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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PAPEL DO GESTOR DE RH NA PREVENÇÃO
AO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NA EMPRESA
Por: Sonia Benetti Fernandes
Orientador
Prof. Carlos Cereja
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O PAPEL DO GESTOR DE RH NA PREVENÇÃO
AO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NA EMPRESA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Gestão de RH.
Por Sonia Benetti Fernandes
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AGRADECIMENTO
A todos os professores,
especialmente ao professor Carlos Cereja, aos colegas de
turma e familiares que de alguma forma, contribuíram
para a confecção desse trabalho acadêmico.
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DEDICATÓRIA
Dedico este livro a meus familiares que colaboraram,
no meu crescimento e desenvolvimento,
me impulsionando a
cada realização.
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RESUMO
Este projeto tem como objetivo levar a reflexão sobre a responsabilidade do
gestor de RH na prevenção da dependência química dentro do ambiente
corporativo, então, começaremos conceituando dependência química através do
olhar de alguns autores, analisaremos os efeitos de algumas drogas no organismo
humano, e por fim o papel do Gestor de RH no processo de prevenção e medidas
a serem tomadas para que se consiga alcançar esta meta.
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METODOLOGIA
O trabalho tem como foco a prevenção da dependência química no
ambiente corporativo, tendo sua fundamentação construída a partir de estudos
psicológicos. Caminhará pelos aspectos históricos até a atualidade.
A pesquisa será de caráter exploratório tendo como fonte de coleta de
dados a bibliografia disponível sobre o tema, publicada no Brasil, nos últimos
anos, na área de psicologia, psiquiatria e gestão. Conto também como fonte de
pesquisa, artigos, revistas, trabalhos e vídeos disponíveis na WEB.
O livro será simples, com uma linguagem fácil, traçando os caminhos a
serem percorridos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 10
CONCEITUANDO DEPENDÊNCIA QUÍMICA
CAPÍTULO II 16
DROGAS MAIS USADAS E SEUS MECANISMOS DE AÇÃO
CAPITULO III 28
A FAMÍLIA NO PROCESSO
CAPÍTULO IV 33
O PAPEL DO GESTOR DE RH NO PROCESSO DE PREVENÇÃO
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA 43
WEBGRAFIA 44
ANEXOS 45
INDICE 55
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INTRODUÇÃO
O crescente consumo de drogas e suas terríveis consequências tornaram-
se um dos problemas mais graves da nossa civilização contemporânea. Conforme
o tempo passa, o número de dependentes químicos aumenta. O abuso de drogas
avaliados nos últimos anos e suas consequências é considerado um problema de
saúde pública e afeta direta e indiretamente o mundo corporativo. Essa
monografia tratará de apresentar o problema adquirido e o papel do gestor na
prevenção da dependência química.
Que atitudes o Gestor de RH deve ter para prevenir o uso e abuso de
álcool e outras drogas no ambiente de trabalho?
O fenômeno do abuso de drogas deve, portanto, ser contextualizado e
analisado como pertencente a um conjunto de fatores ao qual pode estar
integrado de modos distintos levando o gestor a criar programas de atenção e
prevenção ao uso de drogas no trabalho.
O uso abusivo de drogas acomete jovens e também adultos que trabalham,
nos quais as consequências podem ser fatais, dada a possibilidade dos acidentes
de trabalho. Registra-se, também, que é um problema relativo à população adulta
e economicamente ativa, afetando a segurança do trabalhador e a produtividade
nas empresas. O uso de drogas aumenta em cinco vezes as chances de
acidentes de trabalho e 50% de faltas e licenças médicas, conforme pesquisa da
Política Nacional Anti-Drogas (PNAD), então identificar os problemas que as
drogas provocam, as dificuldades para o desenvolvimento humano, as
modificações no comportamento que afetam a produção e quais as medidas que
devem ser tomadas pelos gestores será o objetivo desse material.
Desde o surgimento do trabalho assalariado, encontram-se diversos
exemplos onde a relação drogas-trabalho tem sido utilizada, fomentada, tolerada,
perseguida ou castigada. Na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, tolerava-
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se o consumo de bebidas alcoólicas por parte dos trabalhadores das
indústrias, com o objetivo de que resistissem mais tempo no desempenho de
suas atividades na linha de produção podendo aumentar até certo ponto o
dinamismo, mas trazendo total risco de acidente de trabalho, perda de
colaborador e consequentemente atraso na produção. Frente ao cenário atual de
mercado não cabe essa visão ao gestor e sim evitá-la para alcançar o sucesso.
No capítulo I será apresentado o conceito da dependência química, os
aspectos históricos e dinâmicos.
No capítulo seguinte, mostram-se as drogas mais utilizadas e a
dependência causada pelo abuso e os riscos que estas substâncias oferecem ao
organismo.
No capítulo III será visto a importância da família do toxicômano, a co-
dependência e o papel desta família na prevenção.
Finalmente no capítulo IV, será abordado o papel do gestor de Rh, os
programas que as empresas podem desenvolver, criando aderência e a
capacitação da sua equipe, gerando a saúde como principal meio da prevenção.
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CAPITULO I
CONCEITUANDO DEPENDÊNCIA QUÍMICA
“A dependência de drogas não deve ser considerada somente como um
fenômeno psicoquímico, mas um fenômeno ativo, voluntarista, um modo de
existência, uma relação com a vida.”(Olivenstein, Claude, 1989)
Há muito tempo tenta-se conceituar dependência química: Sielski (1999,
p.19) nos diz que, “inicialmente as substâncias eram utilizadas com finalidades
mágicas, com o objetivo de incrementar com as mesmas a pretensa ação de
feitiços e encantamentos”.
Substâncias não produzidas pelo organismo, e que causam modificações
ao seu funcionamento são denominadas drogas. Quando agem diretamente no
sistema nervoso central são denominadas psicoativas ou psicotrópicas. Seibel
(2001, p. 1), então, define “substâncias ou drogas psicoativas são aquelas que
modificam o estado de consciência do usuário”.
Segundo Edwards e Lader (1994), em 1946, nos Estados Unidos, foram
realizadas reuniões com o objetivo de elaborar as definições a respeito da
dependência ao álcool. O uso do álcool socialmente e moralmente aceito foi
abordado como um problema de adição pela medicina, mas a embriaguez foi
classificada como doença.
Em 1948, a Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou a primeira
reunião com especialista sobre o assunto, a que deram o nome de Protocolo de
1948, onde alegavam que “os progresso da química e da farmacologia modernas
levaram à descoberta de drogas (...) suscetíveis de acarretar a toxicomania.”
Com esta forma de ver, apenas algumas drogas faziam parte do contexto e fariam
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milagres subjugando qualquer pessoa.
Entre 1952 e 1957, os especialistas que participaram da reunião da OMS,
polemizavam sobre o que eram toxicomania e o que era hábito, e então surge a
noção de dependência física e psíquica.
Em 1964, os especialistas criam o termo farmacodependência, para
designar o conjunto de fenômenos subjacentes ao consumo de drogas
psicotrópicas. Mas isso é o mesmo que foi dito anteriormente: os fenômenos da
dependência estão ligados às propriedades farmacológicas e é o contrário da
dependência física versus psíquica, reduzindo o sujeito a um mero substrato
fisiológico. A OMS insiste nas mono dependências e a dimensão concedida ao
sujeito e ao contexto sociocultural é mínima.
Em 1965, a OMS introduz o termo neuro-adaptação, que significa “um
conjunto de reações neuroendócrinas, fisiológicas e hidroeletrolíticas do
organismo à ingestão de substâncias psicoativas ou à sua supressão, provocando
a síndrome de abstinência.”.
A partir de 70, a OMS não mais reuniu seus peritos para conceituar
oficialmente a dependência química, mas vários conceitos proliferaram.
Finalmente em 1971, pela primeira vez foi demonstrada a preocupação com
o sujeito, procurando descobrir quais os efeitos da droga ocupa e se substitui
outros mecanismos de adaptação, este feito pelo Professor Cameron.
Em 1972, o Professor Louria cria uma classificação de acordo com a
quantidade e a assiduidade do uso de substâncias psicoativas: experimentadores,
consumidores recreativos, consumidores regulares, consumidores devido a uma
vida não condigna, consumidores graves (distúrbios psiquiátricos concomitantes e
prévios), consumidores cujo uso de drogas é o principal problema. Neste mesmo
ano o Professor Feigner também elabora uma
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classificação utilizando critérios mais operacionais, mas pouco sensível o que
acarreta um número excessivo de falso positivo. Os critérios de sua classificação
são: história de sinais e sintoma de abstinência, hospitalização devido ao abuso e
complicações pelo uso de drogas, consumo indiscriminado e prolongado de
substâncias psicoativas.
Em 74, outro professor, Wunsser, classificou os usuários em:
experimentadores, consumidores recreativos, consumidores compulsivos (tipo
border line, depressão neurótica, com tentativas de suicídio e
heteroagressividade).
A fala de 1982 foi feita pelo Professor Milkman e colaboradores, que
associaram dependências, tais como: jogos / modelagem física, alimentos /
corrida, roleta russa / alpinismo, passe / seitas de adoração.
O Professor Edwards Griffit propõe, em 1984, um gráfico de eixos
ortogonais, com um hemisfério, em cujo plano se localizaria a dependência e um
hemisfério com um plano de consumo sem dependência, onde ele analisa a
relação entre a dependência e os problemas provocados por ela.
Outra classificação foi feita em 1997 pelo Programme on Substance Abuse
(PSA/OMS): consumo experimental, consumo funcional, consumo danoso,
consumo dependente.
O PSA cria etapas que um adolescente vai passando, modificando sua
conduta: pré-contemplação, contemplação, ação, recaídas, manutenção.
1.1- Aspectos Históricos
A droga sempre foi utilizada pelo homem, ao longo da história da
humanidade. Usava-se nas festas, nas cerimônias religiosas, nas guerras, ou
seja, na alegria ou na dor. Mas também se tem referências do uso do ópio como
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medicação na China, da cocaína nos Andes, do álcool na Grécia, do haxixe nos
países persas.
Na idade Média, com a repressão religiosa e as contradições feudais, as
drogas eram utilizadas pelas bruxas, videntes, trovadores, curandeiros, pelos
pajés, druidas.
Na era moderna o uso abusivo da droga era mais restrito a situações de
guerras, tragédias, fome e, em resposta a políticas ditatoriais, guerras civis.
Na Europa do século passado, constatavam-se, entre as internações
hospitalares e, principalmente, psiquiátricas, uma grande incidência de
cocainômanos, morfinômanos, alcoolistas e viciados em absinto (Alan Delrieux).
O conceito de dependência começa a preocupar os governos e cientistas a
partir do início do século XX, quando em 1917, o governo americano decretou a
Lei Seca (proibição do uso de bebidas alcoólicas).
1.2 – Aspectos Dinâmicos
A OMS fornece uma definição não oficial, em 69. Diz que o estado psíquico
e físico resultante da interação de um organismo vivo e de um medicamento
provocam reações que se caracterizam por modificações do comportamento,
fazendo o usuário tomar o medicamento de forma contínua para encontrar os
efeitos psíquicos benéficos e procurados ou para evitar o mal estar da privação.
Pode-se engajar neste estado com ou sem tolerância.
Do conceito de dependência, consideraremos:
A dependência se caracteriza por outras dependências, que remete o
sujeito ao desmame, à castração, à idade da latência, à entrada na adolescência,
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enfim, à sua individuação.
Quando desaparece o prazer, a falta se instala, pois a dependência se
instala em silêncio, ou seja, quando a lua de mel com a droga desaparece,
começa a falta.
A falta é a verdade que aliena toda e qualquer outra verdade. É um
afrontamento perpétuo e instantâneo da necessidade e da fascinação.
A única coisa que pode contrabalançar a intensidade do prazer é a
intensidade da falta.
Diante de um mesmo momento, a atitude do sujeito é variável e está ligada
à sua estrutura fantasmática diante da falta.
As famílias criam sistemas, que se fazem necessárias, para equilíbrio do
sistema, que um de seus membros seja dependente.
Na dependência não existe desestruturação do eu ou perda do objeto
quando a falta se instala.
A dependência psíquica é o ponto imaginário dos mecanismos de
dependência física. Na realidade, é da falta da falta que o sujeito tem medo.
Logo,
A droga existe sem o dependente, a maneira como o homem se comporta
frente as drogas é que varia de acordo com o tempo, o espaço, a ideologia, o
lugar e o momento.
Quando o prazer deixa de acontecer, a utilização indiscriminada da droga e
a certeza de manter a repetição passam a ser o objetivo principal para o
dependente.
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1.3 - Mas afinal, o que é a dependência química?
É o impulso que leva a pessoa a usar uma droga de forma contínua ou
periódica para obter prazer. Alguns indivíduos podem também fazer uso constante
de uma droga para aliviar tensões, ansiedades, medos, sensações físicas
desagradáveis.
O dependente se caracteriza por não conseguir controlar-se perante as
drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva. Causa dependência física e a
psicológica.
A física caracteriza-se pela presença de sintomas e sinais físicos que
aparecem quando o indivíduo para de tomar a droga bruscamente – síndrome de
abstinência.
A dependência psicológica corresponde a um estado de mal estar e
desconforto que surge quando o dependente interrompe o uso de uma droga.
Hoje, existem medicamentos onde, na maioria dos casos relacionados à
dependência física pode ser tratada. O que quase sempre faz com que uma
pessoa volte a usar drogas é a dependência psicológica, de difícil tratamento e
não pode ser resolvida de forma rápida e simples como a dependência física.
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CAPÍTULO II
DROGAS MAIS USADAS E SEUS MECANISMOS DE
AÇÃO
“Todos nós podemos fazer mais do que pensamos
mas primeiro temos que acreditar nisso.”
( Newman e Berkownz)
A palavra droga é utilizada tanto para remédios como para substâncias
tóxicas que causam alteração temporária da personalidade.
Toda droga produz algum efeito no organismo. Muitos desses efeitos são
prejudiciais e indesejáveis. Os efeitos colaterais causados por diversos
medicamentos ilustram bem esse exemplo.
O uso indiscriminado de substancias tóxicas é sempre alertado pelas
autoridades por causarem grandes riscos.
Conforme os efeitos que causam, as drogas são consideradas
estimulantes, entorpecentes, narcóticas ou tranquilizantes. Tais efeitos, embora
possam parecer desejáveis em algumas situações, frequentemente resultam em
alterações psíquicas e lesões orgânicas.
Quais são estas drogas? O que provocam? Como algumas dessa drogas
interfere na rotina do funcionário?
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2.1 - Álcool
É uma substância lícita que possui uma variedade incontável de bebidas ao
redor do mundo, obtidas por fermentação ou destilação da glicose presente em
cereais, raízes e frutas. Consumido exclusivamente por via oral é incentivado pela
mídia (quantas e tão lindas as propagandas de cerveja), mesmo sendo no Brasil,
54% dos acidentes de trabalho causados pelo alcoolismo, 40% dos acidentes nas
estradas envolverem motoristas alcoolizados.
O álcool é um depressor do cérebro e age diretamente em diversos órgãos,
tais como fígado, coração, vasos e na parede do estômago. A intoxicação é o uso
nocivo de substâncias, em quantidade acima do tolerável para o organismo. Os
sinais e sintomas da intoxicação alcoólica caracterizam-se por níveis crescentes
de depressão do sistema nervoso central. Inicialmente há sintomas de euforia
leve, evoluindo para tonturas, falta de coordenação motora, passando por
confusão e desorientação e atingindo graus variáveis de anestesia, entre eles o
estupor e o coma. A intensidade dos sintomas varia em relação ao grau de álcool
ingerido. O desenvolvimento de tolerância, a velocidade da ingestão, e o consumo
de alimentos e alguns fatores ambientais também são capazes de interferir nessa
relação. Algumas coisas podem alterar a ação do álcool no corpo. A presença de
alimentos no estômago diminui a velocidade de absorção. Bebidas frisantes e
licorosas são absorvidas com maior rapidez.
Diversos órgãos sofrem a ação tóxica causada pelo álcool: no estômago –
gastrites e úlceras, no fígado – hepatites tóxicas, cirroses hepáticas, pancreatites,
no sistema nervoso – lesões cerebrais, demência, anestesia e diminuição de força
muscular nas pernas, no sistema circulatório – miocardites, infartos, hipertensão,
derrames. O álcool aumenta o risco de neoplasias no trato gastrointestinal, na
bexiga, na próstata e outros órgãos.
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O álcool em geral causa, de início um agradável estado de desinibição
e euforia, mas seguido por uma grande depressão.
O álcool é o responsável por grande parte dos acidentes de trabalho que
acontecem após o almoço. Quem usa essa droga tende a ser inquieto ansioso e,
às vezes agressivo quando quer beber e não pode. Os médicos alertam para a
cultura do “happy hour”: recorrer à bebida para relaxar após o expediente pode
levar a dependência. O álcool ainda é o grande responsável pelo alto numero de
faltas às segundas-feiras. Bebe-se muito no final de semana e a ressaca não
deixa o indivíduo trabalhar.
2.2 - Anfetaminas
As anfetaminas formam uma classe de várias substâncias, algumas com
indicações médicas e venda controlada e outra fabricada em laboratórios
clandestinos e consideradas drogas ilícitas. Vale ressaltar que mesmo as
indicadas pelos médicos e com venda controlada, quando ingerida de forma
inadequada torna-se uma bomba em termos de drogadição. É muito utilizada nos
regimes de emagrecimento.
Este tipo de droga é um estimulante da atividade mental. O sono diminui o
apetite também, acelera o pensamento, aumenta é intensificada e dá certa
inquietação. Há uma elevação do estado de alerta e instabilidade do humor,
podendo variar da euforia ao mal-estar psíquico de acordo com predisposições
individuais e ambientais. O efeito dura cerca de 60 minutos. Ocorre também
dilatação de pupila e elevação da pressão arterial.
Pode causar dependência, com o surgimento de síndrome de abstinência.
Esta se caracteriza principalmente pelo surgimento de sintomas depressivos e de
exaustão, após períodos prolongados de consumo.
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Durante o consumo pode levar a problemas cardíacos, como o infarto do
coração.
O consumo em grandes quantidades pode causar convulsão.
Consumir com frequência durante vários meses pode levar à depressão,
ansiedade, deixar a pessoa irritada, impulsiva e cansada.
As anfetaminas, sejam elas lícitas ou ilícitas, reduzem o sono e o apetite,
aceleram o curso do pensamento, pressão de fala (verborragia), diminuição de
fadiga, euforia, irritabilidade, midríase, taquicardia e elevação da pressão arterial.
Os sinais e sintomas de abstinência são: fissura intensa, ansiedade,
agitação, pesadelos, redução da energia, lentificação, humor depressivo.
2.3 – Cocaína
A cocaína é um produto extraído de uma planta popularmente conhecida
como coca, nativa dos Andes, na América do Sul. A população nativa tem o hábito
de mascar estas folhas, há mais de 5.000 anos, visando amenizar o cansaço e a
fome. As folhas de coca têm baixa concentração de substâncias nocivas, sendo
improváveis as chances de dependência entre seus usuários. A dependência só
tornou-se frequente após o século XIX, quando a cocaína foi isolada de suas
folhas.
Como é um estimulante, a cocaína no início, causa sensação de euforia e
bem-estar, ideia de grandiosidade e aumento da atenção a estímulos externos.
Com o passar do tempo o usuário de cocaína se torna irritado,
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deprimido, sofre de insônia, tem perda de apetite, de estímulo sexual e seu
raciocínio se torna alterado.
Com a continuidade do uso, surgem reações de pânico, sensação de
perseguição, e, não raro, alucinações auditivas e táteis (escutar vozes, sentir
sensação de bichos andando pelo corpo), o que se denomina “psicose cocaínica”.
O uso abusivo de cocaína pode provocar intoxicação aguda, caracterizada
por confusão mental e desorientação, podendo resultar em lesão cerebral
permanente.
Seu consumo provoca efeitos físicos, como aumento da pressão arterial e
da frequência cardíaca, podendo ocasionar arritmias capazes de levar à morte
súbita.
É comum ocorrerem convulsões generalizadas e aumento de temperatura
corporal. Com a aplicação endovenosa, corre-se o risco de contrair os vírus da
hepatite e da AIDS.
Seu uso durante a gravidez causa grave complicações ao bebê, que já
nasce com a síndrome de abstinência.
Geralmente, o usuário de cocaína tende a ficar instável mentalmente,
apresentando comportamento mais impulsivo e irritadiço. No trabalho pode fazer
com que o colaborador se torne muito eufórico numa reunião, agressivo em outra,
e deprimido após o efeito passar.
2.4 – Ecstasy
Apesar de parecer uma droga nova no mercado, o ecstasy foi sintetizado
pela primeira vez em 1912, num laboratório alemão. Sua utilização inicial foi
medicinal, em sessões de psicoterapia e como inibidor de apetite.
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Em 1985, a droga teve seu uso proibido, pela Organização Mundial de
Saúde, em função dos riscos que seu consumo acarreta.
O ecstasy é uma droga sintética, derivada da anfetamina, com propriedade
estimulante e perturbadora.
Estudos recentes comprovam que o ecstasy é altamente tóxico ao sistema
neurológico, tornando-se altamente perigoso, mesmo para uso eventual.
Normalmente é utilizado por via oral, em forma de comprimido ou pó.
A droga age no cérebro 30 minutos após seu uso, aumentando a concentração de duas substâncias: a dopamina (que está associada ao prazer e
euforia) e a serotonina (às sensações amorosas e bem estar).
A pessoa sob o efeito da droga, fica muito sociável, com vontade
incontrolável de conversar e ter contato físico. Por esse motivo é também
conhecida como a “droga do amor”.
O usuário sente ressecamento na boca, perda de apetite, náuseas,
coceiras, reações musculares, contrações oculares, fadiga, depressão, crises
bulímicas e insônia.
O ecstasy afeta o mecanismo de controle da temperatura corporal,
superaquecendo o organismo. O calor em excesso destrói enzimas do sangue e
pode provocar paradas cardíacas.
A grande preocupação é a potência da substância, pois mesmo em pequenas dosagens pode provocar intoxicação e levar ao coma. Se consumido
com bebida alcoólica pode provocar choque cardiorrespiratório.
2.5 - LSD – Diletilamida do Ácido Lisérgico
É talvez o alucinógeno psicodélico mais comum em nosso meio. Sintetizado em
1938, teve suas propriedades alucinógenos descobertas em 1943. Utilizado
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amplamente nos anos sessenta como “expansor da mente” em sessões
psicoterápicas. Proibido desde o final da mesma década, apresentou um declínio,
para retornara novamente durante os anos oitenta e permanecer desde então. O
quadro desencadeado caracteriza-se por aceleração do pensamento, surgimento
de ilusões e alucinações visuais, auditivas e táteis e um sinergismo de sensações.
Sintomas de pânico e quadros paranóides podem ocorrer. Indivíduos predispostos
podem evoluir com transtornos esquizofreniformes.
2.6 - Inalantes
Os inalantes estão presentes em diversos produtos. A maior parte é
vendida comercialmente. Esmaltes de unhas, cola de sapateiro e nos
removedores de tina, são encontrados facilmente. O lança perfume, vendido em
sprays, já foi bastante popular em nossos carnavais.
São sedativos, provocam sedação, tonturas e relaxamento da musculatura
corporal. Há alterações perceptivas do tempo e do espaço, que se tornam mais
pronunciadas de acordo com o grau de intoxicação. O estado de humor é
marcado pela labilidade, variando de risos e euforia até reações de medo, tristeza
e pânico.
Podem causar náuseas, vômito, lapsos de memória, trazer complicações do
coração como ataques cardíacos e causar convulsões.
Os solventes alteram a percepção das coisa e deixam as pessoas
expostas a acidentes. O contato com o líquido pode causar queimaduras na pele
e no interior dos órgãos. O uso por longos períodos pode trazer lesões
permanentes para o cérebro, entre elas a demência.
2.7 - Maconha
É um alucinógeno. A concentração de THC – substancia ativa da maconha -,
a sensibilidade a seus efeitos, experiências anteriores do usuário e o ambiente de
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consumo, são fatores que influenciam em seus efeitos. Os sentidos (visão,
audição, olfato), a parte cognitiva (pensamento, memória, atenção) e o humor,
são alterados após o uso. Há alterações da noção de tempo e de espaço e de
ilusões visuais e auditivas. O humor varia da euforia a tristeza, sensação de
pânico e perda de controle. Fica difícil associar idéias e o pensamento fica lento,
tornado-se difícil articulá-lo como ocorre normalmente. A busca por carboidratos
aumenta tal qual o apetite.
A maconha é tida erroneamente como uma droga leve em relação a outras
como a cocaína e a heroína, mas na realidade ela é uma droga perturbadora, que
acarreta com o passar do tempo, o aparecimento de diversas doenças, pois ataca
o sistema imunológico, baixando as defesas naturais.
Os usuários da maconha mostram alterações na parede da traquéia e nos
brônquios, pois além de substâncias cancerígenas, sua fumaça vai direto para os
pulmões, deixando mais alcatrão do que o cigarro comum.
O uso da maconha pode promover a dependência química e aumenta a
possibilidade do consumo de outras drogas, como a cocaína e o ecstasy, ou seja,
a maconha é tão nociva como qualquer outra droga.
O trabalhador que faz uso da maconha tende a ficar desatento, disperso e
com dificuldade para realizar tarefas mais complexas ou para processar
várias informações ao mesmo tempo. Esses efeitos podem acontecer também
com o usuário de final de semana e com maior intensidade para quem fuma
todos os dias. Segundo os médicos, a capacidade de concentração fica
comprometida durante dois ou três dias posteriores ao uso. Quem consome a
droga três vezes por semana, pelo menos, pode apresentar menor motivação no
dia-a-dia.
2.8 - Tabaco
O tabaco é uma das piores escolhas, quando se fala de droga, pois é a
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mais viciante. Na descoberta da Américas, já se encontrou índios fumando folha
de uma planta nativa, a Nicotiana tabacum. Os espanhóis levaram a planta para a
Europa, onde o hábito de fumar rapidamente se espalhou.
As fumaças do tabaco contem quase quinhentos componentes, mas é a
nicotina, que é um estimulante leve e causa dependência, é um alcalóide
existente nas folhas da planta, o principal responsável pelos efeitos prejudiciais do
tabaco.
O extrato da nicotina é um líquido oleoso, azedo e incolor, sem nenhuma
propriedade medicinal, que é empregado como inseticida – a nicotina é um dos
mais poderosos venenos conhecidos. Seu nome teve origem graças a Jacques
Nicot, que introduziu o tabaco na França, em 1560.
Outras substâncias tóxicas podem ser encontradas na fumaça do tabaco,
incluindo o cianido, alcatrão e o monóxido de carbono. Todas podem provocar
lesões significativas ao fumante.
Além de matar, o fumo provoca pigarro, diminuição do fôlego, elevação dos
batimentos cardíacos, os tecidos pulmonares irritam-se, os vasos sanguíneos se
contraem e causa paralisia respiratória.
Parar de fumar provoca síndrome de abstinência tal qual qualquer outra
droga. O fumante sentirá irritabilidade, dor de cabeça, cólicas, ansiedade, insônia,
nervosismo, diarréia, transpiração, palpitações, impaciência, perda de energia,
sonolência, vertigens, fadiga, constipação, tremores, depressão e fome.
A maioria das mortes que poderiam ser evitadas é causada pelo c igarro.
Aproximadamente a cada 30 minutos, o fumante apresenta sintomas de
abstinência, como irritabilidade, inquietação, ansiedade, e queda de
concentração. É comum que ele conviva com esses sintomas o dia todo, livrando-
se deles só após acender um cigarro. Outra decorrência do vício é a queda da
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produtividade. A maioria das empresas hoje oferece os “fumódromos”, que
protegem os não-fumantes. Contudo toda a vez que vai fumar, o funcionário perde
pelo menos dez minutos de trabalho, sem contar o tempo que leva para voltar a
se concentrar. Quem fuma também tende a sentir menos disposição e faltar mais
ao trabalho por doenças, em consequência da queda de resistência, por exemplo.
2.9 – Tranquilizantes
Foram desenvolvidas no século 20, com o objetivo de aliviar ansiedades,
preocupações e temores. Junto com o álcool, a nicotina e a aspirina, os
tranqüilizantes são as drogas mais usadas e abusadas do mundo. Atuam, de
maneira geral, como depressores do sistema nervoso central e são conhecidos
como: benzodiazepínicos (considerados tranqüilizantes menores e as mais
receitadas no mundo), meprobamatos (considerados inicialmente como seguros e
não viciantes para o alívio da ansiedade, descobrindo-se mais tarde que esta
substância possuía enorme poder de indução ao vício e a overdose), fenobarbitais
(quando usado por breve período, a droga tem baixo potencial de vício e
overdose, sem efeitos sedativos como os barbitúricos. Se ingerido de forma
intensa pode causar dependência.)
A duração e a intensidade dos efeitos dependem do tipo de personalidade
do usuário, que em alguns casos, podem ser levados a dependência psicológica e
física. Os desagradáveis sintomas da abstinência, podem surgir entre 4 e 8 horas
após a suspensão da droga. Esses sintomas podem ser ansiedade, insônia,
dificuldade de coordenação, náuseas, vômitos e convulsões.
Os tranqüilizantes podem matar, caso sejam combinados com outros depressores
do sistema nervoso central, que potencializam seus efeitos.
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2.10 - Crack
É uma droga ilícita, ou seja, uma substância psicoativa de ação estimulante
do sistema nervoso central. O crack é um subproduto da pasta da cocaína, droga
extraída por meio de processos químicos, das folhas da coca (Erythroxylum coca),
uma planta originária da América do Sul.
Os efeitos do crack são basicamente os mesmos da cocaína: sensação de poder, excitação, hiperatividade, insônia, intensa euforia e prazer. A falta de apetite comum nos usuários de cocaína é intensificada nos usuários de crack. Um dependente de crack pode perder entre 8 e 10 kg em um único mês.
Por ser inalado, os crack chega rapidamentente ao cérebro, por isso seus efeitos são sentidos quase imediatamente – em 10 a 15 segundos – no entanto, tais efeitos duram em média 5 minutos, o que leva o usuário a usar o crack muitas vezes em curtos períodos de tempo, tornando-se dependente rapidamente. Daí o grande poder de causar dependência do crack. Após tornar-se dependente, sem a droga o usuário entra em depressão e sente um grande cansaço, além de sentir a “fissura”, que é a compulsão para usar a droga, que no caso do crack é avassaladora. O uso contínuo de grandes quantidades de crack leva o usuário a tornar-se extremamente agressivo, chegando a ficar paranóico, daí a gíria “nóia”, como referência ao usuário de crack. Problemas mentais sérios, problemas respiratórios, derrames e infartos são as consequências mais comuns do uso do crack.
O crack surgiu como opção para popularizar a cocaína, pelo seu baixo
custo. Para a produção do crack, uma mistura de cocaína em pó (ainda não
purificada) dissolvida em água e acrescida de bicarbonato de sódio (ou amônia) é
aquecida. O aquecimento separa a parte sólida da liquida. Após a parte sólida
secar, é cortada em forma de pedras. Por não passar pelo processo final de
refinamento pelo qual passa a cocaína, o crack, possui uma grande quantidade de
resíduos das substâncias utilizadas durante todo o processo. Prontas para o
consumo, as pedras podem ser fumadas com a utilização de cachimbos,
geralmente improvisados. Ao serem acesas, as pedras emitem um som, daí a
27
origem do nome “crack”.
Inicialmente o crack foi disseminado nas classes mais baixas da sociedade,
embora atualmente já não se restrinja somente a elas. Nos centros das grandes
cidades é comum ver os moradores de rua – de todas as idades, inclusive as
crianças – fazendo uso desta droga. Cabe a reflexão sobre a origem daquelas
pessoas: muitos já nasceram em condições de miséria comparáveis a aquela em
que estão, mas certamente muitas daquelas pessoas, hoje a margem da
sociedade, tinham toda uma vida estruturada, vida essa que trocaram pelo crack.
O uso do crack e suas consequências tornam possível dizer que atualmente
o crack tornou-se uma epidemia, portanto, uma questão de saúde pública.
28
CAPÍTULO III
A FAMÍLIA NO PROCESSO
“ Era através do serviço doméstico que o mestre transmitia
a uma criança, não ao seu filho, mas ao filho de outro homem, a bagagem
de conhecimentos, a experiência prática e o valor humano que pudesse
possuir”.
(Ariès, P.,p.229)
De acordo com Prata e Santos (2007), a família possui um papel muito
importante na formação de seus membros principalmente na adolescência,
influenciando no desenvolvimento psicológico. Essa formação oferecida através
do processo educacional dados pelos pais e da organização social vigente nos
dias de hoje, faz suscitar valores contraditórios, inconsistentes e questionáveis
que influenciam novos valores referentes à família, e na família, o que dificulta
novas explorações sobre o consumo de drogas.
Os pais muitas vezes se veem perdidos diante da adolescência de seus
filhos, e esses filhos inseguros diante de um suporte emocional fragilizado, podem
enfrentar dificuldades de ajustamento. Por isso é importante programas de
orientação aos pais.
De uma maneira geral a temática da droga é tratada debaixo de modelos
moralistas e modelos de doenças, não em seu verdadeiro modelo teórico que é
sob o olhar biopsicossocial, como um comportamento aprendido envolto em
várias crenças inclusive as familiares (MARLATT; GORDON, 1993).
29
3.1– A dependência nas famílias toxicômanas
A família do toxicômano pode ser positiva ou negativa, dependendo da
forma de comunicação existente, da dinâmica, pois certos comportamentos
observados, reações tomadas dentro do núcleo familiar, apenas reforçam o
comportamento adicto.
Nenhuma família está preparada para, ao perceber o problema, distinguir
de imediato qual posição tomar e o que é muito pior, saber o que a provocou e
como lidar com ela. Onde foi que eu errei? - é a pergunta principal que quase
todos os pais se fazem. Mas cada caso é um caso, apesar de que pequenos
gestos, naturais como uma bebida para relaxar após o trabalho ou o cigarro após
do jantar em família, pode ser um incentivo para quem já tem uma predisposição.
A desestruturação familiar, o repasse de frustrações mal resolvidas, a
permissividade dada na infância, são facilitadores da toxicomania dentro do
núcleo familiar. Quando a situação é identificada, surge a culpa, demora-se a
pedir ajuda, muitas vezes por vergonha, alimentando-se mais e mais a
dependência. A família passa então a viver em função do adicto, sendo este visto
como um “coitadinho”. Criou-se a co-dependência.
Co-dependente é qualquer pessoa, cuja vida tenha ficado incontrolável por
viver uma relação comprometida com um dependente químico, já que passa a sua
vida tentando controlar um comportamento compulsivo do outro, perdendo o
domínio sobre a sua própria. Tentam dar mais apoio, serem mais úteis, mais
protetores, assumem as responsabilidades dos dependentes e não percebem que
isto os leva a tornarem-se mais irresponsáveis, piorando a situação e trazendo a
sensação de fracasso.
O grau de co-dependência chega ao ponto de, inconscientemente, o
familiar mais próximo não desejar o restabelecimento total do adicto, pois vai
perder seu maior motivo de viver – cuidar do dependente. Todos se tornam
30
muito doentes. Todos precisam se tratar, pois mesmo que o dependente se cure
o familiar continua com o problema.
O familiar é um poderoso aliado na recuperação do dependente, quando
reconhece a sua disfuncionalidade e se preocupa com a sua recuperação, o que
significa aprender a lidar e controlar os seus sintomas, a olhar as necessidades e
o crescimento pessoal, a se respeitar e gostar de si mesmo e ter o controle da
própria vida. Apesar de não se ter modelo ideal para tudo, alguns pontos devem
ser seguidos para se ter uma família feliz:
Cultivar a generosidade, utilizando de palavras de cortesia como obrigado e,
por favor, contribuem muito para construir a confiança e o amor incondicional.
Pedir desculpas corresponde a dizer: nosso relacionamento é intensamente
importante para mim.
Ser leal sempre que o assunto sobre o outro membro da família assumir um
caráter negativo, interceda colocando algo bom que o vira fazer.
Cumprir promessas sempre, mas cuidado com as promessas muito rígidas.
Pense antes de falar. Se surgir um compromisso no mesmo horário do que
você assumiu com seus familiares, opte pelo que assumiu com a sua familia.
Perdoar a si mesmo, antes de perdoar o outro.
“Quando o comportamento dos pais é interpretado pela criança como
rejeição, abandono ou perseguição, ela torna-se incapaz de lidar com o objeto
externo de modo a modificar a realidade. Face a frustração gerada por essa
situação, a criança internaliza os aspectos de amor e ódio vivenciados com as
figuras parentais, para controlar esses objetos no mundo intrapsíquico. Os objetos
internalizados são então reprimidos, mantidos como uma introjeção, um
31
representante psicológico e subseqüentemente cindidos,
tornam-se parte da estrutura da personalidade da criança.”
(Calil, 1978)
3.2- O papel da família na prevenção
Os pais têm fundamental importância na prevenção ao uso indevido de
drogas. A partir do nascimento do filho, o afeto, a forma de se relacionar e o
atendimento às necessidades básicas são decisivos na formação de sua
personalidade. É muito importante que a família mantenha o diálogo franco, a
compreensão e a ternura. Isso é a base para a criança se sentir segura e feliz,
mas não quer dizer que não tenha que se impor limites, demonstrando a todo o
momento o que são os seus direitos e deveres, dando-lhes responsabilidades
desde a mais tenra idade. Isso também é amor e a criança percebe a
preocupação de seus pais em passar-lhes estes ensinamentos, em fazê-los
crescer.
As crianças copiam os seus modelos, seus ídolos, então, estes precisam ter
cuidado redobrado com suas atitudes, seus comportamentos. É necessário estar
sempre presente nos eventos que envolvam os amigos dos filhos,
estreitando laços, participando, abrindo espaço para que se frequente a casa e
saiba com quem se anda.
A família que cedo começa a dialogar com seus filhos, encontrará na
adolescência a aceitação e um canal de confiança de mão dupla. Não existe
idade ideal para se falar sobre drogas, mas este é um assunto que vive nos
jornais. Nada mais natural que desperte o interesse de crianças também e não só
do adolescente. Tendo-se a consciência da forma adequada de se falar sobre o
assunto, é interessante que se faça, pois assim vai deixar de ser algo secreto e
misterioso, perdendo muito de seus atrativos. Qualquer atividade vista como
oculta do mundo dos pais e professores tende a ser vista pelos jovens como
32
nstigante e excitante. A maioria dos pais tende a conversar com os filhos sobre
drogas somente quando surgem problemas e conflitos. Entretanto, torna-se muito
mais fácil conversar com os filhos sobre esses problemas e conflitos quando se
sentirem a vontade para falar sobre as drogas.
É importante lembrar que conflitos e rebeldias fazem parte da adolescência
normal e não indicam necessariamente envolvimento com drogas. Os conflitos
dos jovens são necessários para que se tornem adultos, sendo responsabilidade
dos pais ensinar seus filhos a lidar com os problemas. Os pais não devem se
apavorar com as discussões, mas compreender a raiva e a revolta dos jovens e
mostrarem-se seguros com relação às suas crenças e valores.
A família tem grande responsabilidade na formação do indivíduo e por isso
ao menor sinal de problema, o sistema de saúde deve tentar intervir e de alguma
forma apoiá-la, fortalecendo-a para que consiga achar o caminho para lidar com o
problema.
A temática das drogas é complexa, assim como a convivência familiar. A
família desempenha papel muito importante na formação do indivíduo e localiza-
se como a primeira unidade de promoção e prevenção ao combate ao uso
indevido de drogas.
33
CAPITULO IV
O PAPEL DO GESTOR DE RH NO PROCESSO DE
PREVENÇÃO
“O drogadicto se ilude cada vez que incorpora a droga: Parece
encontrar o “espinafre” e assim lograr de forma instantânea, ou seja,
mágico-onipotente, a realização ilusória do desejo de ser um Ser -
grandioso, que a seu turno é o desejo de sua mãe” (Kalina, E., 1991,
p.28).
Mais uma “máxima”, dita por Kalina - que o desejo de consumir drogas se
daria por querer ser, o adicto, mais do que é, para agradar a mãe, que só assim
se sentiria orgulhosa desse SER.
Tal qual o personagem infantil – Popeye – que precisava comer espinafre
para adquirir forças e vencer o inimigo, o dependente, para tornar-se um “super
herói”, usaria a droga. Schenker,(2001,p.115) nos conta:
“Cabe salientar que nas famílias toxicômanas que a mim
chegam, o paciente identificado nem sempre é um
adolescente, em termos cronológicos: sujeitos que já
viveram, ou vivem maritalmente e constituíram família
aparecem e demonstram que o seu casamento ainda é com
a sua própria família de origem, no sentido de que não
conseguiram desvincular-se à família que constituíram: sua
família nuclear. As relações mal resolvidas mais primitivas
são reatualizadas nas relações subsequentes”.
34
Teorias são muitas, mas o relevante é saber que o mal quando instalado é
muito mais difícil de ser consertado. Os cuidados com o dependente químico é
frustrante e desgastante. É como a história de Sísifo, que por tentar enganar os
deuses, foi condenado a levar uma pedra morro acima e quando quase alcançava
o topo ela retornava e Sísifo tinha que recomeçar a tarefa. Assim é com o adicto,
quando você pensa que venceu todas as etapas, que nunca mais ele se
interessará pelas drogas, acontece uma nova recaída.
Sem escolher raça, religião, sexo, idade, ou grau de instrução, a
dependência química é um dos grandes problemas sociais que atinge todos os
países do mundo, inclusive o Brasil. E quem imagina que o alcoolismo afeta
somente o ambiente familiar, engana-se, pois segundo a Associação dos Estudos
de Álcool e Outras Drogas, de 3 a 10% da população brasileira fazem uso abusivo
de álcool. Isso reflete diretamente no dia-a-dia das organizações, uma vez que o
alcoolismo é considerado a oitava causa responsável pelas concessões de
auxílio-doença. Já os problemas relacionados direta ou indiretamente ao uso
dessa substância consomem de 0,5% a 4,2% do PIB (Produto Interno Bruto).
Esses dados têm levado as empresas a ficarem atentas à questão do
alcoolismo e isso pode ser observado através dos programas voltados para
prevenir ou tratar a dependência química dos colaboradores. A questão é muito
delicada e merece ser tratada com cuidado e ética.
4.1- Drogas no trabalho: o que as empresas podem fazer pelos seus funcionários
Programas de prevenção e combate ao uso de drogas sempre encontram
barreiras, principalmente dentro das empresas, onde existe um tabu em relação
ao assunto. Álcool, maconha, e cocaína, entre outras drogas, são frequentes no
ambiente de trabalho, mas seu uso muitas vezes passa despercebido. O
problema é que queda na produtividade, absenteísmo e falta de motivação nem
35
sempre são atrelados ao uso de drogas pelos funcionários.
Quando empresas resolvem implementar um programa de prevenção e
combate ao uso de drogas, os profissionais envolvidos ouvem com frequência
frases do tipo: “Não precisamos de nenhum projeto de prevenção e tratamento.
Aqui não temos problemas com drogas.”
“O consumo de drogas é presente, vem aumentando na sociedade como
um todo, e as empresas não estão fora disso”, diz o psiquiatra Arthur Guerra,
presidente do Conselho do Grupo de Estudos de Álcool e Droga da Faculdade de
Medicina da USP.
Essa realidade é difícil de ser identificada porque, no trabalho, os efeitos
das drogas, que envolvem queda na produtividade, absenteísmo e falta de
motivação, muitas vezes passam despercebidos. “Aparentemente, aos olhos dos
colegas e dos superiores, os usuários estão com a situação sob controle”, diz
Guerra.
“A primeira e única pesquisa sobre drogas feita no Brasil, de 2001, em que
o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da
Unifesp, entrevistou 8.589 pessoas de 107 cidades do país, registrou a
dependência de álcool em 11,2% dos entrevistados. Essa também é a droga que
mais problemas causam dentro das empresas, seguida pelo tabaco, maconha e
pela cocaína”, diz Guerra.
“O grande problema é a empresa não aceitar que o consumo de drogas
existe em qualquer setor social e que o ambiente de trabalho não está imune”,
conclui a assistente social Leda Ribeiro que coordena o Programa de Prevenção
ao Uso de Drogas e Crime (Unodc). A idéia original veio da Noruega, em 96, e foi
adaptada à realidade brasileira. “Seu maior mérito, segundo Giovanni Quaglia, do
36
Unodc, é que o funcionário se transforma no principal agente modificador da
relação da empresa com as drogas”.
O programa prevê ainda apoio psicológico dentro ou fora da empresa, o
qual pode ser estendido para a família, garantia de que não haverá demissão do
funcionário e, além disso, ninguém é forçado a aderir ao programa.
A dependência – independente da droga – não elege cargo ou função.
“De diretores a auxiliares, todos podem ter problemas”, diz o psiquiatra Ronaldo
Laranjeiras, coordenador da Unidade de Álcool e Drogas do Proad (Programa de
Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp. Mas quem exerce cargos
gerenciais, portanto desempenha papel de líder, tende a se esconder mais, a ficar
distante dos programas oferecidos. Ficam com medo que a equipe comece a
desrespeitá-lo.
“Em algumas empresas o gerente atua como um dos
agentes modificadores. Passam por um treinamento para
identificar precocemente casos de dependência química.
Assim, ele observa, entre outros fatores, o rendimento dos
funcionários, o índice de faltas, seu comportamento e suas
reações emocionais, por exemplo. Se alguma diferença é
percebida, o agente pergunta de forma sutil, como está o dia-
a-dia dele no trabalho, se há algo que se possa fazer.
Isso reflete uma mudança significativa de abordagem.
Há alguns anos atrás, o assistencialismo e o tom acusatório
imperavam. Hoje, falar de drogas em empresas é mais fácil,
no caso das que incluem o assunto nos seus programas de
qualidade de vida”,
explica o psiquiatra João Carlos Dias, coordenador do Departamento
deDependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria.
37
“Dentro desse conceito moderno, o funcionário assume a responsabilidade sobre
si. E os temas álcool, tabaco e drogas ilícitas entram no rol dos problemas de
saúde, dividindo espaço com problemas, dividindo espaço com combate ao
estresse, por exemplo,” diz o médico.
Para Arthur Guerra, é evidente o progresso das empresas. “Não podemos
negar que há a dificuldade em aceitar o problema. Mas hoje temos exemplos que
provam que a interferência da empresa é indispensável; e não se trata de
benemerência, mas de pensar na relação custo-benefício: sai mais barato orientar
e tratar o funcionário do que demiti-lo.”
4.2- Criando a aderência e a capacitação de sua equipe
Segundo Dorit Verea, mestre em psicologia e especialista em dependência
química, para a empresa chegar até o funcionário dependente e abordar o
assunto é um momento delicado, tanto para quem aborda como para quem é
abordado.
“Para a questão ser tratada de forma ética se faz necessário
ter na empresa um programa de política de ação para o uso
indevido de drogas. Deve-se evitar o uso de linguagem
repressora, ações estigmatizantes ou discriminatórias sobre
o uso de drogas. É fundamental também se documentar
sobre o comportamento do profissional dentro da empresa e
evitar “achismos”
Muitas alternativas podem ser aplicadas no dia-a-dia organizacional: convidar
profissionais especializados para dar palestras sobre o assunto; estimular a
criação e a manutenção de uma equipe, formada por líderes naturais, que
funcionem como referência para os programas desenvolvidos; promover
atividades que ofereçam informações e desenvolvam a percepção de risco de uso
38
de drogas, baseadas no conhecimento científico; desenvolver projetos específicos
e possibilitar treinamento e capacitação para os setores de Recursos Humanos,
saúde, serviço social e CIPAS. Outra alternativa é a confecção de material
educativo especializado como, por exemplo, produção de impressos e áudio
visuais que devem ser apresentados aos funcionários.
Esse trabalho precisa ser contínuo, pois somente um processo contínuo
pode mudar a cultura da empresa e dos colaboradores em relação ao uso
indevido de drogas. Ao adquirir maior consciência sobre as implicações do uso e
do abuso do álcool e outras drogas, bem como um maior nível de
desenvolvimento pessoal e profissional, redundando em níveis mais elevados de
produtividade e responsabilidade. O papel da empresa é fundamental em relação
à prevenção e ao subsídio no que se refere à terapia do usuário.
4.3 – Como os Gestores podem ajudar seus funcionários
A produtividade e a qualidade do trabalho do dependente químico
freqüentemente ficam prejudicados e alguém da equipe deverá trabalhar a mais
para suprir a demanda e isto compromete não só o trabalho em si, mas também a
qualidade das relações da equipe e o ambiente corporativo.
É importante as organizações ficarem atentas para essa questão, os
resultados da prevenção e tratamento indicam: redução de 91% de faltas;
de 88% dos problemas disciplinares; queda de 93% de erros nas atividades do
trabalho e redução em até 97% dos acidentes de trabalho.
“A importância de a empresa ter um programa de atenção ao
uso indevido de drogas é muito grande. Neste programa
deverá constar a visão, a missão, as regras, a política de
ação, as atividades, as responsabilidades e tudo que for
relevante quanto à questão das drogas. Um grupo gestor
poderá ser responsável pelo programa que determinará o
39
papel das áreas de Recursos Humanos e do Serviço Social,
levando em consideração a cultura da empresa. Uma vez
implantado o programa, deve-se sensibilizar os funcionários
e desenvolver condições para que possam receber ajuda
ou falar sobre o uso de drogas, garantindo sigilo. Outra
ação importante é encaminhar para locais especializados os
empregados que necessitam de tratamento e não tentar ser
o “salvador da pátria””, segundo Dorit Verea.
4.3.1 - A promoção da saúde como prevenção
Os programas de intervenção precoce dirigidos aos efeitos clínicos em
longo prazo do abuso de substâncias têm-se revelado pouco eficazes naqueles
que já fazem consumo de drogas ou álcool. Os programas de promoção da
saúde, que se destinam a todos os colaboradores, podem sensibilizar um número
mais elevado de trabalhadores cujo o consumo de substâncias ainda não é
problemático. Deste modo, podem ser usados como instrumentos poderosos para
a prevenção do abuso de substâncias.
O enfoque de um programa de promoção de saúde reside na sensibilização
para um estilo de vida saudável. Isso inclui ensinar as pessoas a evitar o consumo
de drogas. Os resultados perduram no tempo quando os trabalhadores adotam
um novo estilo de vida e sentem melhorar o seu estado de saúde, tem um maior
incentivo a permanecer nesse estado. Uma parte importante desses programas
consiste na disponibilização de apoio a atividades recreativas ou sociais aos que
neles participam, quer nos locais de trabalho, quer na comunidade.
Mesmo relacionados com a promoção de saúde, os programas para a
prevenção do abuso de substâncias devem se de responsabilidade das
empresas, no papel do Gestor de RH e também da administração da empresa.
As administrações das empresas devem assumir a liderança no desenvolvimento
40
e implementação de políticas. Um programa abrangente para o abuso de
substancias nos locais de trabalho deve ser integrado nas estratégias da
administração e programas relacionados, tais como os que visam a segurança e
saúde no trabalho, de modo a assegurar a sua sustentabilidade em longo prazo.
41
CONCLUSÃO
Pesquisas relatam que alguns fatores podem gerar a vulnerabilidade do
individuo no ambiente de trabalho, podendo influenciar no consumo exagerado de
álcool e outras drogas. O estresse e o relacionamento com colegas seriam alguns
deles.
Existem algumas atividades que constituem fatores de risco e levam ao
consumo, entretanto, estar em atividade é um fator de proteção para este
problema. A prevenção desses fatores são feitas através de atividades como
entrar de férias, ouvir música, prática de esportes e atividades de lazer, ao mesmo
tempo em que essas atividades se convertam em elementos protetores para o
consumo de álcool e outras drogas.
O combate ao uso de drogas com educação, consciência e atitudes é,
antes, de tudo uma decisão própria, que pode ser fortalecida por meio de ações
que ampliem a consciência crítica sobre o assunto.
Desse modo, optar pelo uso de drogas, seja qual for o motivo, significa
formar parte de um contexto turbulento que cada vez mais desencadeia outros
problemas num efeito cascata. Conseguirá adquirir problemas físicos causados no
organismo e na parte psíquica que sempre é fortemente afetada.
O indivíduo que se entrega a droga poderá estar fadado á falência de seua
valores, tanto éticos como morais, pois fácil é conhecer as drogas, difícil é livrar-
se delas.
Assim, podemos dizer, que mesmo dentro de uma sociedade onde existe
tanto desamor, desemprego, desapego, desespero, desesperança, pode também
ocorrer o contrário.
Não estamos dando soluções para consertar o mundo, nem descobrimos a
cura do mal do século, mas acreditando na melhoria da qualidade de vida da
42
população, tendo atitudes positivas que levam a ter crédito, trabalhando de peito
aberto e sem interesses escusos, sendo comprometido com seus ideais, criando
elos para levar um projeto à diante.
O gestor elaborando um programa de prevenção ao uso de álcool e drogas
dentro da empresa, trazendo a família para participar e ser parte integrante deste
program, terá efeitos benéficos como baixa no absenteísmo, aumento da
produtividade, diminuição de acidentes, perda de trabalhadores.
Um programa de prevenção voltado para a saúde do trabalhador e aplicado
a todos os funcionários tem uma possibilidade muito maior de alcançarmos maior
aderência dos colaboradores e com isso melhores resultados para trabalhadores
e empregadores.
Com certeza este é o caminho para uma sociedade melhor, com mais
saúde, educação e confiança no futuro.
“ Um rapaz caminhava na praia, reparando que a areia estava cheia de
estrelas do mar. A maré as tinham jogado lá. Continuando sua caminhada, mais
adiante, encontra um outro rapaz que pega uma à uma das estrelas e as joga de
novo para o mar. Curioso pergunta:
- Por que faz isto? Não conseguirás devolver todas para o mar.
O outro respondeu:
- Não importa quantas vou conseguir salvar. O que importa é que as que
estou devolvendo estão salvas e eu fiz a minha parte.”
Não importa se o resultado será 100% de sucesso. O que importa é não
cruzar os braços e fechar os olhos para o problema.
43
BIBLIOGRAFIA
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SIELSKI, F. Filhos que usam substancias psicoativas: guia para os pais. Curitiba:
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44
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no site, http://www.rh.com.br/Portal/Qualidade_de_Vida/Entrevista/4518/droga
- http://www.contradrogas.org.br/v3/paginas/campanha.aspx?cd_menu=1
- Drogas tiram 2,4 mil do trabalho em Ribeirão Preto, aponta INSS - Jornal A
Cidade – 12.03.12 , disponível no site www.antidrogas.com.br
- O drama da dependência química de funcionários também é um problema das empresas,quinta-feira, 27 de novembro de 2008, disponível no site http://www.canalrh.com.br
- Problemas ligados ao Álcool e Outras Drogas no Trabalho, A Evolução Para a Prevenção, OIT, Bureau Internacional do Trabalho,Genebrawww.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/problemas.pdf
- http://www.cursos-recursoshumanos.com/artigo6.php - 25 DE MARÇO DE 2012
- http://www.nucleodepesquisas.com.br/artigos/alcool-e-drogas-no-ambiente-corporativo-a-importancia-dos-programas-de-prevencao-e-reabilitacao-do-trabalhador-dependente-quimico/ 25/03/12
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ANEXO 1
ARTIGO: “ÁLCOOL E DROGAS NO AMBIENTE CORPORATIVO: A IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS DE PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO TRABALHADOR DEPENDENTE QUÍMICO” – OLIVAN LIGER DE OLIVEIRA
Autor: Olivan Liger de Oliveira Constata-se nos últimos anos grandes mudanças estruturais nas instituições. O mundo corporativo passa por constantes mudanças para adequar-se aos novos conceitos e valores da modernidade. O avanço tecnológico implica em desenvolvimento, treinamento e conquista de expertising e reduz a utilização da mão de obra comum. Um expert opera uma máquina que produzirá o equivalente a cem funcionários e em tempo recorde. As ameaças econômicas que pairam nas grandes potências obrigam corporações a reduzir o seu quadro de funcionários, enxugando custos e tornando quase impossível a jornada de apenas oito horas diárias. A conquista de resultados de forma desordenada e rápida gera uma tensão permanente nas grandes organizações, obrigando funcionários a ultrapassar horários e a se disponibilizar a todo instante para conquistar os resultados pretendidos pela direção da empresa. Numa cultura de aquisição de resultados e da valorização excessiva das conquistas materiais e superficiais, o trabalhador se encontra oprimido para atingir não somente as metas estabelecidas pela organização, mas também suas metas pessoais geradas dentro da mesma cultura. Precisa comprar uma casa ou apartamento antes de uma certa idade, trocar de carro a cada tempo, prover educação melhor para os filhos e assim vai perdendo a qualidade de vida e acostumando-se à competitividade, sobrecarga e tensão excessiva. Após um tempo vivendo fora do seu eixo, ocorre uma fragilização do indivíduo e uma perda de sentido na vida. Manter seu emprego, suportar a pressão, ser competitivo, ganhar mais é tudo que passa a importar na vida. O trabalhador tem uma história de vida que traz como bagagem inseparável em qualquer atividade ou status que ocupe. Essa história contém sua própria personalidade, aspectos emocionais: traumas vividos, alegrias, recompensas, dores, lutos e perdas, cuidados e maus tratos; aspectos genéticos que incluem a história e tendência de seus antepassados para determinados comportamentos e patologias; aspectos sócioculturais: seu meio, suas conquistas na sociedade na qual vive, a demanda dessa sociedade em relação à seus membros, suas crenças e mitos sociais e ainda aspectos fisiológicos que englobam seu funcionamento como um sistema vivo, sua bioquímica cerebral, seu funcionamento adequado ou inadequado fisiologicamente. Diante desse conjunto de comportamentos e tendências, o estresse causado pelo trabalho pode não ser o fator determinante, mas é um gatilho, um facilitador para a instalação da dependência química no meio laboral. O álcool ou drogas funcionam como redutores do estresse, emprestando potência ao trabalhador fragilizado. O álcool, nos séculos XVII e XVIII, amplamente aceito socialmente, foi amplamente usado como substância psicoativa para aumentar o rendimento dos trabalhadores da época, possibilitando trabalho sob as mais adversas condições. No século XIX, o advento da Revolução industrial inseriu máquinas complexas para atender a demanda de produção em grande escala com mão de obra especializada e necessidade de cumprimento de procedimentos e rotinas em prazo determinada para atender uma crescente e constante produtividade. Nessa nova formatação, o álcool perde o sua função e passa a ser um fator de crescente prejuízo no cumprimento das metas. Atualmente, é incontestável o prejuízo significativo no ambiente de trabalho atribuído ao abuso de álcool e drogas. Segundo dados da Datasus em 2003, o governo brasileiro gasta R$ 82 milhões em tratamentos para
46 alcoolismo, dependência química, tabagismo e suas consequencias. Essa cifra inclui tratamentos ambulatorias, custo de medicamentos e internações. Embora o Brasil não tenha qualquer tradição em pesquisas epidemiológicas, não há dúvidas da crescente infiltração da dependência química no ambiente laboral. Até a introdução da Globalização, poucas empresas se preocupavam com o alastramento epidêmico da dependencia química no seu quadro funcional. O modelo americano acabou por influenciar paises menos desenvolvidos, inclusive o Brasil. Por se tratar de um país onde o consumo abusivo de álcool e drogas fugiu do controle, causando significativos prejuízos economicos, sociais e psicológicos, os Estados Unidos criaram leis para abrir guerra contra as drogas. Dos 50 estados americanos, 22 possuem leis obrigando corporações a manter programas permanentes de prevenção e reabilitação anti-drogas. Empresas como Caterpillar, Shell, Esso e United Airlines adotam a testagem antidrogas de exames de urina como procedimento obrigatório para seus funcionários, instituindo programas rigorosos de combate às drogas desde os anos 80. A empresa que não mantem programas de prevenção e reabilitação acaba por documentar prejuízos como: - crescente aumento de absenteísmo no quadro funcional - elevação de taxas de acidentes de trabalho - redução da produtividade - elevada taxa de renovação do quadro funcional - prejuízo nas relações interpessoais - prejuízo na imagem da empresa Segundo dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em 2002 foram contabilizados 339 mil acidentes de trabalho decorrentes do abuso de álcool e drogas no ambiente laboral. Vários obstáculos ainda inviabilizam a implantação de programas de prevenção e reabilitação no mundo corporativo: - O mito do custo elevado acaba sendo desmistificado a partir da contabilização de menor prejuízo em amplo sentido para a empresa, confirmando que o custo do programa não só se paga como ainda dá retorno. - O preconceito que ainda existe em torno da dependencia química. A dependência química não é falha de caráter e nem falta de vontade ou determinação. É uma doença que necessita de cuidados e tratamento. - Para o trabalhador, participar de um programa de prevenção e reabilitação é um demérito à sua carreira e ainda gera fantasias de punição por parte da empresa. - A visão capitalista da empresa de que somente importa metas e produção, negando a importância do potencial humano envolvido no processo ou adotando a reposição do trabalhador dependente como regra para o alcoolismo e dependência química. E o pior dos obstáculos: - A adoção do programa se faz para o “chão de fábrica” e exclui os executivos, membros de conselho, diretoria e presidência, quando é incontestável que a dependência química e o alcoolismo estão, por razões como estresse, pressão e competitividade, muito presentes nas amplas salas acarpetadas dos diretores e executivos e ainda, o prejuízo causado por um executivo dependente químico é maior, quando não irreversível. Um programa adequado para a empresa deverá ser “cortado a medida”, ou seja, concebido segundo as características, possibilidades e necessidades da empresa. Há fatores comuns em todos os tipos de programas implantados e bem sucedidos no mercado brasileiro. Todos os programas visam prevenir antes de reabilitar. Compreendem uma série de ações que envolvem aspectos emocionais, sociais, familiares e pessoais do trabalhador, tratando-o e reabilitando-o de forma holística. Na prevenção, palestras, workshops, distribuição de material e esclarecimento de dúvidas são recursos comuns em todos os programas. Na reabilitação, entrevistas com supervisores, coordenadores e gerentes são ações que visam detectar prováveis dependentes, campanhas motivacionais onde são enfatizados os ganhos da adesão ao programa e assegurado o emprego do trabalhador são recursos importantes para o sucesso do programa. Com a
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identificação dos trabalhadores doentes, o encaminhamento para avaliação psiquiátrica e atendimento psicoterapêutico, a pesquisa e assistência familiar assim como o estabelecimento de um grupo de ajuda mútua ou apoio interno ou externo podem ajudar o trabalhador a quebrar o padrão do consumo abusivo de substâncias, entretanto alguns casos podem requerer uma internação como medida única cabível em alguns padrões de abuso. A sustentação de um programa também requer a sua constante manutenção, a qual pode ser feita por um grupo de trabalhadores e pessoal de recursos humanos treinados para reuniões periódicas ou para condução de um grupo semanal de apoio, assim como um calendário de palestras semestrais ou anuais sobre o tema. Com isto, a empresa estará investindo no potencial humano. Investir na reabilitação de um funcionário é valorizá-lo, fidelizá-lo. Um funcionário recuperado “vestirá a camisa da empresa” e com isto demonstrará sua gratidão. Outros ganhos para empresa seguirão: - redução da taxa de absenteísmo - Queda no índice de acidentes de trabalho - Aumento de produtividade - Fidelização do funcionário reabilitado - Aumento de solidariedade no ambiente laboral - Valorização do funcionário - Valorização e melhora na imagem da empresa no ambiente interno e externo - Baixa rotatividade no quadro funcional - Melhora no clima organizacional - Redução do preconceito interno e externo. Empresas como a Marcopolo em Caxias do Sul (RS), CPTM em São Paulo, Caterpillar em Piracicaba- SP entre outras têm documentado e contabilizado ganhos a partir da implantação de programas de prevenção e reabilitação em Dependência Química. Pode-se inclusive contabilizar ganhos além do ambiente corporativo, pois a reabilitação de funcionários implica também em: - Redução da taxa de mortalidade precoce devido ao alcoolismo, dependência química e comorbidades. - Redução do custo governamental com tratamentos e reabilitação, possibilitando viabilizar verbas para outros fins. - Redução de custos de aparatos judiciais, policiais mantidos pelo governo para combate ao tráfico e uso de drogas - Redução de custos econômicos e outros com a manutenção do sistema prisional para traficantes e consumidores de drogas. - Substituição de uma possível carreira criminal por carreira profissional. - E o mais importante: a inserção ou devolução desse trabalhador como um cidadão capacitado no seu meio. As empresas têm responsabilidade social por seus trabalhadores e precisam expandir e ampliar suas ações para que tal atributo tenha efeito na sua comunidade. Prevenir e reabilitar é uma responsabilidade social. Contato: [email protected] http://www.nucleodepesquisas.com.br/artigos/alcool-e-drogas-no-ambiente-corporativo-a-importancia-dos-programas-de-prevencao-e-reabilitacao-do-trabalhador-dependente-quimico/ 25/03/12 22:17
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ANEXO 2
ARTIGO Por Leandro Fernandes – http://www.canalrh.com.br/Mundos/beneficios_artigo
Volta e meia a discussão a respeito dos danos causados pelo consumo de drogas e o custo social que o tráfico traz torna a ganhar espaço. Todos os dias a mídia retrata a realidade dura de famílias e comunidades que são vitimadas por perder seus filhos para o vício. No entanto, é quando esses retratos ganham rosto, e quando esse rosto pertence a uma pessoa pública, que a sociedade tem uma percepção um pouco mais clara sobre os efeitos devastadores que o uso de entorpecentes pode ter. O caso mais recente, do ator da TV Globo, Fábio Assunção, que se afastou em meio às gravações da novela Negócio da China, onde ocupava papel de destaque, para tentar se livrar dos efeitos do uso de cocaína, repercutiu em todo o País. O ator está afastado, mas a emissora não rompeu contrato com ele. Está dando tempo para que ele busque a recuperação. Não muito tempo atrás, outra celebridade, o ex-jogador de futebol e comentarista da emissora, Walter Casagrande, também teve que se afastar de suas atividades para se tratar do mesmo mal. A história dessas e de muitas outras pessoas famosas mostram como o problema das drogas não atinge somente as classes sociais mais baixas. Ao contrário, ele está presente em praticamente todos os níveis de renda. Ao todo, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o consumo de drogas pesadas vitima por ano cerca de 200 mil pessoas ao redor do mundo. Ao todo, cerca de 26 milhões de pessoas fazem uso dessas substâncias ilícitas em todo o globo. Com o intuito de ajudar a combater o problema, muitas empresas já investem em campanhas de conscientização. Outras vão além e também assumem a responsabilidade de controlar o consumo de drogas e oferecer tratamento para seus funcionários. É o caso da Volkswagen do Brasil, cujo programa de tratamento para dependentes químicos atende atualmente 380 funcionários. Com 36 anos de existência, a iniciativa tratou nos últimos sete anos 7.486 funcionários, dos quais mais de 60% de recuperaram e até retomaram os estudos. De acordo com a coordenadora de serviços sociais da empresa, Maria Teresa Santi, o programa é composto por quatro frentes. A primeira é a da educação. Por meio de palestras e campanhas a empresa procura conscientizar os funcionários e seus familiares. A segundo frente é o acompanhamento psiquiátrico individual dentro da empresa para aqueles que são identificados como dependentes. Por fim, os doentes participam de grupos de orientação e grupos de familiares que envolvem dependentes e co-dependentes. Esses grupos são coordenados por assistentes sociais e têm reuniões semanais e mensais na fábrica. “Nos casos extremos o dependente pode ser internado em hospitais psiquiátricos ou comunidades terapêuticas”, diz Maria Teresa, explicando o quarto pilar do programa. Para a coordenadora, o envolvimento das empresas no combate às drogas é de vital importância. “As empresas precisam investir em uma abordagem preventiva e também no tratamento contra a dependência, cujos danos sociais, familiares e profissionais são por vezes irreversíveis”. Ela conta que o investimento nessas ações trouxe queda nos índices de absenteísmo da fábrica da empresa e também contribuiu para melhoria do clima e do índice de qualidade de vida dos trabalhadores. Barreiras Como extensão da sociedade, as empresas devem, sim, assumir parte da responsabilidade na luta contra as drogas. Entretanto, a grande quantidade de tabus que rodeiam o assunto tornam difícil a criação e implementação de programas e políticas de controle dentro das organizações. É o que aponta o pesquisador e doutor em Ciências da Saúde, Sérgio Duailib, que faz parte do conselho gestor da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad). Segundo Duailib, para criar um programa de controle, ou seja, submeter os funcionários a testes periódicos, que permitem identificar os usuários de drogas, a empresa precisa apresentar uma justificativa forte, como o fato de a atividade exercida pelo profissional demandar alta precisão ou oferecer riscos para o próprio funcionário ou terceiros. “Sendo assim, submeter um trabalhador de uma área administrativa que seja usuário, mas num nível que ainda não tenha afetado seu dia-a-dia na empresa, é muito difícil”.
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Por essa razão, as empresas que investem nesses programas são geralmente as das áreas industriais, de transportes e de serviços de segurança pública, conforme explica o diretor da Psychemedics do Brasil, multinacional americana líder mundial em prevenção de drogas em empresas, Marcelo Santos. Segundo ele, o Brasil ainda está muito ‘cru’, no que diz respeito ao controle de drogas dentro das empresas. “Aqui, as empresas que fazem o controle por meio de testes e oferecem tratamento o fazem ou porque sua atividade oferece risco, daí a legislação obriga o controle, ou porque são multinacionais que seguem padrões vindos das matrizes, onde as políticas referentes ao consumo de drogas na empresa são muito mais rígidas que as daqui.”
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ANEXO 3
4° FÓRUM DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA NAS EMPRESAS DO RIO DE JANEIRO
TEMA LIVRE - POLÍTICAS PRIVADAS DE PREVENÇÃO AO USO E ABUSO DE DROGAS E DE DEPENDÊNCIA
QUÍMICA NO CONTEXTO DA SEGURANÇA EMPRESARIAL
Autor: Carlos Paiva - Consultor da GLOBAL Vigilância & Segurança Especial Ltda. (RJ) Novembro/96 - Rio de Janeiro - RJ
DROGAS & DEPENDÊNCIA QUÍMICA - UM DESAFIO EMPRESARIAL
Um dos grandes problemas da década está ligado ao uso e abuso de drogas e substâncias químicas. Não é apenas o enfoque social que deve ser analisado, mas também o impacto econômico sobre as organizações e seu funcionamento. Estamos diante de um enorme e complexo desafio de saúde pública, com evidentes reflexos na vida pessoal e nas estruturas empresariais. Para a Segurança Empresarial, é antes de tudo, mais um setor a merecer atenção e cuidado, mas principalmente integração e cooperação visando manter o assunto dentro de sua real e adequada dimensão. A GLOBAL entende que o uso de abuso de drogas e dependência química nas empresas, também é um problema de segurança, em função dos riscos que dependentes e usuários podem provocar, tanto para sí como as demais pessoas que estejam no ambiente ocupacional. O conjunto de resultados negativos provenientes do uso e abuso de drogas e substâncias químicas, perpassa o ambiente de gestão de pessoal e genericamente amplia riscos internos, tanto nos sistemas "safety" quanto no "security". Compete a Segurança Empresarial assegurar a proteção de pessoas, bens e instalações e a problemática das dependências químicas e o uso e abuso de drogas, interferem na potencialização dos riscos, exigindo intervenções adequadas para sua inibição e controle. A GLOBAL dentro dessa sistemática vem desenvolvendo Programa Interno de Prevenção, e disponibilizando para seus clientes a implantação dos mesmos em suas organizações, num regime de cooperação para o enfrentamento ao grave problema. É preciso que a matéria perca o aspecto de "tabú" e seja tratada como um assunto de interesse para a obtenção de parâmetros mais avançados em gestão de recursos humanos, através da participação coletiva da instituição e de todas as suas estruturas e pessoas. A GLOBAL participou do 4º Forum de Dependência Química nas Empresas do Rio de Janeiro, realizado na FIRJAN, entre 11 e 13 de novembro p.p. no Rio de Janeiro (RJ), promovido pelo Forúm Permanente de Dependência Química nas Empresas do Rio de Janeiro, tendo alí apresentado "Tema Livre ", cujo documento é a seguir apresentado. Após o Documento, informamos uma relação de locais a serem contatados e que atuam no setor. RESUMO O presente trabalho visa problematizar no âmbito da segurança empresarial as situações ligadas a uso e abuso de drogas e dependência química nas empresas, buscando estabelecer procedimentos e ações ligadas à prevenção dessas ocorrências, a partir da conceituação do problema e das formas de seu enfrentamento pelas organizações, face as ameaças contra a integridade física e patrimonial que podem ocorrer a partir do problema. Considerando-se a Segurança Empresarial como responsável pela continuidade das atividades ou negócios da organização a partir de conhecimentos, técnicas e métodos voltados para o esquema protetivo de pessoas, bens e instalações, bem como , a interação que deve nortear seus procedimentos com os interesses coletivos, sugere-se a integração da segurança empresarial aos programas de prevenção adotados pelas empresas, e ainda , a motivação a partir de suas estruturas para que empresas e organizações, mantenham tais programas, que podem e devem ser apoiados pela segurança integrando-se a equipes ou esquemas
51 multidisciplinares que atuem sobre o problema nas empresas. A intervenção e/ou suporte da Segurança Empresarial no tocante a essas políticas no campo das empresas justifica-se pela própria natureza e tipicidade da matéria, cujas conseqüências resvalam para riscos ou situações reais que comprometam a segurança nas organizações, a partir do amplo espectro que envolve segurança tais como segurança física contra intrusões, proteção contra fraudes, contra-espionagem e prevenção de acidentes ocupacionais.
INTRODUÇÃO A Segurança Empresarial constitue-se no modelo de atendimento as necessidades das instituições e organizações, voltado para a preservação e proteção de pessoas, bens e instalações, visando a continuidade operacional pelo uso de conhecimentos, técnicas e métodos aplicáveis à segurança e a salvaguarda. A Segurança Empresarial tem por escopo atender as organizações nas suas necessidades protetivas contra agressões internas ou externas, que possam colocar em risco seu patrimônio, suas atividades e as pessoas ali envolvidas. A Segurança Empresarial tem enfoque eminentemente preventivo e busca pela inibição e/ou dissuasão evitar ou minimizar riscos provenientes de agressões criminosas. Seu campo de atuação é determinado e é atividade econômica regulamentada, sujeita a controle jurisdicional por parte do Ministério da Justiça, dependendo de autorização para funcionamento e credenciamento para a atividade de prestação de serviços. Uma de suas características operacionais é que permeia por toda a instituição ou empresa, já que sua atividades são contínuas e ininterruptas, mantendo dessa forma uma presença nuclear e possuindo perante a empresa e seus dirigentes uma significativa responsabilidade. Nesse contexto presentemente surge um desafio para a segurança empresarial , que é o do uso e abuso de drogas e dependência química na empresa onde atua a segurança, que na maioria das vezes é uma atividade terceirizada, realizada por empresas de vigilância e segurança existentes no mercado. No tocante a drogas e dependência química, existe todo um referencial sócio-cultural que atua sobre o sistema de segurança, envolvendo preconceitos e distorções a partir de seus agentes quanto a usuários e/ou dependentes. Com a ampliação do problema na sociedade e a necessidade de intervenção para sua solução, hoje uma demanda universal, é imprescindível que a segurança empresarial atue junto a organização, de modo sistêmico e integrado, visando a obtenção de resultados que contribuam na implantação ou execução de políticas privadas voltadas para a prevenção ao uso e abuso de drogas e dependência química. Reconhece-se hoje a partir de estudos científicos e de pesquisas sobre o assunto , que existem duas pontas na atuação contra o uso e abuso de drogas e dependência química. A primeira delas, refere-se ao controle da disponibilização de drogas ilícitas e a um maior controle das chamadas lícitas. A outra, envolve processos de intervenção que envolvem a área de educação e de saúde, em procedimentos de educação e de reeducação que visem uma abordagem ampla sobre o assunto, mas que mantenham o referencial de sensibilização, visando o combate a ampliação do número de usuários e dependentes. Nesse ponto é importante que as instituições e empresas, adotem Políticas Internas de Prevenção e Assistência ao Uso e Abuso de Drogas e Dependência Química, visando atender a seus colaboradores num assunto que hoje deve mobilizar toda a sociedade. Campanhas Educativas e Promocionais podem ser implementadas, usando como referencial as de Prevenção de Acidentes do Trabalho que exercitadas no Brasil, há cerca de duas décadas conseguiram significativos resultados, tendo a participação de sistemas de Segurança Empresarial. Estribadas no conceito econômico e social, tais campanhas trazem em sua essência a demonstração dos prejuízos para as empresas e para os trabalhadores a partir de acidentes e doenças causadas pelo trabalho, e enfocando com destaque o aspecto econômico-financeiro, conseguiram sensibilizar dirigentes empresariais e gestores para a importância do tema. Esse modelo pode ser transportado e resguardadas as peculiaridades de cada organização, com o acurado estudo de sua cultura interna, aplicado em função macro no campo da educação de recursos humanos, podendo a Segurança Empresarial oferecer colaboração a partir do modelo usado na prevenção de riscos ocupacionais. SEGURANÇA EMPRESARIAL: CONTEXTO DROGAS E DEPENDÊNCIA QUÍMICA O uso e abuso de drogas e a dependência química nas empresas, é também um problema para a área de segurança. Conceituada sua origem no campo da Saúde Pública, face as dimensões com que se reveste na atualidade, não há ainda em nosso meio uma mobilização que traga o assunto a nível de integração de ações, com a participação do sistema de segurança empresarial.
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O problema envolve preconceitos e tem ainda em muitos casos, uma resposta limitada a procedimentos repressivos. Por outro lado também é comum observarmos, o assunto ser "ignorado" como forma de fugir ao seu enfrentamento e solução. A tratativa do tema nas organizações , quase sempre esbarra em "censuras veladas" que visam uma falsa e equivocada "proteção de imagem", que na verdade é uma potencialização de riscos para o usuário/dependente e para a organização. O campo da segurança empresarial envolve variados riscos, riscos esses que podem ser ampliados, a partir da presença nas áreas ou ambientes de risco de pessoas que apresentem problemas de saúde ligados à dependência ou uso de drogas e que através de suas ações, certamente comprometerão uma política de segurança.
No campo da segurança ocupacional, a prevenção de acidentes sofre graves reflexos a partir da dependência química ou do uso de drogas. Como exemplo, basta sinalizar algumas tarefas industriais como operação de guindastes, pontes-rolantes, empilhadeiras e veículos em geral. Operadores comprometidos em sua saúde não só representam risco para si, como expõe a risco a todos ali presentes... No campo da segurança patrimonial, o problema também aparece. Usuários e dependentes, oferecem risco potencial que variam da prática de ações de desvios comportamentais a problemas de inter-relacionamento que geram, não raro, situações até mesmo de agressões verbais e físicas. Para a segurança empresarial esses fatores de risco pessoais, podem comprometer sistemas complexos de segurança que variam da segurança de dados a segurança física de produtos ou instalações. Por outro lado, a disseminação do uso de drogas, pode trazer para a segurança novos riscos, já que usuários usuários na busca ao atendimento as suas necessidades, não hesitarão em cometer desvios de conduta (furtos, fraudes , desvios de mercadorias ou bens, fornecimento de dados tecnológicos ou de gestão a concorrentes , sabotagens etc.), sujeitando toda a estrutura a perigos que dependendo de sua amplitude, podem significar o fim da organização. Agressões externas podem ser facilitadas e obterem maior chance de sucesso, se por exemplo, nosso sistema de vigilância estiver "neutralizado" com seus agentes desatentos ou inertes, em função de dependência química ou do uso de drogas. Na prática, isso significa que o risco para a segurança é total, a partir de um problema de saúde individual, ou seja , técnicas de prevenção devem ser ativadas para evitar que existam fatores sensíveis de risco, não só na empresa, mas também na própria estrutura e nos sistemas operacionais de segurança. A Segurança Empresarial deve estimular nas organizações a implantação de Programas Preventivos e de Assistência a usuários e/ou dependentes, visando minimizar a potencialização de riscos em sua área de atuação. Deverá também atribuir aos seus quadros funcionais a responsabilidade na cooperação a tais programas, bem como, manter na exata dimensão do problema de saúde as intervenções necessárias. Também deve ser analisada pela segurança empresarial a avaliação de seus quadros funcionais quanto a riscos ou situações já existentes, e adotadas as medidas tendentes a intervenção. Programas específicos para a área de segurança empresarial devem ser elaborados, visando obter de seus agentes cooperação, a partir do conhecimento da complexidade do problema e das técnicas corretas de intervenção e apoio. A Segurança Empresarial, dispõe pela sua própria natureza, de mecanismos de busca de informações e de análise de riscos , que devem ser disponibilizadas para as equipes multidisciplinares que atuam nos Programas de Prevenção e Assistência. As características operacionais de segurança que a obrigam a circular e operar por todas as dependências da organização, podem significar um vetor importante nesses Programas. A ampliação da ação criminosa quanto a drogas, pode significar risco para as empresas, devendo-se levar em conta as seguintes possibilidades: · Utilização das dependências da empresa para guarda de drogas, visando eliminar riscos em outros locais; · Utilização de armários individuais para guarda e distribuição interna de drogas; · Utilização de empregado para motivação ao uso de drogas na organização, em especial aqueles que pela natureza de sua atividade mantenham capacidade de circulação, ou com grande número de contatos pessoais internos. A Segurança Empresarial tem assim um enorme desafio em suas atribuições a partir da problemática do uso
53 e abuso de drogas e dependência química. Deve estar estruturada e capacitada aos procedimentos de prevenção e controle, bem como, cooperar com outras estruturas na organização para a solução do problema. Compete a segurança estabelecer a Análise de Riscos , visando impedir a ocorrências de graves problemas na empresa ,que podem surgir a partir de uma visão distorcida quanto ao problema, que mantenha apenas uma visão repressiva ou policialesca, que não lhe cabe e cuja ação trará danos irreparáveis a sua eficiência e eficácia. CONCLUSÃO A atual conjuntura empresarial sinaliza para a redução de custos, visando equalizar a oferta de seus produtos, bens ou serviços as novas formas econômicas. A Segurança Empresarial é um vetor nesse processo, já que visa assegurar a proteção contra agressões externas ou internas, ou incidentes que venham a comprometer a estrutura empresarial. Dentro desse cenário, o Uso e Abuso de Drogas e a Dependência Química, representam prejuízos diretos e indiretos para a organização, a partir de seus Recursos Humanos atingidos pelo problema, devendo merecer a intervenção da Segurança Empresarial em atividades de suporte a Programas de Prevenção e Assistência. A Segurança Empresarial deve estabelecer parâmetros de Análise de Risco quanto a ocorrências desses problemas na organização, e integrar-se as estruturas de RH, Serviço Social Ocupacional, Psicologia do Trabalho, Medicina Ocupacional e Segurança do Trabalho, visando contribuir no enfrentamento do problema, devendo privilegiar em Campanhas Educativas a participação prioritária de seu pessoal, visando inclusive, criar novos agentes mobilizadores.
A Segurança Empresarial deve buscar informações sobre a matéria e inserir-se como um agente dinâmico no problema, já que os efeitos gerados pelo uso ou abuso de drogas e dependência química, representam riscos potenciais em todas as suas áreas de atuação na empresa, cabendo a segurança associar-se as medidas de gestão com vistas aos novos paradigmas empresariais, que privilegiam o sistema de Recursos Humanos, visando a ampliação de mercados e o crescimento da organização. Assim, compete a Segurança Empresarial procedimentos estratégicos e contingenciais voltados para a solução do problema nas empresas, atuando na exata dimensão do problema de saúde pública que atinge as empresas, através de sua metodologia protetiva. A Segurança Empresarial, em grande parte atuando como sistema terceirizado, tem um enorme e elevante papel a desempenhar na problemática de uso e abuso de drogas e dependência química nas empresas, podendo criar parcerias internas e externas, visando melhor atender as organizações a quem presta serviços. Para outras informações: Central de Serviços de Alcóolicos Anônimos Av. Rio Branco, 57 sala 201 Tels: (021) 233-4813 / 253-92-83 Narcóticos Anônimos Rua do Acre, 47 sala 412 Tels: (021) 233-88-98 / 233-02-20 Conselho Estadual de Entorpecentes - CONEN/RJ Rua Fonseca Teles, 121 / 3º andar Tel. (021) 589-8709 Associação Brasileira de Estudos de Alcóol e outras drogas - ABEAD Tels.: (021) 253-23-30 / 253-59-07 Drogas O fascínio do homem em inventar substâncias que atuando no cérebro ou outros órgãos alivie a dor, tanto física quanto psíquica é bem antiga. As drogas acompanham o homem em sua evolução, seja para alívio da dor (analgésico); como auxílio nas intempéries físicas e geográficas (índios sul-americanos mascam coca para vencerem a fadiga e a fome); ou
54 como estratégia para obter respostas acerca de sua existência (rituais religiosos ou festivos em determinadas tribos). Concomitantemente ao avanço tecnológico, o qual propiciou a descoberta de novas substâncias contra a dor, surgiu o fenômeno da dependência ( do vício), que aliado a fatores culturais ( e muitas vezes econômicos) fez com que a questão legalidade e ilegalidade intervisse para controlar o uso ( e abuso) dessas substâncias. O abuso de drogas é considerado pela Organização Mundial da Saúde, como sendo uma "doença epidêmica", o que nos remete aos múltiplos fatores, a saber, o produto, a personalidade e a sociedade - responsáveis pelas alterações orgânicas, psicológicas e sociais. Vários fatores podem interferir para no uso e/ou abuso de drogas e sua manifestação, como a pré-disposição genética, meio cultural, constituição psíquica do indivíduo e ambiente social. Considera-se droga toda e qualquer substância que o ser humano usa e altera o Sistema Nervoso Central. TRÊS FUNÇÕES PODEM SER DESIGNADAS ÀS DROGAS: 1 - Superar as angústias existenciais; 2 - Entrar em contato com sensações sobrenaturais; 3 - Obter prazer.
EFEITOS DA DROGA EFEITO DA ABSTINÊNCIA - dormência - dor - euforia - ansiedade - secura na boca - suor, coriza, salivação - prisão de ventre - diarréia - pulso lento - pulso acelerado - hipotensão - hipertensão - fim da tosse - tosse - respiração lenta - respiração rápida - pupila contraída - pupila dilatada - hipo-tonicidade muscular - hiper-reflexia, cãibras - sonolência - insônia Classificação das drogas segundo os efeitos no Sistema Nervoso Central Depressoras - benzodiázepínicos - barbitúricos - analgésicos e anestésicos - neurolépticos Estimulantes - anfetaminas e derivados - nicotina - xantinas (cafeína e outras) - efedrina Modificadores de conduta - euforizantes - cocaína, crack, etc. - depressores - etanol - solventes voláteis - opióides - alucinógenos - canabinóis - lsd - mescalina - psilocibina - "chás", etc. Carlos Paiva Presidente do Comitê de Segurança Empresarial da Agencia Brasil de Segurança – ABS - E-mail: [email protected]
http://www.cursos-recursoshumanos.com/artigo6.php - 25 DE MARÇO DE 2012-03-25
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INDICE
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I - CONCEITUANDO DEPENDÊNCIA QUÍMICA
1.1 - Aspectos Históricos
1.2 - Aspectos Dinâmicos
1.3 - Mas afinal, o que é a dependência química?
CAPÍTULO II – DROGAS MAIS USADAS E SEUS
MECANISMOS DE AÇÃO
2.1 - Álcool
2.2 - Anfetaminas
2.3 - Cocaína
2.4 - Ecstasy
2.5 - LSD
2.6 - Inalantes
2.7 - Maconha
2.8 - Tabaco
2.9 - Tranqüilizantes
2.10 – Crack
7 8 10 12 13 14 16 17 18 19 20 22 22 23 24 25 26
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CAPITULO III – A IMPORTANCIA DA FAMILIA NO PROCESSO
3.1 – A dependência nas famílias toxicômanas
3.2 - Papel da família na prevenção
CAPÍTULO IV – O PAPEL DO GESTOR DE RH NO PROCESSO DE
PREVENÇÃO
4.1- Drogas no trabalho: O que as empresas podem fazer, por seus funcionários?
4.2 - Criando a aderência e a capacitação de sua equipe
4.3 - Como os gestores podem ajudar seus funcionários
4.3.1 A promoção da saúde como prevenção
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
WEBGRAFIA
ANEXO 1
ANEXO 2
ANEXO 3
INDICE
28 29 31 33 34 37 38 39 41 43 44 45 48 50 55