo contexto globalizado, a auditoria, por se envolver na avaliação ampla dos procedimentos organizacionais, mesmo mantendo a sua necessária independência, está deixando de ser uma atividade somente investigadora e certificadora, para ser mais participativa, sob a forma de, quiçá, assessoria, no desempenho empresarial e gestão estratégica de negócios apontando falhas e seus reflexos e, se for cabível, prescrevendo medidas saneadoras nas organizações, de fins econômicos ou não, auditadas. (HOOG E CARLIN, 2008, p. 59).
Com o mercado cada vez mais dinâmico tanto pela economia quanto
a globalização, a gestão das atividades e operações na organização, se tornou,
de uma certa maneira mais complexa contribuído para alocação da auditoria
nas empresas sendo responsável sua evolução.
Além de ser um modo de administrar o controle, avaliando a sua
eficiência e eficácia, a auditoria é importante também para as organizações no
sentido de minimizar a eliminação de desperdícios, identificação de ameaças e
oportunidades, definição de objetivos e análise aos resultados obtidos.
Com a globalização e a necessidade crescente de otimização de resultados, as empresas estão buscando cada vez mais a identificação de oportunidades e estratégias para minimizar riscos aos seus negócios, eficiência em suas operações e um nível adequado de controle e retorno aos seus investimentos. A auditoria interna, como elemento-chave no processo de avaliação contínua dos processos e atividades das empresas, deve estar adequadamente sincronizada nesse cenário. (CREPALDI, 2007, p. 40).
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Com a crescente competitividade do mercado empresarial, a
auditoria deixou de ser uma ferramenta de aplicação obrigatória em
determinado período na visão dos administradores e passou a ser uma aliada
na tomada de decisão.
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CONCLUSÃO
Dessa forma, concluí-se que o estudo realizado, responde o seu
questionamento inicial: Qual a importância da auditoria interna, usada como
ferramenta de melhoria para controles internos?
De acordo com o estudo apresentado, concluímos que as empresas,
visando resguardar e salvaguardar seus interesses constitui, por política, a
área de auditoria interna que tem por finalidade fornecer aos administradores,
em todos os níveis, informações que os auxiliem a controlar as operações e
atividades pelas quais são responsáveis.
De forma geral, as organizações hoje se deparam com um nível
muito maior de informações do que no passado, tornando o mercado cada vez
mais dinâmico e desafiador.
Entende-se, que para enfrentar as incertezas de um mercado
competitivo e optar uma decisão mais assertiva, as empresas devem
primeiramente, manter um sistema de controle adequado ao seu negócio que
envolva um processo de planejamento, que garanta à gestão e a integridade da
instituição.
Alinhado aos métodos de controle, surge à auditoria interna, com
intuito resultar a escolha de ações, avaliar as operações de forma profunda e
abrangente, propondo melhorias e contribuindo no processo decisório. foi
apresentando também de forma breve, todo o processo que o departamento de
auditoria precisa realizar, de forma a entender e responder a motivação deste
trabalho de pesquisa.
Felizmente, a pesquisa vai além das expectativas propostas,
colocando como evidência no seu capítulo final, a importância da auditoria
interna no processo de gestão das empresas, devido a um mercado
globalizado e competitivo a auditoria tornou-se uma ferramenta capaz de
fornecer apoio e segurança aos administradores.
32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 5ª ed.
São Paulo:Atlas, 1996.
ATTIE, Willian. Auditoria interna. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
AUDITORIA, Portal de. Modelo papéis de trabalho de controles internos -
Mapeamento de processos. Disponível em:
<http://www.portaldeauditoria.com.br/download.asp>. Acesso em: 12 fev. 2016.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.
HOOG, Wilson Alberto Zappa e CARLIN, Everson Luiz Breda. Manual de auditoria contábil das sociedades empresariais: de acordo com o
novo Código Civil – Lei 10.406/02. 2° ed. Curitiba: Juruá, 2008.
IIABRASIL. O valor da auditoria interna para as partes interessadas. Disponível
em: < http://www.iiabrasil.org.br/new/downloads.html>. Acesso em: 10 fev.
2016.
MELLEM, Marcel Gulin e COSTA, Rosenei Novochadlo da. Auditoria contábil e
tributária. Curitiba: InterSaberes, 2012.
33
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I Controle Interno e Auditoria 10 1.1. Características de um sistema de controle interno. 10 1.1.1. Objetivos do controle interno. 12 1.1.2. Determinação do controle interno. 12 1.1.3. Relação do controle interno com a auditoria interna. 13 1.2. Conceito de Auditoria. 14 1.2.1. Classificação de Auditoria. 15 1.2.2. Inter-relacionamento da auditoria interna com a auditoria externa. 15 CAPÍTULO II Auditoria Interna 17 2.1. A importância e responsabilidade da auditoria interna. 17 2.2. Planejamento do trabalho de auditoria. 18 2.3. Plano de auditoria. 20 2.4. Papéis de trabalho. 20 2.5. Execução do trabalho de auditoria. 24 CAPÍTULO III Procedimentos de Auditoria Interna e seu Auxílio no Processo de Gestão 25 3.1. Determinação dos procedimentos de auditoria. 25 3.1.2. Conceito de medição. 26 3.1.3. Relatório de auditoria. 27 3.1.4. Elaboração do relatório de auditoria. 27 3.1.5. Formas de relatórios de auditoria. 28 3.2. A importância da auditoria interna no processo de gestão das organizações. 39
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CONCLUSÃO 31 BIBLIOGRAFIA 32 ÍNDICE 33 ÍNDICE DE FIGURAS 35 ANEXOS 36
35
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Modelo 1 papéis de trabalho de controles internos -
Mapeamento de processos. 23
Figura 2 – Modelo 2 papéis de trabalho de controles internos -
Relatório de processos. 24
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ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Modelo 1 papéis de trabalho de controles internos -
Mapeamento de processos;
Anexo 2 >> Modelo 2 papéis de trabalho de controles internos -
Relatório de processos;
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ANEXO 1
MAPEAMENTO DE PROCESSOS
<http://www.portaldeauditoria.com.br/download.asp>. Acesso em: 12 fev. 2016.
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ANEXO 2
RELATÓRIO DE PROCESSOS
<http://www.portaldeauditoria.com.br/download.asp>. Acesso em: 12 fev. 2016.
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