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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA Por: Camilla Bomfim do Nascimento Orientador Profa. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA

Por: Camilla Bomfim do Nascimento

Orientador

Profa. Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Psicopedagogia.

Por: Camilla Bomfim do Nascimento

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Jurema e Iberê por terem

me incentivado a continuar meus estudos

e nunca me deixaram desistir.

Ao meu noivo Bruno, por estar sempre ao

meu lado me apoiando e dando

conselhos em todos os momentos da

minha vida.

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DEDICATÓRIA

À minha família que sempre me

apoiou, dando forças para continuar e

aos meus amigos que dividiram comigo

essa experiência e por cada palavra de

incentivo que me deram.

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RESUMO

Na infância, a atividade lúdica se confunde com a própria vida. Brincar é uma

ocupação muito séria. As brincadeiras facilitam o crescimento corporal, o

aumento da força, de resistência física e coordenação motora. Contribuem

para a vida afetiva, propiciam a socialização da criança e a formação de papéis

morais. A literatura nos mostra que a definição do brincar vem mudando ao

longo do tempo. O presente trabalho tem como objetivo analisar a maneira

com que as brincadeiras infantis contribuem para o desenvolvimento cognitivo

das crianças.

Palavras Chave: Brincar; Educação Infantil; Criança.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada para este estudo parte de uma pesquisa e

revisão bibliográfica em artigos científicos. O trabalho é baseado em pesquisa

e o tema proposto apresenta a contribuição do brincar no desenvolvimento

infantil.

O presente trabalho será embasado na proposta de autores renomados

como Levy Vygotsky, Tizuko Kishimoto, Mara Schoenberger entre outros.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O despertar pelo brincar 10

CAPÍTULO II - O brincar e a educação infantil 14

CAPÍTULO III – Brincar: um direito de todos! 20

CAPÍTULO IV – Exemplos de jogos e brincadeiras 27

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 37

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INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo analisar como as brincadeiras infantis

contribuem para o desenvolvimento cognitivo das crianças.

É importante ressaltar que o lúdico na Educação Infantil tem por

finalidade promover a interação social, o desenvolvimento das habilidades

físicas e intelectuais dos alunos, ajudando-os a viver em grupo, trocar ideias,

saber ouvir e participar, descobrir coisas novas, participar de jogos variados de

forma ordenada e interiorizar regras de convívio em grupo.

Busco através desta monografia, ressaltar a compreensão da

importância da educação lúdica para um processo de ensino-aprendizagem

prazeroso, criativo e enriquecedor, buscando desmitificar o papel do brincar na

realidade das crianças. Mas o que é o brincar?

Brincar, segundo FERREIRA (2008), quer dizer divertir-se, recrear - se,

entreter-se agindo como se estivesse a vivenciar certa situação. Ou seja, ao

brincar a criança se diverte, alegra-se infantilmente, imagina várias situações

diferentes através do faz-de-conta, contribuindo assim para a formação de

valores e atitudes para a vida inteira.

A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que

esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se

colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se

atividades lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão

corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.

É brincando que a criança amadurece, realiza seus sonhos, extravasa

seus medos, imita seus pais e o mundo adulto, testa seus limites. E sempre

tendo um brinquedo, ou uma brincadeira, como instrumento de ação e de

educação.

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É importante esse momento da brincadeira no desenvolvimento das

crianças, pois elas se expressam através do lúdico, de um desenho, da

imaginação de cada uma. E observamos que até mesmo um adulto sente a

necessidade e prazer em brincar, jogar e criar, como ocorre com as crianças.

As atividades lúdicas, as brincadeiras, agem como ferramenta ideais

para a aprendizagem, posto que envolve os alunos e a participação de todos.

Portanto o capítulo 1 O despertar pelo brincar tem como objetivo

ressaltar o que é o brincar e sua importância; no capítulo 2 O brincar e a

educação infantil tem como objetivo apresentar como os jogos podem

contribuir com a aprendizagem em sala de aula; no capítulo 3 Brincar: um

direito de todos! Tem como objetivo entender os direitos das crianças e sua

relação com o brincar e no capítulo 4 Exemplos de jogos e brincadeiras tem

como objetivo mostrar algumas brincadeiras.

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CAPÍTULO I

O despertar pelo brincar

O interesse por essa temática, o brincar, surgiu nas minhas observações

numa colônia de férias que participei durante o mês de janeiro de 2014.

O modo como as crianças brincavam, as falas, a atitude de cada uma foi

me despertando o interesse em me aprofundar sobre a importância das

brincadeiras infantis, como elas ajudam o crescimento das crianças, se

contribuem ou não para esse desenvolvimento, de que forma uma simples

brincadeira entre amigos pode colaborar no desenvolvimento social,

psicológico e motor das crianças.

Sendo assim, o objetivo principal deste estudo é analisar a contribuição

das brincadeiras infantis para o desenvolvimento cognitivo das crianças,

buscando descrever primeiramente, como se deu a evolução da educação

infantil no Brasil.

Em seguida busco identificar a importância do brincar na vida das

crianças e como essas brincadeiras auxiliam no desenvolvimento das mesmas.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)

estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a

define como um direito da criança para desenvolver seu pensamento e

capacidade de expressão, além de situá-la em sua cultura.

Podemos ver que é através de jogos e brincadeiras que proporcionamos

a aquisição de novos conhecimentos, desenvolvendo na criança habilidades de

forma natural e agradável. Os jogos e brincadeiras são necessidades básicas

da criança, essenciais para o desenvolvimento motor, social, emocional e

cognitivo. (SCHOENBERGER, 2010)

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Este estudo terá uma base na origem da educação infantil, as leis que

respaldam e sua evolução até os dias de hoje, buscando fazer uma relação

entre a infância e o brincar. Veremos também como as brincadeiras podem

auxiliar no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, onde

por exemplo, através de um simples desenho podemos identificar uma

situação vivenciada pela criança naquele momento.

Segundo VEIGA (2006), por meio do jogo a criança exercita a

capacidade de lidar com os sentimentos aflitivos e com desafios, buscando

maneiras para administrar situações cotidianas. Diante dessa reflexão,

procurou-se analisar “a contribuição dos jogos e brincadeiras no

desenvolvimento cognitivo da criança” e sua grande importância para a

sociedade, pois como cita MARQUES (2012) vamos verificar como o lúdico

pode desenvolver uma criança, pois o jogo favorece os desenvolvimentos

cognitivo, afetivo e motor, mostrando-se um excelente auxiliar no processo de

aquisição do conhecimento e a brincadeira é um dos meios mais fáceis para se

aprender e se desenvolver.

Segundo Pedroza (2005), o jogo, a brincadeira, por mais bem

elaborados que possam ser não trazem por si só o lúdico, mas são as próprias

crianças, durante a brincadeira, que transformam o momento em um momento

lúdico, de fantasia e realidade criadas por elas.

Ao abordar o tema sobre brincar, não podemos deixar de nos referir às

crianças. Assim como afirma Ferreira (2008), a criança não é um adulto que

ainda não cresceu. Ela tem características próprias e para se tornar um adulto,

ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo,

social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família,

posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a

escola.

As brincadeiras são importantes por fazerem parte do mundo das

crianças e por proporcionarem momentos agradáveis dando espaço à

criatividade. Todos devemos buscar bem-estar dos pequenos durante o

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processo de ensino aprendizagem, resgatando assim o lúdico como

instrumento de construção do conhecimento. (MARQUES, 2012)

As crianças têm sofrido muito com as mudanças ocorridas na nossa

sociedade em relação ao brincar e cada vez mais acaba tendo esse espaço da

brincadeira somente na escola.

Assim como afirma SILVA (2009), a escola acaba sendo a única fonte

transmissora de cultura, onde ainda existem espaços para as crianças

brincarem, tendo os profissionais de educação a incumbência de ensinar e

resgatar as brincadeiras populares, mas não só isso, como também o jogo

deve fazer parte do cotidiano das crianças, e seria usado como uma forma de

transmitir conhecimento, pois a atividade lúdica é benéfica ao aprendizado.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação

Infantil, “a brincadeira de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que

possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de

tabuleiro) jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc., propiciam a ampliação

dos conhecimentos da criança por meio da atividade lúdica”. (1998, v1. p.28).

E nessa perspectiva que o lúdico se torna muito importante na escola,

porque pelo lúdico a criança faz ciência, pois trabalha com a imaginação e

produz uma forma complexa de compreensão e reformulação de sua

experiência cotidiana. Ao combinar informações e percepções da realidade

problematizada, tornando-se criadora e construtora de novos conhecimentos.

(MARQUES, 2012)

Faz-se necessário o uso de jogos e brincadeiras em sala de aula onde o

professor pode, através do lúdico, possibilitar a vontade de aprender e a busca

pelo conhecimento de um modo diferente.

Ao desenvolver em sala de aula um trabalho com jogos está não só

desenvolvendo os aspectos cognitivos das crianças, mas passando também a

enfatizar os aspectos afetivos que são resgatados durante um momento lúdico

(jogos e brincadeiras). (TEZANI, 2004)

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A criança quando brinca mergulha na imaginação e recria através da

brincadeira a realidade, principalmente coisas que ela não poderia resolver na

sua condição de criança, ou seja, as crianças que brincam com a imaginação

são capazes de fazer qualquer coisa com a sua fantasia.

Segundo Mello e Valle (2005), é por meio do brinquedo e de sua ação

lúdica que a criança expressa sua realidade, ordenando e desordenando,

descontruindo e construindo um mundo que lhe seja significativo e que

corresponda às necessidades intrínsecas para seu desenvolvimento global.

O brincar também promove a constituição do próprio indivíduo. Incluir o

jogo e a brincadeira na escola tem como pressuposto, então, o duplo aspecto

de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo é a construção do

conhecimento, processos estes intimamente interligados. (BOTELHO, 2008)

Por tudo isso, que toda criança deve brincar. Assim como afirma Alves

(2011), é através da brincadeira que a criança atribui seu sentido ao mundo, se

apropria de conhecimentos que a ajudarão a agir sobre o meio em que ela se

encontra. Em alguns momentos ela vai reproduzir, em suas brincadeiras,

situações que presenciou em seu meio.

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CAPÍTULO II

O brincar e a educação infantil

Neste estudo pretendo desenvolver uma discussão sobre o tema

escolhido para a realização deste estudo que é como o brincar contribui para o

desenvolvimento infantil.

Considerando a educação infantil como a primeira etapa da educação

na qual a finalidade deve ser o desenvolvimento integral da criança até os seis

anos de idade, justifica-se a relevância do tema, uma vez que o brincar é um

dos princípios da Declaração de Direitos Internacionais da Criança. Este

documento considera que elas têm o direito de brincar, visto ser essa uma

forma particular de expressão, pensamentos, interação e comunicação infantil

(UNICEF, 1959).

Como cita o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

(RCNEI, 1998), para se desenvolver as crianças precisam aprender com os

outros, por meio dos vínculos que estabelece. Se as aprendizagens acontecem

na interação com as outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças, elas

também dependem dos recursos de cada criança. Dentre os recursos que as

crianças utilizam, destacam-se a imitação, o faz-de-conta, a oposição, a

linguagem e a apropriação da imagem corporal. Nas brincadeiras as crianças

podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a

imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas

capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e

experimentação de regras e papéis sociais.

É necessário que os educadores da atualidade utilizem-se do lúdico na

educação infantil, pois ao separar o mundo adulto do infantil, e ao diferenciar o

trabalho da brincadeira, a humanidade observou a importância da criança que

brinca. (ARRUDA, 2011)

Brincar é, assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação

das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados

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sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já

conhecem, utilizando a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos

prévios, ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma

situação imaginária nova. Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade

interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na

interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se

autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas

fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo

pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da

realidade imediata (RCNEI, 1998).

A brincadeira, seja ela simbólica ou de regras, não tem apenas caráter

de diversão ou de passatempo. Pela brincadeira a criança, sem a

intencionalidade, estimula uma série de aspectos que contribuem para o

desenvolvimento individual do ser quanto para o social. Primeiramente a

brincadeira desenvolve os aspectos físicos e sensoriais, de exercício e as

atividades físicas que são promovidas pelas brincadeiras auxiliam a criança a

desenvolver os aspectos referentes à percepção, habilidades motoras, força e

resistência e até as questões referentes à termoregulação e controle de peso

(SMITH, 1982).

O brincar, segundo SCHOENBERGER (2010), implica uma relação

cognitiva e representa o poder para interferir no desenvolvimento infantil, além

de ser um instrumento para a construção do conhecimento do aluno.

Em relação aos jogos, não estão relacionados só com o ato de brincar e

sim com o desenvolvimento físico, afetivo, cognitivo, moral e social. Portanto é

com o desenvolvimento harmonioso e global da criança que o educador deverá

interagir no lúdico através de jogos e brincadeiras como recursos pedagógicos

acessível aos diversos níveis de ensino. No brincar, aprendemos e ensinamos

sobre o mundo em que vivemos e por esse motivo a brincadeira é a forma

como toda a criança inicia sua relação com o mundo (ARRUDA, 2011).

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Mello e Valle (2005) em uma discussão sobre a influência do brincar no

desenvolvimento infantil acrescentam que o brinquedo proporciona a

exteriorização de medos e angústias e atua como uma válvula de escape para

as emoções.

Para Souza (2009), o brincar é uma das atividades fundamentais para o

desenvolvimento das crianças. A criança, desde muito cedo, se comunica

através de gestos, sons e mais tarde, em suas brincadeiras imaginam

determinados papéis e isso faz com que desenvolva sua imaginação. As

brincadeiras desenvolvem a atenção, a imitação, a memória e a imaginação.

Através das brincadeiras, os adultos estabelecem com crianças laços de

confiança que possibilitam o início do brincar. O brincar é conhecido como uma

atividade que permite que as crianças relaxem através da dispersão de

energias, contidas na classe e as brincadeiras as restauram fisicamente.

Brincando a criança desenvolve potencialidades: ela compara, analisa,

nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria. O

brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil,

possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade,

habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras

crianças e com os adultos (FERREIRA, 2008).

Mello e Valle (2005) afirmam ainda que o brinquedo possibilita o

desenvolvimento infantil e em todas as dimensões, o que inclui a atividade

física, a estimulação intelectual e a socialização. As autoras continuam

indagando que a brincadeira promove a educação para hábitos da vida diária,

enriquece a percepção, desperta interesses, satisfaz a necessidade afetiva e

permite o domínio das ansiedades e angústias.

A brincadeira também é uma rica fonte de comunicação, pois até

mesmo na brincadeira solitária a criança, pelo faz de conta, imagina que está

conversando com alguém ou com seus próprios brinquedos. Com isso, a

linguagem é desenvolvida com a ampliação do vocabulário e o exercício da

pronúncia de palavras e frases.

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Algumas vezes as crianças não alcançam um determinado rendimento

escolar esperado, ou apresentam algumas dificuldades de aprendizagem

porque determinados aspectos do seu desenvolvimento estão em déficit

quando comparados com sua idade cronológica. Nestes casos, a brincadeira é

uma ferramenta que pode ser utilizada como estímulo dos processos de

desenvolvimento e de aprendizagem. Friedman (1996), Dohme (2002) e

Cordazzo (2003), apresentam alguns tipos de brincadeiras com seus

respectivos benefícios para o desenvolvimento.

Alguns exemplos de brincadeiras que os autores acima citaram que

estimulam o desenvolvimento físico e motor podem ser: os jogos de perseguir,

procurar e pegar. A linguagem pode ser estimulada pelas brincadeiras de roda

e de adivinhar. O aspecto social pode ser estimulado pelas brincadeiras de faz

de conta, jogos em grupo, jogos de mesa e as modalidades esportivas. O

desenvolvimento cognitivo pode ser estimulado com a construção de

brinquedos, com os jogos de mesa, de raciocínio e de estratégia. Quando o

déficit no desenvolvimento for detectado, estimulado e sanado a criança estará

mais preparada para determinados tipos de aprendizagem que anteriormente

poderia apresentar dificuldades.

É necessário que o professor esteja observando as crianças e a forma

como o mesmo fará a intervenção durante a brincadeira irá definir o curso

desta. Bomtempo (1997) coloca que a intervenção do professor deve revitalizar

clarificar, explicar o brincar e não dirigir as atividades, pois quando a

brincadeira é dirigida por um adulto com um determinado objetivo ela perde

seu significado, lembrando que a brincadeira deve possuir fim em si mesma.

Spodek e Saracho (1998) distinguem dois modos de intervenção por

parte do professor durante a brincadeira, o participativo e o dirigido. No modo

participativo, a interação do professor visa a aprendizagem incidental durante a

brincadeira. As crianças acham um problema e o professor, como que um

membro a mais no jogo, tenta junto com o grupo encontrar a solução,

estimulando estas a utilizarem a imaginação e a criatividade. No modo dirigido

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o professor aproveita a brincadeira para inserir a aprendizagem de conteúdos

escolares e dirigir as atividades para as situações não lúdicas, causando uma

desvalorização do brincar, que deixa de ser espontâneo, impedindo o

desenvolvimento da criatividade.

Através dos jogos lúdicos, do brinquedo e da brincadeira, desenvolve-se

a criatividade, a capacidade de tomar decisões e ajuda no desenvolvimento

motor da criança, além destas razões, tornam as aulas mais atraentes para os

alunos, são a partir de situações de descontração que o professor poderá

desenvolver diversos conteúdos, gerando uma integração entre as matérias

curriculares. (MARQUES, 2012)

Com a utilização de recursos pedagógicos, o professor poderá utilizar-

se, por exemplo, de jogos e brincadeiras em atividades de leitura ou escrita em

matemática e outros conteúdos, devendo, no entanto, saber usar os recursos

no momento oportuno, uma vez que as crianças desenvolvam seu raciocínio e

construam seu conhecimento de forma descontraída. (ARRUDA, 2011)

Segundo SCHOENBERGER (2010), tanto o jogo quanto a brincadeira

estão atrelados no mundo infantil, pois a criança adquire a aprendizagem

jogando, pois jogando fornece a criança a possibilidade de construir uma

identidade autônoma, cooperativa e criativa. Os jogos fazem parte do ato de

educar, um compromisso consciente, intencional e modificador da sociedade.

Os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento

para gastar energia das crianças, mas meios que enriquecem o

desenvolvimento intelectual e que podem contribuir significamente para o

processo de ensino e aprendizagem e no processo de socialização das

crianças. (MARQUES, 2012)

Afirma ARRUDA (2011) ainda que jogos e brincadeiras não é apenas

um passatempo para a criança, é um momento lúdico onde o desenvolvimento

está sendo aprimorado relacionado com um aprendizado fundamental: seu

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conhecimento de mundo através das suas próprias emoções. Por meio de

jogos, cada criança cria uma série de indagações a respeito da vida. As

mesmas que mais tarde, na fase adulta, ela voltará a descobrir e ordenar

através do raciocínio.

Segundo SCHOENBERGER (2010), o jogo é considerado um dos

elementos fundamentais para que o processo de ensino-aprendizagem possa

superar os indesejáveis métodos da descoberta, do conteúdo pronto, acabado

e repetitivo, que tornam a educação tão maçante, sem vida e sem alegria. O

jogo supõe relação social. Por isso, a participação em jogos contribui para a

formação de atitudes sociais, respeito mútuo, solidariedade, cooperação,

obediência às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal.

Comparada com a situação escolar, a situação do jogo parece pouco

estruturada e sem função explícita na promoção de processos de

desenvolvimento, mas sabemos que o jogo é essencial como recurso

pedagógico, pois no brincar, a criança articula teoria e prática, formula

hipóteses e as experiências, tornando a aprendizagem atrativa e interessante.

(TEZANI, 2006)

A criança quando brinca está livre de preocupações, não está

empenhada na realidade, a sua interação é consigo mesma e com objetos que

ela utiliza, e assim a sua maneira, ela assimila o mundo e novos conceitos, a

brincadeira então assume um caráter importante para a organização do

pensamento e aquisição da linguagem de signos linguísticos. (ADE, 2006)

Para Marques (2012), a escola ao valorizar o lúdico, estendendo-o

também ao ato pedagógico, ajuda às crianças a formarem um bom conceito de

mundo, um mundo onde a afetividade é acolhida, a sociabilidade vivenciada, a

criatividade estimulada e os direitos da criança respeitados.

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CAPÍTULO III

Brincar: um direito de todos!

Considerando que crianças de 0 a 6 anos tem reconhecimento na

Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na

Lei de Diretrizes e Bases de 1996, a educação infantil é direito da criança,

dever do Estado e opção da família, sendo que desde que a LDB de 1996, é a

primeira etapa da educação básica, tornando-se peça fundamental no

desenvolvimento infantil.

A partir da Constituição de 1988, foram abertas possibilidades de

fiscalização das ações do governo por parte dos cidadãos, criando caminhos

para a participação da sociedade, trazendo avanços em diferentes áreas da

vida em sociedade. Na Educação Infantil não foi diferente, impulsionados pelas

atuais concepções de infância e exigências legais tem se criado novas políticas

públicas.

Ao que se refere da Constituição Federal de 1988, no artigo 208, inciso

IV, diz o seguinte:

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia

de: IV – “atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos

de idade”.

Com isto a Constituição toma a Educação Infantil como um direito da

criança e uma opção da família, que por consequência obrigou o Estado a criar

novas políticas públicas para assegurar-lhes seu direito.

O Estatuto da Criança e Adolescente – (ECA) foi um resultante disto,

promulgado em 1990, lei nº 8069 em seu artigo 227, coloca a criança e o

adolescente como prioridade nacional, onde reconhecem como pessoas em

condições peculiares de desenvolvimento, também estabelecem um sistema

de elaboração e fiscalização de políticas públicas voltadas para a infância,

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tentando com isso impedir desmandos, desvios de verbas e violações dos

direitos das crianças.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – (LDB), promulgada em 1996,

nº 9394 estabelece em seu artigo 21 a composição da Educação Escolar: I –

educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio;

II – educação superior; trazendo em seu artigo 29 a finalidade da Educação

Infantil, o desenvolvimento integral das crianças até seis anos de idade, em

seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da

família e da comunidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, procura

conscientizar a implementação de uma série de procedimentos

regulamentados, para que as creches e pré-escolas valorizem suas atividades

integrando o cuidado com a educação.

Como o ensino fundamental agora é composto de 9 anos, a educação

infantil passou a ser das crianças de 0 a 5 anos e não mais 6 anos, houve um

avanço para as crianças e suas famílias em si.

A educação infantil conquistou seus direitos ao longo dos anos, com a

criação de projetos educativos voltados à ela, sendo criado até um Referencial

Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), para auxiliar os

professores no trabalho educativo diário junto às crianças pequenas.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC, 1998)

estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a

define como um direito da criança para desenvolver seu pensamento e

capacidade de expressão, além de situá-la em sua cultura. Atividades de

brincadeiras na educação infantil são praticadas há muitos anos, entretanto,

torna-se imprescindível que o professor distingua o que é brincadeira livre e o

que é atividade pedagógica que envolve brincadeira. Se quiser fazer

brincadeiras com a turma, deve se considerar que o mais importante é o

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interesse da criança por ela; se seu objetivo for a aprendizagem de conceitos,

habilidades motoras, pode trabalhar com atividades lúdicas, só que aí não está

promovendo a brincadeira, mas atividades pedagógicas de natureza lúdica.

Na infância, a atividade lúdica se confunde com a própria vida. Brincar é

uma ocupação muito séria. As brincadeiras facilitam o crescimento corporal, o

aumento da força, de resistência física e coordenação motora. Contribuem

para a vida afetiva, propiciam a socialização da criança e a formação de papéis

morais. Mas o que é brincar?

“Para a maioria dos grupos sociais, a brincadeira é consagrada como

atividade essencial ao desenvolvimento infantil. Historicamente, ela como

lúdico sempre esteve presente na educação infantil, único nível de ensino que

a escola deu passaporte livre, aberto à iniciativa, criatividade, inovação por

parte dos seus protagonistas.” Lucariello (1995 Apud QUEIROZ, 2006, P. 169)

O brincar tem sido alvo de estudos e análise na formação de uma

pessoa, pois em cada gesto e palavra de uma brincadeira podem ser

observados elementos que demonstram o comportamento de quem brinca. As

brincadeiras fazem crescer o espírito imaginativo exploratório e inventivo do faz

de conta. Através do brinquedo, a criança inicia sua interação social, aprende a

conviver com os outros, a situar-se frente ao mundo que a cerca. Ela se

exercita brincando e desenvolvendo o seu lado emocional e afetivo (SANTOS

2004).

A palavra brincar nos acompanha diariamente. Brincar, segundo

TONUSSI (2011), sempre foi e sempre será uma atividade espontânea e muito

prazerosa, acessível a todo ser humano, de qualquer faixa etária, classe social

ou condição econômica. A brincadeira expressa a forma como uma criança

reflete. É também um espaço onde a criança pode expressar, de modo

simbólico, suas fantasias, seus desejos, medos, sentimentos agressivos e os

conhecimentos que vai construindo a partir das experiências que vivem.

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Para Kishimoto (1999) as características que definem o brincar resume-

se em uma situação que: gera prazer; é espontânea e tem a prioridade das

crianças; é controlada internamente pelos jogadores e tem uma flexibilidade

para ensaiar novas combinações de ideias e de comportamentos.

Toda criança que brinca vive uma infância feliz, além de tornar-se um

adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente, e conseguirá superar

com mais facilidade, problemas que possam surgir no seu dia-a-dia (ADE,

2006).

A criança que for privada dessa atividade poderá ficar com traumas

profundos dessa falta de vivência. Quando a criança brinca, ela está

vivenciando momentos alegres, prazerosos, além de estar desenvolvendo

habilidades. Todo aprendizado que o brincar permite é fundamental para a

formação da criança, em todas as etapas da sua vida (MALUF, 2003).

De acordo com Queiroz (2006), a partir da brincadeira a criança constrói

suas experiências de se relacionar com o mundo de maneira ativa, vivencia

experiências de tomadas de decisões. Em um jogo qualquer, ela pode optar

por brincar ou não, o que é característica importante da brincadeira, pois

oportuniza o desenvolvimento da autonomia, criatividade e responsabilidade

quanto a suas próprias ações.

É na situação de brincadeira que as crianças podem se colocar desafios

para além de seu comportamento diário, levantando hipóteses na tentativa de

compreender os problemas que lhe são propostos pelas pessoas e pela

realidade com a qual interagem. Quando brincam, ao mesmo tempo em que

desenvolvem sua imaginação, as crianças podem construir relações reais entre

elas e elaborar regras de organização e convivência. Concomitantemente a

esse processo, ao reiterarem situações de sua realidade, modificam-nas de

acordo com suas necessidades. Na atividade de brincar, as crianças vão

construindo a consciência da realidade ao mesmo tempo em que já vivenciam

uma possibilidade de modifica-la (WAJSKOP, 1995).

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O brincar é considerado como um comportamento que gera prazer

possui um fim em si mesmo, é uma oportunidade para a criança expressar

suas fantasias internas e, dependendo da idade e do contexto da criança,

possui regras que o conduzem. Estas regras podem até estipular, entre as

crianças, os tipos de brincadeiras que são mais convenientes para os meninos

ou para as meninas. (QUARESMA, 2010)

Podemos retomar a nossa própria infância a cada momento através de

jogos e brincadeiras, ajudar as crianças a descobrirem suas verdades, seus

temores, suas alegrias, seus gostos, suas vontades e assim vê-las vislumbrar

novos horizontes do saber, do sentir e do ser criança. O Brincar tem um papel

fundamental no desenvolvimento infantil e na constituição da identidade

sociocultural do sujeito. (SILVA, 2009)

As grandes aliadas dos adultos na descoberta dos universos infantis são

as próprias crianças, que resistem, que reagem, questionam e criam

estratégias para reafirmar seus mundos quando discordam das imposições dos

adultos. Isso se dá quando estes, por exemplo, querem que elas desenhem

em papel, mesmo que sua vontade seja a de fazer um barco e lança-lo numa

poça de chuva; quando elas batem os pés em sinal de protesto porque os

adultos querem que elas parem de brincar para almoçar ou para dormir;

quando se negam a utilizar apenas a pontinha do dedo para pintar; quando

não se cansam de convidar os amigos para correr, para visitar uma “bruxa” que

está em algum lugar escondida; quando manifestam o desejo de criar, de

cantar, de contar, de refazer, de transformar, de gesticular, de chorar, de

experimentar, de olhar, de descobrir, de imaginar, de fantasiar, enfim, de se

encantar. Essas são algumas das maneiras encontradas pelas crianças para

se expressar e atribuir significados ao mundo, criando assim, uma outra

realidade que lhes permite compreender o que está a sua volta. (PAULA,

2003).

O brincar permite à criança vivenciar o lúdico e descobrir a si mesma,

apreender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial

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criativo. É também colocando como um dos princípios fundamentais, defendido

como um direito, uma forma particular de expressão, pensamento, interação e

comunicação entre as crianças. (QUARESMA, 2010)

De acordo com Silva (2009), o brincar em a função socializadora e

integradora. A sociedade moderna cada vez mais tem sofrido transformações

em relação ao brincar e ao espaço que se tem para brincar, os pais e os filhos

têm pouco tempo para ficarem juntos e brincar. A escola acaba sendo a única

fonte transmissora de cultura, onde ainda existem espaços para as crianças

brincarem, tendo os profissionais de educação a incumbência de ensinar e

resgatar as brincadeiras populares, mas não só isso, como também o jogo

deve fazer parte do cotidiano das crianças e seria usado como uma forma de

transmitir conhecimento, pois a atividade lúdica é benéfica ao aprendizado.

O brincar relaciona-se ainda com a aprendizagem. Brincar é aprender;

na brincadeira, reside a base daquilo que, mais tarde, permitirá à criança

aprendizagens mais elaboradas. O lúdico torna-se, assim, uma proposta

educacional para o enfrentamento das dificuldades no processo ensino

aprendizagem. (ROLIM, 2008)

TEZANI (2006) afirma que para trabalhar com os jogos em todas as

suas dimensões, tanto cognitivas quanto afetivas, é preciso traçar e definir os

objetivos que se quer alcançar, para aqueles não se constitua em um momento

solto e sem significado dentro da sala de aula.

Já Silva (2009) afirma que apesar da visão renovada das possibilidades

de utilização dos jogos na escola, o jogo ainda está muito distante de ser

integrado realmente como recurso e metodologia. Em geral, o uso de jogos no

cotidiano escolar se restringe a atividades extremamente dirigidas, que

contribuem pouco para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da

produção de cultura.

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Quando o professor recorre aos jogos, ele está criando na sala de aula

uma atmosfera de motivação que permite aos alunos participarem ativamente

do processo ensino aprendizagem, assimilando experiências e informações,

incorporando atitudes e valores. Para que a aprendizagem ocorra de forma

natural é necessário respeitar e resgatar o movimento humano, respeitando a

bagagem espontânea de conhecimento da criança. Seu mundo cultural,

movimentos, atitudes lúdicas, criaturas e fantasias. (MARQUES, 2012)

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CAPÍTULO IV

Exemplos de jogos e brincadeiras

Apresento abaixo alguns jogos e brincadeiras que combinados entre si,

podem garantir situações significativas de aprendizagem.

4.1 – Amarelinha

Faixa etária: 4 anos ou mais

Número de jogadores: Um ou mais

Material: Giz e um marcador para cada participante

O que estimula: Equilíbrio, agilidade e mira

Como se joga: Desenhe o diagrama com o giz. O traçado tradicional é um

retângulo grande dividido em dez retângulos menores – as casinhas –

numerados de 1 a 10. Na parte superior do diagrama, faça uma meia-lua e

escreva a palavra “Céu”.

Para jogar, fique atrás da linha do início do traçado – do lado oposto da palavra

“Céu” – e atire o marcador na casinha que não poderá ser pisada, começando

pelo número 1. Atravesse o reto do circuito com pulos alternados nos dois pés

e em um pé só. Ao chegar no “Céu”, faça o caminho de volta do circuito, pegue

o marcador – sem pular na casa em que ele está – e volte para trás do

traçado. Depois jogue o marcador na próxima casinha e assim

sucessivamente. Se errar, será a vez do próximo jogador. Vence quem

completar todo o diagrama primeiro.

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4.2 – Elefantinho Colorido

Faixa etária: Acima de 4 anos

O que se estimula: Atenção, agilidade, memória, coordenação motora,

conhecimento de cores

Como se joga: Um participante é escolhido para comandar, no caso de

crianças mais novas o ideal é que seja um adulto. Ele fica à frente dos demais

e diz: “Elefantinho Colorido!”. Os outros respondem: “Que cor?”. O comandante

então grita o nome de uma cor e os jogadores correm para tocar em algo que

tenha aquela tonalidade.

Quanto mais longe o acesso a cor, mais difícil fica o jogo. Para os mais velhos

a brincadeira fica mais divertida se o comandante perseguir os outros

participantes e tentar capturá-los antes que cheguem à cor. O primeiro

capturado vira o próximo comandante.

4.3 – Queimado

Faixa etária: Acima de 6 anos

Número de jogadores: 8 ou mais

Material: Uma bola macia e giz para marcar a quadra

O que se estimula: Agilidade, velocidade, mira, atenção e coordenação

Como se joga: Para o jogo básico, divida o espaço em dois campos do mesmo

tamanho definindo os limites com giz. Divida os participantes em dois times. O

jogo começa quando um lançador atira a bola em direção a um dos jogadores

do time adversário, se este for atingido pela bola estará fora do jogo. Se

alguém do time adversário conseguir segurar a bola, sem deixá-la cair no chão,

quem sai do jogo é o lançador. Se a bola bater no chão antes de atingir

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alguém, a posse de bola passa automaticamente para o time adversário que

poderá atacar. Se algum jogador ultrapassar os limites do campo tentando

fugir da bola será eliminado.

Para ninguém ficar de fora se pode fazer uma prisão. Quem for eliminado

ficará atrás do limite do campo adversário e poderá atacar. Se atingir alguém

do outro time o mesmo volta para a equipe inicial. O jogo ficará mais

cooperativo se atrás de cada jogador houver uma lata. O participante só é

queimado se a lata for derrubada por um adversário, sendo que as latas

podem ser defendidas com os pés por qualquer um dos jogadores. Nesse caso

o jogo ficará ainda mais divertido se houver mais de uma bola em campo.

4.4 – Corrida no Saco

Faixa etária: Acima de 7 anos

Número de jogadores: 2 ou mais

Material: Um saco de batatas, fronhas ou elásticos para amarrar as pernas

O que se estimula: Agilidade, condicionamento físico, equilíbrio e velocidade

Como se joga: Marque um ponto para ser a linha de chegada e outro de

partida. Cada participante deve entrar no saco ou fronhas ou ter as pernas

amarradas com elástico. Ao ser dado o sinal os jogadores, aos pulos, precisam

cruzar a linha de chegada. Os tombos são inevitáveis, por isso, uma superfície

segura é fundamental.

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4.5 – O Mestre Mandou

Faixa etária: Acima de 4 anos

Número de jogadores: 3 ou mais

O que se estimula: Concentração, imaginação, coordenação motora, agilidade,

atenção, linguagem corporal

Como se joga: Um dos participantes é encarregado de ser o mestre e ficará à

frente dos outros jogadores. Ele dará as ordens e todos os outros seguidores

deverão cumpri-las desde que sejam precedidas das palavras de ordem: “O

mestre mandou” ou “Macaco Simão mandou”.

As ordens que não começarem com essas palavras não devem ser

obedecidas. Por isso, esse é um jogo que exige bastante atenção, uma vez

que será eliminado aquele que não cumprir as ordens ou cumprir as ordens

sem as palavras de comando.

A diversão está na dificuldade das tarefas dadas pelo chefe, que pode pedir,

por exemplo, que os seguidores tragam objetos de determinada cor ou façam

uma sequencia de atividades de uma vez só, como “O mestre mandou... pular

de um pé só mostrando a língua, girando e batendo palma!”.

4.6 – Batata-Quente

Faixa etária: Acima de 4 anos

Número de jogadores: 5 ou mais

Material: Uma batata, uma bola ou outro objeto que possa ser passado

rapidamente de mão em mão

O que se estimula: Coordenação motora, atenção, agilidade e socialização

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Como se joga: Os jogadores formam um círculo, comum deles sentado ao

centro da roda com os olhos vendados. No círculo, cada jogador deve passar a

bola – ou a batata – para o que está à sua direita. Enquanto o objeto circula,

todos cantam: “Batata quente, quente, quente, quente...”. A qualquer momento

o jogador que está vendado pode gritar: “Queimou!”.

Quem estiver com a bola nas mãos nesse instante será o próximo a ir para o

centro da roda.

4.7 – Estátua

Faixa etária: Acima de 5 anos

Número de jogadores: 3 ou mais

O que se estimula: Atenção, concentração, equilíbrio, criatividade, linguagem

corporal, resistência, coordenação motora

Como se joga: Um dos participantes, escolhido pelo líder, coloca uma música.

Enquanto a música toca os jogadores dançam livremente, mas quando o líder

disser: “Estátua!”, a música para e todos os participantes devem congelar e

manter a mesma pose sem se mexer.

A última estátua a permanecer de pé será a vencedora.

4.8 – Mamãe posso ir?

Faixa etária: Acima de 5 anos

Número de jogadores: 3 ou mais

O que se estimula: Linguagem, linguagem corporal, coordenação motora,

criatividade

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Como se joga: Trace duas linhas no chão com uma distância de pelo menos 5

metros entre elas. Quem for escolhido para ser a “mamãe” ou o “papai” fica à

frente de uma das linhas, de costas para o resto do grupo. Os outros

participantes ficam enfileirados lado a lado sobre a linha oposta. Um a um, eles

tentam chegar até a “mamãe” recitando o seguinte diálogo:

- “Mamãe, posso ir?” – pergunta o jogador.

- “Pode” – a “mamãe” responde.

- “Quantos passos?” – pergunta o jogador.

A “mamãe” escolhe o número e tipo de passo que o participante deve andar.

Por exemplo:

- “Dois, de passarinho”.

O jogador dá dois passos pequenininhos pra frente. Se forem passos de

cachorro, o jogador anda de quatro. Se forem passos de elefante, o jogador dá

passos grandes. Vence quem chegar primeiro até a mamãe.

4.9 – Pular Corda

Faixa etária: Acima de 5 anos

Número de jogadores: 2 ou mais

Material: Uma corda

O que se estimula: Agilidade, condicionamento físico, cooperação, memória,

sequência, lateralidade, socialização

Como se joga: No jogo básico dois participantes seguram cada um uma ponta

da corda, batendo-a em círculo e de forma ritmada enquanto o terceiro

integrante pula, assim que ela tocar o chão. Para deixar o jogo mais divertido

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tanto o ritmo das batidas quanto os pulos podem variar. Quanto maior o

número de jogadores e mais rápido o ritmo mais difícil fica, ainda mais se os

pulos forem coreografados por cantigas como esta:

Um homem bateu em minha porta

E eu abri.

Senhoras e senhores, ponham a mão no chão (o jogador pula e rapidamente

abaixa e toca o chão)

Senhoras e senhores, pulem num pé só ( o jogador pula com um só pé )

Senhoras e senhores, deem uma rodadinha

E vá pro olho da rua! ( o jogador sai debaixo da corda)

4.10 – Detetive

Faixa etária: Acima de 8 anos

Número de jogadores: 5 ou mais

Material: Lápis e papel

O que se estimula: Atenção, concentração, estratégia, paciência

Como se joga: Recorte pedaços de papel em tamanhos iguais de acordo com

o número de jogadores. Em um deles escreva “detetive” e em outro,

“assassino”. Os jogadores sentam em círculo, de modo que todos consigam

ver uns aos outros, e distribuem os papéis dobrados entre si. Os participantes

que tirarem os papéis em branco serão as vítimas.

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Discretamente o assassino deve observar as vítimas e piscar para uma delas.

O alvo da piscadela deve esperar alguns segundos e dizer: “Morri”. Quem for o

detetive deve ficar atento para tentar descobrir quem é o assassino, evitando

que muitas vítimas “morram”. Assim que acreditar que sabe quem é, ele deve

dizer o nome da pessoa. Se errar, está fora do jogo.

O assassino, por sua vez, deve tomar cuidado para não piscar para o detetive

ou acabará preso. Quando o assassino for desvendado ou o detetive

eliminado, os papéis serão redistribuídos e o jogo recomeça.

Através de jogos e brincadeiras, as crianças podem aprender de uma

forma lúdica, tendo alegria e aprendizado ao mesmo tempo.

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CONCLUSÃO

O brincar é estudado por diversos autores e em várias visões. Sendo

assim, buscou-se no estudo apresentado compreender a contribuição dos

jogos e brincadeiras no desenvolvimento cognitivo da criança.

Neste estudo, buscamos aprofundar nossos conhecimentos sobre o que

é o brincar, como os jogos e brincadeiras podem contribuir para o

desenvolvimento das crianças, como os professores podem utilizar o brincar

como atividade pedagógica, porém com o cuidado em distinguir o que é

brincadeira livre de atividade pedagógica.

O trabalho aborda ainda, a questão dos direitos das crianças, como a

educação infantil conquistou seus direitos, as leis que a regem e como os

jogos e brincadeiras auxiliam no desenvolvimento infantil.

Com a utilização de alguns recursos pedagógicos, o professor poderá

utilizar-se de jogos e brincadeiras em atividades propostas, contribuindo assim

para através do lúdico tornar-se uma proposta educacional para o

enfrentamento de dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. ROLIM

(2008)

Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a

coordenação motora, criatividade, a capacidade de tomar decisões e ajuda no

desenvolvimento motor da criança. Assim é de suma importância essas

atividades para o desenvolvimento das crianças.

Com base no estudo, pode-se perceber que a brincadeira é de extrema

importância para o desenvolvimento infantil. Sendo uma atividade normal da

fase da criança, merece atenção de todos. A infância é uma parte importante

na vida de uma criança e o brincar não pode ser deixado de lado, mas pelo

contrário, deve ser estimulado pois como nos foi citado, contribui e muito para

o desenvolvimento das crianças.

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Como afirmou ADE (2006), toda criança que brinca vive uma infância

feliz, além de tornar-se um adulto muito mais equilibrado física e

emocionalmente, e conseguirá superar com mais facilidade, problemas que

possam surgir no seu dia-a-dia.

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